ANO 15 EDIÇÃO Nº 189 Novembro 2015 Editora Bittencourt
EDITORIAL
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4 • Novembro 2015 • Economia&Negócios
Prejuízos por todos os lados
O
mês de outubro trouxe danos para o sul do Brasil. Em Santa Catarina, as chuvas deixaram estragos por onde passaram, abalando diversos setores da economia. Felizmente, Itajaí e região não foram atingidas por enchentes. Os alagamentos existiram isoladamente, prejuízo claro em termos de infraestrutura, mas ainda em proporções menores, por enquanto. Mesmo assim houve consequências. O fechamento total ou parcial do canal de acesso ao Complexo Portuário do Itajaí durante mais de 20 dias causou consequências que abalaram todos que dependem dessa fatia da economia, a mais forte da região. Estaleiros, terminais portuários, armadores, exportadores e importadores foram os principais prejudicados. Somente a cadeia logística soma cerca de R$ 60 milhões em perdas. Mais de 30 embarcações deixaram de atracar por aqui neste período. Situação causada pela chuva quase constante, que elevou o nível e a correnteza do rio Itajaí-Açu. Mais um capítulo desanimador da novela que o Porto de Itajaí faz parte nos últimos meses. A paralisação nas obras da nova bacia de evolução e manutenção do canal, que poderia ter deixado a situação menos caótica em outubro, o desinteresse com que o poder público nacional tem tratado o porto _ não se sabe ainda se haverá liberação para a antecipação do arrendamento da APM Terminals _entre outros fatores refletem em todo o setor econômico, dependente direto das operações realizadas no Complexo Portuário de Itajaí. O que se deve pensar é que contra a natureza pouco se pode fazer. Não há como brecar o El Niño e impedir que tenhamos um verão chuvoso. O que se pode e deve, no entanto, é tomar providências para que os danos sejam cada vez menores. Não adianta apenas uma Defesa Civil preparada e atuante para retirar as pessoas de suas casas se não houver recursos para ajudá-las a reconstruir suas vidas após uma catástrofe. Com chuva ou sem chuva o município precisa estar bem para cuidar de seu povo. •
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Sumário
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Carla Superti
ENTREVISTA
Presidente da Praticagem defende a necessidade de investimentos no Complexo Portuário do Itajaí
Divulgação
Na contramão da crise, comércio projeta crescimento
Marina de Itajaí recebe embarcações de regata e começa a operar neste mês
11 LUTA
Empresários do sul ligados à pesca elaboram documento com demandas urgentes do setor para o MAPA
12 DÓLAR
Entenda como a alta da moeda durante o ano reflete nos setores de importação e exportação
18 RANKING
Pesquisa aponta Balneário Camboriú como melhor cidade em desenvolvimento e uma das mais indicadas para negócios
48 COMÉRCIO
Horário diferenciado de fim de ano começa na primeira semana de dezembro
50 PORTO DE ITAJAÍ
Cadeia logística tem R$ 60 milhões de prejuízos em outubro
52 IMÓVEIS
Mercado de luxo atrai construtoras e investidores em Itajaí
TRANSPORTE DE CARGAS FRACIONADAS E LOTAÇÕES 28 anos transportando com agilidade e rapidez
Economia&Negócios • Novembro 2015 • 5
Divulgação/Agência A
39 INAUGURAÇÃO
Divulgação
U
Empreendedorismo está em alta entre os brasileiros
ma pesquisa feita pela Fundação Getulio Vargas (FGV) revela que a maioria dos brasileiros tem o empreendedorismo e a vivência no exterior como prioridades para o futuro. O estudo, conduzido durante a 11ª edição do Like the Future, em São Paulo, foi feito com 290 pessoas e ainda mostra que de março a setembro a situação do brasileiro mudou. Houve um aumento de 2% na atuação em carreira executiva e 2% no empreendedorismo, passando para 28% e 60%, respectivamente. Também foi observada queda de 3% na participação em empresas familiares, que ficou em 9%. Quando questionados sobre os próximos 10 anos, o número de aspiradores ao empreendedorismo sobe para 81%, um aumento de 5% comparado à pesquisa de março deste ano. Ao mesmo tempo, carreira executiva e empresa familiar perdem ainda mais adeptos, somando apenas 13% e 4%, respectivamente. A vivência no exterior é outro item que chama atenção na pesquisa como prioridade 6 • Novembro 2015 • Economia&Negócios
para os próximos anos, com um aumento de 6%, correspondendo por 14% das respostas. Ao serem questionados sobre as dificuldades para empreender, a pesquisa aponta o ambiente favorável como o principal ponto, com 33%, aliado ao capital necessário, apontado por 29% dos entrevistados. Entre outros números, mostrou ainda que experiência (17%), capacitação (15%) e contatos (7%) não dificultam o momento de empreender. E, apesar da crise econômica, a crença é em um futuro melhor, como apontaram 65% dos entrevistados. A pesquisa divulgada em outubro reforça também que a educação é a área que mais precisa de melhorias (54%). Ao mesmo tempo em que a política foi indicada como um item relevante com um aumento de 26% para 31%, a infraestrutura baixou de 15% para 10%. Saúde e segurança que, na última pesquisa, somaram 3% dos votos, receberam o dobro (6%) este ano. •
Carla Superti
ENTREVISTA: Alexandre Gonçalves da Rocha
Estamos entre os primeiros a parar quando começa a chover mais e ficamos entre os últimos a voltar à normalidade
”
Presidente da Praticagem de Itajaí fala sobre os problemas enfrentados pelo Complexo Portuário e a falta de investimentos
A
s discussões envolvendo o Complexo Portuário de Itajaí são longas. Falta de investimentos, atraso na bacia de evolução, dragagem interrompida são alguns dos assuntos mais comentados nos últimos meses. O canal de acesso aos terminais e estaleiros da região ficou mais da metade do mês de outubro fechado ou com manobras restritas, o que influencia diretamente armadores, práticos, cadeia logística e os próprios terminais. O presidente da Praticagem, Alexandre Gonçalves
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da Rocha, falou em entrevista à Revista Portuária sobre os desafios enfrentados pelo Complexo Portuário e pela categoria na região, composta hoje por 14 práticos. Bacharel em Ciências Náuticas, com pós-graduação em Seguro Marítimo feita na Suécia em 2007 e em Sistemas de Gerenciamento de Segurança e Qualidade concluída em 2012 no Rio de Janeiro, Rocha tem 17 anos de profissão. Como prático, tem, com os outros profissionais do setor, a função de auxiliar o navio a manobrar com segurança
ENTREVISTA: Alexandre Gonçalves da Rocha no tráfego intenso e condições ambientais desfavoráveis. Isso tudo depois de um longo e meticuloso treinamento. Revista Portuária – Como a paralisação da dragagem está interferindo no canal de acesso ao Porto? Alexandre Gonçalves da Rocha - Ainda não é possível dizer exatamente como ela está interferindo porque a gente tem uma situação muito dinâmica do rio. Nós sabemos que houve uma perda de profundidade, mas isso é uma situação transitória, pode mudar, ainda tem muito material para descer. Nesse momento é muito cedo dizer o tamanho do dano que se pode atribuir à falta de dragagem. Na verdade, nesse momento pode ser impossível. Revista Portuária – Itajaí sempre teve esse problema das chuvas. Quando chove não se pode manobrar navios de tamanho algum. Isso ocorre em outros lugares do Brasil? Alexandre Gonçalves da Rocha – Por rio, nós somos os que temos mais problemas. Mas o porto de Rio Grande, por exemplo, também fica fechado por causa do vento, da corrente que chegou a seis nós nos últimos dias lá. Mas a gente tem uma certa previsibilidade de quando chove, de quando a corrente vai ficar mais intensa. Então é possível se preparar para esse tipo de coisa. Revista Portuária – Recentemente você comentou que a análise do nível do rio Itajaí-Açu desconsidera a operação portuária. Como isso pode mudar?
Alexandre Gonçalves da Rocha – Isso requer uma interação maior entre quem toma conta do nível do rio e nós. A gente está longe, muito afastado do Alto Vale, e as decisões acabam sendo tomadas priorizando certos fatores que não são os mesmos que os nossos. O que a gente quer não é que os interesses a serem protegidos de todo mundo que está no rio sejam prejudicados por causa do porto. Mas que o interesse do porto e quem trabalha nele seja levado em consideração também já que é um prejuízo que se toma. A gente está entre os primeiros a parar quando começa a chover mais e ficamos entre os últimos a voltar à normalidade. Deve haver algum modo de fazer com que isso mude. Revista Portuária – O principal risco com a correnteza é o barco bater o casco no fundo do canal, correto? Isso já ocorreu aqui no Complexo Portuário? Alexandre Gonçalves da Rocha – Sim. Aconteceu no passado, em 1997 houve uma situação parecida. Foi em um outubro, praticamente na mesma época do ano. Revista Portuária – Como toda a obra da nova bacia levará 18 meses, se não atrasar, não é de se esperar que a nova bacia já comece a operar defasada em relação ao tamanho dos navios? Alexandre Gonçalves da Rocha – Não creio que haja defasagem porque nesse momento está havendo uma redução no tamanho dos navios. Os armadores descobriram que é muito difícil encher um navio de 10 mil TEUs aqui na América do Sul. Pode observar nas estatísticas do Por-
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Carla Superti
ENTREVISTA: Alexandre Gonçalves da Rocha to que o tamanho dos navios diminuiu de novo. Navios que vinham de 348 metros de boca já não vem mais. Revista Portuária – Mas a nova bacia vai melhorar essa situação caso venham os navios grandes... Alexandre Gonçalves da Rocha – Eles virão. A questão é que a situação se tornou menos dramática do que ela era. Isso não quer dizer que a gente não tenha que correr atrás porque a situação pode mudar rápido de novo, para melhor, se bem que geralmente não muda. Mas é bom estar preparado para essas coisas. Revista Portuária – Hoje temos em Itajaí práticos com décadas de experiência. Quando a bacia estiver concluída será necessário um novo treinamento para eles? Alexandre Gonçalves da Rocha - Sim, porque são navios mais sujeitos a sofrerem influências do vento que requerem um entendimento diferente em relação aos outros navios que a gente tem manobrado. É um outro nível. Revista Portuária – Quanto tempo leva uma operação de manobra hoje? Alexandre Gonçalves da Rocha – Uma hora mais ou menos. É difícil dar uma média sem olhar as estatísticas com calma. Mas tem manobras que levam uma hora e outras que levam duas horas e meia, três horas. Revista Portuária – De algum modo o fluxo da marina pode atrapalhar a atracação de navios no porto? Alexandre Gonçalves da Rocha – É cedo para dizer. A gente ainda não sabe como vai ser o tráfego, mas sabemos que vai precisar de atenção para essa possibilidade. Mas neste momento é muito cedo para dizer com certeza. Revista Portuária – Em 2008 teve um grande número de fechamentos do porto. Para este ano a previsão é de uma primavera e verão chuvosos. Isso preocupa a Praticagem? Tem algum planejamento a ser feito diante disso? Alexandre Gonçalves da Rocha – A resposta que a gente costuma dar a esse tipo de situação é sempre no sentido de diminuir o risco. Então a gente geralmente fecha a entrada primeiro. Depois tira todos que pode tirar para não deixar ninguém atracado, porque é uma preocupação deixar o navio atracado com essa corrente que se forma, principalmente nos terminais acima que é mais difícil de apoiar. E a gente procura prever o que vai acontecer, mas não há muita coisa a mais. A nossa estratégia é orientada para evitar o risco, no fim das contas. É uma situação caótica, você olha 10 • Novembro 2015 • Economia&Negócios
o modelo de previsão do Atlântico Sul está uma bagunça. Você tem um padrão só, que é o padrão de chuva para cá, basicamente. O resto está uma mistura difícil de entender, difícil para o meteorologista prever. É um trabalho muito delicado, ainda mais em uma situação que a gente mal consegue enxergar 12 horas, 24 horas adiante. Deve ter alguma coisa que se possa fazer em favor do segundo maior movimentador de contêineres do Brasil. Quando a gente lembra que a gente movimenta um milhão de TEUs aqui a grosso modo, se você dá R$ 1,6 mil por contêiner é mais de R$ 1,5 bilhão. Não é possível que as medidas de prevenção possam ser tão caras que o custo de prevenir e consertar essas coisas seja tão caro que não interesse. Revista Portuária - Não dá para continuar do jeito que está? Alexandre Gonçalves da Rocha - Não dá. A gente vai pagar o preço a longo prazo. Precisamos compreender que existe um custo em fazer as coisas e existe um custo em não fazê-las. E geralmente a gente só olha o custo de fazer as coisas. Mas não. Neste caso é preciso ver o custo de não fazer. Por isso que é importante divulgar que são R$ 1,6 mil por contêiner que movimentam a economia para o pessoal ter uma ideia do tamanho da perda. Se você não põe em números, para as pessoas não faz sentido.•
Empresários do ramo da pesca buscam apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento certificado de exportações para as indústrias e subvenção do óleo diesel. O presidente interino destaca que essas questões precisam ser resolvidas, mas isso ainda não foi possível por falta de clareza na estrutura do atendimento do novo ministério. “Não sabemos quem devemos procurar. Durante 10 anos contamos com o Ministério da Pesca e de repente ficamos sem rumo”. A secretária do Sindicato dos Armadores de Pesca de Rio Grande, Pelotas e São José do Norte, no Rio Grande do Sul, Miriam Bozzetto, lembra que no estado gaúcho existem 40 casos de armadores aguardando licenças de pesca. Outra dificuldade é a falta de um departamento para receber os mapas de bordo das embarcações, que precisam ser apresentados em um prazo mínimo de 15 dias após o desembarque. “Os problemas no nosso estado estão se acumulando. Nós temos uma pilha de mapas e não sabemos para quem entregar”.•
Divulgação Multimídia
Após o fim do Ministério da Pesca, empresários do ramo que atuam em Itajaí e outras cidades do sul do Brasil começaram a buscar apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que ficou responsável pela categoria. No dia 28 de outubro, em uma reunião na sede do Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região (Sindipi), sindicatos da região sul e sudeste discutiram as dúvidas e as demandas da categoria de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo. Eles elaboraram um documento para o novo ministério responsável pela pesca. O presidente interino do Sindipi, Jorge Neves, ressalta que o documento pontua demandas que precisam ser finalizadas e outras que necessitam de um direcionamento para que a atividade pesqueira não seja prejudicada. Entre elas estão as renovações de licenças de pesca, licença complementar para a frota do cerco,
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Balança comercial brasileira deve fechar o ano com superávit de US$ 15 bilhões Momento é bom para os exportadores, mas negativo para quem trabalha ou compra importados
A
alta do dólar prejudica diversos setores do Brasil. Mas também contribui com alguns, entre eles o das exportações. Segundo dados divulgados em outubro pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, a balança comercial brasileira deve fechar 2015 com superávit superior a US$ 15 bilhões. Para o próximo ano, a expectativa é que o saldo positivo dobre, chegando aos US$ 30 bilhões. De acordo com o ministro, as exportações de manufaturados para os Estados Unidos já registram crescimento superior a 5% neste ano e a balança comercial do setor deve ter uma redução do déficit em 2015, passando de US$ 100 bilhões para US$ 80 bilhões. "O resultado da balança comercial nos indica uma tendência de aumento das exportações e também de substituição das importações, o que é, particularmente para a indústria brasileira, um movimento importante", disse o ministro durante assembleia do Conselho Empresarial da América Latina no Rio de Janeiro. Monteiro também ressaltou que a queda acentuada nas importações contribui para as exportações, assim como a desvalorização do real em comparação ao dólar. Porém,
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o aumento no número de exportações também ocorre por causa do crescimento em volume físico. "É evidente que tem o efeito câmbio, mas há, sim, um claro engajamento do setor empresarial no esforço de exportação”. A alta do dólar também contribui com a balança comercial do turismo no Brasil. Dados divulgados pelo Ministério do Turismo em outubro mostram que nos primeiros nove meses do ano, o déficit no setor foi o menor dos últimos cinco anos para o período, chegando a US$ 9,8 bilhões. Somente em setembro, os brasileiros gastaram 47% a menos no exterior na comparação com o mesmo mês do ano passado. Para o Ministério do Turismo, a valorização da moeda estrangeira é uma oportunidade para movimentar o mercado nacional. “Temos a chance de revelar aos nossos viajantes todo o potencial do turismo brasileiro. Com o incremento das viagens internas, além de impulsionar a economia do país, o turismo ajuda a desenvolver as comunidades locais gerando renda”, afirmou o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves.
