TDAH OU
FALTA DE ESTUDO? Ajude seu filho a ir bem na escola
TDAH OU FALTA DE ESTUDO?
Ajude seu filho a ir bem na escola
Você trabalha o dia todo para atingir seus objetivos de vida e, permanentemente, tem o pensamento no seu filho. Lá no fundo... ou perto mesmo da sua consciência... está aquela preocupação com o futuro dele.
A escola que você elegeu para ele é boa, é até ótima, mas será que ele está realmente aprendendo e sendo preparado para ter segurança e estabilidade na vida adulta? Este e-book traz para você a clareza do que precisa ser feito para orientar, organizar e garantir o bom rendimento do seu filho nos estudos. Já sabemos que esta responsabilidade não deve ser transferida para a escola de forma indiscriminada. Os pais têm papel fundamental e, mais especificamente, afetivo, no sucesso escolar dos filhos. Sendo assim, convidamos você a exercitar sua capacidade de atenção e dedicação para a leitura desse material. Em seguida, lembre-se de compartilhar esse conteúdo com os pais dos amigos do seu filho, para que todos possam usufruir dos benefícios do conhecimento sobre o aprendizado.
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Este conteúdo foi produzido com base em textos da especialista em Educação Infantil Solange Jacob, diretora pedagógica do Método SUPERA – Ginástica para o Cérebro
Cientista Social com foco em Educação pela Universidade de Madri|FLACSO Argentina, Solange Jacob é mestre em Processos Cognitivos pela Universidade de Validolid. Especialista em Intervenção Cognitiva e Aprendizagem Mediada. Membro da Red Pikler Nuestra America e Rede Pikler-Lóczy Brasil
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SUMÁRIO 1. Como driblar as dificuldades de aprendizado e concentração na infância e na adolescência. Os distúrbios mais comuns na aprendizagem. Saiba identificar sintomas. 2. TDAH e dislexia. Como os pais podem ajudar na vida escolar de crianças e adolescentes que apresentam distúrbios. 3. Os fatores socioemocionais que podem afetar o aprendizado. Como lidar com traumas, perdas de memória e oscilação de humor. Conheça alguns métodos cognitivos. 4. Como orientar o filho na hora das tarefas. Dicas e segredos de especialistas para o sucesso escolar de crianças e adolescentes. 5. Os benefícios da ginástica cerebral e dos exercícios físicos para a aprendizagem. Música e dança também estimulam o cérebro
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Como driblar as dificuldades de aprendizado e concentração na infância e na adolescência Os distúrbios mais comuns na aprendizagem. Saiba identificar sintomas.
Segundo especialistas em aprendizagem, as dificuldades de crianças e jovens em assimilar ensinamentos têm origem em fatores biológicos. Entretanto, os elementos de maior impacto no desempenho desse público são o ambiente escolhido para os estudos e as experiências de vida que ele tem. Por esta razão, antes de afirmar que eles estão com distúrbios de concentração, memória ou foco, é importante fazer um diagnóstico. Em casa, os pais devem verificar o nível de conhecimento do filho. Ele já está alfabetizado? Conhece o código do seu idioma, as 26 letras do alfabeto? Aprendeu como combiná-las para escrever e como decodificá-las para ler? Observe por exemplo como ele lê uma conta de luz, escreve um bilhete ou folheia um livro. A aprendizagem acontece quando começamos a entender o que as pessoas falam e também quando conseguimos nos fazer entender, seja verbalmente ou por escrito. Para ajudar na vida escolar do filho, os pais também podem verificar o nível de interesse e concentração que ele tem em cada atividade proposta, mesmo que não seja uma atividade diretamente ligada aos estudos. Aos 5 anos de idade, por exemplo, a criança tem um período de concentração muito pequeno, que vai de 5 a 8 minutos, isso se ela estiver em condições ideais. Verifique os seguintes pontos:
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• Os canais sensoriais (audição, visão, temperatura, equilíbrio e dor) estão funcionando bem. • Dormiu bem • Está bem alimentada • Está vivenciando, no momento da aprendizagem, situações emocionais que precisam ser reguladas (medo, ansiedade, tristeza, etc). Tudo isso impacta na qualidade da atenção e no tempo que a criança permanece concentrada em uma tarefa. A concentração tem influência direta no processo de aprendizagem. Para que uma criança ceda sua atenção para uma determinada situação, é preciso que essa situação tenha significado para ela. A criança tem necessidade de entender por que está aprendendo cada matperia. É preciso que as situações de aprendizagem dentro da escola e nos ambientes familiares tenham coerência e que os aprendizados tenham significado. O ideal é que os pais e, claro, também os professores, conheçam o processamento cerebral e o ritmo de desenvolvimento neurológico de cada criança, para adequarem tempo, espaços, recursos e estratégias de ensino que favoreçam a organização da aprendizagem. Toda conexão simples (experiências empobrecidas), que envolvem poucas redes de memória, tem mais chance de ser esquecida. Uma situação de aprendizagem que utiliza poucos canais sensoriais de recepção de estímulos não despertará interesse na criança. Sem interesse, não há atenção e consequentemente não há aprendizado. Devemos sempre recompensar com carinho e afeto uma criança que demonstre interesse em entender o porquê de ela estar aprendendo determinada coisa. Esse é o caminho para o desenvolvimento da sua atenção, concentração e do seu aprendizado.
