Revista Portuária 09 de Maio de 2014

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ÍNDICE 6

Confira o que falta para o início da obra da nova bacia de evolução do Complexo Portuário de Itajaí

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Os desafios do transporte de cargas no Brasil

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Ministro dos Portos ressalta importância de Santa Catarina na atividade portuária brasileira

Volvo Ocean Race: menos de um ano para Itajaí voltar a sediar um dos maiores eventos do mundo

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BMW criará mais de mil empregos com nova fábrica em Santa Catarina

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ANO 15  EDIÇÃO Nº 171 MAIO 2014 Editora Bittencourt Rua Jorge Matos, 15 | Centro | Itajaí Santa Catarina | CEP 88302-130 Fone: 47 3344.8600 Diretor Carlos Bittencourt direcao@bteditora.com.br

EDITORIAL Os desafios do transporte

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de cargas no Brasil

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Brasil caiu 20 posições no ranking mundial de logística do Banco Mundial (Bird), que mede a eficiência dos sistemas de transporte em 160 países. O relatório, divulgado no final de março, leva em conta a percepção dos empresários em relação à eficiência da infraestrutura de transporte. O Brasil passou a ocupar o 65.º lugar no ranking. Trata-se da pior colocação desde que o ranking foi lançado, em 2007. Na reportagem especial, a Revista Portuária – Economia & Negócios vai expor, um resumo dos problemas e possíveis soluções para melhorar o transporte de carga que tem papel fundamental para o desenvolvimento do país e do complexo portuário catarinense composto por cinco portos espalhados pelo litoral, todos considerados de excelência operacional. Além da reportagem sobre o transporte, esta edição da revista destaca uma entrevista com o superintendente do Porto de Itajaí, Antonio Ayres dos Santos, sobre a nova bacia de evolução do Complexo Portuário de Itajaí (SC) que teve expedida a Licença Ambiental Prévia no mês de abril. A obra é funda-

mental para que os terminais portuários de Itajaí e Navegantes continuem competitivos. O leitor também vai poder conferir detalhes da presença do ministro-chefe da Secretaria de Portos da Presidência da República, Antônio Henrique da Silveira, em Itajaí. Ele participou da solenidade de início das obras de reforço do realinhamento dos berços 3 e 4 de atracação do terminal portuário. Ao inaugurar as obras do Porto de Itajaí, onde serão aplicados R$ 117 milhões de recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o ministro destacou a vocação portuária de Santa Catarina. O Estado ocupa o segundo lugar na escala nacional em movimentação de contêineres, perdendo apenas para o Complexo Portuário de Santos. Além disso, esta edição traz detalhes sobre a Volvo Ocean Race que novamente terá Itajaí como a sua única parada no Brasil durante a primeira semana de abril de 2015. Essas e outras informações, bem como as tradicionais secções Portos do Brasil e Coluna Mercado, nas páginas seguintes da sua revista. Boa leitura!

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Confira o que falta para o início da obra da nova bacia de evolução do Complexo Portuário de Itajaí DEPOIS DA LICENÇA AMBIENTAL PRÉVIA O PRÓXIMO PASSO É A CONCLUSÃO DO PROJETO BÁSICO, PARA QUE SEJA INICIADO O PROCESSO LICITATÓRIO

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projeto para a construção de nova bacia de evolução para o Complexo Portuário de Itajaí prevê uma nova bacia de 530 metros de diâmetro, nas proximidades da foz do rio ItajaíAçu,em frente ao Saco da Fazenda. A atual bacia, com 400 metros de diâmetro, permite que apenas navios de até 306 metros de comprimento com 40 metros de boca alcancem os terminais locais. Depois de receber a Licença Ambiental Prévia (LAP), agora o próximo passo para que a obra seja iniciada é a conclusão do projeto básico, para que seja iniciado o processo licitatório. “A construção de uma nova bacia de evolução é fundamental para que o Complexo Portuário do Itajaí se mantenha competitivo no mercado”, enfatiza Ayres. Segundo o superintendente do Porto de Itajaí, Antonio Ayres dos Santos, somente com essa obra será possível que navios maiores manobrem e atraquem nos terminais do Complexo. A proposta de localização da nova bacia de evolução levou em consideração a segurança da operação, os estudos da engenharia, o baixíssimo impacto social e a possibilidade 6 • Maio 2014 • Economia&Negócios

de redução do prazo de execução da obra. “Com a obra, o Complexo, que inclui as empresas APM Terminals e Portonave, Terminais Portuários de Navegantes, poderá receber as maiores embarcações que circulam na costa brasileira, com 366 metros”, acrescenta Ayres. Orçada em R$ 300 milhões, a obra vai garantir a competitividade do Complexo Portuário, segundo maior movimentador de contêineres do país, e todas as atividades econômicas relacionadas ao segmento – despachantes, portos secos, transportadoras, além dos negócios comuns, como farmácias, mercados e serviços em geral, que são impulsionados pela força econômica gerada da movimentação de cargas.

 Impactos O impacto da não realização da obra será brutal para toda a região que envolve o Complexo Portuário. Estima-se a perda de R$ 30 milhões mensais a partir do próximo ano, com a queda de aproximadamente 75% no movimento de entrada e saída de navios e a debandada dos armadores para outros portos que comportem embarcações maiores.


"Se não fizermos essa obra saímos do mercado competitivo, porque hoje o nosso complexo é o segundo polo movimentador de contêiner do Brasil. " Antonio Ayres dos Santos

Em entrevista a Revista Portuária – Economia & Negócios o superintendente do Porto de Itajaí, engenheiro Antonio Ayres dos Santos Júnior, explicou detalhes em relação captação dos recursos e a estimativa do tempo de execução da obra de fundamental importância para o Complexo Portuário de Itajaí. Revista Portuária – Em relação aos recursos para essa obra como está a situação? Antonio Ayres dos Santos - Os recursos para fazer essa obra o Governo do Estado já alocou de um financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) R$130 milhões que dá a condição de se fazer a primeira etapa dessa obra. E o saldo de R$ 170 milhões estamos buscando junto ao Governo Federal para a conclusão da obra para atender os navios de segunda geração que viriam no futuro para o Porto de Itajaí. Nessa primeira etapa nós poderíamos atender navios de 336 metros e depois com a implantação da segunda etapa os navios maiores de 366 metros e até sendo mais otimista não sei se temos condições técnicas de atracagem, mas a bacia de evolução permitirá até navios de 400 metros.

Portuária – Qual a importância dessa obra para o Complexo Portuário do Rio Itajaí Açu? Ayres - Essa é de extrema importância, pois se nós não tivermos condição de recebermos esses navios, eles não vão vir mais para Itajaí porque os armadores – os donos dos navios – estão construindo navios desse porte. Se não fizermos essa obra saímos do mercado competitivo, porque hoje o nosso complexo é o segundo polo movimentador de contêiner do Brasil. E evidentemente se não tivermos condições de atender os navios containeiros nós sairíamos dessa competição e a nossa movimentação que é crescente passa a ser decrescente nos próximos anos. Portuária – Vencida a parte burocrática em quanto tempo deve ser concluída a obra? Ayres - Se conseguirmos viabilizar a burocracia nesse primeiro semestre (licitação e contrato) nós temos condições técnicas e físicas de fazer a primeira etapa até o final desse ano, pois já temos projeto e recurso. Vencida essa parte burocrática a obra implantada tem um cronograma bem adequado que é a retirada dos molhes e a implantação do novo sistema de contenção. Para isso temos condições físicas, técnicas e financeira de fazer. A segunda etapa é que pode demorar um pouco mais, o cronograma são dois anos a primeira etapa no primeiro ano e a segunda no outro. •

Em Itajaí novo endereço: Avenida Coronel Marcos Konder, 789 - Centro - Itajaí - SC Curitiba - Joinville - Blumenau - Navegantes - Itajaí - Balneário Camboriú - Florianópolis Economia&Negócios • Maio 2014 • 7


Empresários culpam excesso de documentos como principal entrave para exportar

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ara os empresários brasileiros, a quantidade de documentos exigida pelos órgãos de controle alfandegário é excessiva. Além disso, a agilidade dos serviços deixa a desejar. O quadro foi revelado por pesquisa feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com o levantamento, o excesso de documentos foi considerado o principal entrave para exportar por 53,27% dos participantes. Em segundo lugar, ficou a baixa agilidade para análise da documentação, mencionada em 41,89% das respostas. Em terceiro, a demora na vistoria e inspeção, mencionada por 37,77%. Os executivos também reclamaram da falta de comunicação entre os órgãos, apontada como um problema em 25,42% das respostas. Uma das consequências dessa falha é que muitos solicitam dados e documentação repetidos, fator indicado como problemático em 12,83% das respostas. O número médio de órgãos pelos quais o processo para exportação deve passar é 4,3, e a grande maioria das empresas (94,5%) contrata os serviços de despachantes para lidar com a burocracia. O órgão mais citado como tendo impacto negativo nas exportações foi a Receita Federal, 8 • Maio 2014 • Economia&Negócios

em 46,11% das vezes, seguido pelo Ministério de Minas e Energia, com 40% das menções, e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), citada em 38,3% das respostas. “Pesquisas frequentemente colocam o Brasil como um dos países mais custosos para lidar com informações tributárias e outros tipos de burocracia”, disse o economista Marcelo Azevedo, especialista em Políticas de Indústria da CNI. Segundo ele, em alguns setores da economia, a quantidade de órgãos pelos quais o produto deve passar a fim de ser liberado para exportação chega a seis. “Já tem excesso de documentos solicitados individualmente. Você ainda soma vários órgãos e fica pior”, comenta. Azevedo afirma também que a solicitação de informações e documentos repetidos também é um desestímulo significativo. “O empresário preenche o mesmo dado para órgãos diferentes. Tem formulários em que você preenche o CNPJ dezenas de vezes. A comunicação entre os órgãos seria importantíssima. Mas se cada órgão simplificar e reduzir a exigência, já melhora”, comenta. A pesquisa da CNI, divulgada este ano, ouviu 640 empresários entre 2012 e 2013. •



