Centro Carioca de Apoio ao Montanhismo

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TFG

SUPERVISOR: VINICIUS M. NETTO

CENTRO carioca DE APOIO AO MONTANHISMO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - ESCOLA DE ARQUITETURA E URBANISMO 2014.1

BRUNO TAVARES SIQUEIRA. ORIENTADOR: ULYSSES MAGOULAS


À minha família, peça mais fundamental da minha vida, responsáveis pelo que sou hoje, e que sempre me apoiou e incentivou a correr atrás dos sonhos. À minha mãe e irmã especialmente, pelos pitacos, críticas e elogios ao projeto. À minha sobrinha e afilhada Maria Clara pelos sorrisos encantadores e pelo carinho quando o cansaço batia. Ao meu sobrinho Francisco pelo olhar inocente e brincalhão. Aos professores da EAU e da UFF em geral, pelo ensino, formação, orientação profissional (e não), e pelos momentos dos quais agora sentirei saudades. Um muito obrigado especial ao prof. Maurício Campbell pelo carinho com que exerce a profissão, nos passando todo entusiasmo de uma pessoa apaixonada pela Arquitetura, pelo ensino e pelas Artes. Ao meu orientador Ulysses Magoulas, pela dedicação, suporte, boa vontade, atenção e paciência no decorrer de todo o desenvolvimento deste projeto. Aos meus colegas e amigos que trilharam comigo esse caminho, por me aguentarem e compartilharem esses momentos comigo. Obrigado pelas dicas, pelos estudos, pelas críticas, pelo carinho, e principalmente pelas cervejas! Que venham muitas! À minha namorada, Bárbara Medeiros, pelo carinho e amor, pela paciência, pelas criticas, ajuda e pelo enorme apoio nesse momento tão importante da minha vida. Ao CERJ, Centro Excursionista Rio de Janeiro, por me inspirar a fazer este trabalho, e por me propocionar momentos especiais na montanha e fora dela. Especialmente a Waldecy Mathias Lucena pela orientação em relação ao tema e suas complexidades. Kmon! Por fim, muito obrigado a todos os que considero amigos, por fazerem a vida valer a pena.


pesquisa

introdução

p. 5

Metodologia

p. 6

Tema

p. 7

implantação

p. 25

justificativa

p. 14

partido arquitetônico

p. 26

objetivo

p. 14

térreo

p. 29

localização

p. 15

subsolo

p. 30

urca

p. 16

entorno e cobertura

p. 31

entorno

p. 17

fachadas

p. 33

terreno

p. 18

cortes

legislação

p. 20

Perspectivas

p.39 p. 27, 28, 32, 35, 38, 42

referências projetuais

p. 21

bibliografia

p. 43

programa de necessidades

p. 23

fluxograma

p. 24

projeto

diagnóstico

Índice


“Atualmente todos vivemos em um mundo dominado pelas máquinas. Quase não restam em nosso deteriorado planeta espaços livres, onde possamos esquecer nossa sociedade industrial e testar, sem sermos incomodados, nossas faculdades e energias primitivas. Em todos nós se esconde uma saudade do estado primogênito, com o qual podíamos calibrar-nos com a natureza e enfrentá-la, descobrindo a nós mesmos. Aqui está basicamente a razão de não haver para mim uma meta mais fascinante que esta: Um homem e uma montanha.” -Reinhold messner


Método

A escolha do tema deu-se por afinidade e pela demanda de um espaço maior e mais visível para divulgação e treinamento do montanhismo, mais notadamente, mas não exclusivamente, a escalada. Com o tema definido, a escolha do terreno e outras características do projeto aconteceram baseadas em ligações

simbólicas do tema com o espaço geográfico e com a necessidade de tornar a atividade visível por um grande número de pessoas, além da possibilidade de prestar apoio

aos

montanhistas já praticantes, num espaço acessível e próximo à montanha. Foram realizadas visitas ao terreno e entrevistas informais à comunidade escaladora, em especial a membros do CERJ (Centro Excursionista Rio de Janeiro), do qual o autor do projeto é sócio. Foi também consultado o IPHAN, devido a peculiaridade do espaço escolhido para o projeto. O projeto tem como objetivo, também, a acessibilidade sempre que possível, tendo em vista as campanhas de prática do esporte por deficientes físicos.