Os dados de setembro, divulgados nos últimos dias, ainda mostram que os brasileiros gastaram US$ 1,2 bilhão pelo mundo, quase metade dos US$ 2,3 bilhões do mesmo período do ano passado. Já os estrangeiros deixaram no país US$ 486 milhões no período, o mesmo valor registrado no ano passado.
Importações em crise O dólar alto encarece as importações no país e faz com que o setor seja menos procurado pelos consumidores. Segundo a contadora e especialista em consultoria organizacional Juliana Negri, a retração do poder de compra foi mais que imediata. “Em vários dos meus clientes, como redes de supermercados ou peças de concessionárias, o impacto foi sentido”. Mas essa crise pode ser de menos impacto para algumas empresas. De acordo com Juliana, em algumas companhias que trabalham com importação de grãos, por exemplo, há a opção de hedge, uma espécie de proteção ou cobertura. “Isso quer dizer que o cliente faz um seguro de preço na Bolsa, fixando o montante de compra ou o de venda para a mercadoria. No entanto, não se aplica a todas as entidades”. Para outros empresários
e também consumidores de importados, a dica é verificar a real necessidade da compra do produto ou substituí-lo por matrizes nacionais. Desde setembro, o dólar oscila perto ou superior a R$ 4, a maior cotação dos últimos 12 anos. Juliana ressalta que faz uma pesquisa de oscilação de moeda há seis anos, acompanhando esse mercado com o objetivo de traçar alternativas aos clientes. O dólar sempre tinha tendência a ceder em março, abril e outubro. Nos dois primeiros meses citados isso não aconteceu. Em outubro, a cotação foi menor que em setembro, mas continuou alta e deve seguir assim até o final do ano. Especialistas de economia projetam que a moeda norte-americana deve fechar o ano a R$ 4 ou até mais. “Na verdade, o grande problema do governo é não deixar a moeda chegar a R$ 5 ou R$ 6 no mercado. Como contadora, o que vejo é a dificuldade quanto à circulação do dinheiro. As pessoas estão com medo de investir os seus recursos e, por consequência, acabam segurando os mesmos, o que dificulta o giro”, enfatiza a especialista. Com isso, quem mais sente acaba sendo o pequeno empreendedor, que têm menos recursos com giro para aguentar grandes períodos atípicos como os atuais.•
Em Itajaí novo endereço: Avenida Coronel Marcos Konder, 789 - Centro - Itajaí - SC
Curitiba - Joinville - Blumenau - Navegantes - Itajaí - Balneário Camboriú - Florianópolis Economia&Negócios • Novembro 2015 • 13
Divulgação
Cesta básica itajaiense
aumenta 18,21% em um ano
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preço da cesta básica em Itajaí aumentou 18,21% em um ano, conforme pesquisa da Univali. O estudo é feito mensalmente pelo projeto Cesta Básica Alimentar, monitorado pela equipe Uni Junior, e aponta que no acumulado de 2015, de janeiro a setembro, o acréscimo no valor da cesta básica foi de 10,79%. Em setembro, na comparação com agosto, o aumento foi de 1,70% e o valor passou de R$ 304,17 para R$ 309,35. As principais altas de produtos foram nos preços do pão francês, que registrou aumento de 34,80%, do tomate (15,35%), da manteiga (11,16%), do café em pó (4,99%), do açúcar (4,13%), da batata (2,85%) e do arroz (1,70%). Alguns produtos ajudaram a manter um equilíbrio no período, registrando queda nos preços, como a banana branca (23,44%), o leite (17,05%), o feijão preto (5,07%), a carne (4,36%), o óleo de soja (1,49%) e a farinha de trigo (0,13%). Jairo Ferracioli, economista e coordenador do projeto que pesquisa a cesta básica de Itajaí, afirma que a carne é o produto com maior peso sobre o custo da cesta, representando 39,03%, e sua queda de 4,36% em setembro reduziu o impacto do aumento. 14 • Novembro 2015 • Economia&Negócios
Variações do ano Desde o início do ano alguns produtos ficaram mais baratos, como a banana (22,84%), o feijão preto (7,68%) e a batata (6,53%). No entanto, outros tiveram alta considerável e fizeram o valor da alimentação disparar, como o tomate (41,71%), a manteiga (25,50%) e o óleo de soja (23,80%). De setembro de 2014 para setembro de 2015, somente a banana está mais barata, os demais produtos tiveram os preços elevados, como a batata, que aumentou 108,42%, e o tomate, que subiu 37,21%.
Salário mínimo O custo da cesta básica sobre o salário mínimo passou de 38,60% em agosto para 39,26% em setembro. Em termos de horas de trabalho para a aquisição da cesta, o tempo passou de 84 horas e 54 minutos para 86 horas e 22 minutos. Tomando como base a lei que criou a cesta básica, o custo não deve exceder 33,35% do salário vigente na região. Neste caso, o salário mínimo de um trabalhador deveria ser de R$ 928,05 e de uma família padrão (dois adultos e duas crianças) deveria ser de R$ 2.759,58.•
Fotos: Divulgação Senai
Cortes no repasse de recursos do Sistema S devem atingir 40 mil alunos do Senai e do Sesi em SC
O
s cortes no repasse de recursos do Sistema S devem atingir 40 mil alunos do Senai e do Sesi em Santa Catarina. A medida divulgada pelo governo federal pretende reter 30% dos recursos privados gerados da contribuição das indústrias a essas instituições. Somente no Estado, 50 unidades de ensino profissionalizante e educacional terão que ser fechada, gerando a demissão de mais de 3 mil pessoas. No Brasil o problema é ainda mais alarmante. De acordo com o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Glauco José Côrte, trata-se de um confisco que não pode ser aceito. A instituição está
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conclamando a população catarinense, os envolvidos com os benefícios oferecidos pelo Sistema S que se manifeste contra a decisão arbitrária do governo federal, encaminhando o protesto ao Palácio do Planalto e aos deputados e senadores. A retirada desses recursos para repassar à Previdência Social gerou indignação em todo o Sistema S, instituições que representam também trabalhadores do comércio, da agricultura e do transporte, responsáveis pela formação de mão de obra e pelos serviços sociais e de entretenimento a esses trabalhadores. “Representa um retrocesso, várias unidades irão fechar e vai haver demissão em massa.
É necessário que as pessoas saibam que estão tirando dinheiro não do empresário, mas do trabalhador. É preciso sensibilizar o congresso nacional para que vote contra a proposição do governo federal”, avalia o vice-presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) para a Região da Foz do Rio Itajaí-Açu, Maurício César Pereira. Como forma de chamar a atenção de políticos e pressionar o governo federal, o Conselho das Federações Empresariais de Santa Catarina e outras entidades nacionais promovem a campanha virtual “Marcha para o Futuro” em defesa de trabalhadores da indústria e alunos do Sesi e Senai. Cálculos feitos pelas instituições mostram que a redução anunciada pelo governo e parte dos valores
previstos como incentivo da Lei do Bem resultam em uma redução de até 52% no orçamento do Sistema Indústria. Em todo o Brasil, mais de 300 escolas profissionais do Senai vão fechar as portas por causa da medida e 735 mil alunos deixarão de estudar no ensino básico ou na educação de jovens e adultos oferecidas pelo Sesi, que fechará cerca de 450 unidades escolares no Brasil. Somente as duas instituições ainda estimam que vão ter que demitir cerca de 30 mil trabalhadores no país. Além do Sesi e Senai, o Sistema S é composto pelo Senar, Senac, Sesc, Sescoop, Sest, Senat e Sebrae. A medida do governo federal tem a pretensão de usar os recursos retirados dessas entidades para cobrir o rombo na Previdência Social. •
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Economia&Negócios • Novembro 2014 • 17
Balneário Camboriú se destaca em pesquisa como a melhor cidade em desenvolvimento social Estudo contratado pela revista Exame ainda mostra que o município está em 28º lugar entre os 648 melhores para investir em negócios
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Thiago Santos/PMBC
alneário Camboriú recebeu destaque em uma pesquisa contratada pela revista Exame como a melhor cidade com mais de 100 mil habitantes do Brasil em desenvolvimento social. No mesmo estudo, o município também conquistou o 28º lugar entre os 648 com mais de 100 mil habitantes como um dos melhores para investir em negócios, sendo a terceira de Santa Catarina no segmento. A pesquisa foi realizada pela Urban Systems e tem como critérios indicadores as áreas de saúde, educação, segurança e saneamento. O índice de pobreza em Balneário Camboriú, de acordo com o estudo, é de 0,22%, o menor entre os municípios com mais de 100 mil habitantes. No Brasil, o índice é de 7%. A pesquisa ressaltou o modelo segmentado de saúde na cidade, onde idosos, mulheres e crianças têm unida-
18 • Outubro 2015 • Economia&Negócios
des específicas de atenção médica. A importância dada à terceira idade, com diversas atividades, também foi destaque. O fato de Balneário Camboriú ter o maior índice de saneamento básico da região, com 91% dos domicílios com cobertura de coleta de esgoto e 95% de eficiência em seu tratamento também auxiliaram no resultado do estudo. Tendo em vista a colocação de Balneário Camboriú no ranking, o prefeito Edson Renato Dias, Piriquito, destaca que o que tem sido investido no município gera resultados positivos a nível nacional. "Estes resultados mostram que estamos no caminho certo para que Balneário Camboriú cresça e se desenvolva de forma contínua, priorizando o bem-estar da população e dos visitantes. O desenvolvimento na infraestrutura, educação, saúde, lazer, além do setor imobiliário de referência, contribuem para que sejamos destaque em qualidade de vida repetidas vezes".•
Marcos Santos/USP Imagens/Fotos Públicas
Taxa de juros é mantida em 14,25% ao ano pelo Copom Perspectiva é que inflação convirja para o centro da meta até o início de 2017
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taxa de juros foi mantida em 14,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. A perspectiva é que a inflação convirja para o centro da meta até o início de 2017. Porém, o Copom não descarta novos aumentos em caso de mais pressões inflacionárias. "O cenário do país é preocupante. A resposta dos preços à elevada taxa de juros está se dando de maneira muita lenta. Em contrapartida, a queda no volume de vendas do comércio e nos níveis de produção da indústria e demais setores já foi fortemente atingido ao reduzir o acesso ao crédito em toda a economia", avalia o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt.