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Diagnóstico X Sintomas Para superar as dificuldades de aprendizagem, é muito importante que tanto os pais quanto os educadores compreendam exatamente em quais áreas estão os déficits. É necessário compreender não apenas cada uma das dificuldades, mas também como elas podem agravar umas às outras. Para maximizar as chances de melhora, todas as dificuldades precisam ser abordadas. Não basta a escola dizer que o aluno tem dificuldades de aprendizagem, é preciso identificar quais são elas: • Dificuldade de percepção visual? • Dificuldade de atenção? • Dificuldade de processamento da linguagem? • Dificuldade motora fina? • Progride em ritmo mais lento do que o habitual? • O desempenho escolar é inconsistente? • Há perda de interesse pela aprendizagem? • Apresenta declínio na confiança e na autoestima? Procure também identificar, junto ao jovem, o que ele não consegue aprender. Aprender exige uma série de estratégias que são construídas pelo próprio aprendiz e outras que podem ser construídas com auxílio de um mediador. Tenha em mente que o sucesso escolar começa em casa e nas competências socioemocionais construídas por toda a infância e adolescência. Juntos: escola, família e criança podem identificar as dificuldades e elaborar um plano com estratégias para reverter esta situação.
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Outros fatores ligados ao desempenho escolar Muito se ouve falar sobre déficit de atenção principalmente na fase escolar. A atenção, ou a falta dela, parece estar no centro dos problemas de crianças e adolescentes. Mas além da atenção, o cérebro desenvolve uma série de habilidades importantes para o aprendizado. Desse modo, o desempenho do jovem na escola está ligado também a outros fatores, como por exemplo as habilidades cognitivas. Atenção, memória de trabalho, flexibilidade mental e autocontrole são os principais fatores que determinam o progresso do adolescente na escola. A atenção é a porta de entrada para o aprendizado e está relacionada a diversos processos cognitivos integrantes das funções executivas como:
DICAS: A chave para evitar os distratores, mantendo o foco em uma determinada tarefa, é justamente treinar a atenção. O mais importante é saber que o cérebro é modificável e pode ser treinado para a melhora de sua eficiência. Se uma criança ou um adolescente foi diagnosticado com déficit de atenção, procure a equipe de especialistas responsável pelo diagnóstico.
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Dificuldade de concentração A concentração é a capacidade de manter o foco da atenção em uma determinada tarefa ou atividade por um tempo mais prolongado com o mesmo padrão de consistência. A melhor estratégia para os jovens que apresentam dificuldade com concentração é treinar a atenção para que se permaneça um tempo maior na tarefa. Uma boa maneira de começar esse treinamento é organizando e estabelecendo rotinas, regras e limites.
DICAS: Estabeleça, junto com o adolescente, uma programação diária e certifique-se de que ele está cumprindo-a. Auxilie-o no que for preciso para seguir estas rotinas e as regras estabelecidas. Com isso, o jovem passará a construir uma compreensão mais completa das questões de sua aprendizagem e atenção. O estudante precisa saber afastar-se de distrações, por isso é melhor evitar comportamentos multitarefa, como por exemplo: estudar e checar a todo tempo o celular, ou o feed de notícias das redes sociais. Até mesmo copiar um conteúdo do quadro no momento em que o professor faz as explicações não é o mais indicado para o jovem que apresenta dificuldade em se concentrar. O ideal é direcionar o foco exclusivamente para uma atividade. A atenção e a concentração são habilidades cognitivas que podem ser treinadas.
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TDAH e Dislexia Como os pais podem ajudar na vida escolar de crianças e adolescentes que apresentam distúrbios.
