TGI II -Bryan Silvestre - Centro de Atendimento de Infecções Crônicas | São Carlos - SP

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REESTABELECENDO VÍNCULO CENTRO DE ATENDIMENTO DE INFECÇÕES CRÔNICAS - VILA CELINA | SÃO CARLOS - SP

BRYAN W. SILVESTRE



Centro Universitário Central Paulista | UNICEP Trabalho de Graduação Interdiciplinar II | TGI II

CENTRO DE ATENDIMENTO DE INFECÇÕES CRÔNICAS VILA CELINA | SÃO CARLOS - SP

Bryan Wesley Silvestre Orientador : Renato Aurélio Locilento

Ano : 2018



AGRADECIMENTOS Aos Docentes da UNICEP, por toda entrega e dedicação ao ensino, em especial ao meu orientador, Renato Locilento, que sabiamente me conduziu à expressar o meu melhor e se tornou um grande amigo; À minha esposa Amanda Reis, por toda compreensão, carinho e companheirismo durante o curso, além de ser profissional da saúde e contribuir com materiais e discussões sobre o tema; Aos meus familiares, principalmente pela ausência durante todo o curso, mas que sempre me dão apoio em minhas escolhas, em especial ao meus sogros Amado Reis e Nilsa Reis que me induziram à cursar Arquitetura e Urbanismo e me deram grande parte do apoio, também aos meus primos e Cristiany Borges e Marcelo Borges que me deram apoio e muito suporte,aos meus tios porém pais de criação Leny Silvestre e Sergio de Carvalho por todo amor e carinho durante toda essa jornada, à minha mãe Rosiany Silvestre, por ser sempre minha fonte de inspiração; Aos meus amigos da vida e da faculdade que me acompanhão e insentivão sempre que é preciso, em especial ao Éder Cortez .



APRESENTAÇÃO O tema abordado consiste na criação de um novo projeto para atender as demandas do Centro de Atendimento de Infecções Crônicas (CAIC), equipamento este que se mantém em funcionamento em uma antiga residência na cidade de São Carlos - SP. O programa atua na atenção secundária de saúde e atende pessoas de todas as idades acometidas ao HIV / aids, tuberculose, sífilis, hanseníase e hepatites virais. Porém as precariedade do equipamento, as dificuldades encontradas na acessibilidade, a falta de funções devido a falta de espaço e principalmente a localização do equipamento no centro da cidade fator este que causa desconforto pela ausência de privacidade, são condições que implicam no VÍNCULO com paciente que é uma das chaves para a adesão aos tratamentos. A intenção do projeto é reestabelecer esses vínculos através da arquitetura para que assim a àrea de saúde possa dar continuidade nesse trabalho tão importante para a sociedade, e assim instaurar o tratamento aos indivíduos como um todo e não só o tratamento de uma doença. Desta forma o novo equipamento trará muita ventilação e iluminação natural, contato com a natureza passando uma melhor sensação de bem estar, além de ser essencial por ser destinado à um programa voltado para infecções crônicas.


SENTIR

Os recortes que serão apresentados nas páginas de chamada dos capítulos foram retiradas da dissertação de mestrado denominada “ADOECER POR TB/HIV: OS EFEITOS DE SENTIDO A PARTIR DA PERSPECTIVA DISCURSIVA DE INDIVÍDUOS COINFECTADOS EM UM MUNICÍPIO DO INTERIOR DE SÃO PAULO. O intuíto da pesquisa foi de analisar o processo de adoecimento de pacientes coinfectados com tuberculose e HIV, assim como todo o tratamento e o serviço ofertado a esses indivíduos. Dessa forma, foram realizadas entrevistas com sujeitos infectados por tais doenças que estivessem em tratamento no Centro de Atendimento de Infecções Crônicas de São Carlos a pelo menos um mês.


SUMÁRIO

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INTRODUÇÃO

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PROPOSTA URBANA

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JUSTIFICATIVA

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PROJETO

REFERÊNCIAS PROJETUAIS

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ANEXOS

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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UNIVERSO PROJETUAL


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Recorte nº 4 : Tem sido bom, ao mesmo tempo ruim, né. Porque, maior preconceito... Separa não sei o que, separa não sei o que... Ah to meio afastado de todo mundo... Porque muito tem preconceito. (sujeito 5, 35 anos, desempregado, solteiro, 2 anos de estudo).


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INTRODUÇÃO


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INTRODUÇÃO O Centro de Atendimento de Infecções Crônicas (CAIC), caracteziza - se como uma unidade especializada como também é definido pelo Ministério da Saúde equipamento de atenção secundária! No ambulatório de infectologia, no qual é realizado o atendimento de indivíduos acometidos pelas seguintes doenças: HIV/Aids, hepatites virais, sífilis tuberculose e hanseníase. O programa surgiu na cidade devido à alta demanda e o aumento da incidência de novos casos na cidade e região. Essa necessidade foi avaliada através de pesquisas realizadas na Universidade Federal de São Carlos, assim como pela prefeitura municipal juntamente ao Ministério da Saúde. A propósito, os casos de Tuberculose e HIV são cadastrados no Sistema de Notificação de Agravos (SINAN), enquanto que os casos de tuberculose particularmente também são registrados e consultados no sistema TBWEB no qual funciona em tempo real. Entretanto, essa base de dados é utilizada especificamente apenas no estado de São Paulo, com o objetivo de registrar apenas uma vez cada paciente e todo seu histórico de tratamento (São Paulo, 2008).

Segundo Reis, (2016 p. 32) o ambulatório sob os cuidados aos doentes de tuberculose tem funcionamento em sistema de referência e contra referência e com isso consegue desenvolver atividades de investigação de sintomáticos respiratórios, consulta médica, pós - consulta de enfermagem, solicitação de exames para diagnóstico e controle da doença, educação em saúde, rastreio e controle dos pacientes, encaminhamento de medicação supervisionada às unidades da atenção primária de saúde, auxílio sob a perspectiva do TB ao doente, ppd e baciloscopia. Essa entidade se encarrega de atender as cidades de Dourado, Ibaté e Ribeirão Bonito. Já com os pacientes vivendo com HIV, o cuidado é realizado por demanda espontânea assim como através do sistema de referência e contra referência. Realizando atividades como notificação de casos novos, consultas, solicitação de medicamentos e exames, pós consulta de enfermagem, orientações quanto as doenças e medicações, administração de vacinas e medicamentos injetáveis e a efetuação de teste rápido para HIV. Esse programa atende as cidades de àgua Vermelha, Descalvado, Dourado, Ibaté, Porto Ferreira, Santa Eudóxia e São Carlos.


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O equipamento atende pessoas de todas as idades, em tratamento das coinfecções, indivíduos em busca de informações, oferta testes rápidos e também realiza buscas ativas feitas na cidade e região. O CAIC atende de segunda à sexta das 7:00 as 17:00 hrs, e será possivel trabalhar com palestras, campanhas orientativas e testes rápidos aos sábados. Do mesmo modo que grande parte dos pacientes são direcionados ao programa através das unidades básicas de saúde da cidade e região, igualmente outra metade chega ao CAIC, por meio de campanhas, palestras e site ou muitas vezes as pessoas ficam sabendo do serviço no boca à boca. A unidade concederá medicamentos aos pacientes em tratamento das doenças citadas anteriormente, sendo estes medicamentos hoje distribuidos pela UDM - Unidade dispensadora de Medicamentos localizada no CEME Centro de Especialidades de São Carlos, no qual será integrada ao novo programa proposto no projeto. Lembrando que a demanda do equipamento já é atendida em São Carlos, porém com muitas dificuldades devido à sua instalação em uma casa antiga no centro da cidade isto implica em diversos problemas de funcionalidade do

equipamento como: adesão aos tratamentos ainda mais difícieis, impossibilitando a acessibilidade dos portadores de necessidades especiais dentro da instituição como também a outras localidades (farmácia, por exemplo); a farmácia e a sala de acupuntura não estão instalados no local por falta de espaço, devido a condição precária do prédio. Além disso, a instalação atual do equipamento em uma antiga residência conta com apenas 3 espaços utilizados como consultório, com baixo índice de ventilação e iluminação sendo que no programa 10 médicos atendem precariamente por falta de espaço e o ideal seria ter 5 consultórios para atender em 2 turnos. Entre tantas divergências o sigilo dos pacientes encontra-se em constante comprometimento e a preocupação dos profissionais com essa questão, segundo as pesquisas levantadas durante a elaboração do trabalho, apresenta-se com o um fator preocupante devido a localização do espaço. Dessa forma, justifica-se a escolha pertinente do local. O local escolhido para a implantação do projeto é uma área institucional situada junto a um entroncamento rodoviário de acesso à cidade, com declividade de cerca de 6% na direção noroeste, com acesso principal através da Rua


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Porto Alegre, Vila Celina em São Carlos. A área de intervenção foi cuidadosamente escolhida para que o projeto complementasse o entorno e vice - versa, atendendo requisitos levantados no estudo como: acessos à transporte público; ser um local que não expõe os pacientes como acontece no centro da cidade; estar próximo a Universidade Federal de São Carlos oque facilita na circulação dos funcionários, residentes e estagiários que frequentam o CAIC todo tempo, seja pesquisando, coletando informações, inserindo dados no sistema ou atendendo pacientes. Outro fator na escolha do local foi a proximidade com o Hospital Universitário que complementa o programa possibilitando atender casos mais graves; além de estar situado próximo a entrada principal de São Carlos e ajudar no acesso regional, pois o equipamento atende diversas cidades. Entre tantos potenciais da área de intervenção, os acessos ao transporte público localizados no eixo principal do projeto unidos a proposta descrita no plano diretor vigente de alargamento da via que se estende pela Av. São Carlos, principal eixo de circulação da cidade ajudará a compor um trajeto fácil e seguro aos pedestres. Além disso, uma grande massa arbórea na face norte do

lote ajuda a compor o projeto respeitando e a natureza. Para a área de saúde a sensação de bem - estar trazida pela vegetação pode contribuir significativamente aos tratamentos. Este aspecto contribuirá na sensação térmica e acústica refletindo diretamente nos pacientes e funcionários.


