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Querido leitor, Estamos muito contentes em apresentar pra você a primeira edição da CoBlue Mag. Nós construímos essa revista como um exercício de time. O propósito da CoBlue Mag é compartilhar com os nossos clientes as conversas que temos diariamente, desde a hora do cafezinho até o momento da reunião de checkin dos nossos resultados. Por isso, esse conteúdo também reflete um pouco do propósito de cada colaborador da CoBlue. Nossa revista vai desde a nova gestão de pessoas até como as tecnologias emergentes vão transformar nossos negócios em pouco tempo. Esperamos que você goste e é claro, como gostamos de feedbacks estamos abertos a ouvi-lo pelo contato@coblue.com.br
Boa leitura and ITS OK!(R)!
Dúvidas, sugest e feedbacks?
Entre em contato atrav contato@coblue.com.b pelo telefone (47) 9995
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tões
vés de: br ou 50-7020
IT’s OK!(R)! 2
Sumário:
07 A empresa Inteligente O Accenture Technology Vision destaca as tecnologias emergentes que impactarão significativamente todas as indústrias, nos próximos 3 anos, e são aplicáveis hoje. Confira um resumo das 5 tendências de tecnologia elencadas pela Accenture.
26 Desengajados Ativos Como as empresas estão lidando com suaforça de trabalho?
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43 A empresa Inteligente Está na hora de parar de andar nos círculos da retenção de talentos e comece a criar ciclos de desenvolvimento de talentos
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Vamos falar de feedfoward?
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CoBlue no Startup Summit
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Humor
Health Score
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Vamos falar de
feedfoward?
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ense em um objetivo que deseja, como por exemplo, "Ser um ótimo orador".
Quase todo mundo sabe o que é ser um ótimo orador e possivelmente se você perguntar para seus amigos, familiares, colegas de trabalho, etc., todos terão uma sugestão para você. Alguns conselhos podem ser os mais comuns, outros inusitados que podem lhe trazer perspectivas diferentes em como alcançar.
"boa ideia!") e agradeça. Tudo muito rápido. Você acabou de praticar Feedforward. A verdade que esse tipo de prática deveria acontecer com mais frequência no ambiente de trabalho e nas relações. Essas conversas raramente acontecem porque na maioria das vezes não estamos trabalhando com a premissa de pensar no futuro e sim analisar o passado, para encontrar o erro.
Se você perguntou para alguém muito Mesmo nos comportando dentro dos próximo, certifique-se que o conselho não parâmetros que entendemos que são esteja amarrado ao passado, utilizando normais no trabalho, pensamos que de preconceitos. temos uma obrigação de ser totalmente Peço o conselho. Escute (não diga nem honestos em todas as discussões.
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Por alguma razão, quando estamos "empolgados" numa conversa franca com outra pessoa, nós interpretamos isso como se estivéssemos trancados num debate. Quase sempre gostamos de ter sucesso quando iniciamos uma discussão. Achamos que temos a licença para usar truques para ganhar, inclusive trazendo a tona o passado para reforçar uma parte do "argumento". Não é de se admirar que diálogos bem intencionados e honestos acabam por machucar sentimentos e geram incompreensões e ressentimentos contraproducentes. O feedforward resolve esta questão. Feedforward é uma grande melhoria em relação o que tradicionalmente conhecemos como feedback. Os mecanismos corporativos de feedback são limitados pois se propõem a achar pontos de melhoria através de questionários que
forçam as pessoas a reviver o passado inúmeras vezes - aquelas discussões entre colegas com argumentos de “quem disse isso para quem, como e quando”. O Feedforward funciona porque as pessoas em teoria não gostam de ouvir críticas (ou seja, feedback negativo), eles adoram receber conselhos e ideias para o futuro. Se mudar certo comportamento é importante para eles, eles devorarão todo e qualquer insight que os ajude a se tornarem melhor. E eles serão eternamente gratos àqueles que derem um ideia prática. Feedforward ajuda a mudar o futuro, e não o passado. Feedforward funciona porque ajudar pessoas a melhorar é mais produtivo do que provar que elas estão erradas. Diferente de feedback, onde geralmente apresenta erros, feedforward foca nas soluções, e não nos problemas.
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A Empresa Inteligente O Accenture Technology Vision destaca as tecnologias emergentes que impactarão significativamente todas as indústrias, nos próximos 3 anos, e são aplicáveis hoje. Confira um resumo das 5 tendências de tecnologia elencadas pela Accenture nesse relatório.
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esta edição trazemos um resumo da recente pesquisa da Accenture sobre tendências de tecnologia para os próximos 3 anos, então acredito que seja válido contar um pouquinho de quem são eles. A Accenture é uma das maiores empresas de consultoria do mundo, listada na Fortune 500 e que atende cerca de 95 empresas das Fortune Global 100. Desde 2016, ela divulga anualmente a Accenture Technology Vision uma pesquisa que traz 5 tendências de tecnologia para os próximos 3 anos. Na edição deste ano foram entrevistados cerca de 6.300 executivos de 25 países que pertencem a 15 segmentos de negócios diferentes, desde o mercado financeiro, indústria automotiva, prestação de serviços, equipamentos industriais, varejistas entre outros.
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INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL CIDADÃ
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onforme a inteligência artificial aumenta seu alcance ao longo da sociedade, qualquer negócio buscando capitalizar em cima da tecnologia também deve reconhecer a magnitude de seu impacto. Para os negócios construir uma IA não se trata somente treiná-la para executar determinada tarefa, mas criála de forma que possa agir como um representante responsável do negócio, um membro contribuinte da sociedade.
78 doenças diferentes, de forma com que os próprios médicos se direcionassem a ela para pedir ajudar nos diagnósticos.
De acordo com a próprio pesquisa, 81% dos executivos acreditam que nos próximos 2 anos IA estará trabalhando próximo aos seres humanos em suas organizações seja como colega ou conselheiro fiel. E conforme decisões baseadas em IA estão crescentemente aumento o seu impacto nas vidas humanas, um novo Trazendo para a realidade, pesquisadores desafio se torna claro: assim como pais da Icahn School of Medicine em Mt. Sinai esperam criar seus filhos para que ajam (EUA), têm um colaborador diferenciado com responsabilidade e se comuniquem no hospital: uma IA conhecida como “Deep de forma efetiva, as organizações agora Patient”. Com dados de análise de saúde de precisam “criar” suas IAs de forma 700.000 pacientes a Deep Patient ensinou que elas reflitam normas sociais de a si própria a prever fatores de risco para responsabilidade, justiça e transparência.
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ações. Cerca de 88% dos executivos entrevistados concordam nesse tema, Com uma IA treinada corretamente, a é importante para os colaboradores e empresa essencialmente cria um novo clientes entenderem os princípios gerais colaborador que pode ser escalado através usados para que as decisões tomadas das operações. Mas por onde começar? Com pelas IAs aconteçam naquela empresa. muitos dados, e os dados certos. Conforme as crianças aprendem a se comunicar, eles Independente do papel que uma IA acabe utilizam símbolos e sinais antes de palavras, tendo na sociedade, ela representa sua mas eventualmente elas precisam empresa em cada ação que faz. O que entender a taxonomia de uma língua para acontece se um robô, guiado por IA, escalar seu entendimento do mundo. que estoca prateleiras em um galpão De forma similar, uma IA começa com acaba atropelando um colaborador por princípios básicos, mas progressivamente exemplo? Tendo esse tipo de risco em constrói suas habilidades a partir de mente a Audi anunciou que a empresa vai estruturas taxonômicas configuradas. assumir responsabilidade por acidentes As empresas com os melhores dados envolvendo seu modelo A8 2019 quando disponíveis para ensinar uma IA como seu modo de “Piloto de Trânsito Intenso” fazer seu trabalho vão consequentemente estiver ativado. Na mesma linha o governo criar os sistemas de IA mais capazes. federal alemão adotou regras fora da O Google recentemente lançou um curva sobre a forma com que os carros conjunto de dados de código aberto autônomos devem agir em um acidente que auxilia as empresas a ensinar suas inevitável: os carros devem escolher o IAs como falar. Para criar uma conjunto dano material em relação a machucar que seria capaz de preparar uma IA pessoas, e não pode discriminar para entender somente 30 palavras com base em gênero, idade ou raça.
Criando o Currículo de uma IA
de uma única língua, eles gravaram 65.000 clips daquelas palavras sendo Impactos da IA: O que os faladas por milhares de pessoas negócios devem fazer? diferentes. Essa escala de treinamento permitiu o sistema de reconhecimento Conforme as IAs se tornam mais de voz deles atingir 95% de exatidão. firmemente integradas na sociedade, ela vai ter uma influência direta em tudo desde decisões financeiras, de saúde, IAs responsáveis são justiça criminal e além.
capazes de se Explicar
É crítico tanto nos negócios como na sociedade ser capaz de explicar o processo usado para chegar em uma decisão específica. Já que as IAs são fundamentalmente desenhadas para colaborar com as pessoas, as empresas devem construí-las de forma que elas provenham explicações claras para suas
Conforme esses impactos se expandem, as responsabilidades dos negócios em torno de criar uma IA tendem a crescer. Negócios que hesitam em considerar suas IAs como algo a ser “criado” até que tenha maturidade ficarão com dificuldades em se adequar com as novas regulações e demandas dos consumidores.
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REALIDADE ESTENDIDA O FIM DA DISTÂNCIA
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xperiências imersivas estão mudando a forma com que as pessoas se conectam com informação, experiências e também umas com as outras. Através da realidade virtual e da realidade aumentada está a primeira tecnologia capaz de realocar as pessoas no tempo e espaço - e está trazendo a tona o fim da distância. Enquanto isso, a Startup RoOomy ajuda vendedores a apresentar casas virtualmente, e deixa os compradores criarem seus próprios designs utilizando móveis e decorações de varejistas como a Wayfair e a Pottery Barn, oferecendo compras imediatas pelo aplicativo da RoOmy.
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Para propriedades que ainda estão em desenvolvimento a startup de Virtual Xperience, especialista em VR, deixa com que construtores mostrem e vendam projetos “pré-construídos”, convidando compradores em potencial para experienciar o espaço completo - mesmo se tudo que existe hoje é um lote vazio. Essas e outras incursões em realidades estendidas (XR) estão resolvendo dores que ambos consumidores e negócios possuem: a distância. Esse desafio impacta todo mundo, das pessoas com agendas ocupadas tentando comprar doces em uma loja, até empresas com dificuldades em achar talentos qualificados porque as habilidades locais não são condizentes
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com as suas necessidades. Resultados da pesquisa mostram que 36% dos executivos identificam remover barreiras como um dos motores que os fazem querer adotar soluções em XR. Agora qual a diferença entre Realidade Virtual (VR), Realidade Aumentada (AR) e Realidade Estendida (XR)? VR ou Realidade virtual tira o seu usuário do ambiente do mundo real e o coloca em um ambiente virtual tipicamente usando um headset para visualização acoplado com alguns controles manuais para navegar no espaço virtual. Enquanto isso, Realidade Aumentada ou AR sobrepõe objetos digitais (informação, gráficos, sons) no mundo real, permitindo o usuário experienciar a relação entre os mundos físico e digital. Realidade Estendida ou XR refere-se ao espectro de experiências que tornam menos distintas a linha entre o mundo real e o mundo simulado. A tecnologia “emerge” o usuário através de experiências visuais, áudios, e potencialmente olfativas e sensitivas. Os dois maiores tipos de XR são justamente VR e AR.
