Revista Portuária - Fevereiro 2015

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ÍNDICE

ITAJAÍ

é a quarta cidade que mais emprega na indústria da transformação no Brasil

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Obras do Centro de Inovação Tecnológica de Itajaí estão prestes a iniciar Previsão é que a construção comece no próximo mês e esteja concluída em março de 2016. Município também visa construir um Distrito de Inovação.

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Lei que altera retorno do ICMS para os municípios já está em vigor em Santa Catarina

Município também é o segundo colocado no Estado na geração de empregos

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Feapi oferece curso de línguas para quem trabalhar na Volvo Ocean Race

www.revistaportuaria.com.br Revista Portuária também está na web com informações exclusivas Duas vezes por semana, a Revista Portuária atualiza o blog da publicação, que tem sempre informações exclusivas sobre tudo o que acontece no mundo dos negócios no Brasil. O informativo jornalístico é encaminhado duas vezes por semana para uma base de dados segura e criteriosamente construída ao longo de 15 anos de mercado, formada por mais de 90 mil empresas. Composto por notícias econômicas de interesse de empresários, políticos e clientes, o blog trata de todo e qualquer tema que envolva economia, especialmente aqueles voltados aos terminais portuários de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. Se você souber de alguma novidade, tiver informações relevantes sobre temas econômicos e quiser contribuir com o trabalho da Revista Portuária, entre em contato com a reportagem no endereço eletrônico: jornalismo@revistaportuaria.com.br 4 • Fevereiro 2015 • Economia&Negócios


EDITORIAL

ANO 15  EDIÇÃO Nº 180 FEVEREIRO 2015 Editora Bittencourt Rua Anita Garibaldi, 425 | Centro | Itajaí Santa Catarina | CEP 88303-020 Fone: 47 3344.8600 Diretor Carlos Bittencourt direcao@bteditora.com.br Jornalista responsável: Anderson Silva DRT SC 2208 JP Departamento de Jornalismo Revista Portuária - Economia e Negócios Fone: 55 47 3344-8609 http://www.revistaportuaria.com.br Diagramação: Solange Alves solange@bteditora.com.br Contato Comercial Rosane Piardi - 47 8405.8776 comercial@revistaportuaria.com.br Contato Comercial (agências) Junior Zaguini - 47 8415.7782 junior@bteditora.com.br Impressão Impressul Indústria Gráfica Tiragem: 10 mil exemplares Elogios, críticas ou sugestões direcao@bteditora.com.br Para assinar: Valor anual: R$ 240,00 A Revista Portuária não se responsabiliza por conceitos emitidos nos artigos assinados, que são de inteira responsabilidade de seus autores. www.revistaportuaria.com.br twitter: @rportuaria

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Obras do Centro de Inovação Tecnológica estão prestes a iniciar

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tajaí é a cidade com o maior Produto Interno Bruto (PIB) total de Santa Catarina e o 29º lugar no ranking das maiores economias do país. Para chegar a essa condição alguns fatores foram decisivos como: a localização geográfica estratégica da cidade no Estado e na Região Sul do Brasil; a infraestrutura que garante ligação do município com o mundo por mar, terra e ar (graças à proximidade do aeroporto da vizinha Navegantes) e à diversificação e ampliação do mix de empresas que se instalaram no município nos últimos anos. A previsão é que no próximo mês comecem as obras do Centro de Inovação Tecnológica de Itajaí que terá papel importante no constante desenvolvimento e crescimento da economia do município. O prédio terá cerca de 3.800 m², será edificado em um terreno da prefeitura, no Bairro Itaipava. Projetado e custeado pelo Governo do Estado (em torno de R$ 7,5 milhões) o Centro de Inovação vai comportar ambientes de negócios, espaços de co-working, áreas de pesquisa e desenvolvimento, treinamento, capacitação, show room de produtos inovadores e outras atividades relacionadas à inovação e voltadas à comunidade. A Univali será parceira do município de Itajaí para a implantação e desenvolvimento do Centro de Inovação Tecnológica da cidade. A instituição será responsável pela indução e fomento de uma nova economia pautada na pesquisa aplicada e em novos negócios. Para conduzir os projetos estratégicos e de desenvolvimento do município a prefeitura criou a empresa Itajaí Participações. Além de estar participando como representante do governo municipal na implantação do Centro de Inovação em entrevista à Revista Portuária – Economia & Negócios, Jair Bondicz, diretor presidente da empresa falou sobre a importância desta obra para a cidade e do primeiro grande projeto da Itajaí Participações: o Distrito de Inovação, que visa investimento de R$ 1 bilhão em 10 anos. Além da reportagem acima citada destaque para as tradicionais seções Portos do Brasil e Coluna Mercado, nas páginas seguintes da sua revista. Bom início de ano e boa leitura!

Economia&Negócios • Fevereiro 2015 • 5


DIVULGAÇÃO

Segundo o presidente da entidade, Bruno Breithaupt, é indispensável ao país uma reforma tributária que reduza e simplifique os tributos

Fecomércio SC é contra a recriação da CPMF

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ogo no início do segundo mandato da presidente Dilma, discute-se no governo a volta da CPMF - Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira. A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina Fecomércio SC é contra a recriação do imposto. "Entendemos que o fundamental é criar estímulos para a inciativa privada, e não ir à contramão. Nesse aspecto, primeiro de tudo é necessário reduzir os altos juros que se paga no Brasil. O governo precisa passar a controlar a inflação através de um maior controle de sua política fiscal, e não focar apenas na política monetária, isto é, na alta dos juros", afirmou o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt. Segundo ele, é indispensável ao país uma reforma tributária que reduza e simplifique os tributos. "Desse modo, os investimentos podem ser ampliados de maneira mais sólida, o que fará o país voltar a crescer. Também precisamos de uma reforma trabalhista que diminua os encargos pagos pelo empresário, a fim de readequar a legislação à nova situação econômica, na qual a produtividade encontra-se represada 6 • Fevereiro 2015 • Economia&Negócios

devido aos altos custos do trabalho", disse. Para Bruno Breithaupt, o novo governo tem que começar o mandato por reformas estruturais e não resgatando impostos já rechaçados pelos brasileiros. "É preciso melhorar a gestão, equacionar os gastos públicos, em vez de insistir em aumentar a carga tributária e, mais uma vez, onerar o contribuinte", afirmou. O novo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto, afirmou ao tomar posse no Ministério, que o retorno da CPMF seria um retrocesso para a economia, porque as características do tributo desestimulam a produção e o consumo, e espera que as reivindicações de setores do próprio governo para a recriação do tributo não sigam adiante. "A criação (da CPMF) seria um gravíssimo retrocesso, pelas características do imposto, cumulativo [incide repetidamente a cada etapa da cadeia produtiva] e disfuncional para a economia. Espero que essa questão não prospere", afirmou Armando Monteiro. •


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ITAJAÍ

é a quarta cidade que mais emprega na indústria da transformação no Brasil Município também é o segundo colocado no Estado na geração de empregos 8 • Fevereiro 2015 • Economia&Negócios


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tajaí alcança posição de destaque nacional mais uma vez. Dados do Ministério do trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) colocam a cidade como a quarta maior empregadora no Brasil na indústria da transformação em 2014. No ano passado, apenas este segmento abriu 1.743 postos de trabalho. De acordo com o ranking divulgado pela Folha de São Paulo, Itajaí ficou atrás apenas da cidade pernambucana de Goiana e de Duque de Caxias (RJ) e Aracruz (ES). No grupo das 30 cidades que mais empregaram, apenas duas capitais aparecem, Recife e Palmas. E entre as 10 cidades que mais empregaram no setor da indústria, Itajaí é a única da região

Sul a compor a estatística. O cálculo leva em conta apenas a indústria da transformação, que exclui a extrativa mineral e a construção civil. O setor cresce sob influência da produção naval para a Petrobras. Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda, Osman Rebello, os segmentos que alavancaram a geração de empregos em itajaí no ano passado foram primeiramente o setor de Serviços, seguido da Indústria e Comércio. “O grande boom que tivemos em 2014 foi com a instalação do consórcio MGT, contratado pela Petrobras, que de cerca de 500 vagas existentes no ramo da construção naval, deu um salto para mais de 2.000 vagas", ressalta Osman.

Segunda colocada na geração de empregos no Estado A geração de empregos em Itajaí também se destaca no Estado. A cidade quase dobrou a criação de empregos em 2014 aqui no estado, ficando atrás apenas de Joinville. O saldo foi de 4.964 postos de trabalho graças ao setor de serviços, responsável por 26.378 contratações, sendo saldo positivo de 2.079 novas vagas. Esses lugares de destaque reforçam a conquista do primeiro lugar no PIB de Santa Catarina. A construção civil e naval também foram pujantes para elevação do número de empregos na cidade. No comércio, foram 1.142 novos postos de trabalho. O Diretor de Geração de Empregos e Qualificação Profissional da Sedeer, Arquimedes

Dauer Junior, afirma ser o segmento de serviços, em 2014, o que mais se destacou no Balcão de Empregos, serviço mantido pela prefeitura de Itajaí através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico Emprego e Renda. O desenvolvimento econômico, o crescimento sustentável da cidade, reconhecida também como o 14º lugar entre as 100 melhores cidades para se investir, resultaram nos milhares de empregos com carteira assinada. A expectativa é que esse bom momento continue principalmente na geração de empregos com setor logístico, com Centros de Distribuição que estão se instalando em Itajaí, como grandes redes de supermercados de renome nacional. •

Em Itajaí novo endereço: Avenida Coronel Marcos Konder, 789 - Centro - Itajaí - SC Curitiba - Joinville - Blumenau - Navegantes - Itajaí - Balneário Camboriú - Florianópolis Economia&Negócios • Fevereiro 2015 • 9


Divulgação/Porto Itapoá

Marinha do Brasil visita o Porto Itapoá Na pauta, a ampliação dos parâmetros de navegação do canal de acesso à Baía da Babitonga para navios maiores que 300 metros

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O presidente do Porto Itapoá, Patricio Junior, com os representantes da Marinha do Brasil, em visita ao terminal 10 • Fevereiro 2015 • Economia&Negócios

Porto Itapoá recebeu a visita da Marinha do Brasil, representada pelo Capitão dos Portos de Santa Catarina, Capitão de Mar e Guerra Luís Filipe Rabello Freire, juntamente com o Delegado dos Portos em São Francisco do Sul, Capitão de Corveta Cláudio Estrella. O Capitão Freire assumiu recentemente a Capitania dos Portos de Santa Catarina, sediada em Florianópolis, e um de seus principais compromissos é garantir a segurança, viabilidade e navegabilidade dos canais de acessos aos portos do Estado. Na visita ao Porto Itapoá, o Capitão conheceu as estruturas e a operação do terminal, juntamente com o Presidente do porto Patrício Junior, que apresentou à autoridade os números operacionais de Itapoá que, em três anos de operação já é o quinto maior do Brasil em movimentação de contêineres. O presidente frisou ainda que as recentes conquistas do terminal explicam o rápido crescimento da empresa. Em agosto de 2014, o terminal foi avaliado pelos usuários dos portos brasileiros como o melhor porto do país, através de pesquisa realizada pelo Instituto ILOS. Em outubro o jornal Valor Econômico destacou o Porto Itapoá como o melhor terminal portuário do Brasil em Gestão de pessoas, através de pesquisa com mais de 200 empresas brasileiras. Uma das pautas da visita, abordada pelo Presidente do Porto Itapoá, foi o empenho dos portos de Itapoá e São Francisco em ampliar os parâmetros de navegação do canal de acesso à Baía da Babitonga para navios maiores que 300 metros. Hoje, mesmo com uma profundidade de 14 metros no canal, as embarcações estão submetidas à uma limitação de 10 metros de calado, além da determinação de operação exclusivamente diurna. A limitação imposta aos mega-navios de contêineres que operam no Porto Itapoá, os obrigam a atracar em Itapoá sem sua capacidade máxima. Esta decisão faz com que cerca de 1 milhão de reais deixam de ser movimentados no porto a cada embarcação/dia. A atuação da Marinha nesses casos é de fundamental importância, pois é uma das autoridades responsáveis pela definição dos parâmetros de navegação, e que pode sustentar tecnicamente a necessidade de adequação dos canais de acesso aos portos de todo o país. •


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O encontro será realizado em Joinville, com organização da Fiesc, BDI e CNI.