Itajaí

Uma cidade que inspira e cresce por você

Destaque Internacional com grandes eventos náuticos Entre as 100 cidades que mais investem e geram empregos no Brasil

Uma das cidades que mais crescem no Brasil

2º maior PIB de Santa Catarina

Maior superávit do Estado

www.itajai.sc.gov.br


Fundo SC investiu R$ 12 milhões em empresas de base tecnológica

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Fundo SC, que investiu em cinco novas empresas catarinenses, foi o tema principal dos debates na reunião da Câmara de Tecnologia e Inovação da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc). Atuando desde 2010, o fundo aportou R$ 12 milhões em empresas de base tecnológica do Estado. Segundo Marcelo Wolowski, da BZPlan, uma das administradoras do programa, cerca de 350 empresas foram pesquisadas para se chegar às cinco escolhidas. Destas, apenas uma já possuía faturamento. Ele destacou o trabalho de refinar o modelo de negócios das startups como o principal desafio do processo de investimento em novas empresas. "Hoje, no entanto, as cinco caminham por uma rota bem estruturada e já nos preparamos para o processo de desinvestimento", afirmou Wolowski. Uma das empresas que receberam aporte do fundo é a Axado, que compara custos e prazos de frete de diferentes transportadoras para que os consumidores optem pela melhor alternativa ao comprarem na inter-

net. A companhia hoje já tem contrato com o site Extra, ligado ao Grupo Pão de Açúcar, e trabalha de forma experimental com a Officer, distribuidora de material de informática e escritório. "As famosas dificuldades de logística no Brasil ampliaram as oportunidades para o nosso serviço", disse Guilherme Reitz, um dos diretores da Axado. Potenciais investidores aproveitaram o encontro para tirar dúvidas sobre a modalidade de aplicação. Temas como valores mínimos de aporte e segurança jurídica para o dono do capital foram tratados por Wolowski, que anunciou a criação para breve de um novo fundo, de abrangência não limitada a Santa Catarina. A programação do encontro se completou com palestra sobre segurança da informação e direito digital nas empresas. O advogado Guilherme Santos expôs as ameaças a que as empresas estão sujeitas diariamente nesta área. Ele destacou a necessidade das indústrias adotarem de forma consciente a gestão destes riscos. •

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Volvo Ocean Race:

menos de um ano para Itajaí voltar a sediar um dos maiores eventos do mundo

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ano de 2015 não será morno para os mega-eventos esportivos no Brasil. Entre a Copa do Mundo (2014) e Olimpíada (2016), o país será a capital da vela mundial sediando a Volvo Ocean Race. A competição pelos mares do planeta, com nove meses de duração, para em Itajaí, em Santa Catarina, na primeira semana de abril de 2015. A Vila da Regata deverá receber mais de 200 mil pessoas, impulsionando a economia local e do Estado. A contagem regressiva já começou e, para sediar a Volta ao Mundo, a organização local cumpre um rígido caderno de encargos, nada muito diferente do que a FIFA e o COI (Comitê Olímpico Internacional) exigem. A lista de tarefas, por exemplo, conta com alguns detalhes como facilidade de acesso e segurança do público, adequação das marinas, sustentabilidade e acomodações. Representantes da Volvo Ocean Race também fazem visitas regulares às instalações. "A Volvo Ocean Race tem um caderno de encargos exigente como qualquer mega-evento. Itajaí, por exemplo, nos procurou para fazer a regata buscando ficar famosa sediando a prova em 2011-12. O sucesso foi enorme e confesso que decidimos repetir a parada por vários motivos, mas o primeiro foi pelo entusiasmo do público local", disse Knut Frostad, CEO da Volvo Ocean Race. Na edição de 2011/12, a Volvo Ocean Race desem12 • Maio 2014 • Economia&Negócios

barcou pela primeira vez em Itajaí (SC), após seguidas paradas no Rio de Janeiro (RJ). E o público impressionou a organização e os patrocinadores. Mais de 282 mil pessoas passaram pela Vila da Regata durante o evento. O retorno de mídia, por exemplo, foi de mais de 4 mil reportagens veiculando o nome de Itajaí, quase 130 horas de conteúdo televisivo e 445 imagens da cidade exibidas em jornais e revistas no Brasil e no exterior.

 Volvo Ocean Race 2014-15 Conference

Todos os organizadores da Volvo Ocean Race 201415, os chefes de equipe e os integrantes das cidades-sede participaram em abril de uma conferência composta por uma série de workshops e treinamentos em Alicante, na Espanha. Os resultados da participação itajaiense no encontro entre todas as cidades-sede da próxima edição do evento foram apresentados durante entrevista coletiva. O presidente do Comitê Central Organizador do Stopover Itajaí 2014-15, Alexandre Antonio dos Santos, disse que o legado da regata terá continuidade por muito tempo em Santa Catarina. "Vamos dar continuidade ao trabalho feito na primeira Volvo Ocean Race em Itajaí. A Vila já está praticamente pronta em comparação com a última edição. Evoluímos bastante e lançamos o edital da marina, que já está em obras e deverá estar pronta no final de ano, gerando emprego e renda".


Segundo ele, nenhum outro município sede está com as ações tão adiantadas como Itajaí. “A cidade superou as expectativas da organização na edição passada, pelo profissionalismo apresentado, isso gera grandes expectativas para esta edição”, ressalta o presidente do CCO, Alexandre Antonio dos Santos. Ele fez questão de destacar que em todos os eventos na cidade espanhola a parada da Regata em Itajaí em 2012 foi destacada como referência positiva para os outros países.

 Aporte financeiro

O Secretário-executivo do Comitê, João Luiz Demantova, confirmou como serão captados os recursos da Volvo 2015 em Itajaí. Além de R$ 5,8 milhões garantidos pelo governo estadual, a expectativa é de captar mais R$ 3,5 milhões junto à iniciativa privada. A prefeitura fará apenas obras de infraestrutura, que ficam como legado para o município.

 Novo layout da Vila da Regata

O layout básico da Vila da Regata também foi divulgado. Diferente da edição anterior, a estrutura permitirá livre acesso do público aos boxes das equipes e às embarcações. Além disso, todas as atrações que a própria Volvo disponibiliza nas paradas, como brinquedos interativos e outras tecnologias, desta vez serão trazidas para Itajaí. Anderson Silva

 Período e horário de funcionamento

A Vila da Regata será aberta no dia 4 de abril de 2015 – data em que já há previsão de chegada do primeiro veleiro da competição. E ficará aberta até 19 de abril, quando os barcos partem em direção à próxima etapa da Volvo, em Newport, nos Estados Unidos. Neste período o espaço, montado junto ao Centreventos de Itajaí, receberá o público das 14h às 23h de segunda a sexta-feira e das 10h às 23h nos sábados e domingos. Assim, como na edição ante-

rior o público poderá entrar e usufruir das atrações gratuitamente.

 Possibilidade de museu

A organização da Itajaí Stopover revelou também a expectativa de trazer à cidade o veleiro Brasil 1. A embarcação foi a única de bandeira brasileira a correr a Volvo Ocean Race, na edição 2005-2006, e teve o comando de Torben Grael. A ideia é que o barco que está em Alicante na Espanha se torne ponto de visitação na Vila da Regata e seja a primeira peça de um museu, que vai homenagear a relação de Itajaí com a vela. “Nossa ideia é trazermos o veleiro que representou o Brasil da regata no passado, construirmos uma estrutura para o museu interada ao Planetário e, com isso, oferecermos mais uma ferramenta educativa para nossa comunidade, além de criarmos uma estrutura também turística”, relata Santos, destacando que o pedido de Itajaí está em análise, mas com grandes possibilidades de ser atendido pela VOR.

 Percurso

A regata Volvo Ocean Race começa em 4 de outubro de 2014 com a chamada In-port race, em Alicante, na Espanha. Os barcos partem no dia 11 de outubro para Cidade do Cabo, na África do Sul. A primeira parte do percurso terá 38.739 milhas náuticas ou 71.745 quilômetros. A aventura depois passará por Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos), Sanya (China), Auckland (Nova Zelândia), Itajaí (Brasil), Newport (EUA), Lisboa (Portugal), Lorient (França), Haia (Holanda) e Gotemburgo (Suécia), onde a competição será encerrada com a prova final no dia 27 de junho de 2015.