Encurtando a distância entre as pessoas
crescente de treinar ou requalificar uma força de trabalho cada vez mais distante para uma realidade digital. Empresas podem trazer treinadores de qualquer lugar ou fazer com que estudantes “viajem” virtualmente para um instrutor; cenários de treinamento podem ser estruturados em qualquer lugar, então utilizados e reutilizados para trazer uma experiência de primeira mão de diferentes situações. XR elimina a distância não somente entre estudante e professor mas também entre conceito e prática. Além disso, conforme controle remoto de sistemas físicos com base em XR se torna mais comum, empresas conseguirão contratar para manufatura, montagem e robótica, expertise com base em uma lista global dos melhores candidatos independente de onde vivem. O resultado é uma oportunidade de fazer um redesign nos negócios sem o fator limitante da distância — e para os trabalhadores elimina as restrições de oportunidades causadas pela geografia.
Relacionamento com a Informação Uma das maiores limitações para conseguir terminar um trabalho é ter acesso a informação. Qualquer material que não esteja guardado na cabeça do colaborador deve ser tirado de uma planilha, um vídeo de tutorial, ou uma variedade de outras fontes que drenam a atenção de uma pessoa e tiram tempo e recursos da tarefa em questão. XR está ajudando a eliminar a distância entre colaboradores e a informação que eles necessitam.
Empresas já estão usando XR para apagar a distância entre pessoas. Com ambientes imersivos fazendo possível para os colaboradores “estarem” em qualquer lugar. Isso teve um impacto direto na indústria de treinamento corporativo, que após anos de estagnação tem uma expectativa de crescer 10% ao ano entre 2017 e 2020. Nos chãos de fábrica, a tecnologia tem Esse crescimento é devido a necessidade reduzido a necessidade de instruções
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escritas. A GE Renewable Energy está usando AR para entregar informações de montagem, aumentando a produtividade dos trabalhadores na montagem de turbinas em 34%.
dobrado. Por outro lado, gastos com experiências como recreações e viagem tem crescido por mais de uma década. Hoje, já vemos negócios nadando nessa onda. O Denver Museum of Nature and Science utiliza AR para fundir o digital com o mundo pré-histórico, resultando em uma aula de anatomia interativa onde os visitantes do museu podem colocar pele e músculos sobre os fósseis dos dinossauros.
Os consumidores também estão tomando decisões de compra com base em informações entregues via XR. A Audi, por exemplo, utiliza VR para deixar clientes em potencial fazer um design customizado do seu próprio veículo. Enquanto isso a BMW Na mesma linha, espaços públicos oferece uma experiência de AR que permite também estão sendo transformados com o prospect explorar o modelo até mesmo experiências imersivas, o Alamo Plaza em entrando “dentro” do carro para explorá-lo. San Antonio, Texas, está desenvolvendo Por fim, XR não está só diminuindo a uma experiência de “storytelling” com XR distância da informação, mas também através de um aplicativo gratuito, dando a distância entre novos insights. aos visitantes do Alamo uma nova forma Ferramentas emergentes de XR de aprender sobre o passado do Forte. expressam os dados em ambientes 3D, Da mesma forma, pesquisadores mais perto da forma que com que os seres encontraram resultados no processo humanos efetivamente veem e imaginam contrário, de desaprendizado. Eles estão os cenários. Isso não muda somente utilizando terapia com base em VR para o acesso a informação mas também o lidar com transtorno de estresse pósrelacionamento com ela, a forma com traumático em militares veteranos, que as pessoas percebem, comunicamdeixando pacientes confrontarem se e extraem valor dos dados. desencadeadores de stress enquanto falam com terapeutas em tempo real.
Presente e Futuro: A evolução da XR
Talvez o maior potencial de disrupções baseadas em XR é através de entregar experiências como um serviço, dando suporte a mudança no comportamento do consumidor cujas preferências se afastam de bens materiais. Ao longo dos últimos 15 anos, gastos em cima de bens duráveis como carros e móveis como um percentual do consumo pessoal nos EUA tem diminuído ao mesmo tempo que os gastos como um todo tenha
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Hoje XR ainda está evoluindo e encontra desafios como lags de processamento e criação de conteúdos em si. Apesar disso, a pesquisa indica que 27% dos executivos diz que é muito importante que suas instituições seja pioneira em soluções de XR. Conforme as limitações de hoje são abordadas, XR só irá crescer em capacidade e impacto. Para se preparar para um mundo onde as experiências mais poderosas podem ser virtuais, os negócios precisam focar nos usos práticos disso hoje.
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VERACIDADE DOS DADOS A IMPORTÂNCIA DA CONFIANÇA
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s negócios hoje estão mais data driven (baseados em dados) do que nunca, mas informação imprecisa e manipulada ameaça comprometer os insights que as empresas utilizam para planejar, operar e crescer. Dados não verificados são um novo tipo de vulnerabilidade, um em cada negócio buscando tecnologias digitais deve abordar. Deixadas de lado, decisões baseadas em dados ruins, tomadas de forma autônoma podem se tornar uma ameaça de nível estratégico.
26 de setembro de 1983, os EUA haviam lançado um míssel nuclear na URSS. O protocolo então ditava que Petrov deveria notificar os líderes soviéticos para armarem um contra ataque imediato.
Felizmente para o mundo, Petrov não estava convencido que os alertas eram verdade. Ele não notificou seus superiores, prevendo uma catástrofe global. Ao fazer essa decisão Petrov considerou seu sistema de aviso de satélite dentro de um contexto maior. Naquele tempo, experts Para ilustrar esse cenário, vamos olhar concordavam que qualquer ataque dos para o exemplo de 35 anos atrás, quando o EUA seria imenso, com bombardeio soldado soviético Stanislav Petrov tomou adicional. Como nenhum outro alerta um susto. De acordo com o sistema de dava sinal de nada disso, Petrov sabia satélite que ele estava monitorando em que havia algo errado com aquele
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aviso que mostrava algo muito menor do que era esperado. Isso, combinado com o entendimento dele dos riscos caso seguisse o protocolo fez com que tomasse sua decisão final.
baixa veracidade dos dados. Elas podem lidar com essa nova vulnerabilidade ao construir confiança em 3 princípios básicos:
Proveniência - Considerar a história do No final da história, os soviéticos dado em questão, desde sua origem até determinaram que seus satélites haviam seu ciclo de vida. confundido o reflexo da luz do sol nas Contexto - Considerar as circunstâncias nuvens por um bombardeio de mísseis. do uso do dado. Ao questionar a validade de um dado, Stanislav Petrov salvou o mundo de um Integridade - Garantir a segurança dessa informação. desastre nuclear. Um exemplo que ilustra essa situação é o caso da United Airlines que devido a dados imprecisos, chegou a perder cerca de $1 bilhão em receita em um único ano. Isso aconteceu porque suas previsões de demandas por assento eram baseadas em hábitos de voo de décadas passadas e acarretava em modelos de precificação incorretos. A empresa apontou essa e outras imprecisões baseadas em dados com os pontos principais para melhorar sua performance operacional. Em um mundo crescentemente baseado em Sem estabelecer a veracidade, ou dados, empresas como a United vão exatidão dos dados os negócios se garantir que os dados que sustentam sua deixam abertos para um novo tipo de receitam possam ser confiáveis no futuro. vulnerabilidade - uma ameaça que é Agora como criar incentivos para que criticamente subestimada. os dados sejam de fato verdadeiros? Um estudo recente estima que 97% das Vamos olhar um exemplo do mercado de decisões dos negócios são tomadas ecommerce para entender essa questão. utilizando dados que os próprios gestores Varejistas online gastam centenas de das empresas consideram de qualidade bilhões de dólares todos os anos para inaceitável. O resultado? Insights e fazer propagandas e precificar itens online decisões de negócios que são no para diferentes segmentos de pessoas, mínimo questionáveis e potencialmente baseados no seu código postal ou na sua corrompidas. renda doméstica. Entretanto, as empresas não precisam Entretanto essa prática algumas simplesmente aceitar os riscos de uma vezes conflita com as preferências do Embora os negócios de hoje não vão tomar decisões sobre soltar míssel algum, 82% dos executivos que responderam a pesquisa concordam que suas organizações estão crescentemente usando dados de forma automatizada para tomar decisões críticas em uma escala sem precedentes. Para contextualizar esse impacto, a IDC previu receitas globais de aproximadamente $151 bilhões para Big Data e práticas analíticas em 2017, cerca de 12% a mais do que o ano anterior.
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consumidor de ter mais privacidade. Se uma porcentagem grande das pessoas tentar enganar os algoritmos, ou mesmo fazer isso de forma inconsciente ao tentar proteger sua privacidade, os negócios não irão somente perder dinheiro, mas também coletar dados imprecisos sobre seus clientes. O resultado é o mesmo: insights distorcidos. Nem mesmo os gigantes estão livre disso. Na Amazon, reviews de produtos se tornaram sujeitos a manipulação de dados: vendedores terceirizados estavam pagando pessoas para submeter reviews falsos para artificialmente inflar seus produtos e sua pontuação como vendedores. Nesse caso, a Amazon respondeu dando mais peso para reviews qualificados de clientes que tinham comprovadamente comprado o item da Amazon. Eles também estabeleceram um programa de reviews incentivados somente para convidados, banindo os
reviews de pessoas que receberam produtos gratuitos ou com desconto fora do processo criado pelo programa. Esses esforços reduziram o incentivo para gerar reviews falsos no site.
Como está sua segurança? Dados são vitais para empresas digitais, e dão suporte a decisões complexas de negócios que geram um crescimento sustentável. Garantir a veracidade desses dados se torna então a base de uma boa gestão. Conforme IA vai se tornando mais e mais usada para a tomada desse tipo de decisão, dados corrompidos se tornam uma ameaça maior. Resta para as empresas lidar com esse novo desafio: Garantir a veracidade dos dados que são o combustível do seu negócio. E você? Qual estratégia tem usado para garantir que tem dados de qualidade?
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NEGÓCIOS SEM FRICÇÃO CONSTRUÍDOS PARA CRIAR PARCERIAS EM ESCALA
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s empresas competem através de parcerias estratégicas, e quando essas parcerias são baseadas em tecnologia elas podem expandir mais rápido e em mais ecossistemas do que antes. Entretanto, sistemas antigos não foram construídos para dar suporte a esse tipo de expansão, e em breve se tornarão desvantagens no processo de crescimento. Alguns exemplos disso são parcerias como a GE e a Microsoft que integraram as plataforma Predix e Azure. Enquanto isso SAP, Hitachi e JPMorgan Chase & Co. estão desenvolvendo soluções de blockchain. A Ford e a Lyft se comprometeram a desenvolver uma
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frota de táxis autónomos até 2021. Esses esforços colaborativos dos líderes da indústria mostra que a tecnologia está hoje na raíz das parcerias. E a mesma coisa acontece em mercados como o de calçados, em 2017 a Nike anunciou uma parceria com a Amazon e simultaneamente se tornou uma das primeiras empresas a ter seus produtos vendidos através do Instagram. Do lado da manufatura, a Adidas iniciou uma parceria com a Siemens para a construção de uma “speedfactory”, uma fábrica de manufatura automatizada que cria tênis customizados mais rápido e com custos menores que os meios tradicionais. E por fim, a Under Armour
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está trabalhando com o Watson Analytics da IBM para aumentar a utilidade dos dados gerados pelos vários apps e dispositivos conectados entregando ao consumidor uma experiência que vai além dos calçados nos seus pés.
parcerias cresce, essa escala vai fazer com que os negócios repensem a forma com que realizam transações uns com os outros, nesse ponto Blockchain irá ter um papel chave em criar, escalar, e fazer a gestão dessas relações através de sua capacidade de atribuir responsabilidade aos parceiros sem a necessidade de uma relação prévia de confiança.