Relações no comércio com a Alemanha se destacam em Santa Catarina

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comércio e as indústrias de Santa Catarina podem começar o ano de olho no mercado europeu. Sete anos após Blumenau receber uma edição do Encontro Econômico Brasil-Alemanha, o Estado volta a ser sede do evento que marca as relações bilaterais entre os países. Já marcado para os dias 20, 21 e 22 de setembro deste ano, o encontro será realizado em Joinville, com organização da Fiesc, BDI e CNI. Com o mercado europeu mirando Santa Catarina, a Câmara Brasil-Alemanha (AHK-SC) atua como facilitadora das relações entre os países, promovendo o intercâmbio de experiências e o estreitamento entre as empresas brasileiras e alemãs. Na

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mira do mercado alemão pelo encontro econômico e por instalações de empresas como a BMW, a região Norte do Estado é um dos locais de expansão da AHK-SC, que visa novas parcerias em todas as regiões de Santa Catarina. Somente no ano passado foram 11 novos associados à entidade. Para o gerente da Câmara de Comércio Brasil-Alemanha, Wagner Chugaste, o evento mostra a importância de Santa Catarina para o mundo da economia. “É importante que os empresários catarinenses consigam ver isso como oportunidade de crescimento. Não apenas como compradores de produtos da Alemanha, mas também como oportunidade de mercado para o país.” •



Daniel Godinho - divulgação

Déficit na balança comercial teve redução de 21,8% em janeiro

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Brasil exportou US$ 13,7 bilhões, com média diária de vendas para o mercado externo de US$ 652,6 milhões. Pela média, houve uma redução de 10,4% (US$ 728,5 bilhões), em comparação a janeiro do ano passado. A importação mensal foi de US$ 16,9 bilhões, com média diária de US$ 803,7 milhões. Em relação a janeiro de 2014 (US$ 913,4 milhões), houve queda de 12% pela média diária. Houve, portanto, déficit comercial no mês de US$ 3,174 bilhões. Este número foi 21,8% inferior ao registrado no mesmo mês do ano passado (US$ 4 bilhões). Em entrevista coletiva para comentar os resultados, o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Daniel Godinho, explicou que o mês de janeiro é tradicionalmente defici-

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tário na balança comercial. “Isso se explica pelo baixo movimento de exportação por conta de menor atividade devido a férias coletivas e entressafra. Por outro lado, na importação, também afetada pela menor atividade econômica típica do mês, começa a haver uma recomposição dos estoques, o que explica um movimento mais forte do que na exportação”, explicou. No mês, os principais destinos das vendas brasileiras foram: Estados Unidos (US$ 1,975 bilhão), China (US$ 1,345 bilhão), Argentina (US$ 852 milhões), Países Baixos (US$ 772 milhões) e Alemanha (US$ 444 milhões). Já os cinco principais fornecedores para o mercado brasileiro, em janeiro, foram China (US$ 3,703 bilhões), Estados Unidos (US$ 2,542 bilhões), Alemanha (US$ 901 milhões), Argentina (US$ 783 milhões) e Coreia do Sul (US$ 612 milhões). •



Obras do Centro de Inovação Tecnológica de Itajaí estão prestes a iniciar

I Previsão é que a construção comece no próximo mês e esteja concluída em março de 2016. Município também visa construir um Distrito de Inovação.

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tajaí é a cidade com o maior Produto Interno Bruto (PIB) total de Santa Catarina e o 29º lugar no ranking das maiores economias do país. Para chegar a essa condição alguns fatores foram decisivos como: a localização geográfica estratégica da cidade no Estado e na Região Sul do Brasil; a infraestrutura que garante ligação do município com o mundo por mar, terra e ar (graças à proximidade do aeroporto da vizinha Navegantes) e à diversificação e ampliação do mix de empresas que se instalaram no município nos últimos anos. A previsão é que no próximo mês comece as obras do Centro de Inovação Tecnológica de Itajaí que terá papel importante no constante desenvolvimento e crescimento da economia do município. O prédio terá cerca de 3.800 m², será edificado em um terreno da prefeitura, no Bairro Itaipava. Projetado e custeado pelo Governo do Estado (em torno de R$ 7,5 milhões) o Centro de Inovação vai comportar ambientes de negócios, espaços de co-working, áreas de pesquisa e desenvolvimento, treinamento, capacitação, show room de produtos inovadores e outras atividades relacionadas à inovação e voltadas à comunidade. A Univali será parceira do município de Itajaí para a implantação e desenvolvimento do Centro de Inovação Tecnológica da cidade. A instituição será responsável pela indução e fomento de uma nova economia pautada na pesquisa aplicada e em novos negócios.


O modelo prevê a governança do Centros de Inovação pela chamada tríplice hélice, composta por empresas, instituições de ensino e governo – este com status de mediador. A Rede Catarinense de Inovação (Recepeti), associação formada por todos os entes da tríplice hélice, conta com 119 entidades associadas. Duas parcerias já estão consolidadas para a troca de informações com os 13 centros de inovação que serão instalados em Santa Catarina: com o Stanford Research Institute (SRI), da Califórnia,

e a Associação de Parques Tecnológicos da Espanha (XPCAT), na Catalunha. Para conduzir os projetos estratégicos e de desenvolvimento do município a prefeitura criou a empresa Itajaí Participações. Além de estar participando como representante do governo municipal na implantação do Centro de Inovação, em entrevista à Revista Portuária – Economia & Negócios, Jair Bondicz, diretor presidente da empresa, falou sobre a importância desta obra para a cidade e do primeiro gran-

O local vai funcionar primeiro como uma incubadora das empresas e das startups que estão sendo desenvolvidas e vai ter toda a tecnologia para absorver essas empresas e ajudar a fomentá-las.

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Jair Bondicz de projeto da Itajaí Participações: o Distrito de Inovação. “Nós e o prefeito Jandir Bellini acreditamos muito que esse Centro de Inovação Tecnológica vocacionando os investimentos e o desenvolvimento do município não para uma única área, mas para as diversas áreas que se complementem, teremos a possibilidade de nos manter por muitos anos na vanguarda do Estado e sendo destaque no Sul do país”, explica. O local vai funcionar primeiro como uma incubadora das empresas e das startups que estão sendo desenvolvidas e vai ter toda a tecnologia para absorver essas empresas e ajudar a fomentá-las. Além disso, vai estar ligado com os outros 12 Centros do Estado. “Vamos poder trazer uma pessoa para falar sobre determinado tema e transmitir simultaneamente através de videoconferência para os demais Centros, ou receber videoconferências geradas através dos demais”, afirma. Ele ressalta também o fato de Itajaí ter atingido um status invejável perante os municípios em maneira geral, pois tem o maior PIB do Estado, o terceiro maior PIB do Sul do Brasil.

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“Além disso, é uma economia que cresce há muitos anos de uma maneira bastante consistente. Temos uma questão muito forte atrelada ao movimento portuário, mas a nossa economia se complementa com indústrias, logística, armazenagem, estaleiros e indústria pesqueira. É um pacote muito diversificado de iniciativas. Talvez em função disso Itajaí é tão forte economicamente, pois se um setor entra em crise os outros acabam compensando”



Distrito de Inovação visa investimento de R$ 1 bilhão em 10 anos

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e acorco com Jair Bondicz, o Distrito de Inovação será construído em uma área de pouco mais de 2 milhões de m² localizada no Bairro Itaipava, mais ou menos onde está localizado o Jeep Clube de Itajaí. “O Centro de Inovação também vai ficar dentro desta área. Então, estamos planejando, discutindo a criação e a instalação de empresas voltadas à tecnologia e ao desenvolvimento econômico e sustentável”, explica. No entanto, se o Centro de Inovação já está em processo de licitação, prestes a começar as obras e com previsão de entrega para o primeiro semestre de 2016, o Distrito ainda está em uma fase preliminar. “Nós estamos hoje em contato com cerca de 10 empresas com potencial para se instalar no Distrito, desenvolvendo um estudo de impacto ambiental e fechamos uma parceria com a Univali para desenvolver um Master Plan com o planejamento para ocupação do local. Dentro desse espaço tem área de preservação, temos que fazer toda a infraestrutura, como as ruas, parte elétrica e hidráulica para que as empresas se instalem lá”, afirma Bondicz. Segundo ele, apesar de ainda estar em uma fase de estudos a expectativa é ambiciosa. “Queremos que em 10 anos tenhamos investimentos

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da ordem de R$ 1 bilhão no Distrito, tanto pela questão de infraestrutura que são mais de R$ 100 milhões e principalmente pela implantação e instalação das empresas”, ressalta. Já a quantidade de empresas que serão comportadas pelo terreno, vai ser definida através do Master Plan. “Dependendo do tamanho da empresa, ela pode ocupar de dois a 10 lotes, por exemplo, se vier uma grande empresa ela pode ocupar de 20% a 40% do Distrito. Não vamos limitar tamanho, pode ser uma empresa virtual composta por uma pessoa sendo uma startup de uma grande empresa”, explica, o diretor presidente da Itajaí Participações. Além disso, a intenção é que dentro do Distrito se instalem alguns polos. Um polo de educação, um polo náutico, provavelmente um polo industrial, um polo corporativo para empresas que querem montar um centro de serviços, uma área corporativa. “O importante e o que a gente quer com a Itajaí Participações, não é vender terrenos, pois não somos uma imobiliária, nós queremos é fomentar negócios. Para isso, nos baseamos no modelo americano, queremos que as empresas se instalem, gerem empregos, contribuam para o crescimento profissional dos funcionários, paguem impostos e que não sejam poluentes”.


