BRUNA CAMARGO GIACOMETTI
ARQUITETURA E URBANISMO ESTテ,IO UNISEB 2015
Trabalho de conclusão de Curso apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo de Ribeirão Preto, da Estácio UNISEB, como requisito para a obtenção do título de Arquiteta e Urbanista.
Orientador: Prof. Dr. Carlos Stechhahn.
Ribeirão Preto, 2015 Bruna Camargo Giacometti
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Agradeço a Deus, em primeiro lugar, por estar sempre ao meu lado, me protegendo, me abençoando. A toda minha família, que sempre me apoiaram todos esses anos. Um agradecimento especial aos meus amados pais, Ciro e Maria Aparecida, e minha amada irmã, Bianca que sempre estiveram ao meu lado, me dando forças, em todos os momentos. Sem vocês nada disso seria possível! Agradeço também meu namorado Tulio, que sempre esteve ao meu lado, me ajudando em todos os momentos da minha faculdade, e toda sua família. Agradeço a todos os amigos que fiz durante esses cinco anos, foram muitos momentos que passamos juntos, de alegria, tristeza, desespero, mas sempre dando tudo certo! Agradeço a todos os professores, que realmente contribuíram para meu crescimento pessoal e profissional, e por todo conhecimento que nos foi passado ao longo desses anos. Agradecimento especial ao Prof. Dr. Carlos Stechhahn pelo esforço e ajuda na realização desse trabalho. E também a Prof. Ms. Catherine D’Andrea, que me ajudou nas horas de necessidade. E por último, agradeço aos meus colegas de trabalho, equipe Rivaben Arquitetura, que estiveram ao meu lado durante todo esse período, colaborando para o meu amadurecimento profissional e me oferecendo um maior conhecimento na área.
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Dedico esse trabalho aos meus pais, por acreditarem em mim, e por terem feito de tudo para que meu sonho se tornasse realidade.
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Através de um estudo feito na cidade de Franca e um estudo feito sobre Centros de Eventos, cheguei a conclusão que a cidade de Franca tinha a necessidade e abrigaria muito bem um local como este, pois reforçaria as suas características, a sua imagem. Pelo fato de Franca ser uma cidade conhecida em todo Brasil, por ser considerada a Capital Nacional do Calçado Masculino, esses eventos / feiras, contribuiria para que Franca e, consequentemente, o Brasil, sejam, cada vez mais, inseridos no mercado mundial. Após a escolha do que seria implantado, foi feito um levantamento de áreas que abrigariam bem esse tipo de construção. Depois da escolha do local, iniciou-se o desenvolvimento do projeto. O programa foi dividido em três blocos, sendo o primeiro o do auditório, área de preparo e apoio do restaurante, localizado no pavimento térreo; o segundo, o do salão de exposições, no primeiro pavimento, e o terceiro bloco seria o das salas multiusos e do restaurante, localizados no segundo pavimento. Essa divisão foi escolhida pois facilitaria o acesso a cada um deles. Um centro de eventos se trata de um local particular, e para que houvesse também um espaço público, a maior parte do pavimento térreo foi elevada sobre pilotis, formando assim uma grande praça para acesso da população, que também pode ser utilizada como uma praça de eventos.
Palavras-chave: centro de eventos, feiras, eventos / feiras de negócios, turismo, lucro.
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Taking into account the study made in the city of Franca and also another one, which was based on event locations, I came to the conclusion that the city of Franca was in need of such location and would efficiently accommodate it, once it would improve its characteristics and boost its image. Considering the fact that Franca in known all over Brazil and for being considered the national capital of male shoes, such events or fairs would highly contribute by allowing not only Franca, but Brazil, to be considerably part of the world market. After making a choice of what would be implemented, a vast research had been carried out in areas that could host this type of construction. Once choosing the best location, the development of the project had been started out. The whole program was split into three blocks: the first one would be the auditorium, an area for preparation that would give total support to the restaurant, which would be located on the ground floor; the second block would be the exposition area, which would be available on the second floor and the third one would work out as a multi-tasked area, including the restaurant, which would be both located on the second floor. This division was made taking into consideration the easy access among them. An event location is considered a private spot and to be able to offer a public space as well, most part of the ground floor was built over pilotis, transforming it into a vast a and accessible square to its population, who could also use it as an event square.
Key words: event center, fairs, business events/fairs, tourism, profit.
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INTRODUÇÃO_______________________________________________ 08 1.1. Justificativa do tema ____________________________________ 09 1.2. Histórico da cidade _____________________________________
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1.3. Antiga Feira Francal ____________________________________
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EMBASAMENTO TEÓRICO ENVOLVENDO O TEMA CENTRO DE EVENTOS __________________________________________________
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DEFINIÇÃO DO TERRENO ____________________________________
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3.1. Escolha da área ________________________________________ 20 3.2. Levantamento do entorno ________________________________ 25 4.
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LEITURAS PROJETUAIS _____________________________________
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4.1. Centro de Eventos Estoril ________________________________
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4.2. Arena Cultural do Hospital de Câncer de Barretos _____________
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4.3. Centro Cultural, eventos e exposição de Cabo Frio ____________
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PARTIDO ARQUITETÔNICO ___________________________________ 48 5.1. Programa _____________________________________________ 49 5.2. Blocos Sobrepostos _____________________________________ 51
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PROJETO _________________________________________________
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6.1. Projeto final____________________________________________ 53 6.
BIBLIOGRAFIA ______________________________________________
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JUSTIFICATIVA DO TEMA
Figura 01: Localização de Franca no Estado de São Paulo. Fonte: (Prefeitura Municipal de Franca/SP).
Figura 02: Mapa cidade de Franca. Fonte: (Prefeitura Municipal de Franca/SP).
Franca, cidade localizada no interior do estado de São Paulo, localiza-se na região Nordeste do estado de São Paulo. Sua população atual é de, aproximadamente, 340.000 habitantes. Faz fronteira com cidades paulista como Batatais – Ribeirão Preto, e cidades mineiras. Na hidrogafia, destaca-se a bacia do Rio Canoas, maior manancial de abastecimento de água da cidade. O relevo é bastante elevado, com altitude próxima a 1.040 metros. O clima é tropical de altitude, a qual caracteriza invernos secos e verões bastante instável. A cidade de Franca é conhecida como a Capital Nacional do Calçado Masculino, pois é uma das maiores produtoras de calçados do Brasil e da América Latina, possundo mais de 800 indústrias de grande e médio porte. Também é conhecida como a Capital do Basquete. Destaca-se como centro de uma das mais importantes regiões produtoras de café do mundo, a “Alta Mogiana”. O café produzido nessa região possui alta aceitação no mercado nacional e internacional.