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DEFINIÇÕES E TRATAMENTOS HIV/AIDS Segundo o Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das IST do HIV/Aids e das Hepatites Virais, o HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da aids, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. E é alterando o DNA dessa célula que o HIV faz cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção. Ter o HIV não é a mesma coisa que ter aids. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas podem transmitir o vírus a outras pessoas pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não tomam as devidas medidas de prevenção. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações. (BRASIL A, 2018) TRATAMENTO:

Os medicamentos antirretrovirais (ARV) surgiram na década de 1980 para impedir a multiplicação do vírus no

organismo. Esses medicamentos ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico. Por isso, o uso regular dos ARV é fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV e reduzir o número de internações e infecções por doenças oportunistas. Desde 1996, o Brasil distribui gratuitamente os ARV a todas as pessoas vivendo com HIV que necessitam de tratamento. Atualmente, existem 22 medicamentos, em 38 apresentações farmacêuticas. (BRASIL A, 2018)

TUBERCULOSE A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível que afeta prioritariamente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos e sistemas. No Brasil, a doença é um sério problema da saúde pública, com profundas raízes sociais. A cada ano, são notificados aproximadamente 70 mil casos novos e ocorrem cerca de 4,5 mil mortes em decorrência da tuberculose. Globalmente, cerca de 10 milhões de pessoas adoecem por tuberculose, levando mais de um milhão de pessoas a óbito, anualmente. O surgimento da aids e o aparecimento de focos de tuberculose resistente aos medicamentos agravam ainda mais esse cenário. (BRASIL B, 2018)


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TRATAMENTO: A tuberculose tem cura e o tratamento que dura no mínimo seis meses, é gratuito e disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No tratamento é preciso obedecer aos princípios básicos da terapia medicamentosa. A esses princípios, soma-se o Tratamento Diretamente Observado (TDO) da tuberculose que consiste na ingestão diária dos medicamentos da tuberculose pelo paciente sob a observação de um profissional da equipe de saúde. O estabelecimento de vínculo entre profissional de saúde e usuário é fundamental para que haja adesão do paciente ao tratamento e assim as chances de abandono sejam reduzidas. O paciente deve ser orientado, de forma clara, quanto às características da tuberculose e do tratamento a que será submetido: medicamentos, duração e regime de tratamento, benefícios do uso regular dos medicamentos, possíveis consequências do uso irregular dos mesmos e eventos adversos. É importante lembrar que o tratamento irregular pode complicar a doença e resultar no desenvolvimento de cepas resistentes aos medicamentos. (BRASIL B, 2018)

HANSENÍASE

Segundo o Ministério da Saúde, 2017, a hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, cujo agente etiológico é o Mycobacterium leprae, um bacilo álcool-ácido resistente, fracamente gram-positivo, que infecta os nervos periféricos. A doença acomete principalmente os nervos superficiais da pele e troncos nervosos periféricos (localizados na face, pescoço, terço médio do braço e abaixo do cotovelo e dos joelhos), mas também pode afetar os olhos e órgãos internos (mucosas, testículos, ossos, baço, fígado, etc.). Se não tratada na forma inicial, a doença quase sempre evolui, torna-se transmissível e pode atingir pessoas de qualquer sexo ou idade, inclusive crianças e idosos. Essa evolução ocorre, em geral, de forma lenta e progressiva podendo levar a incapacidades físicas. (BRASIL, 2017) TRATAMENTO: O tratamento da hanseníase é realizado através da associação de medicamentos (poliquimioterapia – PQT) conhecidos como Rifampicina, Dapsona e Clofazimina. Deve-se iniciar o tratamento já na primeira consulta, após a definição do diagnóstico, se não houver contraindicações formais. O paciente PB receberá uma dose mensal


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supervisionada de 600 mg de Rifampsina, e tomará 100 mg de Dapsona diariamente. O tratamento é de 6 meses. (BRASIL, 2017)

HEPATITES VIRAIS As hepatites virais são doenças provocadas por diferentes agentes etiológicos, com tropismo primário pelo fígado, que apresentam características epidemiológicas, clínicas elaboratoriais distintas. A distribuição das hepatites virais é universal, sendo que a magnitude varia de região para região, de acordo com os diferentes agentes etiológicos. No Brasil, esta variação também ocorre. As hepatites virais têm grande importância para a saúde pública e para o individuo, pelo número de indivíduos atingidos e pela possibilidade de complicações das formas agudas e crônicas. (BRASIL, 2015) TRATAMENTO: É necessária a realização de biópsia hepática para avaliar a indicação de tratamento específico. A biópsia por agulha é a preferida, pois permite a retirada de fragmentos de áreas distantes da cápsula de Glisson (as áreas subcapsulares mostram muitas alterações inespecíficas).

Além disso, a biópsia transcutânea é mais segura, dispensa anestesia geral e reduz o custo do procedimento. O procedimento deve ser realizado com agulhas descartáveis apropriadas. O exame anátomo-patológico avalia o grau de atividade necro-inflamatória e de fibrose do tecido hepático. As formas crônicas da hepatite B e C têm diretrizes clínico-terapêuticas definidas por meio de portarias do Ministério da Saúde. Devido à alta complexidade do tratamento, acompanhamento e manejo dos efeitos colaterais, deve ser realizado em serviços especializados (média ou alta complexidade do SUS). (BRASIL, 2015)

SÍFILIS A sífilis é uma doença de evolução lenta. Quando não tratada, alterna períodos sintomáticos e assintomáticos, com características clínicas, imunológicas e histopatológicas distintas, divididas em três fases: sífilis primária, sífilis secundária e sífilis terciária. Não havendo tratamento após a sífilis secundária, existem dois períodos de latência: um recente, com menos de um ano, e outro de latência tardia, com mais de um ano de doença. A infecção pelo Treponema pallidum não confere imunidade permanente, por isso, é necessário diferenciar entre a persistência de de gentes


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(cicatriz sorológica) e a reinfecção pelo T. pallidum. (SÍFILIS, 2010) TRATAMENTO: O tratamento da sífilis muda de acordo com o estágio da doença:Sífilis primária, secundária ou latente precoce: Penicilina benzatina (Benzetacil) 2.4 milhões de unidades em dose única. Sífilis com mais de 1 ano de evolução ou de tempo indeterminado: Penicilina benzatina (Benzetacil) 2.4 milhões de unidades em 3 doses, com uma semana de intervalo entre cada. Os casos de sífilis com acometimento do sistema neurológico (neurossífilis) não devem ser tratados com penicilina benzatina, mas sim com penicilina G cristalina ou penicilina G procaína. Pacientes com alergia à penicilina podem ser tratados com doxiciclina (100 mg 2 vezes por dia por 14 dias) ou azitromicina (dose única de 2 gramas), mas eles não são tão eficazes quanto a penicilina e há um maior risco de induzir resistência. Em alguns casos, como em grávidas contaminadas com sífilis, pode ser indicado um tratamento para dessensibilizar a paciente alérgica para que ela possa ser tratada

com penicilina. Quando for possível, a preferência é sempre pelo tratamento com penicilina. (SÍFILIS, 2010)


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Recorte nº 11: “Não conseguia comer, não conseguia ingerir alimentos sólidos, etc... e por isso que a nutricionista do Hospital Escola foi, ela foi mesmo... ela acompanhou direitinho a alimentação. Acompanhou direitinho e eu notei que de fato ela tava a acompanhar. E foi bom. Foi muito bom. gostei da forma como me atenderam” (Sujeito 3 , 52 anos, estudante de doutorado, união estável, 12 anos de estudo).


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JUSTIFICATIVA


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JUSTIFICATIVA O tema abordado surgiu de uma aproximação com a área de saúde no ano de 2014, quando minha esposa iniciou seu mestrado na área de TB/HIV. A convivência diária e discussões sobre o tema, despertaram positivamente uma curiosidade sobre mas foi no ano de 2016, na defesa de mestrado dela, que tive certeza que levaria o assunto adiante no meu TGI. Na defesa pude compreender a importância do tratamento aos pacientes com infecções crônicas, e os impactos que um ambiente com deficiências no planejamento causa na adesão dos tratamentos pelos sujeitos. Segundo Reis, (2016, p. 19) entre 2008 e 2012, tivemos em São Carlos 325 casos de tuberculose e destes 58 casos de HIV, e como resultado: 27 sujeitos curados, 12 mortes, 12 pessoas abandonaram o tratamento e 7 indivíduos ignorados. Outra impressão que tive foi com minha visita ao (CAIC) Centro de Atendimento de Infecções Crônicas em São Carlos –SP, no dia 29/08/2017, onde pude evidenciar diversos pontos negativos que me auxiliam no tema. Dentre as diversas negligencias presenciadas, algumas questões até mesmo relatadas pela enfermeira do local, relaciona - se com a dificuldade dos portadores de deficiência físicas, como acessos, banheiros e espaços específi-

cos como vaga em sala de espera. Outro ponto observado é a falta de ventilação e iluminação natural. Segundo a portaria conjunta n°1, de 16 de janeiro de 2013, a ventilação assim como a iluminação devem ser de preferência naturais, nos consultórios, salas de espera e se houver ventilação artificial que siga a RDC n° 50/02. Principalmente nos acessos as funções do prédio, ainda mais por se tratar de um local com alto risco de infecção por tuberculose e hanseníase. Além dos forros e mobiliários antigos de madeira aparentando estar em constante degradação. O CAIC fica localizado no centro de São Carlos, mais especificamente na rua 7 de setembro, próximo ao Restaurante São Carlos, e desta forma não falta transporte público e nem serviços. Então onde está o problema? O grande problema está no isolamento da Unidade Dispensadora de Medicamentos (UDM), que por falta de espaço no CAIC, continuou implantada no Centro Municipal de Especialidades (CEME) sendo um obstáculo para os pacientes em tratamento, principalmente os que advém de outros municípios ou mesmo aqueles sujeitos que não possuem recursos financeiros para se locomover com tanta facilidade.


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Termos tratamento e prevenção, deixam de existir pressupondo que tratamento é prevenção. A utilização dos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) se encaixam perfeitamente nesse perfil orientativo, trabalhando diretamente com prevenção das doenças sexualmente transmitidas (DST), Aids e hepatites virais, com garantia de privacidade e confidencialidade (Portaria Conjunta nº1, 2013). No Brasil o número de serviços de assistência por conta da epidemia de Aids passou de 33 em 1996 para 540 em 2001 (Melchior, 2006, p. 144). Em 2013 na cidade de São Carlos foi levantado 58 novos casos de tuberculose sendo que 7 desses casos apontaram HIV positivo. (SÃO PAULO, 2012). Dados Estatísticos – Turberculose

Fonte: Secretaria de Estado da Saúde. CEV – Centro de Vigilância Epidemiológica. Disponível em: http://www.saude.sp.gov.br/cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica-prof.-alexandre-vranjac/areas-de-vigilancia/tuberculose/dados-estatisticos. Acesso em: 19 de setembro de 2017.

Mapa da Densidade da situação dos casos de tuberculose no município de São Carlos – SP (2008-2013)

Fonte: FUSCO.Alcione. Disponível em: https://repositorio.ufscar.br/bitstream/handle/ufscar/7694/DissAPBF.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 19 de setembro de 2017.

Dados Estatísticos – DST, AIDS e Hepatites Virais

Segundo informações do ambulatório de DST/Aids, São Carlos possui 2,3 mil casos positivos cadastrados – 85 deles diagnosticados no ano passado – e o aumento nos últimos anos explica-se, em parte, pela realização de mais exames. Em 2014, foram realizados 4.229 testes rápidos e 4.467 testes convencionais. Em 2015, esses números chegam, respectivamente, a 843 e 967. Fonte: PIOVEZAN, Stefhanie. Disponível em: http://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia/2015/03/90-da-populacao-de-sao-carlos-sp-nao-usa-camisinha-afirma-pesquisa.html. Acesso em: 19 de setembro de 2019.


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Unindo esses dados à necessidade de infraestrutura do CAIC, temos a confirmação que o investimento no tratamento e prevenção dessas doenças é o que às manterá em estado de controle até que se crie uma vacina definitiva para o HIV por exemplo, ou até uma atualização nos demais tratamentos com o intuíto de diminuir o processo de cura como os seis meses contra a tuberculose. Entretanto para alcançar os níveis mais altos de prevenção é necessário seguir as normas em vigor que especificam os tipos de equipamentos, serviços, e infraestrutura das unidades. Por esse motivo a qualidade da assistência tem grande papel na consolidação do serviço, além de impactar no número de mortes e na melhor qualidade de vida resultando em controle de epidemia (Melchior, 2006, p.144). Existem diversas condicionantes que determinam a adesão aos tratamentos das doenças, segundo Reis, (2016), p. 62-77 a participação da figura familiar, a confiabilidade das informações, a religiosidade, os incentivos como vale transporte, e principalmente o ambiente utilizado, são fatores determinantes na continuidade dos tratamentos. Outro ponto que acarreta em abandono de tratamento ou até morte dos sujeitos é

a falha na gestão, como por exemplo: o atendimento a pessoas que não agendaram consulta, ou sujeito faltoso, cabe a gerencia estipular uma porcentagem mínima para esses imprevistos. (Melchior, 2006, p. 148). Com no artigo “Avaliação da estrutura organizacional da assistência ambulatorial em HIV / Aids no Brasil. ” (Melchior,2006), observa- se que na maioria das unidades o básico era oferecido a população, porém cada órgão é responsável por aderir protocolos mais complexos, através de estudos que comprovem a necessidade de investimento para o estabelecimento, seja um órgão federal, estadual ou municipal. Ao pensar no caso, nota se uma questão burocrática, que pode ou não limitar e transformar o estabelecimento falho ou de grande sucesso. A não distribuição de medicamentos contra infecções oportunistas é a que mais sofre com essa oscilação de investimento de unidade para unidade (Melchior, 2006, p. 147).Pode-se concluir também que a administração assim como a distribuição dos medicamentos para o tratamento das infecções crônicas é tão importante quanto o tratamento. Neste caso, em meu projeto levarei em consideração locais adequados para estas funções.