A federação ressalta que mesmo que o ciclo de alta tenha terminado, a taxa básica encontra-se num nível muito elevado. Mesmo considerando o controle da inflação importante, a entidade lamenta que isso seja feito através de sucessivas elevações dos juros. "Tal medida prejudica em demasia o setor produtivo, ao onerar, tanto o consumidor quanto os empresários em suas decisões de investimento, dificultando ainda mais a saída do país do patamar de baixo crescimento. Outras medidas, como uma reforma tributária e trabalhista, capazes de incentivar a produtividade, seriam muito mais efetivas para combater o baixo crescimento e a inflação", avalia Breithaupt.•
Economia&Negócios • Novembro 2014 • 19
Carla Superti
Comércio de Itajaí terá mais temporários neste ano Apesar da crise nacional, dados estaduais e municipais são positivos quanto à contratações e vendas nos meses mais quentes do ano
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mpulsionada pelas festas de fim de ano, a temporada de verão é uma das mais rentáveis para o comércio de Itajaí. Na contramão da situação econômica do país, a previsão para este ano é de aumento, ainda que sutil, na contratação de funcionários temporários por diversos fatores. Bom para quem busca emprego nesta época e melhor ainda para os empresários, já que o bom momento indica que haverá incremento também nas vendas. A alta do dólar contribuirá com o comércio nas férias. Sem condições de viajar
20 • Novembro 2015 • Economia&Negócios
para fora do país, muitos turistas devem procurar o litoral catarinense. Ainda que muitos turistas procurem balneários mais populares turisticamente para se hospedar, essa movimentação sempre acaba respingando no movimentado comércio itajaiense. “A nossa expectativa é boa. Já estamos há algum tempo nessa crise e sabemos que isso é um ciclo, então os próximos meses devem ser melhores para as vendas”, destaca o presidente da Cãmara de dirigentes Lojistas de Itajaí, Hamilton Sedrez. Outro fator que pode fazer a diferença
Carla Superti
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Os lojistas precisam se preparar para receber o público. Por isso são necessárias as contratações temporárias
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é o bom momento econômico da cidade, que trouxe investidores novos. Assim, as vendas de roupas, acessórios, calçados, eletrônicos e decorações de Natal e ano-novo tendem a crescer. A expectativa da entidade é que haja crescimento de 5% nas vendas dessa temporada com relação à anterior. Por conta disso, os lojistas precisam estar preparados e estão sendo encorajados a contratar. “Os lojistas precisam se preparar para receber o público. Por isso são necessárias as contratações temporárias”, enfatiza o presidente da CDL. Gerente de uma loja no Centro da cidade, Andrea Tonolli Heusi está confiante de vendas acima do montante do ano anterior. “A gente trabalha pensando nisso”, enfatiza. Há 19 anos em Itajaí, a loja de roupas, acessórios e calçados masculinos e femininos tem hoje sete funcionários fixos. Para os próximos meses, a previsão é de pelo menos mais uma contratação, até mesmo para auxi-
liar nas vendas durante o horário estendido de fim de ano. “Uma loja grande precisa ter rodízio de vendedores”. Quem está em busca de um emprego temporário pode deixar currículos diretamente nas lojas e precisa ser rápido, pois muitas já estão contratando. Gerente de uma franquia de jeans, Francielle Ribeiro de Souza conta que o funcionário temporário trabalhará o dia inteiro durante o verão e auxiliará os outros cinco vendedores, assim como foi feito no ano passado. “Nessa época temos alguns funcionários que tiram férias, então o temporário é contratado para isso também”. Além de ser uma oportunidade para garantir os presentes de Natal, o emprego temporário também é uma porta para quem busca uma colocação fixa. Sirlene Kohler gerencia uma loja de moda e artigos para o lar. Ela conta que em somente uma das lojas da rede serão contratados entre dois e três temporá-
Economia&Negócios • Novembro 2014 • 21
Cenário positivo Mesmo com diversas pesquisas mostrando taxa de desemprego elevada e recuo nas vendas do comércio nacionalmente, a realidade de Santa Catarina é diferente do restante do país. Segundo uma pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado (Fecomércio-SC) divulgada no fim de outubro, enquanto o Brasil apresentou queda de 3% nas vendas do comércio nos oito primeiros meses do ano, Santa Catarina teve crescimento de 0,1%. Por esses motivos, o economista Luciano Córdova afirma que a retomada do consumo no Estado deve ocorrer até a metade do segundo trimestre do ano, antes da nacional, prevista para depois do segundo semestre de 2016. Córdova enfatiza que apesar do crescimento tímido no setor no acumulado do ano, o posicionamento catarinense é muito positivo: “O crédito é o motor fundamental do consumo. Aliado às incertezas quanto aos recursos da economia brasileira, a restrição ao crédito, fruto da elevação das taxas de juros, reprime as expectativas e o consumo. Mas a situação de Santa Catarina se distingue do resto do país, visto que os outros estados viram uma maior retração real de renda e uma grande deterioração do emprego (Santa Catarina tem a menor taxa de desemprego do Brasil)”. A pesquisa, que leva em consideração dados secundários do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e faz uma análise detalhada da Intenção de Consumo das Famílias (ICF), avaliou o desempenho de nove segmentos do 22 • Novembro 2015 • Economia&Negócios
Carla Superti
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rios e as chances de permanecer são grandes. “Temos vários vendedores que começaram como temporários e hoje estão há anos conosco”. Ela lembra que mesma que não haja vaga imediata quando vence o contrato do temporário, a empresa costuma guardar os currículos e recorda daqueles que fizeram um bom trabalho. As trocas de informações entre os lojistas itajaienses também é comum, então deixar uma boa impressão durante o emprego temporário é fundamental. Uma pesquisa divulgada no início deste mês pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado (Fecomércio-SC) sobre as contratações temporárias no litoral mostra que o número geral de contratações pode cair 50% na comparação com o mesmo período do ano passado. Porém, a maioria dos empresários dos setores de bens, serviços e turismos que pretendem, afirma que vai contratar mais trabalhadores do que na última temporada. A sondagem tem caráter intencional, e não probalístico, e ouviu 163 empresários de Itajaí e Florianópolis.
Andrea Tonolli Heusi, gerente de loja
Temos vários vendedores que começaram como temporários e hoje está há anos conosco
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Sirlene Kohler, gerente de loja.
varejo na comparação com os dados nacionais. Entre os resultados positivos estão as vendas de combustíveis e lubrificantes, que tiveram alta de 3,4% contra a redução de 3,9% no país. O segmento de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos cresceu 5,6%
Carla Superti
no período analisado ante os 4,2% do Brasil. O setor de livros, jornais, revistas e papelaria se manteve na casa do 0,6% diante de uma queda de quase 10% nas vendas no país. Os segmentos que registraram queda foram os de móveis, com retração de 13,9% e equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, que recuaram 6,6%. “Santa Catarina tem plenas condições de retomar o caminho do crescimento, do consumo e do investimento antes do resto do país tão logo as taxas de juros voltem a cair e as incertezas se dissipem”, ressalta o presidente da Fecomércio-SC, Bruno Breithaupt, sobre os resultados da pesquisa.
Balneário em baixa Enquanto Itajaí espera um verão melhor do que no ano passado para o comércio, Balneário Camboriú prevê uma situação oposta. De acordo com a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) da cidade vizinha, o número de vagas de empregos temporários deve ser menor nesta temporada de verão do que na anterior. Dados do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego mostram que mais
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Santa Catarina tem plenas condições de retomar o caminho do crescimento antes do resto do país
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Bruno Breithaupt, presidente da Fecomércio-SC
Francielle Ribeiro de Souza, gerente de loja
de 1,1 mil pessoas foram demitidas até setembro deste ano no município. A entidade enfatiza que os empregos disponíveis para a temporada devem surgir apenas com o objetivo de preencher os que foram cortados nos outros meses do ano. “Com a desaceleração da atividade econômica e a retração das vendas no comércio, a previsão de contratações de temporários, sem dúvida, será menor”, avalia o presidente da CDL de Balneário Camboriú, José Roberto Cruz. O presidente da CDL ainda destaca que mesmo que se confirma a tendência de aumento do fluxo de turistas na temporada em função do aumento do dólar, as contratações para o período, que começam neste mês, serão em menor escala na comparação com anos anteriores. Para os candidatos a essas vagas, Cruz lembra que o esforço para conseguir o emprego deve ser maior, com demonstração de mais empenho, além de comprovação de capacitação para a oportunidade.•
Economia&Negócios • Novembro 2014 • 23
Vendas de materiais de construção aumentam em SC
O
setor de vendas de materiais de construção cresceu nos últimos 12 meses, conforme dados divulgados pela Câmara Empresarial de Material de Construção da Fecomércio-SC no dia 29 de outubro. O assunto foi debatido em uma reunião entre os membros da entidade, que representa mais de 8 mil lojas do setor no Estado. Dirigentes e empresários discutiram a situação do setor, informando e propondo ações para enfrentar o atual cenário econômico e político. Mas enquanto as vendas do segmento apresentaram queda de 3,8% no Brasil nos últimos 12 meses, em Santa Catarina o crescimento foi de 2,4%. "Diante da crise temos que ser otimistas. Nosso setor alavanca a economia do Estado e nosso saldo está positivo, mas nossas ações não devem estar voltadas apenas à economia. Precisamos que a política nacional tome seu rumo", ressaltou Jorge Guarezi, presidente da Câmara Setorial de Material de Construção. Vários fatores contribuem para a retração da economia, um deles é o ajuste fiscal que prevê o aumento da carga tributária, como o retorno da CPMF. A proposta do governo é relançar o tributo com uma tarifa menor, de 0,2%, mas cobrada nas operações de débito e no crédito e sem prazo para ser extinto. Estimativas da Fecomércio-SC apontam que só em Santa Catarina a volta do imposto vai retirar da economia R$1,3 bilhão. "O aumento da carga tributária é reflexo da atividade fiscal, que não permite mais a adoção de políticas de incentivo ao consumo no mesmo ritmo que anos atrás", explica Luciano Córdova, economista da entidade estadual.
24 • Novembro 2015 • Economia&Negócios
Amianto em pauta A comercialização em Santa Catarina de produtos que contenham amianto é constante tema da Câmara de Material de Construção. Para atualizar o cenário legal do amianto, o gerente interino de Relações Institucionais e Governamentais da Fecomércio-SC, Elder Arceno, informou que após despacho do Ministério do Trabalho foram revogadas as Portarias 108 e 141, ambas de 2014, estendendo ao comércio a proibição do uso de amianto, entre outras determinações. "Após a revogação das portarias, por intermédio da Portaria n° 1.287, do próprio Ministério do Trabalho, instituindo o Comissão Especial para Debater o Uso do Amianto (Cedua), a Confederação Nacional do Comércio (CNC), formará um grupo junto com demais entidades patronais, laborais e o governo, com o objetivo de propor medidas para a garantia da saúde dos trabalhadores que atuam no comércio de telhas de amianto no Brasil".•
Vendas para o Dia das Crianças recuam 3,4%
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s vendas para o Dia das Crianças foram 3,4% menores no Brasil em comparação com os resultados do mesmo período no ano passado, segundo dados da Boa Vista Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC). Em 2014, as vendas foram 1,8% maiores com relação a 2013. Esse foi o pior resultado da série histórica, segundo a Boa Vista. A data também foi a que sofreu queda mais intensa em comparação às outras datas comemorativas. Conforme a entidade, a queda nas vendas para a época acompanha o recuo generalizado da atividade econômica, influenciada pelos juros altos, aumento do desemprego e cautela cada vez maior dos consumidores.
O cálculo para o volume de vendas na data foi baseado em uma amostra das consultas realizadas no banco de dados da Boa Vista SCPC com abrangência nacional. Foram consideradas as consultas feitas de 1 a 12 de outubro deste ano comparadas ao mesmo período do ano passado.•
Economia&Negócios • Novembro 2014 • 25
Artigo Plano Nacional de Exportações: em hora errada
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Por Mauro Lourenço Dias, vice-presidente da Fiorde Logística Internacional, de São PauloSP, e professor de pósgraduação em Transportes e Logística no Departamento de Engenharia Civil da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Site: www.fiorde.com.br E-mail: fiorde@fiorde.com.br
26 • Novembro 2015 • Economia&Negócios
ão se pode deixar de reconhecer que o Plano Nacional de Exportações (PNE), lançado em junho pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), é uma iniciativa louvável e que, se tivesse sido colocado em prática há anos em outro contexto político-econômico, teria tudo para dar certo. O problema é que chegou na hora errada, numa época em que a produção industrial está em queda, as vendas em baixa e o desemprego em alta. Diante disso, corre o risco de não passar de uma carta de boas intenções. De fato, o PNE está assentado sobre pilares que têm por objetivo melhorar o acesso dos produtos nacionais ao mercado externo, procurando ampliar a promoção comercial por meio de ações de marketing, feiras e exposições e acordos comerciais e de investimento. O plano prevê 37 mercados prioritários e define três como especiais – Argentina, Turquia e Irã. Quem acompanha as ações da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) percebe que o governo está empenhado em ajudar o empresariado a abrir mercados para a moda, startups, alimentos, especialmente carnes, bebidas, especialmente vinhos e café, calçados e máquinas e equipamentos. Na América Latina, os mercados visados têm sido os membros da Aliança do Pacífico (Chile, México, Colômbia e Peru) e Cuba. Na África, ainda que não dê à Confederação Empresarial da Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa (CE-CPLP) a devida atenção, tem procurado abrir mercados em Moçambique, Quênia, Tanzânia, Argélia e Egito. Além disso, tem procurado reatar uma proximidade comercial com os Estados Unidos, que foi deliberadamente combatida pelos governos anteriores de 2003 a 2014, e destravar as negociações do Mercosul com a União Europeia. No Oriente Médio, o foco está na Arábia Saudita e Irã. Sem contar a Rússia, hoje um promissor mercado para alimentos – especialmente carnes, bebidas e agronegócios. Ocorre, porém, que o PNE não ataca o que se poderia definir como o cerne da questão: a falta de competitividade do produto nacional. Pelo contrário. Além de não oferecer novas desonerações, o governo cortou estímulos e benefícios fiscais, além de ter promovido reajustes que oneram o custo da energia de 30 a 40%. Sem maiores estímulos, obviamente a indústria exportadora dificilmente pode reagir valendo-se apenas dos recursos do Programa de Financiamento à Exportação (Proex), hoje em estado de indefinição, e da depreciação cambial, cujos benefícios até agora não têm sido palpáveis. Na verdade, o saldo comercial só tem apresentado resultado positivo porque a queda da importação está em ritmo mais acelerado que a da exportação. Num cenário tão nebuloso, é difícil encontrar quem esteja disposto a aumentar a capacidade produtiva das empresas.•
Índice que mede aluguel tem alta de 10,09% em 12 meses
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Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que baliza os aumentos da energia elétrica e dos contratos de aluguéis, teve alta de 10,09% nos últimos 12 meses, conforme levantamento da Fundação Getulio Vargas. Somente no mês de outubro, o índice chegou a 1,89%, com alta de 0,94 ponto percentual na comparação com setembro. Em outubro de 2014, a variação foi de 0,28% e nos 10 meses de 2015 de 8,35%. A pesquisa também mostra que o Índice de Preços ao Produtor Amplo teve variação de 2,63% em outubro com a maior contribuição vinda do subgrupo alimentos processados, que passou de 1,39% para 2,71%. O índice que verifica o grupo dos bens intermediários teve alta de 0,71% em
outubro com relação a setembro, tendo como destaque o subgrupo materiais e componentes para a manufatura. No mesmo levantamento, ainda foram divulgados dados do Índice de Preços ao Consumidor, que variou 0,64% em outubro com o aumento de cinco das oito classes de despesas. A principal contribuição foi no grupo transportes, que passou de 0,20% para 1,43% no período. O Índice Nacional de Custo da Construção variou 0,27%, o que significa pouca diferença na comparação com setembro, quando ficou em 0,22%. Nesta categoria, não houve grandes aumentos e o índice que representa o custo da mão de obra ficou no mesmo patamar.•
Economia&Negócios • Novembro 2014 • 27
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Feira deve movimentar R$ 50 milhões em negócios durante a Marejada em Itajaí World Business Show é realizada dentro do Centreventos até o dia 15 de novembro
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Marejada – Aventura pelos Mares do Mundo deve movimentar milhões em negócios com a feira World Business Show. Expositores dos setores de imóveis, confecções, calçados, estaleiros, turismo, utensílios domésticos entre outros preencheram os 52 estandes do evento, que segue até o dia 15 de novembro. Conforme o diretor da empresa que organiza a feira, Jean Gern, os 12 dias de festa devem resultar em mais de 200 mil visitantes e cerca de R$ 50 milhões em negócios. “A nossa expectativa é feita com base nas outras edições da feira de negócios na primeira edição da Transat Jacques Vabre e também na Volvo Ocean Race”. O empresário ressalta que cerca de 70 marcas estão expondo no local, já que alguns estantes são divididos por mais de um negócio. “Temos um estande com 14 empresas de barcos, por exemplo”. O espaço do Sebrae, com uma feira com mais de 10 empresas do setor náutico e também de turismo, é um dos principais nomes do evento, que fica no hall de entrada da Marejada. As construtoras Lotisa e DMJ, a loja Sibara Store, a empresa do segmento de cafés Nespresso e a de confecções Santa Costa são outras marcas presentes nos estandes.