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JUSTIFICATIVA DO TEMA Um setor que está em expansão cada vez mais em Franca, é o de lingeries, que já conta com diversas indústrias trabalhando nesse ramo. Uma vez por ano, é realizado na cidade o maior evento da Igreja Católica da América Latina que se chama Hallel, recebendo mais de 100 mil pessoas. Assim, Franca é uma cidade que tem vários setores que promovem, diversas vezes ao ano, feiras, eventos, desfiles, palestras, encontro para lançamento de feiras, convenções, entre outros. A cidade de Franca não conta com um local adequado para a realização desses eventos, os poucos salões que hoje abrigam estes e demais eventos da cidade, contam com instalações antigas, carentes de infra-estrutura adequada. Tendo em vista o sucesso obtidos com Centro de Eventos em cidades de grande porte da região, enxergo que este pode preencher uma área ainda não explorada na cidade de Franca.
Figura 03: Vista da cidade de Franca. Fonte: (Arquivo histórico de Franca/SP).
Figura 04: Evento Hallel em Franca. Fonte: (Arquivo histórico de Franca/SP).
Figura 05: Plantação de café na região de Franca. Fonte: (Arquivo histórico de Franca/SP).
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HISTÓRICO DA CIDADE A formação de Franca está diretamente ligada a pecuária, a qual foi responsável pelo povoamento de grande parte do interior do Brasil durante o período colonial. Aconteceu um grande povoamento nessas regiões graças a descoberta de ouro em Minas Gerais, Maro Grosso e Goiás em 1690, 1718 e 1725, respectivamente. Até fins de 1600, a maioria da população se concentrava na faixa litorânea. A carne bovina, alimento essencial do Brasil Colônia, era fornecida pelas fazendas de gado do sul da Bahia. Depois, elas se transferiram para Minas Gerais, maior centro de exportação de ouro. Na Bacia do Rio Grande foi o local onde se formaram os maiores rebanhos bovinos da colônia, pois existiam boa fartura de águas e boas pastagens. Desta região e de outras partes de Minas saem os povoadores de Franca. No final do século 18, com o ciclo do ouro encerrado, os criadores mineiros descem a serra da Mantiqueira, “indo estabelecer-se em São Paulo, na região de Franca a MojiMirim” (Caio Prado Jr.). A partir de 1802 inicia a ocupação do território francano. Em pouco tempo, 1805, estava fundada a Freguezia de Nossa Senhora da Conceição da Franca, nome dado em homenagem a santa padroeira e ao governador da capitania de São Paulo (Antônio José da Franca e Horta). A transformação em município aconteceu em 28 de Novembro de 1824, que passou a chamar Vila Franca. Os povoadores de Franca, assim como foram os do Sul de Minas Gerais, multiplicaram fazendas e formaram grandes rebanhos bovinos.
Figura 06: Vista da cidade de Franca/SP em 1957. Fonte: (Arquivo histórico de Franca/SP).
Figura 07: Café e Gado em Franca/SP em 1957. Fonte: (Arquivo histórico de Franca/SP).
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HISTÓRICO DA CIDADE Em razão da fartura de gado bovino existente na formação da Vila Franca, houve superoferta de couros e, consequentemente, surgiram as oficinas de curtumes e de sapateiros. “As atividades pastoris produziram matéria-prima tão abundante para fabricação de calçados que, a partir do 1º quartel do século XIX (1825), já se havia formado em Franca um artesanato numeroso, dedicado à produção curtumeira e à fabricação de sapatos e chinelos. Somente o desenvolvimento da pecuária pode explicar a localização em Franca de um ramo fabril tão avançado, pela abundância da mão de obra decorrente da primitiva abundância de matéria prima.” (Contribuição ao estudo da história da indústria do calçado de Franca: suas bases artesanais e o impacto tecnológico) Assim, se iniciava uma atividade econômica das mais importantes, e que se desenvolve cada dia mais, permitindo que Franca se transformasse em um centro industrial de couros a curtir, curtumes, e por consequência, no maior parque industrial de calçados do Brasil, dada a abundância da matéria prima, o couro. No período de 1870 a 1960, o café também foi um setor muito importante na cidade, e continua sendo até hoje. Segundo os historiadores do município, a economia de Franca pode ser dividida em três fases: de sua fundação até 1870, ciclo do gado; de 1870 a 1960, ciclo do café; e a partir de 1960, ciclo do calçado que permanece até os dias atuais.
Figura 08: Cortume em Franca/SP. Fonte: (Arquivo histórico de Franca/SP).
Figura 09: Interior de fábrica em Franca/SP. Fonte: (Arquivo histórico de Franca/SP).
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ANTIGA FEIRA FRANCAL
Figura 10: Local da primeira edição da Francal Feiras. Fonte: (Arquivo histórico de Franca/SP).
Em 1969, em Franca, se iniciava uma das maiores feiras do Brasil, a Francal Feiras Feira do Calçado e Couro da Franca. A feira nasceu pela necessidade de se realizar um evento anual destinada à promoção, exibição e lançamentos da produção industrial de couros e calçados. A Francal aconteceria uma vez por ano, como é até hoje. A primeira e a segunda edição da feira aconteceu em um edifício da Prefeitura, que tinha pouco mais de mil metros quadrados. O sucesso da feira aumentava a cada ano, com a presença de mais expositores e de mais visitantes. Para a realização da terceira feira, a Prefeitura da cidade sentiu a necessidade de um local mais apropriado para a realização da mesma, já que ela estava crescendo mais do que o esperado, devido ao seu grande crescimento. Foi cedido um amplo terreno às margens da rodovia Cândido Portinari, pela sua excelente localização e de fácil acesso. O local ficou conhecido como Pavilhão de Exposições. A feira foi realizada na cidade de Franca até o ano de 1982. Em 1983, ela se mudou para a cidade de São Paulo. O Pavilhão de Exposições se tornou muito pequeno e inadequado para a realização desse evento, já que ele se tornou reconhecido em nível internacional.
Figura 11: Pavilhão onde aconteceu a Francal Feiras desde a terceira edição. Fonte: (Arquivo histórico de Franca/SP).
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ANTIGA FEIRA FRANCAL
Figura 12: Pavilhão Francal Feiras em Franca. Fonte: (Arquivo histórico de Franca/SP).
Atualmente, Francal Feiras, considerada uma das maiores empresas promotoras de eventos de negócios da América Latina, é reconhecida pela alta qualidade e seriedade que imprime em todos seus eventos. Hoje, 40 anos depois, as feiras e eventos do portfolio da Francal Feiras são consideradas importantes ferramentas para o fortalecimento de diversos segmentos da economia nacional.
Desse modo, conclui-se que a Francal foi um meio muito importante para o crescimento e reconhecimento da cidade de Franca. Hoje, Franca não conta mais com um espaço adequado para a realização de eventos de grande porte, sendo isso um ponto negativo para a cidade.
