Insurreiçom nº8

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Órgao de expressom do Capítulo Galiza do Movimento Continental Bolivariano | Nº 8 · Primavera de 2010

O pacote de medidas neoliberais contra a classe obreira e os sectores populares aprovada polo governo espanhol é umha declaraçom de guerra contra a nossa classe. A congelaçom de salários e pensions, a eliminaçom do chequebebé, o recorte de gastos sociais acordado polo governo do PSOE deixa bem claro a necessidade de abandonar atitudes cargadas de resignaçom e ingênua confiança nos partidos do regime. A decisom adoptada polo PSOE conta com o apoio do PP e a morna oposiçom da esquerda institucional política e social. Enquanto CEOE e CEG aplaudem e solicitam mais retrocessos, BNG e IU nom passam de propor alternativas para salvar o capitalismo. Nom podemos enganar-nos, as medidas anunciadas nos inícios de Maio por Zapatero som o primeiro capítulo da nova ofensiva global acordada polo Capital contra o Trabalho para que sejamos nós, o povo trabalhador, quem paguemos a sua crise.

Após meses negando esta possibilidade a socialdemocracia espanhola cede perante as pressons do FMI, do Banco Central Europeu e da Casa Branca, deixando claro que é submissa frente ao imperialismo e intransigente com os povos que explora e oprime. O proletariado galego deve olhar com atençom para o exemplo que a classe obreira grega está dando ao conjunto do proletariado e povos do mundo. Só a luita organizada e unitária poderá evitar que saiam ganhando. A alternativa é o Socialismo e a estrategia o combate obreiro e popular. Galiza necessita independência e soberania nacional para decidir como superar o caos e a miséria a qual nos condena o capitalismo, para abandonar a Uniom Europeia e construir um País próspero e justo. Agora há que pará-los por meio da greve geral!


Trabalhadoras, indígenas e povos de Equador confrontam prepotência do Governo Correa O Equador vive momentos de intensa luita e confrontaçom social. Sectores organizados tomam as ruas do país para desmascarar um governo que com a mentira e demagogia está atraiçoando o anseio de mudança do povo equatoriano. Fora do Equador, o regime de Rafael Correa apresenta-se como um governo progressista, democrático, enquadrado dentro da tendência de mudança que percorre América Latina. E de facto assim foi nos seus inícios, os povos do Equador apostárom pola mudança e respaldárom o discurso de campanha do governo da revoluçom cidadá. Hoje vive um processo de desencanto que está incrementando-se. O governo apresenta umha perigosa direitizaçom, reavivando a triste noite neoliberal que Correa tanto criticou mas hoje pretende ser imposta. A direita encistada dentro do governo tem logrado posicionar-se, enquanto o sector mais progressista e democrático tem sido isolado. Balanço do governo Depois de 5 eleiçons consecutivas, onde o povo escuitou cantos de sereias, que há?. Correa nom logrou solucionar o encarecimento do custo da vida, os produtos como o leite, pam, carne, açúcar, etc. tenhem sofrido incrementos. A corrupçom salpica toda a gestom governamental, e ante isto nom existe umha acçom concreta que visibilize a luita contra a corrupçom, ao contrário, Correa pretende decidir quem é corrupto e quem nom e o pior de todo, encobrir estes factos. O desemprego sofreu um incremento segundo as “estatísticas oficiais” de 9 a 12%. A aplicaçom de políticas neoliberais que significam um retrocesso nas conquistas sociais e populares como a concessom para a exploraçom às transnacionais mineiras e petroleiras; políticas antiobreiras; a lei de águas que procura privatizá-la, a de educaçom superior que violenta a autonomia e a gratuidade, o código territorial que pretende em 8 anos entregar a educaçom e a saúde aos governos municipais e autónomos, entre outras. Aprofunda-se o desprestígio da institucionalidade burguesa; a Assembleia Nacional (Parlamento) tem mostrado nom diferenciar-se em nada dos anteriores congressos, onde a política de alça maos oportunista e a evidente incapacidade para legislar e fiscalizar se repete. As políticas populistas e assistencialistas face a populaçom com o fim de afiançar a sua base social; oferecendo mochilas escolares, kits agro-pecuários, vales de pobreza e de moradia.

