Revista Helenbar

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Perfil

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Arte Digital

Revista Helen Bar Nยบ 1- semestral

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Design Grรกfico

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Entrevista

Artes Digitais: Retratos Com Temas Pรกgina 4

Design Grรกfico: Nokia e mais Pagina 6

R$ 399

HelenBar


3 Arte Digital

6 MatĂŠria 2

Perfil

4 Design GrĂĄfico

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Perfil

Quem é Helena de Barros Helena de Barros é mestre em design pela ESDI/UERJ [Escola Superior de Desenho Industrial da Universidade do Estado do Rio de Janeiro] com a dissertação Em busca da aura: dinâmicas de construção da imagem impressa para a simulação do original (2008) e designer formada pela mesma instituição em 1994 com o tema Design Gráfico e Novas Tecnologias de Imagem e o projeto gráfico A Alma Subitamente Entorpecida – ensaio

gráfico sobre a sensibilidade, através de Antonin Artaud, Vaslav Nijinski e Vincent Van Gogh (vencedor do prêmio Carmem Portinho de Arte e Cultura). Nos últimos 15 anos desenvolve projetos autônomos de design gráfico, principalmente impressos e projetos de exposição na área cultural. Especializada em tratamento de imagem digital para grandes formatos, é responsável também pela arte-finalização e pré-produção de projetos. Destacam-se os projetos desenvolvidos para o Museu do Índio, Anima Mundi, Natura, Nokia, Anna Bella Geiger e Centro Cultural da Light.

Helenbar é seu alter-ego virtual, incorporado no trabalho autoral de fotomontagem digital com auto-retratos. A série Wonderland, inspirada em Alice no País das Maravilhas de Lewis Carroll, exposta desde 2003 na comunidade virtual Fotolog.com, alcançou reconhecimento do público com mais de 1.200.000 pageviews e foi contemplado com artigos em jornais, revistas e livros nacionais e estrangeiros. Atualmente leciona as disciplinas de Materiais e Processos Gráficos I e II no curso de graduação de Desenho Industrial da ESDI/UERJ.

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Arte Digital Vitoriano Em homenagem à Ray Caesar.

Ophelia Inspirada na obra de John Waterhouse, Millais & Gustave Klimt.

A Entrega Homenagem a nossa condição de mamíferos e ao primeiro grande elo da maternidade.

Natureza Morta

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Geisha

Dark O Fruto Bendito é o fruto do vosso ventre.

Dama com Proteus Inspirada pela pintura de da Vinci “Lady with an Ermine”

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Design Gráfico Nokia 3320 Manual técnico de telefone celular. -Design gráfico e diagramação. [direção de arte Tátil Design]

2001

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Free Campanha 2001 -Design gráfico e arte-finalização de 2 peça-matrizes (poeta e grafiti). [direção de arte da Ogilvy & Mother]

2001

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Matéria

Revista Vizoo

Rio de Janeiro, nº 36, Portfólio pp 44-51, mai/jun. 2004.

V

- De onde surgiu

a ideia de criar a Helenbar?

HB

Entrevista Bricolagem digital no país das maravilhas por Dudam

Conheça Helena de Barros, aliás Helenbar, designer carioca que faz sucesso na web se transformando na Alice de Lewis Carroll.

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- O nome “Helenbar” sempre foi meu nick de e-mail (“Helen” de Helena, “bar” de Barros). O figurino de Alice, eu tinha feito para uma festa à fantasia de uns amigos, a “Multiplex in Wonderland” que aconteceu alguns meses antes. Adoro festas à fantasia. Como corto e costuro e sempre tive uma afinidade especial com o tema, aproveitei a oportunidade da festa e fiz questão de fazer uma roupa

super detalhada, com tecido bordado, 19 botões e avental, tentando chegar o mais próximo possível do personagem ideal que existia na minha cabeça – uma mescla do estilo do fim do século XIX (a história original data de 1865) com o inconfundível modelo consagrado pelo desenho animado de Walt Disney.


V

- Por que a

inspiração em Alice no país das Maravilhas?