Antes de falar sobre distúrbios comportamentais e seus tratamentos, é importante esclarecer uma série de mitos que se formaram em torno do tema. Primeiramente, a hiperatividade e a agitação não significam, necessariamente, distúrbios e podem somente ser resultado de um perfil de personalidade adquirido pela cultura. Então, não é porque um jovem apresenta comportamento inquieto que ele tem TDAH ou dislexia. Segundo, Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e hiperatividade não são a mesma coisa. O TDAH é categorizado por um padrão de comportamento que pode resultar em problemas de desempenho em ambientes sociais, educacionais ou profissionais e levar a excessivo déficit atencional e problemas de memória operacional. Caracteriza-se, também, por dificuldade em prestar atenção em detalhes, esquecimentos frequentes, dificuldade para organizar as tarefas ou atividades, terminar seus trabalhos ou não escutar o que é dito, fala excessiva, incapacidade de aprender com o erro, comportamento irrequieto ou incapacidade de permanecer sentado em situações adequadas ou de se controlar de acordo com a necessidade e com as exigências do contexto.
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A hiperatividade é entendida como uma agitação além do normal, sendo compreendida como um sintoma do TDAH. A hiperatividade é desassociada dos demais problemas do TDAH: isso significa que uma criança pode apresentar agitação excessiva, mas não ter déficit atencional por exemplo. Já a dislexia é considerada um transtorno específico de aprendizagem de origem neurobiológica, caracterizada por dificuldade no reconhecimento preciso e/ou fluente da palavra, na habilidade de decodificação e em soletração. Alguns sinais que apontam a presença de dislexia são: atraso do desenvolvimento da fala e da linguagem, dificuldade de aprender rimas e canções, fraco desenvolvimento da coordenação motora. O diagnóstico de qualquer dos distúrbios citados acima deve ser realizado por neuropediatras e psiquiatras infantis, que conduzirão o tratamento mais adequado juntamente com uma equipe multidisciplinar e com a família.
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Recursos para disléxicos
A dislexia é de fato um transtorno de difícil diagnóstico, pois depende da experiência dos profissionais envolvidos, sejam eles professores, neurologistas, fonoaudiólogos ou psicólogos, exigindo um maior aprofundamento e conhecimento de como promover as melhores estratégias de aprendizagem para o aluno. Requer um viés multidisciplinar para o seu correto tratamento, além das formas mais adequadas para auxiliar no desenvolvimento de cada criança portadora da dislexia. Visto que um dos principais traços percebidos nos disléxicos é a dificuldade na fluência da palavra e no reconhecimento e decodificação dos vocábulos, a ginástica cerebral aparece como excelente recurso no tratamento da dislexia. Ela trabalha processos cerebrais complexos, agindo na reorganização funcional da circuitaria neuronal, treinando as diversas habilidades cognitivas, entre elas: atenção, memória de trabalho, flexibilidade mental e autocontrole. Isso impacta positivamente na qualidade de aprendizagem da criança disléxica. A ginástica cerebral não atua especificamente na dificuldade de leitura, no entanto desenvolve atividades que promovem, ludicamente, a formação das palavras, o uso adequado das sílabas e a colocação das letras em cada lugar.
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Dificuldade no aprendizado da matemática e do português
O bloqueio no entendimento do português e da matemática pode estar associado, tendo em vista que dificuldade em matemática pode envolver problemas com a compreensão da linguagem. É preciso investigar com uma equipe multidisciplinar o que pode estar impactando na aprendizagem. Fatores biológicos, experiências de vida e o ambiente onde o jovem está inserido são aspectos que refletem na dificuldade de aprender. Para a superação dessas dificuldades é muito importante que tanto os pais quanto os educadores compreendam exatamente em quais áreas estão os déficits. Já pensou que a matemática pode ser a disciplina predileta do seu filho? Muitas vezes, o “medo” dos números pode afastá-lo dessa prática. Além de garantir notas boas no boletim escolar, bom desempenho nas avaliações a até mesmo simplificar as contas do dia a dia, fazer cálculos é uma forma de ginástica cerebral. De acordo com a neurocientista Dra. Carla Tieppo, o cérebro humano é especialista em reconhecer padrões. Quando o assunto é a matemática, os padrões reconhecidos são os números, os símbolos das operações, além das frações e equações.
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A ginástica cerebral pode ser utilizada como uma estratégia para ajudar o jovem a treinar a atenção e a permanecer por mais tempo concentrado em uma tarefa. Porém ela deve estar associada a hábitos de estudo saudáveis. Veja dicas:
DICAS: 1. Planejar os estudos, relacionando e ordenando o que é necessário: livros; cadernos; sites; apontamentos; apostilas; tempo necessário. 2. Ler com atenção o conteúdo a ser estudado. Se necessário, divida o texto em partes. 3. Durante a leitura, anotar a lápis ao lado das informações, usar cores para destacar as informações, grifar o que é importante. Identificar quais são as ideias principais, discriminando-as das acessórias. 4. Ao final da leitura do conteúdo, fazer perguntas para si a respeito do conteúdo estudado. 5. Monitorar e avaliar o seu próprio progresso e ir adaptando as estratégias de mais sucesso.