Ganhar uma vantagem competitiva significa forjar parcerias fortes e duradouras construídas e mantidas através da tecnologia. Hoje a pesquisa já mostra que 36% dos negócios tem no mínimo o dobro de parceiros do que eles possuíam 2 anos atrás. É crítico nesse cenário que os líderes a frente dos negócios reconheçam que a própria tecnologia da organização deles vai servir como a fundação para essas relações estratégicas. Entretanto, os sistemas dessas organizações foram construídos em silos, com a intenção de operar somente dentro do negócio, com o pressuposto de que as mudanças seriam lentas e lineares. Agora as empresas expandem suas redes, se engajam em ecossistemas e trocam entre eles com frequência e sistemas antigos que não conseguem acompanhar o rítmo serão uma grande barreira para o crescimento.
A mudança começa em casa
Parcerias fortes: um aliado do crescimento
Aliadas para superar esses desafios vêm 2 tecnologias: Microsserviços e Blockchain. Conforme a arquitetura da tecnologia deve evoluir para dar suporte às parcerias, uma abordagem de microsserviços entrega mais agilidade conforme as aplicações se tornam mais modulares, permitindo integrações mais rápidas com múltiplos parceiros. Externamente conforme o portfólio de
Para estimular uma nova onda de parcerias baseadas em tecnologia, as empresas devem começar dentro das próprias paredes. No caso dos microsserviços, não se trata de um único pedaço de tecnologia mas sim uma abordagem para arquitetura de software. Ela utiliza uma série de ferramentas como APIs, containers e cloud para quebrar as aplicações em serviços simples e discretos. Microsserviços entregam benefícios internos como escalabilidade e confiabilidade nas aplicações e benefícios externas quando constroem uma fundação que permite forjar parcerias de forma rápida, integrando serviços sem obstruir parceiros ou clientes. Para ilustrar o cenário, microsserviços já são usados por empresas como Google e Netflix. Cada busca no Google “chama” mais de 70 microsserviços para gerar resultados. Enquanto isso outros líderes da indústria ainda estão adotando o modelo como a Comcast e a Capital One. E na mesma linha 95% dos executivos de TI questionados na pesquisa reportaram que o uso de microsserviços nas suas organizações irá aumentar no ano seguinte. O mercado para ferramentas que dão suporte a microsserviços tem uma expectativa de chegar a U$33 bilhões até 2023.
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Mas como os microsserviços funcionam? Ao invés de um design monolítico onde as aplicações são construídas com uma única base de código, uma abordagem de microsserviços quebra as aplicações até suas funções componentes mais simples. Cada função é tratada dentro da organização como um único serviço, equipado com seu próprio time de engenheiros responsável pela manutenção do seu próprio código e também pela sua API. Aplicações maiores então são postas juntas ao fazer chamadas de API para cada um dos serviços independentes, um verdadeiro boom para as parcerias ja que essas chamadas poderiam incluir serviços de fora da organização.
afora por uma variedade enorme de usos como gestão das identidades, votações, armazenamento em nuvem e contratos inteligentes o que proveu implementações de sucesso transformando radicalmente o jeito que as empresas fazem negócios. Essencialmente qualquer negócio que poderia vir a se beneficiar de uma base de dados imutável pode e vai ser transformada pelo Blockchain. Temos o exemplo da Índia onde o Banco Central está construindo um consórcio de bancos que vai permitir o uso de Blockchain com método de transação entre bancos 24/7, o piloto inicial já incluía organizações responsáveis por 80% das transações financeiras no país. A estimativa é que até 2022 os bancos economizem algo entre U$15-20 bilhões.
Tanto Blockchain quanto as tecnologias do livro razão em geral (da qual o E o que é o Blockchain? blockchain faz parte) tem a expectativa Blockchain é um sistema de livro razão de ter um impacto similar em todas as distribuído que guarda grupos de indústrias, tornando-a um investimento transações, vulgo blocos, e na sequência importante para cada área de negócio. une e sequência a lista de transações usando criptografia, a corrente. A real inovação com o Blockchain no entanto é Reinventando a construção que nenhuma única organização é dona de relacionamentos do Blockchain, o sistema é distribuído Se os micro serviços são a chave para através de uma rede de indivíduos com escalar e integrar as parcerias, Blockchain redundâncias nos blocos e mecanismos de vai ser crítico para geri-las e operá-las. consenso que garanta que ninguém possa Negócios serão desafiados a manter um manipular as transações. Blockchains volume maior de parcerias do que em podem ser públicos como o Bitcoin qualquer momento no passado, e até ou o Ethereum ou como usam muitas rapidamente pivotar entre parceiros sem empresas, podem ser desenvolvidos sacrificar a integridade e segurança de de forma privada ou por consórcios. O seus produtos e serviços. Blockchain provê informação digital que até hoje tem sido infinitamente replicável Blockchain irá lidar com essa complexidade com uma origem clara, e é por isso que é agindo como substituto por relações a base para criptomoedas como o Bitcoin. de confiança. Já que a informação Com o modelo, cada pedacinho de moeda armazenada dentro do blockchain é é rastreável e por tanto tem valor. Mas o replicada e compartilhada entre uma Blockchain está sendo explorado mundo rede de parceiros, participantes não tem
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nenhuma confiança inerente uns nos de energia entre lares em Fukushima. outros, ou um intermediário, eles podem Enquanto a Provenance, oferece aos simplesmente confiar no sistema. negócios um histórico digital para qualquer produto físico , garantindo Para empresas batalhando para gerir uma autenticidade e confiança através de sua rede ampla de parceiros, o blockchain supply chain e com seus consumidores. provê um acesso irrefutável em tempo real. Podemos pegar a indústria de Estes early adopters estão mudando alimentos por exemplo em que a o cenário dos negócios em todas as complexidade de “supply chain” está geografias e todas as indústrias. Em obrigando grandes competidores como um futuro próximo, qualquer empresa Nestlé, Unilever, Tyson, Kroger e Walmart que quiser fazer negócio com essas a explorar Blockchain em uníssono de instituições necessitará de um framework forma com que a segurança dos alimentos que faça isso via Blockchain, ou do melhore. Essas e outras empresas se contrário se basear nesses relacionamentos uniram em parceria com a IBM para o para crescer não será possível. Por essas desenvolvimento de um Blockchain razões, 60% dos executivos que foram que vai permitir melhor transparência e entrevistados reportam que Blockchain e acompanhamento da comida ao longo de contratos inteligentes serão críticos para suas supply chains complexos. Em um piloto organizações ao longo dos próximos 3 anos. simples, o Walmart reduziu o tempo que levar para traçar a origem de mangas em trânsito de seis dias para 2.2 segundos. O que esperar do amanhã? Ao usar o Blockchain como uma fonte única da verdade, qualquer empresa com uma vasta rede logística pode apontar as fontes de riscos potenciais, produções contaminadas ou vendedores fraudulentos, e reagir aumentando sua velocidade operacional enquanto protege o público e diminui o risco da empresa. Apesar de muitas dessas iniciativas ainda estarem em estágios iniciais, 49% das organizações que respondeu a pesquisa estão planejando iniciar pesquisa ou um piloto ao longo do ano seguinte, sobre como tirar vantagem do sistema de Blockchain. Nesse cenário surgem algumas empresas que tem o Blockchain como modelo central de negócios. a Eneres por exemplo, uma empresa de energia japonesa, estará testando o Blockchain como um meio de redistribuir o excesso
Os negócios líderes do amanhã serão aqueles que permitem parcerias através de tecnologia hoje. Organizações devem remodelar seus negócios de cima para baixo para lidar com os desafios de criar e gerenciar parcerias em escala. As empresas precisam começar a reavaliar como eles arquitetam suas aplicações e serviços, indo de encontro aos micro serviços para criar uma fundação e rapidamente construir as relações necessárias para crescer. Para muitos, Blockchain irá rapidamente se tornar o futuro de como os negócios transacionam. E os líderes devem começar a investir em habilidades relevantes e ferramentas hoje. Aqueles que empoderam relacionamentos baseados em tecnologia encontrarão um caminho claro para crescimento, novas oportunidades e inovação.
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INTERNET OF THINKING CRIANDO SISTEMAS DISTRIBUÍDOS INTELIGENTES
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obótica, realidade imersiva, inteligência artificial e dispositivos conectados estão trazendo um novo nível de sofisticação tecnológica do mundo físico. Entretanto, os negócios de hoje assumem que suas infraestruturas técnicas darão suporte a necessidade computacional que esses sistemas requerem.
utilizando um dispositivo implantado que faz análises em tempo real das ondas cerebrais do paciente, monitorando por atividades incomuns. Dentro de milissegundos do início da sensação de uma convulsão, o dispositivo joga pulsações adequadas para pará-la, sem a necessidade de uma consulta externa em outro sistema sobre o que deveria fazer ou esperar algum input do paciente. O Gerar inteligência para a próxima paciente na realidade nem sabe que isso geração de tecnologia demanda uma está acontecendo, toda a ação acontece reformulação das infraestruturas no dispositivo em si. existentes, com um equilíbrio entre a nuvem e uma computação de ponta, e Isso não é um cenário hipotético, mas um foco renovado em hardware para uma opção real de tratamento em entregar inteligência em todos os lugares. uso hoje. Depois que o dispositivo de Imagine um paciente com convulsões neuroestimulação da NeuroPace é
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cirurgicamente implantado no crânio de um paciente, ele invisivelmente e de forma autônoma monitora e prevê convulsões, reduzindo a incidência em 44% apenas no primeiro ano. Esse tratamento em tempo real de condições médicas críticas é um exemplo do que é possível com ambientes inteligentes: combinações de sensações em tempo real e computação que entrega ações instantâneas. Entregar ambientes físicos inteligentes vai requerer uma séria repensagem do modelo de infraestrutura atual das empresas, alavancando uma rede expandida de dispositivos e metodologias atualizadas. Sem essa abordagem, as empresas não serão capazes de entregar experiências inteligentes e reais em robótica, realidade imersiva, inteligência artificial ou mesmo Internet das Coisas em cima das quais a sua próxima geração de estratégias é construída.
previnem catástrofes em campos de óleo antes que elas aconteçam. Agora, as empresas precisam estender suas infraestruturas para alcançar os ambientes físicos dinâmicos que elas querem servir. As previsões atuais sugerem que em 2020, sensores inteligentes e outros aparelhos de Internet das Coisas vão gerar pelo menos 507.5 Zettabytes de dados. Tentar fazer toda a parte computacional pesada se tornará um fator limitante. Para permitir integralmente inteligência em tempo real, os negócios devem mudar as análises movidas a eventos e o processamento de decisões mais próximos dos pontos de interação e geração de dados. Entregar inteligência no mundo real significa se mover mais perto dos extremos das redes.
Os negócios devem achar o equilíbrio único para dividir as tarefas de Integrar os negócios no mundo ao redor processamento entre a nuvem e os começa com uma transformação de extremos, e em qualquer lugar entre arquitetura, construindo as capacidades eles. Essa capacidade se tornou possível para energizar ações inteligentes em todo através de melhorias em poder de o lugar. Bem vindo ao Internet of Thinking. processamento e eficiência energética nas pontas. E agora, com o empurrão para permitir ações instantâneas, é crítico.
