Jornal Paroquial - 09 setembro 2016

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ANO XVIII - Edição 256 - SETEMBRO/2016 - Distribuição Gratuita Circulação: Itajaí, Balneário Camboriú e Navegantes

Madre Teresa de Calcutá é declarada santa PÁGINA 8

Por que ler a Bíblia? É preciso ler todos os livros da Bíblia, entendendo que tudo converge para Jesus. PÁGINAS 4 e 5


MENSAGEM DO MÊS

O amor que recebemos de Deus nos ensina a amar

M

uitas vezes, é difícil amar. Não amamos os outros, não temos misericórdia nem perdão, não temos um coração de pastor, não temos o coração de Jesus para com os nossos irmãos, porque, verdadeiramente, não acreditamos no amor de Deus, não tivemos essa experiência. Até ouvimos dizer sobre o amor do Senhor e, racionalmente, sabemos que Ele nos ama, mas se não passamos pela experiência de sermos encontrados por Ele, quando chega uma situação desagradável, desacreditamos. Precisamos, portanto, em primeiro lugar, termos uma experiência pessoal, íntima com o amor de Deus por nós. Somente a partir daí é que acreditaremos no amor de Deus, na Sua misericórdia e no Seu perdão. Temos de acreditar que Deus é real-

mente nosso Pai, cheio de amor e misericórdia. O amor d’Ele não é genérico, mas pessoal, ou seja, Ele ama cada um de nós individualmente. O Senhor nos ama e perdoa, tem misericórdia de nós, não nos condena nem acusa. Ele é nosso Pai.

Monsenhor Jonas Abib Fundador da Comunidade Canção Nova

As cinco vias da Palavra Áurea Araújo Silva Francisco

S

etembro é o mês da Bíblia. Sofremos um analfabetismo bíblico e precisamos criar o “século da Bíblia” e tê-la todos os dias em nossas mãos. Eis as cinco vias da Palavra: 1. O ouvido. Como poderemos crer sem ouvir a pregação da fé? “Ouve, oh Israel”. Este é o mandamento divino. “Dá-nos, senhor, ouvido de discípulo”, pede o profeta Isaías. A fé entra pelo ouvido. Não podemos ser surdos ao deus que se revela a nós como amigos. “Quem ouve minha Palavra e a põe em prática, este é o maior no Reino dos Céus”, ensinou Jesus. “Hoje, se olvides a voz do Senhor, não fecheis o vosso coração”, diz o livro de Samuel. A Palavra supõe a audição, o ouvido; do contrário, ela cai no chão”. 2. A cabeça. A Palavra exige o estudo, a teologia, o magistério e o catecismo. A fé não pode contrariar a reta razão, mas vai além dela. É preciso dar a razão de nossa fé, porque a verdade e a fé são as duas asas que movem o ser humano até Deus. Fé e razão se completam. O ato de fé é um ato de decisão, de opção, de adesão a Deus, a Jesus Cristo e à revelação divina. A cabeça é uma via da fé para evitar todo infantilismo, magia, engano, exploração, fanatismo e heresia no âmbito da religião. A Palavra guia nossos pensamentos e oferece critérios, valores e luzes para a razão. 3. O coração. A Palavra ouvida desce ao coração, ou seja, é interiorizada, assimilada, vivida, experimentada. É no íntimo do coração que a Palavra se faz carne em nós. Ela se torna alimento. “Toma o livro e come-o”, diz a Escritura. Há grande fome e sede da Palavra, porque ela alimenta a fé no coração dos cristãos. A fé é a resposta à Palavra e compromisso no centro, no interior dos corações. 4. As mãos. A fé sem obras é morta. A Palavra alimenta a fé. É no testemunho, na ação, mas principalmente nos gestos de amor a deus e ao próximo, que se manifesta a nossa fé. Nossas mãos se abrem à generosidade, à solidariedade: fé e vida, oração e ação, mística e política, contemplação e transformação. A Palavra abre nossas mãos para a construção do Reino, as boas obras e o amor transformador. 5. Os pés. A Palavra é combustível, o motor, a energia da missão. Quem tem fé não é acomodado, mas missionário, caminhante, evangelizador. Fé com pé na estrada, pé a caminho, pé nas ruas, nas portas das casas, nas periferias e nas mansões. Os caminhos da fé levam ao encontro com o diferente, o afastado. A fé nos dá pés velozes que correm até os confins da Terra. Com os pés iluminados pela Palavra, caminhamos pressurosos para a casa do Pai. Pés evangelizadores que , mesmo feridos e machucados, nos deixam sempre de pé, especialmente ao pé da Cruz, a de Cristo e nossa também. Fonte de consulta: Dom Orlando Brandes