Santa Catarina assina acordo de cooperação com Rede de Parques Tecnológicos da Catalunha

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Rede Catarinense de Inovação (Recepeti) firmou a primeira parceria internacional para a transferência de tecnologias aos 13 Centros de Inovação de Santa Catarina, projeto da Secretaria do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS). Os Centros fazem parte do Programa Catarinense de Inovação (PCI), um projeto da SDS em parceria com universidades, entidades empresariais e governos locais. As 13 sedes estão sendo construídas nas cidades de Blumenau, Brusque, Chapecó, Criciúma, Itajaí, Florianópolis, Jaraguá do Sul, Joaçaba, Joinville, Lages, São Bento do Sul, Tubarão e

Rio do Sul. O acordo de cooperação técnica para realizar projetos envolvendo entidades catarinenses e catalãs foi assinado no 1º Workshop de Gestão de Habitats de Inovação, realizado pela Recepeti e pela Fundação de Estudos e Pesquisas Socioeconômicos (Fepese) no auditório do Sebrae/SC, em Florianópolis. O termo foi assinado pelo presidente da Recepeti, Rui Luiz Gonçalves, e o presidente da Rede de Parques Científicos e Tecnológicos da Catalunha (XPCAT), o espanhol Josep Miquel Piqué, e endossado pelo Diretor de Ciência e Tecnologia da SDS, Jean Carlo Vogel. •

Rua Brusque, 337 - Itajaí - SC Economia&Negócios • Fevereiro 2015 • 21




Feapi oferece curso de línguas para quem trabalhar na Volvo Ocean Race A competição é a maior regata de veleiros por equipe do mundo e Itajaí será a única parada em território brasileiro em abril deste ano

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regata Volvo Ocean Race passará pela cidade de Itajaí em abril deste ano, mas taxistas, garçons, camareiras e todos que quiserem aprender o segundo idioma para receber os visitantes durante o evento podem começar a estudar desde já. A Fundação de Educação Profissional e Administração Pública de Itajaí (Feapi) oferecerá aulas de francês e espanhol a partir de março, na sede da própria fundação. As aulas são direcionadas para garçons, camareiras, recepcionistas de hotéis, taxistas, motoristas de vans para transporte de turistas, mas todos da comunidade que, de alguma forma, irão participar do evento podem se tornar alunos. O objetivo do programa é facilitar a comunicação com os protagonistas do evento – atletas e equipes técnicas - e visitantes estrangeiros, a exemplo do que acontece desde 2013, quando a Feapi passou oferecer aulas de inglês, espanhol e francês. O curso de língua espanhola será realizado no período vespertino e o curso de francês, no período noturno. A Volvo Ocean Race é a maior regata de veleiros por equipe do mundo e Itajaí será a única parada em território brasileiro durante o percurso de quase 40 mil milhas náuticas. Além de acolher os melhores velejadores do mundo, a Vila da Regata irá receber, no período de quatro a dezenove de abril, turistas vindos do mundo inteiro, a exemplo do que aconteceu na edição passada, em 2012. •



Itajaí Sailing Team participa de Calendário Nacional de Vela

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tajaí realiza o sonho de ter um barco de competição e participa do Calendário Brasileiro de Vela, com a equipe Itajaí Sailing Team e o veleiro Mano’s Champ. Com isso o município dá continuidade ao projeto de resgatar a atividade náutica, que foi bastante presente no passado com os clubes náuticos e teve retorno com a parada da regata Volvo Ocean Race em Itajaí no ano de 2012. Legado que foi reforçado com a parada da regata francesa Transat Jacques Vabre, em 2013, e com o retorno das duas regatas neste ano, em abril e novembro. “A ideia de criar o Itajaí Sailing Team deve marcar Itajaí como grande polo náutico do Brasil. É a primeira vez na história que a cidade tem um barco de regata exclusivo para representá-la em um calendário nacional”, explica o estrategista da equipe, Alexandre Antonio dos Santos. O projeto é patrocinado pela APM Terminals Itajaí e Anasol, por meio da Federação de Iatismo de Santa Catarina – Feisc, e da Associação Itajaiense de Incentivo ao Esporte. A primeira participação do Itajaí Sailing Team foi no 26º Circuito Oceânico da Ilha de Santa Catarina, que aconteceu em Florianópolis, no início de fevereiro. No primeiro dia de competição a equipe itajaiense alcançou a primeira colocação. Foram mais de 30 milhas náuticas percorridas no primeiro dia de provas, que contou com 30 embarcações. “Essa é uma das competições mais importantes da vela no Brasil, onde grandes competidores se reúnem, se confraternizam e divulgam o Estado em circuitos realizados em todo o país e é considerado a abertura da temporada nacional”, disse Marcelo Gusmão, timoneiro do Mano’s Champ. Além de Gusmão e Santos, fazem parte da equipe Cláudio Copello (runner), Orlando França (trimmer), Avelino Álvares (comandante), Alexandre Back (trimmer vela grande e tático), Guilherme Rupp (trimmer genoa e balão e tático), Ricardo Carvalho (secretario), Fabiano Vitorino (1º proeiro) e André Baranowski (2º proeiro). Também faz parte da equipe o adolescente Alexandre de Souza Filho, de 14 anos, indicado pela Associação Náutica de Itajaí (ANI). “Toda a tripulação é composta por velejadores de Itajaí e Florianópolis”, ressaltou Santos. •

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Crislaine Kalkmann é a nova diretora administrativa da Fampesc no Estado

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presidente da Associação das Micro e Pequenas Empresas - Ampe Itajaí, Crislaine Kalkmann, é a mais nova diretora administrativa da Fampesc - Federação das Associações das Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina. Os trabalhos desenvolvidos em Itajaí têm apresentado bons resultados no meio empresarial e chamado a atenção em todo o estado. "Esse será um ano cheio de negócios, alegrias e muito foco no resultado", ressalta Crislaine Kalkmann. A Fampesc tem como âmbito de

atuação a defesa, o apoio e a capacitação das empresas de micro e pequeno porte (MPEs) do Estado de Santa Catarina. Durante os mais de 20 anos de existência, a entidade trabalha em busca de melhores oportunidades para o setor, visando o fortalecimento do papel econômico, político e social do segmento. O objetivo é promover o desenvolvimento das micro e pequenas nos aspectos tecnológicos, gerenciais, de recursos humanos, entre outros, sempre fundando-se nos princípios associativistas. •

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Lei que altera retorno do ICMS para os municípios já está em vigor em Santa Catarina Mudanças reduzem repasse às cidades portuárias a 10% e deixam as produtoras com 90% do imposto sobre as exportações

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governador Raimundo Colombo (PSD) sancionou a lei que muda o Índice de Participação dos Municípios (IPM) no ICMS de exportação. Com isso, a nova determinação que já está em vigor reduz a 10% o repasse às cidades portuárias e destina os outros 90% às produtoras. Antes, Itajaí, Navegantes, Itapoá, São Francisco do Sul e Imbituba ficavam com 100% desse montante devolvido pelo Estado. O projeto de lei de autoria do deputado Marcos Vieira (PSDB), foi aprovado em 16 de dezembro pela Assembleia Legislativa e a nova lei foi publicada no Diário Oficial em 20 de janeiro. Apesar de já estar em vigor, os impactos da medida só serão sentidos nos cofres municipais em 2017. Isso porque o IPM em vigor é sempre referente a dois anos atrás. Segundo Vieira, a nova lei chamada de Justiça Tributária, vai amenizar a falta de dinheiro nos municípios produtores. “Diversas localidades estão enfrentando uma grave crise financeira, pois, esses municípios arcam com os diversos ônus da produção e industrialização de mercadorias e acabam com a compensação por parte do Estado reduzida, enquanto há correspondente elevação do retorno do imposto nos municípios portuários”, destacou. 28 • Fevereiro 2015 • Economia&Negócios

Ele acredita também que a nova lei é mais justa, pois a unidade produtora sofre uma pressão social maior, tendo em vista que a operação envolve mais empregos e, com isso, demanda mais serviço público, como escolas, hospitais e obras de infraestrutura. Por outro lado, a preocupação dos municípios portuários em relação à nova lei do ICMS é especialmente o precedente jurídico que essa mudança cria. Os portos de Itajaí e Navegantes, por exemplo, movimentam cargas de todo país, o que deixaria espaço para que Santa Catarina tivesse que fazer também essa devolução para municípios de outros Estados. Sendo assim, a procuradoria do município de Itajaí estuda argumentos e deve ingressar com ação no Tribunal de Justiça. Apesar da redução do repasse devolvido às cidades portuárias, a administração municipal de Itajaí, calcula que arrecadação total do ICMS – cerca de R$ 24 milhões ao mês – diminua apenas R$ 300 mil. Isso porque o IPM considera tudo que é movimento na cidade, e não apenas exportações. Segundo o presidente do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros do Estado de Santa Catarina (Sindaesc), Marcello Petrelli, a entidade é contra a medida. “Tudo bem que o pro-


duto foi produzido em uma cidade e ela precisa ter uma participação na arrecadação do imposto, mas nós acreditamos que a maior parte do ICMS precisaria ficar nas cidades portuárias. Para fazer a exportação, os municípios portuários acabam investindo muito em infraestrutura, criando acessos e melhorando ruas para que os caminhões cheguem aos terminais, levando os produtos que serão exportados. Além disso, estas cidades acabam ficando com os impactos e transtornos causados pelas operações. A preocupação é que essa nova lei prejudique os investimentos, que até agora, eram feitos para agilizar as exportações em Santa Catarina”, explicou Petrelli.

Marcello Petrelli, Presidente do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros do Estado de Santa Catarina (Sindaesc),

Entenda a lei 16.597/2015

O ICMS é o imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias (de alimentos e bebidas a produtos de alto valor), prestações de serviços e comunicação. Diversas empresas, especialmente as grandes exportadoras, produzem suas mercadorias em determinado município, mas transferem a produção para outra cidade, que faz somente a exportação deste material e geralmente são cidades com portos. Acontece que o retorno deste imposto ficava com o município onde foi feita a exportação, ao invés de ser destinado à origem, ou seja, ao município onde a empresa está instalada, e onde os produtos foram fabricados. •

Economia&Negócios • Fevereiro 2015 • 29


Plano Nacional de Exportação é adiado para março

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ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Armando Monteiro, afirmou durante palestra que trabalha com “ampla participação do setor privado” no Plano Nacional de Exportações, que será lançado no início de março. No início do ano, o ministro afirmou que pretendia lançar o plano em fevereiro. Citando as dificuldades econômicas que serão enfrentadas em 2015 e afirmando que os ajustes fiscais que estão sendo feitos pelo governo são necessários, o ministro informou que o Brasil precisa ter uma política comercial “mais ativa e pragmática” e destacou que as exportações serão colocadas no foco das atenções comerciais brasileiras. “As exportações podem ajudar na recuperação da economia”, afirmou a uma plateia de 70 empresários. O ministro destacou que trabalhará para ser uma espécie de “modulador” entre as demandas do setor privado e o governo. “Nosso ministério é uma plataforma de interlocução com o setor privado.” “Ao mesmo tempo em que reconhecemos que o ajuste fiscal no Brasil é imperativo e impõe restrições, temos que encontrar espaço para algumas políticas que possam, de alguma maneira, garantir o nível de atividade, sobretudo setores mais expostos a concorrência externa.” Monteiro destacou que a pasta terá que ser “soli-

“Nos últimos anos, o Brasil teve resultados favoráveis nos termos de troca, acumulando reservas e superávits, mas isso de fato não resultou em ganhos e conduziu o país a uma certa acomodação no enfrentamento da agenda de reformas.” Armando Monteiro

30 • Fevereiro 2015 • Economia&Negócios

dária” com as medidas de ajustes, mas que elas “não podem também ter efeitos paralisantes” sobre agendas de reformas que se destinam a melhorar empresas e retomar investimentos a médio prazo. Segundo ele, o Brasil carece de reformas que, infelizmente, não se completaram nos últimos anos, e o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff “se reinaugura com a necessidade de produzirmos o reequilíbrio macroeconômico”. “Sem os ajustes, o Brasil não vai retomar ciclo de crescimento. Se medidas não forem adotadas, os custos serão muito maiores para sociedade brasileira”, afirmou. Além das grandes reformas, Monteiro disse que trabalhará para “enfrentar a agenda microeconômica”, com melhoria do ambiente regulatório e tributário. Ele reforçou que vai atuar para que o impacto das medidas possa ser amortecido. Citando o crescimento mundial e da China na última década, o ministro afirmou que nos últimos anos o Brasil se beneficiou do ciclo de preços em alta de commodities, mas, em 2014, experimentou um déficit importante por conta do processo de queda desses preços. “Nos últimos anos, o Brasil teve resultados favoráveis nos termos de troca, acumulando reservas e superávits, mas isso de fato não resultou em ganhos e conduziu o país a uma certa acomodação no enfrentamento da agenda de reformas”, avaliou. •


Economia&Negócios • Janeiro 2015 • 31


Terminal de GNL poderá triplicar oferta de gás natural em Santa Catarina Cósme Polêse, presidente da SCGÁS