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Recorte nÂş 7: “Fico mais normal ainda... Sabe que vai pro inferno, sem chance! ....Se acha com HIV e tuberculose, a gente vai vencer? (Sujeito 6, 35 anos, desempregado, solteiro 2 anos de estudo).


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REFERÊNCIAS PROJETUAIS


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Gheskio Tuberculosis Hospital - Haiti O hospital de tuberculose em Porto Príncipe no Haiti, utilizou os concreto armado e telhado de aço para sua construção. Adam Saltzamar gerente de projetos da Mass Design Group, bateu fortemente na questão dos materiais locais, ele fez a ponte entre os artesãos locais que confeccionaram muitos elementos construtivos. No Haiti a incidência de terremotos é grande e em 2010, o país sofreu com o pior abalo na história, levando construções ao chão e milhares de pessoas a situações de risco vivendo em barracas com o maior índice do planeta doenças como Tuberculose e Cólera.

O paisagismo trabalhado no hospital foi executado com baixíssimo custo, utilizando bambu como brise com trepadeiras que logo que cresceram já trouxe a privacidade a quem utiliza a circulação exposta à ventilação e iluminação natural. O pátio dá a liberdade de respirar sem preocupações com contágio, podendo tratar a tuberculose com o apoio da família, levar a família é uma ótima estratégia para continuar firme nos tratamentos.

“Para a tuberculose, parte disso é muito clínico: estar do lado de fora, onde o ar está fluindo, cria lugares confortáveis e bonitos onde as famílias podem ficar juntas, e a exposição ao sol e à luz é a cura para os pacientes com tuberculose. Em geral, o embelezamento é favorável para as pessoas. Aqui eles estão em um lugar onde o espaço está sendo respeitado e está respeitando as próprias pessoas. ” Sierra Bainbridge, diretor sênior de arquitetura paisagística da MASS, que liderou o projeto do pátio no Hospital.


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A estrutura em treliça do telhado foi revestida com chapas metálicas que contém ondulações e formam aberturas, permitindo que o ar circule atravéz do àtico, renovando o ar do pátio. Muitos elementos que permitem a ventilação cruzada estão em uso no projeto, venezianas cumprem bem essa função e permite que a ventilação faça uma varredura no ambiente.

Fonte: http://www.architectmagazine.com/project-gallery/gheskio-tuberculosis-hospital_o

Fonte: http://www.architectmagazine.com/project-gallery/gheskio-tuberculosis-hospital_o

O pátio é o elemento mais importante desse projeto, ele torna possível a respiração do prédio, a ventilação e iluminação tem o seu potencial de cura levados ao máximo aqui, e o ar quente e contaminado é conduzido pra cima, pelo grande fluxo de ventilação cruzada.


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Gheskio Cholera Treatment Center - Haiti O hospital de cólera de Porto Príncipe no Haiti foi construido com materiais locais e de fácil acesso. Localizado no campus do GHESKIO, um dos principais centros de saúde e pesquisa haitianos, o CTC foi idealizado pelo fundador e diretor da organização, o Dr. Jean Pape, especialista em doenças infecciosas e professor de medicina clínica no Weill Cornell Medical College, em New Iorque.

Fonte: https://www.architecturalrecord.com/articles/7995-gheskio-cholera-treatment-center

A MASS contratou artesãos locais e equipes de construção para construir um ambiente confortável e diferenciado para ajudar no processo de cura. Ao projetar o pavilhão elevado, os arquitetos criaram uma grande plataforma retangular na qual colocaram uma série de colunas de concreto com paredes de cisalhamento de concreto, reforço de aço lateral e treliças de aço personalizadas. Um telhado de aço dobrado e ventilado com clerestories otimiza a luz do dia e o fluxo de ar assim como a fachada de aço perfurada, digitalmente plotada com aberturas menores ao longo da parte inferior para proporcionar privacidade aos pacientes.

Fonte: https://www.architecturalrecord.com/articles/7995-gheskio-cholera-treatment-center

Janelas de retábulo e grandes canteiros dão a sensação de bem - estar.


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As treliças erguem o pé direito do ambiente e permite a entrada contínua de iluminação natural. As portas de correr de policarbonato podem ser fechadas durante as tempestades de vento. As fachadas de aço perfurado possibilitam maior fluxo de ar, além de embelezar o ambiente com seus tons de azul.

Fonte: https://www.architecturalrecord.com/articles/7995-gheskio-cholera-treatment-center

Fonte: https://www.architecturalrecord.com/articles/7995-gheskio-cholera-treatment-center

Fonte: https://www.architecturalrecord.com/articles/7995-gheskio-cholera-treatment-center

A produção artesanal das fachadas de aço foi plotado pela equipe da MASS para obter o melhor desempenho possível.


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Unidade Básica de Saúde em Parque do Riacho - CODHAB-DF COLOCAÇÃO: Primeiro Lugar

AUTORES: Alexandre Ruiz da Rosa, André Bihuna D’Oliveira, Haraldo Hauer Freudenberg, Rodrigo Vinci Philippi. | Colaboradores: Lucas de Oliveira Freitas, Luca Fischer, Michela Neri. | Consultor Conforto: Aloísio Leoni Schmid |Curitiba – PR

Consultórios Espera Administração Auditório

Setorização

Farmácia / Medicação Serviço Acessos

Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/874775/1o-lugar-no-concurso-para-a-unidade-basica-de-saude-em-parque-do-riacho-codhab-df

Pátios

A adoção de blocos térreos com pátios internos amplia a volumetria do edifício, o que permite ao projeto se apropriar das grandes dimensões do terreno. A realização da edificação em um único nível garante a acessibilidade universal e ainda reserva uma área livre considerável para planejamento futuro, permitindo uma racional extensão modular como possível ampliação.

Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/874775/1o-lugar-no-concurso-para-a-unidade-basica-de-saude-em-parque-do-riacho-codhab-df


33 Elemento vazado ajuda na ventilação e iluminação do ambiente

Treliça utilizada para empliação do pé direito,contribuindo para a circulação de ar. A ventilação diurna admite ar refrigerado e umidificado (refrigeração evaporativa passiva), admitido junto às piscinas, à sombra de brises soleil, e do próprio volume do prédio. Tais sistemas permitem uma eficiente gestão de recursos, que dispensa o condicionamento artificial de ar.


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Recorte nº : 13 “Ah, os exames também. Ás vezes elas dão passe, ás vezes assim agora... não sei se, se voçes pode pega o carro de alguém pra pode leva, mas ás vezes eu, empresta a minha família, quando eu to ruim assim”. (Sujeito 4, 45 anos, desempregado, 8 anos de estudo).


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UNIVERSO PROJETUAL


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LEGISLAÇÃO ZONA 1 - OCUPAÇÃO INDUZIDA No Art. 24. A Zona de Ocupação Induzida, refere que a Zona 1 é composta por áreas do território que requerem uma qualificação urbanística e que têm as melhores condições de infra-estrutura da cidade. Já no Art. 25. diz respeito que a Zona 1 apresenta as seguintes características: I - áreas de uso misto com predominância de comércio e serviços, em detrimento de uso habitacional na área central; II - concentração de população de alta renda, com predominância de população idosa no centro; III concentração de imóveis de interesse histórico e cultural, e de imóveis não edificados, não utilizados e subtilizados; IV - zona inteiramente contida em faixa localizada entre as barreiras da mobilidade urbana formadas pela ferrovia da Rede Ferroviária Federal e da Rodovia Washington Luiz – SP 310. Enquanto no Art. 26, trata - se das diretrizes: I - garantir a diversidade de usos, em especial o habitacional, restringindo os conflitos de vizinhança; II - equacionar os conflitos de uso; III - preservar a diversidade social; IV - destinar

áreas infra-estruturadas para uso de habitação popular; V incrementar o adensamento; VI - promover a ocupação de glebas e lotes vazios e de imóveis vagos e subutilizados; VII - promover a preservação do patrimônio histórico e arquitetônico urbano; VIII - respeitar os usos consolidados; IX promover o controle da permeabilidade do solo; X - estabelecer que os novos parcelamentos garantam o provimento da infra-estrutura de acordo com o impacto que sua implantação acarrete nas imediações, além das exigências previstas na legislação que trata do parcelamento do solo. Parágrafo Único. Ficam enquadradas na Zona de Ocupação Induzida – Zona 1 os perímetros delimitados no Anexo n° 02 desta Lei.


MAPA DE ZONEAMENTO DE SÃO CARLOS Rod. Washington Luiz

Rod. Eng. Thales de Lorena Peixoto Júnior

CO = 70%

Av. Profº Luis Augusto de Oliveira

UNICEP

R. Porto Alegre

CAB = 2

UFSCAR

CAM = 3,5

CA = 1,4 Para uso estritamente residencial unifamiliar CP = 15%

USP - Campus 2

NORTE

USP - Campus 1

Mapa de zoneamento de São Carlos ampliado - Fonte: Autoria própria

ÁREA DE INTERVENÇÃO Av. São Carlos

ZONA 1 - OCUPAÇÃO INDUZIDA ZONA 2 - OCUPAÇÃO CONDICIONADA ZONA 3 - RECUPERAÇÃO E OCUPAÇÃO CONTROLADA ZONA 4 A - REGULAÇÃO E OCUPAÇÃO CONTROLADA ZONA 4 B - REGULAÇÃO E OCUPAÇÃO CONTROLADA ZONA 5 A - PROTEÇÃO E OCUPAÇÃO RESTRITA ZONA 5 B - PROTEÇÃO E OCUPAÇÃO RESTRITA ZONA 7 - USO PREDOMINANTE AGRÍCULA

NORTE

CAMPI UNIVERSITÁRIOS Mapa de Zoneamento de São Carlos - Fonte: Autoria própria

Escala: 1/ 50.000

Escala gráfica: 0 100 200

500

1000

2000

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38

MAPA DE ACESSOS REGIONAIS Definido que a rotatória de entrada em São Carlos demarcada no mapa seja o melhor acesso para à área de intervenção, pode se concluir os principais acessos regionais. Começando pelo trajeto através da Rod.Washington Luiz que conduz a população de Ibaté até São Carlos.O acesso ao equipamento para Santa Eudóxia e Água Vermelha se dá pela Rod. Engenheiro Thales de Lorena Júnior e tem acesso direto à R. Profº Luis Augusto de Oliveira. No caso de Itirapina e Brotas a Rod. Engenheiro Paulo Nilo Romano sentido Leste leva ao encontro da Rod.Washington Luiz, assim como a Rod. Dep. Vicente Botta traz quem vem de Porto Ferreira e Descalvado. A mesma rodovia também conduz quem vem de Ribeirão Bonito e Dourado, só que em sentido contrário.

