O Pedroso entrevista
Análise
Guilherme Brea
Xosé Cabido Compostela deveria apostar no ensino público frente ao concertado
Ratzinger
Ano XI • nº 42 •Julho-Setembro de 2010
vozeiro comarcal de NÓS-Unidade Popular da comarca de Compostela
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oPedro o
Operário da construçom no desemprego e militante de BRIGA, organizaçom juvenil da esquerda independentista
Nom te esperamos Anda o governo galego trabalhando a todo gás para demonstrar que o dinheiro das galegas e dos galegos que vam gastar na visita do Papa vai ser recuperado. Dizia o conselheiro da Presidência que “o retorno e o benefício serám, evidentemente, maiores do que o investimento”. Presumia, além disto, de ter rebaixado o custo da visita de quatro a três milhons de euros, “em consonáncia com a política de austeridade da Junta”. 6.250€ por minuto, um ordenado que nem Cristiano Ronaldo. Como o investimento deste, o do Papa recuperará-se em camisolas, supomos. Mas o certo é que esses “retornos” para a Galiza nom som tal, mas retornos para os empresários da hotelaria de Compostela. Como o Jacobeu, e em geral toda a política turística do governo, o objectivo é financiar com
dinheiro público o desenvolvimento da indústria turística, bem conhecida pola instabilidade e precariedade dos postos de trabalho que gera. O último em somar-se às declaraçons de apoio foi o presidente municipal “socialista” Bugalho, quem vê “carente de base” o debate sobre se a visita de um líder religioso deve ser financiada com fundos públicos. Bugalho detecta algum “clima de estresse” na cidade e pede aos compostelanos e compostelanas que nom se vaiam de Compostela no sábado da visita do Papa, para que este sinta “calor humano”. Mas o certo é que, ante o encontro, ao mais puro estilo de um botelhom, dos cristaos em Compostela, os vizinhos e vizinhas fogem para nom verem a sua cidade sequestrada. Toda umha metáfora do modelo de cidade imposto pola Continua na página 2
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cámara municipal governada polo PSOE-BNG, cada vez mais turistificada, policial e ao serviço do peregrino. Um parque de diversons onde todas e todos devemos ser hospitaleiras, pois disso depende, cada vez mais, a nossa economia. Um novo argumento acrescentou Feijó para defender esta visita: milhares de pessoas vam poder ver “umha das praças mais bonitas da Europa, e dizer que isso é caro...”. Ainda supondo que as pessoas que virem a retransmissom andem atendendo à arquitectura do Obradoiro, o gasto na retransmissom na TV nom é recuperado. Como se pode consultar no web da televisom galega, o custo de um anúncio de 20 segundos na manhá de um sábado na TVG é 700€ e na tarde 900€. Ponhamos que o preço no dia da visita do Papa é maior: 1.000€. Fariam falta 1.500 anúncios para amortizar o milhom e meio que custa a retransmissom, o qual implica 300 minutos de publicidade em 8 horas que dura a visita, quer dizer 37,5 minutos por hora. Isto, além de ser inviável, é ilegal, pois a lei só autoriza a emissom de 12 minutos de publicidade à hora. E, honestamente, se lhe sobem o preço nom sabemos quem pode ter interesse em se anunciar. Que nom nos enganem, a razom última desta afluência dos meios é que o Papa é o líder de umha seita religiosa na qual militam fervorosamente Feijó e companhia. Mas nom seriam Feijó e companhia os primeiros em protestarem se se financiasse com dinheiro público a viagem a Melilha de um religioso muçulmano, embora a maioria da populaçom professe essa religiom? Se querem trazer o seu chefe, que o pague a Igreja. Ou o PP, em pago
à campanha eleitoral que de forma gratuita e denodada lhes realiza esta instituiçom na imensa maioria dos seus templos no país, cada quatro anos. Ou o empresariado, ou a direita em geral, ou os machistas, os homófobos... pola ansiosa difusom dos valores mais rançosos e retrógrados, temperados com esse discurso de “virar a outra face” servil, que tanto convém ao poder estabelecido. E se querem trazê-lo que o tragam longe, onde nom incomodem. Boa parte de Compostela nom apoia a visita Diversas iniciativas se tenhem posto em andamento para tornar visível o rejeitamento a esta visita. Umha delas, a ediçom de bandeiras vermelhas com a legenda Eu nom te espero, cada vez mais comuns nas ruas da cidade. Contava um rapaz que vive na rua de Sam Pedro e que tinha pendurada umha destas bandeiras na sua varanda, como esta fora arrancada por um grupo de 30 hooligans exaltados chegados a Compostela com motivo do “Encuentro de Jovenes Cristianos”, ao grito de “yo sí te espero”. Quem tentasse passear por Compostela o fim de semana do 7 de Agosto sabe de que falamos. A toma da cidade foi total e parece que esta fosse preparada para servir os 12.000 “pijos” que vinhérom “celebrar a sua fé”. Entre os seus cánticos religiosos, muitos alusivos ao arrependimento pola sua natureza pecadora, nom podia faltar o “yo soy español” que evidencia a estreita relaçom entre Espanha e Igreja. Nom está de mais lembrar o papel decisivo desta instituiçom na promoçom do auto-ódio e desprezo pola língua e a cultura galegas, nomeadamente durante a ditadura franquista. Com efeito, a relaçom entre Igreja
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ao mesmo posto de trabalho e, em geral, recebem menor salário por desenvolverem o mesmo labor que os homens. Os papéis sociais de maternidade, manutençom do lar, cuidado das pessoas, som os que o patriarcado reserva para as mulheres. Quantas enfermeiras conheces por cada enfermeiro, quantos limpadores? E quantas vezes nom temos escuitado isso de “ela ia provocando” ou “se estivesse na casa em vez de por ai...”. Os assassinatos machistas que tenhem lugar cada pouco tempo tenhem muito a ver com estes valores. Ninguém pode quantificar todo o sofrimento gerado pola Igreja, nem toda a repressom. No Jubileu do 2000, o anterior Papa tivo umha revelaçom: pediu perdom por todas as atrocidades cometidas pola Igreja ao longo da sua história, referindo-se especialmente às “guerras de religiom”, aos “tribunais da Inquisiçom” e à “violaçom de direitos humanos”. De outras violaçons também tivérom que pedir perdom ultimamente. Até o 6 de Novembro protestaremos pola vinda do Ratzinger e pola presença da Igreja na vida pública do nosso país e da nossa cidade. Se calhar às vezes resultaremos ofensivas e ofensivos. No final deste milénio nom teremos problemas em fazermos balanço e, se é necessário, pedirmos desculpas a quem se ofender.