Procurado: Inteligência em todo o lugar
Através das indústrias, a próxima geração de soluções inteligentes está entrando nos ambientes físicos, e as estratégias chave das empresas se aproveitam de levar a inteligência para o mundo real: melhorando a fluência do tráfego em cidades inteligentes; telemedicina que continuamente analisa a condição de um paciente; análises de um desastre que
As infraestruturas precisam mudar Infraestruturas estendidas vão se tornar o alicerce da Internet das Coisas. Para trazer essa tecnologia para sua maturidade completa, as empresas vão precisas entregar poder de computação suficiente exatamente nos lugares que os ambientes inteligentes precisam.
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Um foco renovado do hardware, em um momento quando muitas empresas se acostumaram com soluções movidas a software como sua estratégia padrão. As empresas estão tomando notas: A Technology Vision 2018 indica que 63% dos executivos acredita que será crítico nos próximos 2 anos impulsionar hardware customizado e aceleradores de hardware para ir de encontro com as demandas de ambientes inteligentes. Os negócios de hoje devem agir para incorporar essas habilidades focadas em hardware na sua força de trabalho. Um desafio adicional para aqueles que desenvolveram uma mentalidade de “cloud first” negligenciando essa necessidade. Para praticamente todos os negócios, modernizar suas infraestruturas para atividades inteligentes significa tirar vantagem de aceleradores de hardware: um hardware com propósito especial que é excepcionalmente rápido em uma tarefa muito específica para ir de encontro com as necessidades energéticas e computacionais de decisões baseadas na ponta, simplesmente não tem outra opção. As empresas se aproveitam a muito tempo das capacidades das unidades de processamento gráfico (GPUs). Esses aceleradores de hardware já estão em amplo uso em ofertas inteligentes onde o consumo de energia não é uma prioridade. O líder global em automação de fábricas e robóticas industriais, a FANUC, usam um GPU da NVIDIA no seu sistema de Inteligência de borda e sistema de drive (direção). O sistema FANUC ajuda robôs de manufatura a aprender atividades complexas no decorrer do tempo, como pegar peças específicas de dentro de uma
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lixeira, detectar anomalias ou prever falhas. A startup chinesa TuSimple também está usando os GPUs da NVIDIA para desenvolver seu sistema de navegação autônoma. Aceleradores de Hardware como GPU’s ajudam os negócios a entregar “pensamento” no próprio ponto de interação, gerando tomadas de decisão em tempo real no ambiente alvo. Quando aceleração de hardware não é o bastante, especialmente em ambientes com alta demanda podem necessitar de hardware customizado. Realidade estendida (experiências de realidade virtual e aumentada) requerem uma tremenda capacidade de computação para operarem em tempo real; Também é um exemplo do sucesso prévio do Internet of Thinking, com receitas ao redor de mundo para realidade estendida de terem uma previsão de atingir U$215 bilhões até 2021. Não é surpresa alguma, que líderes da indústria tiveram uma vantagem inicial na construção ou alavancagem de soluções de hardware customizados. A primeira versão do visor “Microsoft HoloLens”, começou com o usuário amarrado a um computador separado. Melhorias incrementais foram feitas para que aquele computador coubesse em uma mochila, mas ainda não era viável por um dispositivo do consumidor. Ao desenvolver seu próprio hardware customizado, uma unidade de processamento holográfico, a Microsoft avançou a HoloLens em um dispositivo independente. O processamento em tempo real que já requereu um computador separado com fonte de energia dedicada, hoje é viável através dos headsets HoloLens
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portáteis e recarregáveis disponíveis para desenvolvedores.
Inteligência através das infraestruturas 83% dos executivos entrevistados concordam que arquitetura de borda vai acelerar a maturidade de muitas tecnologias. Com ofertas de inteligências prestes a migrar de um uso sucinto para um uso explosivo, os negócios devem redesenhar suas infraestruturas para dar suporte a ações em tempo real em ambientes dinâmicos. Isso significa adicionar habilidades chave e capacidades a força de trabalho, e uma repensagem das abordagens atuais em relação a infra estruturas e soluções de hardware. Ao mesmo tempo, empresas devem explorar soluções de hardware
customizadas e aceleradores de hardware que permitam driblar as limitações de computação. Processamento de nuvem permanece atraente para aprendizado de alto valor, predições, geração de modelos de IA, e armazenamento em situações que não são críticas em relação ao tempo decorrido. Mas para ações inteligentes em tempo real, o processamento deve acontecer na borda das redes, onde o evento está ocorrendo. Para alavancar IA, robóticas e outras tecnologias revolucionárias para todo o seu potencial, as empresas devem fazer um esforço significativo através de áreas chaves de negócio e estratégia, desde o design até a transformação de infraestrutura, até considerações de hardware. O resultado adquirido será ambientes verdadeiramente inteligentes que encontram as pessoas onde elas estão.
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Desengajad Como as empresas estão lidando com sua força de trabalho?
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dos Ativos E
ngajamento vem do francês engager, que quer dizer “se comprometer”. No século 17, referia-se às batalhas ou lutas. No século 18 passou a referir-se a casamentos. No atual mundo dos negócios, engajamento tem a ver com os funcionários que tem uma ligação com a missão das organizações nas quais trabalham e são motivados por valores compartilhados, pela confiança, missão e propósitos. Uma pessoa engajada é aquela que tem uma conexão emocional com o seu trabalho e o comprometimento ético de leva-lo a sério. No podcast chamado Café Brasil, o escritor, cartunista e palestrante Luciano Pires, nos conta uma história que vivenciou em suas várias experiencias no mundo dos negócios, que descreve a seguinte situação: uma secretária de um diretor de empresa, que ao retornar do almoço, está ao lado do telefone que toca insistentemente e não o atende. Se questionada sobre o porquê dessa atitude, a secretária prontamente dispararia “Não atendo até que termine o meu horário de almoço!” Essa secretária se encaixaria no que se convenciona a chamar de funcionária ativamente desengajada. Achava que estaria sendo explorada se atendesse o telefone no horário do almoço. Não tinha nenhuma motivação para dar um pouco a mais de si. E evidentemente, reclamava do salário, da carga horária, das demandas do chefe.
Infelizmente, exemplos como esse são mais comuns do gostamos de admitir. Um estudo do instituo Gallup, mostrou que apenas 13% dos empregados do mundo são verdadeiramente engajados no trabalho. Ou seja, 87% dos empregados no mundo não estão realmente engajados. Tratam o trabalho como um castigo, indigno do seu melhor e assim contribuem para uma cultura de desengajamentos, jogando para baixo a lucratividade, produtividade, qualidade das organizações, aumentando o turnover, atrasos, ausências e os desvios, inclusive a corrupção. Nesse estudo de engajamento de funcionários realizados em 142 países e apresentado no relatório “State of the Global Workplace”, o brasil é citado com alguns dados interessantes. Entre brasileiros que trabalham para um empregador, 27% são engajados, ou altamente produtivos e comprometidos em prover valor para suas empresas. Enquanto que somente 12% são ativamente desengajados e susceptíveis a espalhar negatividade a respeito de sua organização. O que já nos dá uma média maior do que a mundial, porém, há bastante espaço para melhora. A maior parte dos trabalhadores brasileiros está “não engajada”, com falta de motivação e simplesmente “levando a vida” durante a jornada de trabalho.
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Engajamento dos Funcionários do Brasil: uma vantagem regional Os funcionários brasileiros têm mais chance de estarem engajados que os demais funcionários latino-americanos. Entretanto, há espaço para melhoria, visto que a maioria dos trabalhadores brasileiros está “não engajada”, ou seja, dedicam tempo, mas não energia, em seu trabalho.
O engajamento organizacional é mais do que a simples satisfação do empregado no ambiente de trabalho. A abordagem mais recorrente é a do sentimento de realização pessoal, que surge do reconhecimento que o funcionário tem da importância que ele desempenha na organização. Isso sustentado por um relacionamento mais próximo com suas lideranças e com uma forte conexão com a cultura e valores organizacionais da empresa. E é demonstrado pela identificação de relações de confiança, responsabilidade, credibilidade e compromisso com o alto desempenho em atingir resultados. Embora incomum, o engajamento é reconhecido facilmente quando está presente. Empregados engajados são aqueles que, habitualmente, vão além do esperado na sua rotina normal de trabalho,
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inovam na forma de sua realização, se preocupam com o seu sucesso e oportunizam sucesso aos colegas e à organização. Significa que as pessoas têm um sentido de pertencimento na organização, de autorrealização com o que fazem e estão dispostos a atuar com alto desempenho. A retenção de pessoas em uma empresa passa pelo alinhamento dos seus objetivos pessoais com os organizacionais, mesmo que distintos. Isso só é possível, quando o empregado percebe que a organização é um meio direto ou indireto para que ele consiga atingir seus objetivos. Para que isso acontece na prática, é necessário um exercício diário de corresponsabilidade entre as empresas e o empregado.
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Empresas estão passando por mudanças em virtude das novas transformações do mundo digital, de consumidores exigentes e empoderados, das relações sociais e por buscarem resultados não apenas econômicos e financeiros. Nesse processo, torna-se vital o papel dos funcionários que são a face humana da organização, posicionados entre a empresa e o consumidor e obrigados a lidar com os conflitos advindos desse papel. Ao mesmo tempo eles necessitam de informações sobre rotinas de trabalho, atributos de bens e serviços vendidos pela empresa, promessas feitas a consumidores, etc., os funcionários precisam comunicar suas necessidades, seus pontos de vista sobre como melhorar o desempenho, suas percepções sobre o que os clientes desejam, etc.
comunicação interna, nas diversas esferas, segmentos e visões, com alinhamento estratégico, integração e interação.
Esses processos de comunicação interna que privilegiam o relacionamento humano com funcionários e clientes nas organizações, são fundamentais para que ocorra o engajamento organizacional. Se a empresa está focada em aumentar os níveis de engajamento, o melhor jeito é focar em algo que tenha significado claro para ela e que também faça sentido para as pessoas. Um exemplo pode ser aumentar a inovação, ou melhorar a retenção de clientes, facilitando o crescimento da empresa e fazendo isso através de um processo envolvente e atrativo. E para isso, a estratégia correta é como as pessoas serão comunicadas durante todo o processo, pois, isso é Isso demanda uma preocupação maior fundamental para o fator de sucesso na dos gestores em fortalecer o papel da facilitação do engajamento.
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O engajamento frente às mudanças do cenário O atual cenário requer novas iniciativas das organizações no papel de se comunicar e se relacionar com sua força de trabalho, o seu público interno, impactando em como as pessoas se mobilizam individualmente e coletivamente perante os vários desafios de um mercado competitivo e globalizado. É necessário que seu público interno te ajude no processo árduo de se manter competitivo e lidar com as transformações, estando engajados e ajudando a desenvolver soluções inovadoras com base nos seus conhecimentos mais práticos e diretos com o cliente final. Quem conhece melhor os problemas que seu cliente enfrenta no dia a dia? O executivo sentado na sua sala, ou a atendente do setor de reclamações? Essa pessoa precisa estar engajada para gerar insights valiosos e necessários para o negócio. Dessa forma, a solidez de uma organização está intimamente ligada à força de sua cultura, ao valor que dá às suas relações com seu público interno, traduzindo vínculos estabelecidos com as pessoas e o seu nível de engajamento com a organização.
carreira, ambiente e recursos de trabalho. Atualmente, verificados por pesquisas de clima, dentro de um cenário que se transforma diariamente, esses elementos, por si só, não são mais capazes de motivar os colaboradores. Eles querem mais e, hoje, valorizam especialmente a qualidade da comunicação e dos relacionamentos com a equipe e com a liderança, a visão estratégica dos negócios e o orgulho da empresa, vinculado à reputação que ela tem no mercado. Ficando aqueles elementos mais como consequências naturais dessa cultura do que o fator motivador de engajamento. Esta é a razão de ter aumentado muito o número de empresas, que nos últimos dois anos, classifica engajamento dos empregados como uma de suas maiores prioridades. E esse esforço precisa ser contínuo, porque as condições que as determinam mudam o tempo todo.