Figura 13: Pavilhão Anhembi em São Paulo, onde é realizada atualmente a Francal Feiras. Fonte: (Arquivo histórico de Franca/SP).
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EMBASAMENTO TEÓRICO Um centro de eventos pode receber tanto evento em geral como feira de negócios. Para uma cidade receber um centro de eventos, o seu espaço físico deve estar constantemente preparado e dotados de equipamento que reforcem a sua imagem. Um evento, uma feira de negócios, pode atrair vários tipos diferentes de propostas: pequenas reuniões, convenções, grandes exposições, congressos, seminários temáticos, feiras nacionais e internacionais, entre outros. Todos esses estão ligados a logica do mercado, aos desígnios econômicos da cidade em que recebem.
Segundo Meirelles (2003, p. 21) um evento é: Um instrumento institucional, promocional, com a finalidade de criar conceitos e estabelecer a imagem de pessoas físicas, jurídicas, de produto, de serviços, ideias, por meio de um acontecimento previamente planejado, a ocorrer em um único espaço de tempo com a aproximação entre participantes, quer seja física, quer seja por meio de recursos da tecnologia.
Já por Zanella (2004, p. 27), evento é entendido como: Uma concentração ou reunião formal e solene de pessoas e/ou entidades, realizado em data e local especial, com objetivo de celebrar acontecimentos importantes e significativos e estabelecer contatos de natureza comercial, esportiva, social, familiar, religiosa, científica, etc.
Segundo Alaby (1986, p.15), o conceito de feiras pode ser entendido como: O Ponto de encontro entre interessados em vender e interessados em comprar.
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EMBASAMENTO TEÓRICO Para Matis (2001, p. 66/67), dá uma visão mais atualizada sobre esse conceito: Exibição pública com objetivo de venda direta ou indireta, constituída de vários estandes montados em lugares especiais onde se colocam produtos e serviços.
Uma cidade que tem potencial para realizar este tipo de eventos, pode-se falar que atrai turismo de negócios (Cruz, 2005, p. 04), com isso pode-se adjetivar como cidade dos negócios. Isto acontece pois no seu espaço existem muitas empresas, onde, todos os dias, acontece grande transação de capital e que circulam enormes fluxos receptivos. Para isso, a cidade precisa ter uma boa estrutura e equipamentos importantes. A realização de eventos e feira de negócios, tem grande influência no turismo e nos lucros da cidade. Pois o indivíduo que está a trabalho ou visitante no local pode, nos momentos livres, entregar-se ao consumo do que a cidade pode lhe oferecer. Segundo a ABEOC (Associação Brasileira de Empresas de Eventos) o mercado de eventos no Brasil cresceu de forma expressiva nos últimos 12 anos, aumentando a sua relevância econômica no que se refere a geração de negócios, emprego, renda e impostos. Ainda segundo a ABEOC, no ano de 2013, foram realizados 590.913 eventos no Brasil, reunindo 202.171.787 pessoas e gerando uma receita de R$209,2 bilhões. O Sudeste é o responsável pela maior parte do mercado, com 305.720 eventos (52%) e pelo maior número de participantes, 106.230.447 (52,2%).
Figura 14: Número de eventos, segundo as regiões brasileiras - 2013 Fonte: (ABEOC Brasil)
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EMBASAMENTO TEÓRICO
Figura 15: Número de participantes, segundo as regiões brasileiras - 2013 Fonte: (ABEOC Brasil)
Segundo a Federação Brasileira de Convention & Visitors Bureau (FBC&VB), o Brasil está em oitavo lugar no ranking geral de países que mais recebem eventos internacionais.
Assim, pode-se concluir, que o fluxo de pessoas e capital que gira em torno de um evento ou feira de negócios é muito alto. E isso só tem a acrescentar em uma cidade, tanto no poder público, quanto na iniciativa privada. É importante para reforçar as marcas da indústria nacional, ampliando os negócios, inserindo o Brasil, cada vez mais, no mercado mundial.
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ESCOLHA DA ÁREA Foram elencadas possíveis áreas de intervenção, onde considerou-se várias condicionantes tais como: Visibilidade, Infra- estrutura, Acessos, entre outras.
ÁREA 01
ASPECTOS POSITIVOS: • Tamanho da área. • Entorno com vias e rodovias de fácil acesso da cidade para a área de intervenção. • Infra-estrutura viária.
ASPECTOS NEGATIVOS: • Pouca visibilidade.
Figura 16: Possibilidade de área de intervenção 1. Fonte: (Google Earth, 2015, com alteração do autor).
ÁREA 02
ASPECTOS POSITIVOS: • Tamanho da área. • Infra-estrutura viária. • Visibilidade. • Entorno com vias e rodovias de fácil acesso da cidade para a área de intervenção. • Proximidade com pontos importantes na cidade. ASPECTOS NEGATIVOS: • Topografia Figura 17: Possibilidade de área de intervenção 2. Fonte: (Google Earth, 2015, com alteração do autor).
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ESCOLHA DA ÁREA ÁREA 03 ASPECTOS POSITIVOS: • Entorno com vias e rodovias de fácil acesso da cidade para a área de intervenção. • Infra-estrutura viária. • Visibilidade.
ASPECTOS NEGATIVOS: • Formato da área. • Área pequena. • Fluxo intenso de veículos principalmente nos horários de pico (transito lento). Figura 18: Possibilidade de área de intervenção 3. Fonte: (Google Earth, 2015, com alteração do autor).
Após o levantamento de possíveis áreas de intervenções, a análise de seus aspectos negativos e positivos culminou na escolha da área 2 por apresentar maiores potencialidades e possibilitar o desenvolvimento. A área em questão está situada no bairro Jardim Roselândia , entretanto o recorte da área delimitada para estudo abrange também o bairro Residencial Amazonas. A seguir foi explorada uma série de levantamentos para melhor compreensão de onde será inserido o objeto arquitetônico.
As normas construtivas para a área escolhida são: ÁREA DO TERRENO: 78.755 m2 RECUO: alinhamento TAXA DE OCUPAÇÃO: 80% - 63.004m2 VAGAS: estabelecimento comercial: para cada 100m2 – 1 vaga
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ESCOLHA DA ÁREA
Figura 19: Mapa da área de intervenção com indicação do local das fotos. Fonte: (Arquivo pessoal, 2015).
FOTO 01
Figura 20: Foto da área de intervenção 01. Fonte: (Arquivo pessoal, 2015).
FOTO 03
Figura 22: Foto da área de intervenção 03. Fonte: (Arquivo pessoal, 2015).
FOTO 02
Figura 21: Foto da área de intervenção 02. Fonte: (Arquivo pessoal, 2015).