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Brincadeiras para exercitar concentração Os pequenos estão sempre correndo, pulando, subindo, descendo, mexendo em coisas por aí. Por isso é importante incluir atividades dirigidas e jogos de estratégias para exercitar a capacidade de concentração das crianças. O jogo é uma estratégia importante para o desenvolvimento cognitivo e emocional dos jovens.
JOGAR É: Experimentar, testar papéis, levanta-se hipóteses, descobre, reorganiza, aprende a conferir e a monitorar as estratégias mais assertivas. Isso tudo favorece a concentração, a capacidade de julgamento, atenção, engajamento e a imaginação.
Estar presente em algumas brincadeiras com seu filho, auxilia significativamente em seu desenvolvimento. Os adultos podem incutir um aprendizado de maneira indireta enquanto a criança se diverte. É interessante fazer perguntas, interagir e incentivar A fazer descobertas enquanto brinca. A capacidade de concentração precisa ser treinada e começa desde cedo, por volta de 2 anos. Esta habilidade, mais tarde, será necessária justamente quando as crianças então saindo do Ensino Fundamental 1 e entrando no Fundamental 2. Nessa fase, a melhor maneira de se evoluir a capacidade de concentração da criança, é sem dúvidas brincando, pois desta forma ela assimila tudo de forma natural. Confira dicas para incrementar as brincadeiras:
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DICAS: 1. Brinque de montar quebra-cabeças, pegue uma peça e indague se a mesma poderia caber em determinado espaço. Estimule-o a encontrar o lugar certo para encaixar a peça. 2. No parquinho, ajude-o a manter-se por um período um pouco mais longo (4 a 5 minutos) no brinquedo. Se estiverem na gangorra, aproveite e converse com ele sobre as ações de subir e descer, sobre o ‘peso’. Façam experiências e verifiquem o que é necessário para levantar a outra extremidade, para equilibrar e como fazer para permanecer em equilíbrio no ar. 3. Os jogos de tabuleiro devem ser selecionados de acordo com a faixa etária e devem respeitar o desenvolvimento da criança e suas capacidades cognitivas e de concentração. 4. Jogos com bola também são ótimos para desenvolver o autocontrole: a hora de chutar, para quem vai chutar, em que direção, com que força. Chutar, jogar ou mesmo rolar a bola, exercita o planejamento e antecipação de ações. 5. Brincadeiras cantadas, além de divertir são potentes aliadas para o treino da atenção e da concentração: à medida que a criança canta, você pode brincar com ela iniciando a frase ou o verso e ela continua, alternando entre vocês. Assim, além de treinar a atenção para não “perder” a vez, seu filho, certamente, se manterá por um tempo maior, concentrado e conectado, na ação e em você. 6. Leia muito para a criança pequena: exercite diferentes vozes, dê entonação às falas dos personagens e use gestos e caretas para dar vida à sua leitura.
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Memória, atenção e o processo de aprendizado Como acontece o aprendizado, como lidar com traumas e perda de memória.
Aprender está ligado diretamente à atenção, como diz Ivan Izquierdo, neurocientista: gravamos aquilo que aprendemos, lembramos aquilo que gravamos, portanto, o que foi aprendido. Como podemos nos recordar de coisas para as quais não demos atenção? Para que uma informação seja gravada como memória, primeiramente ela deve fazer algum sentido para nós, aquela informação deve ter um significado para que seu cérebro possa assimilá-la. Em segundo lugar, devemos manter atenção naquilo que se deseja memorizar e consequentemente aprender. No caso das crianças, esse processo também deve envolver motivação, pois aprender, para o cérebro, é repetição. Quanto maior a motivação e a emoção que se coloca num determinado acontecimento, mais fácil será o seu resgate na memória. Aprender uma informação não é decorar. Se a tentativa for “decorar” sem dar significado ao que está aprendendo, a criança conseguirá reproduzir a informação por pouco tempo, daí o “aparecimento do branco na hora da prova” ou a “falta de memória”. Algumas dicas para auxiliar as crianças a fixarem conteúdo para provas:
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DICAS: 1. Treinar a atenção: melhorar a atenção significa melhorar a memória. A atenção é a porta de entrada para as informações que são captadas pelos vários sentidos do nosso corpo. Quando isto acontece, as informações que recebemos chegam ao cérebro e são selecionadas conforme a prioridade que damos a elas. 2. Saber o que vai estudar: defina com seu filho metas diárias de estudo e o conteúdo a ser estudado. Determine o tempo necessário para estudar todos os conteúdos até o dia do teste. 3. Ajude a criança a resgatar o que ela já sabe: recorra às anotações, ao que foi discutido em sala de aula, e olhe bem para as imagens apresentadas, títulos e gráficos. 4. Faça um teste e peça ao seu filho que leia em voz alta. Algumas pessoas compreendem melhor um assunto quando o ouvem. 5. Para memorizar informações, uma boa tática é fazer anotações durante a leitura: usando palavras-chave, resumindo em tópicos e sintetizando as informações. Dê destaque a palavras relevantes, nomes próprios e datas, o que for importante para lembrar. 6. Oriente: diga a seu filho que grifar não é colorir o texto, mas sim um método para destacar expressões importantes, que o cérebro vai lembrar na hora da prova. 7. Incentive seu filho a elaborar questões sobre o assunto estudado. Desenvolver perguntas é um processo mais complexo do que dar respostas e isto é um ótimo exercício para fixar o conteúdo e verificar os pontos falhos. 8. O aluno também precisa fazer intervalos breves, em média a cada 30-35 minutos. Só não é válido se distrair com computador, celular e outros eletrônicos. Aproveite a pausa para se hidratar, esticar as pernas e espairecer.