32 • Fevereiro 2015 • Economia&Negócios

Gabriel Heusi/SCGás/Divulgação

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revisto para 2018, unidade de importação de Gás Natural Liquefeito (GNL) que deve ser construída no Porto de Rio Grande (RS) tem potencial para resolver no médio prazo o problema de esgotamento de oferta no sul do Brasil. A recém-anunciada planta de regaseificação de GNL de Rio Grande deverá viabilizar a triplicação da atual oferta de gás natural em Santa Catarina, que hoje é de 2 milhões m³/dia oriundos do Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol). Com capacidade para importação de 14 milhões m³/dia, o terminal gaúcho proverá a usina termelétrica, adquirida pelo Grupo Bolognesi no leilão A-5 com 6 milhões, ficando 8 milhões para negociação no mercado. Dessa maneira, Santa Catarina poderá assumir a cota de 2 milhões do Gasbol da distribuidora gaúcha (Sulgás) e comprar mais 2 milhões. O presidente da SCGÁS, Cósme Polêse, considera a notícia do Estado vizinho um marco histórico na economia do Sul do Brasil. “Esta conquista é resultado do esforço conjunto dos três estados nos últimos anos, que se uniram em uma intensa campanha pela ampliação do suprimento, que já está próximo do limite e restringe a implantação de grandes projetos industriais”, avalia. Polêse afirma que, mesmo com a possibilidade de implantação do terminal de GNL, a agenda do Grupo de Trabalho das distribuidoras de gás e federações das indús-


trias do Sul com o Ministério de Minas e Energia continuará. “Não podemos contar com o ovo no ventre da galinha. Seguiremos com as discussões referentes à repotencialização do Gasbol e outros investimentos de infraestrutura de distribuição de gás que podem ser viabilizados pelo Pemat (Plano

Decenal de Expansão de Malha de Transporte Dutoviário)”, explica o Presidente. Composto pelas distribuidoras de gás natural e federações das indústrias de SC, PR e RS, o Grupo de Trabalho reúne-se mensalmente em Brasília para debater junto à Diretoria de Gás Natural do MME os rumos do gás natural na região, que segundo estudo do Grupo de Economia de Energia da UFRJ realizado em 2012 apresentará um crescimento de demanda significativo nos próximos 10 anos.

 Alternativas para ampliação

Infraestrura • Pemat (Plano Decenal de Expansão de Malha de Transporte Dutoviário) • Foi lançado em 2014 sem investimentos para a região Sul Deve ser revisado em 2015, podendo incluir: 1) Repotencialização do Gasbol aumento da oferta pela fonte já operante 2) Gasoduto Araucária-Mafra - possibilitando ampliação da capacidade de transporte de insumo para abastecimento do planalto norte catarinense e parte do Paraná 3) Gasoduto Rio Grande-Canoas - para possibilitar transporte do gás do futuro terminal de GNL do Rio Grande do Sul até Santa Catarina Molécula • Negociação coma Petrobras - pedido adicional de 10% do volume contrato atualmente a partir de 2016 • Exploração do Biometano em SC: Potencial de 3MM m³/dia a partir de aproveitamento de gases de aterros sanitários ou dejetos animais

 A realidade de Santa Catarina

Distribuídos hoje:1,86MM m³/dia (ref:out/2014) Capacidade máxima:2,1MM m³/dia

(fonte: ENS/UFSC) com implantação de usinas com distribuição regional e rede dedicada. Economia&Negócios • Fevereiro 2015 • 33




Reprodução

AMPLIAÇÃO

Faculdade Avantis vai triplicar de tamanho até 2016

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faculdade Avantis vai triplicar de tamanho. O projeto desta ampliação prevê um novo prédio com sete andares e mais de 23 mil m² de área total, somando aos 10 mil m² dos três blocos atuais. Serão mais de 100 novas salas de aulas, laboratórios, estações odontológicas, pavimentos clínicos e biblioteca. Os cursos

de Fisioterapia e Medicina são algumas das novidades que estão sendo pleiteadas junto ao MEC para inaugurar o novo espaço. Outra novidade da instituição localizada em Balneário Camboriú é a criação do Colégio Avantis, que vai oferecer Ensino Médio completo a partir deste ano. Ligado ao Sistema de Ensino Pitágoras, que faz parte

ANUÁRIO FONE (47) 3344.8600 www.revistaportuaria.com.br 36 • Fevereiro 2015 • Economia&Negócios


de um dos maiores grupos educacionais do mundo, a Outra novidade expectativa para este novo da instituição projeto é de um trabalho paralelo entre o ensino sulocalizada perior e médio, para que em Balneário os alunos possam conhecer Camboriú é a melhor os cursos e escolher criação do Colégio a área de atuação com mais Avantis, que vai propriedade. De acordo com a oferecer Ensino diretora geral da Avantis, Médio completo a Isabel Regina Depiné, um partir deste ano dos destaques é que além de oferecer aulas de espanhol e inglês, a escola vai proporcionar aos alunos, aulas de mandarim no período da tarde, sem nenhum custo adicional. As aulas curriculares ocorrerão no período matutino, das 7h45 às 12h10, sendo que as aulas de Educação Física ocorrerão no período vespertino. Outro aspecto importante é a formação dos professores, que varia entre especialistas, mestres e doutores. O MBA, que também abre as portas em 2015, começa com quatro cursos voltados para a área de Administração, são eles: Gestão de Projetos, Gestão Estratégica de Finanças e Controladoria, Gestão do Desenvolvimento Humano e Organizacional e Gestão Empresarial. As especializações têm duração de 24 meses e são todas presenciais.

Com base em alicerces sólidos construídos através dos cursos de graduação da Faculdade Avantis, a coordenadora de MBA, Ketrin Novaes, explica que os cursos surgem com a prerrogativa de continuidade da qualidade e do desenvolvimento profissional, oferecendo aos gestores de empresas maiores condições de desempenhar melhor suas atividades e trazer para a empresa os resultados esperados. Os currículos dos MBAs são focados em assuntos práticos, de forma a integrarem uma visão crítica e fundamentada dos conteúdos de base com utilização de ferramentas e métodos necessários ao desenvolvimento de funções e atividades específicas na organização. •

Economia&Negócios • Fevereiro 2015 • 37


TURISMO Santa Catarina quer ampliar participação na rota de cruzeiros marítimos Durante a temporada os transatlânticos cruzam mais de 100 vezes a costa catarinense

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temporada de verão é a grande oportunidade de negócios. O turismo de cruzeiros tem acentuado a potencialidade de cidades como Itajaí e Porto Belo, por exemplo. Para aproveitar o potencial turístico que, em especial, o Litoral oferece, o Governo de Santa Catarina quer aumentar a participação do Estado no circuito turístico dos cruzeiros marítimos. O vice-governador, Eduardo Pinho Moreira, esteve reunido com o secretário Nacional de Turismo, Vinícius Lummertz, e com o presidente da Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos, Marco Ferraz, para discutir sobre a participação de Santa Catarina no circuito turístico dos cruzeiros marítimos. Durante a temporada os transatlânticos cruzam mais de 100 vezes a costa catarinense. “O Governo do Estado será parceiro e dará prioridade para esse setor e tiraremos do papel os anseios dos catarinenses de ter um desenvolvimento ainda maior do turismo. Receber esses grandes transatlânticos é uma meta que nós vamos estimular”, destacou o vice-governador. A reunião contou também com a participação do presidente da Santur, Valdir Walendowsky, e de representantes dos municípios de Florianópolis, São Francisco do Sul, Itajaí (que possui único Píer Turístico alfandegado da região Sul do Brasil), Porto Belo e Imbituba. Depois da exposição de cada município sobre suas demandas relacionadas ao tema ficou definido que será criada uma lista de prioridades para melhor desenvolver o projeto. De acordo com Lummertz, a intenção da reunião foi construir medidas concretas, para que todas as demandas sejam resolvidas e que o Estado possa ter um plano estadual de cruzeiros marítimos.

38 • Fevereiro 2015 • Economia&Negócios


Victor Schneider

Para o presidente da Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos, Marco Ferraz, o potencial turístico de Santa Catarina é promissor. " O setor de cruzeiros marítimos tem crescido muito, sendo que em nível mundial já temos 22 milhões de cruzeiristas. O Brasil ainda tem história recente no setor", explicou. Ferraz também revelou o interesse na busca por novos destinos e considera Santa Catarina um grande potencial, principalmente, pela posição geográfica favorável. Márcia Leite, da MSC Cruzeiros, apresentou um diagnóstico situacional dos portos catarinenses. Entre eles, o de Porto Belo, cuja estrutura física já existe. “A necessidade é realmente urgente para que a gente comece a parar mais em Porto Belo”, revelou. Márcia elogia o atendimento do receptivo de cruzeiros e a quantidade de demandas a bordo que podem ser atendidas no município. “A gama de produtos que nós temos para vender a bordo é muito grande. O passageiro vai até o Beto Carreiro, e tem muitas praias para visitar”, concluiu Márcia.

Porto Belo luta por alfandegamento

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esde 1998, a cidade recebe escalas de navios de cruzeiro e, fruto do interesse das companhias em incluir o município nas escalas, atua para oferecer melhor estrutura e regularização junto aos órgãos competentes. Em 2013, tornou-se a primeira Instalação Portuária de Turismo, concessão dada pela Antaq (Agência Nacional de Transporte Aquaviário) com base na nova Lei dos Portos (Lei nº 12.815/2013) e na Resolução 1.556Antaq/2009. Até 2002, o alfandegamento era realizado por uma equipe que se deslocava até o município, quando necessário. Porém, sob alegação de falta de efetivo para realizar as ações, o alfandegamento parou de ser viabilizado, fazendo com que os navios façam o trajeto muitas vezes inviável até o Porto de Imbituba. Hoje a Prefeitura de Porto Belo luta para flexibilizar as exigências da Receita Federal de Itajaí. A agilidade no processo de alfandegamento de Porto Belo foi pleiteada pelo governador do Estado, Raimundo Colombo, em reunião feita com a presidente Dilma Rousseff. A expectativa é que, a partir de agora, o Estado também encampe o problema de Porto Belo. • Economia&Negócios • Fevereiro 2015 • 39


Parceria entre Portonave e prefeitura vai reurbanizar orla da praia de Navegantes Investimento do projeto será de aproximadamente R$ 7 milhões e também vai recuperar restinga

40 • Fevereiro 2015 • Economia&Negócios

O

s quase 10 quilômetros que formam as praias de Navegantes irão ganhar uma cara nova. Ou melhor, renovada. Diversas atividades envolvendo a recuperação da faixa de restinga da orla municipal, e que começam a ser desenvolvidas irão restaurar e dar as condições necessárias para preservação ambiental e uso consciente e sustentável da praia. A área total da orla coincide com a área total a ser recuperada. Serão 102 hectares - o equivalente a mais de 100 campos de futebol - compreendidos pela iniciativa, considerada uma das maiores obras de recuperação de orla de praia urbana do Brasil. As diversas ações do projeto, que ga-

nhou o nome de Nossa Praia - Projeto de Recuperação e Proteção da Orla de Navegantes, serão desenvolvidas com recursos da Portonave S/A – Terminais Portuários de Navegantes e da Prefeitura de Navegantes. O Nossa Praia é resultado de um Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) como medida de compensação pelo uso da área para ampliação do pátio de contêineres do terminal portuário. No lançamento, o prefeito Roberto Carlos de Souza fez o anúncio de R$ 3,1 milhões serão destinados pela prefeitura para revitalização e urbanização da orla, parte das atividades previstas para o “Nossa Praia”. Somando-se à contrapartida de R$ 3,8 milhões da


Portonave, serão quase R$ 7 milhões investidos para dar uma cara nova aos quase 10 quilômetros de praias do município.