FOTO 04
Figura 23: Foto da área de intervenção 04. Fonte: (Arquivo pessoal, 2015).
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ESCOLHA DA ÁREA A área escolhida se localiza próximo a vários Hotéis de Franca. Esse é um ponto muito importante, pelo fato de que o edifício a ser implantado poderá receber muitos visitantes de outras cidades.
TERRENO ESCOLHIDO
Figura 24: Mapa com localização de hoteis. Fonte: (Google Earth, 2015, com alteração do autor).
A área escolhida também se localiza próxima a equipamentos importantes da cidade, como o Franca Shopping, Wal-Mart, Hospital São Joaquim.
Hospital
Franca Shopping TERRENO ESCOLHIDO
Wal-Mart
Figura 25: Mapa. Fonte: (Google Earth, 2015, com alteração do autor).
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ESCOLHA DA ÁREA Também se localiza próximo a uma região da cidade de Franca conhecida como Distrito Industrial. Nessa região estão localizadas a maior parte das indústrias de calçados e componentes para calçados de Franca. É importante a localização do terreno escolhido com o Distrito Industrial pelo fato de que a maioria dos eventos que podem ser realizados no projeto que será desenvolvido será ligado ao calçado. Desse modo, a movimento de pessoas da região do Distrito Industrial para o Centro de Eventos pode ser alto. Assim, se localizar em um local próximo, facilita a vida das pessoas.
Figura 26: Mapa. Fonte: (Google Earth, 2015, com alteração do autor).
DISTRITO INDUSTRIAL
TERRENO ESCOLHIDO
Figura 27: Distrito industrial de Franca, local onde se localiza a maior parte das indústrias da cidade. Fonte: (Arquivo histórico de Franca/SP).
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LEVANTAMENTO DO ENTORNO Franca é uma cidade que faz divisa com várias cidades, tanto do estado de São Paulo, quanto do estado de Minas Gerais. A área de estudo se localiza em uma região perto de rodovias muito importantes, como a que leva a Ribeirão Preto, a Rifaina e a Restinga-Barretos. Pelo projeto se tratar de um equipamento que será muito visitado por pessoas de outras cidades, esse é um ponto muito importante, pois o fácil acesso fácil facilita muito.
RIFAINA, SP CLARAVAL, SP
RIBEIRÃO CORRENTE, SP
IBIRACI, MG
ÁREA DE ESTUDO
TERRENO ESCOLHIDO
PATROCÍNIO PAULISTA, SP RESTINGA, SP
RIBEIRÃO PRETO, SP
Figura 28: Relação dos acessos: cidades, área de estudo e intervenção. Fonte: (Arquivo pessoal, 2015).
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LEVANTAMENTO DO ENTORNO INSOLAÇÃO Através do estudo de insolação, é possível notar que o “melhor sol” é o sol da manhã (das 6h às 11h). Esse sol será recebido no lado leste, isto é, vindo da Avenida Rio Negro para a Avenida Rio Amazonas. SOL DA MANHÃ
Figura 29: Insolação. Fonte: (Arquivo pessoal, 2015).
SOL DA TARDE
VENTOS
Os ventos predominantes no Brasil, de modo geral, vem do Sudeste. Desse modo, o lado do terreno da Avenida Rio Negro será o que receberá mais ventilação natural.
Figura 30: Ventos. Fonte: (Arquivo pessoal, 2015).
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LEVANTAMENTO DO ENTORNO TOPOGRAFIA As curvas de nível estão de cinco em cinco metros de altura. Portanto o terreno tem um desnível de 20 metros de altura no terreno escolhido.
Figura 31: Topografia. Fonte: (Arquivo pessoal, 2015).
ACESSOS Os acessos ao terreno podem ser feito pela Avenida Rio Amazonas, que é a de maior fluxo, pela Avenida Rio Negro que tem médio fluxo, e por uma rua na parte superior que não há nome, pelo fato de não possuir quase nenhum fluxo e ter sido aberta depois.
Figura 32: Acessos. Fonte: (Arquivo pessoal, 2015).
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LEVANTAMENTO DO ENTORNO USO DO SOLO
Através da análise do mapa de uso do solo por predominância, percebe-se que a maior parte da área do redor do terreno escolhido, é ocupada por residências. O comércio e a prestação de serviço se concentram nas principais avenidas. Também há bastante área verde e área vazia.
Figura 33: Uso do solo. Fonte: (Arquivo pessoal, 2015).
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LEVANTAMENTO DO ENTORNO HIERARQUIA VIÁRIA FUNCIONAL
De acordo com a análise da hierarquia viária funcional, conclui-se que as os locais na área de estudo que tem maior movimento de veículos são as vias primárias (avenidas) de modo geral, e nas rodovias. Os locais de médio movimento são ruas que fazem a ligação entre as principais avenidas da área, da cidade. Os de menor movimento são as de caráter mais local, de acesso as residências.
Figura 34: Hierarquia viária funcional. Fonte: (Arquivo pessoal, 2015).
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CENTRO DE EVENTOS ESTORIL
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• Nome da obra: ESTORIL CENTRO DE CONGRESSOS • Autor: Regino Cruz Arquitectos • Data da execução: 2001 • Local: Estoril, Portugal
Figura 37: Vista aérea do centro de congressos Estoril. Fonte: (Google Earth, 2011, com alteração do autor). Figura 36: Vista aérea do centro de congressos Estoril. Fonte: (Google Earth, 2011, com alteração do autor).
O motivo da escolha desse edifício para ser feita a leitura projetual é devido ao fato de o programa do mesmo ser semelhante ao que eu desejo fazer no meu TFG. O que também me chamou a atenção nesse projeto foi a versatilidade dos ambientes, podendo se adequar a diferentes situações de eventos. Isso é muito importante em locais como esses, por se tratarem de espaços que não serão utilizados em todas as épocas do ano. Desse modo, pode ser adequado a diferentes tipos de eventos, desde uma grande exposição, até uma reunião, um almoço, um café. Fazendo com que seja utilizados por mais vezes em um período.
Figura 38: Fachada noturna. Fonte: http://www.estorilcc.com
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VOLUMETRIA
Figura 39: Volumetria. Fonte: http://www.estorilcc.com
O projeto está distribuído em 3 pavimentos.
SUBSOLO A planta do subsolo não foi encontrada, mas através da volumetria acima, é possível notar que se este pavimento é destinado ao estacionamento de visitantes e a carga e descarga. O local pode ser transformado em uma grande área de exposição, com cerca de 1.000m2, mostrando a versatilidade do local.