28 • Novembro 2015 • Economia&Negócios
A Costa Verde & Mar também é participante da feira de negócios com um centro de recepção e informação ao público, espaço de descanso e informações sobre as dez cidades que fazem parte do consórcio municipal de turismo. O local é equipado com recepcionistas bilíngues. O objetivo é que o estande capte turistas para as cidades da
Divulgação Transat Jacques Vabre
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Regata, cultura e gastronomia
região. “Quanto mais informações o público receber, mais incentivos ele terá para conhecer de perto cada um dos municípios. A nossa região é rica em atrativos para todos e com certeza esta é uma ótima forma de divulgação”, avalia a presidente do colegiado de secretários de turismo da Costa Verde & Mar, Susan Corrêa.
A Marejada recebe, desde o dia 4 de novembro, os barcos da regata Transat Jacques Vabre, que partiram de Le Havre, na Normandia, para Itajaí no dia 25 de outubro. São quatro classes de competidores com 42 veleiros no total. Mas como a travessia é uma das mais desafiadoras do mundo, com 5,4 mil milhas náuticas – 10 mil quilômetros no total – alguns competidores acabaram desistindo por causa do mau tempo enfrentado em alto-mar. Após serem recepcionados em Itajaí, os barcos ficam no píer e na marina e podem ser visitados pelo público. Algumas das embarcações estão abrigadas na Marina Itajaí, que iniciou as operações parcialmente para o evento. Além da regata, a Marejada conta também com dois pavilhões gastronômicos compostos por 11 restaurantes. No cardápio, ingredientes típicos da comida açoriana são destaques, como bolinho de bacalhau, camarão, sardinha na brasa e até sanduíche de frutos do mar. A cultura regional também é valorizada durante os dias de evento, com mais de 60 apresentações de grandes nomes das artes de Itajaí e outras cidades.•
Economia&Negócios • Novembro 2014 • 29
Artigo Pai rico, filho nobre, neto pobre
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Por Lélio Braga Calhau, promotor de Justiça de defesa do consumidor do Ministério Público de Minas Gerais. Graduado em Psicologia pela Univale, é Mestre em Direito do Estado e Cidadania pela UFG-RJ e Coordenador do site e do Podcast "Educação Financeira para Todos".
30 • Novembro 2015 • Economia&Negócios
epercutiu intensamente nas mídias sociais a matéria publicada pela Folha de São Paulo no dia 18 de outubro sobre a situação financeira dos netos e bisnetos de Oscar Niemeyer, que trabalhou até os 104 anos como arquiteto. Segundo a matéria, seus netos e bisnetos estariam hoje sem fonte de renda e disputando uma herança minguada. A situação acima me lembrou uma expressão popular, bem antiga: "Pai rico, filho nobre, neto pobre". Embora a matéria se refira a um caso específico, que talvez tenha chamado a atenção pelas quantias envolvidas, essa situação ocorre mais perto de nós do que imaginamos, só muda o fato de que os valores são muito menores. Conheço diversos casos de pessoas que mesmo em idade avançada sustentam adultos que podem trabalhar, mas preferem viver de mesadas irreais que os avós ou bisavós proporcionam. Eles compram carros caros, investem em cavalos, possuem casas gigantescas com despesas enormes, fazem viagens caras, etc. É um padrão de consumo, que se retirada a ajuda financeira do provedor, não é sustentável nem em curto prazo. Bem, todo mundo sabe o que acontece nesses casos após o falecimento do provedor. Quando a fonte de renda termina há uma queda violenta na capacidade de se auto sus-
tentar. E pior, a fonte se esgota e a pessoa não possui as habilidades financeiras para reorganizar a sua vida. As pessoas que passaram anos (ou décadas) só consumindo de forma não sustentável, não desenvolveram comportamentos financeiros frugais, ficaram fora do mercado de trabalho e não acompanharam a sua evolução, quando sofrem um baque na perda de renda abrupta, não conseguem se adaptar a essa nova realidade. E os resultados são sinistros. Na maioria dos casos, viveram padrões de consumo insustentáveis durante longos períodos e acabam por ter uma queda abrupta de rendimentos, e como não se prepararam, chegam a ter uma diminuição de até 90% do seu “padrão de vida”. Gente que era rica até vinte anos atrás, hoje está correndo atrás de um salário mínimo para sobreviver ou vivendo de favor de parentes e amigos próximos. Fique atento com essas experiências negativas e não caia nessas armadilhas financeiras. Comece a construir o seu futuro ainda hoje. Você já parou para refletir como estará financeiramente daqui a vinte anos? O momento de pensar (e começar a se preparar) é agora. Não sabemos o nosso futuro, mas podemos tentar construir “redes de proteção” para a nossa vida. Fique atento com isso. O dinheiro não aceita desaforo.
Números recordes confirmam que Volvo Ocean Race 2014-15 foi a melhor da história Apesar do sucesso de público nas duas primeiras edições – 2012 e 2015 - Itajaí ainda não está confirmada como cidade sede da próxima etapa da Volvo Ocean Race, que inicia em 2017
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edição 2014-15 da Volvo Ocean Race foi, segundo o balanço oficial, o mais bem sucedido dos 42 anos de história da Volta ao Mundo. Um dos principais dados do relatório, apresentado, é o aumento do número de visitantes nas 11 cidades-sede do evento, incluindo a brasileira Itajaí e a portuguesa Lisboa, com 2,4 milhões de pessoas, aumento de 16% em relação à edição anterior. "A Volvo Ocean Race é um evento cheio de oportunidade de alto-nível para todos, dentro e fora da água", disse o CEO da regata, Knut Frostad. A Volvo Ocean Race oferece um programa abrangente que proporciona aos seus clientes uma gama de ex-
32 • Novembro 2015 • Economia&Negócios
periências de nível internacional. São ações como velejar com os atletas, ter contato próximo ao local da regatas e outras mais. "Recebemos um número recorde de visitantes corporativos em oito de nossas 10 etapas em todo o mundo - uma tendência global muito positiva", acrescentou Knut Frostad.
Mais números * Recorde de clientes corporativos impactados com experiências únicas na Volvo Ocean Race: 70.471 pessoas. Número é três vezes maior do que o anterior; * 2,4 milhões de visitantes, aumento de 16% no nú-
mero médio diário de 2011-12; * Aumento de 140% em audiência online em 113 países; * Crescimento de 27% no valor de publicidade de TV : 293.000.000 de euros. número explicado graças à melhoria do conteúdo dos repórteres a bordo e meios de melhor qualidade cobrindo a regata; * 7.663 horas de cobertura televisiva mundial alcançadas um aumento de 59% em relação a 2011-12; * As equipes participantes tiveram retorno de mídia médio de 47.500.000 de euros; * Um dos aspectos mais populares do programa foi o convidado Onboard experiência que deu a 2.451 visitantes a oportunidade de correr em um dos sete Volvo Ocean 65s. Aumento de 58% em relação a 2011-12; Knut Frostad continuou: "Estamos dando para mais pessoas a oportunidade inesquecível, que não tem preço. Correr a regata ao lados dos melhores do mundo, ver o barco e sentir a emoção não tem dinheiro que compre". O evento contou com várias cerimônias de premiação, lançamentos de produtos, conferências e outras oportunidades.
O novo conceito A decisão de mudar os barcos e definir uma classe única, ou seja, veleiros rigorosamente iguais, deu certo na parte técnica e deu mais emoção. Regatas eram definidas nos últimos segundos, faltando pouco para a chegada nos portos. "Nós vimos seis dos sete barcos ganharem uma regata local e uma travessia", disse Knut Frostad. "Foram sete vezes em que o vencedor ganhou com diferença de 5 minutos para o segundo, o que é inédito em regatas de longa distância". Velejadores de 19 países diferentes participaram do evento! "A regata é um evento global. Além de visitar 11 países ao redor do mundo, as equipes estão cada vez mais internacionais", acrescentou Knut Frostad. O site oficial da Volvo Ocean Race apresenta conteúdo em quatro línguas diferentes, e uma equipe profissional de imprensa produziu atualizações e novidades em mais cinco idiomas. Com mais de 2,4 milhões de visitantes de todos os cantos do planeta, as Vilas da Regata teve média diária de 16.326 pessoas. Os repórteres a bordo embarcados em cada barco entregaram conteúdo em alta definição. "O principal objetivo desta edição foi aumentar e focar na qualidade em vez da quantidade. Vimos uma grande melhoria na cobertura on-line e nos impressos", disse Frostad. Da mesma forma, em termos de produção de notícias de TV, o conteúdo da regata teve audiência impressionante, levando a um aumento de 27% em valor publicidade nesta área para 293.000.000 euros, segundo a empresa global de monitoramento de mídia Repucom. Enquanto isso, os organizadores da regata continuaram a explorar novas maneiras de contar a história deste esforço huma-
no de nove meses. O app oficial Volvo Ocean Race teve 391.000 downloads - mais do dobro da edição anterior. E as plataformas de mídia social Volvo Ocean Race também experimentaram crescimento e altos níveis de envolvimento - com 1.200.000 de fãs acompanhando o evento no Facebook e no Twitter. A regata continua a oferecer oportunidades altamente lucrativas para os patrocinadores. O valor médio medio por equipe, medido pela Repucom, foi 47.500.000 de euros. Mesmo para o Team Vestas Wind, equipe que passou grande parte da regata fora por causa de um problema na segunda etapa, o retorno de mídia foi alto, batendo em 28 milhões de euros. Para as 11 cidades que receberam a edição 2014-15, os resultados financeiros foram igualmente positivos. O impacto econômico da regata em Alicante, onde fica o quartel general do evento, foi de 89.300.000 euros, segundo a PricewaterhouseCooper. A próxima edição da Volvo Ocean Race será a de número 13 e começará em Alicante, na Espanha, em 2017. Sete cidades-sede já foram confirmadas: Alicante, Auckland, Cidade do Cabo, Cardiff, Gotemburgo, Lisboa e Newport. O percurso completo será divulgado em 2016. •
Ainhoa Sanchez/Volvo Ocean Race
Economia&Negócios • Novembro 2015 • 33
Coluna Mercado
Cinco cuidados na hora de alugar um imóvel na temporada O advogado especialista em Direito Imobiliário da Krieger Advogados Associados, Rodrigo Palermo, explica o que deve ser levado em conta antes de se fechar o negócio
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scolher o destino, as datas, arrumar as malas. As férias de fim de ano já começam a ocupar o planejamento de muitas famílias. E uma das escolhas de muitos turistas é trocar o hotel pelo aluguel de um imóvel na condição de temporada. Essa decisão deve ser pensada com cuidado para que nenhum imprevisto surja após a contratação. Quem explica a situação é o advogado especialista em Direito Imobiliário da Krieger Advogados Associados, Rodrigo Palermo. Ele lista cinco questões principais que devem ser avaliadas quando se trata desta modalidade de aluguel. Confira:
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aluguéis. Contudo, fica ao critério do locador e do locatário a melhor forma de pactuar o formato do pagamento. E para assegurar a integridade dos móveis, da estrutura do imóvel e da obrigação de pagamento das parcelas vincendas do aluguel, também é possibilitada a exigência da garantia daquele que irá ocupar o imóvel. Comumente essa garantia de dá através do cheque caução, que é devolvido no momento desocupação. Mas também existem as modalidades de fiador e de seguro fiança. O importante é que, seja qual for a modalidade de pagamento, tais condições estejam previstas no contrato assinado entre as partes”, ressalta Rodrigo.