Av. São Carlos

LEGENDAS

ÁREA DE INTERVENÇÃO PERCURSO - IBATÉ PERCURSO - SANTA EUDÓXIA E ÁGUA VERMELHA UNIÃO DE PERCURSOS PERCURSO - RIBEIRÃO BONITO E DOURADO PERCURSO - DESCALVADO E PORTO FERREIRA NORTE

PERCURSO - ITIRAPINA E BROTAS Mapa de acessos regionais - Fonte: Autoria própria

Escala: 1/ 50.000

Escala gráfica: 0 100 200

500

1000

2000


EQUIPAMENTOS DE SAÚDE EM SÃO CARLOS Próximo à área de intervenção está implantado o Hospital Universitário, projeto de autoria de João Figueiras Lima, Lelé. Após a criação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) foi federalizada e sobrevive com recursos do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais – REHUF. Fonte: http://www.ebserh.gov.br/web/hu-ufscar/nossa-historia

Av. São Carlos

Fonte: http://www.saocarlos.sp.gov.br/index.php/saude/115414-centro-municipal-de-especialidades-ceme.html

O Centro Municipal de Especialidades – CEME localiza - se no cruzamento entre a rua Amadeu Amaral e a Av. Getúlio Vargas. O CEME é um ambulatório de referência em 24 especialidades em saúde da cidade de São Carlos e microrregião. No dia 11/10/2014 o Centro de Atendimento de Infecções Crônicas (CAIC) é desmembrado do CEME e começa a atender os pacientes com menores riscos de contágio de doenças crônicas. Todos os programas de Infectologia da UFSCAR migraram junto ao CAIC.

ÁREA DE INTERVENÇÃO ATENÇÃO BÁSICA ATENÇÃO ESPECIALIZADA ATENÇÃO HOSPITALAR INSTALAÇÕES DA SMS

Fonte: http://linfu-ufscar.blogspot.com.br/2014/10/inauguracao-do-novo-centro-de.html

O Centro de Atendimento de Infecções Crônicas de São Carlos, localizado na R. Sete de Setembro no centro da cidade e utiliza uma antiga casa para atender os pacientes. Sua localização traz alguns problemas como: falta de privacidade e acessos.

NORTE Mapa de equipamentos de saúde de São Carlos - Fonte: Autoria própria

Escala: 1/ 50.000

Escala gráfica: 0 100 200

500

1000

2000

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40

MAPA DE ACESSOS E OCUPAÇÃO DO SOLO

Podemos observar no mapa que o trajeto até à área de intervenção torna se uma problematica, pois exige grande manobra para conseguir chegar até o equipamento proposto. O trajeto complicado que se dá através da Av. Profº Luis Augusto de Oliveira, passando pela R. Rotary Club e R. Bernardino fernandes Nunes, para enfim chegar a R. Porto Alegre.

Rod. Engenheiro Thales de Lorena Júnior

Rod. Washington Luiz

Outra questão é a possibilidade de duplicar a R. Porto Alegre, graças ao grande vazio urbano existente em sua extenção. Existe a possibilidade de se criar um acesso entre a Av. Profº Luis Augusto de Oliveira e a R. Porto Alegre. Com a via duplicada somada o acesso facilitado na entrada da cidade melhoraria o acesso à área de intervenção. R. Bernardino Fernandes Nunes

LEGENDAS ÁREA DE INTERVENÇÃO VAZIO URBANO

R. Porto Alegre

MASSAS ARBÓREAS

R. Luis Váz de Camões

EDIFICAÇÕES SENTIDO DAS RUAS PRINCIPAL ACESSO ATUAL DE VEÍCULOS

Av. Profº Luis Augusto de Oliveira R. Rotary Club

ACESSO REGIONAL - Rod. Washington Luiz ACESSO REGIONAL - Rod. Washington Luiz ACESSO REGIONAL - Rod. Eng. Thales de Lorena Júnior NORTE Maquete da àrea de intervenção e entorno imediato - Fonte: Autoria própria

Escala : 1 : 3.000 0 10 20

50

100


MAPA DE GABARITO E CONFORTO AMBIENTAL O levantamento do gabarito do entorno imediato assume um papel fundamental na escolha da escala do serviço proposto na área. Buscando respeitar a escala humana e o padrão de gabarito predominante do entorno o equipamento irá compor o cenário sem agredir a paisagem do local. Outro condicionante avaliado é a insolação e ventilação da área, adotar aberturas nas faces Norte - Sul trará ganhos de conforto térmico enquanto trabalhar com elementos de sombreamento na face OESTE será primordial, pois os níveis de insolação nesta face é bem alta e podem gerar desconforto.

LEGENDAS ÁREA DE INTERVENÇÃO GABARITO DE 3 - 5 metros

JUN

JUN

SET

SET

MAR

MAR

DEZ

DEZ

GABARITO DE 5 -10 metros GABARITO DE 10 - 15 metros COBERTURA VEGETAL VENTO PREDOMINANTE VENTO TEMPESTADE

NORTE Maquete da àrea de intervenção e entorno imediato - Fonte: Autoria própria

Escala : 1 : 3.000 0 10 20

50

100

41


42

CARACTERÍSTICAS DA ÁREA DE INTERVENÇÃO

Localizado na Vila Celina, junto a um entroncamento rodoviário de acesso à cidade de São Carlos foi escolhida a área de intervenção.

Rod. Engenheiro Thales de Lorena Júnior

O lote está situado em uma área institucional localizada na zona 1 zona induzida, perante as diretrizes do plano diretor vigente. O lote tem acesso através da R. Porto Alegre, uma via local e de um sentido apenas, entretanto é paralelo a Av. Profº Luis Augusto de

Rod. Washington Luiz

Oliveira, uma via arterial que recebe grande fluxo de veículos prin-

UFSCAR

cipalmente por conduzir os motoristas ao eixo principal da cidade; e de receber em toda sua fachada nordeste um acesso da Rod. Washington Luiz. Contudo a área útil do terreno se limita entre as cotas 820 à 827,

Córrego do Monjolinho

pois entre as cotas 819 à 815 aproximadamente está ocupada por uma massa arbórea restando 6.345 m². Também entre as cotas 825 e 827,o lote diminui, criando um aguilhão, limitando a construção entre as cotas 820 à 825 ficando apenas 5.236 m².

LEGENDA : Av. Profº Luis Augusto de Oliveira

ÁREA DE INTERVENÇÃO

HOSPITAL ESCOLA

805 - 810 m R. Porto Alegre

810 - 815 m 815 - 820 m 820 - 825 m 825 - 830 m

SAMU

R. Luis Váz de Camões

ÁREA : 8.190m² TESTADA DO LOTE : 68 m COTA MAIS ALTA : 827 COTA MAIS BAIXA : 817

835 - 840 m 845 - 850 m

Av. Profº Luis Augusto de Oliveira

NORTE

850 - 855 m Mapa topográfico da área de intervenção e entorno - Fonte: Autoria própria

Escala : 1 : 3.000

0 10 20

50

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43

Rod. Engenheiro Thales de Lorena Júnior

5

81

Rod. Washington Luiz UFSCAR

820

821 822

Córrego do Monjolinho

23

8

4

82

5

82

NORTE

0

83

Maquete da área de intervenção e entorno imediato - Fonte: Autoria própria

Av. Profº Luis Augusto de Oliveira

Escala : 1 : 1.000 0

10 20

HOSPITAL ESCOLA

50

R. Porto Alegre

SAMU

R. Luis Váz de Camões

LEGENDA : ÁREA DE INTERVENÇÃO CURVA COTA EM 5 X 5 METROS CURVA COTA EM 1 X 1 METRO

Av. Profº Luis Augusto de Oliveira

Mapa topográfico da área de intervenção e entorno - Fonte: Autoria própria

NORTE Escala : 1 : 3.000

0 10 20

50

100


44

LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO Rod. Engenheiro Thales de Lorena Júnior

Rod. Washington Luiz UFSCAR

Vista 1 - ponto de ônibus - fonte: acervo pessoal

Vista 2 - ponto de ônibus - fonte: acervo pessoal Av. Profº Luis Augusto de Oliveira R. Porto Alegre

v.6

HOSPITAL ESCOLA

SAMU

v.7

R. Luis Váz de Camões

v.5

v.3

v.4

v.1 v.2

Av. Profº Luis Augusto de Oliveira NORTE

Vista 3 - ponto de ônibus - fonte: acervo pessoal

Vista 4 - trajeto pedestres - fonte: acervo pessoal

Maquete vista aérea - Fonte: Autoria própria

Escala : 1 : 3.000

0 10 20

50

100

LEGENDAS: ÁREA DE INTERVENÇÃO EDIFICAÇÕES ÁREA PERMEÁVEL VISTA INDICADA

Vista 5 - praça samu - fonte: acervo pessoal

Vista 6 - R. Bernardino F. Nunes - fonte: acervo pessoal

Vista 7 - R. Porto Alegre- fonte: acervo pessoal


LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO

45

Rod. Engenheiro Thales de Lorena Júnior

Rod. Washington Luiz UFSCAR

Vista 8 - lote desocupado - fonte: acervo pessoal

Vista 9 - grande árvore - fonte: acervo pessoal v.11 v.10 R. Porto Alegre

v.8

v.12 v.13

v.9

v.14

Av. Profº Luis Augusto de Oliveira HOSPITAL ESCOLA

SAMU

R. Luis Váz de Camões

Av. Profº Luis Augusto de Oliveira NORTE

Vista 10 - entrada fábrica - fonte: acervo pessoal

Vista 11 - plantação - fonte: acervo pessoal

Maquete vista aérea - Fonte: Autoria própria

Escala : 1 : 3.000

0 10 20

50

100

LEGENDAS: ÁREA DE INTERVENÇÃO EDIFICAÇÕES ÁREA PERMEÁVEL VISTA INDICADA

Vista 12- entrada restrita - fonte: acervo pessoal

Vista 13 - praça improvisada - fonte: acervo pessoal

Vista 14 - entroncamento viário - fonte: acervo pessoal


46

Recorte nº 18: “Eu aceito bem sabe os remédios. Já sabe os remédios de cor e salteado. O pé ficou torto por causa disso, porque o médico não sabia, o Dr. P descobriu que tinha os ganglios da tuberculose e tava tratando toxoplasmose. Aí os remédio não batia um com outro e foi onde fiquei na cadeira de rodas. (Sujeito 6, 41 anos, benefissiário do INSS, solteiro 12 anos de estudo).


47

5

PROPOSTA URBANA


48 Segundo as novas diretrizes viárias vigente no PLANO DIRETOR,

ESTRATÉGIA DE IMPLANTAÇÃO

a Av. Profº Luis Augusto de Oliveira no trecho compreendido entre o trevo norte de acesso à área urbana e a Av. Salgado Filho (zona1), haverá um afastamento de 10 metros do lado esquerdo no sentido trevo norte de acesso à área urbana de São Carlos para a Av. Salgado Filho (Cemitério). A R. Porto Alegre agora ganhará um acesso através da nova rotatória, a mesma também será duplicada criando assim 2 sentidos e além de permitir um melhor fluxo viário ajudará no acesso à área de intervenção. Os alargamentos das calçadas trará aos pedestres menores riscos de acidentes. Também comportará a nova passarela elevada que irá transpor a Av. Profº Luis Augusto de Oliveira no trecho próximo ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

ÁREA DE INTERVENÇÃO ALARGAMENTO CALÇADA

R. Porto Alegre

Av. Profº Luis Augusto de Oliveira

NOVA ROTATÓRIA PROPOSTA TRAÇADO VIÁRIO EXISTENTE

HOSPITAL ESCOLA

CANTEIROS ATUAIS SAMU

PROPOSTA PRAÇA PROPOSTA PASSARELA ELEVADA

APAE

R. Luis Váz de Camões

VOLUMETRIA PROPOSTA EIXO DE CIRCULAÇÃO PRINCIPAL EIXO DE CIRCULAÇÃO SECUNDÁRIO PRINCIPAIS PERCURSOS DOS PEDESTRES

NORTE

PONTO DE ÔNIBUS Maquete da área de intervenção e entorno imediato - Fonte: Autoria própria

Escala : 1 : 1.000

0

10

20

50

100


49 Partindo do levantamento dos dados e levando em consideração o entorno imediato e suas vias, o resultado da estratégia de implantação se deu com a união dessas informações.