HB

- As versões infantis de Alice, sempre me deixaram muito intrigada quando era criança. Na adolescência, com uns 17 anos, finalmente li o original de Lewis Carroll, na excelente tradução do Sebastião Uchoa Leite e fiquei completamente encantada com o humor insólito, os jogos com palavras e costumes, e a total liberdade criativa. Desde então, tenho uma certa obsessão pelos mundos de Alice. Eles representam, para mim, uma

mistura do sarcasmo e psicodelismo adultos com a mais encantadora nostalgia infantil. A narrativa de Carroll é recheada de imagens deliciosas, sempre as construo na minha cabeça. Tentar realizá-las graficamente é uma grande satisfação... Toda garota já sonhou em estar num contos de fadas, esta é a minha maneira de concretizar este desejo. Antes do trabalho com fotomontagem, fiz uma série de desenhos com pastel oleoso

em 1991 e trabalhei com este tema também no Workshop Alessi (marca de design italiano) em 1994. Postei minha primeira imagem no dia 13 de julho de 2003. O site está completando 300 mil visitas, não é um dos campeões de visitação, mas acho um marco bastante considerável para algo que se divulga sozinho, apenas baseado no conteúdo. O endereço é http://www.fotolog.net/helenbar/

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V

- O que mudou

na sua vida com o sucesso de seu personagem?

HB

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- Além de ficar um bom tempo conectada à internet conhecen-do outros links e repondendo comentários de pessoas de diversos lugares do mundo, meu tempo livre agora é todo voltado para a produção pessoal. Nunca produzi tanto. O intenso trabalho voltado para uma proposta autoral, também me fez buscar novos processos e aprimorar muito minha capacidade técnica. Mas, acima de tudo, compartilhar minha arte com milhares de pessoas foi uma grande e recompensadora surpresa. Não imaginava que a divulgação fosse tão simples, ampla e rápida. Foi um super estímulo e me fez acreditar e investir muito mais no meu trabalho artístico pessoal. Como também pretendo fa-

zer uma exposição em grandes formatos e publicar as imagens em livro, acho que a repercussão e sucesso do personagem me ajudarão na captação de recursos, divulgação e realização deste projeto.

V

- Explique a técnica

utilizada na criação do seu trabalho.

HB

- Como tenho me inspirado

numa história riquíssima, a primeira coisa é ler trechos do livro, pra ver que imagens aparecem na minha cabeça. Aí me “monto” de Alice, vou para um canto bem iluminado da sala ou da cozinha e começo a me fotografar com uma camera digital com timer e tripé. Como não estou me vendo no momento do click, chego a fazer até 90 fotos para selecionar os elementos

que quero, aí vira um grande frankstein, com um pedaço de cada foto, as vezes o rosto vem de uma, a perna de outra e o laço do vestido de outra ainda... Esta é a parte que demora mais com os retoques, ajustes de cor e recortes. Quando o corpo está montado, começo a construir o cenário e os outros personagens. Fotografo muitas plantinhas em jardinzinhos na rua, bichos de amigos e pesquiso referências em livros e na internet também. Mas o trabalho todo é feito basicamente usando apenas o Photoshop. Trabalho com fotomontagens há anos, mas ainda não tinha me ocorrido que eu mesma poderia ser um personagem, esta influência veio do fotolog da Sinistra.


V

- Já conseguiu

trabalhos de design gráfico e digitalização de imagens por causa da Helen?

Este foi um imenso facilitador de todo o processo pela disponibilidade, paciência, transmissão de idéias e facilidade de direção da “modelo” (que sou eu mesma). A tecnologia não deixa de ser uma grande responsável, pois seria impossível fazer um trabalho de tanta tentativa e erro sem uma camera digital.

HB

Nacional, como “A Ostra e o Vento” e “O viajante”, além de capas de discos e livros. Também trabalho com agências de publicidade e escritórios de design, fazendo projetos para o Free, através da Ogilvy, ou manipulação de imagens para a Natura e Nokia, através da Tatil design, entre outros.

- Não. Minha rotina profis-

sional não se alterou. Tenho minha própria empresa e trabalho como designer free-lancer desde que me formei em design gráfico pela ESDI (Escola Superior de Desenho Industrial) / UERJ, em 1994. Atuo com frequencia na área de design gráfico para exposições e tenho um trabalho bastante voltado para projetos e instituições culturais, entre elas o Museu do Índio, CCBB, Centro Cultural da Light, IPHAN, Fiocruz, Sesc. Em algumas delas, cheguei a realizar fotomontagens de até 42 metros de largura. Já assinei projetos gráficos para o Anima Mundi, H. Stern, Anna Bella Geiger, ou para o cinema

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www.helenbar.com

Próxima edição Glamour

Ensaio inspirado nas imagens das estrelas de Hollywood dos anos 40.


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