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oPedro o
O Pedroso recomenda
e regimes fascistas é também muito frutífera, como bem lembrará o Ratzinger, membro no seu dia das juventudes hitlerianas. E que dizer dos repulsivos valores difundidos pola Igreja: a homofobia, o machismo,... Em Dezembro do passado ano, o Papa dizia que as relaçons entre pessoas do mesmo sexo vam contra a lei natural e contra a dignidade das pessoas. Já em 2005 o vigário geral da diocese de Mondonhedo se destapava numha carta ao ministro da Defesa, onde considerava criminosas as práticas homossexuais. Para a Igreja as mulheres som encarnaçom do mal, do pecado. A Arquidiocese de México declarava em 2008 que para evitar violaçons, as mulheres “nom devem usar roupa provocativa, cuidar olhares e gestos, nom permanecer sozinhas com um homem, ainda que for conhecido, nom admitir brincadeiras ou conversas picantes, nom permitir familiaridades com o sexo masculino e pedir ajuda quando se suspeitar de umha má intençom”. Afinal a culpa é delas, nom é? Mas para além dos ex abruptos que podam dizer ou calar, a Igreja trabalha diariamente para a extensom e reforço desses valores patriarcais. Nom é difícil observar as suas conseqüências: o paro feminino superior ao masculino, as mulheres precisam de mais titulaçom para optar
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e d i t o r i a l
Nom se pode permitir que o PSOE e o BNG multem a Gentalha do Pichel por instalar umha faixa em defesa da nossa língua no recinto concedido pola cámara municipal para organizar a cacharela do solstício de verao enquanto nas semanas prévias bandeiras espanholas ocupavam janelas, varandas e fachadas da cidade com total e absoluta impunidade. A esquerda independentsita é contrária a qualquer regulaçom de um exercício democrático fundamental como a liberdade de expressom. Porém, nom pode ficar ao margem da política repressiva de Rajói, de decisons derivadas e condicionadas exclusivamente por excludentes parámetros ideológicos. Nom podemos permitir que a “liberdade de expressom” seja possível para instalar a bandeira espanhola mas nom se permite exercer à hora de instalar umha faixa em defesa do galego. Sabemos que tanto Bugalho como a representaçom municipal do BNG som acérrimos inimigos do movimento popular. Que estas duas forças institucionais só corrigem as suas decisons como consequência da pressom exercida pola luita. Nós nisto nom vamos ceder. Mais de umha década de perseverante defesa das liberdades democráticas básicas assim o avaliam. A visita do Papa a Compostela é umha nova mostra do que denunciamos, a ausência de idênticos direitos para quem quer aplaudir o inquilino do Vaticano e para quem consideramos que as instituiçons públicas nom podem esbanjar milhons de euros em organizarem um evento religioso recortando os movimentos e os direitos democráticos da vizinhança. Joseph Ratzinger tem o direito a vir à capital da Galiza mas as compostelanas e compostelanos nom temos porque aturar e muito menos pagar com os nossos impostos um show reaccionário carregado de intoleráncia e fanatismo.
