Jornal Paroquial - 13 Junho 2016

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ATITUDES CURADORAS

ANO XVIII - Edição 253 - JUNHO/2016 - Distribuição Gratuita Circulação: Itajaí, Balneário Camboriú e Navegantes

Dez dicas de cura interior

PÁGINA 3

Saiba como alcançar indulgências plenárias no Ano da Misericórdia

Em nossa região, a Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento é a única que tem a Porta Santa para a indulgência. Páginas 4 e 5

Mensagem do mês

Como perdoar quando não consigo? Pagina 2

Associação Madre Teresa recebe homenagem Pagina 6


MENSAGEM DO MÊS

Como perdoar quando não consigo? Perdoar é um gesto de decisão, não de sentimento

Foto: Wesley Almeida/Canção Nova

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ão entregues tua alma à tristeza, não atormentes a ti mesmo em teus pensamentos. Não entregues tua alma ao ressentimento. Uma coisa é sentir, outra é ressentir. Todos temos o direito de sentir, mas ressentir depende da nossa decisão. A pessoa magoada é triste e facilmente o ressentimento gera nela rancor. O ressentimento e a mágoa já mataram muitos e vão matar muito mais se continuarmos nos ressentindo. O grande remédio para o mal do ressentimento é o perdão. Deus dá a graça para perdoarmos, mas tudo começa a partir de nós. Precisamos querer perdoar. Nossa Senhora nos dá a mão e nos ajuda a vencer os ressentimentos, as mágoas e tristezas.

O ressentimento e a mágoa só pioram as coisas. Manifestemos as nossas emoções para Deus em oração. Assim, nos libertaremos e receberemos a graça que vem do Senhor.•

Monsenhor Jonas Abib Fundador da Comunidade Canção Nova

EXPEDIENTE: O Jornal Família Paroquial tem sede na Rua Anita Garibaldi, 87 - Centro - Itajaí -SC Fone/fax: (47) 3348.3040 | e-mail: jornalba@terra.com.br Colaboradores: Áurea Araújo Silva Francisco, Márcio Reiser, Rodrigo Hogendoorn Haimann e Secretarias Paroquiais da Comarca. Diretor: Carlos Bittencourt (47) 3348.3040 Depto Comercial: Rose de Souza (47) 3348.3040 Diagramação: Solange Pereira Alves (solange@bteditora.com.br) Circulação: Itajaí, Balneário Camboriú, Camboriú, Itapema e Porto Belo

Jesus Cristo: um coração de amor Áurea Araújo Silva Francisco A Igreja consagra o mês de junho com o culto e a devoção ao Sagrado Coração de Jesus. Tal devoção exalta o sentido profundo da doutrina católica sobre o amor de Jesus para com os homens e mulheres. Jesus é a expressão máxima do amor de Deus pela humanidade. Ele deu prova desse amor no serviço aos pobres durante toda sua vida; e chegou ao extremo quando aceitou ser pregado na cruz. Jesus é o Caminho. Por Ele chegamos ao Pai. Jesus é o Pastor que breca a ovelha perdida, que faz festa quando a encontra. Ele mostra um amor sem limites. Ele precisa de nós para reunir as ovelhas dispersas num único rebanho. O amor ao Sagrado Coração de Jesus nasceu na Igreja e quem primeiro o praticou e ensinou foi São João Evangelista. Na última ceia ele reclinou a cabeça no Coração do Mestre e foi o primeiro a beber do cálice sagrado. No calvário jesus lhe entregou o que possuía de mais profundo e sublime dos Evangelhos. Iniciado por São João Evangelista, o culto ao Sagrado Coração de Jesus só muitos séculos depois teve a sua propagação por especiais revelações a uma humilde religiosa, Margarida Maria de Alacoque. Hoje o

Grupos Familiares Al-Anon

Para familiares e amigos de alcoólicos. Serviço de Informação Al-Anon/ Alateen SC - Tel (47) 3361.8911 - Reuniões em Itajaí Rua Pedro Rangel, 154/ 2º piso - 2ª feiras - 20horas. www.al-anon.org.br.