 Participantes

Cinco equipes confirmaram sua participação na edição de 2014-15 até agora: Team SCA (Suécia), Abu Dhabi Ocean Racing (Emirados Árabes Unidos), Dongfeng Race Team (China), Brunel Team (Holanda) e Team Alvimedica (EUA/Turquia). Mais duas equipes devem ser apresentadas até o final do mês de maio. •

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EDUCAÇÃO

Projeto Onda amplia atividades em Navegantes

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s sorrisos, a alegria e o carinho voltaram a surfar no Projeto Onda: Por um mundo melhor. A volta às aulas foi em março e este é o segundo ano do projeto, que em 2013 trabalhou com 100 alunos de duas escolas de Navegantes. Neste ano três unidades recebem o projeto – o CAIC Maria de Lourdes Couto Cabral, a Cidade da Criança e a Escola Municipal Eni Erna Gaya. Ao todo, 205 alunos participam dos encontros que acontecem semanalmente e falam de respeito, igualdade, honestidade, otimismo, entre outros temas. A estrutura do Projeto Onda também aumentou para atender melhor as crianças. Ano passado, eram oito voluntários, este ano são 49. Todos colaboradores da Portonave. Segundo Ellen Infante, uma das organizadoras do Projeto, para 2014 há previsão de atender cinco escolas e abranger cerca de 500 crianças. “Em nossos encontros conseguimos estimular as crianças a colocar em prática os valores repassados e compartilharem as coisas boas que aprenderam. Buscamos fazer com que eles pensem como são importantes para a comunidade, para a nossa vida e como podem ajudar os outros”, comenta Ellen. Um dos diferenciais do Projeto Onda 14 • Maio 2014 • Economia&Negócios

para este ano é a implantação da “Corrente do Bem”. Segundo Juliano Perin, gerente Comercial e um dos organizadores do projeto, “a ideia é fazer com as crianças possam sugerir maneiras de melhorar o mundo, por meio de atitudes que sejam colocadas em prática para começar a corrente”.

 Um pouco mais dos oficiais do bem Compartilhar conhecimento e conceitos de cidadania nas escolas municipais de Navegantes. Este é o principal objetivo do Projeto Onda: Por um mundo melhor. A iniciativa da Portonave formou as primeiras turmas em dezembro de 2013. Após quatro meses de aulas, as crianças foram intituladas “Oficiais do Bem” e devem passar os ensinamentos que aprenderam para outras crianças. A formatura contou com entrega de certificados e medalhas aos pequenos. O projeto começou a ser desenvolvido no mês de agosto e envolveu 100 alunos da Cidade da Criança e da Escola Profª Eni Erna Gaya. Os temas abordados foram situações do cotidiano, como: Respeito, Gratidão, Honestidade, Importância de estudar e trabalhar, Importância da família e dos amigos, Cidadania etc. •



Os desafios do transporte de cargas no Brasil SEGUNDO A AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES (ANTT), EXISTEM CERCA DE 130 MIL EMPRESAS DE TRANSPORTE DE CARGAS NO BRASIL COM MAIS DE 1,6 MILHÕES DE VEÍCULOS QUE OFERECEM TRABALHO, DIRETAMENTE, A PELO MENOS CINCO MILHÕES DE PESSOAS

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Brasil caiu 20 posições no ranking mundial de logística do Banco Mundial (Bird), que mede a eficiência dos sistemas de transporte em 160 países. O relatório, divulgado no final de março, leva em conta a percepção dos empresários em relação à eficiência da infraestrutura de transporte. O Brasil passou a ocupar o 65.º lugar no ranking. Trata-se da pior colocação desde que o ranking foi lançado, em 2007. No ano de lançamento da pesquisa, o Brasil ocupava o 61.º lugar. Em 2010, ficou na sua melhor colocação: 41.º posto. Em 2012, caiu para a 45.ª posição. De lá para cá, despencou para a sua pior colocação. Nesta reportagem, a Revista Portuária – Economia & Negócios vai expor, um resumo dos problemas e possíveis soluções para melhorar o transporte de carga que tem papel fundamental para o desenvolvimento do país e do complexo portuário catarinense composto por cinco portos espalhados pelo litoral, todos considerados de excelência operacional. O transporte rodoviário representa a maior parte do transporte terrestre. Este é o principal sistema de transporte no Brasil. Por ele passam por 96% do movimento de passageiros e 58% das cargas movimentadas no país, contra 25% por ferrovia, 13% por hidrovia, 3,6% por dutos e 0,4% por modo aéreo. Segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), existem cerca de 130 mil empresas de transporte de cargas no Brasil com mais de 1,6 milhões de veículos que oferecem trabalho, diretamente, a pelo menos cinco milhões de pessoas. Segundo o Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro - Coppead, o transporte corresponde a 6% do PIB nacional. Na logística, o transporte rodoviário é uma das áreas mais importantes. De acordo com a Coppead, os custos com transporte chegam a 60% dos custos logísticos e a redução de custos nessa área é muito importante, pois correspondem em média 20% do custo total das empresas. Cada vez mais as empresas estão de olho nessa fatia do mercado, pois o transporte no Brasil chama a atenção por faturar mais de R$ 46,2 bilhões e movimentar quase 3/5 do total de carga do país.

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ESPECIAL

 Em Santa Catarina De acordo com o presidente da Federação das Empresas de Transporte de Carga e Logística de Santa Catarina (Fetrancesc), Pedro Lopes, o setor é composto no Estado por 16 mil empresas. Destas, 1.600 estão localizadas na região da Associação dos Municípios da Região da Foz do Rio Itajaí (Amfri). Além disso, Santa Catarina possui 11 cooperativas e cinco associações de transporte. “O transporte de carga tem enfrentado há anos as deficiências de infraestrutura. Os gargalos rodoviários nos impedem de rodar, não há integração de modais, pagamos uma das mais altas cargas tributárias no Brasil. Esses gargalos representam atraso, baixa produtividade, perda de competitividade e elevação dos custos de produção”, explica Lopes. Ele ressalta também que falta uma política de transporte para o Brasil. “Apesar das inúmeras promessas dos governantes não vemos avanços. Fala-se em investimento em transporte e logística, mas tudo é muito lento. Veja quantos anos demoramos para duplicar uma rodovia, muito mais anos que o prometido, no papel. Então vemos também que falta planejamento para que as obras aconteçam. A situação é lamentável, porque gera custos que poderiam ser investidos para crescer e modernizar o setor. Mas estamos pagando a conta pela ineficiência”.

 Principais desafios do setor Segundo Pedro Lopes, os desafios são os de sempre, reduzir os encargos e impostos ao setor para que a atividade não seja tão onerosa para o empresário do transporte. “Além disso, precisamos avançar em um modelo de infraestrutura de transporte e logística com a integração de modais, modernização de portos e aeroportos, definição de obras ferroviárias com transparência e que sejam parte da intermodalidade. Projetos avulsos não terão sucesso no Brasil”, salienta.

Pedro Lopes, presidente da Federação das Empresas de Transporte de Carga e Logística de Santa Catarina (Fetrancesc) 18 • Maio 2014 • Economia&Negócios



ESPECIAL

HIDROVIA surge como alternativa para melhorar problema da mobilidade de cargas na região

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governador Raimundo Colombo esteve em Itajaí no final de março para anunciar investimentos ligados à economia da cidade. Entre eles, destaque para o resgate da hidrovia do Itajaí-Açu considerada uma solução simples e centenária para o atual problema da mobilidade de cargas na região. Na ocasião, Colombo ressaltou que apenas uma barca de transporte pode levar carga equivalente a 83 caminhões. O governador considerou também a possibilidade de 10 delas trabalharem no rio ao mesmo tempo. Com isso, a hidrovia poderá reduzir o transporte pesado nas ruas de Itajaí e na BR-470, facilitando o acesso dos contêineres aos terminais portuários. “É outro projeto inovador o aproveitamento do Rio Itajaí para que ele possa ser usado para navegação de transporte de cargas, a favor do desenvolvimento e qualidade de vida da nossa população. Acredito que seja possível substituir o transporte de caminhões por barcas desafogando um pouco o trânsito da BR-470”, destacou Colombo. O governador garantiu que a hidrovia - projeto que surgiu há quatro anos na superintendência do Complexo Portuário - não deve desviar a atenção do projeto da ferrovia do frango, também considerado essencial para a mobilidade de cargas e para manter o nível de crescimento dos terminais portuários da região.

 Investimento inicial O recurso liberado pelo governador foi de R$ 1 milhão, entregue à Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí (Amfri). Com a verba será possível fazer a batimetria (medição da profundidade do rio) nos 70 quilômetros, do trecho entre a boca da barra, em Itajaí, até a Itoupava, em Blumenau, passando por cinco cidades. Nesse primeiro momento será executado o balizamento nos 12 primeiros quilômetros, desde a foz até a 20 • Maio 2014 • Economia&Negócios


ESPECIAL

divisa com o município de Navegantes. Depois será feita a regulamentação de toda a área. Além da finalidade econômica, a proposta é voltar as cidades para as margens dos rios, com atividades de turismo e possibilidade da abertura de atracadouros e marinas. “A partir desse primeiro passo que vai institucionalizar a hidrovia através do Governo do Estado, nós temos como buscar recursos para implantar esse sistema. Começa com esse levantamento, sinalização e depois com os investimentos em equipamentos necessários para fazê-lo funcionar”, ressaltou superintendente do Porto de Itajaí, Antonio Ayres dos Santos Júnior.