EXPEDIENTE: O Jornal Família Paroquial tem sede na Rua Anita Garibaldi, 87 - Centro - Itajaí -SC Fone/fax: (47) 3348.3040 | e-mail: jornalba@terra.com.br Colaboradores: Áurea Araújo Silva Francisco, Márcio Reiser, Rodrigo Hogendoorn Haimann e Secretarias Paroquiais da Comarca. Diretor: Carlos Bittencourt (47) 3348.3040 Depto Comercial: Rose de Souza (47) 3348.3040 Diagramação: Solange Pereira Alves (solange@bteditora.com.br) Circulação: Itajaí, Balneário Camboriú, Camboriú, Itapema e Porto Belo

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Primeiro filme em Realidade Virtual já produzido será sobre a vida de Jesus

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m breve o mundo terá a opor- lhe” nas cenas que vão do Nascimento tunidade de “voltar no tempo” à Ascenção do Senhor. e ver a vida de Cristo com os Em uma declaração publicada no olhos de um espectador presente nas site da Autum VR Hansen garantiu ainprincipais passagens do Evangelho da que os espectadores sentirão que graças à Realidade Virtual. “Jesus VR realmente estão junto de Jesus e seus – The Story Of Christ” será o primei- discípulos. “Esta é a história mais inro longa-metragem filmado com esta tensa de todos os tempos e a Realidatecnologia e promete proporcionar a de Virtual é a forma perfeita de contaexperiência inédita de “mergulhar” na -la”, acrescentou. narrativa evangélica. O filme teve uma Segundo Enzo Sisti, que é cristão, prévia mostrada este mês no 73º Fes- Jesus VR “será um verdadeiro instrutival de Veneza e deve estrear no Natal mento de evangelização, tal como ‘A deste ano. Paixão de Cristo’”, referiu-se ao filme O diretor e prode Mel Gibson que dutor da obra é o cateve a participação de nadense David Hansen, Jim Caviezel no papel que decidiu realizar um de Jesus. Nesta obra, “Os cristãos sonho seu como católico o ator Tim Fellingham utilizando uma das mais é quem encarna o pavão gostar. (...) recentes tecnologias: pel. Jesus se torna poder voltar no tempo “Jesus VR” tame conhecer Jesus Cristo. bém conta com um mais humano e A produção conta ainda integrante da equipe próximo de nós, de Gibson no filme socom o talento do produtor Alex Barder e a expebre a Paixão. Trata-se especialmente riência de Enzo Sisti, exdo sacerdote jesuíta hoje, quando -produtor executivo de William Fulco, profesfilmes como “A Paixão de sor da Loyola Marya mensagem Cristo” de Mel Gibson, o mount University de remake de “Ben-Hur”, “A Los Angeles. O Padre de paz de História do Nascimento” Fulco foi o responsáJesus deve ser e “Jovem Messias”. vel pela tradução dos Segundo o jornal diálogos ao aramaico, difundida a italiano Avvenire, a ideia a língua de Jesus. todos” ocorreu há um ano e O filme deve dumeio, enquanto Hansen rar 90 minutos e é trabalhava em um proproduzido pela projeto de videogames e dutora canadense Audecidiu tomar a vida de Cristo como o tumn VR e a norte-americana VRWerx tema do primeiro longa-metragem do sob a direção de David Hansen e estará mundo filmado com a tecnologia de disponível nas principais plataformas realidade virtual. de realidade virtual, tal como o Google “O desafio era encenar a maior Cardboard e o Samsung Gear, que já história de todos os tempos com a tec- está disponível no Brasil. nologia cinematográfica mais inovado“Os cristãos vão gostar. (...) Jera de todas”, disse Hansen. A obra foi sus se torna mais humano e próximo filmada na localidade italiana de Ma- de nós, especialmente hoje, quando a tera, lugar onde Mel Gibson filmou a mensagem de paz de Jesus deve ser diPaixão, com tecnologia 4K em 360°, o fundida a todos”, concluiu o diretor ao que permite que o espectador “mergu- diário italiano.•

Festa do Padroeiro São Vicente de Paulo Confira a programação. Dia 9 - Missa às 20h com O Pe. Milani e bênção das ruas: Orlando Wippel Ver. Sabino Anastácio Paulo Yukio Cadóia Osni José Jacinto Beco Otávio e Antônio Peirão. Noveneiros: Comunidade São Lourenço Após a missa: Peixada. Dia 10 – Missa às 19h30min com o Pe. Isaltino e bênção das ruas: Estefano José Vanolli Idalino João de Oliveira Manoel Bandeira e Antônio Francisco Comunidade: Matriz São Vicente de Paulo. Após a missa: Serviço de bar e cozinha com música ao vivo.

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Dia 11 – Missa às 10h com o Pe. Josemar e bênção a toda comunidade e festeiros Após a missa: Almoço festivo e bingo a partir das 15h.


Você sabe porque setembro é o mês da Bíblia?