Rod. Engenheiro Thales de Lorena Júnior

A localização dos pontos de ônibus próximos à área definiram o eixo principal até o equipamento proposto que conta com diversos alargamentos das calçadas melhorando assim o fluxo de pedestres e podendo aumentar sua segurança. Um eixo secundário de circulação cruza com o eixo principal já nos limites do lote, distribuindo ao longo de seu trajeto, os acessos as funções localizadas em 3 blocos amarrados a essa circulação.

Rod. Washington Luiz UFSCAR

Córrego do Monjolinho

A propósito existe a necessidade de criar uma nova entrada para a R. Porto Alegre que auxiliará o trânsito até o equipamento. Este acesso estará acompanhado de uma rotatória que fará uma nova conexão entre rodovia, cidade e CAIC. O alargamento da via utilizando parte da área de intervenção somada à área desocupada de toda rua, criará em seu eixo a nova entrada. Portanto, com essa divisão da área de intervenção foi possível criar uma praça de acesso que comportará estares e um percurso direcional indutor que conduzirá os pedestre até o equipamento.

Av. Profº Luis Augusto de Oliveira HOSPITAL ESCOLA

R. Porto Alegre

SAMU

R. Luis Váz de Camões

APAE

Tendo em vista a necessidade de se criar uma conexão entre o Hospital Escola e a área de implantação do CAIC foi necessário criar uma passarela elevada afim de manter a integridade dos pedestres por ser uma região com intenso fluxo de veículos, onde suas extremidades terão acesso na praça do SAMU e na calçada da APAE. Por isso há a necessidade de tratar essas praças com paisagismo,dando maior funcionalidade e segurança.

Av. Profº Luis Augusto de Oliveira Mapa da área de intervenção e entorno - Fonte: Autoria própria

Escala : 1 : 3.000 0 10 20

50

100


50

MAPA DE ACESSO E CIRCULAÇÃO

Devido a localização dos pontos de ônibus existentes próximos à área

Rod. Engenheiro Thales de Lorena Júnior

de intervenção foi definido o acesso público através de uma praça de ligação criada utilizando o próprio lote, a mesma se situa entre a R. Porto Alegree Av. Profº Luis Augusto de Oliveira (extensão da Av. São carlos, principal eixo de circulação da cidade).

Rod. Washington Luiz

Desta forma, o acesso administrativo e acesso de serviços e logística

UFSCAR

serão acometidos na face oeste do lote, onde se localizará uma entrada externa à edificação, os mesmos terão acesso apenas na R. Porto Alegre. Assim os eixos principais de circulação no lote, darão acesso a todos os programas do equipamento através de eixos secundários de circulação.

Córrego do Monjolinho

ÁREA DE INTERVENÇÃO Av. Profº Luis Augusto de Oliveira

EIXOS DE CIRCULAÇÃO PRINCIPAL NO LOTE HOSPITAL ESCOLA

ACESSO PÚBLICO ACESSO ADMINISTRATIVO

R. Porto Alegre

SAMU

R. Luis Váz de Camões

ACESSO SERVIÇO E ABASTECIMENTO PONTO DE ÔNIBUS NORTE

Av. Profº Luis Augusto de Oliveira Mapa de São Carlos ampliado - Fonte: Autoria própria

Escala : 1 : 3.000 0 10 20

50

100


51


52

Recorte nº 6: “ Eu me senti bem acolhido, muito bem protegido por eles todos. Até hoje eu não tenho oque reclama não porque não teve discriminação nenhuma não. Todo mundo aceitou bem, ajudou bem... não teve nenhuma discriminação ( Sujeito 6, 41 anos, beneficiário do INSS, 12 anos de estudo).


53

6

PROJETO


54

PROGRAMA DE NECESSIDADES O programa de necessidades foi dividido em quatro áreas: ambiente comum, ambiente administrativo, ambiente de serviço e atendimento ao público. Estes espaços foram definidos na setorização onde priorizei o atendimento público e o espaço comum conectando as áreas de espera e circulação próximo aos pátios e em contato com áreas externas ( vegetação da face norte, o canteiro elevado da marquise na entrada assim como os enquadramentos criados nos eixos de circulação principais. Além disso, as áreas administrativas e de serviço também estão conectadas com um dos pátios e tem a permeabilidade visual das portas de correr de vidro jateado e dos corredores de serviço com elemento vazado e janelas vidro para controle da ventilação.

AMBIENTE COMUM: HALL

ALMOXARIFADO

RECEPÇÃO

BANHEIRO FUNCIONÁRIO FEM.

ESTACIONAMENTO

BANHEIRO FUNCIONÁRIO MAS.

ESPERAS

LAVANDERIA / DML

PÁTIOS

COPA

AUDITÓRIO

REFEITÓRIO

SANITÁRIO FEMININO

BOX COLETA

SANITÁRIO MASCULINO

BOX CPFL

SANITÁRIO PNE

DEPÓSITO FARMÁCIA (UDM)

ATENDIMENTO AO PÚBLICO:

AMBIENTE COMUM PAISAGEM

ATENDIMENTO

VENTILAÇÃO LUZ NATURAL

ADMINISTRATIVO

SERVIÇO

AMBIENTE SERVIÇO:

ADMINISTRATIVO:

SERVIÇO SOCIAL

NUTRIÇÃO

ESTUDOS DIRIGIDOS

MEDICAÇÃO

PSICÓLOGO

SALA DE ENFERMAGEM

VACINA

PÓS - CONSULTA

DIGITAÇÃO / MESTRE

FARMÁCIA (UDM)

CONSULTÓRIOS

RH / PEDIDOS

ACUPUNTURA

TESTE RÁPIDO

ARQUIVAMENTO / REUNIÃO

COLETA

PESQUISA / DESENVOLVIMENTO


PARTIDO ARQUITETÔNICO O partido arquitetônico foi a criação de um eixo público concedido a partir do principal fluxo viário da cidade, a Av. Profº Luis Augusto de Oliveira (extenção norte da Av. São Carlos). Os pontos de ônibus próximos à área de intervenção somados aos alargamentos das calçadas tornaram possível a criação desse eixo. Contudo um eixo de circulação foi criado perpendicular ao eixo público nos limites do lote. A intenção desse segundo foi dar acesso a todo programa do CAIC facilitando a distribuição das funções.

ACESSOS

A volumetria surge amarrada a essa circulação levando em consideração as possibilidades de acesso ao lote, porém quando ela surge está apenas dimensionada as necessidades métricas do programa. O deslocamento dos blocos permitiu melho ocupação do solo e auxiliando no acesso principal.

LEGENDAS: ATENDIMENTO AO PÚBLICO

Além disso, a criação dos pátios trará aos pacientes mais ventilação e iluminação natural. O contato com a natureza pode elevar o potencial de cura e a circulação exposta parcialmente a esses elementos trará benefícios

ESPERA

a saúde além de gerar redução do consumo de energia.

RECEPÇÃO A propósito, os pátios permitem aos pacientes levarem familiares, parceiros, filhos e animais de estimação, pois nessa área é muito importante o vínculo com o paciente, e ter espaço para estes torna possível muitas vezes o não abandono do tratamento, ou seja, melhoria na adesão aos tratamentos. Portanto, pude definir a setorização com base na circulação e acessos, onde todo o atendimento público estivesse em sua grande maioria concentrado, facilitando fluxo dos pacientes, enquanto as áreas de espera ficaram em contato com a natureza tanto dos pátios como externas. Dessa forma a administração e o serviço ganharam mais privacidade.

ADMINISTRAÇÃO SERVIÇO AUDITÓRIO

SETORIZAÇÃO

SANITÁRIOS

Enquanto que o auditório ganha acesso ao foyer internamente e externamente, tornando possível a utilização do mesmo em finais de semana e onde possa ser realizado palestras orientativas, campanhas e entre outros.

CIRCULAÇÃO

OCUPAÇÃO

PÁTIOS

55


56

OPERAÇÕES TOPOGRÁFICAS Os resultados dos levantamentos e traçado os eixos de circulação, permitiu direcionar as operações topográficas. Respeitar a massa arbórea existente e utiliza -la como incremento ao projeto manteve as cotas 217 até 220 inalteradas. 01

5

10

20

50

01

5

10

20

50

Afim de manter o todos os acessos ao equipamento a partir da cota 823, ela foi modificada para a entrada do auditório. Essa alteração permitirá criar um Foyer e seu desnivel será utilizado para a inclinação do auditório. Também a cota 822 foi alterada com o propósito de tornar possível a continuidade do piso do equipamento, contudo para criar um aspecto de leveza ao CAIC além de usar a ventilação induzida foi utilizado pilotis de concreto que tornam tudo possível. 01

5

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20

50

Legenda: Área de intervenção Área de utilização de pilotis

Alteração Topográfica : Autoria Própria

Escala gráfica

01

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20

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ACESSO E CIRCULAÇÃO A circulação foi dividida em quatro tipologias, sendo que os eixos principais marcados com a cor preta darão acesso aos três blocos do equipamento e sua dimensão de 2,5 m permitirá uma boa condição ao caminhar. Ele começa na entrada do edifício coberto por uma marquise e chega até a espera reservada cortando o edificio no sentido norte/sul, aproximadamente, enquanto que seu outro eixo cobre todo o sentido perpendicular que ajuda na distribuição das funções do edifício, fazendo conexão com o auditório. Em consequência disso, será criada a circulação secundária marcada na cor vermelha cujo faz a intersecção entre o programa e as áreas de espera, além de ser exposta parcialmente à ventilação e iluminação natural, recebe o fluxo do eixo principal e apresenta o mesmo sentido dele. Para restringir ao uso dos funcionários a circulação secundária diminui sua dimensão em 1m nas faces internas da administração e serviço. Além disso, será criada uma circulação de serviço marcada em amarelo, e esse acesso tem 90cm de largura e ficará disposta entre o cobogó e os blocos com a função de coletar lixo e abastecer os ambientes sem uti-

NORTE

lizar a circulação de uso comum, diminuindo a chance principalmente de contaminação por acidente. Acresenta - se trambém um circulação externa que permite a entrada e saída de funcionários e apoio logístico, como também proporcionará um respiro e uma conexão com o visual externo, permitindo também que fumantes possam utilizar essa área. Dessa forma, procurei conectar visualmente as áreas de espera com o máximo de natureza possível sendo essas conexões de grande importância principalmente ao dar a sensação de bem - estar. A propósito, os acessos foram definidos utilizando as possíveis formas de adentrar no lote, permitindo apenas a entrada através da Rua. Porto Alegre. São eles: a entrada principal, a entrada de funcionários e abastecimento, e a entrada ao auditório que está diretamente ligada ao eixo público.

NORTE LEGENDAS: EIXO PRINCIPAL DE CIRCULAÇÃO

ESPERA

CIRCULAÇÃO SECUNDÁRIA

PÁTIO OU PAISAGISMO

CIRCULAÇÃO DE SERVIÇO

CONEXÃO VISUAL COM A NATUREZA

CIRCULAÇÃO EXTERNA

ACESSOS

Detalhamento da circulação - Fonte: Autoria própria


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ESQUEMA ESTRUTURAL

Para compor o esquema estrutural do equipamento foi adotado a estrutura metálica nos três blocos utilizando o sistema convencional de pilar e viga. Uma peça de concreto foi utilizada para conectar os três blocos e demarcar a circulação, a mesma tem um pé direito de 2,5 metros que também criou a possibilidade de adicionar vidros nos vãos entre ela e a viga metálica acima dela adicionando iluminação natural ao equipamento. Para suportar o telhado foram escolhidas treliças pré - dimensionadas montadas no local facilitando o transporte dos materiais, as terças serão colocadas em baixo e em cima das treliças suportando a telha metálica. A viga calha tem a função de capitar grande parte da agua da chuva, suas extremidades contam com postos de vazão que ajuda a peça de concreto a não receber tanta carga da água da chuva. Como visto no esquema ao lado, a utilização do steel frame facilitaa obra tornando à mais limpa e com quase 0% de desperdício de materiais,além de demandar menos tempo e mão de obra.