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culto de que ela foi mensageira está presente em toda a Igreja. Se nos fosse permitido, como a São João, reclinar nossa cabeça sobre o peito de Jesus, ouviríamos o seu pedido: “meu filho, quero que você se torne uma fonte de amor para um mundo que não sabe amar”. O que torna a estrada menos longa, a vida mais bela, o cansaço menos duro é a presença d’Ele. Saber que conheces de perto a dor que suportamos, o suor que vertemos, a alegria que sentimos tonra nossa caminhada cheia de sentido, de fé, de confiança e de otimismo. Só Ele acompanha nossos altos e baixos, nossos sonhos e fracassos. Só Ele nos ampara nas quedas, nos alerta nos perigos, nos encoraja na fraqueza. Somos, portanto, convidados a participar da redenção na solidariedade em Cristo, a partilhar, colaborando com a restauração do reino de Deus no mundo. Dele recebemos graças sobre graças. É nossa missão torna-lo cada vez mais amado e conhecido e buscar, no mundo, corações para o seu Coração. Como diz o Papa Francisco: não basta receber a indulgência, é preciso deixar que Cristo continue habitando em nossa casa, em nossa vida e em todos os lugares do nosso planeta. •


ATITUDES CURADORAS

Dez dicas de cura interior

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ez dicas de cura interior, para você fazer uma reflexão de vida, são propostas pelo saudoso padre Léo no livro “Gotas de cura interior”, que o Jornal Família Paroquial reproduz para que nossos leitores possam fazer uma reflexão sobre a vida: 1. A cura interior, muito mais do que um objetivo a ser alcançado ou uma meta a ser conquistada, é consequência do nosso jeito de viver. Cura interior é fruto e, como tal, precisa ser cultivada. E como vivemos num mundo desértico e árido, precisamos ter a sabedoria de gotejá-la todos os dias. 2. Na vida, precisamos aprender a celebrar as vitórias, sejam elas pequenas ou grandes. Cada passo vivido precisa ser degustado, saboreado e festejado. Não podemos ficar esperando para celebrar somente as grandes conquistas. Aliás, sem a celebração dos pequenos êxitos conquistados perdemos o sabor das grandes vitórias. Cada pequeno sucesso celebrado é semente para os grandes feitos almejados. 3. O pessimismo do mundo moderno acaba contaminando nosso coração. Tornamo-nos especialistas em ressaltar o que é negativo e o alimentamos por meio das notícias e conversas. Enfocamos o negativo com lente de aumento e com isso nos especializamos naquilo que não presta. É preciso educar-se para as conquistas, para o belo e positivo. A celebração de cada etapa vivida e conquistada nos ajuda nesse processo. 4. A celebração das vitórias tem também um aspecto muito importante, que precisa ser ressaltado cada vez mais: aprender a compartilhar nossas conquistas. Vitória que não é compartilhada não pode ser assim chamada. A celebração das conquistas nos ajuda a nos prepararmos para vencer novos desafios. 5. Feliz aquele que tem com quem compartilhar suas tristezas e dores. Mais feliz ainda aquele que tem com quem compartilhar suas alegrias. O amigo verdadeiro é aquela pessoa diante de quem podemos nos revelar por inteiro. Muita gente tem medo de partilhar suas vitórias; outras, nem mesmo têm com quem dividi-las. O outro parece sempre ser uma ameaça. Como vivemos numa constante competição, parece que ser feliz ofende os outros. Acreditar na felicidade é um bom caminho para encontrá-la, é uma trilha segura para construí-la. 6. Um coração curado sabe que a alegria verdadeira não está naquilo que temos ou conquistamos, mas na qualidade de nossos relacionamentos. O que não pode ser partilhado não merece ocupar lugar nenhum em nossa vida.