Contrato: “Por se tratar de uma locação com prazo determinado e não Idoneidade do locador: “DesRodrigo Palermo, advogado especialista em superior a 90 dias de uso, é recomendáconfie de ofertas com valores muito Direito Imobiliário, da Krieger Advogados vel que conste em contrato tudo aquilo abaixo do mercado. Sabemos que Associados que foi acordado verbalmente”, aconsequando se trata de aluguel de imólha Rodrigo. Dessa forma, ressalta, tanto veis na temporada, muitas pessoas locador quanto locatário garantem maior segurança na execu- acabam sendo vítimas de golpes. Procure realizar o negócio ção do negócio. com empresas reconhecidas ou busque referência de pessoas que já ocuparam o imóvel anteriormente. Se possível, visite o Estrutura do imóvel: “É fundamental que, ao iniciar a local antes de fechar o contrato”, diz Palermo. ocupação, o locatário confira e registre se está tudo em ordem, conforme termos acordados previstos no contrato. Essa situação Prazo mínimo e prazo máximo: o advogado da Krieé ainda mais importante quando o local é mobiliado. Registre ger explica que o prazo máximo para aluguéis na temporada é se todos os itens realmente existem e se estão em perfeita or- de noventa dias. “Importante esclarecer que não há um prazo dem. Um laudo de vistoria, contendo a descrição minuciosa dos mínimo para celebrar um contrato de locação por temporada. móveis e utensílios que guarnecem o imóvel, ajuda muito no Estando dentro do prazo máximo de 90 dias, cabe ao locador momento da devolução. Com este documento em mãos, tanto e locatário determinarem o período de ocupação do imóvel. o locador quanto o locatário demonstram sua boa-fé no mo- Contudo, na permanência do locatário por um período superior mento da entrega e da devolução do imóvel locado", lembra o aos 90 dias, sem a correta conduta do locador, entende-se que advogado. o aluguel é fixo e aí entram as regras para esta modalidade. Neste caso é recomendável que, findo este prazo de 90 dias e Forma de pagamento: no momento de fechar o negó- permanecendo o locatário no imóvel, seja procedida a ação de cio, é importante que locador e locatário também definam a despejo. Para tanto, será imprescindível o assessoramento de forma de pagamento da locação. “A modalidade de locação por um advogado especialista no assunto para evitar transtornos”, temporada é a única que possibilita a cobrança antecipada dos conclui.• 36 • Novembro 2015 • Economia&Negócios
Coluna Mercado
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Empreendedores de sucesso são reconhecidos em premiação
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quinta edição do prêmio Cambori – Empreendedores de Sucesso está programada para o dia 19 de novembro em Balneário Camboriú. Como o próprio nome diz, a ação vai premiar empreendedores que se destacaram nas cidades de Balneário Camboriú e Camboriú, ajudando a promover o desenvolvimento socioeconômico da região. Mais de 30 negócios vão receber o prêmio neste ano. Ainda durante a cerimônia, que acontecerá no Hotel Sibara Flat e Convenções, às 19h30, empresas que atuam no mercado há cinco, 10, 15, 20, 25, 30 e 50 anos serão homenageadas. A data também celebra o Dia Nacional do Empreendedorismo e, além do tradicional jantar, os convidados vão contar com um show de stand up com os humoristas Tiago Ventura e Afonso Padilha. O prêmio Cambori foi criado em 2011 e referencia o peixe robalo na língua Tupi, que existiu em abundância na região. Por ser uma espécie ágil e atenta, foi feito esse comparativo com empreendedores, que se renovam e vencem desafios para ganharem destaque no mercado.• Economia&Negócios • Novembro 2015 • 37
Coluna Mercado
Projeto da Univali é escolhido em iniciativa para a popularização da programação
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m projeto desenvolvido por professores da área de Tecnologia e Educação da Univali foi escolhido entre mais de 200 para fazer parte do programa Makers Educa, do Programaê!, que visa a popularização da programação. A ideia partiu dos professores André Maciel Santana e André Raabe e foi a única selecionada no sul do Brasil entre as 10 escolhidas. Baseada em um projeto realizado nos Estados Unidos, a ideia prevê a criação de um móvel de madeira chamado LiteMaker, que tem diversos compartimentos para o transporte de equipamentos até escolas da região. “Pretendemos levar até as escolas a cultura Maker, que baseia-se no conceito do “faça você mesmo”. Com isso os alunos terão a oportunidade de ajudar a construir, consertar, modificar e até criar objetos com suas próprias habilidades e conhecimentos prévios”, explica Raabe. Com a aprovação do projeto, a iniciativa receberá o incentivo de R$ 18 mil para aplicação na compra dos equipamentos, entre eles uma impresso-
38 • Novembro 2015 • Economia&Negócios
ra 3D, uma impressora a laser, uma plotter de corte, uma estação eletrônica e um estação de marcenaria. A atividade será executada na escola municipal Yolanda Laurindo, localizada na Praia Brava, em Itajaí, e beneficiará, em média, 16 alunos entre 13 e 14 anos. “Nosso projeto proporcionará aos estudantes vivências na produção de artefatos com uso de diferentes técnicas construtivas, sejam elas a marcenaria, eletrônica, artesanato em papel, e produção de objetos com impressora 3D. Isso promove o gosto pela aprendizagem com a aplicação de características importantes como concentração, paciência e persistência”, aponta o professor. Atualmente o Laboratório de Inovação Tecnológica na Educação da Univali realiza um projeto similar com alunos da Escola de Educação Básica Nereu Ramos, do bairro Fazenda, também em Itajaí. Nessa ação, os alunos da escola visitam, semanalmente, o laboratório para vivenciar a cultura Maker, promovida pelo projeto.•
Coluna Mercado
Divulgação Agência A
Marina Itajaí inicia operações
A
Marina Itajaí, com previsão de inauguração na segunda quinzena de novembro, já iniciou as operações. Desde a primeira semana de novembro, o local abriga barcos da Transat Jacques Vabre, que segue até o dia 15 de novembro, e recebe o público do evento. Cerca de 70% das embarcações da regata, com 42 barcos participantes, estão na estrutura. A primeira
fase da marina disponibilizará aos usuários 320 vagas, sendo 165 molhadas e 155 secas. O espaço, que fica na Baía Afonso Wippel, deve ser concluído em 2019 com 900 vagas para embarcações no total. Os investimentos no local, que tem uma área de terra de 30 mil metros quadrados e de espelho d’água de 120 mil metros quadrados, ultrapassam R$ 40 milhões.•
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Coluna Mercado
Alex Dickel
Balneário Shopping é ouro em categoria de prêmio nacional
O
Balneário Shopping levou a medalha de ouro na categoria revitalização e expansão do Prêmio Abrasce 2015, da Associação Brasileira de Shoppings Centers, que reconhece as melhores iniciativas da indústria de shoppings do Brasil. Mas essa não foi a única conquista do grupo Almeida Júnior no evento. A empresa, que é a maior de shoppings centers do sul do país, também levou a prata na categoria corporativo com o case “Força de Branding. Almeida Júnior – Inovando para Transformar”. Inaugurado em 2007 em Balneário Camboriú, o Balneário Shopping passou por uma expansão entre 2013 e 2014, praticamente dobrando o tamanho. Depois de um ano de obras com o shopping original em funcionamento, a expansão foi inaugurada em novembro de 2014 com 98% de taxa de ocupação. O shopping passou de 24,4 mil m² para 43,4 mil m² de Área Bruta Locável (ABL) trazendo 90
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novas operações, com ênfase para novas âncoras, megalojas e operações fashion "high end". O case vencedor mostrou que o investimento da Almeida Júnior no Balneário Shopping foi mais que uma expansão, mas uma verdadeira transformação do empreendimento. “Com este projeto do Balneário, mostramos claramente ao mercado e lojistas a habilidade na gestão e capacidade empreendedora da empresa”, diz o CEO da empresa, Jaimes Almeida Junior. Com o case corporativo, a Almeida Junior reforçou a liderança em Santa Catarina, enfatizada com a presença de seus seis shopping centers nas mais ricas regiões do Estado. A campanha criada demonstrou o comprometimento com o consumidor e valorizou a marca corporativa - Almeida Junior - tanto no Estado de Santa Catarina quanto no cenário nacional, contribuindo diretamente para a geração de negócios em seus shoppings.•
Mercado
Divulgação
Canal online contribui para aprendizagem de empreendedores
Coluna
U
m portal com o objetivo de contribuir para a aprendizagem de empreendedores. Essa foi a ideia colocada em prática por uma equipe de especialistas no www.mbaempreendedor.com.br. A ferramenta feita em Blumenau é gerenciada pela mesma equipe que desenvolveu o sistema EAD do grupo Uniasselvi, considerado um dos maiores cases de educação à distância do Brasil, fundado por Marlon Tafner. “Reunimos os principais autores e especialistas para mostrar que existem caminhos alternativos para quem busca informação e sucesso na carreira”, comenta um dos fundadores do canal, João Cristofolini. O portal mostra treinamentos com os principais nomes do empreendedorismo no país e no exterior com conteúdos de aproximadamente 50 minutos até 1h30 e podem ser acessados de qualquer lugar a partir de uma assinatura mensal. "A escola tradicional não nos ensina a empreender, é necessário buscar caminhos alternativos para isso. Nós buscamos, por meio de um modelo de educação continuada, trazer situações do dia a dia e mostrar que
existem comportamentos e preparos internos do empreendedor que podem influenciar na carreira e no sucesso de um novo empreendimento“, analisa João. Alguns dos profissionais que ministram as aulas no canal são a especialista em motivação e desenvolvimento humano Leila Navarro, o especialista em motivação e marketing Ômar Souki e o doutor em antropologia e autor de 28 livros, que trabalha com assuntos como gestão, marketing, motivação e vendas, Luiz Marins. •
Economia&Negócios • Novembro 2015 • 41
Coluna Mercado
Divulgação
Organizações da região estão entre as maiores de SC e do sul do Brasil
U
m ranking da Revista Amanhã divulgou as 500 maiores organizações do sul do Brasil e também as maiores dos estados em diversos segmentos. Instituições de Itajaí e região foram citadas no levantamento, lançado em outubro, que considera dados de 2014. Entre as 500 maiores do sul do Brasil estão a Portonave de Navegantes na 95ª colocação, a GDC Alimentos de Itajaí em 121º lugar, a Univali de Itajaí na 207ª posição, a APM Terminals Itajaí em 251º, a Localfrio Itajaí em 291º, a Multilog de Itajaí em 291º, a Costa Sul de Navegantes em 354º e a Poly Terminais
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de Itajaí em 427º. Já no ranking estadual, a Portonave aparece em 19º lugar, a GDC em 21º, a Univali em 46º, a APM em 56º, a Localfrio em 66º, a Multilog em 74º e a Costa Sul em 84º. A Univali também foi citada como a maior de Santa Catarina no segmento de educação. O levantamento é feito em parceria com a PwC baseado no balanço das organizações. No ranking estadual, a BRF – BR Foods lidera a lista seguida pela Bunge e pelo Grupo Wag. A BRF e a Bunge aparecem em segundo e terceiro lugar, respectivamente, entre as 500 maiores organizações do sul do Brasil.•
Artigo Revisão de NCM na importação após o desembaraço aduaneiro
Divulgação Na Mídia
Balneário Camboriú receberá Congresso Latinoamericano de Ciências do Mar em 2017
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alneário Camboriú será sede da 17ª edição do Congresso Latinoamericano de Ciências do Mar (Colacmar) em 2017. A candidatura da cidade para sediar o evento, que deve reunir mais de 1,2 mil pessoas, foi apresentada pelo Balneário Camboriú Convention & Visitors Bureau na edição deste ano, que aconteceu entre os dias 18 e 22 de outubro na Colômbia. Na ocasião, o BC Convention foi representado pelo embaixador local, professor Fernando Diehl, Conselheiro-diretor da Associação Brasileira de Oceanografia – AOCEANO que é o proponente local. O Colacmar é um dos congressos mais importantes do setor marinho da América Latina, onde são discutidos e apresentados os últimos avanços e desenvolvimentos na investigação científica e no desenvolvimento de tecnologias marinhas e costeiras. O evento reúne pesquisadores, cientistas, estudantes, fundações, agências governamentais e empresas privadas.•
Importador, atenção! Você que muito provavelmente já foi refém da revisão aduaneira, precisa saber que está aceso o sinal amarelo, em especial quanto à reclassificação fiscal. Entender os limites desse procedimento fiscal pode ser a chave para encontrar a solução adequada. Isso ocorre quando o fiscal, após homologar a Declaração de Importação (DI), passados até 5 (cinco) anos do desembaraço aduaneiro, resolve revisar a classificação fiscal da mercadoria (NCM) adotada na DI, normalmente para classificações em que há alíquotas maiores dos tributos, o que tem se proliferado no meio aduaneiro e tem gerado insegurança jurídica no mercado. Com efeito, a importadora apura os tributos, na importação, na modalidade de “lançamento por homologação”, ou seja, diante da importação, quantifica e antecipa o pagamento dos tributos devidos, cabendo ao Fisco a homologação posterior. Nesse caso, o desembaraço aduaneiro é forma de homologação expressa do lançamento realizado, haja vista ter o Fisco, ao tempo da operação, total acesso às mercadorias, aferindo suas características, e liberando-as tão somente depois de cumpridas todas as exigências legais. Uma vez encerrada essa etapa, pagos os tributos devidos, e não havendo qualquer impugnação do Fisco quanto ao valor ou classificação tarifária das mercadorias, a revisão da DI só pode ser iniciada nas hipóteses do artigo 149 do Código Tributário Nacional (CTN), dentre as quais: a comprovação da falsidade, erro ou omissão na declaração. Portanto, para entender qual revisão aduaneira é a correta e qual é a incorreta, deve-se primeiro compreender que essa reclassificação fiscal pode ocorrer por duas razões: no caso de se constatar um “erro de fato” na DI; ou no caso de se constatar um “erro de direito” na DI.
Existe um “erro de fato” quando os dados fáticos inseridos na DI constatam-se incorretos. Por exemplo, quando a quantidade de mercadorias é superior à declarada; ou quando a mercadoria declarada é uma e de fato é outra; ou ainda quando a mercadoria foi internalizada de fato em outro Estado que não aquele informado na DI. Esses são “erros de fato”, hipóteses em que se autoriza a revisão aduaneira, podendo, dentre outros, resultar na reclassificação fiscal. O “erro de direito”, por sua vez, acontece quando o próprio Fisco pretende revisar a DI reconhecendo que se equivocou na aplicação de um critério jurídico na homologação do lançamento. Em outras palavras, é quando a autoridade fiscal, depois de aplicar um determinado enquadramento legal, decide aplicar, para aquela DI já homologada, um outro enquadramento. É o caso da classificação fiscal. Com efeito, a reinterpretação do enquadramento do mesmo produto é evidentemente um “erro de direito”, uma simples mudança de critério jurídico, e que é completamente vedada pelo CTN, em seu artigo 146. Por essa razão, é ilegal a revisão do lançamento do imposto diante de um erro de classificação fiscal, eis que o Fisco já aceitou as declarações do importador no desembaraço aduaneiro. Dessa forma, é possível distinguir as diferenças entre a revisão aduaneira lícita e a revisão aduaneira ilícita. A reclassificação fiscal é, à toda evidência, forma ilícita de revisão do lançamento, devendo ser combatida e confrontada. Ressalta-se que a jurisprudência, interpretando o CTN, tem fornecido importantes precedentes na consolidação dessa distinção, fortalecendo aqueles que não desejam tornar-se reféns dessa prática inadequada. De toda forma, o completo conhecimento da controvérsia continua sendo a melhor porta para buscar o melhor remédio.