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O Rio de Janeiro é conhecido pelas suas belezas naturais e seu relevo acidentado característico. Foi neste contexto que se desenvolveu o montanhismo brasileiro. hoje a cidade é considerada o maior centro de escalada urbana do mundo devido ao número alto de montanhas que aqui habitam. Esta facilidade de acesso garante que o montanhismo cresça mesmo cercado de adversidades, como a falta de estrutura própria para atedimento turístico e para divulgação e treino esportivo das atividades de montanha. O presente projeto visa suprir parcialmente a demanda gerada por essas adversidades.

6


“O montanhismo é uma prática esportiva e de lazer que se caracteriza pela ascensão em montanhas e elevações rochosas, por meio de caminhadas ou escaladas, com diferentes graus de dificuldade e tempos de duração. O termo abrange as seguintes atividades e suas práticas derivadas: caminhadas em montanha; escalada em rocha (esportiva e tradicional); escalada em gelo e neve; alta montanha; ‘bouldering’ e escalada em muros artificiais.” femerj

7 6


...saúde, terapia, meditação, liberdade, auto-conhecimento, superação “Tanta gente vive em circunstâncias infelizes e, contudo, não toma a iniciativa de mudar sua situação porque está condicionada a uma vida de segurança, conformismo e conservadorismo, tudo isso que parece dar paz de espírito, mas na realidade nada é mais maléfico para o espírito aventureiro do homem que um futuro seguro. A coisa mais essencial do espírito vivo de um homem é sua paixão pela aventura. A alegria da vida vem de nossos encontros com novas experiências.” -christopher mccandless caminhada nas torres de bonsucesso acampamento no cabeça do dragão, salinas

escalada tradicional no morro do cantagalo

8


alta montanha, everest

“Aventurar-se causa ansiedade, mas deixar de arriscar-se é perder a si mesmo. Aventurar-se no sentido mais amplo é precisamente tomar consciência de si próprio.” -Søren Kierkegaard

escalada em gelo

escalada em big wall

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bouldering “Certa vez vi em algum lugar que o verdadeiro apaixonado pelo montanhismo não vive essa vida na espera por reconhecimento, querendo algo em troca, benefícios... Ele quer é o contato com o natural, enfrentar seus medos, se desafiar, espairecer e se afastar de todo o mal que se espalha no mundo... E saiba que o maior elogio que se pode dar a um montanhista é dizer que você confia sua vida a ele!“ Vinicius Lima.

escalada indoor

escalada esportiva

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Você sabia que até 2002 o costão do pão de açúcar era coberto apenas de capim colonião? Há 12 anos um montanhista chamado Domingos Sávio Teixeira faz trabalho semanais de mutirão com voluntários. Essa atividade também é uma das oficinas da ATM. O trabalho é tão reconhecido que já foi divulgado em vários jornais, revistas e sites. Em 2010, num incêndio, um terço de todo seu trabalho foi destruído. Os mutirões continuam até hoje, e são sempre registrados em seu blog, chamado Pão de Açúcar Verde.

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“Não é a montanha que conquistamos, mas nós mesmos.“ edmund hillary

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Evento de paraclimbing na academia 90 graus, em Sâo Paulo. Nishimura é o escalador com a corda.

Paraclimber no campeonato mundial.

Como a maioria dos esportes, o montanhismo também é sobre superação física. No caso do paraclimbing, a superação é ainda maior. São relativamente comuns histórias de deficientes físicos se superando na escalada, seja indoor ou na pedra. Um dos exemplos mais famosos no Brasil é Raphael Nishimura, portador de distonia muscular. Existem programas sociais feitos em parceria com as entidades do montanhismo para introduzir o esporte na vida de pessoas carentes e na vida de deficientes físicos. O Paraclimbing Brasil é um evento que está em sua terceira edição e acontece em Sâo Paulo. Devido a essas circunstâncias, a acessibilidade é fundamental no projeto.