7. Para compartilhar a felicidade é preciso optar pela alegria. Divertir-se corretamente não é pecado. O grande pecado é não saborear a vida. É preciso ter seriedade suficiente para ser alegre e brincalhão. Uma boa piada, na hora certa, tem um lindo poder restaurador em nosso coração. Rir e ajudar os outros a rir é um dos mais eficientes e eficazes remédios para a cura interior. Quem aprendeu a sorrir saberá chorar na hora certa, diante das pessoas e das situações adequadas. 8. No processo de cura interior, é fundamental não perder tempo nem energia com bobagens. Cada vez que nos entristecemos devemos nos perguntar: é algo realmente sério? Será que esse fato merece a atenção que estou dando a ele? Não estou atribuindo um peso excessivo ao que a pessoa me falou ou me fez? Quanto tempo vou continuar alimentando essa tristeza em meu coração? 9. Todos nós estamos sujeitos a muitos erros e falhas. Ninguém está vacinado contra os dissabores da vida. Portanto, ficar remoendo o passado gesta o

rancor, que é sempre prejudicial a nós e aos outros. A raiva emburrece a pessoa. O ressentimento bestifica. É preciso aprender a perdoar aos outros e a nós mesmos. O rancor produz medo de começar de novo. Viver é correr riscos sempre. Amar é um risco consciente; a vida é imprevisível! Só quem tem coragem de se arriscar saberá saborear a alegria das vitórias. 10. É preciso estar aberto ao novo. Não devemos temer coisas novas, pessoas, comidas ou culturas novas. Triste de quem viaja para outros países, mas logo procura um restaurante com comida típica de seu país. Então, para que viajar? É preciso deixar-se impregnar pela cultura e pelos costumes locais. Ao menos para conhecer é preciso saborear. Se a outra pessoa daquele país gosta de tal alimento, por que não posso me arriscar? Abrir-se ao novo pode ser o começo de uma experiência muito interessante. Fonte: Livro “Gotas de cura interior” – Padre Léo O livro pode ser adquirido na Loja Virtual do site da cancaonova.com

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Saiba como alcançar indulgências plenárias no Ano da Misericórdia Em nossa região, a Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento é a única que tem a Porta Santa para a indulgência

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onforme o ensinamento da Igreja Católica, “indulgência é a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida pelos pecados já perdoados quanto à culpa, que o fiel, devidamente disposto e em certas e determinadas condições, alcança por meio da Igreja, a qual, como dispensadora da redenção, distribui e aplica, com autoridade, o tesouro das satisfações de Cristo e dos Santos” (Constituição Apostólica Indulgentiarum Doctrina, 1967, Papa Paulo VI, Sobre a doutrina das indulgências, n.1). Embora, no Sacramento da Penitência, a culpa do pecado seja perdoada, tirada e com ele o castigo eterno por motivo dos pecados mortais, ainda permanece a pena temporal exigida pela Justiça Divina, e essa exigência deve ser cumprida na vida presente ou depois da morte, isto é, no Purgatório. Uma indulgência oferece ao pecador penitente meios

para cumprir essa dívida durante sua vida na terra ou oferecer pelas almas do Purgatório. O Catecismo da Igreja Católica afirma: “pelas indulgências, os fiéis podem obter para si mesmos e também para as almas do Purgatório, a remissão das penas temporais, sequelas dos pecados” (CIC, 1498).

A misericórdia é mais forte que os pecados

“No sacramento da reconciliação, Deus perdoa os pecados, que são verdadeiramente apagados; mas o cunho negativo que os pecados deixaram nos nossos comportamentos e pensamentos permanece. A misericórdia de Deus, porém, é mais forte também do que isso. Ela se torna indulgência do Pai que, por meio da Esposa de Cristo, alcança o pecador perdoado e o liberta de qualquer resíduo das consequências

do pecado, habilitando-o a agir com caridade, a crescer no amor em vez de recair no pecado” (Misericordiae Vultus, Papa Francisco). O Papa Paulo VI, na Constituição Apostólica Doutrina das Indulgências (DI), ensina toda a verdade sobre essa matéria. Começa dizendo: “a doutrina e o uso das indulgências vigentes na Igreja Católica, há vários séculos, encontram sólido apoio na Revelação divina, a qual, vindo dos apóstolos ‘se desenvolve na Igreja sob a assistência do Espírito Santo”, enquanto “a Igreja no decorrer dos séculos, tende para a plenitude da verdade divina, até que se cumpram nela as palavras de Deus (Dei Verbum, 8)’” (DI, 1). Assim, fica claro que as indulgências têm base sólida na Doutrina Católica (Revelação e Tradição) e, como disse Paulo VI, “desenvolve-se na Igreja sob a inspiração do Espírito Santo”.