Recuperação e urbanização

Uma das primeiras ações do projeto será a retirada de vestígios de construções irregulares e de plantas atípicas que estão na Área de Preservação Permanente (APP) que compõe a orla de Navegantes. A reinserção de vegetação nativa da restinga acontece logo após a retirada das plantas exóticas e a estimativa é que sejam produzidas mais de 100 mil mudas nativas para o plantio. A substituição das plantas chamadas exóticas pelas originais resulta em uma série de benefícios, já que traz equilíbrio para a biodiversidade do ecossistema da restinga, controla a erosão na praia e protege a costa dos efeitos da maré. O projeto prevê também, quando necessário, a reconstrução de dunas frontais que, entre outras funções, são responsáveis pela proteção da praia. A construção de um deck de madeira, que vai costear a orla e substituir o atual passeio de pedra existente no local, deve começar em março e, de acordo com o prefeito de Navegantes, a prefeitura deseja licitar a construção da ciclovia e iluminação da orla o mais breve possível, abrangendo o pro-

jeto como todo. “A nossa intenção é que em breve possamos licitar essas obras e dar continuidade ao processo para que ocorram simultaneamente à construção do deck. Esse é um projeto que sonhávamos há algum tempo e estamos dando os encaminhamentos para que, em breve, tenhamos uma orla toda protegida e urbanizada sem esquecer nosso compromisso com o meio ambiente. Esse é o pensamento da prefeitura de Navegantes e da Portonave.” O diretor-superintendente administrativo da Portonave, Osmari de Castilho Ribas, afirma que o projeto irá tornar a praia ainda mais bonita e preservada para os navegantinos e turistas. “A Portonave acredita e trabalha com o desenvolvimento alinhado à sustentabilidade. Por isso, buscamos junto aos órgãos responsáveis para que os recursos dessa compensação fossem direcionados para ações efetivas em Navegantes”, comenta Castilho.O projeto foi desenvolvido pela Acquaplan, consultoria ambiental especializada em gerenciamento ambiental, e tem a aprovação da Fundação Municipal do Meio Ambiente de Navegantes (Fuman) e da Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma). A primeira etapa de trabalhos deve durar um ano. O monitoramento por parte da empresa se estenderá posteriormente por 36 meses. •

Economia&Negócios • Fevereiro 2015 • 41


coluna mercado

Projeto Selo Social é lançado em Itapema Iniciativa busca reunir todos em ações para o desenvolvimento local

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obilizar as pessoas e organizações em ações que ajudem a construir um mundo melhor para todos. Com esse objetivo, a prefeitura de Itapema, por meio da Secretaria de Turismo e Desenvolvimento Econômico, em parceria Instituto Abaçaí lançaram o projeto Selo Social. A cerimônia, onde também foi sinalizado as empresas financiadoras, aconteceu na sede da Associação Comercial e Industrial de Itapema (Acita). O projeto busca reunir empresas, entidades e o poder público para trabalhar com o desenvolvimento local das cidades. Além disso, todas as ações estão baseadas nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, criado pela Organização das Nações Unidas (ONU). “Esse é um momento muito importante, é o início de um grande projeto que vem contribuir para o desenvolvimento social de Itapema. Nosso objetivo é juntar empresas, entidades sociais, organizações e órgãos públicos para criar e executar um plano social para a cidade. A

42 • Fevereiro 2015 • Economia&Negócios

administração municipal está fazendo o levantamento das empresas da cidade que irão fazer parte desse processo que será finalizado no período de um ano, com o reconhecimento das empresas”, relatou o presidente do Instituto Abaçaí, responsável pelas ações em nossa região, Aureo Giunco Jr. As organizações apoiadoras e inscritas no Selo Social participarão de capacitações direcionadas ao seu setor de atuação. Conhecerão melhor os 8 Jeitos de Mudar o Mundo e seus indicadores, desenvolvimento social sustentável, como elaborar um projeto social, relatório social e marketing social. "O Selo Social de Itapema será fundamental para o desenvolvimento social do nosso município! Fiquei muito honrado em ser o articulador local do Selo Social e participar da construção deste projeto no nosso município”, afirmou o Secretário de Turismo e Desenvolvimento Econômico, André de Oliveira. •



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DIVULGAÇÃO

coluna mercado

Cresce demanda da indústria naval brasileira para 2015

om meta de entregar oito navios até o final de 2015 e outros 15 petroleiros em construção, a indústria naval brasileira prevê um cenário positivo para este ano. As ações fazem parte da revitalização do setor através do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef) da Transpetro. O Promef investe R$ 11,2 bilhões encomenda de 49 navios e 20 comboios hidroviários a estaleiros nacionais. O programa tem três metas iniciais: construir navios no Brasil, manter um índice mínimo de 65% de conteúdo nacional e atingir competitividade internacional. De acordo com mensagem do site do programa, os dois primeiros estão consolidados e o foco atual é buscar a competitividade mundial. Países que têm hoje importantes indústrias navais levaram décadas para consolidá-las - 63 anos no Japão, 53 anos na Coreia do Sul e 23 anos na China. A brasileira tem menos de 10 anos", diz a mensagem. Entre os navios construídos por meio do Promef estão os do tipo Suezmax, com capacidade para 1 milhão de barris de petróleo (quase a metade da atual produção diária brasileira). 44 • Fevereiro 2015 • Economia&Negócios

No final do ano passado, o país ganhou o oitavo navio desse tipo, o Henrique Dias. O Brasil tem atualmente oito petroleiros em operação, dos quais quatro são do tipo Suezmax. Os oito navios que deverão ser entregues em 2015 são dois Suezmax, dois Panamax e quatro gaseiros. Desses, seis se encontram em fase de acabamento. Atualmente o setor gera mais de 80 mil empregos diretos. O Promef viabilizou ainda a construção de três novos estaleiros – Atlântico Sul e Vard Promar, em Pernambuco e Rio Tietê, em São Paulo, além da revitalização do Estaleiro Mauá, no Rio de Janeiro. Segundo o portal do PAC o Brasil tem hoje a terceira maior carteira mundial de encomendas de petroleiros. O Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef) integra o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal e é responsável por renovar a frota da Transpetro. A encomenda de 49 novos petroleiros e um investimento de R$ 11,2 bilhões representam uma guinada na indústria naval brasileira. •


coluna mercado Nova gerência de transportes da Localfrio tem como meta crescer mais de dois dígitos em 2015

Jean Lyra (esquerda) e Eduardo Razuck.

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DIVULGAÇÃO

om o objetivo de aumentar a integração dos serviços de armazenagem e expandir os serviços de transportes em todo o Brasil, a Localfrio apresentou a nova gerência de transportes nacional da empresa. A nomeação de Jean Lyra para o cargo contribuirá nas tomadas de decisões estratégicas, como o aumento e renovação da frota em todas as unidades de negócios com operação de carga, bem como a avaliação de novos projetos que envolva a necessidade de contratação de terceiros ou mesmo de frota própria. Vindo da Localfrio Suape Transportes, unidade localizada em Pernambuco, Jean Lyra assume a gerência nacional de transportes com o know-how de três anos de empresa e sabendo dos objetivos a serem alcançados. “Temos um projeto desafiador e de imediato já estamos analisando alguns mais específicos”, afirma. Segundo o diretor comercial da Localfrio, Eduardo Razuck, esta nova etapa da empresa tem como objetivo intensificar, ainda mais, as operações na área de transportes. “Temos uma meta bastante agressiva este ano, que é atingir um aumento acima de 20% sobre os resultados de 2014”. Para isso, a empresa fará investimentos no aumento da frota de caminhões, que possibilitará maior movimentação de cargas em todos os segmentos, além de expandir a integração dos serviços de armazenagem. Eduardo Razuck ainda afirma que, em 2015, a Localfrio continuará a trabalhar de forma personalizada, com parcerias em negócio e planejando ações inteligentes de logística. “Hoje a Localfrio já é uma marca homologada pela integração de seus serviços e vamos levar cada vez mais este conceito aos nossos clientes.” •

Economia&Negócios • Fevereiro 2015 • 45


coluna mercado ExportaSC Sebrae seleciona 50 empresas catarinenses para ingressarem no mercado norte-americano Todas as regiões de Santa Catarina possuem pelo menos uma representante entre as selecionadas

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programa Exporta SC selecionou 50 empresas do Estado para instalarem uma sede em Fort Lauderdale, na Flórida, Estados Unidos, por meio de um sistema de incubadora de negócios. O programa, promovido pelo Sebrae/SC, tem como objetivo ampliar as fronteiras comerciais para micro e pequenas empresas de Santa Catarina. A iniciativa tem por objetivo preparar micro e pequenas empresas catarinenses para competir no mercado norteamericano, visando aumentar a competitividade e fortalecer o posicionamento estratégico, institucional e de marketing. Em março e abril serão realizadas 4 missões internacionais entre as selecionadas para cursos sobre vendas. Ainda no primeiro semestre serão realizadas as consultorias para as empresas e elas participarão de capacitações a distância sobre o mercado americano e exportação. A previsão é de que, até o fim de agosto as 50 empresas estejam com a filial nos Estados Unidos. O ExportaSC oportunizará o ingresso de micro e pequenas empresas nos Estados Unidos com todo apoio e

suporte de um programa de incubação. As ações incluem capacitação de empreendedores, visitas técnicas, suporte administrativo, jurídico, fiscal, marketing, comercialização, operação e logística. Entre as 50 empresas, 8 são de software, 7 de moda, 11 do setor metal mecânico, 12 de alimentos, 4 de tecnologia, 3 de moda e acessórios, 2 de móveis e decoração, 1 de cosméticos e 2 de revestimentos. Todas as regiões de Santa Catarina possuem pelo menos uma representante entre as selecionadas. As empresas que integram o projeto participaram de uma seleção que envolveu 400 empreendimentos inscritos. O mercado americano é atraente para o estabelecimento de empresas catarinenses. Quase 11% do valor total de exportações do Estado é direcionado aos Estados Unidos. Isso significa mais de US$ 1 bilhão, tornando os Estados Unidos o principal comprador dos produtos de Santa Catarina. A forte estrutura portuária e de logística garante o escoamento de grande parte da produção.

Confira as empresas classificadas para o Exporta SC: Empresa

Macro Regiões SEBRAE

Setor

Casa Da Cuca Ltda Epp

Extremo Oeste

Alimentos

Maie Confecção de Roupas Intimas LTDA

Extremo Oeste

Moda e acessórios

Angeli Ind e Com de Calçados Ltda

Foz do Itajaí

Moda

Gut Sapatinhos Ltda

Foz do Itajaí

Moda

N & C Industria E Comercio De Calçados Ltda

Foz do Itajaí

Moda

Natupalm Indústria e Comércio de Conservas Ltda

Foz do Itajaí

Alimentos

Suport Equipamentos Industriais

Foz do Itajaí

Metal mecânico

VRP Premium Comércio E Indústria E Importação E Exportação Ltda

Foz do Itajaí

Metal mecânico

ZP Tercerizacoes De Calcados Eireli – Epp

Foz do Itajaí

Moda

Ayty Crm Bpo E Servicos De Tecnologia Da Informacao Ltda

Grande Fpolis

Software

Boreste Sistemas Ltda. – ME

Grande Fpolis

Tecnologia

Chaordic Systems SA

Grande Fpolis

Software

46 • Fevereiro 2015 • Economia&Negócios


coluna mercado Decorado marketplace ltda

Grande Fpolis

Software

Nanovetores Tecnologia S.A

Grande Fpolis

Tecnologia

Ranac Agroindustrial Ltda

Grande Fpolis

Alimentos

Rip Fibras Indústria E Comércio De Alimentos Naturais Ltda Me

Grande Fpolis

Alimentos

santa terezinha ind e com ltda

Grande Fpolis

Cosméticos

Calçados e Artigos Esportivos LTDA ME

Grande Fpolis

Moda e acessórios

Usare Industria e Comercio de Utilidades Ltda

Grande Fpolis

Móveis e decoração

Odeme Equipamentos Médicos e Odontológicos Ltda.

Meio Oeste

Tecnologia

ARCO-ÍRIS Alimentos Ltda.