o montanhismo no rio de janeiro O montanhismo é praticado em todo o Brasil. O Rio de Janeiro, no entanto, pode ser chamado de capital do montanhismo brasileiro. É onde mais se pratica o esporte. Foi aqui, também, que tudo começou, com a conquista do Dedo de Deus, em Teresópolis, quando ainda se usavam cordas estáticas amarradas à cintura. Hoje em dia existem vários clubes excursionistas na cidade, entre eles o mais antigo do país, o Centro Excursionista Brasileiro. São os clubes os principais responsáveis pelo ensino e consequente divulgação da atividade. A maioria dos clubes oferece um curso básico de montanhismo pelo menos uma vez por ano. Foram os clubes que se juntaram para formar a FEMERJ (Federação de Montanhismo do Estado do Rio de Janeiro),

responsável pela divulgação, organização de competições e outros eventos como a ATM (abertura de temporada de montanhismo, que hoje faz parte do calendário de eventos oficiais da cidade), além de tomar especial atenção à questão do acesso às áreas de montanha, em parceria com a prefeitura. Também foi criada a AGUIPERJ (Associação dos Guias Profissionais do Estado do Rio de Janeiro), a fim de profissionalizar e regular a prática de guia no montanhismo. No presente momento, o montanhismo brasileiro é ligado ao mundial pela UIAA (Union Internationale des Associations d'Alpinisme), entidade máxima do alpinismo, reconhecida pelo comitê olímpico.

‘Mas os dias que estes homens passam nas montanhas, são os dias em que realmente vivem. Quando as cabeças se limpam das teias de aranha, e o sangue corre com força pelas veias. Quando os cinco sentidos recobram a vitalidade, e o homem completo se torna mais sensível, e então já pode ouvir as vozes da natureza, e ver as belezas que só estavam ao alcance dos mais ousados. ‘ Reinhold Messner. 13


objetivo Desenvolver um projeto arquitetônico que busque auxiliar no ensino, treinamento, divulgação e prática do montanhismo na cidade do Rio de Janeiro ao disponibilizar espaços arquitetônicos adequados à essa e outras atividades complementares, além de um espaço administrativo para as intituições de nível estadual do Rio de Janeiro (FEMERJ e AGUIPERJ), de forma harmônica com o entorno, o contexto cultural especíco existente, e que respeite as leis e as normas técnicas vigentes.

justificativa Considerando que o montanhismo: - tem no Rio de Janeiro seu berço e maior concentração de atividade (no Brasil); - é atividade característica da cidade, devido ao relevo característico e ao fácil acesso às montanhas; - é considerado atividade de valor cultural e esportivo para o Rio, segundo decreto municipal; - recebe apoio municipal através do Programa Municipal de Incentivo ao Montanhismo; -é historicamente reconhecido pelo envolvimento na proteção e conservação dos ecossistemas naturais; -é bem representado em associações civis bem estruturadas; -a FEMERJ e a AGUIPERJ não têm sede própria; - a Urca é reduto frequente de grande número de escaladores, que não contam com nenhuma espécie de infraestrutura de apoio à sua atividade; - ajuda em nível físico, mental e espiritual no desenvolvimento do ser humano, inclusive portador de deciência; - foi candidato à esporte olímpico recentemente (escalada); - é atividade signicativa do ecoturismo; - não possui centro de apoio visando melhorar sua divulgação, ensino e prática, com infraestrutura adequada, no Rio de Janeiro. justica-se a necessidade e a elaboração do projeto proposto.

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localização A Urca tem grande importância para a história do montanhismo brasileiro. É a área com maior densidade de vias de escalada da cidade e abriga vias clássicas, além de uma das vistas cariocas mais bonitas.

“Art. 1.º Fica reconhecido o montanhismo como uma atividade de valor cultural e esportivo para a cidade do Rio de Janeiro, que propicia a interação com os ambientes naturais e colabora na sua proteção e conservação.“ Decreto nº 31906 de 12 de fevereiro de 2010

O bairro é considerado o mais calmo do Rio, devido à presença forte do Exército Brasileiro. Uma grande parte desta área é militar e de acesso restrito. Os principais usos do bairro são o residencial, apresentando grande quantidade de casas; e o institucional, com a presença de, por exemplo: um campus da UFRJ, um campus da UNIRIO, do Instituto Benjamin Constant, do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, e da Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais. No entanto, por ser um dos pontos turísticos mais famosos do Rio, apresenta boa infraestrutura. É possível chegar no bairro de ônibus, metrô (com integração), carro e bicicleta. Um dos maiores contrastes com o resto da cidade é a presença de boas ciclovias e ciclorrotas, além de um trânsito calmo a maior parte do tempo.