Kim Augusto Zanoni OAB/SC 36.370 Sócio do escritório Silva e Silva Advogados Associados. Pós-graduado em Direito Empresarial e Advocacia Empresarial pela Universidade Anhanguera. Pós-graduando em Direito Tributário pelo Instituto Brasileiro de Estudos Tributários (IBET). Advogado atuante nas áreas Tributária, Aduaneira e Societária em nível administrativo e contencioso.
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Coluna Mercado
Itajaí Shopping recebe novas operações
O
Grupo DP
Itajaí Shopping está apostando em novas operações até o início de 2016. O restaurante mexicano Cabrones, com matriz em Balneário Camboriú, inaugura uma filial no empreendimento e é a primeira das sete novas operações a reforçar a economia do shopping. A instalação do restaurante ficará no setor L3, onde funciona o cinema, e terá uma vista privilegiada para a cidade de Navegantes. O mesmo setor do empreendimento ainda pode abrigar outros três estabelecimentos do gênero. Neste mês, a loja Luciana Schobiner e um quiosque de brasões também começam a fazer
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parte do shopping. O empreendimento ainda estreia as lojas TNG, Gabriela Calçados, um quiosque de telefonia e uma operação de carrinhos elétricos, todos com previsão de inauguração neste ano. O empreendimento foi inaugurado na cidade no ano 2000 e passou por uma expansão recentemente, onde a área bruta de locação aumentou 80%. A praça de alimentação e o estacionamento, que conta com 700 vagas atualmente, também foram ampliados, assim como o cinema. O investimento total do grupo que administra o shopping, o Tacla, de Curitiba, no Paraná, superou os R$ 80 milhões. •
Artigo
A vida sempre encontra um caminho
N PorPor Milton BrunaLourenço Furlan, Presidente da Fiorde pós graduada em Logística Internacional Gerenciamento de Cidadese diretor do Sindicato dos pela FAAP , é deputada Comissários de Despachos, federal, vice-presidente Agentesde deRelações Cargas e da Comissão Logística do Estado de São Exteriores e de Defesa Paulo (Sindicomis) e da Nacional da Câmara e Associação Nacional dos presidente da Comissão Comissários Especial da Leide daDespachos, Migração. de Cargas Atua Agentes em entidades comoe Logística (ACTC) AACD, APAE e GRAACC.
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um mundo conflagrado por conflitos graves e abalado por grandes contingentes de pessoas flageladas pela miséria, refugiar-se é a única alternativa para milhões de pessoas não morrerem. A prioridade da vida desafia as fronteiras, questiona os acordos multilaterais e bilaterais de migração e substitui em termos práticos a soberania dos territórios pela posse cosmopolita do planeta por parte da humanidade. Assim, não é sem razão que 60 milhões de pessoas, segundo a ACNUR – Agência de Refugiados da ONU, haviam fugido de seus países, ao cabo de 2014, buscando abrigo, socorro e uma oportunidade de seguir em frente, em nações em estado de paz. Estima-se que já sejam 70 milhões neste final de 2015, gerando uma das mais graves crises humanitárias e migratórias de todos os tempos. Segundo o Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), havia 7.289 refugiados reconhecidos no Brasil, no final de 2014. Eles são de 81 nacionalidades e 25% são mulheres. Nosso país, apesar da crise político-econômica, está apontando uma solução equilibrada ao mundo, por meio da proposta da nova Lei de Migração (Projeto 2.516/2015), aprovada no Senado e em tramitação na Câmara dos Deputados. A matéria tem como princípio
os direitos humanos e modifica paradigmas do Estatuto dos Estrangeiros, o qual substitui, revertendo o caráter punitivo da legislação em vigor, criada durante o regime militar. É garantida a igualdade de direitos aos imigrantes e cidadãos nacionais e o acesso à Previdência Social ao brasileiro emigrante. A nova norma estabelece, ainda, sanções rigorosas às condutas relacionadas à exploração criminosa do fluxo internacional de indivíduos. Também visa contribuir para o desenvolvimento nacional. Por isto, estrangeiros com capacitação científica, tecnológica e cultural contarão com facilidade na obtenção de vistos temporários e autorização de residência. O Brasil tem uma tradição de pluralidade e tolerância étnica, religiosa, ideológica e cultural. Imigrantes de nações que se digladiam convivem em paz e harmonia em nosso território. A nova Lei da Migração reflete essa peculiaridade brasileira e atende à realidade de um planeta no qual a vida pede passagem! Por isso, é necessário ordenar esse processo e conduzi-lo pelos avanços dos marcos civilizatórios, para não prejudicar as nações mais procuradas pelos refugiados e também impedir que as famílias de flagelados sejam objeto do tráfico humano, transportadores ilegais e práticas atentatórias contra a sua dignidade. •
Crédito consignado fica mais caro para aposentados e pensionistas do INSS
A
s novas taxas de limites de crédito consignado foram aprovadas no dia 19 de outubro pelo Conselho Nacional de Previdência Social e trazem notícias negativas para aposentados e pensionistas do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS). Isso porque essas pessoas terão que pagar mais caro pelos financiamentos do gênero. Para o empréstimo pessoal, o percentual passa de 2,14% para 2,34%. Os feitos pelo cartão, que tinham taxas de 3,06%, agora terão de 3,36%. A mudança já passa a valer nos próximos dias. Os aumentos eram debatidos pelo Ministério da Previdência Social desde maio de 2014. A elevação das taxas de juros, mesmo aumentando, são mais baixas do que as propostas pelas instituições financeiras, que eram de 2,48% para o empréstimo pessoal e 3,49% para cartão de crédito.
Outra mudança, que já entrou em vigor no dia 22 de outubro, foi a da ampliação do limite de renda, que pode ser comprometido com o crédito consignado descontado em folha de pagamento. O limite passou de 30% para 35%.•
Arquivo/Fábio Rodrigo Pozzebom/ABr
Rua Manoel Vieira Garção, 10 – Sala 204 - Esq. Dr. José Bonifácio Malburg Cep: 88301-425 – Centro- Itajaí – SC – Edifício PHD Economia&Negócios • Novembro 2015 • 47
Definido horário do comércio de Itajaí para o fim do ano
O
fim do ano é uma das épocas mais esperadas pelos lojistas itajaienses, junto com a temporada de verão. É no mês de dezembro que o setor de vendas de presentes e para as festas de Natal e Réveillon aquecem a economia local, por isso é necessário um atendimento diferenciado.
HORÁRIO PARA AS LOJAS
Já é tradição que o atendimento do comércio seja estendido em Itajaí neste período. Pensando nisso, representantes dos empregadores e dos empregados em comércio se reuniram para definir as regras e horários de funcionamento das lojas e supermercado na época. O horário especial começa na primeira semana de dezembro com o comércio atendendo até às 19 horas. Na segunda semana, já será possível fazer as compras até às 21 horas. Nos dias .
De 1º a 4 de dezembro (terça a sexta-feira): das 9h às 19h Dia 5 de dezembro (sábado): normal Dia 6 de dezembro (domingo): fechado De 7 a 11 de dezembro (segunda a sexta-feira): das 9h às 21h
HORÁRIO PARA OS SUPERMERCADOS
Dia 12 de dezembro (sábado): das 9h às 18h
Dia 24 de dezembro (quinta-feira): das 8h às 18h
Dia 13 de dezembro (domingo): fechado
Dia 25 de dezembro (sexta-feira) Natal: fechado
De 14 a 18 de dezembro (segunda a sexta-feira): das 9h às 22h
Dias 26, 27, 28, 29 e 30 de dezembro (sábado a quarta-feira): normal
Dia 19 de dezembro (sábado): das 9h às 22h
Dia 31 de dezembro (quinta-feira): das 8h às 18h
Dia 20 de dezembro (domingo): das 16h às 22h
Dia 1 de janeiro de 2016 (sexta-feira): fechado
Dias 21 a 23 de dezembro (segunda a quarta-feira): das 9h às 22h Dia 24 de dezembro (quinta-feira): das 9h às 16h Dia 25 de dezembro (sexta-feira) Natal: fechado Dia 26 de dezembro (sábado): normal Dia 27 de dezembro (domingo): fechado De 28 a 30 de dezembro (segunda a quarta-feira): normal Dia 31 de dezembro (quinta-feira): das 9h às 16h Dia 1 de janeiro de 2016 (sexta-feira): fechado
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Dia 2 de janeiro de 2016 (sábado): fechado
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SHOPPING CENTER De 15 a 23 de dezembro: das 10h às 23h Dias 24 e 31 de dezembro (quinta-feira): das 10h às 16h Dia 1 de janeiro de 2016 (sexta-feira): fechado
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Vendas de consórcios de imóveis crescem 47% neste ano
A
s dificuldades impostas para financiamentos de imóveis, a inflação e a alta de juros alavancaram as vendas de consórcios de imóveis neste ano no Brasil. Um balanço divulgado pela Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac) divulgados, no dia 30 de outubro mostra que as vendas de novas cotas no setor aumentaram 47% entre janeiro e setembro na comparação com o mesmo período no ano passado. Durante os nove meses, houve 179,6 mil ingressos em consórcios para aquisição de imóveis. Em 2014, nos mesmos meses, foram 122,2 mil. No setor de veículos leves como carros, utilitários e caminhonetes no mesmo período, o aumento foi de 14,5% com relação ao ano passado. Ainda de acordo com os dados, em todos os setores de consórcios, o aumento foi de 4,8% nas vendas de novas cotas na comparação com 2014. O total saltou de 1,67 milhão para 1,75 milhão, movimentando R$ 65,14 bilhões contra R$ 55,03 bilhões do ano anterior. Segundo a Abac, a média de vendas de novas cotas foi
de 9,4 mil por dia útil no período analisado. “Se para muitos o momento está difícil para projetar o futuro, os dados anuais do Sistema de Consórcios retratam que, ao considerar prudência nos gastos, equilíbrio na relação receita/despesas, consumo consciente, o brasileiro pode continuar pensando na casa própria, na aquisição do carro novo ou upgrade com seminovo, ou até mesmo a realização de projetos em educação, turismo, saúde e estética ou em reformas residenciais por meio de consórcio”, afirma o presidente executivo da Abac, Paulo Roberto Rossi. Nos nove primeiros meses de 2015, as contemplações de consórcios ultrapassaram um milhão de consorciados no Brasil. O aumento foi de 6% no período, resultando em 1,06 milhão na comparação com os nove meses do ano passado, onde o número chegou a um milhão. Os créditos correspondentes, disponibilizados aos diversos elos da cadeia produtiva, chegaram a R$ 30,72 bilhões nos diversos setores, 10,7% a mais que os R$ 27,75 bilhões no período anterior.• Economia&Negócios • Novembro 2015 • 49
Prejuízos com fechamentos do acesso ao Porto de Itajaí chegam aos R$ 60 milhões Complexo Portuário de Itajaí passou mais de 20 dias sem operar ou com as manobras restritas em outubro
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Ronaldo Silva Jr
utubro resultou em grandes prejuízos ao Complexo Portuário do Itajaí e todos os setores ligados a ele. O mau tempo bloqueou a entrada de embarcações no canal de acesso aos terminais por 13 dias do mês. Nenhum navio saía ou entrava na APM Terminals, Portonave e estaleiros da região. Em outros dias, as operações foram restritas, o que também levou a perdas na economia. Segundo a superintendência do Porto de Itajaí, tudo isso gerou cerca de R$ 60 milhões de prejuízos somente à cadeia logística durante o período. O cálculo é feito com base na média de movimentação do complexo, que é de 2,2 mil contêineres/ dia com o custo operacional – que envolve toda a cadeia – de R$ 1,6 mil por unidade. Nos dias que o complexo portuário opera com restrições, a movimentação tem uma redução de 60%. As perdas diretas apenas da cadeia logística são de R$ 3,53 milhões por dia de paralisação total e R$ 2,112 milhões por dia quando as operações estão restritas. Conforme o Porto de Itajaí, cerca de 30 navios deixaram de atracar no complexo em outubro, o que representa perdas irreparáveis também aos armadores e importadores/exportadores. Cada embarcação parada gera aproximadamente US$ 35 mil de prejuízos aos armadores por dia, o que significou milhões de reais ao setor durante outubro. Para amenizar a situação, a draga Catarina, que
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estava parada há dois meses por falta de recursos da Autoridade Portuária para a dragagem da manutenção, voltou à ativa no dia 2 de novembro. A embarcação, segundo a superintendência, não tem capacidade para aliviar todo o sedimento depositado na foz do rio Itajaí-Açu durante o período de chuvas, mas está sendo usada para evitar que a situação se agrave. A Autoridade Portuária explica que trabalha com a Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP) para realizar uma dragagem emergencial no valor de R$ 40 milhões no canal, onde mais de três milhões de metros cúbicos precisam ser retirados, já que o complexo portuário está instalado na foz da Bacia Hidrográfica do Itajaí-Açu e todos os sedimentos acumulados são carreados para o local. Durante outubro, o calado operacional do complexo caiu de 12,5 metros para nove metros. A expectativa é que a contratação da dragagem emergencial seja feita no início deste mês (o fechamento da edição ocorreu no dia 3 de novembro). “Não estamos medindo esforços para resolver os problemas que estão sendo gerados pelas cheias. Já nos reunimos com o ministro Helder Barbalho, que foi muito receptivo à nossa demanda e determinou imediatamente que o Instituto Nacional de Pesquisas Hidrográfica (INPH) iniciasse os estudos para que a dragagem seja contratada com a maior brevidade possível”, afirma o engenheiro Antonio Ayres dos Santos Junior, superintendente do Porto de Itajaí.•
Banco Central incentiva bancos a financiarem mais de 80% dos imóveis
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pagar as parcelas e estiver devendo 80% do imóvel, o banco pode deixar apenas 35% do total do empréstimo para e, com isso, ter mais dinheiro para financiar novos empréstimos. A medida, segundo o Banco Central, servirá como estímulo para os bancos, principalmente os privados, ampliarem o limite de financiamentos imobiliários. Mas não resultam em alterações para Caixa Econômica Federal, responsável pela maioria dos financiamentos do gênero no país.•
Arquivo/Kelsen Fernandes/Fotos Públicas
Banco Central divulgou uma medida para os bancos financiarem mais de 80% dos imóveis. Antes, essas instituições financeiras tinham que deixar 75% do valor total dos imóveis financiados parados no caixa para cumprirem os requerimentos mínimos de capital nos financiamentos de maior valor. Em alguns casos, era 100%. Até o empréstimo ser pago, o banco não podia mexer nesse dinheiro. Com a mudança, quando o cliente começar a
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Itajaí
se destaca na rota dos
imóveis de luxo Mercado de alto padrão é promissor, chamando a atenção de construtoras e investidores que buscam conforto acima de tudo
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uxo e excelente localização. Essas são prioridades básicas de quem procura um imóvel de alto padrão. E Itajaí já tem muito a oferecer nesse mercado. Em plena expansão na cidade, os empreendimentos luxuosos estão principalmente nos bairros Centro, Praia Brava e Fazenda. A marina, que na metade deste mês terá a primeira etapa inaugurada, bem como a valorização comercial e empresarial foram alguns fatores que atraíram construtoras para novos empreendimentos do gênero no município. Milton Dias é diretor de uma construtora que atua em Itajaí e Balneário Camboriú. O empresário ressalta que a quantidade de imóveis de luxo na cidade ainda é tímida, mas as construtoras já seguem esse caminho e
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Itajaí começa a ser comparada com Balneário Camboriú neste ramo. “Com certeza, os imóveis das construtoras que estão atuando nesse mercado em Itajaí já se igualaram à qualidade e ao padrão de Balneário Camboriú, estão sendo construídos no mesmo nível”. Apesar dessa comparação, o público que procura imóveis de luxo em Itajaí é diferente do de Balneário Camboriú. “Enquanto o comprador itajaiense vive e trabalha na cidade, Balneário Camboriú atrai compradores de toda a região sul, sudeste e centro-oeste”, afirma o diretor-presidente de uma imobiliária, que atua nas duas cidades e também em Navegantes, Alceu Luiz Rauber. Desde os anos 1990, Balneário Camboriú se destaca com grandes e luxuosos apartamentos, a maioria de-
les à beira-mar, e muitos que moravam em municípios próximos, como Itajaí, investiram em imóveis na cidade, que também tem variadas opções de lazer e serviços. Rauber conta que quando Itajaí começou a oferecer mais serviços, lazer e imóveis de alto padrão, os moradores da região voltaram a pensar no município como local para morar e investir. Com isso, um novo nicho, com mais empreendimentos para cada vez mais moradores, está sendo criado. Dias também ressalta que moradores da região estão investindo novamente nos imóveis de luxo em Itajaí. “Um dos grandes motivos para essa procura é a locomoção diária de Balneário Camboriú para Itajaí. Hoje, como há esses empreendimentos de alto padrão na cidade, as pessoas já optam por trabalhar e morar em Itajaí”. Os preços destes apartamentos também são chamariz para quem procura conforto acima de tudo. Enquanto o metro quadrado na avenida Atlântica, em Balneário Camboriú, pode custar mais de R$ 20 mil, em Itajaí, na Praia Brava,