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Trauma pós-acidente de trânsito, com perda de memória e mudanças no humor Esta é uma dúvida recorrente. É importante compreender que traumas pós-acidentes podem ser trabalhados e diminuídos, isso porque o cérebro é capaz de usar o que sobrou da área afetada e modificar a maneira como essas regiões restantes são usadas, refazendo ou criando novas conexões entre neurônios para que sejam capazes de se reorganizar e redistribuir funções e assumir novas tarefas. A reorganização dos neurônios é a neuroplasticidade do cérebro, ou seja, a capacidade que o sistema nervoso tem de se adaptar, de se modificar de acordo com a demanda. Mudanças no humor e falhas na memória podem ser reflexos de trauma em parte da circuitaria das regiões do córtex pré-frontal e temporal. A boa notícia é que o hipocampo pode consertar ou produzir novos neurônios. Isso mesmo. Esta capacidade do cérebro já foi comprovado pela neurociência. O cérebro é modificável e o expô-lo intensamente a estímulos de qualidade e intencionais pode trazer benefícios para a reabilitação.
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Como orientar o filho na hora das tarefas. Atividades cognitivas, método de ensino para portadores de TDAH, dicas e segredos de especialistas para o sucesso escolar de crianças e adolescentes.
Dificuldades de aprender não se referem a um único distúrbio, mas a uma ampla gama de problemas que podem afetar qualquer área do desempenho acadêmico. Raramente elas podem ser atribuídas a uma única causa ou a um único diagnóstico. O mais importante nesses casos é identificar o que a criança já sabe, ou quais são as capacidades dela. Para isso é importante consultar uma equipe disciplinar e avaliar o que a criança deveria ser capaz de fazer e o que ela realmente faz, sempre alinhado com o desenvolvimento cognitivo para cada idade. Nenhum profissional substitui o outro. Todos os profissionais envolvidos devem estar bem informados quanto às necessidades da criança e devem encorajá-la a fazer o máximo com as capacidades que tem, estimulando-a a acreditar que pode superar os obstáculos e ajudando-a a estabelecer objetivos realistas, além de estimular nela a construção de uma boa autoestima. Atenção e memória de trabalho são habilidades que podem ser aprimoradas com a ginástica cerebral, combinado a treinamento cognitivo para as diversas habilidades como atenção, memória de trabalho, flexibilidade mental e autocontrole. É importante também procurar a equipe pedagógica da escola da sua filha ou de seu filho e juntos investigar as causas do baixo rendimento escolar ou da falta de concentração. Essas são dicas de especialistas para driblar a dificuldade nos estudos:
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DICAS: Antes que a criança sente para estudar, ajude-a a pensar em: 1. Como ela faz para acessar as informações: Recorre às suas anotações, lê os títulos assinalados, separa os materiais? 2. Como armazena estas informações: Faz infográficos, lê em voz alta, faz resumos, organiza as ideias em categorias? 3. Como vai recrutá-las no momento que for necessário: Palavras-chave, imagens, relacionar o que precisa aprender com o que já sabe, mapas mentais?
Atividades cognitivas para crianças que estão na educação infantil Atividades cognitivas são responsáveis por desenvolverem as Funções Executivas nas crianças, o que é muito importante nas primeiras fases escolares, pois estas funções serão utilizadas para o resto da vida do indivíduo. As Funções Executivas são um grupo de habilidades que nos ajudam a focar em múltiplos fluxos de informação ao mesmo tempo, monitorar erros, tomar decisões com base em informações disponíveis, rever planos e, se necessário, resistir à tentação de deixar a frustração nos conduzir a ações precipitadas. Funções Executivas são habilidades cognitivas essenciais para nosso êxito na escola e na vida. Não nascemos com habilidades que nos permitem controlar impulsos, fazer planos e manter o foco. Nascemos com potencial para desenvolver essas capacidades, dependendo das experiências que temos na primeira infância e na adolescência.