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Padre Mário Marcelo Coelho, explica particularidades do Ano da Misericórdia Como obter indulgências plenárias no Jubileu da Misericórdia? “Para lucrar a indulgência plenária, além da repulsa de todo afeto a qualquer pecado, até venial, requerem-se a execução da obra enriquecida da indulgência e o cumprimento das três condições seguintes: confissão sacramental, comunhão eucarística e oração nas intenções do Sumo Pontífice” (Normas,7-10). Sendo o Ano Santo um período em que se enfatiza o perdão, a libertação e a misericórdia, a Igreja propõe, de modo especial, nessas ocasiões, as indulgências. O Papa Francisco anunciou o Jubileu da Misericórdia, um Ano Santo Extraordinário, instituído por ele e que terá como centro a misericórdia de Deus. O Jubileu da Misericórdia é extraordinário, e seu início foi no dia 8 de dezembro, dia da Imaculada Conceição. O encerramento do Ano Santo será no dia 20 de novembro de 2016: “Decidi convocar um Jubileu Extraordinário que tenha o seu centro na misericórdia de Deus. Será um Ano Santo da misericórdia”.

O que significa viver a indulgência no Ano Santo

“Viver a indulgência no Ano Santo significa aproximar-se da misericórdia do Pai, com a certeza de que o seu

perdão cobre toda a vida do crente. A indulgência é experimentar a santidade da Igreja, que participa em todos os benefícios da redenção de Cristo, para que o perdão se estenda até às últimas consequências aonde chega o amor de Deus. Vivamos intensamente o Jubileu, pedindo ao Pai o perdão dos pecados e a indulgência misericordiosa em toda a sua extensão”. Será, portanto, um Ano Santo extraordinário para viver, na existência de cada dia, a misericórdia que o Pai, desde sempre, estende sobre nós. Neste Jubileu, deixemo-nos surpreender por Deus. Ele nunca se cansa de escancarar a porta do Seu coração, para repetir que nos ama e deseja partilhar conosco a Sua vida. A Igreja sente, fortemente, a urgência de anunciar a misericórdia de Deus. A sua vida é autêntica e credível, quando faz da misericórdia seu convicto anúncio.

O que um católico deve fazer para receber indulgências?

Segue o que o Papa Francisco diz: “Para viver e obter a indulgência, os fiéis são chamados a realizar uma breve peregrinação rumo à Porta da Santa, aberta em cada catedral ou nas igrejas estabelecidas pelo bispo dio-

cesano, e nas quatro Basílicas Papais, em Roma, como sinal do profundo desejo de verdadeira conversão. Estabeleço igualmente que se possa obter a indulgência nos santuários onde se abre a Porta da Misericórdia e nas igrejas que, tradicionalmente, são identificadas como jubilares. É importante que esse momento esteja unido, em primeiro lugar, ao sacramento da reconciliação e à celebração da Santa Eucaristia, com uma reflexão sobre a misericórdia. Será necessário acompanhar essas celebrações com a profissão de fé e com a oração por mim e pelas intenções que trago no coração para o bem da Igreja e do mundo inteiro”.

E as pessoas enfermas?

“Penso também em quantos, por diversos motivos, estão impossibilitados de ir até a Porta Santa, sobretudo os doentes e as pessoas idosas e sós, as quais, muitas vezes, se encontram em condições de não poder sair de casa. Para eles, será de grande ajuda viver a enfermidade e o sofrimento como experiência de proximidade ao Senhor, que, no mistério da Sua Paixão, Morte e Ressurreição, indica a via mestra para dar sentido à dor e à solidão. Viver com fé e esperança jubilosa esse momento de provação, recebendo a comunhão ou participando da Santa Missa e da oração comunitária, inclusive nos vários meios de comunicação, será para eles o modo de obter a indulgência jubilar”.