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mês de setembro, para nós católicos do Brasil é o mês dedicado à Bíblia, isso desde 1971. Mas desde 1947, se comemora o Dia da Bíblia no ultimo domingo de setembro. O mês de setembro foi escolhido como mês da Bíblia porque no dia 30 de setembro é dia de São Jerônimo (ele nasceu em 340 e faleceu em 420 dC). São Jerônimo foi um grande biblista e foi ele quem traduziu a Bíblia dos originais (hebraico e grego) para o latim, que naquela época era a língua falada no mundo e usada na liturgia da Igreja. Hoje a Bíblia é o único livro que está traduzido em praticamente todas as línguas do mundo e está em

quase todas as casas, talvez nem fazemos ideia, mas a Bíblia é o livro mais vendido, distribuído e impresso em toda a história da humanidade. A Bíblia – Palavra de Deus – é o fruto da comunicação entre Deus que se revela e a pessoa que acolhe e responde à revelação. Por isso a Bíblia é formada por histórias de um povo, o Povo de Deus, que teve o dom de interpretar sua realidade à luz da presença de Deus e compreender que a vida é um projeto de amor que parte de Deus e volta para Ele. Nesse mês da Bíblia somos convidados a estudar e refletir sobre esse maravilhoso livro que têm tanto a nos revelar e instruir.

Como ler a Bíblia dentro do seu contexto É necessário compreender um pouco o contexto no qual o texto bíblico foi escrito A proposta desse artigo é entendermos melhor uma regra de ouro da literatura, qualquer que seja ela: ler o texto dentro do seu contexto. Isso significa vê-lo também como produto de pessoas diferentes e de épocas também diferentes. Muitas vezes, nos sentimos desencorajados com determinados textos bíblicos por não conseguirmos entendê-los. Quem nunca leu uma passagem bíblica e não apreendeu quase nada do que estava escrito ali? Quem nunca deparou com conceitos muito complicados e muito distantes daquilo que entendemos e vivemos hoje? Isso acontece porque cada um dos livros da Sagrada Escritura faz parte de um contexto mais amplo, cujos textos foram escritos numa época muito distante da nossa. Dessa forma, a leitura se torna um pouco mais complexa e, não raras vezes, incompreensível, em virtude de uma distância temporal, linguística e cultural existente entre a

redação do texto bíblico e a leitura e a interpretação que fazemos hoje.

A melhor forma de leitura

E por isso chamamos a atenção para a necessidade de uma leitura mais cuidadosa e não tão rápida e superficial, para que não ocorra uma interpretação equivocada e arriscada. Porque é natural entendermos o que lemos a partir de conceitos e da ideia que temos do mundo moderno em que vivemos, esquecendo-nos de que a Bíblia é formada por textos antigos, construídos num mundo diferente do nosso. Dessa maneira, precisamos buscar o máximo de informações sobre o texto que iremos estudar. Tudo que o cerca, de modo especial o período em que foi escrito e qual contexto histórico que o influencia. Quanto mais informações tivermos a respeito dele [texto], tanto mais poderemos nos guiar pela regra literária citada no começo deste artigo: ler o texto dentro

do contexto. Mas como podemos saber mais sobre a época em que os textos bíblicos foram compostos e sob quais condições se deu esse processo de redação do texto que vamos ler? É fácil. Basta consultarmos as nossas próprias Bíblias, pois elas nos fornecem essas informações. Precisamos conferir as introduções apresentadas

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antes de cada livro bíblico. Assim acontece, por exemplo, nas traduções da Bíblia, como a versão da TEB, da Bíblia Jerusalém e do Peregrino. Ou ainda, como na tradução da Bíblia Ave-Maria que traz logo na sua abertura um comentário sobre cada um dos livros bíblicos. Essas introduções são muito importantes, pois nos dão informações


preciosas a respeito do livro que vamos ler, informações estas muito úteis e práticas a respeito do período de composição do texto, sobre o contexto histórico no qual se deu essa redação, a qual grupo esse texto foi primeiramente dirigido, quem o redigiu, entre outros. Caso tenhamos acesso a fontes confiáveis que podem, da mesma maneira e talvez de forma mais completa, nos fornecer essas informações, podemos e devemos utilizá-las, pois, como dissemos anteriormente, quanto mais informações temos do texto, tanto maior será nossa segurança de que o leremos dentro do contexto, evitando erros e equívocos. Mas, lembre-se: é

importante que conheçamos bem essa literatura secundária utilizada para não consultarmos uma bibliografia que possa nos levar ao erro.