moinhos, fontes, lavadoiros...) O Plano Especial da cámara municipal nom tem em conta estes factores: deixa sem proteger zonas importantes das Branhas onde permite edificar (entre a rua das Santas Marinhas e o carreiro de Picanhos), destina 70.000 m2 para a construçom de equipamentos desportivos e universitários, secciona o ecossistema mediante passeios e estradas, e nom tem avaliaçom ambiental estratégica, o qual é ilegal segundo a Resoluçom do 2 de Julho de 2007, da Direçom Geral de Desenvolvimento Sustentável da Junta da Galiza. Além disto, o processo de informaçom pública tem sido vergonhoso: mapas manipulados na apresentaçom diante da imprensa, dificuldades no acesso ao documento,... Em pleno período de alegaçons os vizinhos e vizinhas afectadas ainda nom conhecem como será o processo de expropriaçom. Mas nom só somos nós quem criticamos o plano. O Icomos (organismo internacional dependente da UNESCO) também o fijo, no mesmo documento em que critica o aberrante projecto de construçom de um teleférico à Cidade da Cultura, proposto por Bugalho. Em 2008, a cámara municipal encarregou à
o p i n i o m Universidade Politécnica da Catalunha um relatório sobre a actuaçom prevista nas Branhas, denominado Estratégia Verde. Nele, a equipa de peritos/as indica que deveriam ser eliminados a estrada e os equipamentos projectados sobre as Branhas, assim como recuperar a conexom hidráulica com Belvis e o estacionamento do Multiusos para usos agrícolas. Nem os estudos que encarregam lhes som favoráveis. Que nom nos enganem, a vontade da cámara municipal nom é recuperar um espaço “abandonado”. A razom última para levar a cabo o plano é que decidírom que Compostela tem que crescer em direcçom à Cidade da Cultura, esse monstruosidade que leva cada ano 40% do orçamento da conselharia. Necessitam comunicar Compostela com o mausoléu de Fraga. Portanto, dizer nom ao plano é também dizer nom ao modelo de cidade turistificada e de parque de diversons que promove a cámara municipal. Só há umha cousa que pode parar este plano: a pressom social. Se queres colaborar com a campanha Nom ao Plano Especial das Branhas, passa polo Centro Social o Pichel e informa-te.
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Nom ao plano especial das Branhas Há já uns meses que na Comissom do Meio Natural da Gentalha do Pichel estamos a trabalhar na defesa das Branhas do Sar, sós ou em colaboraçom Comissom de Meio Natural com outros colectida Gentalha do Pichel vos como Verdegaia ou a rede Galiza nom se Vende. Neste tempo temos feito roteiros, textos informativos, exposiçons, murais... para dar a conhecer a importáncia deste espaço natural e criticar o Plano Especial com o que a cámara municipal pretende actuar sobre este ecossistema. Há quatro funçons que definem a importáncia das Branhas: biológica (trata-se de um ecossistema muito específico, com umha flora e umha fauna particulares), hidráulica (realiza um efeito esponja que regula o caudal do rio e evita cheias águas abaixo), produtiva (trata-se de umha zona muito fértil que tradicionalmente tem sido aproveitada para a agricultura e a gadaria), e cultural (derivado destas atividades humanas, a importáncia cultural deste espaço tem sido grande, como testemunham restos patrimoniais como
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çamente a greve geral, que nom apoia a visita do Papa, que está farta de tanta polícia espanhola, que quer trabalho digno e de qualidade, que quer desfrutar das suas ruas e praças.
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Duas som as varas de medir empregadas polas actuais autoridades municipais à hora de aplicarem a sua gestom no concelho. Paradigmática é a atitude mantida à volta do que, em sentido amplo, podemos denominar “liberdade de expressom”. PSOE-BNG estám há anos envolvidos numha intensa cruzada contra o conjunto do movimento popular perseguindo todas aquelas iniciativas que nom estám sob a sua influência ou consideram ligadas a reivindicaçons que nom podem ou nom devem assumir. Milhares de euros de multas e dúzias de arrestos domiciliários som o balanço de umha política inquisitorial que tenta há mais de umha década, infrutuosamente, tornar invisível a esquerda independentista e os movimentos sociais. Embora os custos tenham sido duros para quem simplesmente nom capitulamos nem abraçamos este modelo de cidade excludente, a realidade constata que as sistemáticas campanhas de intoxicaçom e criminalizaçom de toda a reivindicaçom política e social que nom conta com o aval do regime nom lográrom o objectivo perseguido. Se os meios de comunicaçom da burguesia censuram as iniciativas populares, se a cámara municipal impossibilita realizar murais ou colocar faixas, se endurece a normativa na organizaçom de iniciativas populares como as cacha relas ou os magustos, aplicando condiçons ad hoc a NÓS-UP ou a Gentalha do Pichel, como pretendem que os muros da cidade nom deixem de exprimir as reivindicaçons? Nom se podem lançar pedras à lua, como tampouco vam lograr impedir que a esquerda independentista se manifeste nas ruas e divulgue os seus posicionamentos. Há décadas que o fazemos e assim continuaremos até lograrmos os nossos objectivos. Que ninguém se engane! Por muita polícia que trouxerem, por muita video-vigiláncia que instalarem, por muito controlo social que adoptarem, por muito estado de excepçom limitado que aplicarem, o turismo vai continuar a encontrar umha cidade viva que aderiu maci-
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“Num convénio que marca 40 horas semanais nós fazíamos por volta das 50”
O Pedroso entrevista
Guilherme Brea Operário da construçom no desemprego e militante de BRIGA, organizaçom juvenil da esquerda independentista
A selvagem especulaçom urbanística na Galiza e posterior explosom da bolha imobiliária tem repercutido de maneira evidente no teu sector. Qual é para ti a situaçom depois de dous anos de crise? Como bem comentas a Galiza nom ficou fora da bolha imobiliária na qual o Estado espanhol tinha baseado a sua economia. A chegada da crise demonstrou o que parecia já impossível: piorar ainda mais a situaçom dos trabalhadores e trabalhadoras da construçom. No meu caso concreto estes dous últimos anos estivem trabalhando numha empresa em que passamos de um quadro de pessoal de 15 trabalhadores aos 6 que restam na actualidade. Eu fum despedido há aproximadamente um mês, mas este processo de despedimentos faziase de forma progressiva infundindo um medo do qual a empresa tirava também lucros... mais horas extra gratuitas, dificuldades para exercer direitos como feriados, etc. Num convénio que marca 40 horas semanais nós fazíamos por volta das 50.