E os encarcerados? “O meu pensamento se dirige também aos encarcerados, que experimentam a limitação da sua liberdade. O jubileu constituiu sempre a oportunidade de uma grande anistia, destinada a envolver muitas pessoas que, mesmo merecedoras de punição, todavia tomaram consciência da injustiça perpetrada e desejam sinceramente inserir-se de novo na sociedade, oferecendo o seu contributo honesto. A todos eles chegue concretamente a misericórdia do Pai que quer estar pró-

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ximo de quem mais necessita do seu perdão. Nas capelas dos cárceres, poderão obter a indulgência, e todas as vezes que passarem pela porta da sua cela, dirigindo o pensamento e a oração ao Pai, que esse gesto signifique para eles a passagem pela Porta Santa, porque a misericórdia de Deus, capaz de mudar os corações, consegue também transformar as grades em experiência de liberdade”.•

Oração do Ano Santo da Misericórdia

Senhor Jesus Cristo, Vós que nos ensinastes a sermos misericordiosos como o Pai celeste, e nos dissestes que quem Vos vê, vê a Ele. Mostrai-nos o Vosso rosto e seremos salvos. O Vosso olhar amoroso libertou Zaqueu e Mateus da escravidão do dinheiro; a adúltera e Madalena de colocar a felicidade apenas numa criatura; fez Pedro chorar depois da traição e assegurou o Paraíso ao ladrão arrependido. Fazei que cada um de nós considere como dirigida a si mesmo as palavras que dissestes à mulher samaritana: Se tu conhecesses o dom de Deus! Vós sois o rosto visível do Pai invisível do Deus que manifesta Sua onipotência, sobretudo com o perdão e a misericórdia. Fazei que a Igreja seja no mundo o rosto visível de Vós, Senhor, ressuscitado e na glória. Vós quisestes que os Vossos ministros fossem também eles revestidos de fraqueza, para sentirem justa compaixão por aqueles que estão na ignorância e no erro: fazei que todos os que se aproximarem de cada um deles se sintam esperados, amados e perdoados por Deus.


Paz e Bem Rodrigo Hogendoorn Haimann, ofs Bacharel em teologia haimann@bol.com.br

Francisco de Assis – Um valoroso soldado de Cristo Tem gente que acha que viver é gozar férias num hotel luxuoso com piscina numa praia paradisíaca de uma ilha privada. Com iates, helicópteros e todo tipo de mordomia. Tudo do bom e do melhor para comer e vestir e assim por diante. Se essa é a sua visão de mundo, se felicidade pra você é isso, então meu irmãozinho, você não é cristão. Pois o cristão sabe que a razão da sua vida, não está nesta vida, no agora, e sim na vida futura. E que aqui nesta vida teremos tribulações. Mas ninguém quer tribulações não é mesmo? Ninguém quer abraçar a Cruz de Cristo. Ninguém quer fazer morrer o homem velho. As pessoas só querem a glória, só querem a ressurreição. Já percebi até que existe uma tendência em algumas igrejas modernistas de não se ter mais a imagem do crucificado no presbitério e sim uma imagem do ressuscitado. Não há ressurreição, não há glória sem passar pela cruz. Mas as pessoas querem um evangelho de conveniência. Um evangelho fácil de se viver. Um evangelho self-service, onde eu me sirvo daquilo que me interessa. Olham só o lado bom, as promessas de Deus, as bênçãos… Vão a Igreja só em busca de curas, de milagres, mas ficar ajoelhado uma hora em frente ao Santíssimo ninguém quer. Quantas pessoas que não se ajoelham mais nem na hora da consagração. Dói o joelho, é desagradável, suja a calça… Fugimos das humilhações. Dizemos que não queremos a opinião de ninguém, que cuidamos da nossa própria vida, tudo porque não queremos ser contrariados nunca. Queremos sempre fazer tudo do nosso jeito, mesmo que o nosso jeito, seja o jeito errado. Mesmo que o nosso jeito não seja o que Deus quer de nós. Quantas pessoas dizem não concordar com a posição do Magistério da Igreja sobre diversos assuntos? Quantos dizem que o Papa está ultrapassado e que certas ideias não condizem com os nossos tempos? E assim vão afundando cada vez mais no pecado e arrastando multidões com eles. Nosso Seráfico Pai, Francisco de