 Outro ponto de vista De acordo com o presidente da Federação das Empresas de Transporte de Carga e Logística de Santa Catarina (Fetrancesc), Pedro Lopes, o investimento em qualquer modal de transporte é importante para o Brasil. No entanto, ele ressalta que para transportar pelo rio, também é necessário um outro modal para que a carga seja transportada até o ponto de embarque, ou para o desembarque. “Temos visto diversos projetos, mas que não se viabilizam por não serem interessantes economicamente. Em quanto vai aumentar o tempo e o custo da logística para utilizar um trecho tão curto e quanto será preciso investir, no caso do aproveitamento do Rio Itajaí – Açu para manter o calado adequado. Tenho convivido com muitas ideias, algumas impossíveis, mas que nos levam ao sonho”, finaliza Lopes.

 Retomada A ligação da cidade de Blumenau com o Porto de Itajaí durante muitos anos foi realizada por dois vapores a rodas laterais, o Progresso e o Blumenau, construídos na Alemanha pelo estaleiro Dampfschiffs und Mashinenbauanstalt, para o serviço regular de transporte de carga e passageiros. Na década de 1950 a navegação fluvial foi extinta em função da concorrência exercida pela ferrovia e as estradas de rodagens recém construídas, os vapores foram abandonados. Posteriormente o vapor Blumenau foi restaurado e exposto nas margens do Rio Itajaí no centro de Blumenau. Com o absurdo aumento de caminhões de contêineres nas rodovias catarinenses, principalmente na Jorge Lacerda (estadual) e BR-470 (federal), que não são duplicadas, em direção aos portos catarinenses, usar o rio Itajaí-açu como rota desse tipo de carga passou a ser novamente uma alternativa interessante. A implantação de hidrovias vem sendo discutida em escala nacional e adotando modelos internacionais como é o caso da Holanda onde a utilização de hidrovias é uma pratica corrente e determinante nas relações logísticas do país.

Fone: (47) 2104.0900 | Rua Rosa Orsi Dalçoquio, 775 | Bairro Cordeiros | Itajaí | SC Economia&Negócios • Maio 2014 • 21


ESPECIAL

Autoridades buscam melhorar mobilidade na BR-101 A FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DE SANTA CATARINA (FIESC) PLANEJA CRIAR UM GRUPO DE TRABALHO QUE VAI ESTUDAR ALTERNATIVAS PARA A MELHORIA DA MOBILIDADE NO ESTADO, ESPECIALMENTE, NA BR-101, NO TRECHO SOB CONCESSÃO ENTRE PALHOÇA E GARUVA. Formado pela Autopista Litoral Sul, UFSC, Fetrancesc, entre outras instituições, o grupo técnico de trabalho vai estudar a fundo alternativas para a rodovia e terá a missão de identificar gargalos, propor soluções para mitigá-los e estabelecer prioridades. Segundo o presidente da Câmara de Transporte e Logística da Fiesc, Mário Cezar de Aguiar, que também é primeiro vice-presidente da Fetrancesc, a cada cinco anos é realizada revisão no contrato de concessão, o que permite que sejam propostas modificações. Uma das questões que serão estudadas é a mudança na forma de cobrança do pedágio. Hoje se dá por praça fixa, mas existe a alternativa de cobrança por quilômetro rodado, por exemplo. "Todas as opções serão estudadas", resume ele, destacando que o assunto também será debatido com a sociedade. O sinal verde da ANTT é importante, pois a aprovação de qualquer mudança que venha a ser sugerida passa pela

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autorização da Agência. "A ANTT está alinhada com essa proposta. Não vamos mudar a situação do dia para a noite, mas queremos fazer um trabalho que vai ser contínuo e que, seguramente, trará melhorias para a eficiência da rodovia", salienta Aguiar.

 Dados O trecho duplicado da BR-101 que está sob concessão movimenta de 8 a 80 mil (na alta temporada) veículos por dia. A rodovia, considerada a artéria principal da zona litorânea, tem impactos diretos e indiretos em outras BRs que também recebem grande fluxo de veículos, como a 280; 282; 470; 116 e a 285. Em relação à movimentação de cargas, as rodovias catarinenses que em 2010 movimentaram 75,7 milhões de toneladas em 2020 vão transportar 110 milhões de toneladas, segundo estimativas da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE).



ESPECIAL

Pesquisa comprova dificuldade para contratar mão de obra qualificada

A

dificuldade em contratar mão de obra qualificada é um problema observado nos três modais do transporte, segundo apontou pesquisa encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) na Sondagem Econômica, divulgada no final de março. O levantamento assinala que 85,9% dos empresários do setor enfrentam esta dificuldade. No caso dos transportadores rodoviários, a escassez de profissionais qualificados é citada por 71,5% deles. Outros 19,4% destacam a falta de experiência e 17,9% citam o elevado custo da mão de obra como barreiras para as contratações. Mais de 85% dos transportadores têm dificuldade de contratar mão de obra qualificada. "Esse problema é um fator que limita a expansão e compromete o desenvolvimento do serviço de transporte", destaca o documento. Na avaliação da Confederação Nacional do Transporte (CNT), é preciso "ampliar o número de centros de qualificação dado que, para os empresários, escassez de profissionais capacitados no mercado, falta de instituições formadoras e falta de experiência são as grandes causas desse obstáculo". 24 • Maio 2014 • Economia&Negócios

30%

Cerca de dos recursos autorizados para transporte não foram investidos em 2013

E

m 2013, dos R$ 15,4 bilhões que o governo federal autorizou para investimento em transporte, R$ 10,4 bilhões foram pagos, incluindo restos a pagar de anos anteriores. Isso significa que aproximadamente 32% dos recursos disponíveis não foram investidos no ano passado, segundo a Sondagem Econômica da CNT. De acordo com a pesquisa, que ouviu mais de 500 empresários do transporte de passageiros e de cargas, 94,8% deles desconheciam o volume de recursos. Apesar de a Lei da Transparência garantir acesso a esse tipo de informação, a complexidade para se conseguir os dados e a demora na divulgação das informações são os principais fatores para a informação. De acordo com dados do Siga Brasil, portal do Senado que compila dados do Orçamento Federal, estão autorizados R$ 15,7 bilhões para investimento em infraestrutura de transportes em 2014. No entanto, 95,3% dos em-


ESPECIAL

presários do setor ouvidos pela Sondagem Econômica desconheciam o volume. Ao serem informados do montante, 89,3% disseram não acreditar na capacidade do Governo Federal de realizar integralmente os investimentos até o final do ano. A falta de planejamento é, para seis em cada dez empresários, o principal motivo para isso. Conforme a Sondagem Econômica, outros fatores também devem afetar a capacidade de gestão dos recursos e impactarão na realização das obras de transporte em 2014: eleições, Copa do Mundo e realocação de recursos do transporte para outras áreas de interesse do Governo Federal.

 Investimentos e desburocratização Na avaliação da maior parte dos empresários, para desenvolver o setor de transportes é preciso que os recursos destinados ao setor sejam efetivamente implementados na área, além da redução da carga tributária e da burocracia. "Ressalte-se que algumas das medidas necessárias para dinamizar o setor não necessitam de grandes desembolsos por parte do ente público e nem dependem de um longo prazo de implementação", destaca a Sondagem. Para 41,7% dos transportadores rodoviários, a medida fundamental para o segmento é melhorar a qualidade das rodovias. Outros 26,9% citam a redução da carga tributária e 10% a desoneração do combustível. Outros 21,4% acham que outras medidas são necessárias. No caso do aquaviário, 28,3% dos empresários pedem menos burocracia para operar nos portos e terminais; 24,5% citam a redução da carga tributária e a melhoria na acessibilidade para os portos é mais relevante para 17%. Por fim, entre os transportadores ferroviários, 80% reivindicam a aplicação dos recursos provenientes dos arrendamentos pagos pelas concessionárias no próprio setor e 20% melhoria na acessibilidade aos portos.

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ESPECIAL

CNT abre escritório na China para atrair

investimentos em transporte e infraestrutura

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omeçou a funcionar no mês de abril em Pequim, na China, o primeiro Escritório Avançado da Confederação Nacional do Transporte (CNT) no exterior. Os objetivos da medida são atrair investimentos para os setores de transporte e infraestrutura no Brasil, estreitar as relações e facilitar a troca de experiências e tecnologias entre os empresários dos dois países. Segundo o presidente da CNT, senador Clésio Andrade, o papel da CNT é despertar o interesse dos investidores chineses, além de buscar novas tecnologias e oferecer suporte em negócios e parcerias. “A CNT será uma ponte entre os empresários

dos dois países. A meta é criar oportunidades que estimulem a economia brasileira, com melhorias para a infraestrutura de transporte”, explica. A China foi escolhida porque é o principal parceiro comercial do Brasil. Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) apontam que, em 2013, o comércio bilateral somou US$ 83 bilhões – US$ 46 bilhões em exportações e US$ 37 bilhões em importações. O valor é quase o dobro que o registrado em trocas comerciais com todos os países do Mercosul no ano passado, US$ 43,9 bilhões. Clésio Andrade destaca a importância de aproveitar esta oportunidade porque o governo federal não tem capacidade de fazer os investimentos necessários em infraestrutura. “Os inúmeros entraves em logística fazem com que o Brasil perca competitividade. Por isso, a participação da iniciativa privada é fundamental e representa uma boa alternativa para “Os executivos brasileiros poderão conhecer, por exemplo, quais as soluções adotadas pela China para executar com eficiência os seus sistemas de transporte” Clésio Andrade

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ESPECIAL

desenvolver o setor de transporte”, afirma.