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“Na minha empresa as inspecçons de trabalho estavam em conhecimento da construtora dias antes” A greve geral do dia 29 de Setem– bro foi umha resposta maciça do povo trabalhador galego à reforma laboral, valorizada polos sindicatos como êxito rotundo na Galiza, por cima do seguimento no Estado espanhol. Como valorizas a greve? O conjunto dos trabalhadores e trabalhadoras, especialmente o proletariado fabril, demos umha dupla liçom. A primeira ao patronato, com umha contundente adesom à greve que atingiu na Galiza por volta de 80% de seguimento, muito por cima do resto do Estado; conseguiu-se parar os principais sectores do País e
“A resposta do 29-S foi mui importante mas claramente insuficiente. Há que convocar já umha nova jornada de greve geral. O sindicalismo galego está na obrigaçom de levar agora a iniciativa”
chefes e donos das empresas tivérom que tomar nota da nossa força. A segunda liçom demos-lha aos sindicatos amarelos e à direcçom acomodada da CIG, quebrando com todas as suas suas previsons numha greve na qual eles mesmos nom acreditavam, e na qual se constatou umha combatividade na rua que deixou atrás as inércias acomodadas em que estám instaurados os sindicatos sem iniciativa própria. Porém é necessário mantermos e alargarmos a luita. A resposta do 29-S foi mui importante mas claramente insuficiente. Há que convocar já umha nova jornada de greve geral. O sindicalismo galego está na obrigaçom de levar agora a iniciativa. E no teu sector? O sector da construçom respondeu bastante bem à greve, no meu caso já estava fora da empresa mas sei que nom se parou. Nas empresas pequenas o trabalho sindical é muito mais complicado e os sindicatos tampouco fam esforços por entrar nelas e quando o fam, som sindicatos vendidos ao patronato. Na minha empresa o único filiado, pertencente a CCOO era o encarregado e sobrinho da chefe, polo que podedes imaginar o intenso trabalho sindical do indivíduo. Além disso, como já comentei existia umha ameaça constante de despedimento, o medo tirava fora qualquer convicçom de ir à greve. Construçom e acidentes laborais som palavras que aparecem excessivas vezes ligadas nos meios… O pior é o tratamento que lhes é dado como se falássemos de desgraças... mas estes acidentes com feridos ou mortos som fruto do nulo investimento na segurança, das jornadas laborais infinitas e da nula formaçom das trabalhadoras e trabalhadores... falemos entom de terrorismo patronal.
Quais som as condiçons no teu posto de trabalho? A dia de hoje ainda está estendida a crença de que se pôs um arnês és “pouco homem” ou “perdes tempo”. Na minha empresa as inspecçons de
“Nos anos que tenho estado na construçom nunca tivem umha companheira de trabalho, mas sim conheço casos de mulheres que solicitaram trabalho à minha última empresa” trabalho estavam em conhecimento da construtora dias antes. Nós sabiamos que se achegava umha inspecçom quando nos punham a tapar buracos e “arrumar” a obra, e dias depois lá estava o inspector. A empresa nom proporcionava as equipas de segurança pessoal polo que umhas botas e umha funda usada era o mais a que se podia aspirar. O número de mulheres empregadas na construçom evidencia um claro machismo do sector… Nos anos que tenho estado na construçom nunca tivem umha companheira de trabalho, mas sim conheço casos de mulheres que solicitaram trabalho à minha última empresa. Chefes, gerentes e os próprios trabalhadores brincavam com o tema... que se nom teria suficiente força, que se influiria negativamente na produtividade do resto...e burradas do género. Os sindicatos tenhem muito que furar e a formaçom é fundamental para afrontar o problema mas também umha política de discriminaçom positiva que obrigue ao patronato a contratar mulheres.