Os resultados demandam atenção das áreas de comunicação, uma vez que 84% dos colaboradores acreditam que o fluxo de informação não flui livremente nas empresas, prejudicando o desenvolvimento do senso crítico e Segundo dados mundiais, empresas gerando muita informação desnecessária, com alto nível de engajamento tiveram ou seja, não se inova na comunicação. rentabilidade 19% superior a outras Apenas 24% dos funcionários entendem empresas, enquanto aquelas com baixo de sua responsabilidade pessoal [personal nível de engajamento apresentam accountability]. performance 44% inferior à média das A maioria dos colaboradores das grandes organizações. corporações acredita que a dimensão Numa visão tradicional, quando o das empresas as torna menos ágeis, engajamento era uma iniciativa exclusiva além do que existe uma distância entre do RH, investia-se principalmente em as percepções dos gerentes e as dos salários, benefícios, reconhecimento, funcionários sobre a funcionalidade oportunidades de desenvolvimento de e a saúde de suas organizações. Isso
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torna difícil para as empresas do século XXI sobreviverem à medida que prosperarem, a menos que consigam de seus funcionários um trabalho de melhor qualidade. Mas isso não significa necessariamente mais trabalho ou um trabalho mais difícil. Na realidade, significa que os funcionários devem aprender a assumir responsabilidade pelo seu comportamento para desenvolver e compartilhar informações sobre seus empregos e fazer bom uso do verdadeiro empowerment a fim de ajudar na
construção de soluções para problemas fundamentais da empresa. As organizações estão começando a entender esse efeito que uma força de trabalho engajada pode ter sobre o desempenho financeiro, e mais e mais empresas estão incluindo os dados sobre engajamento em seus relatórios anuais. Além disso, o sucesso do negócio é um resultado de vários fatores, tais como: a produtividade e a inovação, e estes são diretamente ligados a um grupo de funcionário ativamente engajados.
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Como transformar a secretária desengajada? Nos processos de transformação que vêm sendo conduzidos pelas empresas e organizações, já ficou claro que reconhecer a importância da participação plena e integrada das pessoas nesses processos é cada vez mais necessário. Mas ao mesmo tempo, é crescente o medo da resistência que as pessoas têm à mudança. Esse tem sido o alvo de preocupação: a tentativa de descobrir mecanismos eficazes, capazes de conseguir conscientizar, e trazer compreensão e engajamento dos funcionários de uma empresa em seu esforço de transformação.
pessoas das quais se espera um pleno engajamento, são em grande parte, ou predominantemente originadas no jeito como a organização conduz o processo de mudança. Com isso em mente, implementações de qualquer tipo de estratégia de transformação organizacional, só se torna possível se fizer uma integração entre um conjunto de fatores, como: a motivação e o engajamento pessoas, os processos de trabalho, o fluxo de informação, o desenvolvimento das competências organizacionais, o estabelecimento de metas claras e plenamente compartilhadas, a existência de uma estrutura que favoreça a integração e o desenvolvimento de uma cultura organizacional coerente com os objetivos propostos
O problema disso, é que muito dificilmente uma empresa conseguirá ter sucesso em suas mudanças, senão por meio da ação das pessoas envolvidas nos processos. Nesse sentido que muitos dos modelos de gestão de mudanças, que tem sido Nesse sentido, alguns autores testado e aplicado em diversas empresas, importanteS da administração falam apresentam sua maior fragilidade. sobre alguns pontos que tem sido Para obter os resultados desejados, é tratados como elementos fundamentais necessário fazer com que os indivíduos para o desenvolvimento desse foco na que participam do processo se engajem integração: de verdade na realização dos objetivos • uma visão organizacional plenamente estratégicos. Quando isso não acontece, compartilhada por todos, da qual façam as desculpas mais recorrentes dizem parte a consciência sobre a missão, respeito à uma “resistência à mudança”, os valores e a visão de futuro sobre a que vem sido justificada por questões organização (Thornberry, 1997; Collins e como a condição humana onde Porras, 1996); pessoas teriam uma certa dificuldade natural em aceitar mudanças, ou • um forte sistema de gestão de processos distorções na estrutura de poder que que procurem focalizar, acima de tudo, as afetam negativamente as pessoas e necessidades e a satisfação do cliente e consequentemente seu engajamento. que sejam capazes de desenvolver a ação Mas a explicação mais frequente e talvez de todos em torno de objetivos comuns mais oportuna para se trabalhar, é aquela (Hammer e Stanton, 1999; Atkinson, que atribui essa resistência às falhas Waterhouse e Wells, 1997; Hammer, de comunicação organizacional. Ou 1996; Majchrzak e Wang, 1996; Rummler seja, as resistências apresentadas pelas e Brache, 1992);
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• um espírito de pleno compartilhamento do conhecimento organizacional, que não apenas seja capaz de fortalecer a integração, mas que contribua para desenvolver a capacidade de inovação, de modo a garantir o sucesso continuado da estratégia (Garvin et al., 1998; Krogh, Nonaka e Ichijo, 1997; Nonaka, 1991). Do mesmo modo, eleva-se continuamente a crença de que o sucesso na implementação de uma mudança ou de transformação estratégica é o resultado de um processo verdadeiramente participativo. É algo que se constrói a cada dia, por meio da interação, da ação integrada, do modo como se desenvolvem a comunicação e as trocas entre as pessoas posicionadas nos diferentes níveis da. Em síntese, pode-se dizer que a preocupação essencial das organizações, com relação ao processo de implementação de suas estratégias de transformação, passa a concentrar-se acima de tudo sobre as pessoas, não simplesmente objetivando a redução de suas supostas resistências, mas pelo reconhecimento de que elas compõem o ingrediente mais importante para que qualquer tipo de estratégia possa ter sucesso. No que concerne à comunicação interna, existe um modelo apresentado por Jan Carlzon descreve duas filosofias gerenciais: a primeira pressupõe uma empresa organizada de modo hierárquico, em que o chefe dá as ordens, e aos empregados cabe entender o significado dessas ordens. Nesses casos, o chefe só precisa ter certeza de que expressou a mensagem corretamente. Segundo a outra visão, a empresa é descentralizada. Nesses casos, o líder passa mais tempo ocupando-se da
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comunicação do que com qualquer outra coisa. No que se refere à comunicação com os funcionários, o objetivo da comunicação é manter vivos os objetivos da empresa e fazer com que todos trabalhem na mesma direção. Como a comunicação tem como alvo inúmeras pessoas que tomam decisões de modo descentralizado, ao líder cabe mais do que formular uma mensagem; ele precisa certificar-se de que cada empregado entendeu e absorveu corretamente o que foi transmitido. Essa visão comunicar de forma mais clara alguns pontos importantes os colaboradores a ajuda o colaborador a entender o seu papel e o do time na empresa e como impactam nos resultados, e como suas ações afetam o clima da organização.
organização, dos seus trabalhadores, da sua cultura e se estão engajados em seus trabalhos, pela frequência com que usam os pronomes Eles, Nós, ou Eu. Uma forma de testar isso é fazer uma pergunta simples a algum colaborador sobre a finalidade de sua empresa. Usando como exemplo a CoBlue, um colaborador engajado poderia dizer “Nós trabalhamos com gestão contínua de performance para gerar comunicação, alinhamento e engajamento através da metodologia OKR.”, enquanto o colaborador não engajado seria mais propenso a dizer “Eles trabalham com gestão contínua...”. O uso do pronome “nós” nesse exemplo, indica o engajamento do colaborador.
O engajamento também significa a identificação das pessoas com os Rudy Karsan da Karlani Capital diz objetivos, estratégias, missão, visão, que é possível dizer muito sobre uma cultura e valores da organização.
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A percepção do brasileiro sobre engajamento No início de 2018 foi lançada a pesquisa O Panorama de Engajamento no Brasil, organizada por grandes empresas especializadas em gestão de pessoas e performance, como SOU, TOTVS, MERCER, ENGAGE, PHOMENTA, VIVA!, MENDES MIGUEL, 99JOBS, e claro a COBLUE. Realizada de maneira colaborativa por meio de formulários eletrônicos, com público alvo composto por Executivos, Gestores de RH e Líderes de Pessoas, o objetivo do levantamento era mapear o entendimento que as organizações têm sobre o Engajamento de Colaboradores e quais ações são
realizadas nesse sentido.
As 553 respostas foram consolidadas e agrupadas por palavras-chaves que transmitiam o conceito central de cada resposta. A partir disso, Comprometimento esteve presente em maior parte das respostas com 24%, seguido por Motivação com 14% e Alinhamento aos Valores com 13%. Esses resultados estão de certa forma, de acordo com um senso comum ligado a palavra engajamentos, mas estão longe de estarem erradas. Cada palavra-chave dessa,
compõe o espectro do que consideramos engajamento, e todas são importantes para se ter uma visão geral e ajudar a melhorar o engajamento nas organizações.
Dos 553 representantes pesquisados, 30% são de empresas entre 51 a 500 colaboradores, seguidos por 1 a 50 colaboradores com 27% e 501 a 2.000 colaboradores com 17%. Além de analisar dados como departamentos, cargos dos respondentes, áreas de atuação e estado sede das empresas, que dizem respeito ao perfil dos participantes, a pesquisa abordou tópicos interessantes como qual era o entendimento que se tinha sobre engajamentos dos colaboradores. As repostas foram diversas como podemos ver na imagem abaixo:
A pesquisa ainda explora outras questões, como frequência em que o engajamento é mensurado nas empresas, a percepção do percentual de colaboradores que estão atualmente engajados, e se existe algum projeto ou ações para aumentar o
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engajamento. Todos os números desses questionamentos, se mostraram de certa forma positivos, e evidencia então uma percepção acertada dos gestores brasileiros sobre a importância que o engajamento tem na gestão dos seus negócios, e que estratégias e ações já são feitas de forma a melhorar esse engajamento. Você pode acessar os dados e o relatório completo no site engajamentobrasil.com.br. A pesquisa compreende uma percepção geral acerca da importância do engajamento, porém os esforços dos gestores e empresas nacionais em tornar o engajamento um pilar estratégico para os negócios ainda é muito vago e longe de ser completamente entendida. E como visto anteriormente, engajamento deixou de ser algo a ver com clima da organização e está se tornando um ponto chave da estratégia de competitividade no mundo atual. Por isso é importante o colaborador fazer parte dos processos e entender as estratégias e objetivo da organização.
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No que diz respeito a essa compreensão das estratégias da organização, valores e metas, segundo dados globais, 60% dos empregados entendem que a organização está indo bem, porém 48% consideram que o gerente não transmite isto com clareza e 54% indicam que o comprometimento dos gestores é mínimo em reunir a equipe e comunicar a situação da organização. Em nível individual, 30% dos empregados não tem oportunidade de discutir com o seu gestor sobre o seu desempenho. O nível de satisfação com as informações sobre a sua função e responsabilidades são de 67%. Na questão da satisfação com oportunidade para feedback positivos, varia muito, e na melhor das hipóteses, ainda há muitas pessoas que estão insatisfeitas ou muito insatisfeitas com a falta dessa cultura na organização. Com todos esses números, é de se esperar que obviamente os níveis de engajamento sejam muitas vezes baixos, considerando
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os dados de várias pesquisas, como já mostrados anteriormente. Lembrando que comunicação é de fato uma das grandes ferramentas para gerar engajamento em grande escala. Justamente o que carecem a maioria das empresas.