 Primeiras ações Em 2014, dois workshops – o primeiro no Brasil e o segundo na China – devem ser realizados para facilitar o intercâmbio entre os empresários, além de contribuir para identificar as oportunidades de negócios para os empreendedores. “Os executivos brasileiros poderão conhecer, por exemplo, quais as soluções adotadas pela China para executar com eficiência os seus sistemas de transporte”, diz Clésio Andrade. Outra ação da Diretoria de Assuntos Internacionais da CNT, coordenadora do Escritório Avançado, é contribuir com a pauta de discussões entre o Ministério de Relações Exteriores e o presidente da China, Xi Jinping, que deve visitar o país em julho. A CNT ajuda a elaborar um documento em que destaca os investimentos prioritários em transporte no Brasil: concessão de rodovias; construção e recuperação de trechos ferroviários; e obras de navegação interior como dragagem, abertura de canais e construção de eclusas e terminais.

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ESPECIAL/PING PONG

A opinião do presidente de uma das maiores empresas de transporte do Brasil

F

undada em 1990 em Concórdia/SC, a Coopercarga oferece soluções logísticas integradas, a organização passou a atuar, ao longo dos anos, nos mais diversos negócios e segmentos e, hoje, suas atividades estão concentradas nas operações com centros de armazenagem, transporte rodoviário de cargas (nacional e internacional), distribuição urbana, operações florestais e off road e postos de combustíveis. São mais de 60 unidades localizadas estrategicamente em todo Brasil e Mercosul, uma frota composta de 1,9 mil caminhões com idade média de quatro anos e monitorada 24h por equipamentos de última geração. Entre os clientes, grandes empresas se destacam como Ambev, Loreal, BRF, Danone, Unilever, Nestlé, Ceras Johnson, Pepsico e outros. A Coopercarga também está entre as maiores e melhores empresas de transporte do Brasil de acordo com o ranking Exame.

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ESPECIAL/PING PONG

Nesta entrevista exclusiva concedida à reportagem da Revista Portuária – Economia & Negócios , presidente da Coopercarga, Osni Roman, que possui 29 anos de experiência em gestão de empresas de transporte e logística fala sobre a perspectiva de crescimento do setor e os principais desafios do transporte de carga no país. Revista Portuária - Qual a avaliação da empresa em relação ao momento atual do transporte de cargas em Santa Catarina e no país? Osni Roman - A nossa avaliação é de crescimento para o setor. Percebemos essa realidade, especialmente no que se refere aos incrementos nos volumes de cargas transportadas e na própria Coopercarga, que prevê crescer este ano em torno de 15%. Este crescimento é percebido tanto no transporte de carga geral, como no transporte de contêineres. Portuária – Quais são os principais desafios do setor atualmente e a expectativa para os próximos anos? Roman - Existem diversos desafios que o setor enfrenta. Um deles é a Lei que regulamenta o exercício da profissão do motorista (12.619) e que fez com que as empresas de transporte se adequassem. Um dos principais desafios com relação ao tema é a falta de infraestrutura para repouso, ao longo das estradas brasileiras. Sem áreas adequadas e com segurança precária, aumenta o risco de roubo de cargas. Outro fator impactante que provoca grandes desafios – e que, é claro, sempre é muito debatido - é a má conservação das estradas, que gera altos custos de manutenção dos equipamentos e dificilmente são repassados no valor dos fretes. Além disso, nos últimos anos, tivemos excessivos aumentos no preço do óleo diesel, o que acarretou sobremaneira para elevar os custos do transportador. São realizadas seguidamente na pauta do setor, porém que ainda representam grandes desafios. Portuária – Recentemente o Brasil caiu 20 posições no ranking mundial de logística do Banco Mundial (Bird), que mede a eficiência dos sistemas de transporte em 160 países.

O Brasil passou a ocupar o 65.º lugar no ranking. Trata-se da pior colocação desde que o ranking foi lançado, em 2007. Como a empresa avalia essa situação? Roman - Acreditamos que esta queda se deve, principalmente, aos poucos investimentos realizados em infraestrutura de estradas e portos, principalmente num país como o nosso, em que o grande movimentador de cargas é o modal rodoviário. Portuária – Recentemente a Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) assinou convênio no valor de R$ 1 milhão para a batimetria do trecho de 70 quilômetros do Itajaí-açu que se estende entre Itajaí e Blumenau. A ideia é que, mapeado e sinalizado o calado em todos os pontos, o rio possa voltar a ser usado para o transporte de cargas e atividades de turismo. Qual a opinião da empresa sobre essa possibilidade de passar a ter no futuro outra alternativa para o transporte de cargas? Roman - Entendemos que o Brasil, olhando para suas dimensões continentais e o grande volume de cargas transportadas, oferece espaço para todos os modais. Sabemos que o mercado exige mais rapidez no transporte, já que as indústrias trabalham cada vez mais com estoques reduzidos para baixar os custos logísticos, o que é uma vantagem do modal rodoviário. Mas, ao mesmo tempo, sabemos que em alguns segmentos - como o de grãos - não é necessário tanta agilidade, mas sim de volume de retirada de mercadorias. Neste segmento os modais fluviais têm o seu espaço, assim como o modal ferroviário. Já para remessas de cargas menores, com maior valor agregado e que demandam maior agilidade, o segmento aéreo desponta. Então, é claro que há espaço para todos. Quanto a Coopercarga, o que posso afirmar é que hoje nosso foco é ofertar a logística completa para a cadeia de suprimentos de nossos clientes. Para isso, sempre avaliamos todas as alternativas possíveis e procuramos oferecer o que há de melhor, considerando principalmente aspectos como agilidade e segurança. Nada é descartado para isso e, inclusive, geramos ao longo dos anos boas e sólidas parcerias com outras empresas para oferecer a intermodalidade e multimodalidade aos nossos clientes. •

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James Tavares/Secom

Convênio de R$ 45 milhões é assinado para a construção de Centros de Inovação em SC BLUMENAU, CHAPECÓ, ITAJAÍ, JARAGUÁ DO SUL, JOAÇABA, SÃO BENTO DO SUL E TUBARÃO FORAM CONTEMPLADAS NESTA PRIMEIRA ETAPA. DEPOIS VÃO COMPLETAR A LISTA AS CIDADES DE BRUSQUE, JOINVILLE, FLORIANÓPOLIS, CRICIÚMA E LAGES

O

convênio para construção dos edifícios-sedes dos Centros de Inovação foi assinado com as prefeituras de Blumenau, Chapecó, Itajaí, Jaraguá do Sul, Joaçaba, São Bento do Sul e Tubarão. Essa é a primeira etapa, e o investimento é superior a R$ 45 milhões. O projeto para instalação faz parte do Programa Catarinense de Inovação (PCI). No total, serão 12 unidades. Na segunda etapa, serão contempladas as cidades de Brusque, Joinville, Florianópolis, Criciúma e Lages. De acordo com o governador Raimundo Colombo o acesso à tecnologia é essencial para o desenvolvimento e que os Centros de Inovação foram concebidos dentro de concei-

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tos mais modernos de eficiência, sustentabilidade, inovação e flexibilidade. “Vivemos em um mundo competitivo, e a produtividade é fundamental. Conhecimento é o que todos nós queremos. Esses centros de inovação integrados com as universidades e prefeituras não serão apenas um prédio e, sim, ícones de tecnologia, desenvolvimento e inovação”. Entre os objetivos deste trabalho, destacam-se a consolidação do Sistema Catarinense de Ciência, Tecnologia e Inovação; o fortalecimento da comunicação entre as instituições participantes; a intensificação da pesquisa científica e tecnológica e da cultura do empreendedorismo em cada região; e a geração de novos negócios pautados na vocação de cada 


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James Tavares/Secom

município, emprego qualificado e renda. “Vamos conseguir gerar milhares de empregos e muitas oportunidades e desenvolvimento para todo o Estado”, explicou o governador.

 Estrutura

Há dois modelos de edifícios: o maior tem 3.800 metros quadrados, enquanto o menor tem 2.200 metros quadrados. Estas serão as primeiras obras públicas em Santa Catarina projetadas em Building Information Modeling (BIM), modelo no qual é possível criar a documentação e as informações digitais coordenadas do empreendimento, acelerando a finalização de modo seguro, mais econômico e com impacto ambiental reduzido. A secretária do Desenvolvimento Econômico Sustentá-

Neiva Daltrozo - Secom

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vel (SDS), Lucia Delagnello, informou que os centros vão criar uma cultura de inovação em todas as regiões catarinenses, permitindo que todas as empresas, instituições se articulem para dar um salto na produtividade e competitividade. "Os centros fazem parte do Programa Catarinense de Inovação, que visa levar a inovação a todas as regiões do Estado, equilibrando, assim, o acesso à pesquisa de base tecnológica".