O perigo de informações pela internet

Um alerta aos que fazem uso da internet: muito cuidado ao buscar essas informações nesse espaço virtual. Não tenho nada contra a rede mundial de computadores; muito pelo contrário, sou usuário e a vejo como um facilitador da vida cotidiana. Mas, infelizmente, em se tratando de estudos bíblicos, a grande maioria das coisas que encontro nela possui muitos erros ou está ligada a outra doutrina diferen-

te da católica. Outro recurso apresentado pelas Bíblias, que além de nos auxiliar na compreensão dos textos, também nos fornece informações importantes sobre o conteúdo do que lemos são as notas de rodapé. Essas observações são muito valiosas porque são explicativas e por meio delas nos são esclarecidas questões ligadas à língua, à geografia, à cultura, entre tantas outras coisas que facilitam o nosso entendimento deles. Muitos as ignoram, justamente por serem pequeninas, às vezes é difícil enxergá-las, mas elas estão ali para servir de auxílio para que o texto se torne mais acessível a nós que estamos distantes temporal, cultural e

linguisticamente dos textos bíblicos. Enfim, é necessário fazer uso desses recursos presentes nas nossas Bíblias, assim como das introduções nos livros e das notas de rodapé. Esses recursos fazem, de certo modo, parte da leitura e não podemos ignorá-los. A Igreja, e nossos tradutores, conhecem as distâncias entre nós e o texto e, consequentemente, sabem do risco de uma leitura fora de contexto. Ou seja, informações presentes na própria Bíblia, ainda que não sejam o texto bíblico propriamente dito, são não apenas importantes, mas necessárias para uma leitura da Palavra de Deus sem equívocos e que permita, verdadeiramente, nosso encontro com o sagrado.

Por que ler a Bíblia? É preciso ler todos os livros da Bíblia, entendendo que tudo converge para Jesus A Bíblia é palavra inspirada, é Deus que se revela aos homens; em contrapartida, é necessária a fé de quem a lê. É preciso a adesão da fé para que essa palavra produza frutos na vida de quem se debruça sobre a Palavra de Deus e acredita na ação divina. E para que esta fé exista é preciso contar com o auxílio do Espírito Santo que nos direciona a Deus e nos dá o entendimento necessário para aceitar e crer na Revelação. Já nos ensinou São Jerônimo: “Ignorar as Escrituras é ignorar Cristo”. Não podemos ignorar Jesus. Temos de contar com o Espírito Santo, que nos conduz na leitura da Sagrada Escritura e nos põe no caminho do Cristo. Ler e acreditar na Sagrada Escritura é caminhar com o Senhor, é ouvir o Seu convite: “Vem e segue-me!” Daí a importância de lermos a Sagrada Escritura, em especial os Evangelhos. Toda a Bíblia é Revelação de Deus. O Antigo Testamento e o Novo Testamento possuem a mesma importância, mas os Evangelhos têm um lugar de excelência, pois ali se encontra

a vida de Jesus e todos os outros livros se convergem para o centro que é o Cristo. Orienta-nos a Dei Verbum, Constituição Dogmática sobre a Revelação Divina: Ninguém ignora que entre todas as Escrituras, mesmo do Novo Testamento, os Evangelhos têm o primeiro lugar, enquanto são o principal testemunho da vida e doutrina do Verbo encarnado, nosso salvador. É preciso ler todos os livros da Bíblia, entendendo que tudo converge para Jesus. E quando lemos os quatro Evangelhos não é diferente. É importante ler estes livros para percebermos vários aspectos da vida de Jesus. Os quatro Evangelhos se completam. Cada um possui suas características próprias e vistos em conjunto nos ajudam a conhecer e seguir Jesus. O Evangelho segundo São Marcos, por exemplo, quer nos apresentar a pessoa de Jesus. Precisamos conhecê-Lo, pois decidimos segui-Lo. Com o Evangelho de São Mateus, considerado o mais catequético dos quatro, aprendemos ensinamentos de Jesus,

pois só é possível segui-Lo se soubermos como escolher o Seu caminho nas situações da vida. O Evangelista São Lucas nos apresenta a universalidade da mensagem de Cristo. É para todos! E somos chamados a anunciar essa mensagem a todos. E, por fim, o Evangelho segundo São João, que possui uma literatura mais simbólica, pois nos propõe a fé nos mistérios de Jesus, que é Deus. Conhecer Jesus, saber Seus ensinamentos, levar a mensagem de salvação aos outros e experimentar fé

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nos mistérios divinos, eis alguns dos motivos pelos quais devemos ler e estudar os Evangelhos. Além disso, nos permitir compreender que Jesus é o centro da Sagrada Escritura, e assim ler cada um dos outros livros da Bíblia com suas características próprias e relacionando-os com os demais [livros bíblicos], é um bom caminho para aceitar o convite da Igreja de que nos debrucemos gostosamente sobre o texto sagrado (Dei Verbum), ou seja, sintamos seu sabor, seu gosto na nossa vida.