Resumindo tudo que vimos até aqui, conseguimos concluir que o engajamento dos empregados na organização reflete diretamente no aumento dos níveis individuais de desempenho, o que consequentemente influência nos resultados organizacionais. O desafio, Com relação aos impactos do engajamento, no entanto, é encontrar soluções para diferentes autores da administração aumentar esse engajamento, através de (KARSAN, 2011; GRUMAN, SAKS, 2008; uma comunicação mais clara e eficiente RUCK, WELCH, 2012) identificam os entre gestores, empresa e colaborador, para que as informações fluam de maneira a seguintes efeitos nas organizações: potencializar as ações e possibilizar insights • Melhora o relacionamento com os públicos e inovação, para a solução de problemas. externos (acionistas, clientes, comunidades, etc.). O entendimento da importância do • Cresce o faturamento das organizações público interno da organização como (como consequência de maior principal ativo para as mudanças e de ações para engajar esse público são os produtividade e inovação.). principais desafios das empresas para • Aumenta a eficiência organizacional. (com a se manter competitivas em um mercado produtividade,colaboraçãoeresponsabilidade) que se transforma de maneiras diferentes todos os dias. • Reforça a imagem institucional. • Fortalece e perpetua a cultura e os E isso não será possível se o telefone daquela secretária continuar tocando. valores institucionais.
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Health Score O indicador que antecipa o comportamento dos clientes
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uito se fala em previsibilidade, antecipação, predição do comportamento dos clientes, afinal a tomada de decisão deve ser baseada em dados, análises, não há mais lugar para “eu acho que”. A antecipação do comportamento dos clientes permite que a empresa se prepare para evitar, mitigar riscos ou ainda usufruir da situação, seja na adoção de uma estratégia para retenção, up selling ou até mesmo a revisão de processos e da própria persona afinal quanto maior o alinhamento ou “fit” com seu cliente maior a probabilidade de bons resultados. O uso de indicadores (KPIs) é de extrema importância para a mensuração e posterior diagnóstico dos clientes. O Health Score indica o comportamento futuro do cliente, dessa forma é possível dar um passo à frente, priorizando clientes com maior criticidade e risco de abandono e dependendo do caso até reverter o churn. Mas não somente a antecipação como é também um meio de analisar, rever processos, produtos, atuação das áreas, é um importante feedback para a empresa.
empresas de varejo podem utilizar upsell, aderência do produto, histórico de fatura... além de indicadores de relacionamento como NPS, feedback de atendimento e do produto.
O Health Score e a saúde do cliente
Não existe uma fórmula pronta para o Health Score, cabe a análise da base e da jornada do cliente além do próprio core do negócio para definir os indicadores. A mensuração constante permite a identificação de padrões de comportamento para a tomada de decisão além da verificação se a previsão ou seja o Health Score estava de acordo possibilitando a revisão da própria medição do indicador. O feedback que o Health Score traz é de grande valia para a empresa trazendo respostas para questionamentos de entregas de valor e satisfação dos clientes.
O Health Score consiste na identificação da fidelização, relacionamento do cliente perante sua empresa, o uso do termo saúde refere-se ao grau de satisfação. A jornada do cliente deve ser definida antes da própria métrica de saúde, pois somente com a análise da jornada será possível identificá-las. A empresa deverá analisar outros dados que também refletem na satisfação do cliente, empresas SAAS podem considerar o uso do software (como login, onboarding, relato de bugs...),
Mediante a jornada reconhecemos quais ações são responsáveis por entregar valor ao cliente, contribuindo para o engajamento e então criado um Score. As ações devem ser categorizadas e para cada categoria atribuído um peso de acordo com a relevância. Após a identificação do Score é necessário criar um parâmetro de pontuação, ou seja definir as faixas que representam “clientes com uma saúde ruim” (detratores da marca), “clientes com uma saúde estável” (clientes neutros) e por fim“clientes com ótima saúde” (promotores). Cada cliente é analisado individualmente, porém baseado na pontuação e nos parâmetros a empresa poderá tomar ações efetivas para cada faixa do Score, desta forma é possível adotar estratégias ou planos de ação para determinado grupo de clientes que encontram-se em situações similares.
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Era Cíclica
Está na hora de parar de andar nos círculos da retenção de talentos e comece a criar ciclos de desenvolvimento de talentos
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ma pesquisa feita pelo Instituto Locomotiva revela que 56% dos trabalhadores com carteira assinada estão insatisfeitos com seu emprego. Isto significa que 18,7 milhões de pessoas trocariam de lugar na busca de mais alegria no trabalho. O dado aponta dois problemas: 1. Empresas que ainda não estão preparadas para desenvolver as pessoas da maneira como elas e esperam e 2. Pessoas que realmente estão no lugar errado, O segundo caso, abre brecha para uma pensamento, será que o turnover em alguns momentos pode ser algo positivo?
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Turnover é mesmo um problema real?
Nós sabemos que bons profissionais não estão sempre disponíveis no mercado, Nós sabemos que moldar novos funcionários a sua cultura pode ser uma tarefa árdua. Nós sabemos que as despesas trabalhistas de desligamento e contratação de funcionários prejudicam o negócio.
Mas…gostaríamos de convidá-lo a
refletir sob uma nova ótica:
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nível de engajamento de um colaborador é um fator determinante para que ele seja um bom profissional. Nesse caso, não se trata apenas dos benefícios e da ideia de retenção mas passa pelo entendimento do colaborador sobre o que realmente faz sentido para sua vida e muitas vezes você não terá o controle disso.
A ideia da nova ótica sobre rotatividade não é para que você deixe de se importar com ela mas que saiba contornar de forma mais eficiente a maneira como faz gestão de pessoas.
Turnover é uma palavra de origem inglesa que significa “renovação”. Na área de Recursos Humanos (RH) o termo é entendido como Índice de Rotatividade Quanto às dificuldades de moldar e determina a taxa média entre novos colaboradores a cultura, você admissões e desligamentos em relação deveria se perguntar se a palavra ideal é ao efetivo médio de uma organização. mesmo “moldar”. Estamos em 2018, e a Em grandes empresas, quando o realidade é que ao invés de criar moldes turnover supera 5% a gestão entendeé necessário dar fluidez e expansão ao se que há problemas. Mas será que é significado que seu negócio constrói. essa a métrica que você precisa avaliar? A renovação nesse caso, pode trazer insigths e mudanças positivas. É claro Nessa matéria vamos procurar resolver que se perde tempo em treinamento mas alguns problemas mas também que também se perde muito tempo tentando queremos te fazer pensar sobre turnover recuperar uma pessoa que já não está engajada ou que pensa que precisa na origem real do termo: RENOVAÇÃO. mudar o rumo de sua carreira profissional. Como renovar seu negócio começando E sim, as despesas são o grande problema. pelas pessoas? Como transformar planos No Brasil, perdemos muito dinheiro com a de carreira em ciclos de carreira? Como rotatividade e é por isso que a proposta aqui é fazer com que a gestão de pessoas fazervocêrepensarseumodelodecontratação seja uma responsabilidade de todos? e o plano de carreira que você está criando. Essa é a proposta da nossa conversa :)
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As várias faces/gerações da renovação Antes de partir diretamente para a gestão de pessoas, vamos pensar em um dos maiores desafios quando o assunto é rotatividade e motivação: como conectar nossas diferentes gerações em um ambiente produtivo?
três gerações mais estudadas irão se encontrar no ambiente de trabalho. A geração X, dos nascidos antes de 1980 e depois dos Baby Boomers; a geração Y, ou millennials, as pessoas nascidas entre 1984 e 1996; e a geração Z, aqueles que O futuro virou o hoje. Um aviso que vieram depois de 1997 e os próximos vinha sendo dado a bastante tempo: as a adentrar o mercado de trabalho.
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People First:
Mas quem são as pessoas?
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requentemente percebemos a rotatividade e ao mesmo tempo uma escassez de talentos no mercado de trabalho, paralelo a isso muito temos visto sobre as pessoas como o principal ativos das organizações. Mas antes de entendermos melhor como engajar, que tal entendermos quem são as pessoas que geram valor com as empresas. No ano passado vivenciei a situação de um novo colaborador de aproximadamente uns 18 anos, passado algum tempo de trabalho este rapaz veio falar com o chefe (chefe mesmo, liderança só o time dele no campeonato) e ele pediu para conversar com o seu chefe, o chefe atendeu e perguntou: qual o seu nome? O rapaz disse rindo: Você não sabe o meu nome? A resposta foi. Não! Qual o seu nome que preciso anotar aqui. E nada mais. Por quanto tempo este rapaz vai trabalhar nesta empresa? Qual a sua motivação? Qual o resultado este colaborador que atendia diretamente os clientes vai apresentar?
Sendo que nem seu nome em meio a somente 20 pessoas o chefe sabia. Em conversa com este chefe ele me disse que não gosta de se relacionar com os funcionário. Isso é uma realidade em muitas empresas, os colaboradores são úteis e substituíveis, logo não merecem atenção. A geração Y e as demais, não aceitam estes tipos de situações e isso é comprovado em uma pesquisa realizada pela Universum, em que no Brasil, por exemplo, quase 60% dos entrevistados sonham com um emprego que garanta qualidade de vida. Mas não só. Eles também querem um trabalho estável e que ofereça um senso de propósito, buscam impactar positivamente a organização onde trabalham e querem se sentir úteis e fundamentais para o sucesso do negócio, ou seja, pertencimento e reconhecimento são fundamentais, o que não deveria ser nenhuma novidade já que é uma característica inerentes em qualquer ser humano, outra característica é que eles também não se preocupam em fazer carreira na empresa, se alguma oportunidade melhor aparecer, não se intimidam em mudar.
Segundo a pesquisa “empresas dos sonhos” realizada pela Cia de talentos em 2014
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Com base nestes pontos a geração Y Em pesquisas realizada em 2013 percebesse acabou trazendo algumas mudanças que a estabilidade e o propósito na carreira também são alvos dos jovens brasileiros para para o mercado de trabalho como: 58,6% qualidade de vida é uma meta, assim como ter estabilidade (43,5%) e propósito (36,6%). veja o resultado:
Mas ainda temos outros fatores hoje que torna a gestão ainda mais delicadas, e o principal desafio para o líder é saber tratar cada pessoa de uma forma personalizada, já que pessoas diferentes necessitam de cuidados diferentes. Parece óbvio mas vai ficar ainda mais necessário com a geração Z, que começa a entrar no mercado de trabalho.
Alguns estudos acreditam que que eles tenham a mais alta sincronização de habilidades motoras para mão, olhos e ouvidos na história da humanidade. Os Zs gostam de atividades e jogos que permitem criatividade. Seus traços mais distintos são socializar pela Internet, consumir rapidamente, praticidade e rapidez, interatividade, eficiência, insatisfação e são orientados a resultados.
Mas é importante entender que as avaliações realizadas em relação à geração Z não podem ir além da suposição, pois Sua autoconfiança é alta. Eles tendem a ser suas personalidades não são maduras eficientes e inovadores. e não se sabe quais eventos podem ter Com base nas características especificadas impacto sobre elas nos próximos anos. da Geração Z, espera-se que tenham A Geração Z, os filhos dos Xs é a geração características como multitarefa, utilização tecnológica, não precisaram se adaptar eficiente de tecnologia, individualismo a tecnologia pois já nasceram com ela. (não gostar do trabalho em equipe), O avanço da tecnologia é o traço mais criatividade, ponto de vista global e característico e uma parte importante da preferência por trabalhos não padronizados vida. Impaciente assim com a geração e personalizados. Os traços acima Y, a geração Z, quer que qualquer coisa mencionados não podem estar além de aconteça de maneira rápida e instantânea, uma suposição. sua capacidade de concentração é curta, mas ao mesmo tempo é multitarefa sendo Um infográfico publicado pela Barclays capaz de se interessar por mais de um compara algumas das características de cada geração: assunto ao mesmo tempo.