 Recursos

Blumenau teve repasse no valor de R$ 6.735.022,87; Chapecó recebeu R$ 7.249.417,41; Itajaí assinou convênio de R$ 7.555.464,98; para Jaraguá do Sul foram disponibilizados R$ 5.212.890,20; para Joaçaba, foram R$ 5.123.470,31; São Bento do Sul teve repasse de R$ 5.264.281,13; e, por fim, Tubarão, teve verba de R$ 8.571.331,27. •


Economia&Negócios • Maio 2014 • 35


MIL TELECOM:

tecnologia e inovação a serviço dos clientes Há mais de 14 anos no mercado de provedores de internet, a Mil Telecom (antiga Mil Negócios) atua na região norte do litoral catarinense e tem como compromisso oferecer um serviço de acesso à internet de alta qualidade e com atendimento diferenciado aos seus clientes. A empresa que começou como um site comercial em Itajaí no ano 2.000 e atualmente cobre mais de 20 municípios, contando com um suporte técnico diferenciado, realizado por uma equipe de profissionais com grande experiência, proporciona agilidade, eficiência e segurança aos seus clientes. Além de oferecer diversos planos de acesso à internet adequados às necessidades específicas dos clientes empresariais e residenciais, disponibiliza serviços adicionais que garantem a segurança e o bom desempenho do seu computador ou rede. Em entrevista à Revista Portuária – Economia & Negócios, Tânia Regina Francisco, Diretora Administrativa da Mil Telecom nos fala um pouco sobre a trajetória da empresa e as perspectivas de crescimento no setor. Revista Portuária – Como surgiu a ideia de abrir a empresa que já tem mais de uma década no mercado? Tânia Regina Francisco - Em 2000 quando iniciamos esse trabalho colocamos o nome Mil Negócios porque na época a internet estava começando a despontar e iniciamos o desenvolvimento de um site comercial, como se fosse um “Mercado Livre”. No entanto, enfrentamos um problema, as pessoas não tinham internet para acessar a esse sistema e colocar os seus produtos à venda. Então, mudamos a estratégia e começamos a trabalhar na implementação do provedor de acesso a internet. Iniciamos em Itajaí e nessa época o mercado conhecia apenas o acesso discado (modem 33 Kbps), via linha de telefone fixo, a tecnologia de rádio frequência apenas engatinhava na época e nos especializamos nessa tecnologia inovadora, a partir daí fomos melhorando, investindo e nos aprofundando no decorrer dos anos e hoje somos referência regional em serviços de internet via rádio. Portuária – Vivemos em uma era que a tecnologia evolui de maneira muito rápida. Nestes 14 anos como a empresa se estruturou para se manter competitiva? Tânia – Estamos muito atentos às novas tecnologias e as tendências do mercado. Como estamos muito próximos aos nossos clientes, escutando suas solicitações, sugestões e reclamações, direcionamos nossos esforços para atender a estas necessidades. Somos uma empresa de pequeno porte e competimos com as grandes operadoras. O nosso principal produto era a internet e as grandes operadoras até 2007 não davam atenção a esse mercado. No entanto, quando elas perceberam que poderiam aumentar o número de clientes através das suas linhas fixas e ter a internet como chamariz, nós passamos a ter um concorrente forte. Então, ficamos numa situação difícil e tivemos que agregar valor ao serviço de internet para nos mantermos 36 • Maio 2014 • Economia&Negócios

competitivos no mercado. A partir de 2009 começamos a desenvolver um trabalho de reformulação completa, desde a metodologia de trabalho, implantando um programa de qualidade, melhoria nos sistemas administrativos, renovação da tecnologia e expansão da capacidade de oferta de banda, pois para a nossa empresa oferecer bandas similares a da concorrência, acima de 10 megas, precisávamos de infraestrutura capaz de comportar toda esta demanda, mantendo a qualidade. Portuária – Quais são os principais diferenciais nos serviços prestados pela empresa? Tânia - Atualmente, além da internet nós disponibilizamos serviço de data center, servidores virtuais, sistema de backup, sistemas de telefonia virtual, sistema de vídeo monitoramento, hospedagem de domínios e uma gama de novos serviços que estão sendo implementados para agregar valor a nossa conexão de internet. Esses serviços especializados são suportados por uma equipe técnica qualificada, colocando a disposição de nossos clientes as soluções que eles procuram. Implementamos servidores, configurando, monitorando, mantendo em bom funcionamento, tudo isso de forma personalizada. Desta maneira nossos clientes ficam mais seguros para desenvolverem suas atividades profissionais. A oferta destes serviços complementares à conexão de internet é hoje o nosso maior diferencial perante a concorrência. Portuária – Quais são as principais metas da empresa nos próximos anos? Tânia – Para garantirmos a continuidade de nossas atividades num ritmo que atenda a demanda crescente pela conexão à internet, estamos trabalhando na ampliação de nossa rede de fibra óptica, que hoje atende a todos os edifícios comerciais do centro da cidade de Itajaí, modernizando nossos sistemas de rádio transmissão e ampliando as áreas de cobertura via rádio. A nossa intenção é que no máximo em um ano e meio todas as 20 cidades que atuamos já tenham acesso aos novos equipamentos. No momento estamos em fase de testes deste novo sistema e até o meio do ano já teremos capacidade para atender cerca de 1.000 clientes através deste novo sistema. Esta nova tecnologia de rádio terá capacidade de banda dez vezes maior do que oferecemos atualmente. Também modernizamos nosso site onde constam todos os serviços oferecidos e as áreas de cobertura, incluindo também uma fanpage no Facebook, Miltelecom, além de disponibilizarmos aos nossos clientes uma central de atendimento gratuito via 0800 das 8h às 22h de segunda a sábado. Acreditamos que desta forma estaremos fortalecendo o nome da empresa no mercado de internet e garantindo um futuro promissor. •


 LEGISLAÇÃO

E

Transportadores e empresários se reúnem em Itajaí para discutir a Lei dos Motoristas

m 2013, a Câmara dos Deputados aprovou a revisão da Lei 12.619/2012, que regulamenta a profissão de motorista. Algumas propostas são polêmicas e geram dúvidas aos transportadores. Atualmente, a lei determina que os motoristas empregados respeitem a jornada de oito horas diárias, com prolongamento de, no máximo, duas horas. É obrigatório o descanso de 11 horas entre as jornadas. A lei estabelece ainda que o motorista descanse por 30 minutos a cada quatro horas de trabalho. O profissional pode fracionar esse tempo em 15 minutos a cada duas horas de direção. Com o objetivo de esclarecer a legislação, Dr. Cassio Vieceli, advogado especializado em Transporte Rodoviário de Cargas, ministrou uma palestra voltada aos transportadores e empresários, no último dia 23 de abril, no auditório do Porto de Itajaí, litoral catarinense. Entre os assuntos abordados estão as principais discussões em torno da Lei 12.619/12, como: jornada e controle de trabalho, além das ações do MPT e MTE, como proceder em uma fiscalização, entre outros. Os participantes puderam fazer perguntas e esclarecer dúvidas. Segundo Dr. Cassio Vieceli, o Ministério Público do Trabalho (MPT) está aplicando ao pé da letra a Lei 12.619/12.

Porém, é de conhecimento notório que em vários locais do país não existem condições mínimas necessárias para que o transportador cumpra a legislação. "A lei deve ser revista e readaptada para nossa real situação. Não dá para cumprir determinações sem infraestrutura. Algumas mudanças estão sendo discutidas na Câmara dos Deputados, porém, não há chances de ela ser revogada", disse. Dr. Cassio também explanou a respeito do tempo de espera, um dos temas mais polêmicos. Afirmou que a lei teria eficácia se o Governo construísse os pontos de parada, que hoje não existem. "Não se pode confundir pontos de parada com postos de abastecimento. Isso porque, conforme o Código de Trânsito Brasileiro, é proibido parar o caminhão no acostamento para dormir, por exemplo", enfatizou o especialista. Ele frisou que deve haver união entre entidades. “É preciso buscar as entidades sindicais que têm afinidade com a ideia. A cultura hoje infelizmente é outra, falta união das transportadoras.” A palestra foi uma realização do Seveículos (Sindicado das Empresas de Veículos de Carga de Itajaí), com o apoio da Revista Supertrans e Advocacia Vieceli. A região de Itajaí conta com cerca de 1.300 transportadoras.•