Norte

Alimentos

Lisa Riedt Industria de Confecção Ltda

Norte

Moda

Marithimu’s Indústria E Comércio Ltda – Me

Norte

Alimentos

Mips Sistemas Ltda.

Norte

Software

Perfil termico assessoria termica ltda

Norte

Tecnologia

Priori tecnologia da informação ltda

Norte

Software

Sictell industria e comércio de produtos elétricos e metálicos ltda

Norte

Metal mecânico

Vitalin alimentos ltda

Norte

Alimentos

Voitila Comércio de Alimentos LTDA

Norte

Alimentos

Começo de Vida Indústria e Comércio ltda.

Oeste

Moda

Forma Industria e Comercio de Maquinas e Equipamentos LTDA

Oeste

Metal mecânico

Fornari Ltda

Oeste

Metal mecânico

Good Alimentos ltda

Oeste

Alimentos

Herzenweg Industria De Maquinas Ltda

Oeste

Metal mecânico

Itaberry Frutas Finas Ltda

Oeste

Alimentos

Metalpox Industria e Comércio de Móveis LTDA

Oeste

Metal mecânico

Soluforte Solucoes Industriais Ltda – Epp

Oeste

Metal mecânico

Echosis Sistemas LTDA ME

Serra

Software

J de Souza Indústria Metalúrgica Ltda

Serra

Metal mecânico

Potenza Comercio E Fabricação De Equipamentos Hidráulicos Ltda

Serra

Metal mecânico

SOFTECSUL Tecnologia Ltda

Serra

Software

Cervejaria Santa Catarina Ltda

Sul

Alimentos

Custódia Goulart Felipe EPP (Bossa Group)

Sul

Revestimentos

Denusa Demarchi Artigos em Couro Ltda Me

Vale do Itajaí

Moda e acessórios

Dolzan E Pisetta Ltda

Vale do Itajaí

Moveis e decoração

Eco Blu Confecções Ltda

Vale do Itajaí

Moda

Fornos Jung Ltda

Vale do Itajaí

Metal mecânico

maski indústria e comércio de pré-fabricados

Vale do Itajaí

Revestimentos

Merkadia Internet EIRELI ME

Vale do Itajaí

Software

Nugali Chocolates

Vale do Itajaí

Alimentos

Tick Deck Comercio e Confecção de Acessórios para

Economia&Negócios • Fevereiro 2015 • 47


coluna mercado Mercado de Trabalho Estagnação econômica e alto custo do trabalho refletem na baixa oferta de empregos

P

ara a Fecomércio SC, os resultados negativos apresentados pelos números do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged), disponibilizados pelo Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE), tanto para Santa Catarina, quanto para o Brasil, preocupam e demonstram que o mercado de trabalho já não consegue mais ser tão dinâmico quanto na última década. A elevação dos custos do trabalho não vem sendo acompanhada por aumentos de produtividade. Deste modo, o resultado é a compressão da margem de lucro das empresas e a redução em seus investimentos. Isso é um reflexo do panorama atual da economia brasileira, de longa estagnação do crescimento. A Fecomércio SC defende uma ampla reforma tributária e trabalhista, a fim de aumentar a competitividade de nossas empresas e sair do patamar de baixo crescimento. Os dados do Caged mostraram que os setores do comércio (com 10.544) e de serviços (com 28.480) foram os que mais criaram vagas em Santa Catarina, em 2014. Das 47.821 vagas criadas no ano passado, os demais seto-

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res empregaram 4.808 pessoas na indústria; 4.227 na construção civi; e -238 na agropecuária. No entanto, o saldo de empregos formais em dezembro foi negativo (-36.691) em Santa Catarina, resultado pior do que o observado em dezembro de 2013, quando o Estado fechou -34.330 vagas. Todos os setores apresentaram resultados negativos: comércio (-784); serviços (-9.606); indústria (-19.606); construção civil (-4.722) e agropecuária (-1.973). No Estado, a baixa criação de vagas está relacionada com os indicadores econômicos. Todos os setores, acossados pelo forte aumento do custo do trabalho, apresentaram resultados inferiores a 2013, com exceção da construção civil. Este setor teve um desempenho 14,8% maior que em 2013. O comércio, com volume de vendas em declínio, reduziu em 26,1%. A indústria, já intensificando a adoção de férias coletivas e com a atividade em queda no Estado (-2,2% no acumulado de 12 meses), reduziu sua criação de postos de trabalho em -74,5% e, por fim, os serviços, com um saldo de vagas de -10% inferior, sentem os efeitos da própria desaceleração dos demais setores. No Brasil, houve saldo negativo de -555.508 empregos formais. Esta marca representa uma queda em relação ao mesmo mês de 2013, quando foram criadas -449.444 vagas. O resultado representa o pior desempenho para o mês desde 2008. Também no Brasil, no acumulado de 2014, foram criados 152.714 novos postos de trabalho, 79% a menos que em 2013 (730.687). •


Aceitamos reservas para eventos corporativos, confraternizaçþes ou reuniþes de empresas ou particulares.


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coluna mercado

E-commerce nacional deve faturar R$ 49 bi em 2015

e-commerce nacional fechou 2014 com faturamento de R$ 39,5 bilhões, aponta a previsão da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). O resultado representa um crescimento de 27%, em relação a 2013. O ano fechou com 57 milhões de e-consumidores. As categorias moda e acessórios, eletrodomésticos, saúde e beleza, eletrônicos e informática, foram as de maior destaque no período. “ Apesar da desaceleração da economia, o ecommerce se manteve em alta, e uma das razões é a oferta

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de preços mais baixos praticados em relação ao varejo físico”, afirma Mauricio Salvador, presidente da ABComm. A previsão para 2015 é de que o setor movimente R$ 49,8 bilhões, um crescimento de 26%, em relação ao ano passado. “A maior utilização do celular (o chamado mobile commerce) deve incentivar a categoria de serviços online, como viagens, alimentos e ingressos, e assim impulsionar o comércio eletrônico nacional”, disse Salvador, que ainda espera um número total de 62 milhões de compradores ao final do próximo ano. •


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coluna mercado

Liderança Vale mantém posto de maior exportadora do Brasil Empresa é seguida por Petrobras e Bunge, enquanto a JBS saltou do nono para o quarto lugar no ranking, mostraram dados do Ministério do Desenvolvimento (Mdic)

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Vale manteve o posto de principal empresa exportadora do Brasil, apesar de uma forte queda no faturamento, seguida por Petrobras e Bunge, enquanto a JBS saltou do nono para o quarto lugar no ranking, mostraram dados do Ministério do Desenvolvimento (Mdic). A Vale exportou o equivalente a 20,48 bilhões de dólares no ano passado, queda anual de 22,7 por cento, em meio a uma forte retração dos preços internacionais do minério de ferro. A principal mudança no ranking foi a JBS, maior produtora global de carnes, que saltou para a quarta posição na lista, com faturamento de 4,67 bilhões de dólares, alta de 27,7 por cento na comparação com 2013. Em 2014, a JBS conseguiu sentir os resultados da aquisição da Seara, comprada da Marfrig, em negócio concluído em outubro de 2013. Além disso, a JBS se beneficiou de um real desvalorizado e de uma forte demanda externa por proteína animal. A Petrobras manteve a segunda posição no ranking de

exportadoras brasileiras, com faturamento de 13,02 bilhões de dólares, queda de quase 6 por cento ante 2013, após um forte recuo nos preços internacionais do petróleo no segundo semestre do ano passado. A terceira maior exportadora do Brasil em 2014 ainda foi a gigante do agronegócio Bunge, que embarcou o equivalente a 6,16 bilhões de dólares, queda de 15 por cento na comparação anual, em meio a um recuo nos preços internacionais de soja e milho. A BRF caiu da quarta para a quinta posição, com faturamento de 4,26 bilhões de dólares em 2014, queda de 16,5 por cento ante o ano anterior. O ranking de exportadores é completado por Cargill em sexto, Embraer em sétimo, Louis Dreyfus em oitavo, ADM em nono e Samarco (joint venture entre Vale e BHP Billiton) em décimo lugar. Entre as dez primeiras empresas da lista do Mdic, todas reduziram seu faturamento com exportações, com exceção da JBS. •

TRANSPORTE DE CARGAS FRACIONADAS E LOTAÇÕES 28 anos transportando com agilidade e rapidez

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coluna mercado DIVULGAÇÃO

Empresário Daniel Lutz é o novo secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico Sustentável

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empresário do setor moveleiro de São Bento do Sul e presidente da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel), Daniel Lutz, 41 anos, é o novo secretário adjunto do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS). A escolha foi feita pelo futuro secretário da pasta, Carlos Chiodini, que assume após ser empossado como deputado estadual. Chiodini priorizou a parte técnica ao escolher o adjunto. “O Daniel é um excelente empresário, conhece bem o setor produtivo nos seus diversos setores, já esteve no executivo e vai contribuir muito para fazermos um trabalho pensando no crescimento econômico e sustentável de Santa Catarina”, afirma. Lutz possui formação técnica em Mecânica (Ce-

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fet/PR), graduação em Tecnólogo Moveleiro (Udesc), pós-graduação em Gestão Empresarial (ISPG/Univille) e é diretor administrativo da Móveis Serraltense. Casado e pai de três filhos, ele é ex-presidente da Associação Regional das Empresas do Mobiliário de São Bento do Sul e Região (Arpem) e ex-presidente do Sindicato das Indústrias da construção e do Mobiliário de São Bento do Sul (Sindusmobil). Esta não será a primeira experiência do empresário no setor público. Em 2013 foi nomeado secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo de São Bento do Sul, cargo que permaneceu até junho de 2014, onde foi transferido para assessoria administrativa do gabinete do prefeito. •


coluna mercado Certificação de qualidade Volvo confere ouro à Dicave Itajaí

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concessionária do Grupo Dicave do município portuário de Itajaí conquistou Ouro no Programa 100% da Volvo. Na área de caminhões e ônibus, o foco é qualificar a rede de lojas e oficinas da multinacional em todo o Brasil. Na matriz da empresa catarinense, a certificação dourada atesta a excelência na gestão e na prestação de serviços, com objetivo de aumentar a satisfação dos clientes e os resultados das concessionárias, utilizando os mesmos critérios de excelência da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ). Esta certificação foi criada há 10 anos. “O reconhecimento da Volvo confirma nossos esforços diários na busca pela qualidade no atendimento, mas também nos processos e gerenciamentos, como os que mantemos na área ambiental. A conquista do selo é muito importante para termos garantias de que nossa concessionária atende os padrões de excelência, mas principalmente, que está comprometida com a satisfação de nossos clientes”, comenta o gerente geral de pós vendas do Grupo

Dicave, Marcelo Mugnaini. A marca mãe estimula que as concessionárias mantenham ações de preservação que ultrapassem as determinações previstas em lei no intuito de assegurar a proteção do meio ambiente e minimizar potenciais impactos negativos. Na área social, a Volvo também incentiva as concessionárias a se envolverem em projetos ligados ao desenvolvimento sustentável das comunidades onde atuam. O programa 100% está dividido em bronze, prata e ouro. O primeiro tem como critério o foco na organização e disciplina. Utiliza a metodologia 5S em todas as unidades que formam a concessionária. Já o prata, atua diretamente nos processos e seus controles por meio da padronização e otimização. Por fim, o ciclo ouro é a busca da excelência, visando o aprendizado e aprimoramento dos processos e na gestão da concessionária. Em 2016, além de bronze prata e outro serão lançados o ciclo platina e, em 2020 o ciclo Diamante. •