As competências mais importantes do ponto de vista orçamental som aquelas que atingem a manutençom -conservaçom e reparaçom dos edifícios e equipamentos escolaresdas escolas públicas da Educaçom Infantil (EI) e Educaçom Primária (EP), a segurança das crianças, vigiláncia, saneamento...-, pessoal de serviços… Neste sentido podemos afirmar que os centros da área de Compostela, a diferença de outros concelhos com menos recursos e/ou menos vontade política de investir em educaçom, apresentam um es-
tado “ajeitado” –sem mais-. Bem é certo que podemos fazer afirmaçons deste tipo tomando como referência a situación média do resto do País, bastante precária, e nom o que do STEG consideramos objectivos a alcançar. No entanto, apesar deste aprovado raspado, como em todas as vilas galegas, “o rural” começa a escassos quilómetros do centro da cidade, e com ele, os agravos comparativos entre centros... Outra das funçons em que os concelhos tenhem competência é na escolarizaçom obrigatória de nenos e nenas. Neste aspecto, que afecta um dos maiores problemas que tem o ensino na Galiza, o concelho suspende sem dúvida ao nom fazer umha aposta decidida no ensino público frente ao concertado. Entre as campanhas informativas sobre pré-inscriçom e matrícula nos centros escolares dos níveis educativos nom universitários salienta pola sua ausência a referência a este esbanjamento económico que é especialmente visível nas cidades galegas. Para o STEG resulta inadmissível que em centros urbanos de Compostela existam centros públicos dotados de recursos materiais e de professorado, ambos de excelente qualidade, que contem com escassa inscriçom; no entanto os centros concertados enchem até rebordar as suas aulas, incrementando duplamente a despesa pública. Sir-
vam de exemplo o CEIP de Vite e o CEIP Apóstolo Santiago, em que os preconceitos sociais respeito de parte do alunado matriculado fam com que a inscriçom total seja escassa. Do concelho pouco ou nada fam por salientar a qualidade -demonstráveldo ensino nestes centros e noutros de características sociais semelhantes. Para além de casos extremos como estes, o processo constante de abandono por parte de determinados sectores sociais do ensino público é unha realidade que só augura umha maior fenda social no futuro da já existente hoje em dia. Claramente, caminhamos na direcçom contrária a que deveria ir umha sociedade que se diz democrática. Ainda que a causa desta realidade é multifactorial, sem perdermos o referente da responsabilidade final estatal e nacional, da administraçom local é fundamental fazer umha aposta em serviços amplamente demandados como cantinas ou actividades extra-escolares, assim como perder o medo a implicar-se en campanhas de valorizaçom e matriculaçom no ensino público... Esta falta de implicaçom fai-se notar mesmo no web da cámara municipal, onde encontramos umha descriçom dos centros de ensino sem nengum tipo de valorizaçom ou análise sobre o seu carácter público ou concertado. Ainda que podamos compreender, nunca justificar, a dificuldade de apostar numha política contrária a
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amplos sectores sociais que querem ver no ensino concertado algumha garantia para a cada vez mais difícil “promoçom social” das suas filhas e filhos, do STEG consideramos que fazer política educativa supom nom renunciar nunca a um dos fundamentos de qualquer sistema democrático: umha educaçom igual para toda a cidadania. Convidamos, desta maneira, a cámara municipal de Compostela a reflectir sobre os dados do inquérito realizado polo STEG sobre a escolha da língua em Infantil por parte de nais e pais: foi a única área urbana de Galiza onde a maioria optou polo galego como língua de escolarizaçom, ao declará-la “língua materna” das suas filhas e filhos. Para além de umha análise específica da situaçom linguística em Compostela, é um indicador de que a sociedade compostelana está bem sensibilizada contra campanhas de difamaçom assentes em velhos preconceitos. Se a isso somarmos a importante incidência do sector público na economia do concelho, com taxas altíssimas na funçom público, todo fai prever que, de assumir o repto político de promover o ensino público, a resposta social seria razoavelmente positiva. O que está em jogo é tam importante que bem vale a pena arriscar.
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Ao falarmos do ensino en Compostela é obrigado enquadrá-lo nas características gerais do ensino no País, salientando também aqueles aspectos que som específicos deste concelho. Cumpre sabermos, aliás, que responsabilidades correspondem a cada administraçom -local e nacional- na gestom de todos aqueles aspectos que incidem na qualidade educativa. Como é bem sabido, as competências em educaçom estám transferidas do Estado à Galiza, apesar de que parcialmente, polo que é a Conselharia da Educaçom a responsável última da qualidade educativa em toda a Galiza. Porém, a responsabilidade dos concelhos respeito da eduaçom nom é pouca, sendo quem, com umha boa actuaçom dentro das suas competências, de melhorar a capacitaçom do nosso alunado.
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Xosé Cabido é responsável de Acçom Sindical do STEG
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Decorreu concentraçom contra o negócio do Jacobeu
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No quadro da campanha contra o Jacobeu NÓS-UP realizou concentraçom na manhá do 24 de Julho, na cêntrica Praça da Galiza, para exprimir a posiçom contrária da esquerda independentista a este negócio nacional-católico. Detrás de umha faixa de grandes di-
mensons e com numerosas bandeiras da Pátria as pessoas concentradas coreárom palavras de ordem contra o financiamento com dinheiro público da Igreja Católica, a ocupaçom policial de Compostela ou contra a precariedade laboral que provoca o Jacobeu.
Militantes da nossa organizaçom repartírom centos de folhetos explicativos da campanha desenvolvida nos últimos meses. O acto fechou-se com a intervençom de um membro da Direcçom Comarcal de NÓS-UP.
Vinte anos depois, um acto político de NÓS-Unidade Popular no centro de Ferrol lembrou a luita de Lola e José Dez anos depois de instituída como data de referência no calendário das luitas populares galegas, o Dia da Galiza combatente foi dedicado nesta ocasiom a Lola Castro e José Vilar, militantes do EGPGC mortos
poesia e os discursos políticos num único anelo: dar novos fôlegos à mesma causa pola qual dérom todo tantos galegos e galegas ao longo da nossa história. O hino do antigo Reino da Galiza abriu o acto, en-
representa. O companheiro Alberte Moço sublinhou que NÓS-UP assumiu a mudança de ciclo no seio do soberanismo galego de esquerda, que obriga a avançar na socializaçom da men-
Conjo contra a imposiçom da “khaima” O Concelho de Compostela tenta instalar umha estrutura de 400 metros quadrados de formigom, com tecto interior de madeira e exterior de plástico de cores, no bairro de Conjo. A obra custa 258.000€ e está financiada polo Plano E de Zapatero. A iniciativa que já foi rejeitada pola vizinhança de Galeras conta também com a oposiçom do bairro. A representante do concelho, Elvira Cienfuegos, um técnico municipal e Luís Matos, presidente da Associaçom Vicinal Doutor Maceira, fôrom incapazes de convencer os centos de vizinhos e vizinhas que enchêrom a assembleia convocada no 1 de Outubro, das bondades de umha obra inecessária e custosa. Ainda assim teimam em continuar com o projecto. A vizinhança considera que este elemento arquitectónico tam só servirá para atrair o botelhom e será usado como ponto de venda de drogas num bairro em plena expansom que tem enormes défices e necessidades sem cobrir polo governo municipal PSOE-BNG. NÓS-UP apoia a vizinhança de Conjo na sua justa oposiçom a este nova imposiçom de Rajói.