15


2 4

a urca

3

5

A Urca é um bairro tradicional carioca. É principalmente conhecido pela atividade turística derivada da presença do monumento geológico natural do Pão de Açúcar e pelo bondinho. 6

1 Terreno do Projeto

7

O local tem presença militar intensa, justificada historicamente, cercando totalmente a Praça General Tibúrcio (6), com exceção do lado leste, onde localiza-se a praia vermelha. Devido à presença de paredões rochosos no morro da Urca, do Pão de Açúcar e da Babilônia, a atividade de escalada é tão frequente e visível que o local tornou-se o ponto de maior concentração de escaladas do Rio de Janeiro.

2 Escaladas no Pão de Açúcar

4

Trilha do Morro da Urca

6 Abertura de Temporada de Montanhismo

3 Costão do Pão de Açúcar

5

Paredão Coloridos (Escaladas p/ Iniciantes)

7 Morro da Babilônia (Escaladas)

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No entorno imediado do “calçadão” da Praia Vermelha situam-se a Praça General Tibúrcio, o Instituto Militar de Engenharia (IME), a Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME), a Escola de Guerra Naval (EGN), a estação do Bondinho do Pão de Açúcar, o Circulo Militar da Praia Vermelha (CMPV), o morro da Babilônia, o morro da Urca, o morro do Pão de Açúcar, a pista Cláudio Coutinho e a Escola Gabriela Mistral.

Praça General Tibúrcio

projeto

A praça General Tibúrcio é muito utilizada pelos montanhistas locais, seja como ponto de encontro para excursões locais e fora da cidade, para eventos como semanas de montanhismo, campeonatos brasileiros de escalada em muro, até evento maiores, como a Abertura de Temporada de Montanhismo (ATM) e o bloco de carnaval “Só o Cume Interessa”, ambos eventos anuais. Além de montanhistas, a Praia

escola escola de comando pista cláudio coutinho morro da urca

Vermelha também é muito frequentada por turistas, que lá vão para ver o Pão de A ç ú c a r, e m o r a d o r e s d a U r c a , principalmente a pista Cláudio Coutinho, onde a prática de esportes como a caminhada e as trilhas é diária. Apesar do movimento intenso em certos momentos, esta parte da Urca é bem calma na parte da noite, devido à falta de atividades noturnas.

entorno

morro da babilônia círculo militar Ime Praia vermelha

17


limites do calçadão, onde de localizam alguns vendedores ambulantes. De forma bem menos notável há o deslocamento na direção parque infantil - círculo militar, pela falta de atrativos públicos no eixo. Por fim, é perceptível a diferença de densidade da vegetação entre os lados norte e sul. Essa diferença é apenas no número de árvores, visto que a vegetação rasteira e de pequeno porte dos canteiros é quase inexistente.

legenda

1 2 3 4 5

parque infantil edifícios e usos do entorno

equipamentos físicos

diagnóstico

Dentro do “calçadão” encontram-se um pequeno parque infantil, um conjunto de equipamentos físicos, dois bicicletários, dois sanitários públicos (porém pagos) e um famoso monumento em homenagem a Chopin. O fluxo se dá de forma mais intensa na direção oeste-leste, ou seja, entre a praia e a praça. De forma secundária ocorrem deslocamentos “laterais” e pelos

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fluxos principais bicicletário fluxos secundários estátua de chopin

fluxos menos frequentes

sanitários públicos (pagos)

Praça General Tibúrcio estacionamento público estacionamento exército

estacionamento exército

5 3 1 4

círculo militar

Praia vermelha

2 3 escola gabriela mistral


Canteiros onde será implantado o edifício

Futura vista da fachada leste

fotos do calçadão

Canteiro onde será implantado o edifício

Panorama da Praia Vermelha

Corredor entre canteiros (oeste - leste)

Vegetação (baixa) esparsa dos canteiros

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legislação

Por não ser um lote regular, o terreno escolhido para o desenvolvimento do projeto não tem um conjunto de leis e normas destinados especificamente a ele. No entanto, foi decidido que seria seguido o regulamento previsto para o entorno imediado, ou seja, a região adjacente à Praça General Tibúrcio. Após consultas no IPHAN este foi o único documento encontrado que contém informações úteis para definição do projeto. As regiões norte e sul do entorno da praça têm regulamentos diferentes, mas similares. Foi seguida a regra mais estrita, ou seja, a que não permite que as edificações ultrapassem a altura definida por um plano horizontal situado a 25m acima do nível do mar. O “calçadão“ fica aproximadamente a 4m acima do nível do mar, logo, o projeto poderia, legalmente, chegar a um gabarito de 21m.