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Economia&Negócios • Fevereiro 2015 • 53


coluna mercado

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Inovação tecnológica

Centro de Simuladores de Navios usará tecnologia de ponta

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Sistema Petrobras terá uma nova ferramenta para garantir ainda mais eficiência, qualidade e segurança ao transporte marítimo de sua produção. Entra em operação em fevereiro o Centro de Simuladores, conjunto de modernos equipamentos que elevará o nível de treinamento e qualificação dos profissionais que operam a frota da Transpetro, subsidiária de logística da Petrobras. A ferramenta foi construída com tecnologia 100% brasileira, em parceria com a USP e o Cenpes. São oito simuladores de náutica e um de máquinas que permitem a comandantes, timoneiros e oficiais vivenciarem, de forma bastante realista, toda a operação de um navio. Os equipamentos são idênticos aos das embarcações e recriam ambientes externos muito parecidos com aqueles visualizados pelos tripulantes durante o trabalho, tanto em alto mar como durante manobras de entrada, atracação e saída de portos e terminais. Capacitação Com o Centro de Simuladores, a Transpetro parte do princípio de que é necessário ir além do investimento na construção de novos navios. É fundamental investir em tecnologia para capacitar e reciclar os profissionais que operam essas 54 • Fevereiro 2015 • Economia&Negócios

embarcações cada vez mais modernas. Os equipamentos foram projetados a partir dos próprios navios da companhia, como os petroleiros Rômulo Almeida, João Cândido e Zumbi dos Palmares, três dos oito novos navios do Promef que já estão em operação. Desta forma, a atuação dos profissionais durante os exercícios fica muito próxima da realidade que encontram diariamente no mar. Metodologia Para as aulas, serão formados grupos de quatro alunos – um comandante, um timoneiro e dois oficiais. Uma psicóloga ficará responsável por aplicar a base teórica, utilizando como exemplos acidentes marítimos recentes, com o objetivo de envolver o grupo em um ambiente de anormalidade. Em seguida, os alunos vão se deparar com situações de risco de baixa e alta complexidade que podem ser vivenciadas por tripulações no mar, como falha de equipamentos, tempestades e baixa visibilidade. As ações e reações do grupo durante os exercícios serão monitoradas em tempo real, por meio de câmeras, por uma equipe de profissionais que, em seguida, irá repassar aos alunos todos os pontos fortes e as oportunidades de melhoria observadas. •


coluna mercado Marcius Furtado - Secom

Walter Bier é o novo secretário de Estado da Comunicação

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empresário Walter Bier Hoechner foi como novo secretário de Estado da Comunicação de Santa Catarina. A cerimônia foi realizada em Florianópolis, na sede da secretaria, contando com a participação do secretário de Estado da Casa Civil, Nelson Serpa, empresários do setor e imprensa. Administrador e especialista em marketing, Walter Bier foi executivo do Grupo RBS durante 16 anos. Em Santa Catarina, atuou como diretor-geral de Operações Multimídia e como diretor-geral de Jornais e Internet. Também foi gerente de marketing do Grupo Sonae, que tem os supermercados Big e Nacional. Walter Bier destacou a importância da integração das diferentes frentes de comunicação do Governo do Estado. “Nosso desafio é o de entender os anseios dos catarinenses e ter uma comunicação dirigida à população, seja na demonstração dos serviços ou das obras feitas pelo governo. Vamos buscar estar juntos à população para eventualmente corrigir rumos e pró-ativamente evoluir, sempre com muito planejamento e integração das nossas equipes”, afirmou o novo secretário. •

Economia&Negócios • Fevereiro 2015 • 55


portos do

Brasil

Expansão Porto Itapoá tem sinal verde para aumentar em quatro vezes seu tamanho O valor global de investimento previsto é de R$ 488 milhões

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Secretaria de Portos (SEP/PR) autorizou a expansão e adequação do Terminal de Uso Privado (TUP), localizado em Santa Catarina, na Baía da Babitonga, pertencente à Bacia Hidrográfica do Rio Saí Mirim. Essa estrutura possibilita a movimentação de aproximadamente 2 milhões de TEUs (Unidade equivalente a 20 Pés) por ano. Atualmente, a capacidade do terminal é de 500 mil TEUs/ ano. Em 2013 e 2014, a movimentação já ultrapassou a marca dos 450 mil TEUs movimentados em cada ano. O valor global de investimento previsto é de R$ 488 milhões.A autorização prevê a ampliação do píer e pátio do TUP Itapoá, que é dedicado à movimentação e armazenagem de cargas gerais e carga conteinerizada. Atualmente, a plata-

forma do Porto tem 630 metros de cais, dividida em dois berços de atracação de 315 por 43 metros de largura. O projeto de ampliação inclui a implantação de mais uma nova ponte de acesso e ampliação do cais atual de 630 metros para 1.209,38 metros de comprimento, e ainda a ampliação da retroárea, de forma que todo o terreno totalize 484.129,72 m². Essa estrutura possibilita a movimentação de aproximadamente 2 milhões de TEUs (Unidade equivalente a 20 Pés) por ano. Hoje, a capacidade do terminal é de 500 mil TEUs/ano. Em 2013 e 2014, a movimentação já ultrapassou a marca dos 450 mil TEUs movimentados em cada ano.

DIVULGAÇÃO

Importações e exportações em Itapoá aumentaram 41% O ano de 2014 foi de alta produtividade no Porto Itapoá. As cargas de importação e exportação no terminal no ano passado superaram a marca de 200 mil TEUs, um incremento de 41% em relação à movimentação realizada em 2013. A cabotagem, transporte marítimo entre portos nacionais, também apresentou um significativo aumento, ultrapassando 20 mil TEUs movimentados em 2014, o que representa um acréscimo de 23% em relação a 2013. Além das importações e exportações e da cabotagem, que são as operações mais rentáveis para um terminal portuário, existem ainda as modalidades de transbordo, movimen56 • Fevereiro 2015 • Economia&Negócios

tação de contêineres vazios, e remoções internas no pátio do terminal. No transbordo, o navio descarrega um contêiner a fim de que seja embarcado em um segundo navio e, consequentemente, entregue em outro porto. Esta operação é realizada quando os contêineres são embarcados no exterior em navios gigantes, que não conseguem atracar em alguns portos nacionais, devido às suas dimensões, o que requer um segundo navio (menor) para o transporte da carga. Itapoá é um dos poucos terminais do país a receber os maiores navios em operação, de 334 metros de comprimento. •



portos do

Brasil

Portonave amplia retroárea Terminal conclui primeira etapa da obra de expansão e acrescenta 24 mil m² ao pátio. Projeto total vai dobrar a capacidade estática para armazenamento de contêineres

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área da primeira fase da expansão da Portonave S/A – Terminais Portuários de Navegantes foi alfandegada pela Receita Federal e acrescenta ao terminal 24.442 m² de pátio, um quarto do total a ser ampliado. Até o final da expansão, prevista para ser concluída no segundo semestre de 2015, a Portonave deve dobrar a capacidade estática do pátio de 15 mil para 30 mil TEUs (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés). Com essa primeira etapa da ampliação, o pátio fica com 294.442 m², capacidade estática de 17,8 mil TEUs. Está em construção uma nova área para contêineres refrigerados, que trará capacidade de 2.700 tomadas reefers – utilizadas por contêineres com cargas congeladas e refrigeradas. “Essa ampliação é importante para o comércio exterior de Santa Catarina e representa um ganho de competitividade para o Estado. Além de investir na expansão, mantemos um sistema informatizado de rastreamento dos contêineres, profissionais altamente especializados, tecnologia de ponta e segurança”, destaca Osmari de Castilho Ribas, diretor administrativo da Portonave.


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portos do

Brasil

Essa obra de expansão faz parte do planejamento estratégico do terminal portuário, “evidenciando a confiança dos acionistas da empresa no Brasil e em nossa região, fortalecendo a liderança da Portonave em seu segmento”, comenta Felippe Basílio Ferreira, diretor-superintendente técnico da Portonave.

 Projeto de expansão

As obras da segunda fase do terminal iniciaram em junho de 2014 e fazem parte do planejamento da Companhia desde a sua fundação. Com a conclusão da obra, a área total de pátio será de 400 mil m². A área ampliada fica ao lado direito do Terminal e o valor de investimentos no projeto é aproximadamente de R$ 120 milhões. Com a expansão, a Portonave ganhará mais 810 tomadas para contêineres reefers. Somadas com as 1.890 tomadas já existentes, a capacidade do Terminal será para 2.700 contêineres refrigerados, importante diferencial tendo em vista que a carga congelada, principalmente frango, representa cerca de 50% da movimentação da Portonave, no sentido da exportação.

Dados gerais da Portonave  Mais de 1.000 colaboradores diretos  3 berços  6 portêineres (principais equipamentos para operação de carga e descarga dos navios)  18 transtêineres (movimentam os contêineres na retroárea)  40 carretas do tipo Terminal Tractor (TT)  54 semireboques (pranchas móveis para sustentar a contêiner durante o transporte da carreta) O terminal também está construindo uma nova subestação de energia, com capacidade para 10 MVA (Megavolt Ampére: unidade equivalente a 1 milhão de volts ampére), o que é mais do que suficiente para atender toda a demanda da empresa. A ampliação do Armazém para inspeção de cargas e da área de DTA – Despacho de Trânsito Aduaneiro deve ser concluída também no segundo semestre e passará de 2 mil m² para 3.900 mil m².

Antaq celebra contrato de adesão com a Portonave

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Antaq, em nome da União, celebrou com a Portonave S/A. - Terminais Portuários de Navegantes contrato de adesão adaptado à Lei nº 12.815/2013. A assinatura aconteceu na sede da Agência, em Brasília. Pela Antaq, participaram os diretores Mário Povia (diretor-geral), Fernando Fonseca e Adalberto Tokarski, e pelo terminal os seus diretores administrativo e operacional, Osmari de Castilho Ribas e Renê Duarte. Com a assinatura do contrato, a empresa fica autorizada a explorar instalação portuária na modalidade Terminal de Uso Privado, denominada Portonave S/A. - Terminais Por-

tuário de Navegantes, localizada em Navegantes, em Santa Catarina. A autorização compreende a movimentação e armazenagem de carga geral e carga conteinerizada. A área autorizada para exploração da instalação portuária corresponde a 597.565,00m² metros quadrados. A autorização do terminal terá vigência por 25 anos contados da data de assinatura do contrato de adesão, prorrogável por períodos sucessivos mediante a manutenção da atividade pela autorizada e realização dos investimentos necessários à expansão e modernização das instalações portuárias. • Economia&Negócios • Fevereiro 2015 • 59


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Brasil

Portaria altera cronogramas de planejamento do setor portuário

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Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP) flexibilizou os prazos para elaboração e revisão dos instrumentos de planejamento do setor portuário do país. De acordo com portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU), o Plano Nacional de Logística Portuária deverá ser atualizado a cada quatro anos, ou sempre que necessário, e não mais a cada dois anos, como determinava a norma anterior. O mesmo prazo também foi estabelecido para a atualização dos planos mestres, específicos para cada porto. No caso do Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ), porém, o cronograma ficou mais apertado. O documento deverá ser atualizado pela Autoridade

Entrega do Porto de São Francisco do Sul (SC) foi adiada para 30 de maio deste ano.