Luz Fandinho
Carlos g. seoane
Alberte moço
numha noite de 1990 durante o desenvolvimento de umha série de ataques a interesses do narcotráfico no nosso país. Ligando o exemplo Lola e José com o de tantos e tantas compatriotas que durante o último século dérom a vida pola Galiza, NÓS-UP quijo também vincular aqueles anos de intensos ataques ao mundo do trabalho galego por parte do patronato e os governos espanhóis com a actual crise do sistema capitalista, que abre novas perspectivas para a luita das massas exploradas galegas contra Espanha e o capital. O acto político, apresentado pola companheira Noa Rios Bergantinhos, começou passadas as 13 horas, numha ensolarada rua da Terra de Ferrol, no ponto onde cada 12 de Agosto as nossas companheiras e companheiros da Assembleia comarcal de Trasancos homenageiam um outro patriota galego caído na luita: Moncho Reboiras. A música das gaitas fundiu-se com a
quanto as coloridas bandeiras da Pátria, vermelhas e feministas ondeavam empurradas polo vento mareiro ferrolano. Augusto Fontám, Belém Grandal, Ramiro Vidal, Igor Lugris e Luz Fandinho lêrom poemas escritos para a ocasiom e dedicados à patriota e ao patriota homenageados. A seguir, o jovem Carlos Garcia Seoane falou em representaçom da organizaçom juvenil da esquerda independentista, BRIGA, fazendo um apelo à consciência e aos sentimentos da juventude trabalhadora para a luita radical pola independência nacional e o socialismo. A intervençom final correspondeu ao companheiro Alberte Moço, porta-voz nacional de NÓS-Unidade Popular, que fijo um apelo à reflexom das e dos presentes sobre a importáncia do momento histórico que vivemos, numha crise sistémica de grandes dimensons que abre grandes possibilidades para a proposta revolucionária que a nossa organizaçom
sagem central do nosso movimento, somando contingentes de trabalhadores e trabalhadoras ao serviço da Revoluçom Galega. As palavras do nosso porta-voz nacional fôrom interrompidas por aplausos das pessoas presentes quando reclamou que a corrente política que representamos dê passos à frente enquanto tal, numha etapa histórica que vai exigir o melhor de cada um e cada umha de nós. No fim do discurso, as gaitas, os punhos e as vozes fundírom-se no canto colectivo do hino da Internacional e, finalmente, do hino nacional da Galiza. Posteriormente ao acto político, o Centro Social da Fundaçom Artábria acolheu um jantar de confraternizaçom de militantes e simpatizantes da esquerda independentista e das diferentes entidades que a integram, num ambiente de grande camaradagem e optimismo nos tempos de luita que aí venhem.
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Cemitério de Imo acolheu homenagem nacional a Moncho Reboiras no 35 aniversário da sua queda em combate NÓS-UP aderiu à convocatória realizada pola Comissom 35 Aniversário, que organizou no Sábado 7 de Agosto um acto no cemitério de Imo, onde se encontram os restos do militante comunista morto por disparos da polícia espanhola em 1975. Várias centenas de pessoas, incluindo velhos e velhas militantes junto a jovens luitadoras e luitadores de hoje, participárom no evento, que
congregou diferentes sectores políticos do nacionalismo galego. Bandeiras comunistas e da Pátria galega dérom cor a um acto que deu protagonismo a poetas e intervençons musicais.
Confrontos com a polícia Imediatamente, dúzias de manifestantes figérom frente à repressom policial. A rua da Senra foi o inicial cenário dos confrontos que posteriormente se estendêrom por diversas zonas da Cidade Velha de Compostela. Na praça da Galiza foi inutilizado um autocarro de transporte urbano enquanto a polícia disparava balas de borracha contra os manifestantes. Dúzias de contentores de vidro e papel fôrom atravessados e incendiados nas ruas alterando o tránsito e a normalidade pseudo-democrática que o governo espanhol quijo impor à porrada. Um carro da TVG foi capotado e atacadas diversas entidades bancárias em diversos pontos da cidade. Várias carrinhas da polícia espanhola com dúzias de efectivos entrárom no Parque de Belvis em atitude ameaçadora e provocadora, arrancando faixas da organizaçom juvenil revolucionária e destruindo propaganda enquanto o helicóptero
Solidariedade com a Gentalha do Pichel A Gentalha do Pichel foi sancionada pola cámara municipal com umha multa de 1.500€ por colocar umha faixa na cacharela de Sam Joám que dizia “Na Galiza só em galego”. Tal como manifesta a associaçom cultural, estava tramitada a petiçom para poder afixar cartazes e faixas mas, como é habitual, nom respondêrom. NÓS-UP denuncia a política municipal do PSOEBNG de perseguiçom do movimento popular sob a justificaçom de que pendurar umha faixa na parede constitui um delito de “ocupaçom indevida da via pública”. A Gentalha do Pichel emitiu um comunicado em que lembra que “Os centos de bandeiras espanholas penduradas em janelas e varandas durante o mundial, os festejos de milhares de energúmenos polas ruas da cidade até altas horas da madrugada e as praças cheias de fanáticos impedindo o tránsito... nom merecem a mesma sançom?” parece que isso nom é “ocupaçom indevida da via pública”. A multa foi recorrida.