Assis era segundo Celano, um valoroso soldado de Cristo. E nós? Somos soldados de Cristo ou fugimos da guerra? Sim estamos em guerra e somos minoria. Os católicos de verdade são poucos, são um pequeno rebanho, um número muito reduzido. Quando você vai a missa, amigo leitor, e vê a igreja lotada, não se engane. Não pense que todos aqueles que lá estão são católicos. Porque não são. Grande parte é herege. E outra parte já apostatou completamente a fé. Isso quando o próprio padre que está lá na frente celebrando a missa não é herege também, não é mesmo? São Francisco nunca poupava o próprio corpo sujeitando-o a toda espécie de injúrias, por atos ou palavras. Mas nós queremos nos poupar. Queremos fugir das injúrias, das humilhações. Não podemos admitir o fato de sermos às vezes injustiçados. Queremos sempre tirar tudo a limpo. Provar nossa inocência, afinal o que vão pensar de mim? E quantos que quando contrariados querem chamar o opositor para um debate, como num duelo para ter sua “honra” lavada, ou até mesmo para enaltecer o seu ego, pois julgam saber mais do que o outro. Se o opositor delicadamente se esquiva, ou se por humildade recusa o debate, você logo sai cantando vitória e se enchendo de vanglória. Quantos casamentos não dão certo, porque de repente, um belo dia, um olha para o outro e diz que o amor acabou. É nesse momento que você deve abraçar a cruz e amar. Ah, mas ele ou ela me traiu. E você não pode perdoar? Ah, mas todo mundo ficou sabendo da traição e se eu perdoar estarei fazendo papel de boba, papel de bobo. E você não pode sofrer as humilhações? Não pode conformar-se com a Cruz? E assim eu poderia dar aqui vários exemplos de situações diversas em nosso trabalho, na Igreja, em casa, na vida em sociedade em que devemos abraçar a Cruz do Senhor como valorosos soldados de Cristo e morrendo para o mundo, lutarmos ao lado de Jesus suportando as tribulações e amando o Senhor com o coração indiviso. Que assim seja, amém.•

Associação Madre Teresa recebe homenagem destaque do Terceiro Setor no Troféu Empresário do Ano da ACII

O

empresário Marco Aurélio Seára Júnior será homenageado como destaque do Terceiro Setor no Troféu Empresário do Ano da Associação Empresarial de Itajaí (ACII). Ele está à frente da Associação Madre Teresa, Organização de Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) que fomenta melhorias para o Hospital Marieta. Esta é a estreia desta categoria social na premiação, cuja entrega está programada para 24 de junho, no Maria’s Itajaí. A entidade foi criada com o objetivo da participação ativa da comunidade, representada principalmente pela classe empresarial, para dar alento aos pacientes do Hospital Marieta atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Fatia, aliás, que corresponde a 85% de toda a atividade da unidade hospitalar. Daí a importância da participação da sociedade organizada. Fundada em agosto de 2013, a Associação Madre Teresa tem a missão de contribuir para a perenidade e a gestão autossustentável do hospital e do Complexo Madre Teresa. Para isso, a entidade atua no incentivo à melhoria contínua do envolvimento da sociedade civil organizada na viabilidade e realização dos projetos. O foco é sempre buscar a credibilidade, o voluntariado e a responsabilidade social. Junto à Câmara

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de Vereadores de Itajaí, a instituição também ganhou o reconhecimento de Organização de Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip). AMT recebe doações Em reunião ordinária da Associação Madre Teresa, foram entregues dois cheques que totalizam R$ 25 mil em doação ao Hospital Marieta. Um deles se refere à doação da Open Trade, no valor de R$ 12 mil, que serão investidos na aquisição de termostato de ambiente para o centro cirúrgico da unidade hospitalar. O outro, no valor de R$ 13 mil, referente ao Troco Solidário Havan, será para a compra de cortinas e divisórias para os alojamentos conjuntos do quinto andar do hospital. A direção do Hospital Marieta e representantes da Associação Madre Teresa também estiveram reunidos com três ex-governadores do Lions Club. No encontro, ficou definido o apoio da entidade para a unidade hospitalar por meio da doação de U$ 100 mil do Lions Internacional para a aquisição de equipamentos. Os diretores do hospital encaminharão projetos, em parceria com os integrantes da AMT, para análise e futura aprovação. A reunião foi uma solicitação dos clubes de Lions de Itajaí, cuja tradição é beneficiar instituições que necessitam de ajuda. •