20


referĂŞncias projetuais

casa de pedra, sĂŁo paulo, brasil

centro colaborativo brooklyn brothers, somerville, massachusetts, eua

Stone Summit, atlanta, georgia, eua 21


referĂŞncias projetuais

22

opera de oslo (Snøhetta arkitektur landskap AS)


programa de necessidades

ensino

escritório para a femerj para funcionários da entidade

espaço da aguiperj para atendimento ao público

prática muro de escalada para treino e prática das técnicas de escalada

biblioteca / croquiteca para consultas em livros, mapas e croquis

auditório / sala multiuso

divulgação

lanchonete vestiário masculino vestiário feminino vestiário acessível sanitários públicos acessíveis

serviço

para apresentações, exibições de vídeos e aulas teóricas

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fluxograma Lanchonete Mirante Recepção Escalada Indoor

AGUIPERJ

Sanitários Acessíveis

Auditório

Muros de Escalada Indoor

Reuniões

Vestiários

Biblioteca e Croquiteca

Vestiário Acessível

FEMERJ

Praça

Lobby

Sanitários Acessíveis

Terraço / Infraestrutura

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1

2

25 fluxos principais fluxos secundários fluxos novos

1 2 3 4 5

bicicletário espaço de convivência

implantação

A implantação da nova edificação e do canteiro alterou os fluxos de pedestres pelo espaço, mas manteve os mais intensos e apenas redireciona o de menor uso. Foram criados novos espaços de interação com o usuário ou de interação entre usuários, como por exemplo o novo canteiro, que gera espaços mais próprios para a convivência, e o muro de escalada. Dessa forma é possível intervir e melhorar, respeitando o passado e a forma original do lugar.

entrada do edifício mirante muro de escalada

3

5

4

0

30

5 2

15


o partido arquitetônico

1

2

5

3

6

4

7

8

1. Partido inicial. Projeto semienterrado para diminuir a altura no terreno. Divisão e blocos independentes, criação de pátio de convivência.

2. Elevação ao nível do terreno.

4. Situação na Pré-banca. Pequenos ajustes no volume.

5. Blocos do segundo pavimento

Diferença insignificante.

agora no subsolo. Diminuir a agressão à paisagem.

3. Reordenação dos blocos. Conjunto

6. Separação dos blocos visando

mais coeso e presença do pilotis guardando as duas entradas independentes.

ventilar e iluminar o subsolo.

7. Definição de intenção formal mais arrojada e que tenha menos volume "inútil". Criação do mirante e da torre para apreciação pelo pedestre. Maior e melhor relação com o entorno.

8. Pequenos ajustes na forma visando dar uma unidade estética maior. Partido final. A imagem representa a parte visível do projeto.

26


A situação do projeto na Pré-Banca.

27


A primeira visada do projeto. Com o objetivo de interferir menos com a paisagem, a transparência tornase parte importante na composição, assim como evitar volumes muito altos. Também contribui para deixar explícita a atividade que ocorre no interior. No caso da área do muro de escalada, por esta ter o pré-requisito de altura, optou-se por um volume que contribuísse para que o edifício se relacione com o exterior e com o usuário.

28


planta baixa do térreo ESCALA 1:100 i = 28%

+0,00m

-3,70m

sanitários acessíveis desce

aguiperj / recepção

recepção do espaço muro

vidro jateado

0 0,5

1

2

5m

e

torr

plataforma p/ cadeirantes

muro horizontal de escalada (acesso livre)

o da

eçã proj

desce

Lobby / Exposições

plataforma p/ cadeirantes

+0,00m

+0,00m

clarabóia dos vestiários subterrâneos

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auditório / sala de aula / multiuso 48 lugares

planta baixa do subsolo ESCALA 1:100

escritório p/ femerj espaço do muro de escalada piso acolchoado

plataforma p/ cadeirantes

sobe

sala de reuniões

-3,70m

lanchonete

jardim vertical

biblioteca / croquiteca -3,70m

lanchonete

lanchonete

sanitários acessíveis

sobe

vestiário aces.

vestiário fem.

0 0,5

1

2

5m

plataforma p/ cadeirantes

vestiário masc.