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os preços caem pela metade. O metro quadrado privativo na praia mais badalada da cidade, segundo Rauber, custa aproximadamente R$ 5 mil. Alguns imóveis chegam a ter valores superiores a R$ 5 milhões. Os bairros Centro e Fazenda têm preços um pouco mais baixos, mas um apartamento de luxo nestes locais pode ultrapassar R$ 1 milhão. Um dos motivos da Praia Brava ter o metro quadrado mais caro de Itajaí é o destaque da região nos últimos anos. Grandes empreendimentos foram lançados e valorizaram o bairro, chamando mais construtoras que ergueram outros edifícios. A praia, que antes era repleta de terrenos vazios deu lugar a edifícios e condomínios luxuosos onde praticamente não é preciso sair de casa para ter atividades de lazer e beleza, como estética e academia. “A forma como a praia está sendo urbanizada e também a legislação urbanística têm favorecido o surgimento de condomínios que se diferenciam positivamente de Balneário Camboriú, oferecendo menor densidade ocupacional, mais áreas verdes, de lazer e ao ar livre”, diz Rauber. Recentemente, Itajaí foi citada em uma pesquisa da área de imóveis e está entre as 100 melhores cidades do
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Brasil com menos de 1 milhão de habitantes para investir no setor. O estudo, feito pela Prospecta Inteligência Imobiliária e divulgado no site da revista Exame, mostra a cidade com ótimo potencial para investimentos em imóveis de alto, médio e baixo padrão. O município ficou na 72ª colocação, à frente da vizinha e luxuosa Balneário Camboriú, que ocupou o 74º lugar da pesquisa. A economista Janypher Marcela Inacio afirma que essa posição lança Itajaí não apenas aos olhos de moradores, mas também de possíveis investidores. O ranking também tende a facilitar ainda mais o avanço e o crescimento econômico do município. “A definição de desenvolvimento nos traz a ideia de crescimento acompanhado de melhorias. Para crescer precisamos de mais dinheiro, recursos de modo geral. Agora, para desenvolver precisamos direcionar estes recursos da melhor maneira possível. Fato que, ao menos pelo ranking apresentado, mostra que apesar de todos os problemas que passamos vem sendo possível em Itajaí”. Aos consumidores que querem comprar imóveis de qualquer gênero, a economista enfatiza que alguns aspectos gerais devem ser analisados, como cláusulas contratuais, idoneidade da construtora, prazos de entrega, localização e a própria qualidade do imóvel. “A aquisição de um imóvel é algo que deve ser bem avaliada dado o montante a ser investido. Por isso, pesquisar, negociar e se informar das taxas inclusas no contrato são fundamentais para o sucesso do negócio”.
Ainda pode atrair mais Os imóveis de luxo têm as melhores localizações e diferenciais específicos de cada empreendimento. “Alguns oferecem exclusividade para poucos moradores, outros contam com grande variedade e tamanho de área de lazer, priorizam a área privativa dos apartamentos ou ainda têm um mix de tudo isso”, enfatiza o empresário do ramo Alceu Luiz Rauber. Mas, apesar de Itajaí estar sendo evidenciada neste tipo de mercado, alguns condomínios trazem extravagâncias como labirinto, boliche, boates, piscinas de ondas e spa, o setor ainda tem muito a crescer. O empresário revela que o segmento ainda está abaixo do potencial da cidade. Um dos motivos, segundo ele, é a burocracia enfrentada pelas construtoras antes de uma obra ser iniciada. Os casos são levados à justiça, muitas vezes, principalmente porque há instabilidade nas leis que determinam se um prédio pode ou não ser erguido em determinado local. Outro é o desafio que esses empreendimentos enfrentam com a sociedade. Conforme Rauber, criou-se um mito de que a especulação imobiliária dificulta o trânsito, acaba com a praia e prejudica a sociedade. “Com uma legislação adequada, projetos analisados de forma correta e sem favorecimentos, execução bem fiscalizada, o mercado tem um potencial enorme de crescer, gerar empregos e tributos”.•
Economia&Negócios • Novembro 2015 • 55
A delegação de Santa Catarina no Sicomércio 2015 liderados pelo presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt
Sicomércio 2015:
Sindicatos catarinenses engajados no fortalecimento do setor Presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt, ao lado da delegação de SC no Sicomércio 2015
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atuação sindical patronal foi o tema central das discussões durante o Congresso Nacional do Sicomércio, realizado pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), entre os dias 28 e 30 de outubro, no Rio de Janeiro. O evento contou a participação das 34 Federações do país com mais de mil dirigentes sindicais de todo o Brasil. Santa Catarina foi representada com os 45 sindicatos de comércio e de serviços. Os debates abordaram os temas derivados de seis eixos fundamentais para a atuação dos sindicatos patronais, como as relações sindicais, atuação legislativa e gerencial, produtos e serviços e comunicação. Os encontros contaram com a presença de especialistas e líderes da representação sindical dos empresários do setor. Temas como o projeto de lei que amplia o regime tributário do Simples Nacional, o novo Código Comercial, a necessidade da adequação da terceirização à legislação, desburocratização e as perspectivas das relações de traba-
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lho, no atual cenário econômico, foram apresentados em 14 palestras e diálogos. Na abertura dos trabalhos o Ministro do Tribunal Superior Federal (STF), Marco Aurélio Mello, relatou otimismo em relação ao futuro do país e criticou a volta da CPMF, que classificou como um "verdadeiro confisco". Sem prazo para ser extinto, a previsão é que o tributo seja relançado pelo Governo com uma tarifa de 0,2%, cobrada nas operações de débito e no crédito. "Os senhores têm um papel relevante no cenário brasileiro. O Brasil não precisa de mais leis, acima de tudo, precisa de um banho de ética. Que cada qual faça sua parte!" afirmou Marco Aurélio Mello. A Substituição Tributária foi abordada pelo jurista Ives Gandra Martins que defendeu a adoção de uma alíquota nacional única do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços. "Os empresários do comércio que, na luta diária para manterem seus negócios, precisarem reduzir seus preços para competir e sobreviver poderão ser
prejudicados pela substituição tributária, pagando mais do que deveriam", afirmou Martins. O deputado federal Alex Canziani (PTB-PR) alertou para a necessidade de se pensar também na formação dos educadores, transformando os professores em profissionais que façam a diferença na educação e saibam engajar os alunos. Canziani sugeriu a criação, pelo Senac, a enti-
dade de qualificação profissional do Sistema Comércio, de um centro de formação de professores. "O Parlamento precisa saber mais sobre o Sistema S, sobre a Confederação, o Sesc e o Senac. Essas instituições podem ser parceiras dos parlamentares e assim poderemos encaminhar novos projetos para beneficiar o país", afirmou Canziani.•
Foto: Bianca Backes (Adjori/SC)
Na cerimônia de abertura do Sicomércio 2015, o presidente da CNC, Antonio Oliveira Santos
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Artigo
Os desafios e as oportunidades do segmento têxtil
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PorPor Milton Tais Lourenço Cundari, Presidente da Fiorde vice-president e Logística Internacional Partner da Fesa, consultoriae diretore do Sindicato dos de busca seleção de altos Comissários de executivos. Despachos, Agentes de Cargas e Logística do Estado de São Paulo (Sindicomis) e da Associação Nacional dos Comissários de Despachos, Agentes de Cargas e Logística (ACTC)
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onsiderando a grande desvalorização do real frente às moedas estrangeiras, muitas empresas nacionais, que dependiam fortemente da importação, terão boas oportunidades de crescimento se conseguirem se adaptar a este novo cenário. Nas últimas décadas, as indústrias têxteis e de vestuário da China, por exemplo, tiveram um crescimento espantoso, apesar das pressões sociais recentes que levaram à subida dos salários e ao aumento da classe média chinesa, num ritmo alucinante. Isso aconteceu porque essas indústrias investiram fortemente neste período em equipamentos de ponta e inovação, visando atender as necessidades crescentes por novas demandas. Se a grande conquista de países como China, Hong Kong, Índia e Paquistão foi oferecer produtos a preços muito baratos e, com isso, criar mais empregos e aumentar a base de consumo, devemos nos inspirar no sucesso que esses países tiveram para reverter uma tendência de queda na demanda brasileira. As indústrias têxteis nacionais até recentemente tinham grande parte de seus produtos desenvolvidos e fabricados naqueles países, em razão do custo de fabricação mais vantajoso quando comparado com o custo de fabricação brasileira com impostos – como PIS e Cofins, encargos sobre folha, contribuições patronais e previdência. Embora o momento atual propicie uma busca de novos fornecedores de matéria prima e/ou produtos acabados pela alta valorização das moedas estrangeiras, as indústrias brasileiras terão dificuldade em conseguir competitividade no curto prazo em comparação à concorrência. Como oportunidade, o momento atual deve servir de estímulo para o empresariado nacional procurar alternativas de melhoria do processo produtivo têxtil para que o fluxo de capital seja investido em nosso próprio país. Considerando que as grandes empresas varejistas possuem um nível de governança bem desenvolvido, com forte preocupação com questões ambientais e éticas, como o respeito aos direitos dos funcionários terceirizados, faz-se ne-
cessário que todo o processo produtivo seja acompanhado de perto pelas redes varejistas, com olhar não somente para a qualidade dos produtos entregues, mas também para o ambiente e o respeito aos funcionários. Essa “auditoria” inclui desde a produção de fios até o processo de confecção de produtos de vestuário ou artigos para o lar (cama, mesa, banho, decoração) usualmente produzidos por inúmeros pequenos empresários. A partir deste momento, além dos investimentos que o empresariado nacional precisará realizar em maquinário, inovação (pesquisa e desenvolvimento) e em profissionais capazes de fazer uma gestão mais eficiente, o governo também tem o dever de fazer sua parte, no sentido de reduzir a alta carga tributária que pesa sobre o setor, em disputa por mercado com produtos subsidiados pelo governo chinês. Segundo Fernando Pimentel, diretor-presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), o governo chinês dá subsídios de 80% na produção do algodão, impactando o valor de finalização dos têxteis. A concorrência se torna desleal. O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Roberto Proença de Macêdo, recentemente mencionou durante o 1º Seminário Internacional de Inovação Têxtil que a entidade tem incentivado o investimento em inovação como forma de se contrapor aos desafios que têm se apresentado no mercado. Ele ainda ressaltou que o setor têxtil foi colocado como estratégico para o país, mas que esse avanço só se concretizará mediante ações no âmbito da inovação. O desafio é grande, mas com certeza muitos empresários irão se entusiasmar com esta oportunidade. Afinal, se as indústrias brasileiras modernizarem suas fábricas, buscarem inovação tecnológica que trarão maior eficiência produtiva, atraírem profissionais que busquem solucionar gargalos em processos e melhoria nas condições de trabalho e na preservação do meio ambiente, poderemos vislumbrar um futuro promissor, com ganhos na imagem das empresas e maior competitividade internacional.•
Alex Ferrer / Agência A
Heliponto é o único da região com autorização para receber helicópteros de passageiros
Marina Beach Towers possui o único heliponto da região homologado pela Anac
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Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), conferiu oficialmente ao heliponto localizado no empreendimento Marina Beach Towers, pelo prazo de 10 anos, a inscrição no cadastro de aeródromos, no último dia 21 de outubro. Com a homologação oficializada, o heliponto, em Balneário Camboriú, é o único da região autorizado a receber pousos e decolagens de helicópteros particulares. Embora em outros edifícios hajam helipontos, eles têm autorização apenas para receber helicópteros de emergência, como dos Bombeiros, mas não podem receber de moradores. Para a diretora da Mendes Sibara, Nathália Mendes, o Marina Beach Towers é um produto exclusivo, cuja maior parte do público consumidor provém do Paraná ou de outros estados, e a construtora resolveu investir neste diferencial, proporcionando aos seus moradores a como-
didade de poder de chegar de helicóptero ao seu imóvel. “Temos na região, um empreendimento aeronáutico em Itapema que já é um sucesso, comentou Nathália, que admite ter se inspirado nesta ideia para incluir no projeto do Marina Beach Towers um heliponto para os moradores. De acordo com a diretora da Mendes Sibara, com grande parte dos clientes oriundos de outros estados, oferecer uma alternativa de chegada, além da BR 101 e pelo mar, é com certeza um atrativo a mais e a expectativa é que, com a homologação, novos clientes sejam atraídos para o Marina Beach Towers. O Marina Beach Towers é um dos empreendimentos mais sofisticados da região e oferece fácil aos seus moradores acesso por terra, céu e mar, além de serviços exclusivos. O empreendimento também é o único na América Latina com marina exclusiva para os moradores.• Economia&Negócios • Novembro 2015 • 59
PortosdoBrasil TCP apresenta para empresários solução de transporte de fertilizantes por contêineres Uso de contêineres para transporte de fertilizantes reduz custos e garante maior previsibilidade
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TCP – empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá, reuniu, no dia 26 de outubro, empresários que atuam na importação de fertilizantes agrícolas para a apresentação de um modelo de transporte desses materiais através de contêineres em substituição ao formato tradicional utilizado, por navios graneleiros. Na oportunidade os presentes também conheceram a estrutura e as operações do Terminal, que conta com alta disponibilidade para a atracação de navios em seus três berços. De acordo com Juarez Moraes e Silva, diretor Superintendente e Comercial da TCP, o uso de contêineres em produtos da cadeia de valor do agronegócio é uma tendência mundial. “Assim como com a soja, que cada vez mais vem sendo conteinerizada para aproveitar os fretes de retorno, o mesmo movimento vem acontecendo no setor de fertilizantes”, destaca ele, acrescentando que entre os benefícios estão a maior previsibilidade de custos e de tempo de transporte. O transporte de fertilizantes via navios graneleiros apresenta uma série de desafios que impactam a operação e os custos para importadores e exportadores. Além de estar sujeito às condições climáticas, este transporte não permite o rastreamento da carga e gera perdas no decorrer do processo, em razão de série de movimentações realizadas desde que a carga sai do exportador até chegar
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ao importador. “Com o uso de contêineres, o empresário não é afetado pelo clima, sua carga é 100% rastreada e as perdas são praticamente eliminadas, uma vez que o produto entra no contêiner e só sai dele quando chega ao destino final”, , afirma Moraes e Silva, acrescentando que, além disto, não há esperas para atracação, que em momentos de pico ultrapassa semanas, no caso dos navios graneleiros. No caso dos fertilizantes, por exemplo, os contêineres que saem de Paranaguá com carnes congeladas (em especial frango e bovinos) com destino à Rússia – um dos maiores produtores mundiais de fertilizantes –, podem retornar com esses produtos voltados ao setor agrícola. “Com o frete de retorno, os contêineres, que voltariam vazios ao Brasil, são utilizados para o transporte destes produtos, garantindo ainda mais economia aos importadores”. Atualmente pouco mais de 1% do total de fertilizantes importados pelo Brasil utiliza a solução por contêineres, o que demonstra um enorme potencial de crescimento. “A TCP já responde por 59% deste volume, o que representa 8 mil contêineres por ano. Nossa expectativa é chegar a 15 mil contêineres até 2017’, adianta o diretor da empresa.