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PORTOS

DO BRASIL

FROTA

Aliança batiza porta-contêineres Pedro Álvares Cabral no Porto de Itapoá

A

Aliança Navegação e Logística batizou, no Porto de Itapoá, em Santa Catarina, o porta-contêineres “Pedro Álvares Cabral”, que faz parte de uma série de quatro navios idênticos que renovaram a frota de cabotagem da empresa. A madrinha da embarcação é Elisabeth von Krüger de Freitas, esposa de Humberto Freitas, diretor-executivo da Vale. Com capacidade para 3.800 TEUs e 500 tomadas para contêineres refrigerados, o navio já está em operação desde 2013 no serviço de cabotagem da Aliança, juntamente com os porta-contêineres “Américo Vespúcio”, “Fernão de Magalhães” e “Sebastião Caboto”, que fazem parte da série denominada “Grandes Descobridores”. O serviço de cabotagem da Aliança atende em 16 portos, de Buenos Aires até Manaus, dividido em quatro slings (anéis) e um total de 116 escalas mensais. No total, 10 navios da Aliança fazem o transporte entre os portos do Brasil e Mercosul. Julian Thomas, diretor-superintendente da Aliança, ressalta que a empresa não mede esforços para oferecer qualidade contínua nos serviços, contornando as questões que envolvem os problemas de infraestrutura operacional em alguns portos. “Oferecemos uma cobertura dos mercados com escalas diretas nos principais portos, ampliando a atuação às regiões Norte, Nordeste, Sul e Sudeste, com maior capacidade e agilidade nas operações. Com isso, projetamos crescer, em 2014, acima de 20%”, afirma. Para este ano, a Aliança espera aumentar a movimentação de cargas de arroz a partir do porto de Rio Grande, eletroeletrônicos e duas rodas em Manaus, alumínio e níquel em São Luís, no Maranhão, e alimentos, higiene e limpeza no porto de Santos. 38 • Maio 2014 • Economia&Negócios

Investimentos

A Aliança investiu R$ 450 milhões na renovação de sua frota de cabotagem. A empresa adquiriu quatro porta-contêineres de 3.800 TEUs de capacidade e 500 tomadas para carga refrigerada. Os navios foram especialmente projetados para navegação e operação na costa e portos brasileiros. São equipados com a mais moderna tecnologia para a segurança da tripulação e da carga, e também para a redução do consumo de combustível. Os porta-contêineres também são providos de um sistema pioneiro de tratamento de água de lastro, que elimina o risco de impacto ambiental que esse tipo de operação pode causar. Por isso possuem a notação especial "BWM" (Ballast Water Management). Outra importante característica dos navios é a notação "EP" (Enviromental Passport), confirmando sua condição especial de

atender e controlar os regulamentos e normas internacionais relativos à proteção do meio ambiente. Também possuem a notação "RSD" (Rational Ship Design), indicando que a concepção e desenvolvimento do projeto utilizaram as mais modernas técnicas de otimização estrutural, e a notação de automação plena da praça de máquinas, o que torna a operação mais flexível e segura. Como a operação de um navio de cabotagem é muito mais intensa que um navio de longo curso, os novos porta-contêineres possuem características especiais como: climatização interna otimizada para os trópicos, sistema de navegação eletrônico dispensando cartas de navegação tradicionais, passadiço provido de três radares, além de dois sistemas de ecobatímetros instalados especialmente para a navegação no Rio Amazonas. •

Dados técnicos do “Pedro Álvares Cabral”:  Capacidade  Capacidade dos contêineres  Plugs para contêineres refrigerados  Comprimento total  Comprimento entre perpendiculares  Largura  Calado máximo  Velocidade  Potência do motor principal

52,065 tdw 3.800 TEUs 500 228 m 217.5 m 37.3 m 12.5 m 19.5 kn 22,890 kW


PORTOS

DO BRASIL

CARGA GERAL

Terminal de Santa Catarina investe em Break Bulk

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Terminal Santa Catarina, de São Francisco do Sul, anunciou que investirá forte no atendimento a Break Bulk, termo usado para definir carga geral, sem, no entanto deixar de ser um terminal de múltiplo uso - o que inclui operação em contêiner. "Este mercado está em aquecimento e hoje poucos terminais estão preparados para o atender justamente porque focaram no contêiner", afirma Jeferson José de Souza, coordenador de atendimento ao cliente do TESC. Alguns concorrentes que operam Break Bulk, como o Porto de Santos, não conseguem atender a demanda. "Queremos ser a primeira alternativa dos clientes que não estão sendo atendidos em Santos e, para isso, estamos oferecendo infraestrutura logística e custo mais baixo", completa Souza. Para reforçar o posicionamento para atender Break Bulk, o TESC está organizando um workshop sobre o assunto em São Paulo, no início de junho, no qual apresentará um panorama do mercado e também suas condições e facilidades para realizar operações de carga geral. •

Economia&Negócios • Maio 2014 • 39


PORTOS

DO BRASIL

INOVAÇÃO

Porto de Itapoá apresenta inovação e perspectiva de crescimento

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Porto de Itapoá vem inovando desde o início de suas operações, tanto pela sua estrutura moderna, apta a receber e operar os maiores navios que trabalham na costa brasileira, como pelo seu relacionamento diferenciado com clientes, como a realização dos Encontros de Negócios em diversas cidades do país, como a abertura de escritórios comerciais nos Estados do Paraná e São Paulo, além de Santa Catarina. “Conhecer de perto as necessidades específicas de logística e de operação de cada cliente no mercado é um dos nossos diferenciais”, afirma o Diretor Comercial do Porto de Itapoá, Marcus Harwardt. O resultado disso pode ser conhecido pelos números apresentados pelo terminal até aqui. O ano de 2013 foi muito produtivo em Itapoá, consolidando o porto como um dos maiores e mais importantes do País na movimentação de cargas conteinerizadas. Com um crescimento superior a 70% em suas operações em no ano passado, em relação a 2012, o terminal movimentou 486.722 TEUs (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés). Sua eficiência e alta performance contribuem signi-

40 • Maio 2014 • Economia&Negócios

ficativamente para o desenvolvimento econômico da região sul e de todo o país. Fato que, as constantes quebras de recordes de produtividade alavancam uma saudável competitividade entre os portos brasileiros, criando metas cada vez mais arrojadas de performance na movimentação de contêineres entre os terminais. Atualmente, dos cinco maiores índices de alta produtividade na movimentação de contêineres, conhecido como MPH (Movimentos Por Hora), Santa Catarina possui dois dos melhores registros, sendo um deles do Porto de Itapoá, que em fevereiro e março bateu seus recordes de produtividade com 136 e 139 MPH.

Ampliação Diante do crescimento das operações, e da própria demanda do mercado por terminais ágeis e eficientes, o terminal portuário pretende dar início ainda em 2014 em seu projeto de ampliação. Durante a Intermodal, os visitantes conheceram de perto cada detalhe dessa expansão através de um vídeo interativo em 3D, onde era visualizada toda a estrutura do terminal após sua ampliação e um conjunto de informações relativas à


PORTOS

DO BRASIL

equipamentos, capacidade e dinamismo da operação como um todo. Inicialmente devem ser providenciadas as licenças ambientais e operacionais para que, a partir do segundo semestre deste ano, sejam iniciadas as obras. Atualmente, o terminal portuário conta com cais de 630 metros de comprimento e pátio de 156 mil m2, com capacidade para movimentar 500 mil TEUs/ano. Após a ampliação, o cais terá 1.200 metros de comprimento e o pátio, 450 mil m2, em condições de movimentar aproximadamente 2 milhões de TEUs/ano.

Certificação A mais recente conquista do terminal ocorreu no último de 24 de março, quando passou a ser certificado com o ISO 9001:2008. O processo de certificação ocorreu por meio de uma auditoria realizada de 10 a 13 de março, pela certificadora SGS. Inaugurado em junho de 2011, o terminal conquistou esse reconhecimento em tempo recorde para os padrões do segmento portuário nacional, demonstrando mais uma vez que foi concebido para ser referência em qualidade, produtividade e segurança. •

Diretor Comercial do Porto de Itapoá, Marcus Harwardt

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FATURAMENTO

Novas cargas impulsionam crescimento de 20% da cabotagem em 2014 no Tecon Rio Grande Linha que liga o RS a Manaus abre espaço para a movimentação de cargas não tradicionais, como móveis, utensílios domésticos e alimentos

A

expansão da cabotagem para o transporte de cargas fracionadas e não tradicionais impulsionou o crescimento do modal no Tecon Rio Grande, terminal de contêineres operado pelo Grupo Wilson Sons no Rio Grande do Sul. No primeiro bimestre de 2014, a cabotagem cresceu 20% em relação ao mesmo período do ano passado, movimentando mais de 5 mil TEUs. Além das tradicionais cargas de arroz que seguem para o Nordeste, o terminal passou a movimentar produtos como móveis e bebidas da Serra Gaúcha, utensílios domésticos, produtos plásticos e alimentos (conservas, doces, leite em pó). Segundo o diretor comercial, Thierry Rios, a ampliação de um serviço realizado pela Aliança Navegação viabilizou com que o estado gaúcho começasse a receber e a embarcar outros produtos via cabotagem, criando uma ligação direta com Manaus (AM). Hoje, semanalmente desembarcam eletroeletrônicos e motos e embarcam em Rio Grande, nos contêineres vazios, cargas da produção industrial gaúcha. “Nossa expectativa é que a navegação de cabotagem mantenha um desenvolvimento sólido e sustentável. No Tecon Rio Grande, esperamos superar o crescimento de 10% registrados no ano passado por conta dos novos serviços e rotas que estão sendo ofertados ao mercado pelos armadores. A cabotagem é um modal seguro e eficiente, com dias fixos de atracação e regularidade nas escalas”, afirma Rios. Um dos principais projetos desenvolvidos pelo terminal, em parceria com a Log-In, envolve o embarque de cargas de forma fracionada, ou seja, uma remessa de quantidades menores de mercadoria, que por si só não ocupa toda a capacidade de um contêiner. A partir do

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piloto iniciado em outubro de 2013, já foram movimentados 100 TEUs na modalidade. Boa parte desse volume é de móveis da região Sul, que são carregados nos contêineres a partir de um centro consolidador instalado na Serra Gaúcha. Do Tecon Rio Grande, os móveis seguem os portos de Suape e Fortaleza para atendimento dos mercados de Pernambuco, Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte e Piauí. “É uma mudança de paradigma que envolve inúmeros parceiros. Estima-se que 95% dos móveis gaúchos são escoados pelo modal rodoviário. A utilização da cabotagem traz maior segurança, diminui custos e avarias, impactando diretamente na redução da assistência técnica”, explica o executivo. A recuperação de carga do polo petroquímico do Rio Grande do Sul com a retomada do serviço direto a Manaus também é comemorada pelo Tecon Rio Grande. O volume movimentado de resinas atingiu um crescimento de 261% nos dois primeiros meses do ano em relação ao período anterior. Além disso, o terminal portuário conquistou outros projetos envolvendo arroz, eletroeletrônicos, partes e peças automotivas.