Figura 40: Entrada do estacionamento. Fonte: http://www.estorilcc.com
Figura 41: Interior do estacionamento. Fonte: http://www.estorilcc.com
Figura 42: Estacionamento transformado em área para exposição. Fonte: http://www.estorilcc.com
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TÉRREO PROGRAMA
10
1
9 8
2
10
3 3 4
6
5
10
7
Figura 43: Planta pavimento térreo. Fonte: http://www.estorilcc.com
LEGENDA 1 Salão de exposições
No pavimento térreo, está localizado o salão de
2 Recepção
exposições, que conta com uma grande área, sem a presença
3 Instalações sanitárias
de pilares, de elementos que atrapalhes a visão. Também se
4 Sala VIP
localizam as salas multiusos, que podem ter o seu tamanho
5 Sala de imprensa
alterado. O auditório tem um pé direito duplo.
6 Camarins 7 Palco 8 Átrio externo 9 Cafetaria 10 Salas multiuso
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PRIMEIRO PAVIMENTO PROGRAMA
6
3
4
3
3
3
7
6
2
5 Figura 44: Planta primeiro pavimento. Fonte: http://www.estorilcc.com
LEGENDA 1 Foyer
No primeiro pavimento também tem o auditório,
2 Auditório
pelo fato dele ter o pé direito duplo, mas o acesso é pelo
3 Instalações sanitárias
pavimento térreo. Também tem as salas multiusos com
4 Bar
tamanhos reversíveis. E a presença do terraço, que
5 Terraço
pode ter vários usos.
6 Salas multiuso 7 Hall
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SALÃO DE EXPOSIÇÃO O grande salão pode ter funções diferentes. Através da colocação de divisórias removíveis, pode ser transformado em vários espaços para exposição. Com a montagem de um palco e e cadeiras, pode ser transformado em um grande espaço para shows, apresentações de produtos, entre outros. É possível notar, mais uma vez, a versatilidade do espaço, que se adequa a diferentes encontros que podem acontecer.
Figura 45: Salão de exposição vazio. Fonte: http://www.estorilcc.com
Figura 46: Salão de exposição com divisórias removíveis. Fonte: http://www.estorilcc.com
Figura 47: Salão de exposição com palco, cadeiras. Fonte: http://www.estorilcc.com
SALAS MULTIUSOS O espaço conta com 21 salas. As mesmas, são multiusos pois possuem paredes amovíveis, isto é, paredes que se movem e se adequam a tamanhos diferentes. A capacidade varia entre 10 e 300 pessoas.
Figura 48: Salas multiusos sem as divisórias. Fonte: http://www.estorilcc.com
Figura 49: Salas multiusos com as divisórias. Fonte: http://www.estorilcc.com
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AUDITÓRIO Conta com espaços de apoio, como camarins, cabine, sala de apoio, com possibilidade de acesso separado do público geral. A visualização do palco é total em qualquer lugar que esteja sentado da plateia, devido ao fato do auditório ter um pé direito alto, permitindo que seja feito em ‘degraus’.
Figura 50: Auditório. Fonte: http://www.estorilcc.com
Figura 51: Auditório. Fonte: http://www.estorilcc.com
TERRAÇO É um espaço ideal para realização de um almoço, café com poucas pessoas, que querem ter a visão da cidade. Também pode ser utilizado como um espaço para exposição de algum produto.
Figura 52: Terraço utilizado para almoço. Fonte: http://www.estorilcc.com
Figura 53: Terraço utilizado para exposição de produtos.. Fonte: http://www.estorilcc.com
Figura 54: Vista do terraço.. Fonte: http://www.estorilcc.com
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ARENA CULTURAL DO HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS
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•
Nome da obra: Arena Cultural do Hospital de Câncer de Barretos
•
Arquitetura: SPBR Arquitetos - Angelo Bucci (autor); Tatiana Ozzetti, Nilton Suenaga, Beatriz Marques e Victor Próspero (equipe)
•
Ano do início do projeto: 2014
•
Local: Barretos, SP
•
Área do terreno: 6.300 m2
•
Área construída: 4.800 m2
O Hospital de Câncer de Barretos, um dos maiores do Brasil, presta atendimento gratuito aos portadores da doença. O objetivo da construção da Arena Cultural do Hospital de Câncer de Barretos (HCB) é ter um local que funcione como local expositivo, de convenções e de pesquisa, divulgando a eficácia do diagnóstico precoce.
O motivo da escolha desse edifício para ser feita a leitura projetual é devido ao fato de contar com espaços que apresentam a sua distribuição diferenciada, sempre valorizada, de fácil acesso. O edifício é espalhado tanto horizontalmente, 120m de comprimento, quanto na vertical, três andares de altura. O programa foi dividido em três edifícios. O auditório e a sala de exposições possuem 30x30 metros. Todos os volumes são de concreto e vidro. O térreo livre faz com que crie uma grande praça, que se torna um grande espaço para a permanência de pessoas. A arquibancada que pode ser utilizada no auditório também me chamou muito a atenção. O fato do café ser um local de fácil acesso, facilita a visita de pessoas que desejam somente utilizar esse local.
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PAVIMENTO INFERIOR PROGRAMA
3 2
4
1 Figura 57: Planta pavimento inferior. Fonte: http://www.spbr.arq.br/portfolio-items/arena-cultural-do-hospital-de-cancer-de-barretos/
4 3 2 1
Figura 58: Perspectiva pavimento inferior. Fonte: http://www.spbr.arq.br/portfolio-items/arena-cultural-do-hospital-de-cancer-de-barretos/
LEGENDA 1 Café e loja do museu 2 Área expositiva 3 Foyer 4 Auditório
No pavimento inferior, está localizado o café e loja do museu, área expositiva, foyer e auditório. A área expositiva e o auditório possuem pé direito triplo. Exploram a verticalidade necessária como a ligação dos três níveis do edifício.
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PAVIMENTO TÉRREO PROGRAMA
4 1
1
1
2
3
3
Figura 59: Planta pavimento térreo. Fonte: http://www.spbr.arq.br/portfolio-items/arena-cultural-do-hospital-de-cancer-de-barretos/
1 3
1 1
3
2
Figura 60: Perspectiva pavimento térreo.. Fonte: http://www.spbr.arq.br/portfolio-items/arena-cultural-do-hospital-de-cancer-de-barretos/
LEGENDA
O pavimento térreo é livre, todo elevado por pilotis, preservado qualquer entrada deste nível.
1 Vazio
Um par de escada, presente uma em cada bloco,
2 Acesso principal
convida a entrar no edifício. Ou para o subsolo, espaço de
3 Praça
exposição, auditório, ou para o primeiro pavimento, biblioteca e
4 Espelho d’água
salas de aula multiuso.