Sobre a TCP A TCP é a empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá – segundo maior terminal de contêineres da América do Sul, e a empresa de serviços logísticos TCP Log. Após receber investimentos de R$ 365 milhões, um dos maiores aportes privados do setor portuário brasileiro nos últimos anos, a TCP atualmente tem capacidade para movimentar 1,5 milhão de TEUs/ano, conta com 320 mil m² de área de armazenagem e oferece três berços de atracação, com extensão total de 879 metros, além de dolfins exclusivos para operação de navios de veículos. A atuação do terminal é complementada pela TCP Log, que oferece serviços de integração da cadeia logística; como armazenagem, estrutura para carregamento e descarregamento de contêineres, pátio para contêineres e transporte do modal rodo ferroviário ao terminal em Paranaguá.•
Imprensa Gepr - Fotos Públicas
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IPI deve ser cobrado em produtos que não passam por processo produtivo
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Supremo Tribunal de Justiça (STJ) decidiu em sessão do dia 14 de outubro que o Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) será cobrado aos importadores na revenda de produtos importados que não passaram por processo produtivo. O órgão voltou atrás no posicionamento onde tinha se firmado contra a ação, em junho de 2014. O advogado especialista em Direito Tributário, Marco Aurélio Poffo, do BPHG Advogados, afirma que a mesma seção do STJ, em 2014, havia se posicionado no sentido de que a cobrança do IPI na comercialização de produtos importados, desde que estes não passassem por qualquer processo produtivo, seria ilegal, uma vez que o imposto já incide no desembaraço aduaneiro, ou seja, na chegada do produto. Para Poffo, o novo entendimento vai gerar ainda mais prejuízos aos contribuintes que atuam com mercadorias importadas, que já estão sofrendo com a alta do dólar registrada nos últimos meses. “A decisão tem grande impacto econômico e fará com que o importador fique em desvantagem em comparação
àqueles que trabalham com mercadorias nacionais”, explica.
Decisão Em decisão publicada em setembro deste ano, a 1ª Seção do STJ, com nova composição de ministros, decidiu, por maioria de votos, processar os Embargos de Divergência no Recurso Especial no 1.403.532/ SC segundo o rito aplicável aos recursos repetitivos. “Isso quer dizer que o entendimento manifestado na decisão proferida no dia 14 de outubro, ainda que não produza efeito vinculante, deverá ser replicado e aceito pelos juízos de 1ª instância e tribunais de todo o Brasil.”, ressalta Poffo. Embora a decisão ainda não tenha sido publicada, já se sabe que a maioria dos ministros que compõem a 1ª Seção considera que seria plenamente válida a cobrança do IPI também na saída do produto importado, porque existiriam dois fatos geradores distintos - um no desembaraço aduaneiro e outro na saída da mercadoria do estabelecimento importador. • Economia&Negócios • Novembro 2015 • 61
PortosdoBrasil Gabriela Buss - Divulgação
Filhos de colaboradores da APM Terminals Itajaí visitam a empresa
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s filhos de trabalhadores da APM Terminals Itajaí puderam conhecer as instalações da empresa na cidade em outubro, mês em que é comemorado o Dia das Crianças. A iniciativa, realizada durante a segunda edição do Mundo Kids, reuniu mais de 50 filhos de colaboradores com idades entre quatro e 12 anos na sede da companhia. Eles acompanharam de perto as atividades dos pais, conheceram equipamentos utilizados na atividade portuária e visitaram a área primária do terminal. Durante toda a tarde de atividades, recreadores foram contratados para incentivar os pequenos, que puderam se divertir com segurança, num espaço especialmente preparado para eles. Foram realizadas brincadeiras e atividades
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lúdicas, gincanas, pinturas, desenhos artísticos, contação de histórias, oficina de argila e a participação de personagens. Como brinde de Dia das Crianças, todos os filhos e enteados de funcionários receberam camisetas que imitam o uniforme operacional da empresa. Segundo Evandro Rampaletti, isso aproxima ainda mais os funcionários e a empresa. "Nem sempre as crianças tem noção do que é o trabalho do pai, por mais que se tente explicar”, comenta o operador de portêiner e pai de Lívia, 10 anos, e Lavínia, 4 anos. A iniciativa também ocorreu em todas as unidades retroportuárias da empresa no país, localizadas em Rio Grande, Itajaí, Itapoá e Paranaguá, além do terminal portuário de Pecém.•
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Retomada da Zona de Processamento de Exportações é debatida em Imbituba
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Fernando Rodrigues-San
retomada da Zona de Processamento de Exportações (ZPE) em Imbituba foi debatida em outubro durante uma vistoria das instalações e do terreno de 104 hectares pela equipe técnica do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O secretário de Articulação Nacional, Acélio Casagrande, o diretor da Companhia de Desenvolvimento do Estado de SC (Codesc), José João Tavares e o secretário de Desenvolvimento Regional de Laguna, Mauro Candemil, também estiveram presentes. O objetivo da visita foi conhecer a atual situação do local para elaboração do plano de reestruturação. “O Governo do Estado está apoiando esta retomada da ZPE porque reconhece a importância do projeto para o desenvolvimento de Santa Catarina”, salientou Acélio. Em seguida, eles realizaram uma série de reuniões na cidade, com o intuito de explicar a nova proposta. Conforme a secretária-executiva do Mdic, Thaise Dutra, o governo federal é parceiro para dar andamento ao projeto e Imbituba tem toda a configuração necessária para a continuidade da implementação. “Quem faz a ZPE são os empresários. O papel do governo é orientar, planejar e estimular”, disse em apresentação na Associação Comercial e Industrial de Imbituba (Acim). A intenção na consolidação da ZPE de Imbituba é permitir a instalação de fábrica norueguesa de contêineres para transporte de gás liquefeito no local, com investimen-
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to previsto de US$ 3,5 bilhões em 19 hectares. Como é necessário atualizar o Plano de Negócios devido às mudanças na legislação, o modelo a ser seguido é o do Ceará, onde há projeto-âncora de US$ 5,4 bilhões e empresas satélites. “Da mesma forma como fizemos lá, pretendemos capacitar a mão de obra local, ampliando as condições de emprego e renda na região”, afirmou Thaise.
Atualização A prefeitura de Imbituba também foi visitada pela comitiva. Eles foram recebidos pelo vice-prefeito Elísio Sgrott e explicaram que o modelo atual de ZPE difere do projeto antigo, pois a legislação foi modificada. “O objetivo é criar um cinturão econômico para atender a demanda das empresas que precisam estar posicionadas em locais estratégicos como este para aumentar produção e competitividade, exportando de forma mais vantajosa pelas condições tributárias diferenciadas”, acrescentou Acélio. As reuniões foram acompanhadas pelo diretor do Porto de Imbituba, Luis Rogério Pupo Gonçalves; presidente da Acim, Jaime Pacheco Alves; representantes da Fundação Certi, Leandro Carioni e Marcus Dias; presidente da Codesc, Miguel Ximenes; analista do Mdic, Leonardo de Santana; representantes da Unisul, Paulo Barrios e Kátia Maccari; secretário de Desenvolvimento Sustentável de Imbituba, Antônio Clesio Costa; assessores e funcionários.•
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Portonave recebe licença estadual para realizar terceira etapa de obras
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Somente no ano passado, foram investidos R$ 120 milhões no local. O terminal iniciou as atividades em 2007, emprega mais de mil pessoas, opera 38 navios por mês e mais de mil contêineres por dia. “Estamos trabalhando para aumentar nossa produtividade e contribuir no desenvolvimento de Navegantes e Santa Catarina”, disse o superintendente do terminal portuário. As obras de ampliação da retroárea da Portonave estão previstas desde a fundação do terminal. A primeira fase foi concluída em janeiro deste ano e agregou 24 mil metros quadrados ao pátio do terminal. A segunda etapa ainda está em andamento e tem previsão de conclusão neste ano. Os investimentos ultrapassaram os R$ 120 milhões. Após a conclusão das três fases, a empresa terá cerca de 400 mil metros quadrados de área operacional e mais de 2,1 mil tomadas para contêineres reefers, além de dobrar a capacidade estática do pátio, passando de 15 mil para 30 mil TEUs.•
Carla Superti
governo do Estado entregou ao terminal portuário de Navegantes, a Portonave, a Licença Ambiental de Instalação (LAI) para que novas obras sejam feitas no local. O documento foi entregue pelo governador Raimundo Colombo, o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS), Carlos Chiodini e o presidente da Fundação do Meio Ambiente (Fatma), Alexandre Waltrick ao superintendente da empresa, Osmari de Castilho Ribas. “Este é importante porto catarinense e estamos dando agilidade às questões burocráticas, tornando o Estado mais competitivo e gerando mais riquezas”, afirmou o governador durante a entrega do documento, feita no dia 26 de outubro. A licença autoriza a terceira etapa do projeto de obras do terminal portuário, que ainda não tem data definida para começar, onde será feito um processo de solo em uma área de 156 mil metros quadrados.
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Marinha autoriza nova profundidade para manobras no Porto de Imbituba
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Marinha do Brasil autorizou, no dia 22 de outubro, a nova profundidade para manobras de navios no Porto de Imbituba, que passa a contar com um canal de acesso com profundidade de 17 metros e bacia de evolução de 15,5 metros. Com a mudança, os berços passam a operar com 14,5 metros, mas até a conclusão da nova sinalização, a autorização é para 13,5 metros de profundidade. As mudanças vão refletir no crescimento da movimentação de cargas e arrecadação e, ainda, fazer com que o Porto de Imbituba seja o com maior profundidade entre os portos do sul do país. O que é consequência de uma dragagem de aprofundamento concluída há 10 meses, a nova profundidade significa que o porto está apto a receber navios com capacidade de transportar até 9 mil contêineres ou 80 mil toneladas de
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granéis. Diante das mudanças climáticas que acontecem com frequência no Estado e impedem manobras em outros portos, o Porto de Imbituba surge como alternativa para atender a demanda do mercado. Desde 2012, não há registro de fechamento por motivo de segurança ou mau tempo. Além das condições naturais diferenciadas, o Porto de Imbituba, administrado pelo governo do Estado por meio da SCPar, conta com armazéns cobertos para carga geral, tanques para granéis líquidos, áreas de pátio para granéis sólidos, área de contêineres, além de armazéns frigoríficos e grãos. O acesso logístico se dá através do modal rodoviário, com ligação direta entre o porto e a BR-101, e ferroviário através da Ferrovia Teresa Cristina que liga Imbituba ao município de Criciúma.•