Paz e Bem Rodrigo Hogendoorn Haimann, ofs Bacharel em teologia haimann@bol.com.br

Voltar ao franciscanismo primitivo

C

omo sabemos, São Francisco entregou a ordem aos cuidados da Igreja Romana depois do sonho que ele teve da galinha e seus pintinhos. Mas vamos relembrar aqui como foi esse sonho: “Francisco viu uma galinha, pequena e preta, parecida com uma pomba, que tinha penas nas pernas e até nos pés. Tinha inúmeros pintinhos que rodeavam a galinha insistentemente, sem poder juntar-se sob suas asas”. Ao acordar, ele mesmo interpretou o sonho: “A galinha sou eu, moreno e baixinho. Devo procurar ter a simplicidade da pomba pela inocência de vida, que é rara neste mundo e voa mais facilmente para o céu”. Depois disto foi até Roma onde foi recebido pelo Papa Honório e alguns cardeais. Depois de pregar para eles e comover a todos, Francisco tem uma conversa com o Papa onde pede para que o cardeal Hugolino, Bispo de Óstia esteja à frente da ordem para guiá-la e orientá-la qual pastor a seu rebanho. E assim não permitir que aqueles filhos se perdessem nem se desviassem da verdadeira fé da Igreja. Um fenômeno muito comum que infelizmente observamos na história da Igreja é que quando o fundador de uma ordem ou congregação morre, os estatutos e a regra de vida vão sendo sutilmente alterados em um ou outro ponto, de forma que ao longo dos anos se percebe que já se perdeu quase que completamente o carisma do pai fundador. Interesses pessoais e meramente humanos vão tomando conta dos institutos de vida consagrada. A política, o dinheiro e etc., vão tomando lugar onde antes estava a

pobreza e a contemplação. Certos religiosos fazem voto de pobreza, mas sua ordem ou congregação é riquíssima quando no projeto original não se permitia que tivessem nenhum tipo de bem material. Meu amigo Padre Roberto José Lettieri adoeceu e pediu afastamento da Toca de Assis. Foram eleitos os ministros gerais tanto do instituto masculino como do feminino e aos poucos estamos percebendo que a coisa está mudando, de forma que se continuar neste ritmo em pouco tempo o Padre Roberto não irá mais reconhecer o instituto de vida consagrada que ele mesmo fundou. Mas Francisco de Assis, homem seráfico, previa que isso pudesse acontecer e temendo que após a sua morte os frades se dispersassem foi pedir assistência à Igreja. O cardeal Hugolino era um homem simples, amigo de São Francisco e se fazia frade junto com os outros frades, foi realmente uma mãe para a ordem dos menores, assistindo-a em tudo até a sua morte. Oitocentos anos se passaram desde a fundação da primeira e da segunda ordem e estamos próximos de completar também oitocentos anos da terceira ordem. Todas as três, fundadas pelo mesmo Pai, Francisco de Assis. Mas, será que Francisco hoje nos céus reconhece aqui na terra as ordens que ele mesmo fundou? Cabe a nós franciscanos, voltar às raízes, voltar às origens, voltar ao franciscanismo primitivo, para assim verdadeiramente podermos ser chamados filhos de Francisco. Que assim seja. Amém.

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Atividade física e o aumento da terceira idade no Brasil Cristiano Parente* Um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgado recentemente revela que, em 2050, a população de idosos vai triplicar no Brasil. Passará de 19,6 milhões, em 2010, o que representava 10% do total da população, para 66,5 milhões de pessoas (29,3% do povo brasileiro). A pesquisa do IBGE mostra ainda que, em 2030, o número absoluto e o porcentual de brasileiros com 60 anos ou mais superará o número de crianças até 14 anos. Serão 41,5 milhões de idosos, o que representará 18% da população, ante 39,2 milhões de crianças, que representarão 17,6% do total de brasileiros. Os motivos para essa virada são a queda na taxa de fecundidade e o aumento da expectativa de vida no país. Diante da estimativa do IBGE, é preciso repensar a forma com que levamos a vida, bem como estamos nos cuidando para não simplesmente viver, mas, viver com qualidade. Nesse contexto, não há dúvidas de que um dos grandes motivos do avanço da expectativa de vida está diretamente ligado ao aumento do índice de pessoas que cresceram e envelheceram já com o conceito e a necessidade de serem mais ativas. Vale ressaltar, entretanto, que tal parcela ainda é baixa, com resultados mais expressivos ainda totalmente possíveis. A prática de atividade física, que para idosos tempos atrás era iniciada apenas por recomendação médica, para muitos hoje já faz parte de um estilo de vida. Trata-se de um público formado por pessoas que sabem que o processo de envelhecimento do corpo humano é inevitável, mas que, com exercícios, buscam maneiras de retardar ou diminuir a velocidade, interferindo positivamente