Maquete detalhe construtivo - Fonte: Autoria própria

Maquete detalhe construtivo - Fonte: Autoria própria


59

A modulação adotada foi de 6 x 6m nos 2 blocos principais do equipamento, no auditório foi trabalhado 5 x 6m porém para não atrapalhar a vizualização dentro do auditório foi retirado o pilar central, então a solução foi criar um travamento entre as treliças ganhando sustentação para o vão de 10m. Para a fixação da pele arquitetônica no auditório foram utilizados pilares metálicos menores de 7 x 7cm, além disso essa pele tem a função de proteger o edifício dos raios solares principalmente nas fachadas leste e oeste.

Terças superiores

Vigas

Treliças

Pilares

Terças inferiores

Peça concreto

Maquete detalhe construtivo - Fonte: Autoria própria

Maquete detalhe construtivo - Fonte: Autoria própria


60

IMPLANTAÇÃO A implantação da nova instalação do CAIC, está direcionada para o eixo principal de circulação através da intermediação da praça de acesso que liga o equipamento aos pontos de ônibus, assim como ao hospital escola.

Também, foi utilizado piso intertravado paracompor o trajeto e toda a área externa ao equipamento, permitindo maior permeabilidade do solo e tornando-o mais natural ajudando na conectividade visual do entorno.

A composição de cores do equipamento como o cobogó e o telhado adotam tons de verde que se compõe com a paisagem do entorno, a intenção dessa escolha foi exatamente a relação de respeito com o entorno.

O estacionamento terá vagas apenas para funcionários e portadores de necessidades especiais, nele terá acesso através de rampa e escada para o edifício.

Dessa forma, foi criado um bosque com estares e árvores frutíferas com intuíto de promover sombra e aproveitar o espaço de espera externo. Acrescenta - se uma marquise, com estares e diversas plantas que ajudam na percepção de privacidade dos pacientes e acompanhantes. Além disso, a marquise tem pé direito mais baixo que torna a recepção mais acolhedora. As palmeiras demarcam os acessos e enquadram o eixo principal do equipamento elas também estão direcionando o trajeto da praça para o CAIC.

Contudo, o elemento de destaque será a pele arquitetônica metálica que reveste o auditório, ela é responsável por sombrear toda fachada leste - oeste e marcar visualmente, já que o mesmo será utilizado também aos finais de semana para palestras e campanhas enquanto o CAIC estiver fechado.


D

61

ACESSO PÚBLICO ACESSO TÉCNICO ( FUNCIONÁRIOS E SERVIÇO )

I

ACESSO À PARTIR DO ESTACIONAMENTO

G

MASSA ARBÓREA NATIVA + ÁRVORES PLANTADAS

B F Ra

H

mp

ad

ea

ce

E

ss

od

aR

od

ov

MORROTE ESTRATÉGICO BARRAMENTO SONORO E DE POEIRA

ia

pa

ra

oC

C

ar

los

CAMINHO ENTRE JABOTICABEIRAS - ESPERA EXTERNA

PÁTIO COM ESTARES SOMBREADOS PARCIALMENTE

A

ESTARES SOMBREADOS FUNCIONANDO COMO ESPERA EXTERNA

SO

BE

JARDIM ELEVADO COM PÉRGOLA NA ENTRADA PRINCIPAL

SO

BE

VIGA CALHA DE CONCRETO SOB ESCADA E PATAMAR DA RAMPA

B

I

SO

SO

BE

BE

SO

BE

RAMPA DE ACESSO COM INCLINAÇÃO DE 8%

BE

SO

VAGAS EXCLUSIVAS PARA PNE - PROX. À RAMPA DE ACESSO BE

SO

D

Rua

e

legr

to A

Por

BE

SO

SOBE

G

SOBE

ESTAR SOMBREADO E MARCADO POR JACARANDÁ ROXO

01 3 5

10

20

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C

Olive

A

SOBE

to de

N

SOBE

ugus

E IMPLANTAÇÃO - Autoria própria Escala Gráfica

ira

F

uis A

TRAJETO PEDESTRES ( CAIC / TRANSPORTE PÚBLICO - HOSPITAL )

H

Av. P rof. L

CAIXA D’ ÁGUA COM BOX NO TÉRREO PARA LIXO / CPFL


62

PLANTA BAIXA 01 MARQUISE

13 PÓS - CONSULTA

25 LAVANDERIA

02 HALL

14 CONSULTÓRIO

26 ALMOXARIFADO

03 ESPERA

15 VACINA

27 SALA MESTRE / DIGITAÇÃO

04 PÁTIO

16 TESTE RÁPIDO

28 ESTUDOS DIRIGIDOS

05 CIRCULAÇÃO TÉCNICA

17 MEDICAÇÃO

29 ARQUIVOS / DISCUSÃO

06 BANHEIRO MAS.

18 ACUPUNTURA

30 SALA ENFERMAGEM

07 BANHEIRO FEM.

19 NUTRIÇÃO

31 RH / PEDIDOS

08 BANHEIRO PNE

20 PSICOLOGIA

32 FOYER

09 BANHEIRO FUNCIONÁRIOS

21 SERVIÇO SOCIAL

33 BANHEIRO / PNE MASC.

10 BANHEIRO FUNCIONÁRIAS

22 COLETA

34 BANHEIRO / PNE FEM.

11 DEPÓSITO UDM

23 COPA

35 AUDITÓRIO 72 PESSOAS

12 UDM

24 COZINHA


da

I

do

via

pa

ra

Sรฃ

oC

SO BE

F

63

ar

6,6

0

9,6 0

los

2,5

E

0

SO BE

0

4,6

1,5

2

1,9

0

0,9

5

5 3,0

3

,2

1,9 4,0 5 0

0,7

0

0,7

0

0

0

12

1,3

1,9

G

H

Ro

6,0

0

16

4,6

5

,6

5

I

2,0

3,5

5

5

5

0,9

3,1

0

2,2

5

2,0

5

0,7

0 2,2

6

3,1 5

5

1,7

2,0

0

1,8 3,3

1,2 0

0

2,2

2

4,5

0

0

0,8

0

3,0

5

2,8

0

0,9

1,1

0

2,3

1,6

5

2,1

0

0

3,1

5

18

,6

5

6,0 0

1,5

2,2

5

6,0

0

G

2,2

F

4,4

0

SO

BE

0

0,8

0

1,9

2

0,7

N

3,1

SO

SO

BE

BE

2,8

5

0

3,1

1,0

5

0

1,5

9

0

H

BE

5

5

0

BE 1,5

3,0

2,2

0

0

SO

5

1,6

0,8

0

0,8

0

1,5

SO

3,3

0

5

7

1,1

8

0

0,8

1,2

3,3

1,4

SO BE

1,6 0 0,9 5

0

5

6,0

5

E

19

,9

0

01 3 5

10

20 BE

SO

PLANTA BAIXA - Autoria prรณpria Escala Grรกfica

50


64

CORTES E DETALHES


5

50

10

CORTE AA

0,30

0,68

0 1

0,90

0,50

822 0,90

0,90

65

823.3

823

5

10

50

CORTE AA

50

CORTE AA

0,68

3,20

2,50 0,30

1,57

1,08

823

0,90

824

2,00

825

2,70

0,60

0 1

823.3

0,90

0,50

822 0,90

0,90

823

5

0,90

1,57

2,50

823

1,08

CORTE BB

50

2,00

3,20

10

2,70

0 1

10

824

0,60

5

0 1

825

10

50

CORTE BB 2,70

3,20

824

2,00

5

0,60

0,90

1,57

1,08

823

2,50

0 1 825

5

CORTE BB

50

10 2,00

3,20

0,60

0,68

0,90

1,57

2,50

823

1,08

824

2,70

0,60

0 1 825

50

1,27

2,60

823.5

5

823

CORTE BB

CORTE CC

50

10

0,60

0,68

0 1

2,60

823.5

823

1,27

5

CORTE CC

50

10 0,60

0,68

0 1

2,60

823.5

823

5

CORTE CC

50

10

0,60

0,68

0 1

823.5

2,60

823

0,20 0,95

2,50

CORTE CC

0,80

5

5

50

10 0,20 0,95

0 1

50

10

0,80

0 1

2,50

10

1,27

5

1,27

0 1

CORTE DD


66

CORTE E E’ DETALHES TELA MOSQUITEIRO METÁLICA 1,70

TRELIÇA METÁLICA

0,30 0,60

2,70

1,20

VENTILAÇÃO PERMANENTE FDE

0,20

VENTILAÇÃO PERMANENTE

0,40 0,30

TERÇAS

823

0,50

1,95

PORTA DE CORRER VIDRO JATEADO

2,57

2,60

COBOGÓ + JANELAS DE CORRER

FORRO DE AMIANTO PÁTIO - COBOGÓ + JANELAS DE CORRER

0

1

3

5

DET. 01


67

3,80

4,53 1,84

2,50

0,10 0,40

0,50

823

0,50

TELHA METÁLICA VERDE

2,57

1,95

2,60

2,70

VIGA CALHA

0,30 0,40

1,20

0,60

VIGA CALHA DE CONCRETO 0,20

1,70 0,30

0,40 0,30

PELE ARQUITETÔNICA METÁLICA

TELA MOSQUITEIRO METÁLICA

3,80

1,84 0,50

0,40

GUARDA CORPO

0,50

0,10

0,40

2,50

JARDIM ELEVADO

1,84

0,10

2,50

PISO INTERTRAVADO ÁREA EXTERNA

4,53

3,80

4,53

0,30 0,40

FORRO DE AMIANTO

0,30 0,40

VIDRO FIXO (ILUMINAÇÃO NATURAL)