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Características
Baby Boomers (1945-1960)
Geração X (1961-1980)
Geração Y (1981-1995)
Geração Z (Nascidos após 1995)
Contexto
Guerra Fria Ida a Lua Woodstock Orientado a Família Ascensão do adolescente
Fim da Guerra Fria Muro de Berlin Introdução aos PCs Primeiras tecnologias móveis Aumento de divórcios
Ataques terroristas Playstation Mídias Sociais Reality Shows Google Earth
Desaceleração econômica Aquecimento Global Dispositivos Móveis Crise Energética Produzir a própria Mídia Cloud Computing
Aspirações
Segurança no Trabalho
Equilíbrio entre trabalho e vida pessoal
Liberdade e Flexibilidade
Segurança e Estabilidade
Tecnologia
Primeiros adeptos a informações tecnológicas
Imigrantes digitais
Nativos Digitais
“Technoholics” Totalmente dependente de TI: compreensão limitada de alternativas
Carreira
Organizacional: carreiras são definidas pelos empregadores
Carreiras iniciais no portfólio: leais à profissão, não necessárias ao empregador
Empreendedores digitais: Trabalham com organizações e não para elas
Multitarefas: Irá se deslocar facilmente entre organizações e empresas "pop up"
Produto da sua geração
Televisão
Computador pessoal
Tablets e Smartphones
Google glass, nano-computing, impressoras 3D, carros autônomos
Meios de Comunicação
Telefone
Email e mensagem de texto
Texto e mídia social
Dispositivos portáteis ou integrado a sua roupa
Preferência de comunicação
Face to face é o ideal, mas pode ser email ou telefone
Mensagem de texto ou email
Online ou mobile
Facetime
Com base nestas informações conseguimos perceber o quão complexas são e continuarão sendo as mudanças na maneira de desenvolver e engajar talentos. São mudanças muito importantes de se analisar e mostram que a questão financeira não é mais o fator principal e sim fatores como: o ambiente, a flexibilidade, o dinamismo, possibilidade de desenvolver suas habilidades, poder expressar sua opinião e ter o reconhecimento.
no exemplo, o líder deve motivar e escutar, trocar conhecimentos, dar feedbacks sobre os desempenhos e se relacionar com os colaboradores. O ambiente de trabalho deve ser moderno e permitir ainda flexibilidade, já que são pessoas multitarefas, um ambiente moderno consiste em todos trabalharem juntos, não há paredes, o que permite uma troca de experiências, gerando conhecimento e aprendizado entre todos, além de permitir o reconhecimento de cada um sobre o seu trabalho.
Por isso, é fundamental remodelar o modelo de gestão da empresa, pensar muito em comunicação, alinhamento e engajamento. Você acredita que a sua empresa está O modelo de liderança agora é baseado preparada para isso?
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Sim, os dados podem ser preocupantes. Mas...
A boa notícia é que todos querem ser jovens Essa é uma contradição ao infográfico acima, mas vale refletir sobre a proposta feita pelo grupo OK-HOLE de previsão de tendências fundado por Greg Fong, Sean Monahan, Emily Segal, Chris Sherron e Dena Yago, da Box 1824. “A demografia está morta. Ainda assim, futurólogos de plantão dão um jeito de inventar outra geração sempre que precisam. Os clientes estão desesperados para se adaptar ao consumidor de amanhã. Mas a linearidade geracional tem a mesma cara há mais de 40 anos.”
se você é x, y, z... o desejo de escapar das limitações da vida cotidiana é universal. Eles trazem a reflexão sobre o YOUTH MODE (o você infinito) que não significa reviver perpetuamente sua própria juventude, e sim estar presente e jovem em qualquer idade.
“Juventude não é liberdade em um sentido político. É uma emancipação do tédio, do previsível, da tradição. É atingir um potencial máximo: a habilidade de ser a pessoa que você quer ser. Tratase da liberdade de escolher como se relacionar; de experimentar coisas novas; Segundo o grupo a chamada “juventude de cometer erros. A juventude entende não-etária demanda emancipação” que toda liberdade tem limites e que ser Para os pesquisadores não importa adaptável é a única forma de ser livre.”
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Falar de propósito, nesse caso, faz muito sentido!
E todos dizem que propósito é importante, mas é impressionante a quantidade de pessoas que acredita que uma frase bonita escrita na parede é o resumo de algo intrínseco do ser humano.
muitos casos é uma solução falha. Aumentar benefícios até pode funcionar. Mas se dedicar verdadeiramente ao desenvolvimento das pessoas pode ser muito mais (a/e)fetivo. (Sim, afetivo. Também precisamos de mais afeição para Se, como muitos executivos, você sermos efetivos nos negócios do amanhã.) está aplicando a lógica econômica convencional, vê seus funcionários Ainda assim, muitos executivos como agentes de interesse próprio evitam trabalhar no propósito de suas e projeta suas práticas e cultura empresas porque isso desafia o que organizacionais de acordo, e isso não eles aprenderam na escola de negócios. valeu a pena como você esperava. Entender alguns cases e aplicabilidade Aumentar a supervisão gerencial em do real propósito pode facilitar as coisas.
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Isso evoluiu para um programa notável chamado o Desafio de 10.000 Histórias. Isso dava aos funcionários acesso a um programa de design amigável e os convidava a criar cartazes que respondessem à pergunta “O que você faz na KPMG?” Enquanto capturava sua paixão e conectava-a ao objetivo da organização. Cada funcionário participante criou uma manchete orientada por propósitos, como “I Combat Terrorism”, e escreveu uma declaração esclarecedora, como “A KPMG ajuda dezenas de instituições financeiras a impedir a lavagem de dinheiro, No caso da cooperativa contábil da Big mantendo os recursos financeiros fora do Four, a KPMG, líderes seniores e parceiros alcance de terroristas e criminosos. . ”Sob não eram inclinados a se emocionar com a declaração, o empregado inseriria sua os ideais do negócio. Como resultado, os foto. Cada cartaz trazia o slogan “Inspire funcionários de todos os níveis tendiam Confidence”. Capacitar Mudança. ” a fazer apenas melhorias incrementais Em junho, os líderes da empresa e seguras. Foi então que a empresa anunciaram que, se a equipe pudesse começou a explorar a noção de propósito. criar 10 mil cartazes no Dia de Ação
Case KPMG
de Graças, dois dias extras seriam adicionados ao feriado. Os funcionários atingem esse benchmark dentro de um mês. Mas então o processo se tornou viral - depois que a recompensa já havia sido conquistada. Vinte e sete mil Mas você sabe né? Propósito não é sobre pessoas produziram 42 mil cartazes uma frase. Por isso a empresa começou (alguns indivíduos fizeram vários envios a incentivar para que líderes e gerentes e as equipes também os produziram). A começassem a falar abertamente sobre seus próprios propósitos. KPMG encontrou uma maneira brilhante de ajudar os funcionários a identificar-se Depois dos gerentes a empresa pessoalmente com seu propósito coletivo. começou a investir em treinamentos para parceiros que aprenderiam como Depois que a transformação geral da contar histórias convincentes que empresa se consolidou, as pesquisas que o orgulho dos transmitiam seu senso de identidade mostraram pessoal e propósito profissional. funcionários pelo trabalho aumentou, e as pontuações de engajamento atingiram Um trabalho árduo que gerou um resultado incrível: Hoje, os parceiros níveis recordes. A empresa acabou por comunicam sua finalidade pessoal subir 31 posições, para a 12ª posição, na às equipes e discutem como ela se lista das 100 Melhores Empresas para relaciona com a vida profissional Trabalhar da Fortune , tornando-se a mais e a razão de ser da organização. bem classificada das Quatro Grandes. Depois de conduzir e analisar centenas de entrevistas com funcionários, eles concluíram que o objetivo da KPMG era ajudar os clientes a “inspirar confiança e fortalecer a mudança”.
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A construção do verdadeiro propósito e os novos caminhos Os projetos desenvolvidos com gestores, colaboradores e parceiros evoluíram para um programa notável chamado o Desafio de 10.000 Histórias que convidava os funcionários a acessarem um programa de design para criar cartazes que respondessem à pergunta “O que você faz na KPMG?”
Os funcionários atingem esse benchmark dentro de um mês. Mas então o processo se tornou viral - depois que a recompensa já havia sido conquistada. Vinte e sete mil pessoas produziram 42 mil cartazes (alguns indivíduos fizeram vários envios e as equipes também os produziram).
Cada participante criou um cartaz orientado por propósitos e escreveu uma declaração esclarecedora de como a KPMG ajuda dezenas de instituições financeiras..O funcionário também poderia inserir seu foto no cartaz que trazia o slogan “Inspire Confidence”.
A KPMG encontrou uma maneira simples de ajudar os funcionários a identificar-se pessoalmente com seu propósito coletivo. Depois que a transformação geral da empresa se consolidou, as pesquisas mostraram que o orgulho dos funcionários pelo trabalho aumentou, e as pontuações de engajamento atingiram os níveis mais altos!
Em junho, os líderes da empresa anunciaram que, se a equipe pudesse criar 10 mil cartazes no Dia de Ação de Graças, dois dias extras seriam adicionados ao feriado.
A KPMG acabou por subir 31 posições, para a 12ª posição, na lista das 100 Melhores Empresas para Trabalhar da Fortune , tornando-se a mais bem classificada das Quatro Grandes.
Sua missão como empresa é a de criar uma comunidade! E voltando ao estudo da Box 1824… “Era uma vez um tempo em que as pessoas nasciam em comunidades e lutavam por sua individualidade. Hoje, elas nascem como indivíduos e devem achar as suas comunidades.
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Lembre-se de que essa não é uma responsabilidade do RH. É o momento de descentralizar as atividades da área para que cuidar de pessoas seja uma responsabilidade de todos.
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Retenção de pessoas x Ciclos de talentos As reflexões que tivemos até agora são parte de uma proposta de uma mudança de posição em relação a carreira de nossos colaboradores. É compreensível que essas pessoas queiram vivenciar 1, 2, 3… experiências
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diferentes de trabalho e a sua gestão pode estar preparada pra isso. Você já reparou na média de tempo os colaboradores estão ficando nas empresas que determinam hoje o futuro dos negócios?
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Você pode construir diferentes ciclos de proporcione ao colaborador vivências carreira dentro do mesmo negócio ou dentro das diferentes áreas do negócio. permitir que as pessoas voem para outras 3. Noção de entrega: Construa um oportunidades. E está tudo bem! objetivo de curto prazo e lhe ajude Nossa sugestão é que você repense a conquistá-lo, ao longo do trabalho retenção de talentos e que permita que insira conhecimentos sobre a cultura planos de carreira sejam substituídos do negócio e a forma como fazem as por ciclos de carreira construídos por coisas. mentorias, co-criação e é claro impacto 4. Feedback: Pontue feedbacks dentro nos resultados do negócio. de cada atuação. Torne isso um hábito Dentre planos de carreira com os de linha e não torne um momento temido para hierárquica e carreira em Y, comece a dar sim um momento de construção. preferência a outras alternativas como a carreira por linha de polivalência que 5. Reciclagem de tempos em tempos é importante REpensar o ciclo, cada permite que os colaboradores transitem ciclo pessoal é único. Fique atento entre departamentos e áreas, conforme às mudanças de comportamento e suas carreiras evoluem. alinhe com seu colaborador mais uma Os líderes podem criar ciclos de carreira e vez o que ele espera do negócio. reconstruí-lo a cada 6 meses ao lado de Como seres humanos, estamos a todo seus colaboradores, por exemplo: momento passando por transformações. 1. O que você faz por aqui? Momento de Quando feito com cuidado esse ciclo ajuda refletir sobre o propósito do negócio o você e seu colaborador entenderem se o que ele tem a ver com o propósito de trabalho em conjunto está funcionando vida da pessoa. ou se já é o momento de criar um novo ciclo para o colaborador (dentro ou fora 2. Visão de time: Além dos treinamentos do seu negócio). de costume (que são muito importantes)
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O melhor emprego da minha vida
Além de pensar em uma carreira construída em pequenos ciclos, procure desenvolver algumas atividades para que o desenvolvimento das pessoas seja ainda mais construtivo e eficiente.