As intervençons rádio-televisadas do presidente Correa servem para insultar, desprestigiar e estigmatizar dirigentes e organizaçons sociais e populares. Os pactos com a direita (PSC, MG, PRE, PRIAN, ADE), empresários e banqueiros. Devemos somar a isto a prepotência, o autoritarismo da sua “majestade” o presidente Rafael Correa, que tenta impor as políticas da sua denominada “Revoluçom Cidadá”.

Certas atitudes que haveria que ter em conta, lembrando que tenhem existido exemplos de como a social-democracia está separada por um fio fino do fascismo. Nesta mesma linha, a constante criminalizaçom da luita social e popular, combate o povo organizado, trata de dividi-lo e desprestigiá-lo, mas nom chegam ai os afáns de Correa. A repressom encabeçada polo seu ministro Gustavo Jalkh desde o ano anterior tem deixado um morto, Bosco Wizuma; um preso político que leva já 6 meses encarcerado, Marcelo Rivera, dirigente universitário; centos de detidos até a data, repressom brutal contra os indígenas: um neno ferido Kevin Stalin Kimbiurco da

comunidade Pitán Alto de Cayambe, indígenas feridos com balas de borracha e troco de prisioneiros por polícias; estudantes secundários e universitários: Xavier Gallardo de 17 anos perdeu um olho por um impacto de bomba lacrimogênea; Johnny León e Santiago Caraguay impactados nos seus olhos polas bombas lacrimogêneas, existem mais de 50 feridos e 200 detidos. A isto há que somar a lista de luitadores e dirigentes populares e sociais, ajuizados penalmente por terrorismo e sabotagem. Incrementa luita popular A acçom dos povos, das organizaçons sociais e populares tem razom de ser, o povo equatoriano está constantemente nas ruas, e há que sinalar como um facto importante, a unidade de organizaçons de esquerda como Pachacutik e MPD, que dentro da Assembleia e nas ruas exigem umha mudança da actual política, mantenhem umha posiçom de independência de classe frente ao governo e a oligarquia, e nesse caminho procuram dar umha verdadeira alternativa de mudança aos trabalhadores e trabalhadoras, e aos povos do Equador. No Equador da metade do mundo, nada amedrentará a luita social por conseguir as verdadeiras mudanças que necessita o país, fortalece-se a unidade de todos os sectores afectados polas políticas neoliberais do regime, @s trabalhadoras/es e povos estám movimentados, tomando as ruas para enfrentar a arremetida de um governo disfarçado de socialista. Amaru/Grupos de Combatentes Populares (GCP) do Equador


contraataque O fim do fim da Colômbia feroz Reproduzimos artigo de Iván Marquez, do Secretariado do Estado Maior Central das FARC-EP