SAPATA DE CONCRETO

1

3

0,30 0,40

0,30 0,60

0,10

DET. 01

5

10

0,50

0,40

0,50

822

0 1

1,84

2,50

823

2,57

1,95

2,60

2,70

3,80

4,53

1,20

0,20

0,40 0,30

1,70

0

DET. 02

50

CORTE EE

5

DET. 02


68

0,40

0,40 0,30

CORTE F F’ DETALHE TRAVAMENTO ENTRE TRELIÇAS

0,90

0,90

2,50

823

TELHA METÁLICA

0,40

0,40 0,30

TELA MOSQUITEIRO METÁLICA

LUMINÁRIA DE SOBREPOR JANELAS DE VIDRO E COBOGÓ

0,90

0,90

2,50

823

BALCÃO DA RECEPÇÃO

MURO DE ARRIMO DO PÁTIO

TERÇA E TELHA METÁLICA PARA A CALHA

3

2,50

1,96

0,40

0,50

0,90

0,90

0,50

0,95

823 822

1

0,40 0,30

0

DET. 03

0 1

5

10

50

CORTE FF

5

DET. 03


69

CORTE G G’ DETALHE 0,10

0,40

LAJE FORRO

2,50

2,70

VIDRO FIXO

0,50

TELA MOSQUITEIRO METÁLICA

0,10

0,40

VIGA METÁLICA APARENTE PORTA DE CORRER VIDRO JATEADO

2,50

2,70

PILAR METÁLICO APARENTE

0,50

BALCÃO DA RECEPÇÃO

VENTILAÇÃO PERMANENTE

1

3

1,00

0,40

824

2,70

0,10

0,30

0

823

0,50 1,20

0,50

2,50

823

2,00

2,60

3,38

DET. 04

0,50

0,60

TERÇA E TELHA METÁLICA PARA A CALHA

0 1

5

10

50

CORTE GG

5

DET. 04


70

CORTE H H’ DETALHES TERÇA LAJE FORRO

0,30

VIGA CALHA

0,60

FORRO DE AMIANTO

0,60

VENTILAÇÃO PERMANENTE

2,60

PORTA DE CORRER VIDRO JATEADO

GUARDA CORPO METAL E VIDRO 0,90

ESTAR ALVENARIA + EPOXY MÃO FRANCESA

0

1

3

5

DET. 05


71

1,56

0,07

VIGA INVERTIDA MARQUISE

0,10 3,20

0,30

0,38

0,07 0,10

0,30

0,38

0,10

0,38 2,50

2,55

3,20

PÉRGOLA PISO PÁTIO PEDRAS RETANGULARES 3,20

2,50

2,55

JARDIM ELEVADO SAPATA DE CONCRETO

1

3

0,30

0,38

0,60

0,10

0,30

0,30

0,60

0,10

1,56

0,07

0

824 2,80

823

0,50

2,50

2,55

3,20 2,60 0,90

2,60

0,30

COBOGÓ E JANELA DE VIDRO

0,10

0,30

VENTILAÇÃO PERMANENTE 0,10

0,60

0,30

TERÇA

1,56

0,90

1,56

2,50

2,55

2,60

TRELIÇA METÁLICA

0,10

0,60

0,07

TELHA IMBUTIDA METÁLICA

0,30

0,30

0,60

ARREMATE METÁLICO

DET. 06

DET. 05

0 1

5

10

50

CORTE HH

5

DET. 06


72

CORTE I I’ DETALHE TRELIÇA METÁLICA FORRO MINERAL ACÚSTICO 0,74

JANELA DE VIDRO

0,40 0,30

VIGA CALHA DE CONCRETO 0,10

JANELA DE VIDRO

0,20

TELHA METÁLICA APOIADA EM TERÇAS I = 3%

2,70

0,20 2,50

0,50

823

0,50

VIDRO FIXO

2,50

2,90

3,50

ESTAR ALVENARIA + EPOXY VERMELHO

2,70

0,10

823

0,40 0,30

2,90

FORRO AMIANTO

0,74

3,50

JANELA DE VIDRO

0

0,5

1

3

3,50

2,70

0,85

0,90

0,50

2,90

2,50

823

2,00

0,60 3,20 1,57

824

1,08

825

2,90

2,21

ALVENARIA 50 cm

DET. 03

0 1

5

10

50

CORTE II

5

DET. 07


73


74

MATERIALIDADE Telha metálica / sanduiche / verde

Treliça metálica

Corte perspectivado - sem escala Fonte: Autoria própria

Tela mosquiteiro metálica Terças

Viga calha

Ventilação permanente

Forro - painéis de amianto

Laje

Porta / correr / jateado Porta Vidro Correr - 5 folhas / 1 fixa Piso epóxi hospitalar Alvenaria 50 cm

Forro mineral acústico

Esquadria metálica/ ventilação permanente / EF -18 FDE

Cobogó - Golubov 30x30x9 cm

Drywall - estrutura aço galvanizado

Pele metálica


75

Corte perspectivado - sem escala Fonte: Autoria própria

Vidro entre vigas

Treliça metálica

Forro mineral acústico

Telha metálica / sanduiche / verde Concreto

Alvenaria / revestida cimento queimado Porta aço corten Alvenaria / tinta epoxy vermelha

Forro - painéis de amianto

Viga metálica / formato


76

VENTILAÇÃO Corte perspectivado - sem escala Fonte: Autoria própria

As telas permitem a ventilação cruzada no ático

O Pátio funciona como um pulmão A pele arquitetônica não interrompe a ventilação

Ventilação permanente

Duto acompanha pilar Porta elevada Captação da ventilação natural por duto

Janelas de correr para controlar a incidência dos ventos e tempestades


77


78

PERSPECTIVAS

O trajeto principal dos pedestre que chegam de transporte público tem em seu caminho estares e um bom espaço para caminhar - Fonte: Autoria Própria

As palmeiras marcam o eixo principal de circulação, assim como o acesso público - Fonte: Autoria Própria


79

O afastamento entre o auditório equipamento criam um eixo de vizualização e enquadramento - Fonte: Autoria Própria

A luz natural, os canteiros assim como os estares ajudam a marquise a passar a sensação de acolhimento tão importante para o usuário do CAIC- Fonte: Autoria Própria


80

A recepção recebe muita luz natural isso acontece por estar localizada entre os eixos de circulação e ao lado de um pátio - Fonte: Autoria Própria


81

O pátio é responsável por renovar o ar, diminuir gastos com energia e principalmente conectar o usuário com a luz do sol e seus benefícios - Fonte: Autoria Própria


82

A utilização de vidro jateado juntamente à ventilação permanente quebram a empena cega, a permeabilidade visual amplia o espaço - Fonte: Autoria Própria


83

A administração e serviço recebem uma cor diferenciada, com isso cria - se uma gestão visual organizando melhor o equipamento - Fonte: Autoria Própria


84

Os vãos criados pela estrutura aumentam ainda mais o poder da ventilação e da iluminação natural - Fonte: Autoria Própria


85

O foyer conta com estares e banheiros de uso geral com fraudário - Fonte: Autoria Própria

O bosque de frutas chega até a lateral do foyer, protegido pelo morrote que acompanha a topografia- Fonte: Autoria Própria


86

O gradil metálico permite a ventilação por baixo do prédio que chega aos dutos do pátio, interrompendo a passagem de sujeira como (sacos plásticos) - Fonte: Autoria Própria

O enquadramento do eixo de visualização entre os blocos e o auditório permite ao usuário conectar - se à natureza - Fonte: Autoria Própria


87

Eixo de visualização entre o foyer e a marquise - Fonte: Autoria Própria

O auditório será utilizado para reuniões com toda equipe, campanhas e palestras- Fonte: Autoria Própria


88

O estacionamento é pequeno e atenderá apenas funcionários e portadores de necessidades especiais - Fonte: Autoria Própria


89


90

Recorte nº 9: “Não, no posto eu não vou. eu só trato aqui. Ah, comigo são legal. A mulher ali... profissional de saúde x, por mim são legal. Os médico também se preocupa comigo. (Sujeito 4, 45 anos, solteiro 8 anos de estudo).


91

7

ANEXOS


92

ENTREVISTA Centro de Atendimento de Infecções Crônicas São Carlos - SP Entrevistada: Cíntia Martins Ruggiero

Formação: Universidade de São Paulo (USP - SÃO PAULO) ano 2003. 1. Cíntia Qual sua Formação? E sua formação influencia na sua função hoje? Enfermeira com especializações em: Acupuntura, Terapia intensiva e Saúde coletiva, por um bom tempo ela realizou atendimentos aos pacientes com a acupuntura, ela relatou que os pacientes sentem dor por causa das medicações, e hoje não faz mais essas seções por falta de um local apropriado. E a especialização de saúde coletiva agrega muito pois ela é direcionada ao serviço público. 2. Você já trabalhou em outra função da enfermagem? Quais foram suas experiências profissionais antes do CAIC? Sim, trabalhava em área hospitalar, UTI e atendimento médico cirúrgico. 3. O que implicou a mudança do CEME para o CAIC? Gerou transtornos ou problemas? A priori ela respondeu que não, que os pacientes preferiram pois era mais reservado, ou seja, saiu do centro de especializações que é bem amplo e atende muita gente, porem eu sabia da farmácia e forcei a pergunta, ela disse que o problema maior da farmácia é o espaço que é pequeno e a falta de farmacêutico na rede (acredito que ela quis dizer que o poder público não disponibilizaria ou não quis disponibilizar um servidor).

4. Como vocês chegam até as pessoas? Quais as dificuldades? O espaço agrega ao estudo? Poderia melhorar em que sentido? Chegam de várias formas, indicados por unidades básicas de saúde, consultórios particulares, internados com diagnóstico, o site atrai muitos as pessoas que mostram mais preocupação com o sigilo, quanto as dificuldades ela disse que não tem dificuldade de trazer pessoas, os testes rápidos atraem bastante gente é um programa muito bom, as pessoas indicam pessoas para ir ao CAIC mais do que vem das UBS, ( o boca boca funciona muito bem), quanto ao espaço ela fala que o espaço poderia ser melhor principalmente a quantidade de salas de consulta, tem apenas 3 para 10 médicos isso restringe muito os horários, fora os atendimentos da enfermagem e psicóloga. 5. Qual é a relação que os usuários do CAIC têm com o espaço? Quantas pessoas vocês atendem por dia em média? Tem dia ou horários de pico? Não tem nenhum tipo de grupo, ou palestras, nada do tipo, mas entra numa questão delicada, que existem as que não vão querer participar por medo de se expor mas existe as que não ligam e farão numa boa e até preferem conversar com pessoas com o mesmo problema. Ela disse que cada medico atende em média 10 pessoas por dia, mais os pacientes da enfermagem, da assistente social, da psicóloga, e pessoas que vão apenas fazer testes rápidos, eu estimo que seja 100 a 110 pessoas por dia. Ela disse que o atendimento no período da manhã é bem mais intenso.


93 6. Para você qual seria um espaço ideal para as atividades aqui realizadas, o que traria mais vantagens por exemplo na adesão de tratamentos? Tem boas referências de espaços similares? Eu indiquei alguns elementos e usos pois ela não sabia me responder, minha pergunta não foi tão clara para uma enfermeira, perguntei de um pátio central, ela gostou bastante até se empolgou, falei sobre ventilação e iluminação, mas me pareceu ser algo que eles não têm noção da importância. Quanto a adesão de tratamento ela já até desanimou a feição, disse que sempre foi o maior desafio de qualquer serviço de qualquer município, eu citei que li um livro sobre a história da Aids e que lá já relatava que dês dos primeiros tratamentos mesmo que não tão efetivos quanto os tratamentos atuais, já tinha muita dificuldade. Ela disse algo bem importante para minha ideia de CRT, que foi que nós temos que pensar que, a adesão começa dês do primeiro contato com o paciente, o cuidado na tratativa é muito importante, e sobre o vínculo com o paciente, manter o vínculo com o paciente é primordial para a continuidade do tratamento. Eu aproveitei a deixa e perguntei quem que passava treinamento para os funcionários, citei as recepcionistas, disse que então deveria começar por lá e isso exigiria um treinamento, ela me respondeu que os funcionários do CAIC tinham que ser escolhidos com muito critério, exige um perfil reforçou, principalmente na parte ética e de sigilo, apesar de ser uma obrigação. Eu me questionei enquanto transcrevia esse documento pois: como que eles filtram perfil ou selecionam funcionários “perfeitos para a área” sendo que são todos concursados, não me convenceu, acredito que o que ela disse foi apenas o que ela acredita ser melhor ideologicamente, mas pode ser um equívoco. Sobre referência ela passou o SESA de Araraquara, ela disse que é antigo sim o edifício, mas atende melhor que o CAIC, pois o mesmo não é uma casa reformada. Eu já tinha pesquisado esse equipamento trata - se de um equipamento vinculado a USP.