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e Izabel, seus pais eram idosos e sua mãe não poderia ter filhos. João Batista nasceu em um tempo marcado pelas injustiças sociais e religiosas. Com o nascimento de João renasce a esperança no meio do povo sofrido. O nome João é o sinal que evidência o projeto de Deus sobre a criança e sua missão: João quer dizer “Deus tem piedade”. São João Batista, pregador da penitência, precursor do Messias e alegria do povo. Conhecido como o ultimo dos profetas bíblicos. Considerado pelo próprio Jesus como o maior entre os nascidos de mulher, João Batista tem sua vida profundamente marcado pela presença de Jesus Cristo, de modo tal que se pode

A festa de São João Batista acontecerá de 15 a 26 de junho deste ano em Itajaí. É uma homenagem ao padroeiro da igreja que leva o seu nome, no bairro São João. A comunidade se reúne para rezar e se confraternizar com sua família e visitantes. Neste ano as novenas iniciam dia 15 e vão até o dia 23. Nos dias 24, 25 e 26 teremos a festa externa com o tradicional churrasco, as barracas de quentão, pinhão, pastel, cachorro-quente e a pescaria. A Igreja quer com esta mudança resgatar a presença das famílias, com o valor e a verdadeira intenção, que é congregar todos num clima de oração e confraternização aos pés de seu padroeiro. São João veio para anunciar o Messias, Jesus Cristo. A festa não pode ser contrária a esse grande anúncio. “Somos convidados a dar e anunciar o mesmo Cristo com a nossa vida. A alegria da festa e a nossa convivência deve ser sempre a mesma alegria de viver esse anunciado com a comunidade”, disse um dos membros da comissão organizadora do evento. Histórico da festa Em 1958, após a construção da primeira capela, os moradores do Banhado do Jacaré, liderados pelos senhores: Nilton Padeiro, Teotônio Machado, Jorge

Pedro, Natinho, Celestino, Antonio, Eduvigi, Zé da Barra Velha, Manoel Cardoso, Tolentino, Neri Lima, Nereu Sestrem, e suas respectivas esposas, além de outros colaboradores, decidiram organizar uma festa junina para angariar recursos para melhorar as condições da igreja e da comunidade. Decidiram homenagear São João Batista com uma fogueira que foi acesa no dia 24 de junho. Seu Jorge conta que a fogueira, não era das maiores, mas veio gente de todo o lado e a partir daí a capela passou a ser conhecida como a capela da festa de São João, todos os anos virou tradição a realização da festa que acabou dando o nome à capela e também ao bairro, que passou a condição de Paróquia São João Batista com a chegada de Padre Agostinho em 1968. A Festa de São João, representa para Itajaí, a conservação das raízes folclóricas por suas características peculiares das festas juninas. Em 2008 a Fundação Cultural de Itajaí, registrou a Festa de São João no calendário oficial das festividades da cidade. Histórico de São João Batista São João Batista é um dos Santos mais populares da Igreja e do mundo, sua missão: anunciar a vinda do salvador. João Batista nasceu por volta de 06 meses antes de Cristo, filho de Zacarias

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concluir. Sem Jesus não se entende João Batista! Mas também se poderia sugerir, sem João Batista não se compreende de modo claro a missão de Jesus. João Batista ocupa lugar de destaque no cume da história da Salvação; Ele ainda no ventre da mãe exultou quando ouviu falar de Jesus, aprontou-os caminhos do senhor, preparou-lhe alguns discípulos, batizou-o nas águas do rio Jordão e apontou-o como o verdadeiro cordeiro que tira o pecado do mundo. Morreu em defesa da Santidade matrimonial e da fidelidade conjugal, sua morte serviu como trampolim de lançamento do programa messiânico de Jesus Cristo.•


Antônio, O Santo

Marcha pela Vida em Brasília reúne 8 mil pessoas

13 de junho

Participantes levaram faixas com mensagens em favor da vida e repetindo a citação: “vida sim, aborto não”