O recente falho da Corte Constitucional que declarou inconstitucional o referendo que facultaria um terceiro mandato consecutivo de Uribe, é o começo do fim do fim da Colômbia feroz, o fim do fim -como sonora bofetadade um projecto criminoso de ultra-direita que pretendeu arraigar-se no solo da pátria para submetê-la sob o desprezível nome de “uribismo”. É o “uribismo” um Frankenstein que verte sangue. Um engendro abominável de Terrorismo de Estado e paramilitarismo institucional, de malas cheias de dólares do narcotráfico e dinheiros de empresários e pecuáristas assassinos. Cosido com parapolítica e fraudes eleitorais, chacinas e “falsos positivos”, que som crimes de lesa-humanidade e, conspiraçons permanentes para curvar a independência das Altas Cortes. Remendado com a entrega da soberania a ambiçom do monstro do norte e de investidores estrangeiros, a grande traiçom à pátria que significa entregar o território para que seja indignamente pisoteado pola bota ianque e a corrupçom e utilizaçom do dinheiro público para favorecer os ricos, nom os pobres. No seu livro “Colômbia Feroz (Do assassinato de Gaitán à presidência de Uribe)”, o espanhol José Manuel Martín Medem, tomando como fonte os seus amigos da imprensa colombiana (página 250), afirma que “o assessor de Uribe, José Obdulio Gaviria (primo irmao do narcotraficante Pablo Escobar), recomenda-lhe constantemente que nom renuncie a segunda reeleiçom porque, se deixa de ser Presidente, cairám-lhe em cima aqueles que pedem à Corte Penal Internacional que o investigue. E ai pode-se levar surpresas pola falta de apoio dos que agora se apresentam como os seus aliados incondicionais”. O verdadeiro motivo que movimentava desde o Palácio de Nariño o referendo que lhe tirava o sono a Uribe, ficou nu. Eram horas quando a sentença da Corte Constitucional mandou ao caralho a “encruzilhada da alma” do presidente da máfia que tinha babando muitos políticos incondicionais, que tinha consolidado o desavergonhado carnaval dos “políticos camaleons” que mudam de partido da noite para o dia. O aplauso dos jornalistas que aguardavam a sentença no recinto da Corte e, o estrepitoso barulho dos carros buzinando nas ruas de Bogotá em sinal de festejo polo fracasso do referendo recolherom o sentimento generalizado de todo o país. A Corte desfijo a fábula do teflon que protegia o Uribe, inventada para manipular a opiniom pública. A denuncia de Martín Medem é como um potente reflector que nos permite ver com claridom a pretensom de Uribe de impor à Corte Suprema de Justiça a nomeaçom de Camilo Ospina como Fiscal Geral da Naçom. Uribe quer umha investigaçom que conclua na sua absoluçom por parte da justiça colombiana, para deixar sem competência a Corte Penal Internacional. Só para isso tirou ele da OEA. Quanta desvergonha tentar nomear como Fiscal um aliado incondicional e ex-ministro de Defesa, -autor da Directiva de 29 de Novembro de 2005- que deu origem aos terríveis crimes de lesa-humanidade, mal chamados de “falsos positivos”. Ainda sem se repor do golpe que lhe deu a Corte, o presidente da parapolítica repete alucinado o argumento fascista de que o “estado de opiniom” é componente do estado de direito, com o qual pretendia passar por cima da Constituiçom. Sinceramente, acreditamos que na Colômbia ninguém -nem sequer aqueles belicosos generais- deseja ficar junto Uribe no banco dos acusados. Todos esses candidatos presidenciais que hoje defendem a política de segurança investidora e a apátrida instalaçom de bases militares estadounidenses na Colômbia, com a absurda crença de que essa posiçom reporta votos, só lograrám, se é que triunfam, prolongar a agonia do “uribismo” e dos desaforos do poder. A era do pós “uribismo” tem começado. É tempo da contra-ofensiva dos vitimados e ofendidos. Estamos no tempo do povo falar com sua linguagem da mobilizaçom e da protesta, tal como acaba de ocorrer em Bogotá e outras regions do país. A espada de batalha do Libertador Simón Bolívar, de novo está empunhada polo povo comandando a luita pela Definitiva Independência. Montanhas da Colômbia, 20 de Março de 2010 Ano do bicentenário do Grito da Independência


ABP entrevistou Brigada Galega Moncho Reboiras Reproduzimos a entrevista publicada no portal da Agência Bolivariana de Prensa (http://www.abpnoticias.com) aos membros da Brigada Galega Moncho Reboiras aproveitando a viagem dos internacionalistas galegos à Venezuela. ABP Notícias dialogou com Carlos Morais, Alexandre Rios e Daniel Lourenço.

muitas outras. Como MCB Galiza temos um blogue e um boletim trimestral que procura a difusión e entendimento do processo independentista latinoamericano entre o que se encontra, por suposto, a luita insurgente na Colômbia.