Magusto laico NÓS-UP realizou na sexta-feira 22 de Outubro um magusto laico sob a legenda “Castanhaço ao Papa”. A iniciativa foi apoiada por centos de pessoas e tivo lugar na Porta do Caminho.
policial que havia horas que filmava a cidade, inícia um varrido pola Cidade Velha na procura e identificaçom da militáncia que continua a fazer barricadas para denunciar a
Manifestaçom e jantar Pouco depois das 13.30 do dia 25, saía da Alameda a manifestaçom soberanista convocada por Causa Galiza. Entre umha maré de ban-
represom policial e a ausência de liberdade de expressom para o movimento de libertaçom nacional. Após a retirada da polícia de Belvis dá início com normalidade o concerto de BRIGA com assistência de centenares de jovens que acompanham até altas horas de madrugada a iniciativa.
deiras da Pátria, comunistas e feministas perto de um milhar de pessoas percorreu diversas ruas do Ensanche compostelano para finalizar na praça do Toural, onde tivérom lugar diversas intervençons musicais e políticas. Posteriormente, tivo lugar em Belvis um jantar popular acompanhado por diversas iniciativas políticas, culturais e lúdicas.
NÓS-UP Compostela organizou X ediçom da cacharela popular Como vem sendo já umha tradiçom a esquerda independentista e socialista da capital galega organizou X ediçom da cacharela popular para festejar a entrada do solstício de verao. A
iniciativa tivo lugar na praça do Matadoiro, na Cidade Velha de Compostela na Quarta-feira 23 de Junho.
José Miguel Cuba em liberdade!
Pouco depois das 18.30 horas, saía em liberdade da esquadra policial de Compostela José Miguel Cuba. Tal como já informamos, o membro da Direcçom Nacional de AGIR tinha sido requerido pola polícia espanhola a acudir ao quartel das forças de ocupaçom para declarar sobre os sucessos da greve geral de 29 de Setembro. Às 16 horas, entrou nas instalaçons e após negar-se a declarar foi detido acusado de nom colaborar com a “investigaçom”. Os sucesso está vinculado com a sua identificaçom a 29 de Setembro, quando participava no piquete da CIG que percorria o Ensanche compostelano. Um automóvel tentou atropelar as pessoas que perante a carga policial contra o piquete na praça de Vigo
cortavam o trânsito entre as ruas Santiago de Chile e República Argentina. @s manifestantes impedírom que se consumasse a agressom e a polícia identificou três companheiros por estes factos. A detençom hoje de Miguel foi completamente arbitrária e ilegal e deve enquadrar-se na atmosfera de intoxicaçom e criminalizaçom que os meios de comunicaçom burgueses levam semanas realizando contra a esquerda independentista galega.
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Manifestaçom de BRIGA Por volta de 150 pessoas, basicamente jovens, concentravam-se com bandeiras da Pátria, lilás e vermelhas às 22 horas numha Porta Faxeira cheia de turistas e dúzias de efectivos das forças de choque da polícia espanhola. Após a identificaçom de parte da militáncia assistente dava início a mobilizaçom enquadrada na VI Jornada de Rebeliom Juvenil. “Escoltada” de forma ameaçadora polas forças de ocupaçom e entre gritos contra o capitalismo e a opressom nacional, a manifestaçom percorreu a rua da
Senra e praça da Galiza para voltar ao ponto de início. Após umha infrutuosa negociaçom com os mandos das forças policiais para poderem entrar na Cidade Velha, a mobilizaçom foi duramente dissolvida com o resultado de dúzias de pessoas feridas.
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As jornadas patrióticas de 24 e 25 de Julho deste ano estivérom enquadradas numha conjuntura de abafadora presença policial. O Estado espanhol pretende ano após ano dificultar a liberdade de expressom da esquerda independentista galega mediante a ocupaçom policial de Compostela com centenas de fardados que procuram dissuadir a participaçom popular nas diversas mobilizaçons e iniciativas. As dezenas de milhares de turistas espanhóis que inundárom a capital da Galiza para participarem na celebraçom do Jacobeu constatárom que perante a repressom policial a esquerda independentista galega nom se enruga e responde com contundência.
Municipal >>
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Repressom policial incapaz de tornar invisível luita de libertaçom nacional
Concentraçom solidária Várias dúzias de pesoas secundárom a concentraçom que AGIR convocou às 20.30 de 21 de Outubro na praça do Pam para solicitar a liberdade de Miguel e denunciar a repressom policial.