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PRIMEIRO PAVIMENTO PROGRAMA PROGRAMA 1
1
2
3
4
Figura 61: Planta primeiro pavimento. Fonte: http://www.spbr.arq.br/portfolio-items/arena-cultural-do-hospital-de-cancer-de-barretos/
1
2 1
4
3
Figura 62: Perspectiva pavimento térreo.. Fonte: http://www.spbr.arq.br/portfolio-items/arena-cultural-do-hospital-de-cancer-de-barretos/
No primeiro pavimento, o vazio do pé direito
LEGENDA
triplo da sala de exposição e do auditório
1 Biblioteca e salas multiuso
permanece. Foi acrescentado um mezanino nesses
2 Hall
locais.
3 Mezanino sala de exposição 4 Mezanino auditório
A biblioteca e as salas de aula multiuso contornam os mezaninos.
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CORTE
Figura 63: Corte. Fonte: hZp://www.spbr.arq.br/por^olio-items/arena-cultural-do-hospital-de-cancer-de-barretos/
Pé direito triplo na área
Arquibancada externa que pode
expositiva e no auditório.
ser usada no auditório.
Térreo livre, em pilotis.
TÉRREO SOBRE PILOTIS O pavimento térreo ser elevado sobre pilotis, forma uma grande praça. É uma forma de convite para as pessoas ‘entrarem’. Um visitante que se aproxima de qualquer lado, é guiado intuitivamente em direção ao grande espelho d’água no centro.
Figura 64: Área expositiva. Fonte: http://www.spbr.arq.br/portfolio-items/arena-cultural-do-hospital-de-cancerde-barretos/
Figura 65: Café. Fonte: http://www.spbr.arq.br/portfolio-items/arena-cultural-do-hospital-decancer-de-barretos/
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CAFÉ E LOJA DO MUSEU O café e loja do museu se localizam no pavimento inferior ao térreo. O interessante desses espaços é que podem ser utilizados, de fácil acesso, a pessoas que vem somente visitar esses locais, não tendo que passar por outros locais para chegar o local desejado. Figura 66: Café. Fonte: http://www.spbr.arq.br/portfolio-items/arena-cultural-do-hospitalde-cancer-de-barretos/
ÁREA EXPOSITIVA A área expositiva apresenta pé direito triplo. Desse modo, quem no primeiro pavimento pode ver através do mezanino a exposição que está tendo no pavimento inferior.
Figura 67: Área expositiva. Fonte: http://www.spbr.arq.br/portfolio-items/arena-cultural-do-hospital-decancer-de-barretos/
AUDITÓRIO O interessante desse auditório, é o fato dele se situar no pavimento inferior ao térreo, e ter uma arquibancada do lado externo, que pode ser utilizada também para o auditório. Se necessitar de mais espaço para o público, a parede se move e a arquibancada
Figura 68: Auditório. Fonte: http://www.spbr.arq.br/portfolio-items/arena-cultural-do-hospital-decancer-de-barretos/
externa pode ser utilizada. O palco se situa no centro das poltronas do auditório e da arquibancada externa.
Figura 69: Vista do térreo para o auditório.. Fonte: http://www.spbr.arq.br/portfolio-items/arena-cultural-do-hospital-decancer-de-barretos/
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CENTRO CULTURAL, EVENTOS E EXPOSIÇÕES EM CABO FRIO
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•
Nome da obra: Centro Cultural, de Eventos e Exposições
•
Arquitetura: Estúdio 41- Dario Corrêa Durce, Emerson Vidigal, Eron Costin, Fabio Henrique Faria e João Gabriel Moura Rosa Cordeiro.
•
Ano do concurso: 2014
•
Local: Cabo Frio, RJ O projeto foi o vencedor do concurso realizado na cidade de Cabo Frio, RJ, para a
implantação de um Centro Cultural, Eventos e Exposição. O motivo da escolha desse edifício para ser feita a leitura projetual é devido ao fato de contar com a qualificação da relação entre espaços interiores e exteriores, a promoção de um espaço público a ser utilizado pela comunidade local, mesmo quando não ocorram eventos no edifício. Para que ocorra a ligação interior e exterior, foram propostas, junto à fachada da praça, portas tipo guilhotina, conectando a praça de eventos externa aos ambientes cobertos do edifício.
IMPLANTAÇÃO 4
2
1 3
Figura 72: Implantação. Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-186572/proposta-vencedora-para-o-centro-cultural-de-eventos-e-exposicoes-em-cabofrio-estudio-41
LEGENDA 1 Estacionamento
3 Praça
2 Edifício
4 Lago
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PAVIMENTO TÉRREO
Sem fechamento, somente elevado sobre pilotis. Figura 73: Planta pavimento térreo. Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-186572/proposta-vencedora-para-o-centro-cultural-de-eventos-eexposicoes-em-cabo-frio-estudio-41
Fechamento com porta tipo guilhotina, que podem ser abertas, tornando o espaço totalmente aberto.
Figura 74: Perspectiva pavimento térreo. Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-186572/proposta-vencedora-para-o-centrocultural-de-eventos-e-exposicoes-em-cabo-frio-estudio-41
Porta tipo guilhotina são portas que realizam o movimento vertical através de um sistema de abertura com contrapesos. A utilização pode ser manual ou automática. Pode ter uma, duas ou mais folhas.
Figura 75: Pavimento térreo – portas tipo guilhotina abertas. Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-186572/propostavencedora-para-o-centro-cultural-de-eventos-e-exposicoes-emcabo-frio-estudio-41
Figura 76: Pavimento térreo – sem fechamento, elevado sobre pilotis. Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-186572/proposta-vencedorapara-o-centro-cultural-de-eventos-e-exposicoes-em-cabo-frioestudio-41
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PROGRAMA A definição do programa foi baseado na necessidade da cidade. Sua definição e principalmente o pré- dimensionamento foram obddos através de pesquisas e do estudo de referências projetuais selecionadas de acordo com o caráter do projeto proposto. O pré-dimensionamento pode ser alterado de acordo com as necessidades que forem surgindo no decorrer do projeto. ÁREA%(m2) AUDITORIO%(+/1%550%pessoas) Auditório Apoio Foyer Banheiros Feminino%(+/1%4%bacias) Masculino%(+/1%4%bacias) TOTAL:% 20%%circulação:% TOTAL:%
650 150 100 30 30 930m2 186m2 1.116m2
ÁREA%(m2) RESTAURANTE%(apoio) Preparo/cocção Despensa DML Vestiário
70 20 15 15 15
Feminino Masculino
TOTAL:% 20%%circulação:% TOTAL:%
135m2 27m2 162m2
ÁREA%(m2) LOCAL%EXPOSIÇÕES Salão Banheiros%(x2)
5.000 50 50 50 50 50
Feminino%%(+/1%10%bacias) Masculino%(+/1%5%bacias%e%5%mictórios)
Administração Depósito Sala%de%imprensa TOTAL:% 20%%circulação:% TOTAL:%
5.250m2 1.050m2 6.300m2
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PROGRAMA ÁREA%(m2) SALAS Multiuso Salão%exposição Banheiros
TOTAL:% 20%%circulação:% TOTAL:%
6%salas%para%reuniões Feminino%(+/1%10%bacias) Masculino%(+/1%5%bacias%+%5%mictórios)
70%x%6%=%420 1000 50 50 1.520m2 304m2 1.824m2
RESTAURANTE Copa%lavagem/apoio Salão
50 300
TOTAL:% 20%%circulação:% TOTAL:%
350m2 70m2 420m2
TOTAL%GERAL:%
9.822m2
| 50
BLOCOS SOBREPOSTOS Após o pré-dimensionamento e análise de outros projetos de referência, cheguei a conclusão que seria melhor dividir o projeto em blocos, pois os mesmos precisariam de acessos fáceis. Para o desenvolvimento do modelo, foi pego uma referência projetual: o Escritório Regional e Internacional da Statoil, localizado em Fornebu, Noruega. A forma com que ele localiza os blocos, um “apoiado” no outro, foi utilizada como inspiração.
