3 minute read
SOCIEDADE ORGANIZADA E ENTIDADES DE CLASSE DISCUTEM CONTRAPOSTA PARA EVITAR A PRIVATIZAÇÃO TOTAL DO PORTO DE ITAJAÍ
SOCIEDADE ORGANIZADA E ENTIDADES DE CLASSE DISCUTEM CONTRAPOSTA PARA EVITAR A PRIVATIZAÇÃO TOTAL
DO PORTO DE ITAJAÍ
Advertisement
O objetivo é sensibilizar o governo federal a manter a gestão da Autoridade Portuária de Itajaí vinculada ao município
Técnicos da Superintendência do Porto de Itajaí e Prefeitura iniciam ainda em agosto os estudos para a elaboração de uma contraproposta à Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários (SNPTA) com relação a modelagem apresentada pelo governo federal para a desestatização do Porto de Itajaí, no segundo semestre do ano que vem. Na cidade o secretário de portos e técnicos da Empresa de Planejamento Logístico (EPL) apresentaram a proposta de privatização total, enquanto o município defende que a operação seja concedida à iniciativa privada, mas que a gestão da Autoridade Portuária continue municipalizada. “Com base nos dados brutos coletados pelo governo federal e EPL, estamos elaborando uma contraproposta para ser discutida com a sociedade civil organizada apresentada à União”, diz o superintendente do Porto de Itajaí, Fábio da Veiga. O gestor destaca ainda que estão sendo analisados, avaliados e discutidos todos os itens apresentados pela SNPTA em Itajaí pelas comissões e profissionais do meio acadêmico. “Essa contraproposta precisa atender aos anseios de toda a comunidade regional e estadual”, acrescenta Veiga.
Todo o trabalho está sendo elaborado pelo o Fórum em Defesa da Permanência da Autoridade Portuária Municipal, constituído pela administração municipal e a Comissão Mista deliberada pela Câmara de Vereadores de Itajaí. O grupo de trabalho reúne representantes do Porto, do Executivo Municipal, Universidade do Vale do Itajaí (Univali), Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Associação Empresarial de Itajaí (ACII), Observatório Social, Intersindical Laboral, Intersindical Patronal, entre outras entidades representativas. “O Fórum e a Comissão Mista são instâncias que reúnem uma grande parcela das entidades representativas da nossa cidade [incluindo sindicatos e associações de várias categorias laborais e patronais] ligados aos setores portuário, logístico e outros segmentos econômicos para que possamos acompanhar passo a passo as ações da União com relação a desestatização do Porto de Itajaí, bem como possamos definir as medidas que vamos tomar doravante, dentro de uma agenda de trabalho já estabelecida na última semana de agosto”, diz o prefeito Volnei Morastoni. “Enquanto Intersindical dos Trabalhadores Portuários defendemos a proposta de manter a Autoridade Portuária Municipal, com gestão plena e poderes de gerir o porto, mas sem os entraves burocráticos que a ligação com Brasília gera”, Ernando João Alver Júnior, da intersindical laboral. O dirigente também está trabalhando
Foto: Luciano Sens
no sentido de contrapor os números apresentados pela União na defesa da privatização plena e comprovar que o modelo de gestão atual do porto itajaiense é plenamente viável. “A privatização plena do Porto de Itajaí é a mesma coisa que entregar a chave do município nas mãos de apenas uma empresa. Isso vai acabar com uma concorrência que é saudável para a atividade”, diz Alessandro Zen, diretor do Teporti - Terminal Portuário Itajaí. Segundo Zen, hoje a Autoridade Portuária tem a preocupação do desenvolvimento de todo o Complexo Portuário do Itajaí [que inclui também a Portonave e os terminais à montante, inclusive o Teporti]. “Com a privatização da gestão será apenas mais uma empresa na cidade, buscando resultados apenas para ela, inclusive concorrendo com os demais terminais”, acrescenta o executivo. Zen fala também em nome da Associação dos Usuários da Hidrovia do Rio Itajaí-Açu (Asuhi).
Foto: PMI/divulgação Prefeito Volnei Morastoni diz que a sociedade itajaiense não medirá esforços para mantes a gestão da Autoridade Portuária Municipal.