ABP. Um fraternal e Bolivariano saúdo parceiros e bem-vindos à terra do Libertador. Comentem-nos sobre a Brigada Moncho Reboiras que hoje tem alguns dos seus representantes no nosso país. BGMR. A Brigada Galega Moncho Reboiras faz parte do MCB Capítulo Galiza e o seu accionar encontra-se emarcado nos princípios da esquerda soberanista e anticapitalista galega, dai seu nome; Reboiras foi um militante independentista galego assassinado em 1975 polo fascismo espanhol. Os objectivos de nossa brigada som difundir em território galego o processo revolucionário que hoje se desenvolve na Venezuela, apoiar a luita anti-imperialista na via da construçom do socialismo deste país irmao, recuperar e difundir os laços históricos de amizade entre Galiza e Venezuela, entre outras. ABP. Quantos dias levam na Venezuela e quais som as suas impressons? BGMR. Hoje 16 de Abril cumprimos 31 dias de ter pisado solo bolivariano. Figemos um exaustivo percorrido polas principais cidades e povos da Venezuela conhecendo a enorme riqueza natural, cultural e social do país; corroborando o papel fundamental do processo bolivariano na luita latinoamericana contra o neoliberalismo, contra o imperialismo. Venezuela é fundamental neste processo de independência definitiva que livram os povos da regiom. A memória da gesta de Bolívar (que tem raizes galegas) encontra-se viva e palpitante no povo. Há um ambiente libertário tremendo, chegamos justamente nas datas de comemoraçom do bicentenário da sua independência do império espanhol, o mesmo contra o que a nossa naçom galega ainda luita e padece. Por outra parte, reunimos-nos com numerosas organizaçons populares ao longo e largo do território venezuelano constatando que há umha necessidade e exigência do povo ao governo de aprofundar e radicalizar o processo socialista. Percebemos a encrucilhada em que se encontra a revoluçom bolivariana: reforçar o capitalismo de Estado ou apostar por um processo realmente socialista apoiando verdadeiramente o movimento popular e rompendo com a chamada boliburguesia. Reunimos-nos também com Carlos Casanueva, Secretário Geral do MCB, do qual fazemos parte. Afinamos planos, estabelecendo os mecanismos para a realizaçom dos objectivos que traçados em Dezembro, mês em que se realizou o Congresso constituinte do Movimento, antes Coordenadora Continental Bolivariana. Precisamente neste domingo 18 de Abril convocamos como MCB-Capítulo Galiza, junto com outras organizaçons de nossa naçom, umha marcha em solidariedade com o processo cubano vilipendiado entre outros pola direita fascista espanhola que se somou às vozes de calunia contra este heróico povo. ABP. Desde há quanto tempo pertence a Brigada ao MCB? BGMR. Desde Maio de 2008 com o lançamento do Capítulo em Galiza e a realizaçom de umha série de actividades impulsionadas desde América, como por exemplo, a homenagem ao comandante Manuel Marulanda Vélez, entre

numha nova etapa de acumulaçom de forças aparecendo novas organizaçons revolucionárias com programas e práticas independentistas, socialistas e antipatriarcais. No seio do Movimento há um sector muito importante de carácter marxista e leninista que luita pola independência e o socialismo em Galiza e que vê em Espanha um obstáculo para atingir a felicidade e o bem-estar da imensa maioria do povo galego. Há umha história de solidariedade que une a história independentista galega com a americana. A reconstruçom da esquerda galega fijo-se com contributos de quadros na Venezuela e México. Pola sua vez, milhares de galegos e galegas participárom activamente na luita pola emancipaçom e a libertaçom dos povos de acolhida de América e as Caraíbas. Para recordar alguns nomes: Galego Soto, líder da Patagónia rebelde; Santiago Iglesias, destacado sindicalista defensor dos direitos humanos em Porto Rico; Ramom Soares Picalho, fundador do Partido Comunista Argentino; José Rego Lopes, dirigente operário e fundador do Partido Comunista Cubano; José Fernandes Vasques, assessor militar do MIR venezuelano; Elsa Martins activista dos Tupamaros uruguaios; Fernando Oyos dirigente do Exército Guerrillero dos Pobres na Guatemala, entre muitos outros.

ABP. Companheiros, qual é a situaçom de Galiza e a luita do seu povo? BGMR. Galiza é umha naçom sem Estado, submetida polo Estado espanhol que a explora economicamente e a oprime culturalmente, impedindo o exercício do seu direito de autodeteminaçom. Espanha acelera um processo de assimilaçom cultural para que Galiza desapareça, um claro exemplo disto é a conversom do idioma galego por parte do imperialismo espanhol numha língua residual. Dentro do sistema capitalista europeu em crise, Galiza encontra-se empobrecida, ademais, pola opressom espanhola em que pese ao seu enorme potencial ecónomico e humano. Aproximadamente 90% da populaçom galega pertence ao povo trabalhador, sendo os pensionistas e as mulheres os principais afectados pola crise e as reformas da burguesia espanhola. Mais de 400 mil pessoas vivem por baixo do umbral da pobreza. @s galeg@s som significativamente mais pobres que a média do Estado espanhol; tenhem baixos salários e pensons, suportando maiores taxas de precariedade laboral, desemprego e siniestralidade. Recentemente o governo espanhol apresentou umha nova reforma laboral que constitui umha nova volta de porca dentro do empenho do capitalismo espanhol nos últimos 25 anos para desmontar as conquistas d@s trabalhadoras/as. Este processo de desgaste das conquistas sociais evidencia a política proburguesa tanto do PP e o PSOE que som exactamente a mesma cousa. Ao que se soma a política antiterrorista que atenta contra toda oposiçom política. Para que se fagam umha ideia do estado de repressom espanhola, em Galiza nom se pode colar um só cartaz sem permisso, invisibilizando assim as luitas e atentando contra a liberdade de expressom. Galiza tem um Movimento de Libertaçom Nacional que desde inícios deste século se atopa