Veja algumas dicas:
projetos) parece não acabar nunca. Essa A vez dos autênticos. Esse processo de característica permite explorar diferentes mudança para muitos difícil mas você conhecimentos, se interessar rapidamente encontrará formas de descentralizar o RH, no por coisas novas, se adaptar a qualquer tipo momento tem que prestar mais atenção as de grupo e conseguir aplicar mais de uma habilidade em seu dia a dia. pessoas que constroem o seu negócio,
Por onde começar?
O fato é que você já tem colaboradores que são agentes de mudança. E eles já devem estar trazendo inovações incrementais quando o assunto é liderança, pessoas e um novo jeito de trabalhar. Procure identificar esses “seres iluminados” e detalhar quais são as ações propostas por eles, assim é possível você pode criar soluções adequadas para a gestão de pessoas do seu negócio. Afinal, ninguém pode entender mais da empresa do que quem vive ela diariamente.
Holocracia Matsuo pediu atenção para esse tema, que deve crescer nos próximos anos. Em resumo, é quando a empresa tem um sistema de autoridade distribuída — já há vários cases para fazer benchmarking. No Google, por exemplo, ele disse que não deu certo. Já na empresa de games Valve e na produtora de tomates Morning Star, a coisa funcionou. Essa última virou, inclusive, estudo de caso da revista Harvard Business Review. No Brasil, ele citou a Vagas.com.br como exemplo a ser observado.
Entender a multipotencilidade
“Se eu me sinto como um canivete suíço, por que eu tenho que me comportar como uma tesoura sem ponta que só corta papel?” [Rafaela Cappai, multipotencialista, em uma palestra TEDx Talks].
Desconstruir para construir Em seu livro Designing Your Life , Burnett e Evans compartilham um exercício de planejamento de odisséia . Este método de ideação apoiado por pesquisa envolve a representação de três planos muito diferentes para o seu futuro: Seu primeiro plano, Life One, deve expandir o que aconteceria se você permanecesse em seu caminho atual. Para a Life Two, imagine como sua vida seria diferente se seu caminho atual não fosse mais uma opção. O que você faria para ganhar a vida? Na Life Three permita-se sonhar com o que você faria se o dinheiro ou os julgamentos de outras pessoas não importassem. O que te faria verdadeiramente feliz.
Ambiente
A 3M foi uma das 150 melhores empresas O multipotencialista, multipotencial ou também no ranking da GPTW, sendo destaque polímata é aquela pessoa cuja lista de nos quesitos Ambiente e Qualidade de Vida. afinidades (com profissões, hobbies e A empresa construiu um espaço de serviços
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diversos dentro do complexo industrial que pode ser utilizado pelos funcionários a qualquer momento. Funcionam lá salão de beleza e barbearia, hortifrúti de produtos orgânicos, van com opções de açougue e outros alimentos congelados, pastelaria, lava rápido, produtos de papelaria entre outras ações frequentes, como os food trucks.
negócios que oferecem qualidade de vida são (em média) 76% mais atraentes para os talentos que a concorrência.
Até onde eles podem chegar? Durante o Fórum Econômico Mundial, foram discutidas pesquisas que estimam que 65% das crianças na escola atualmente trabalharão em empregos que não existem. Em um É claro que a arquitetura acolhedora e as cenário de incertezas você não pode ter medidas ergonômicas corretas e atualizadas, uma afirmativa para essa pergunta, não é são importantes. Mas pense no ambiente mesmo? Mas é importante alinhar com mais intangível também, Ele precisa ser agradável, frequências as expectativas confortável e estar aberto a erros e acertos. Crie políticas e programas motivacionais Desligamento e Alumnis e mostre ao colaborador sua importância Se é fato que os ciclos de carreira acabam dentro da empresa e do papel ou função que com mais velocidade do que nunca. Crie nela ele desempenha. promotores da sua marca. Pessoas que mesmo saindo do negócio lhe ajudem Flexibilidade Hoje em dia, os trabalhadores têm valorizado a desenvolver parcerias e que falem da muito a qualidade de vida e podem optar por empresa com uma referência no segmento. um trabalho que conceda certa flexibilidade, Crie planos de valorização de alumnus e mesmo que o salário seja inferior ao de outra procure trazê-los para perto do negócio empresa. Segundo pesquisa da Sodexo, como mentores e parceiros.
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Coblue no
Startup Summit Coblue no Startup Summit: O maior evento de tecnologia já promovido pelo Sebrae e reuniu cerca de 1800 pessoas de todo o ecossistema brasileiro!
Foram dois dias de imersão em tecnologia e inovação, com mais de 90 palestras dos principais líderes de startups do Brasil, referências em suas áreas. O evento que ocorreu nos dias 12 e 13 de julho em FlorianópolisSC foi uma iniciativa do Sebrae, em parceria com a ACATE e Secretária do Desenvolvimento Sustentável. A
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CoBlue
foi
uma
das
empresas
expositoras do evento. Nossa equipe trabalhou muito e conversou com diferentes líderes do setor de tecnologia, o que nos gerou aprendizado é claro, muitas oportunidades de negócio. Também participamos dos Desafio Hering de Inovação e Desafio Sebrae Like a Boss. Agradecemos ao Sebrae pela oportunidade de compartilhar um pouco do que acreditamos nesse evento sensacional!
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Ainda no evento, uma brincadeira para um assunto sério:
Ultrapassauro alerta para problemas da má gestão Com o objetivo de alertar sobre problemas projetos, nossa empresa levou um como falta de comunicação, centralização personagem curioso que acabou do poder, falta de flexibilidade nos se tornando um sucesso no evento:
O Ultrapassauro representa a velha gestão - autoritária, focada em esforço e sem análise de resultados.
E o que ele fazia por lá? Bom, é claro que um personagem assim estaria desempregado não é mesmo? O Ultrapassauro distribuia um currículo com todas suas (des)habilidades.
A postura autoritária do Ultrapassauro aterroriza as novas gerações que estão chegando no mercado de trabalho
Final feliz: Por sorte a má gestão perdeu espaço no mercado e o personagem saiu do evento desempregado e passando mal!
A sorte é que temos empresas como a CoBlue para lutar contra esse mau que atinge as empresas
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HUMOR HUMOR
Mudança?
Nunca vi, nem comi, só ouço falar! “OIEEEEEEÊ!” “OIÊ!” “OIEEEEEE”
Eu sou o Osvaldino Ultrapassauro, mas podem me chamar de Dino. A CoBlue gentilmente me convidou (Ok. Talvez eu tenha invadido) para ser colunista na primeira edição da sua revista de gestão CoBlue Mag. Obviamente isso é um claro reconhecimento das minhas habilidades de gestor, que ficam evidentes se analisarmos minhas experiencias, meu currículo e minha atuação no mundo jurássico dos negócios. Mas chega de falar de mim. Não, na verdade vamos falar mais um pouco de mim. No momento estou em busca de realocação profissional, ou como meu sobrinho Dininho Jr diz “Tô procurando trampo aí!”. A empresa onde eu trabalhava passou por transformações no seu modelo de gestão e eu sou contra esse tipo de coisa! Esse papo evolucionista nas empresas, que precisamos de mudanças, transformações para nos manter competitivos é um absurdo! Pensem comigo, se todo mundo está tentando mudar para ficar competitivo, e a transformação virando regra, logo todas as empresas terão que se adaptar a isso e serão empresas iguais. Todas adaptadas. E quem vai se destacar no meio disso? Obviamente quem não mudou, que vai ser a única que se manteve do jeitinho que era! Então é lógico que se você quer se manter diferente da concorrência, você não pode mudar. Isso é tão claro que qualquer Brontossauro consegue enxergar, mesmo lá de cima.
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Tendo isso em mente, eu resolvi usar minha longa experiencia no ramo da gestão estática e aproveitar o espaço cedido (invadido) pela CoBlue para alertar a todos os Dinossauros da Gestão, que assim como eu estão preocupados com essa moda de Mudanças e Gestões Ágeis e blablabla competitividade. A primeira coisa que esse pessoalzinho da mudança, que eu carinhosamente chamo de Mudanços Sapiens, dizem para justificar esse papinho, é que o mundo atual está em constante transformação. Desde que eu me conheço por dinossauro, o mundo ta igualzinho. O sol nasce e se põe no mesmo lugar, a terra é redonda e o Faustão é gordo. Ue... Como assim? Até isso mudou? Quer dizer que a terra agora é plana? Mas o ponto é que, assim como o conceito de beleza, a transformação do mundo também está apenas nos olhos de quem vê. Há anos eu ouço o papo de meteoro, extinção, evolução das espécies e nada. Então meu caros amigos Dinossauros da Gestão, eu lhes digo que não há com o que se preocupar. Se nos unirmos e nos mantivermos estáticos, tradicionais e dar umas belas rabadas nas mudanças, com toda a certeza podemos continuar exercendo nossa gestão. Escrevo esse primeiro texto em colaboração (invasão) com a CoBlue, que é uma empresa habitada por Mudanços Sapiens e propagadora de mudanças, justamente para bater de frente com essa ideia ilusória de que as transformações são necessárias. Gestão estática sempre foi, e continua sendo a melhor maneira de sua empresa se destacar no mercado jurássico. Lembrem-se que quem vive correndo é Velociraptor, por isso vamos com calma ai gente. Ta tudo bem!
OKR dos Famosos
NEYMAR Não foi dessa vez que o nosso menino do hexa trouxe a taça da Copa do Mundo pra casa. Neymar e cia não conseguiram conquistar Resultados suficiente contra a Bélgica para garantir o Objetivo de campeões do mundo. Mas nós da CoBlue, especialista em Gestão Continua de Perfomance, resolvemos entrar em campo, e prestar uma consultoria de OKR para o menino Ney. Construímos o seu OKR (Objetivos e Resultados Chaves) para a Copa de 2022 no Qatar, para que Neymar possa comunicar e alinhar com seus companheiros de time, além de garantir engajamento e performance ao longo da competição.
OBJETIVO: “Ser campeão da Copa do Mundo!”
RESULTADOS CHAVES: - Vencer 7 partidas. - Ter média de gols maior que 1 por partida. - Baixar total de tempo caído no chão fingindo que estou morrendo de 14m para 10m.
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Revista Digital CoBlue Mag é uma publicação mentral para clientes da especialista em gestão contínua de performance CoBlue. Coordenação: Bruno Fregulia e George Eich.. Redação: Antonio Zubieta,Dirlei Felippe, Fernanda Lika Nakamura, George Eich, Gustavo Loureiro Ramos e Julia Barreto da Costa. Revisão: Hubert Filho. Planejamento Gráfico: Bruno Fregulia.
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