nesse processo. A relação entre exercício físico e qualidade de vida é total. Com o passar dos anos, o metabolismo basal, que é a quantidade de energia que nosso corpo precisa diariamente para sobreviver, diminui. O organismo passa a funcionar mais lentamente e de modo menos eficiente. Músculos, que são a principal fonte consumidora de energia no corpo, também reduzem de tamanho e, dessa forma, também se reduz o consumo energético. Esse processo leva a uma tendência natural de acúmulo de gordura no corpo, que a cada ano precisa de menos energia, mas que dificilmente é acompanhada pela diminuição da ingestão de calorias na alimentação. Para manter o metabolismo basal elevado, o trabalho de fortalecimento muscular é essencial. Ele mantém os músculos com maior volume e ativos, dá mais sustentação à estrutura óssea, evita seu desgaste e auxilia de maneira muito mais eficiente a locomoção, o equilíbrio e as atividades da vida diária em geral. Esse trabalho de fortalecimento pode ser realizado de diversas formas. Exercitar-se contra uma resistência é o caminho mais eficiente. Exercícios com pesos, como na musculação, com resistência de molas, como acontece no pilates, ou mesmo com resistência do peso corporal são igualmente eficazes, desde que os músculos sejam demandados um esforço ao qual a pessoa não esteja acostumada no dia a dia. Nesse processo, contar com ajuda especializada e qualificada pode potencializar resultados, minimizar riscos de lesão, além de servir como motivação para que essa crescente turma que passou dos 60 siga cada vez mais com a filosofia de que mais importante que envelhecer é envelhecer com saúde. *Cristiano Parente é professor e coach de educação física, eleito em 2014 o melhor personal trainer do mundo em concurso internacional promovido pela Life Fitness. É CEO da Koatch Academia, do World Top Trainers Certification, primeira certificação mundial para a atividade de educador físico.

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Papa abençoa imagem de Nossa Senhora Aparecida nos Jardins do Vaticano “Estou contente com a presença da imagem de Nossa Senhora aqui nos Jardins. Em 2013, havia prometido retornar, no próximo ano, a Aparecida. Não sei se será possível, mas pelo menos estou mais próximo dela aqui. Convido-lhes a rezar para que ela continue a proteger todo o Brasil, todo o povo brasileiro, neste momento triste. Que ela proteja os pobres, os descartados, os idosos abandonados, os meninos de rua. Que ela salve o seu povo, com a justiça social e o amor de seu Filho, Jesus Cristo”, disse o papa Francisco ao abençoar, na manhã deste sábado, 3, nos Jardins do Vaticano, o monumento em homenagem à Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil. A cerimônia foi presidida pelo arcebispo de Aparecida (SP), cardeal Raymundo Damasceno Assis. Estiveram presentes bispos brasileiros, entre eles o arcebispo de Salvador (BA) e vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, dom Murilo Krieger, que representou a entidade; o embaixador do Brasil junto à Santa Sé, Souza Pinto;

sacerdotes, religiosas e cerca de duzentos peregrinos brasileiros. Na ocasião, o papa Francisco recordou que a imagem foi encontrada por pobres trabalhadores e desejou que “hoje ela seja encontrada, de modo especial, por todos aqueles que precisam de trabalho, educação e por aqueles que estão privados da dignidade”. Ao final, o papa convidou os presentes a rezar a Ave Maria e a cantar uma música dedicada à Nossa Senhora.A cerimônia fez parte das comemorações dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida no Rio Paraíba do Sul. Obra A escultura com a imagem de Nossa Senhora Aparecida é uma obra do artista sacro Cláudio Pastro. A base é é composta por uma canoa e uma rede vazada, que recordam o rio e os pescadores. O monumento tem três metros de altura e três de largura.•

Minha filha se apaixonou, e agora? Dado Moura Num piscar de olhos, nossas crianças se transformaram em adultos. As conversas na cozinha já não são mais sobre os “causos” da escola ou do trabalho, mas dos interesses e das atenções que “determinada pessoa” exerce sobre nossas “crianças”. Basta apenas se encontrarem com o “felizardo” que todo o ar existente na atmosfera parece desaparecer. Depois de se enfrentar uma verdadeira bateria de provas de espera, de “achômetros” e orações, felizmente tem-se definido aquele com quem se gostaria de viver a experiência do namoro. Pensando ter acertado na escolha, esbarra-se noutro detalhe “nevrálgico”: a apresentação para a família. Nesses momentos, muitos se questionam: “Meus pais

precisam saber que estou namorando?”. Longe de uma formalidade ou da prática de um hábito, queremos a bênção de nossos pais em tudo o que estamos empreendendo, buscando a parceria e o apoio daqueles que sempre estiveram ao nosso lado e nos ajudaram. A essa altura, os pais já perceberam que o seu “bebê” cresceu. Qual será sua verdadeira intenção? Certamente, muitos questionamentos habitam a mente dos progenitores, tais como: “E se a aparência do pretendente ou o seu modo de se vestir não vier ao encontro de nossas expectativas?”, “Qual será sua verdadeira intenção?”, Será que ele trabalha?”, “É uma pessoa responsável?”, “E quanto à sua espiritualidade e idoneidade?”, “Ele manifesta zelo e preocupação para com o nosso ‘tesouro’?”.