ABP. Companheiros, vocês manifestárom em reiteradas ocasions umha profunda solidariedade com as luitas do povo colombiano. Para fechar esta charla com o tema sobre os laços solidários e libertários que se entretegem América e Galiza, que teriam que dizer sobre a luita insurgente na Colômbia? BGMR. Na Europa existe muita tergiversaçom com respeito a Colômbia; os meios de informaçom do imperialismo espanhol apostam polo fascista de Uribe. Há numerosas empresas espanholas interessadas em expoliar o povo colombiano, por mencionar algumhas, REPSOL, BBVA, o Grupo Santander, algumhas delas denunciadas por sindicalistas e organismos de defesa dos Direitos Humanos, por financiar o paramilitarismo que assassina cruelmente sindicalistas, camponeses, mulheres, indígenas e outros filhos do povo pobre da Colômbia. Nós tratamos de trazer à tona este tema e estender a solidariedade com as luitas do povo colombiano e particularmente com as FARC-EP que nom som terroristas como o afirmou falazmente o Estado colombiano, e que ao invés som umha força beligerante que encarna um projecto de esquerda verdadeiramente popular, contrário ao Polo que segue as consignas uribistas. As FARC-EP som fundamentais na luita de libertaçom definitiva de América Latina, nós continuaremos empenhados no nosso modesto esforço de neutralizar as campanhas permanentes de criminalizaçom e estigmatizaçom do projecto bolivariano, tanto o da Venezuela, como o que encarna com umha grande experiência revolucionária as Forças Armadas Revolucionárias de Colômbia-Exército do Povo. ABP. Muito obrigado camaradas polo seu tempo. Um forte abraço e toda a nossa solidariedade com a luita independentista galega BGMR. Obrigado a vocês e venceremos!


Reportagem

Brigada Galega Moncho Reboiras regressou a Galiza @s internacionalistas galeg@s da Brigada Galega Moncho Reboiras voltárom à Pátria após umha longa viagem de 32 dias pola Venezuela. A iniciativa promovida polo Capítulo Galiza do MCB visitou boa parte da zona central e ocidental venezuelana tomando o pulso da situaçom do processo bolivariano em curso. O longo mês foi insuficiente para conhecer a zona oriental deste imenso país. Caracas, Maracay, Barquisimeto, Cabimas, Maracaibo, Mérida, Barinas, Guanare, San Carlos, San Juan de los Morros, Valência som alguns dos mais importantes núcleos urbanos visitados, onde fôrom realizadas reunions com as organizaçons políticas e sociais que apoiam a Revoluçom Bolivariana. A Brigada galega nom só tivo um estreito contacto com o movimento popular, também com as diversas camadas da populaçom comprovando in situ a profunda transformaçom social, política, económica, cultural que se está vivendo na Venezuela, e o importante grau de adesom do governo presidido polo comandante Hugo Chávez. Tal como manifestam brigadistas que participárom nesta experiência fôrom assinados diversos protocolos e acordos de colaboraçom com movimentos sociais e políticos, mas também foi dado a conhecer entre os sectores mais avançados do povo trabalhador venezuelano a realidade da luita nacional da Galiza e a política repressiva espanhola contra o direito de autodeterminaçom dos povos. Entrevistas e visitas a comunidades indígenas, bairros emblemáticos como o 23 de Enero de Caracas, organizaçons de trabalhadores e trabalhadoras, culturais, da juventude, forças políticas combinarom-se com a participaçom da Brigada na Comissom do Meio Ambiente do Parlamento Latinoamericano e em diversos eventos de massas como o Dia da Milícia Bolivariana, o Povo em Armas e a Revoluçom de Abril. A Brigada Galega Moncho Reboiras avalia muito positivamente esta experiência pois permite conhecer em profundidade um processo revolucionário com todas as suas contradiçons mas vital para a libertaçom da América Latina e as Caraíbas do imperialismo ianque, mas também agir de embaixadores da luita de libertaçom nacional e social de género que desenvolve a esquerda independentista galega. Tal como já informamos a BGMR editou um caderno para dar a conhecer no país irmao a biografia do revolucionário comunista galego que dá nome à iniciativa.