30


entorno e cobertura escala 1:100

bicicletário (26 vagas)

área de convivência

condensadoes do a/c e caixa d’água

telhado verde

mirante

0 0,5

1

2

5m

31


Biblioteca e Croquiteca. Para ensinar e divulgar melhor as atividades na montanha, é necessária uma boa base bibliográfica desse conhecimento, que vem em formas de livros didáticos e de narrativas, além de croquis: desenhos feitos por montanhistas que descrevem trilhas e vias de escalada, com informações importantes como tempo do percurso, possíveis perigos ou dificuldades, equipamentos necessários, dificuldade e características gerais do caminho.


FACHADA SUL ESCALA 1:100

0 0,5

1

2

5m

33


Presença de muro externo de uso público. Agarras presas diretamente na alvenaria (maciça). Baixa altura para tornar desnecessário o uso de equipamentos de proteção.

0 0,5

1

2

5m

FACHADA norte ESCALA 1:100

34


A separação dos blocos gerando iluminação natural para o subsolo,

Piso aderente

O mirante e sua torre anexa. Local de observação da paisagem e da escalada.

Paredão "coloridos": referência para o mirante. Subida íngreme que recompensa o visitante com vista deslumbrante.

Pista Cláudio Coutinho: acesso à escaladas e trilhas. É onde se localiza o paredão "coloridos".

35


FACHADA leste ESCALA 1:100

0 0,5

1

2

5m

36


FACHADA oeste ESCALA 1:100

0 0,5

1

2

5m

37


Fachada Leste, voltada para a praia. Presença de amplas aberturas voltadas para a luz da manhã e ao vento marítimo, o canteiro é preenchido por vegetação, sendo toda ela baixa quando em cima dos vestiários. Também protegem as clarabóias, feitas com vidro jateado para impossibilitar a visão ao espaço interno, mas permitindo a iluminação natural.


corte 1 ESCALA 1:100

+7,20m

+0,00m

-3,70m

0 0,5

1

2

5m

39


corte 2 ESCALA 1:100

Área de serviço destinada à equipamentos de infraestrutura predial, como caixa d’água (3000 L para 50 pessoas) e condensadores de ar condicionado.

+4,70m

+3,70m

+0,00m

-3,70m

0 0,5

1

2

5m

40


corte 3 ESCALA 1:100

0 0,5

1

2

5m

41


"Entre a força e a técnica, vence a técnica. Se a força e a técnica forem iguais, vence o Espírito." Miyamoto Musashi.

"A prática esportiva também ajuda num mundo melhor com tudo de bom que traz para nós: saúde, auto-estima, espírito de equipe, objetivos, entre outros atributos que com certeza, vem junto com o esporte." Gustavo Borges.

42


Livros e publicações

bibliografia

NBR 9050/2004. Acessibilidade em Edificações DAFLON, Cinthia e DAFLON, Flávio. Escale Melhor e com Mais Segurança. Rio de Janeiro: Edição dos Autores, 2012. LUCENA, W aldecy . História do Montanhismo no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ. 2008. DAFLON, Flávio e QUEIROZ, Delson. Guia de Escaladas da Urca. Rio de Janeiro: 5ª Edição, 2013. DECRETO MUNICIPAL Nº 31906 DE 12 DE FEVEREIRO DE 2010. Programa Municipal de Incentivo ao Montanhismo IPHAN. Estudos e Normas de Proteção do Entorno dos Morros do Pão de Açúcar, Urca e Babilônia

internet Google Imagens http://images.google.com Arch Daily http://www .archdaily .com Oddee http://www .oddee.com Stone Summit Rock Climbing Gym http://www .ssclimbing.com Brooklyn Boulders Climbing Community http://www .brooklynboulders.com FEMERJ http://www .femerj.org Casa de Pedra Ginásio de Escalada Esportiva http://www .escaladaindoor .com.br 90 graus http://www .90graus.com.br Limite Vertical http://www.celimitever tical.com.br IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional http://www .iphan.gov .br Legislação Bairro a Bairro - Prefeitura do Rio http://mapas.rio.rj.gov .br/ Recuperação Ambiental no Pão de Açúcar http://paodeacucarverde.blogspot.com.br/ BRISO, Caio Barretto. Domingos Sávio Teixeira: carioca nota dez. Disponível em: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/atitude/domingos-savio-teixeira-preservacao-verde-pao-acucar-753819.shtml. Acesso em: 20/07/2014.

43


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