O 29-S demonstrou que há condiçons para luitar contra a crise e o capitalismo:
por umha nova Greve Geral Nacional Galega
NÓS-Unidade Popular quer apresentar ao povo trabalhador galego as seguintes conclusons, resultantes da análise de urgência da nossa organizaçom depois da greve geral do passado 29 de Setembro: 1. As cúpulas dos grandes sindicatos havia três anos que rejeitavam assumir a convocatória de umha greve que, trabalhada e lançada com tempo, teria servido para evitar a aprovaçom da recente e anti-operária reforma laboral. Diziam que nom havia condiçons e atrasárom-na ao extremo de ficarem desprestigiadas perante cada vez mais sectores da classe operária e do povo trabalhador, que vem as castas sindicais como parte do sistema e nom como defensoras dos interesses dos seus direitos laborais. A degeneraçom das burocracias chegou ao extremo de possibilitar que, nas últimas semanas, nom só se tenha confirmado a intençom do governo espanhol de precarizar o sistema de pensons e atrasar a idade de jubilaçom. Agora nas tertúlias políticas dos meios desinformativos também se fala de reduzir o papel dos próprios sindicatos à mínima expressom na democracia burguesa Made in Spain, eliminando por exemplo as negociaçons colectivas e o financiamento público dos funcionários e funcionárias sindicais. 2. Talvez essa circunstáncia tenha levado as direcçons sindicais a apostar a sério na greve do dia 29 de Setembro, vista a possibilidade de ficarem sem o protagonismo que até agora lhes atribuiu o sistema, a partir da sua incorporaçom aos Pactos da Moncloa, como elemento amortecedor da luita de classes. É claro que os milhares de operários e operárias galegas que se mobilizárom na greve geral do 29-S nom figérom esses cálculos, e sim os da necessidade de mostrar os dentes aos patrons e aos governos, que pretendem depauperar ainda mais as condiçons de vida da classe trabalhadora. Esse foi o motivo do grande êxito da convocatória, que provavelmente nem as burocracias sindicais esperavam na dimensom que se produziu. 3. Por outra parte, na Galiza confirmamos no dia 29 umha circunstáncia habitual, em relaçom a outros ámbitos de luita social no Estado espanhol: a adesom à greve foi muito superior à média espanhola no nosso país e a combatividade das acçons desenvolvidas polas bases operárias também. A Galiza demonstrou novamente que continuamos a ser umha realidade específica e nom homologável, um facto nacional diferenciado, também no modo como se desenvolve e manifesta a organizaçom operária e a luita de classes.
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oPedro o vozeiro comarcal de NÓS-Unidade Popular da comarca de Compostela
4. Tanto pola adesom, como pola participaçom nos piquetes, a combatividade e as dimensons das manifestaçons do dia 29, a classe operária galega lançou umha mensagem clara nom só ao patronato e aos meios de manipulaçom de massas: também as burocracias e direcçons sindicais timoratas e conformistas deveriam assimilar a necessidade de estender as acçons de luita de massas e marcar já o objectivo de convocar umha nova greve geral no curto prazo. Existem condiçons para umha nova greve e deve ser convocada já, pois seria suicida deixar arrefecer o estado de consciência actual e voltar a sumir a classe operária no desánimo de ver como os sindicatos especulam com a luita popular e acabam por assumir umha política tam regressiva como a que estám a aplicar o PSOE em Madrid e o PP em Compostela. 5. NÓS-Unidade Popular quer concluir esta análise de urgência transmitindo os parabéns ao conjunto de trabalhadores e trabalhadoras que protagonizárom o êxito do 29-S. Também queremos apelar a começarmos a organizar umha nova, imediata e mais poderosa greve geral nacional galega, que permita tombar as medidas neoliberais do governo e aumentar o nível de auto-organizaçom e consciência de classe, no caminho de derrotarmos o capitalismo espanhol e construirmos umha Galiza independente, socialista e sem patriarcado. Porque, contra a crise e o capitalismo, a luita é o único caminho. Galiza, 3 de Outubro de 2010 Direcçom Nacional de NÓS-Unidade Popular
Compostela A greve na capital da Galiza tivo umha incidência praticamente total no sector industrial, universidade, transporte, recolha do lixo, praça de abastos e comércio. Só El Corte Inglés e Alcampo abrírom as suas portas com reduzida presença de clientes. Porém na administraçom autonómica a adesom foi baixa. Desde primeira hora da noite, piquetes da UGT e CUT paralisárom parte da hotelaria. A imensa maioria das empresas da zona industrial do Tambre e Televés optárom por secundar a greve polo que a acçom dos piquetes foi reduzida. Antes das 3 da manhá umha parte das entrada de Compostela, assim como a estrada que comunica com o aeroporto de Lavacolha, estivérom fechadas por barricadas. Diversas entidades bancárias fôrom atacadas, contentores queimados e dúzias de fechaduras de estabelecimentos sabotados para evitar a sua abertura.
Pouco despois das 7h30 houvo um corte de tránsito na Galuresa que dificultou polo sul a entrada à cidade. O transporte urbano secundou a paralisaçom com uns serviços mínimos meramente testemunhais. Na primeira hora da manhá um piquete de centenas de trabalhadoras e trabalhadores promovido pola CIG percorreu a Cidade Velha e o Ensanche fechando os poucos estabelecimentos e comércios abertos. Produziu-se umha carga contra o piquete na rua Santiago de Chile, ao lado da praça de Vigo. Posteriormente as forças policiais tentárom deter dous militantes da esquerda independentista. Previamente tinham sido detidos três activistas na estaçom do trem. À manifestaçom da CIG, secundada pola CNT e a CUT, assistírom perto de 5.000 trabalhadores, fazendo pequena a praça das Pratarias. A de CCOO e UGT ficou pola metade de assistência.
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