Essas e muitas outras considerações acredito que sejam tão delicadas para o filho enamorado recebê-las quanto para os pais avaliarem. Por outro lado, se os filhos investirem na autoafirmação, poderão colocar em risco a liberdade de viver o momento de namoro. E vivê-lo às escondidas não traria benefício algum. Por mais ciumentos que nós, pais, possamos ser, vale a pena acreditar na educação investida em nossos filhos. Uma ditadura paternalista pode colocar em risco a cumplicidade existente entre pais e filhos. Mesmo percebendo que nosso coração de “pai coruja” possa sofrer com as decepções dos enamorados, precisaremos

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deixar que os nossos tesouros exercitem a responsabilidade conquistada, valorizando os princípios familiares impressos em suas vidas. Vale a pena considerar que as grandes e acertadas decisões se conquistam a partir da partilha e da transparência sincera entre as partes envolvidas. Deus os abençoe!

Dado Moura é membro aliança da Comunidade Canção Nova e trabalha atualmente na Fundação João Paulo II para o Portal Canção Nova. Autor de 3 livros, todos direcionados a boa vivência em nossos relacionamentos.


Teresa de Calcutá: a santa das sarjetas “Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos está preparado desde a criação do mundo, porque tive fome e me destes de comer, tive sede e me destes de beber, era peregrino e me acolhestes, estava nu e me vestistes, enfermo e me visitastes, estava na prisão e viestes a mim...”(Mateus 25, 34-36).

O

próprio Senhor Jesus, no texto acima, nos ensina o meio mais eficaz de alcançar a santidade, são pequenos gestos, feitos com amor, e que nos apontam para a posse do reino que para todos foi preparado, a Santidade é para todos, pois o mesmo Senhor disse: “sede santos”. Santa Teresa de Calcutá nos deixou um legado de obras de misericórdia de grande importância. Seu jeito simples, seu olhar terno, suas palavras doces e também cheias de verdade deram ao mundo um novo vigor evangélico, afinal sua vida era o próprio Evangelho – A boa nova, o reino anunciado e vivido naquela franzina Irmã da Caridade. Todos nós, cristãos batizados em nome da Trindade Santa, recebemos as virtudes da fé, da esperança e da caridade no exato momento do nosso batismo e são essas virtudes que nortearam toda a nossa vida no caminho de santidade. Quando chegarmos ao final dessa vida, já diante do trono do Altíssimo, seremos julgados pelos nossos atos e gestos de amor (caridade). Afinal, quem foi Santa Teresa de Calcutá? Nascida no dia 27 de agosto de 1910, na Albânia, na pia batismal recebeu o nome de Agnese Bojaxhiu, porém era carinhosamente chamada de Gonxha, que significa botão de flor. Seus pais eram Nicolau e Drone, ele comerciante e construtor, que também exercia forte influência nos meios políticos da cidade, foi eleito vereador. No ano de 1919 foi envenenado pelos seus opositores políticos. Com a morte de Nicolau, a senhora Drone, até então dona de casa viu-se obrigada a arregaçar as mangas e partiu para o trabalho informal, vendendo tapetes, bordados e artesanato. Lazar, Agnese, e Agata, tiveram a mais sólida educação baseada nos princípios éticos, morais e cristãos. Nicolau era rigoroso, porém bondoso e compassivo. Drone era corajosa, meiga e piedosa. Perto da casa da família tinha uma igreja e incentivados pela mãe participavam da missa diária e à noite todos rezavam o rosário. Dona Drone fazia questão de lembrar os filhos a palavra de Jesus que dizia: “o que fizerem a um pobre, por amor a mim, é como se fizessem a mim”.Agnese e seus irmãos, junto com sua mãe, frequentemente visitavam famílias pobres da periferia. Seno que a jovem Agnese voltava àquelas casas para brincar com as crianças assim como ensinar as primeiras letras. Foi na adolescência que Agnese sentiu os primeiros impulsos vocacionais. O desejo de ser missionária, de estar a serviço dos mais pobres e desvalidos tornou-se uma constante em seu jovem coração! Enquanto ajudava a mãe nos trabalhos domésticos entretinha-se com as leituras de testemunhos de missionários na Índia. A semente estava sendo plantada...