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Nas crianças, as Funções Executivas são ingredientes fundamentais para o desenvolvimento. Não se trata apenas de aprender a linguagem, números ou cores. Elas precisam estar aptas a trabalhar efetivamente com os outros, com distrações e com múltiplas demandas. Pesquisadores acreditam que as Funções Executivas estão categorizadas em três partes, sendo elas: controle inibitório, memória de trabalho e flexibilidade cognitiva. Para compreender, considere este exemplo: uma criança precisa se revezar com outras em alguma atividade. Então, em primeiro lugar, ela precisa ter controle inibitório, porque terá que parar tudo o que estiver fazendo e deixar a outra criança ter a vez. Mas, quando for a sua vez novamente, vai precisar se lembrar do que supostamente deveria estar fazendo. Isso está na memória de trabalho. Em uma brincadeira em que várias crianças precisam repetir uma sequência de gestos, como no Passa-Anel, por exemplo. Se uma delas errar, a criança que for realizar a sequência não pode se perder. Para isso, ela precisa ter o que chamamos de flexibilidade cognitiva. Ao desenvolver atividades cognitivas com uma criança, é muito importante que se dê atenção ao relacionamento afetivo que deve ser mantido entre o mestre e o aluno. É necessário estabelecer uma relação positiva com as crianças, para ajudá-las a se prepararem melhor para lidarem com situações estressantes, o que, por sua vez, os incentivará a construir suas Funções Executivas. Pais e professores precisam ser afetuosos e sensíveis às necessidades das crianças, incentivá-las a serem independentes, somente oferecendo ajuda quando for necessário, sempre oferecer atividades de ensino consistentes e organizadas, variadas e com grau de desafio crescente e correspondente ao desenvolvimento neural das crianças. Alguns exemplos de atividades cognitivas que contribuem muito para o desenvolvimento das Funções Executivas da criança:
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DICAS: 1. Propor que criem seus próprios brinquedos 2. Contar e encenar histórias 3. Brincadeiras de faz-de-conta com outras crianças, onde elas precisem assumir um papel e se adaptar à “história” conforme o desenrolar. 4. Escolher jogos para o cérebro, no computador, que ajudem a desenvolver as funções executivas 5. Incentivar as crianças a fazerem meditação, música, atividades físicas, dança, ginástica cerebral e perceber qual atividade é mais prazerosa para ela. 6. Optar por atividades que sejam suficientemente desafiadoras para mantê-las motivadas.
Melhor método de ensino escolar para crianças com TDAH A escola com o melhor método é aquela que pensa e se preocupa com estratégias de ensino e de aprendizagem para auxiliar crianças com o TDAH dentro da sala de aula, um local desafiador para o aluno que possui distúrbios de atenção. Observe com seriedade se os profissionais da escola organizam o ambiente da sala de aula a fim de atrair a atenção do aluno. Organizar a classe para um aprendizado efetivo ajuda a criança com TDAH a captar o conteúdo dado pelo professor. Esta organização é importante para que o aluno, na medida do possível, fique distante
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do que tira sua concentração: janelas, portas, distrações com sons da rua, do corredor, com o movimento de pessoas ou de colegas mais próximos. Algumas mudanças podem ser testadas para encontrar a melhor estratégia de captação da atenção da criança. É aconselhável que o professor alterne o lugar do aluno dentro de sala, evitando quem mais o distrai. Porém, de forma alguma, a criança deve ficar isolada. O adulto deve ser o mediador da aprendizagem e selecionar os estímulos que podem efetivamente dar significado, criar interesse sobre o que se está aprendendo. Uma outra estratégia válida é incluir nas aulas alguns equipamentos eletrônicos de finalidade pedagógica, para tornar a explicação mais lúdica. Procure a equipe pedagógica da escola de seu filho e juntos investiguem as melhores estratégias de ensino e de aprendizado. Descubra se a escola sabe qual é a capacidade de concentração de seu filho. 5, 8, 10 minutos? Questione o que os professores fazem para treinar a atenção focada em um estímulo por mais tempo e evitar a distração. Averigue se o colégio dá atenção aos canais sensoriais de captação de estímulos do ambiente, ao desenvolvimento e treino das funções executivas. A ajuda a uma criança com TDAH deve partir dos profissionais de ensino, da família e também do próprio jovem, juntos poderão identificar as dificuldades e elaborar um plano com estratégias para a superação. É muito importante que pais e educadores compreendam exatamente em quais áreas estão os déficits. Atividades simples são as melhores para a criança iniciar o treino de atenção: dê a ela instruções verbais claras e sequenciadas. Ela deverá executar esses comandos na mesma sequência, mantendo a mesma ordem. Por exemplo:
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DICAS: 1. Pegue a meia azul e coloque no cesto, depois pule três vezes em um pé só. 2. Encontre a “girafa” e coloque dentro da caixa de brinquedos, depois bata palmas. 3. Junte todas as bolinhas dentro da sacola, enquanto eu canto (no tempo de duração da canção). 4. Vá até a outra sala, conte até 10 e me espere lá. 5. Pegue os talheres, coloque ao lado dos pratos e os guardanapos em cima. 6. Separe 6 blocos vermelhos, 4 peças redondas e 2 bonecos da caixa de blocos de construção.