com a

a Galiza rebelde America Insurgente


Solidariedade com Cuba nas ruas de Compostela

Domingo 18 de Abril as ruas de Compostela fôrom testemunha da fiel solidariedade que manifesta um sector importante da populaçom galega pola Revoluçom latinoamericana mais amarga para o imperialismo: a Cubana. Centos de pessoas figérom o percurso tradicional das mobilizaçons da esquerda patriótica galega, decorrendo ruas cêntricas das zonas nova e velha, até rematar na Praça do Toural. Lá, o “Checho”, como presidente da convocante Associaçom de Amizade Galego-Cubana Francisco Vilhamil, intervéu e cedeu a palavra a mais um e umha ponentes, lendo-se na íntegra o manifesto oficial para a ocasiom diante dumha grande bandeira cubana e dumha dúzia de faixas de distintas entidades. O Movimento Continental Bolivariano no seu Capítulo Galiza despregou na própria Praça da Galiza da capital do País umha faixa comemorativa do 50º aniversário da Revoluçom triunfante em 1959. Umha outra faixa com a fermosa legenda “A Revoluçom cubana floresce como exemplo de esperança revolucionária. Pátria, Socialismo, ou Morte!” participou com bandeiras vermelhas e independentistas. Após mais de 50 anos de Revoluçom cubana, Galiza dá ao País caribenho as maos de dúzias de jovens que se incorporam à rebeliom com Fidel e o Che como guias inesquecíveis, e o Povo cubano como imagem de sacrifício, superaçom e esperanças num mundo melhor.

Primeira Linha saúda 1º Congresso Caamanhista Sábado 24 de Abril decorreu na República Dominicana, coincidindo com o 45 aniversário da Revoluçom de 1965, o 1º Congresso Caamanhista. O acto inaugural tivo lugar no Paraninfo da Faculdade de Ciências Económicas e sociais da UASD e a continuaçom realizárom-se as sessons de trabalho destinadas a definir as características dumha nova organizaçom revolucionária, pola qual levam trabalhando os últimos três anos. Reproduzimos a saudaçom que Primeira Linha fixo chegar aos e às camaradas dominican@s. Car@s camaradas, Saudamos a convocatória do 1º Congresso Caamanhista coincidindo com o 45 aniversário da Revoluçom de Abril. Lamentamos nom poder estar fisicamente neste importante evento para a libertaçom do povo dominicano e a sua luita contra o neoliberalismo e imperialismo, a prol do socialismo. Desde a Galiza rebelde e combativa transmitimos o nosso apoio à causa do movimento caamanhista, a nossa solidariedade internacionalista com a vossa luita que também é a nossa e o desejo de grandes sucessos na construçom do projecto revolucionário que precisa o povo dominicano para avançar nos seus objectivos emancipatórios.


Maré de povo em defesa do nosso idioma nacional A praça do Obradoiro ficou pequena para @s milhares de compatriotas que 17 de Maio saírom à rua contra a política lingüicida do Partido Popular, na que pode ter sido a maior manifestaçom pró-galego da história. Sectores muito diversos, incluindo a oposiçom parlamentar e outras expressons do reformismo, participárom na rua junto os que tradicionalmente vimos mobilizando-nos sempre que há ocasiom por umha Galiza em galego. A esquerda independentista aderiu à convocatória aberta r e a l i z a d a p o l o s c e n t r o s s o c i a i s p a ra q u e o reintegracionismo de base tivesse visibilidade, como tem acontecido nos últimos anos. Umha coluna de activistas culturais e dos movimentos sociais marchárom atrás de umha faixa com a legenda ‘Na Galiza só em Galego’ com um discurso que tentou ir além do puro eleitoralismo que move alguns convocantes, reclamando umha Galiza verdadeiramente em galego, o que só pode acontecer fazendo com que o espanhol perda apoios por parte das instituiçons públicas. Esse é o desafio verdadeiro, e nom a simples derrota eleitoral do PP. É imprescindível evitar que as ilusons reformistas conduzam o nosso povo à decepçom quando, mais umha vez, se comprove que o PSOE, o BNG e IU só querem aplicar as mesmas fórmulas bilingüistas que nas últimas décadas demonstrárom a sua total falência. Tal como recolhe o portal informativo de Primeira Linha “como independentistas e comunistas, aspiramos a aglutinar mais e mais povo em torno dos princípios da oficialidade única para o galego e da unidade lingüística galego-luso-brasileira. Esse é o caminho de futuro para a nossa comunidade lingüística, no contexto de umha verdadeira estratégia de construçom nacional, alicerce do futuro Estado galego”.