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Portuária e encaminhado ao Poder Concedente, para nova aprovação, dez meses após a publicação do plano mestre do porto no site da SEP. Antes, o envio do PDZ deveria ser feito "pelo menos a cada dois anos". As mudanças publicadas na portaria atingem o cronograma do PDZ de 37 portos. A entrega de São Francisco do Sul (SC) e Cabedelo (PB), por exemplo, foi adiada de 30 de novembro do ano passado para 30 de maio deste ano. A entrega do Porto de Ilhéus (BA), de 30 de novembro para o dia 31 deste mês; e dos portos de Manaus (AM) e os gaúchos Rio Grande, Porto Alegre e Pelotas, de 30 de novembro para 30 de setembro de 2015.•


portos do

Brasil Projeto de Lei visa diminuir influência da Antaq sobre portos concedidos ao setor privado

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e depender do Projeto de Lei dos Portos é tão relevante. 7814/14, apresentado pelo Em suas palavras, “essa mudeputado federal Mendonça dança no modelo de gestão Filho (DEM-PE), o marco legal que pode ser considerada como rege o sistema portuário brasileiro um dos pontos mais controversos da MP, principalmente poderá ser alterado para dar maior em face da conhecida incaautonomia aos gestores locais dos pacidade do governo federal portos organizados, ou seja, aqueno planejamento e operacioles terminais localizados em área nalização de grandes obras pública, mas concedidos ou arrende infraestrutura no país”. dados à iniciativa privada. Por outro lado, arguO projeto quer reverter os Deputado federal Mendonça Filho (DEM-PE) menta ele, a descentralizaefeitos da Medida Provisória dos ção e a maior autonomia das Portos (MP 595/12) nos pontos em que as competências antes garantidas ao poder local, administrações dos portos concedidos ou arrendados “é à administração dos portos e aos CAP’s - Conselhos de o modelo adotado e aprovado por um grande número de Autoridade Portuária, foram transferidas e centralizadas países que estão na vanguarda do comércio exterior munpela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) dial no tocante à capacidade e eficiência na movimentação e pela Secretaria de Portos da Presidência da República de cargas”. O deputado diz que seu projeto não interfere nos (SEP). O deputado pernambucano defende a ideia de que principais quesitos da Lei dos Portos, pois o Estado perdevolver aos administradores dos portos e aos CAP’s a manece sendo o ente que concede a exploração de inscompetência de firmar contratos, elaborar editais e proce- talações portuárias através de autorização à atividade do der licitações que digam respeito à atividade portuária tor- capital privado. nará todo o sistema mais eficiente, barato e resguardado de eventuais atividades de corrupção.  Como tramitará o PL? Mendonça Filho já adiantou que o PL 7814/14 será  Descentralização enviado no prazo regimental às comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Viação e Transporpela eficiência Segundo o democrata, a centralização das decisões tes; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça nas mãos da presidência da república é altamente ques- e de Cidadania. Como segue em caráter terminativo, não tionável sob o ponto de vista operacional e também de havendo recurso para que a proposta seja votada pelo sua real capacidade para fiscalizar atos em desacordo com plenário da Câmara, seguirá diretamente para o Senado a legislação corrente. Por isso, reverter os efeitos da MP Federal. •

Economia&Negócios • Fevereiro 2015 • 61


portos do

Brasil

Porto de São Francisco do Sul bate recorde de movimentação de cargas Com mais de 13,3 milhões de toneladas movimentadas, terminal mantém crescimento e alcança o melhor resultado desde o início das operações

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Porto de São Francisco do Sul bateu novo recorde histórico em 2014 ao registrar 13.301.540 toneladas movimentadas, volume 2% superior ao recorde anterior, registrado em 2013. A alta foi impulsionada pela exportação de soja, que ultrapassou a marca de 4,7 milhões de toneladas, e pela importação de fertilizantes, que movimentou 1,8 milhão de toneladas entre janeiro e dezembro de 2014. Historicamente, o Porto de São Francisco do Sul destaca-se pela movimentação de granéis sólidos, movimentando uma quantidade importante de commodities. Nos últimos anos, assim como nos demais portos de todo o mundo, vê crescer a participação de cargas gerais, como a exportação de estruturas de aço e madeira e a importação de fios de aço. Para o presidente do Porto, Paulo Corsi, o contínuo DIVULGAÇÃO

62 • Fevereiro 2015 • Economia&Negócios

crescimento da movimentação reforça a condição de segundo principal movimentador de carga não conteinerizada do país e é reflexo dos investimentos na modernização do empreendimento. “Batemos recorde histórico em 2013 e em 2014. Continuamos investindo no Porto e, em 2014, inauguramos um novo berço. Hoje, 10% da soja exportada pelo Brasil passa por aqui”, destaca. Em 2014, as cargas destinadas a outros países somaram 7.852.277 toneladas e, no fluxo contrário, desembarcaram 5.449.263 toneladas. Além de fertilizante, também figuram entre as principais importações soda e chapas de aço. Nas cargas destinadas a outros países o destaque são os embarques de soja, milho, madeira, motores, ferro e aço. Entre os principais destinos estão a Ásia, Estados Unidos, África, Europa, Oriente Médio e Mercosul. •



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Brasil

Porto de Itajaí divulga nota de esclarecimento referente aos valores das tarifas cobradas no terminal

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Superintendência do Porto de Itajaí divulgou uma nota de esclarecimento referente aos valores das tarifas cobradas atualmente no terminal. Confira a íntegra da nota oficial:

Em momento algum ocorreu aumento nas tarifas, permanecendo os mesmos valores que são cobrados desde 31 de agosto de 2013 e que foram autorizados pela Agência Nacional dos Transportes Aquaviários (Antaq), no ano de 2011. Os valores em vigor são de R$ 60,75 por contêiner cheio e de R$ 27,00 por contêiner vazio, em rotas de longo curso.

 

O que ocorre é que a Autoridade Portuária havia estabelecido um teto máximo de R$ 45 mil por navio. Caso o volume de carga superasse esse valor, o excedente não era cobrado.

Segundo as estatísticas do Porto de Itajaí de 2014, apenas 10% dos navios operados no ano superaram esse teto.

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Com relação às alterações na cobrança da Tabela 1 (Utilização da Infraestrutura de Proteção e acesso aquaviário), a Superintendência do Porto de Itajaí vem a público esclarecer que:

 

O fim do desconto foi necessário para ajustar a receita da Autarquia, uma vez que os navios estão aumentando de tamanho e, consequente, os volumes operados.

Os recursos provenientes da cobrança da tabela 1 são utilizados para a manutenção das profundidades dos canais de acesso e bacia de evolução do Complexo, com investimentos mensais de R$ 2.017.174,13 nas dragagens necessárias para a manutenção da profundidade e assim, a garantia da segurança nas navegabilidade; mais investimentos em serviços correlatos, a exemplo da sinalização náutica, balizamento, batimetrias e monitoramento ambiental.

Com a retirada do desconto, a Superintendência do Porto de Itajaí vem buscando um equilíbrio entre receita e despesa.


portos do

Brasil TCP planeja ampliar participação de mercado no segmento de madeira em 2015 Terminal é o único do Sul do Brasil que faz a ligação direta da ferrovia com o porto, por meio de sua área de área de logística integrada - o TCP Log

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TCP (Terminal de Contêineres de Paranaguá) atingiu uma marca inédita na operação de exportação de madeira no final de 2014: em apenas em um mês foram embarcadas 1.730 unidades de produtos (o recorde anterior era do mês de setembro do ano anterior, com 1.680 unidades). “Desde 2013, alcançamos altos índices de desempenho mensalmente, com essa operação. Além disso, com a ampliação e modernização do TCP, facilitando o acesso direto dos exportadores ao porto, pudemos oferecer um serviço de logística ágil e uma equipe capacitada para realizar esse trabalho”, avalia Thomas Lima, gerente do TCP Log. O terminal é o único do Sul do Brasil que faz a ligação direta da ferrovia com o porto, por meio da ação da sua área de logística integrada - o TCP Log, que conta com duas bases intermodais dedicadas à madeira no interior do Paraná (Araucária e Ponta Grossa). O crescimento nos índices da operação por ferrovia em Ponta Grossa, realizada em parceria com a Brado Logística, aumentou consideravelmente a produtividade do terminal e reduziu os custos do serviço. Para os próximos anos, a meta é ampliar a capacidade de atendimento das bases no interior e oferecer a solução de logística integrada para um maior número de clientes do segmento da madeira. “Nosso objetivo é ampliar o market share (a participação de mercado) do TCP neste segmento, oferecendo novas linhas marítimas e serviços com elevado nível de qualidade e baixo custo para os clientes”, explica o executivo. A madeira embarcada pelo TCP é proveniente de cidades da sua região de influência (Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul) e tem como principais destinos Europa e Ásia.

 Reconhecimento O Terminal de Contêineres de Paranaguá, segundo

DIVULGAÇÃO

maior terminal de contêineres do Brasil, ficou em 2º lugar na categoria Transporte e Logística do prêmio “100+ Inovadoras no Uso de TI”. Essa é a primeira vez que o TCP participa do prêmio que teve mais de 180 empresas inscritas em 19 categorias. Segundo Diego Neufert, gerente de TI do TCP, o resultado é muito positivo para a empresa: “Fomos selecionados como um dos três finalistas na categoria de Transporte e Logística, junto com Correios e Transpetro. Esse é um ótimo resultado para o terminal, ficamos em segundo lugar disputando com grandes empresas do segmento”. No ranking geral, o TCP ocupou a 23º posição e já existem planos para ter ainda mais destaque na próxima edição. “A colocação é excelente para uma primeira participação. Ficamos à frente de participantes importantes. Entramos 2015 com projetos ainda mais inovadores com tecnologias de ponta”, prevê o executivo. O estudo, produzido pela IT Mídia, em parceria com a PwC, avaliou o uso inovador de tecnologias levando em consideração critérios como processo de inovação, coeficiente digital e um case de inovação enviado por cada participante. • Economia&Negócios • Fevereiro 2015 • 65


Artigo

Brasil precisa ser mais competitivo

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Por Ronaldo Baumgarten Jr., vice-presidente regional da Fiesc para o Vale do Itajaí

Devido à alta taxa de juros reais de curto prazo e o maior spread da taxa de juros, o Brasil ocupa a última posição do ranking no fator disponibilidade e custo de capital.

66 • Fevereiro 2015 • Economia&Negócios

estudo anual Competitividade Brasil 2014, desenvolvido pela Confederação Nacional da Indústria, analisou 15 países dos seis continentes. Num leque tão grande é lamentável a posição ocupada pelo Brasil: 14º lugar no ranking de competitividade. A pesquisa avaliou oito itens e, destes, apenas em três o país avançou. Nos fatores disponibilidade e custo de mão de obra, o Brasil passou do sétimo lugar em 2013 para o quarto em 2014. Apesar da melhora e vasta oferta de mão de obra, a indústria sofre com a baixa produtividade do trabalhador, onde só não estamos pior que a Índia e a China. No item peso de tributos, melhoramos uma única posição, mas continuamos mal colocados em 13ª. Conseguimos melhorar, ainda que pouco, no ambiente microeconômico. A 11ª posição no ranking se deve a melhora no desempenho da concorrência no mercado doméstico. Contudo, mais que levar em conta os acertos, é preciso uma atenta análise dos erros. Devido à alta taxa de juros reais de curto prazo e o maior spread da taxa de juros, o Brasil ocupa a última posição do ranking no fator

disponibilidade e custo de capital. Perdemos também em infraestrutura e logística e estamos à frente apenas da Colômbia. No ambiente macroeconômico somos o 12º da lista. O motivo é a queda do investimento estrangeiro direto no país. No quesito tecnologia e inovação, o Brasil é o oitavo da lista. Na educação o Brasil está em nono lugar entre 11 países. De acordo com o estudo, dois itens precisam melhorar: a queda no número de estudantes matriculados no ensino médio e a qualidade da educação. A avaliação vai ao encontro das demandas pelas quais a Federação das Indústrias de Santa Catarina, a Fiesc, tem lutado. Por meio das casas Sesi e Senai, a Federação não mede esforços para viabilizar o acesso à educação aos trabalhadores. Além disso, oferece serviços que melhoraram a qualidade de vida, proporcionando saúde, esporte e lazer. Já por meio do IEL, a Fiesc busca preparar os jovens para o mercado de trabalho. O resultado dessas ações certamente irão refletir diretamente na melhoria da competitividade. Estamos fazendo a nossa parte. Agora, temos que esperar que o Governo cumpra com sua responsabilidade. •




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