Figura 77: Escritório Regional e Internacional da Statoil. Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-157168/escritorio-regional-e-internacional-da-statoil-slash-a-lab
Figura 78, 79 e 80: Escritório Regional e Internacional da Statoil. Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-157168/escritorio-regional-e-internacional-da-statoil-slash-a-lab
Após, comecei a fazer os estudos, buscando a melhor forma de se localizar os blocos. Cheguei a uma conclusão da melhor implantação dos blocos, no total deram 3, que serão explicados em seguida.
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| 52
PROJETO FINAL Estacionamento:
•
Possuí uma entrada na Avenida Rio Amazonas, que é uma via de grande movimento, e uma entrada na rua lateral, que é uma via de pouco movimento.
•
Tem capacidade para 851 veículos e 10 vagas para deficientes.
•
Está 5 metros abaixo do pavimento térreo e essa topografia foi resolvida com a utilização de muro de arrimos.
Pavimento Térreo: Bloco Auditório •
Está situado cinco metros acima do estacionamento e a topografia foi resolvida com a utilização de taludes.
•
O ponto de ônibus já existente foi mantido na entrada do edifício, e foi criado cinco vagas para deficientes na entrada, para que o acesso seja facilitado.
•
A maior parte do pavimento térreo é elevada sobre pilotis para que se crie uma grande praça para uso público, mas que também pode ser utilizada para eventos.
•
A circulação vertical e os sanitários se localizam mais centralizados embaixo da torre. Possuí sanitário adaptado para deficientes.
•
Os caminhos foram definidos de modo que guie as pessoas para as praças projetadas. Existem duas praças menores ao ar livre, e uma grande praça sobre pilotis.
•
Os acessos ao salão de exposições e ao restaurante possuem um fechamento em vidro, para que o acesso a esses locais sejam controlados.
•
Não foi sugerida vegetações no térreo, além da grama, para que não interferisse nas fachadas do edifício.
•
Auditório: Auditório com capacidade para 536 pessoas, 10 deficientes físicos e 5 obesos, com toda parte de apoio presente (camarim, foyer, sanitários), possuí uma plateia externa, podendo ocorrer apresentações utilizando os dois lados da plateia.
-
Restaurante (apoio):
•
Área de preparo e estoque do restaurante localizados neste pavimento, pois podem ter barulhos sonoros e odores e, deste modo, não influenciaria os eventos realizados no salão de exposição ou nas salas multiusos. Os alimentos serão levados ao restaurante através de um elevador monta carga. Possuí uma entrada de serviços para que os alimentos, bebidas, entre outros, cheguem ao depósito sem atrapalhar os veículos em dias de evento.
•
Vestiários para funcionários, masculino e feminino.
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PROJETO FINAL Primeiro Pavimento: Bloco Salão de Exposições •
É onde se localiza o grande salão de exposição, que não apresenta divisões pelo fato de que depende do tipo de evento a ser realizado para que as divisões sejam montadas.
•
A circulação vertical e os sanitários se localizam mais centralizados para que o acesso de quem esteja em qualquer parte do salão seja fácil. Possuí sanitário adaptado para deficientes.
•
Possuí um depósito, administração e uma sala de imprensa, como forma de apoio ao edifício.
•
Possuí somente uma abertura para entrada de luz natural pois a vista da cidade naquele ponto é muito privilegiada.
•
Foi utilizada uma fachada ventilada ao redor de todo o bloco: é um sistema de revestimento dos fechamentos do edifício que deixa uma câmara ventilada entre o revestimento e o isolamento.
O modelo escolhido foi o Creative da marca Ulma, que permite personalização infinita.
Desenho escolhido para a fachada ventilada.
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PROJETO FINAL •
A escada de serviços e o elevador monta carga, que vem da área de preparo e depósito do restaurante, possui uma saída neste pavimento de modo que facilite o acesso se algum evento for necessitar deste serviço.
Segundo Pavimento: Bloco Salas Multiusos e Restaurante -
Salas multiusos:
•
Duas das salas possuem tamanho fixo, e quatro delas são divididas com divisórias removíveis, de modo que se adaptem ao tipo de evento a ser realizado.
•
Possuí também um espaço para exposição, mas somente para as pequenas, pois o espaço é reduzido.
•
A circulação vertical e os sanitários se localizam no mesmo local do primeiro pavimento, também de modo a facilitar o acesso. Possuí sanitário adaptado para deficientes.
•
Possuí a mesma abertura para entrada de luz natural do primeiro pavimento, para valorizar a vista da cidade e uma passarela que permite a observação do salão de exposições.
•
O bloco possuí saída para dois mirantes.
-
Restaurante:
•
Se localiza separado do bloco das salas multiusos. O acesso a ele pode ser pelos elevadores ou escada que foram implantados para ter um acesso direto, ou pelo bloco das salas multiusos.
•
Na cozinha do restaurante há somente a parte de apoio e de lavagem, pois a parte de preparo e o depósito estão localizados no pavimento térreo, como já foi citado anteriormente.
•
Ao redor de todo restaurante também possuí uma área de mirante, para apreciação da vista da cidade.
Estrutura: Concreto Armado •
O projeto foi feito seguindo uma modulação de 15 x 15 metros.
•
Pilares de 0,60 x 0,60 m.
•
Vigas de 0,75 m de altura.
•
Laje nervurada seguindo a modulação de 1,25 metros.
| 55
PROJETO FINAL AS PRANCHAS DO PROJETO, ESTÃO DENTRO DO ENVELOPE QUE ESTÁ JUNTO COM O CADERNO.