FARC-EP recupera espada de combate de Bolívar

Tal como informa a agência ANNCOL, o Secretariado das FARC-EP elaborou um vídeo mostrando que tenhem no seu poder umha das espadas empregadas por Simón Bolívar na sua luita contra o colonialismo espanhol. No vídeo, gravado nalgum lugar das montanhas da Colômbia, o comandante Iván Márquez, aparece ao lado de umha escultura tamanho natural do Libertador e com a sua espada nas maos, flanqueado polas bandeiras da organizaçom insurgente e do Movimento Continental Bolivariano (MCB). Tal como sinala ANNCOL durante “a breve apresentaçom da espada, Márquez assegurou que a morte de Bolívar foi fruto de umha traiçom convidando os povos de América a retomar o ideário e a luita de Simón Bolívar”. Após mostrá-la e descrevê-la, um grupo de guerrilheiras e guerrilheiros toma a espada lançando palavras de ordem: “Alerta, alerta que caminha a espada de Bolívar por América Latina”. ANNCOL destaca que no vídeo também se pode ver além da espada, umha enferrujada urna de metal rodeada de flores, cujo conteúdo nom foi revelado por Márquez. O passado primeiro de Fevereiro as FARC anunciárom num breve comunicado que tinham no seu poder esta espada. Reproduzimos o o texto completo da alocuçom.

Compatriotas: Esta é a espada de batalha, a espada de combate do Libertador Simón Bolívar, a qual o acompanhou nos últimos dias da sua solitária morte, na que todo cheira a traiçom. Aqui está a espada do triunfo da liberdade e a justiça. Com ela luitou e triunfou Simón Bolívar. Foi resgatada das entranhas de umha catacumba colonial, na beira do mar, perto de Santa Marta, onde permaneceu enterrada, escondida por décadas após grossas paredes de adobe, como para que nom fosse encontrada nunca jamais. A sua folha é de aço, afiada ainda, preparada para o combate, e a sua empunhadura umha conjugaçom de bronze e um mogno claro com rebites de cobre. Resistiu incólume o passo do tempo e o salitre para ser causa de glória e triunfo dos povos do continente. Assumimos que foi trespassada das maos de um guerreiro, para outros guerreiros. Em nome do Secretariado das FARC-EP, dos mandos e dos combatentes bolivarianos de Manuel, entregamos hoje esta espada sagrada, como um símbolo de triunfo, de unidade e liberdade, aos povos da Nossa América, ao Movimento Continental Bolivariano, à energia vulcánica da juventude, aos homens e as mulheres do hemisfério, todos em luita pola independência, pola humanidade, contra o império. Vamos a erguer-nos, a levantar-nos todos, que o Grande Herói regressou … a sua espada brilhará na primeira linha de fogo, batalhando, abrindo os caminhos da esperança, da independência definitiva, da vitória do projecto político e social do Libertador, que foi frustrado polo governo de Washington e as oligarquias santanderistas do continente … Volta cavalgar o sonho da unidade dos nossos povos numha Grande Naçom de Repúblicas, escudo do nosso destino. A Pátria Grande e o socialismo convocam-nos a todos e a todas nesta era de Bolívar, no bicentenário do grito de independência. Mais umha vez, entre a pólvora e o fumo, LIBERTADOR, a tua espada está nascendo. Honor ao herói invencível da espada de fogo. Bolívar vive, a luita segue.


Edita: Capítulo Galiza do Movimento Continental Bolivariano Tiragem: 1.000 exemplares Encerramento de ediçom: 20 de Maio de 2010 Blogue: www.ccb-galiza.org Co-e: info@ccb-galiza.org


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