7. Quais são os usos que ocorrem no equipamento? E o que acontece no espaço? Recepção, pós consulta, sala de reunião, sala de procedimentos 3 consultórios médicos, uma sala para assistente social de manhã e psicóloga atende à tarde, teste rápido, 3 banheiros, copa, sala de espera no fundo, almoxarifado, coleta de exames, limpeza, uma sala administrativa, e a sala de trabalho computadores, 2 enfermeiras 1 nutricionista e a psicóloga, perguntei pra ela se seria legal algumas segmentações nessas salas que dividem funções, ela respondeu com risos que seria ótimo se separasse, parecia estar incomodada com a divisão com as colegas. Sobre o almoxarifado ela disse que não seria preciso uma segunda sala por causa que é suficiente o espaço para a demanda, mais eu vi a sala e estava tudo desorganizado por falta de espaço, tinha um armário de aço apenas daqueles vazados, ela disse também que a sala da assistente social e psicóloga deveria ser separada. Notei que havia um cantinho num jardim de inverno que tinha alguns brinquedos. A sala administrativa trabalha com 2 funcionárias uma que cuida de RH e outra de solicitação de material. Perguntei do estacionamento ela disse que o mesmo era apenas para funcionários e que isso é um problema. Perguntei sobre a quantidade de consultórios ela disse que é insuficiente a quantidade, pois eles contam com 10 médicos e só tem 3 espaços para atendimento. 8. Quantos profissionais trabalham aqui? Quais os tipos de profissionais? Há alternância de turnos ou de servidores? 3 administrativas, 3 técnicas de enfermagem, coordenadora, psicóloga, assistente social, nutricionista, moça da limpeza. Existem algumas informações adicionais como a alternância entre 10 médicos e a alternância da assistente social e a psicóloga.


94

9.

Qual o horário de funcionamento?

O equipamento funciona das 7:00 às 17:00 horas 10. O espaço atende as necessidades dos usuários e servidores? Quais as principais qualidades? E seus problemas? Ela disse que atende tirando a questão da farmácia citada anteriormente. A principal e talvez única vantagem do prédio é a localização, o estacionamento ela comenta que os cadeirantes podem utilizar, mas é destinado aos funcionários. Quanto aos problemas, ela diz que é um prédio antigo que tem muito problema elétrico e hidráulico, que as infiltrações são bem frequentes e que as auditorias sempre pegam no pé nesse quesito. 11. Eu sei que vocês atendem regionalmente, gostaria de saber a sua opinião sobre essa relação com usuários da região? Quais são as preocupações como transporte e medicação, por exemplo? Ela começa dizendo que depende, pois tem gente que vem com as ambulâncias de seus municípios, tem pessoas que veem de ônibus, de carro. Ela cita que quem vem de ambulância dos municípios sofre bastante, pois eles saem por exemplo de madrugada e a consulta as vezes é as 14 horas, outro exemplo que ela dá é de um paciente que tem consulta cedo termina rápido, mas a ambulância tem que esperar por exemplo uma hemodiálise na santa Casa que acaba sendo lá pelas 15 horas, chegar e sair na hora que a condução faz, e a condução não vai na farmácia, aliás esse é o maior problema, acaba atrapalhando até mesmo em adesões ao tratamento.

12. Qual sua opinião quanto a relevância de se criar em São Carlos uma CRT da área, já que a única existente se localiza em São Paulo? Facilitaria em treinamentos para a cidade e região? Ela sorriu quando fiz essa pergunta, parecia bem aborrecida e desesperança com o órgão público e responde, com a experiência que eu tenho vendo no dia, dia, não vejo isso nem como um sonho! Ela disse que sonha com um CTA (centro de testagem e acolhimento) eu pergunto se não tem paciente suficiente para ter um CTA, ela responde que não com uma forte entonação, diz que não vai ter investimento, que já tentaram e não tem boas resposta, disse que a importância do CTA é grande, pois se trata de demanda livre, é um lugar que só faz testagem, então o paciente chega e já faz, ela diz que o CRT também seria ótimo, mas o desanimo é que “isso está longe de acontecer em São Carlos”, “jamais teremos isso aqui!”


Relatório de visita – Centro de Atendimento de Infecções Crônicas (CAIC) - São Carlos - SP

Fonte da imagem: http://www.saocarlosagora.com.br/cidade/noticia/2016/03/04/72283/centro-de-infeccoes-cronicas-de-sao-carlos-realiza-campanha-em-busca-ativa -de-casos-de-tuberculose/

No dia 31 de outubro de 2017 realizei a visita ao Centro de Atendimento de Infecções Crônicas (CAIC) localizado no município de São Carlos, com o intuito de observar o ambiente como também entrevistar um profissional da área selecionada para o TGI. A visita foi agendada anteriormente e concedida pela responsável técnica e alvo da entrevista, a enfermeira Cintia Martins Ruggiero, a qual disponibilizou – se gentilmente a acompanhar a visita. Um ponto de dificuldade encontrado logo na minha chegada ao local relaciona – se ao momento de estacionar o veículo. Necessitei dar diversas voltas pelo entorno do CAIC para encontrar uma vaga de estacionamento, pois o estacionamento da unidade está restrito aos funcionários (devido a acidentes entre funcionários e pacientes anteriormente, optou – se por restringir ao uso dos funcionários), e na via não encontrava vaga pública ou de zona azul devido ao horário comercial (14h 30min).

Enquanto aguardava na recepção (fica no campo visual da rua) 95 pelo atendimento da enfermeira Cintia, um fator bem marcante foi que fiquei preocupado de ser reconhecido por alguém que passava na rua e pressupor que eu estaria doente. Na recepção notei diversos elementos como: 3 janelas criando ventilação cruzada com a porta de entrada; 2 longarinas dispostas dos dois lados da recepção (do lado da porta de entrada e outra debaixo do quadro de informações); portas e janelas de vidro (contribuindo favoravelmente para a iluminação natural,); forro de PVC (assim como luminárias, piso, janelas e porta de entrada não é original, foi resultado do restauro antes da nova ocupação). Na recepção também dispõe de um balcão com computador e um quadro de informações. Assim que fui atendido pela enfermeira e por já ter uma noção do espaço (um mês antes eu fiz uma visita para ter uma previa do local), fomos diretamente para um consultório médico desocupado para fazer a entrevista com maior privacidade. Lá perguntei se poderia tirar algumas fotos para o trabalho, expliquei que não iria divulgar que seria apenas para um trabalho acadêmico, mas foi negado. Após a entrevista fomos conhecer todos os ambientes possíveis pois alguns estavam sendo utilizados para consulta ou atendimentos ao público.


96 Consultórios Médicos: aproveitando que eu estava dentro de um consultório na entrevista, pude observar que o espaço do é suficiente, porém a quantidade de consultórios é insuficiente, pois necessitaria de no mínimo 5 consultórios, pois a equipe conta com 10 médicos, que poderiam atuar revezando em dois turnos. Sala Mestre / Digitação: geralmente trabalham 4 pessoas simultaneamente nesse espaço, duas enfermeiras, Nutricionista e Psicóloga. Elas realizam o trabalho de digitalizar e transcrever informações para armazenamento e posterior envio aos polos de referência dos programas atendidos nessa instituição, como por exemplo o programa de controle à tuberculose. Pós – Consulta: as dimensões da sala estão coerentes, porém sua localização não é adequada, pois nesta sala o paciente é notificado de medicações e procedimentos a serem tomados conforme a necessidade. E esses motivos acabam gerando uma situação constrangedora, principalmente por ter tanto fluxo de pessoas por ali, e ficar à vista da circulação principal do prédio. Recepção: é um espaço muito ventilado e iluminado, porém essa permeabilidade visual possa ser um ponto negativo. A enfermeira explicou que existem casos que as pessoas se preocupam muito e em outros nem ligam para essa privacidade, entre tanto com a experiência que eu tive de estar ali sentado me expondo e unindo alguns trechos da dissertação de mestrado que apontam diversos relatos de questões de sigilo, concluo que em um primeiro momento seria melhor não expor tanto como é hoje no CAIC. Sala Prontuários e Reuniões: Sala destinada principalmente ao arquivamento de prontuários, pois ainda não foi implantado um sistema de prontuário eletrônico, por falta de recursos físicos do estabelecimento. A sala também funciona com outras funções como: Reuniões, pesquisas, discussão de casos clínicos e também prepara se kits para campanhas.

Sala de Vacinas: uma sala equipada com geladeira de vacina, um balcão molhado, mesa de escritório, armário para utensílios, a sala tem grande importância pois todo medicamento de doenças como por exemplo: HIV/AIDS são enviadas para esta sala, evitando a exposição dessas pessoas a locais como UBS, pois ela teria que se identificar para receber a vacina, e causaria constrangimento ao paciente. Espaço para crianças: No jardim de inverno fica localizado o espaço para as crianças, tem pouco brinquedo, porém tem grande importância principalmente na hora de medicar o acompanhante da mesma, evitando assim acidentes, que poderiam colocar em risco a vida das crianças, por exemplo: um acidente com agulha de vacinação contaminada. Sala da assistente social e psicóloga: é um ambiente que deveria ser separado, pois são trabalho diferentes, com tratativas distintas, outro fator é que não comporta as duas funções simultaneamente. Sala de Teste Rápido: esta sala, ao contrário do que acontece no CAIC deveria ser bem arejada, com ventilação cruzada e iluminação natural, pois nas condições que a mesma foi encontrada o risco de contaminação do paciente para o profissional é muito grande. Já que a sala não tem janelas e a porta tem que ser fechada para os procedimentos, o risco se torna ainda maior. Um exemplo bem comum que a enfermeira citou é por exemplo: um tuberculoso em fase latente, pode transmitir muito rapidamente sua doença pelo fato do remédio levar 15 dias para começar a inibir a doença, e pacientes com o vírus do HIV em estágios de pouco tratamento ou com a imunidade já comprometida, poderia ser contaminado e assim aumentando muito sua chance de óbito.


97 Copa: este espaço não dá condições aos funcionários de se reunirem no ambiente para realizarem refeições, realmente o espaço é muito pequeno, sem ventilação, com o mínimo. Banheiros: existem 3 banheiros no estabelecimento, um feminino e outro masculino e um terceiro para funcionários, não existe banheiro para portadores de necessidades especiais, eles utilizam o banheiro comum. Considero os banheiros pequenos e um problema grande do local. Depósito de materiais de limpeza (DML): o espaço foi uma adaptação em drywall e um dimensionamento bem condensado, que como resultado atrapalha no manejo dos materiais e organização do local. Espera reservada: ao meu ver foi o espaço que mais julguei como interessante, ainda mais por ter plena consciência de que é importante o sigilo dos pacientes, tinham muitas cadeiras, é bem arejado pois é aberto para o estacionamento, talvez seja um problema em chuvas de vento, mas gostei bastante e levarei um ambiente assim para minha proposta. Almoxarifado: Assim como o DML o almoxarifado foi constituído em uma parcela da sala administrativa, também em drywall, porém a enfermeira citou que o espaço é suficiente para atender a demanda do estabelecimento, na minha percepção estava bem bagunçado por falta de espaço, existiam materiais sobrepostos.

Administração: o ultimo espaço em que visitei me deu uma impressão claustrofóbica bem grande pois o layout da sala era sufocante, uma empena cega criada entre armários e a parede de drywall do almoxarifado tornou ainda mais desagradável esse ambiente, pude perceber que trabalhavam duas mulheres na sala, uma cuida dos recursos humanos e a outra de pedidos e documentos. Rampa de acesso para (PNE): a rampa é coberta por uma marquise em toda sua extensão e torna todo o espaço do CAIC acessível através da espera reservada. Em contrapartida a calcada não apresenta acesso a cadeirantes na frente do prédio, apenas nas extremidades da via. Conclusão: Com todas as informações e conhecimento dos problemas e vantagens do estabelecimento, pude absorver muitas informações que agregaram no meu projeto. Algo importante que notei foi a ventilação da circulação principal (corredor), que é bem expressiva forçando uma ventilação cruzada graças as 3 aberturas que existem na fachada do prédio (janelas e portas) ligadas a abertura da espera reservada. Vários espaços insuficientes me deram a percepção de ser generoso (não extravagante) no momento de projetar cada ambiente. São diversas importâncias simples, porém acabam passando despercebido por não conhecer a fundo um ambiente similar.


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Recorte nº 1: “Pra mim foi normal. Tinha muitas relações e uso de droga, né?! Não fiquei tão chocado com o HIV como fiquei com o da tuberculose” (Sujeito 4, 45 anos, solteiro 8 anos de estudo).


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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


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