O adulto pode dar diversas instruções com vários comandos, estendendo o número de comandos de acordo com a capacidade da criança. Acrescente pitadas extras de afeto, envolvendo-a com abraços, modulando sua voz, fazendo caretas, gestos. Observe o progresso e comunique à escola as melhores estratégias que tem experimentado. A criança precisa desenvolver a capacidade de atenção, mas somos nós, os adultos, que devemos promover as melhores experiências para este aprendizado.
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Os benefícios da ginástica cerebral e dos exercícios físicos para a aprendizagem Música e dança também estimulam o cérebro.
O cérebro humano é fantástico, ele possui a habilidade de se reorganizar para fazer novas combinações e mudar a eficiência de suas conexões. O cérebro usa toda a sua capacidade de maneira integrada e harmoniosa para funcionar e dar resposta aos estímulos externos. Por isso, em casos de acidente, qualquer porcentual atingido por uma lesão cerebral impacta nas funções cognitivas e no comportamento do indivíduo. Precisamos do encéfalo todo, do sistema nervoso central atuando, processando e respondendo aos estímulos, de modo integrado. Não há um limite para o uso de nossas capacidades cerebrais. O que é verdade é que a plasticidade das conexões nervosas tem um grande potencial que ainda não sabemos quantificar. Mas seguramente, fortalecer e estabilizar as conexões entre os neurônios é a grande chave para que as funções cerebrais permaneçam ativas e em desenvolvimento, entregando uma resposta adequada e adaptativa para o mundo. Uma excelente estratégia para fortalecer as conexões entre neurônios é a prática da ginástica cerebral. Ela faz com que as pessoas entendam melhor seus pontos fracos e trabalhem com eles de uma maneira agradável. A ginástica cerebral garante que todas as funções do cérebro sejam trabalhadas, pois quanto menos se usa uma função cerebral, pior ela fica – ao mesmo tempo que quanto mais se usa o cérebro em um tipo de atividade, melhor ele é capaz de realizá-la. Por isso a atividade mental rica e variada é importante: para manter todos os circuitos ativos e saudáveis, prontos para o uso.
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O que é Neuroplasticidade? A capacidade de reorganização do cérebro conforme o uso é chamada de plasticidade cerebral. É justamente isso que lhe proporciona guardar registros da história de vida que define “você”, por exemplo, ou aprender a ler ou dirigir, ou modificar a representação da sua mão esquerda no cérebro quando você se torna um exímio violinista. A plasticidade neuronal é a capacidade que o sistema nervoso tem de se adaptar, de se reorganizar e se modificar de acordo com a demanda, isto é, de acordo com as interações com o meio ambiente interno e externo, ou ainda como resultante de lesões que afetam o sistema nervoso. A neuroplasticidade não é uma habilidade específica, é uma característica, uma condição do sistema nervoso. Ela não é igual para todos porque não há um cérebro igual ao outro e porque cada um é modificado por estratégias cognitivas de acordo com os desafios ambientais.
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Treinamento cognitivo ajuda no tratamento de Esquizofrenia na infância O treinamento cognitivo pode ajudar no quadro de esquizofrenia na infância, principalmente na atenção e memória, mas é necessário que profissionais especializados possam orientar pais e filhos para que haja melhor aproveitamento de uma reabilitação cognitiva eficiente. Um médico deverá orientar os pais quanto ao diagnóstico e tratamento e quais outros profissionais podem contribuir para o progresso das competências cognitivas, emocionais e sociais da criança com esquizofrenia. O especialista precisará compreender quais funções cognitivas estão alteradas na esquizofrenia e como essas alterações afetam a vida da criança, pois isto auxilia a elaboração e avaliação de um programa de reabilitação cognitiva. Tendo estas informações em mãos e sendo possível que a criança tenha atendimento personalizado, além de acompanhamento medicamentoso, o treino cognitivo pode trazer benefícios principalmente para as habilidades de atenção e memória Um transtorno psiquiátrico é um processo desafiador, mas há tratamentos e é possível planejar um programa de reabilitação eficiente com profissionais especializados.