1. IMPLANTAÇÃO 2. PAVIMENTO TÉRREO 3. PRIMEIRO PAVIMENTO 4. SEGUNDO PAVIMENTO 5. COBERTURA 6. CORTES
| 56
PROJETO FINAL
Figura 81: Implantação. Fonte: (Arquivo pessoal, 2015).
Figura 82: Vista aérea. Fonte: (Arquivo pessoal, 2015).
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PROJETO FINAL
Figura 83: Vista aérea. Fonte: (Arquivo pessoal, 2015).
Figura 84: Vista aérea. Fonte: (Arquivo pessoal, 2015).
| 58
PROJETO FINAL
Figura 85: Vista aérea. Fonte: (Arquivo pessoal, 2015).
Figura 86: Vista aérea. Fonte: (Arquivo pessoal, 2015).
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PROJETO FINAL
Figura 87: Vista entrada estacionamento Avenida Rio Amazonas. Fonte: (Arquivo pessoal, 2015).
Figura 88: Estacionamento. Fonte: (Arquivo pessoal, 2015).
| 60
PROJETO FINAL
Figura 89: Vista do edifício a partir do estacionamento. Fonte: (Arquivo pessoal, 2015).
Figura 90: Entrada no edifício pelo estacionamento (escada ou calçada). Fonte: (Arquivo pessoal, 2015).
| 61
PROJETO FINAL
Figura 91: Entrada no edifício pelo estacionamento (escada). Fonte: (Arquivo pessoal, 2015).
Figura 92: Vista calçada lateral. Fonte: (Arquivo pessoal, 2015).
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PROJETO FINAL
Figura 93: Vista rua de cima. Fonte: (Arquivo pessoal, 2015).
Figura 94: Praรงa de eventos. Fonte: (Arquivo pessoal, 2015).
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PROJETO FINAL
Figura 95: Vista calรงada frontal. Fonte: (Arquivo pessoal, 2015).
Figura 96: Vista calรงada frontal. Fonte: (Arquivo pessoal, 2015).
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PROJETO FINAL
Figura 97: Vista calรงada frontal. Fonte: (Arquivo pessoal, 2015).
Figura 98: Entrada principal. Fonte: (Arquivo pessoal, 2015).
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PROJETO FINAL
Figura 99: Vista calรงada frontal. Fonte: (Arquivo pessoal, 2015).
Figura 100: Vista entrada de serviรงos. Fonte: (Arquivo pessoal, 2015).
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PROJETO FINAL
Figura 101: Vista entrada de serviรงos. Fonte: (Arquivo pessoal, 2015).
Figura 102: Praรงa de eventos. Fonte: (Arquivo pessoal, 2015).
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PROJETO FINAL
Figura 103: Praรงa de eventos e arquibancada externa. Fonte: (Arquivo pessoal, 2015).
Figura 104: Vista mirante restaurante. Fonte: (Arquivo pessoal, 2015).
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PROJETO FINAL
Figura 105: Vista mirante restaurante. Fonte: (Arquivo pessoal, 2015).
Figura 106: Vista mirante restaurante. Fonte: (Arquivo pessoal, 2015).
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PROJETO FINAL
Figura 107: Vista mirante bloco salas multiusos. Fonte: (Arquivo pessoal, 2015).
Figura 108: Vista mirante bloco salas multiusos. Fonte: (Arquivo pessoal, 2015).
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• Alaby, Miche Abdo Alaby – Feiras e Exposições. 2 ed. Rio de Janeiro : Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior, 1986. • Cruz, Rita de C. – Política de Turismo e Território. São Paulo: Contexto, 2000. • Matis, Marlene – Organização de eventos: procedimentos e técnicas. São Paulo: Manole, 2001. • Zanella, Luiz Carlos – Manual de organização de eventos: planejamento e operacionalização. São Paulo: Atlas, 2004. • Coutinho, Antonio – Couro Cru: Origem do pólo calçadista de Franca - 2013 • Braz, Fábio - Eventos/feiras de negócios na (re)produção do espaço urbano da metrópole: estudo de caso do Parque Anhembi e Centro de Exposições Imigrantes - 2008. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/ 8/8136/tde-26092008-174607/pt-br.php>. Último acesso: 20 de Outubro. 2015. • ABEOC Brasil – II Dimensionamento Econômico da Indústria de Eventos no Brasil – 2013. Disponível em: <http://www.abeoc.org.br/2014/10/iidimensionamento-economico-da-industria-de-eventos-no-brasil/>. Último acesso: 20 de Outubro. 2015 • Centro de eventos Estoril. Disponível em: http://www.estorilcc.com. Último acesso: 15 de Abril. 2015. • Arena Cultural do Hospital de Câncer de Barretos. Disponível em: <http:// www.spbr.arq.br/portfolio-items/arena-cultural-do-hospital-de-cancer-de-barretos/ >. Último acesso: 05 de Maio. 2015. • Centro Cultural, Eventos e Exposições de Cabo Frio. Disponível em: http:// <www.archdaily.com.br/br/01-186572/proposta-vencedora-para-o-centro-culturalde-eventos-e-exposicoes-em-cabo-frio-estudio-4>. Último acesso: 15 de Maio. 2015.
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N
BRUNA CAMARGO GIACOMETTI FRANCA / SP
1:500 0
5
10
15
20
25
50
ARQUITETURA E URBANISMO ORIENTADOR: DR. CARLOS STECHHAHN
01
N
FRANCA / SP
BRUNA CAMARGO GIACOMETTI
1:250 0
2,5
5
7,5
10
12,5
25
ARQUITETURA E URBANISMO ORIENTADOR: DR. CARLOS STECHHAHN
02
F 1
N
Planta Primeiro Pavimento FRANCA / SP
FACHADA VENTILADA ESC 1:50
2
BRUNA CAMARGO GIACOMETTI
1:250 0
2,5
5
7,5
10
12,5
25
ARQUITETURA E URBANISMO ORIENTADOR: DR. CARLOS STECHHAHN
03
N
Planta Segundo Pavimento FRANCA / SP
BRUNA CAMARGO GIACOMETTI
1:250 0
2,5
5
7,5
10
12,5
25
ARQUITETURA E URBANISMO ORIENTADOR: DR. CARLOS STECHHAHN
04
N
Planta Cobertura FRANCA / SP
BRUNA CAMARGO GIACOMETTI
1:250 0
2,5
5
7,5
10
12,5
25
ARQUITETURA E URBANISMO ORIENTADOR: DR. CARLOS STECHHAHN
05
N
Cortes FRANCA / SP
BRUNA CAMARGO GIACOMETTI
1:250 0
2,5
5
7,5
10
12,5
25
ARQUITETURA E URBANISMO ORIENTADOR: DR. CARLOS STECHHAHN
06