A

mado por um incontável número de devotos, Santo Antonio de Lisboa, por ter nascido em Portugal e de Pádua, por ter sido lá que cumpriu seu ministério sacerdotal, e por ter sido lá sepultado Fernando, seu nome de batismo, nasceu em Lisboa em 1195, seus pais eram nobre e bastante ricos, fato que permitiu que ele estudasse com os Agostinianos e na ordem de Santo Agostinho se tornou cônego. Tão logo conheceu a Ordem Franciscana, com seus frades missionários e mendicantes, pediu licença aos seus superiores e, deixando o convento farto e seguro, passou a seguir os passos do pobrezinho de Assis. Com os frades adotou o nome de Frei Antonio. Seu maior desejo era a missão no Marrocos e para lá seguiu com mais dois frades. Tão logo desembarcaram, Frei Antonio adoeceu e tendo seu estado de saúde agravado, retornou para a Europa. A embarcação naufragou, Frei Antonio e seus irmãos foram levados pelas ondas para a costa italiana. Chegando a Itália e com o cuidado dos frades logo se recuperou. Participou do famoso capítulo das esteiras e lá conheceu Francisco de Assis. Frei Antonio seguiu para um pequeno convento e lá se tornou o cuidador dos doentes e idosos. Destacou-se como um exímio cozinheiro, exercendo também o ofício de faxineiro. Somente por acaso foram descobertos seus dons, principalmente sua oratória. Era quase impossível imaginar um frade tão simples e humilde, como sendo um pregador tão eloquente. A partir daí, tornou-se o pregador da ordem, além de ser o seu 1º formador. Sua memória prodigiosa, seus sermões e suas admoestações, dariam a ele, no futuro, o título de doutor da Igreja. Por todos os lugares que passava, multidões o esperavam, corações eram transformados e vidas restauradas. Frei Antonio, para os famintos, era o pão e para os fartos, o sinal da partilha. Foi também o promotor da paz e do bem. Sua existência foi marcada pela reconciliação, a reconciliação entre reis e nobre, entre patrões e empregados, entre casais, entre pais e filhos. Para todos falava do príncipe da paz, o Cristo Jesus. Graças a sua intervenção uma antiga lei italia-

Fotos: Arquidiocese de Brasília

na foi revogada, dizia esta lei que nobres e plebeus não poderiam contrair núpcias. Antonio falou do amor, da beleza do amor, criado por Deus, entre o homem e a mulher, independente de classes sociais. Como herdeiro dos costumes e da religiosidade portuguesa, atribuímos a Santo Antonio o título de casamenteiro. O fato acima, por si só não justifica a crendice popular. Devemos reconhecer em Santo Antonio um fiel e ardoroso defensor da família, um santo que teve o privilégio de ter colóquios com Jesus Menino e dele ouvir conselhos, sobre seus escritos e pregações. Com apenas 36 anos foi chamado pelo Deus da vida e na glória recebeu a recompensa da bem aventurança. Frei Antonio foi declarado santo, com apenas um ano após sua morte.•

Márcio Antônio Reiser O.F.S.

marcioreiser.blogspot.com (A história dos Santos) marcioantonioreiser@gmail.com

A 9ª Marcha Nacional da Cidadania pela Vida contra o Aborto reuniu, na tarde do dia 7de junho, em Brasília, cerca de 8 mil pessoas, segundo a Arquidiocese de Brasília. Entre os participantes estavam representantes de grupos e entidades civis e religiosas como o Movimento Promotores da Vida, Equipe de Métodos Naturais e a Federação Espírita Brasileira (FEB). Com faixas e cartazes com frases e mensagem em favor da vida e repetindo a citação: “vida sim, aborto não”, os participantes saíram das proximidades da Torre de TV, localizada no Eixo Monumental, por volta das 14h30, e seguiram rumo ao Congresso Nacional, guiados por um trio elétrico. “A intenção era chamar atenção e pressionar os deputados para a aprovação do Projeto de Lei nº 478/2007, mais conhecido como Estatuto do Nascituro – que tem por objetivo defender os direitos da criança por nascer e a dignidade da gestante”, diz a Arquidiocese de Brasília. A 9ª Marcha Nacional da Cidadania pela Vida contra o Aborto foi promovida pelo Movimento Brasil sem Aborto e marcou seus 10 anos de fundação.•


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