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Treinamento Cognitivo e Ginástica Cerebral A Ginástica Cerebral tem como objetivo trabalhar o cérebro na sua totalidade, desta forma, as metodologias utilizadas fortalecem as conexões neurais por meio de ferramentas como: ábaco, exercícios cognitivos, dinâmicas, neuróbicas e jogos on-line que permitem trabalhar o cérebro de uma maneira equilibrada e harmoniosa. Uma vez fortalecidas, essas conexões beneficiarão os indivíduos em suas atividades em casa, no trabalho e na escola em termos de qualidade de vida e melhora no desempenho e processos metacognitivos, pela tomada de consciência das estratégias que cada um usa para aprender. Investigar e selecionar ferramentas para fortalecer conexões neurais fazem parte da chamada Ginástica Cerebral. Essas conexões estão relacionadas a várias habilidades como: a atenção e a concentração, o raciocínio, a memória e a habilidade visuoespacial, além de estimularem o relacionamento intrapessoal e interpessoal, tão valorizados pela sociedade nos dias de hoje.
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Exercitar o cérebro como se exercita o corpo Costumamos dizer que o cérebro é como um músculo, se ele for exercitado ele se fortifica. Caso não seja, a longo prazo ele pode ter a atrofia de suas estruturas. Por isso os cuidados com a melhoria do desempenho das habilidades mentais são muito importantes. Cuidar da saúde do cérebro, que chamamos de saúde mental, é proporcionar mais anos de vida para si, com boa qualidade, adquirindo assim saúde em sua longevidade. Alguns exercícios simples podem ser realizados no dia a dia, a caráter preventivo, estimulando o nosso desempenho de atenção, memória, concentração e atuando na diminuição da ansiedade. Atividades que chamamos de intelectuais, como leitura, palavras cruzadas, caça-palavras, baralho, sudoku e outros tipos de jogos, são atividades consideradas estímulos cognitivos ou seja, podem aprimorar o desempenho das nossas habilidades mentais e, em paralelo a isso, podem nos ajudar a ter melhor promoção de saúde, no decorrer dos nossos anos de vida. Afinal, se estamos vivendo bastante, precisamos envelhecer com autonomia, independência e com boa qualidade de vida! E cuidar da saúde mental com atividades que previnam o declínio da memória é realizar uma ação de promoção de saúde. É importante ressaltarmos e multiplicarmos esta informação aos nossos conhecidos. Não existe limite de idade para realizarmos os exercícios. É sempre importante verificar quais atividades lhe darão mais prazer e não deixar de fazê-la por medo de errar, tente pedir ajuda para um amigo e inicie sempre do nível mais simples para que gradativamente possa ir ao nível mais complexo.
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Ginástica Cerebral e a música Estudos de imagens do cérebro indicam que adquirir conhecimento em áreas tão diversas como dominar um instrumento musical, cantar, ou ainda escrever e ler uma outra língua, amplia e torna os sistemas neurais mais comunicativos nas partes do cérebro responsáveis pelo controle motor, linguagem e pela orientação espacial. Quem trabalha com música pode, certamente, se beneficiar com o treino da atenção, foco, memória de trabalho e linguagem, com impacto para a criação de composições e para a criatividade, tomada de decisão e formação de cenários mais amplos. Potencialize seu cérebro, exercite-o continuamente, acrescente novidade, variedade e grau de desafios constantes, e experimente os benefícios de ser ter um cérebro ágil, criativo e treinado.
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Como criar diferentes conexões cerebrais colabora com os objetivos de aprendizado A ginástica cerebral, como o próprio nome já diz, é um exercício completo para o cérebro. E quanto mais se exercita o cérebro, mais se obtém dele. Esta “malhação” acontece quando nos dedicamos a aprender algo, quando criamos o hábito de nutrir e exigir mais do cérebro com experiências variadas de qualidade, quando os desafios são crescentes e constantes, e quando há uma boa dose de novidade. Mantendo o cérebro ativo, as conexões entre neurônios se modificam, algumas ficam mais fortes, outras mais fracas, dependendo do uso. E essa mudança faz com que o cérebro responda de uma maneira diferente da próxima vez que for acionado. Isso significa que conexões bem fortalecidas resultam numa melhor performance em todas as áreas, nas atividades de vida diária, nas atividades em casa, no trabalho e na qualidade de vida, além de melhorar o desempenho de vários processos cognitivos, trazendo impacto para o dia a dia das pessoas de qualquer idade.
TODOS NÓS - crianças, jovens, adultos ou idosos, precisamos
ter atenção e concentração de qualidade, uma vez que essas são as portas de entrada para o aprendizado. Da mesma forma que, na academia, nós trabalhamos o corpo na sua totalidade, a ginástica cerebral também tem esse objetivo: trabalhar o cérebro na sua totalidade de maneira integrada e harmoniosa.
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