Agnese foi em busca de seus sonhos e do seu chamado, assim descobriu que as irmãs da congregação de Nossa Senhora de Loreto tinham uma casa em Bengala, na Índia. Decidida, partiu para Dublin, na Irlanda, sede da congregação, e lá ficou alguns meses em preparação para se tornar uma religiosa. Sendo aprovada, iniciou uma longa viagem para Darjeeling, na Índia, onde em 1928 iniciara o noviciado. Na solenidade de Nossa Senhora Auxiliadora, dia 24 de maio de 1937, fez sua profissão perpétua e passou a ser chamada Irmã Teresa, daquele dia em diante trabalhou como professora secundária por 10 anos. No dia 10 de setembro de 1946, estando Irmã Teresa em viagem de trem com destino a Darjeeling, sentiu seu coração arder, como em chamas de amor. Era a voz do Senhor a lhe chamar. Teresa decide deixar a congregação para ajudar os pobres das sarjetas, os leprosos agonizantes das vielas, as crianças famintas e os velhos esquecidos. Foi somente no dia 2 de abril de 1948, que o Papa Pio XII, autorizou Teresa a ser freira fora dos muros do convento. Sua casa seria as ruas, escolheu dormir ao relento, comer da mesa dos miseráveis, os tempos primeiros enchiam seus olhos de lágrimas, lágrimas do medo das incertezas, das injustiças, das misérias e do sofrimento alheio. Para se tornar mais próxima, trocou o hábito preto por um sári branco de listas azuis, tal qual as mulheres indianas! Quando chegou a Índia, como missionária das Irmãs de Nossa Senhora de Loreto, trabalhou no Colégio St.Mary’s High School, escola para os filhos dos ricos e poderosos. Ao lado ficava a Favela Motijheel e foi justamente nessa favela que Irmã Teresa decidiu iniciar sua obra, Calcutá seria o seu campo de ação e o lugar pelo qual seria conhecida por toda a sua vida, Madre Teresa de Calcutá. Outras irmãs vieram, sentiram-se chamadas e tocadas pelo amor de Madre Teresa, os gestos de amor e dedicação aos leprosos, dando-lhes banhos, trocando ataduras daque-

las feridas e daqueles membros em decomposição. Teresa era só amor, em cada gesto e em cada situação! Em pouco tempo já eram muitas e assim foi necessário adquirir um espaço para abrigá-las, assim como os pobres. Viviam da providência, tudo lhes era dado como esmola, não poderiam as irmãs ter mais do que os pobres. A ninguém foi negado o acolhimento na casa das irmãs, não importava o estado de saúde, a idade, o que importava era ver Jesus em cada irmão acolhido. Madre Teresa e as Missionárias da Caridade passaram a ser conhecidas e respeitadas não somente na Índia, mas em todo o mundo. Líderes religiosos, chefes de Estado, artistas, ativistas, sacerdotes, religiosos, bispos, cardeais, iam ao encontro de Madre Teresa e nela encontravam meios de ajudar os mais necessitados. Foi Madre Teresa uma incansável embaixadora da luta contra o aborto, falou aos lideres mundiais na ONU, criticou chefes de Estado que aprovaram a lei do aborto, condenou as ações disfarçadas das feministas (abortistas), desmascarou falsas intenções, não se curvou diante das ameaças e dos poderosos. Foi sempre um mulher corajosa e um símbolo mundial da luta pela paz, o que lhe conferiu o Premio Nobel da Paz no ano de 1979. Madre Teresa foi consumida pelo amor, gastou-se e esgotou-se de amor a DEUS a aos irmãos, sua vida foi apagando-se como uma vela até que seu coração, cheio de amor e bondade, não aguentou mais de saudades de Deus e parou de bater no dia 5 de setembro de 1997. Calcutá, a Índia e o mundo pararam para se despedir da missionária da caridade, já naquele momento chamada por todos como Santa, Santa Teresa de Calcutá. Foi beatificada por São João Paulo II no dia 19 de outubro de 2003 e canonizada pelo Papa Francisco no dia 4 de setembro de 2016. “Ó meu Deus, por livre escolha e por teu amor, desejo permanecer aqui e fazer o que a tua vontade exige de mim. Não darei nenhum passo para trás. Minha comunidade são os pobres. Sua segurança é a minha. Sua saúde a minha saúde, minha casa é a casa dos pobres dentre os mais pobres. Daqueles que ninguém se aproxima por medo de contágio e da sujeira, que esta coberto de micróbios e de ratos. Daqueles que não vão rezar porque estão nus. Dos que já não se alimentam porque sequer têm forças para comer. Daqueles que caem nas ruas conscientes de que vão morrer e que, ao lado deles, caminham os vivos, que não prestam a mínima atenção. Daqueles que já não choram porque suas lágrimas já se esgotaram!” Santa Teresa de Calcutá – Rogai por nós, que recorremos a vos! Paz e bem!

Márcio Antônio Reiser O.F.S.

marcioreiser.blogspot.com (A história dos Santos) marcioantonioreiser@gmail.com


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