O Grupo Wilson Sons

É um dos maiores operadores integrados de logística portuária e marítima e soluções de cadeia de suprimento no mercado brasileiro, com 176 anos de experiência. A companhia conta com uma rede de atuação nacional e presta uma gama completa de serviços para as empresas que atuam na indústria de óleo e gás, no comércio internacional e na economia doméstica. As principais atividades do Grupo são divididas em dois sistemas – Portuário e logístico e Marítimo. •



PORTOS

DO BRASIL

CRESCIMENTO

Faturamento líquido da Portonave cresce 22%

A

Portonave S/A – Terminais Portuários de Navegantes – aumentou em 22% o seu faturamento líquido com atividades de movimentação portuária (receita operacional líquida – obtida a partir da receita bruta menos os impostos) em 2013. A Companhia, só em operações portuárias, alcançou a cifra de R$ 333,7 milhões de receita líquida. De acordo com o diretor-superintendente administrativo da Portonave, Osmari de Castilho Ribas, “a Portonave manteve a tendência de crescimento em movimentação de contêineres e faturamento, mesmo em um ambiente de competição intensa e cenário desfavorável na economia”. O ano de 2013 foi marcado pela desvalorização do real frente ao dólar e o PIB brasileiro ficou abaixo das expectativas, fechando o ano com crescimento de 2,3%. A Portonave se mantém como o terminal que mais movimenta cargas em Santa Catarina, respondendo por 45% do mercado do Estado. O crescimento da companhia foi impulsionado pelo avanço nas operações. A empresa investiu R$ 80 milhões em novos equipamentos para ampliar a capacidade de produção. A aquisição de três portêineres (STSs) e cinco transtêineres (RTGs) contribuiu para que a Portonave quebrasse o recorde de produtividade. A empresa registrou a expressiva marca de 177,8 contêineres movimentados por hora, realizada durante a operação do navio Hanjin Boston, no mês de março. “Consolidamos-nos como um dos terminais portuários mais eficientes do país e isso nos permite projetar um crescimento sustentável para os próximos anos”, comenta o diretor-superintendente operacional da Portonave, Renê Duarte.

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Reconhecimento O ano passado também foi marcado por importantes reconhecimentos. Destaque para o prêmio “Operador Portuário do Ano”, concedido pelo jornal inglês Lloyds List, que reconhece a empresa com melhor eficiência operacional aliada à preocupação com o desenvolvimento sustentável. Na área de preservação ambiental, o Terminal recebeu o título de “Empresa Cidadã 2013” pela ADVB. Projetos de responsabilidade social como o Contêm Cultura e Onda: Por um mundo melhor foram realizados em benefício de milhares de crianças e jovens do município e da região. Além disso, cerca de 45 projetos e ações foram realizados ou patrocinados pela Companhia. Somados, os investimentos diretos e por meio de leis de incentivo e renúncia fiscal, foram superiores a R$ 1 milhão. A Portonave é um terminal privado e está localizada na margem esquerda do Rio Itajaí-Açu, na cidade de Navegantes, Santa Catarina. A Companhia fechou 2013 com 1.012 colaboradores diretos.

Movimentação de contêineres

Em 2013, a Portonave movimentou 705.790 TEUS (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés) e atingiu a marca de 3.341 navios atracados e 3.118.608 TEUs operados, deste o início das atividades em 2007. Neste ano, entre janeiro e fevereiro, o terminal portuário já somou 104.652 mil TEUs operados, o que representou um crescimento de 7,6%, comparado aos dois primeiros meses do ano anterior. •


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DO BRASIL

Porto de Itajaí realiza capacitação para servidores que atuam diretamente na operação de cargas No papel de agente fiscalizador das operações no Porto de Itajaí, conforme determina a Lei de Portos, a Autoridade Portuária capacita seus trabalhadores que atuam diretamente na operação e fiscalização de cargas Ronaldo Silva Jr/Arquivo

A

Superintendência do Porto de Itajaí, por meio de sua Gerência de Meio Ambiente, realizou durante cinco dias no mês de abril, um curso de capacitação de fiscalização no transporte de produtos perigosos. O público alvo foi formado pelos servidores da Guarda Portuária, Gerência de Operações, Coordenadoria de Trânsito da Secretaria Municipal de Segurança de Itajaí (Codetran) e Defesa Civil. O conteúdo abrangeu regulamentação de produtos perigosos, legislação, a exigência de documentos e certificados obrigatórios para motoristas e veículos utilizados no transporte de cargas para a atividade portuária e emergências com produtos perigosos. “Essa capacitação é de grande importância para o Porto de Itajaí e para seus trabalhadores, porque aborda os procedimentos seguros na movimentação de cargas, a segurança do operador e também a qualidade dos serviços por nós oferecidos”, explica o diretor Executivo do Porto de Itajaí, Heder Cassiano Moritz. Fizeram parte da do curso uma aula prática nos gates do Porto, com blitz educativa e de fiscalização. A ação foi coordenada pela empresa Ecosorb Soluções em Proteção Ambiental e ocorreu por meio de parceria com Codetran, Defesa Civil e órgãos ambientais (Famai e Fatma). Segundo a gerente de Meio Ambiente do Porto de Itajaí, Medelin Pitrez dos Santos, esta foi a primeira capacitação de um cronograma anual de que a Superintendência promoverá em 2014. Durante o cronograma vão ser abordadas as áreas relacionadas a segurança nas operações, brigada de emergência e também a realização de simulados de situações emergenciais que possam ocorrer durante a operação portuária – incêndio, explosão, vazamento de produtos químicos. •

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DO BRASIL

POSITIVO

Movimentação de contêineres no Complexo Portuário de Itajaí cresce 10%

O

Complexo Portuário de Itajaí movimentou 1,1 milhão de toneladas de cargas e 93,95 mil TEUs em março. Acrescidos à movimentação do ano, elevam a movimentação do primeiro trimestre de 2014 para 3.05 milhões de toneladas e 283,67 mil TEUs, com aumentos de 11% e 10%, respectivamente. A movimentação de cargas no Complexo Portuário de Itajaí nos três primeiros meses deste ano somaram 93,95 mil TEUs (Twenty-foot Equivalent Unit – unidade internacional equivalente a um contêiner de 20 pés). O volume representa um avanço de 10% sobre as operações registradas no primeiro semestre do ano passado, de 240,60 mil TEUs. Em toneladas, a movimentação somou 3,047 milhões de toneladas, com avanço de 11% sobre as 2,736 milhões de toneladas registrados no igual período de 2013. O diretor Executivo do Porto de Itajaí, Heder Cassiano Moritz, explica que o crescimento verificado no trimestre pode ser creditado a melhorias que a infraestrutura aquaviária do Complexo Portuário, a exemplo das

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dragagens de manutenção, e também ao aumento no número de serviços nas duas margens, que está ocorrendo gradativamente em 2014. O superintendente Antonio Ayres dos Santos Júnior considera a média de crescimento registrada neste ano, de 10% e bem acima da média dos portos brasileiros, muito boa. “A tendência é de que continuemos nesse patamar e movimentemos mais de 1,2 milhão de TEUs neste ano”, diz Ayres. Se analisado o fluxo das cargas, as importações e exportações estão equilibradas. Os embarques no período somaram 130,053 mil TEUs, enquanto os desembarques totalizaram 133,822 mil TEUs. Esse equilíbrio também foi verificado na balança comercial brasileira em março, quando os embarques brasileiros ao exterior superaram as compras externas, resultando em um superávit de US$ 112 milhões. O saldo positivo mensal foi resultado de exportações de US$ 17,628 bilhões e importações de US$ 17,516 bilhões. Já as cargas mais operadas no Complexo Portuário de Itajaí em março foram, nas exportações o frango congelado (US$ 241,3 milhões), os produtos mecânicos e eletrônicos (US$ 103,93 milhões) e as carnes e derivados (US$ 95,66 milhões). Nas importações os mecânicos e eletrônicos lideram a pauta (US$ 275,94 milhões), seguidos pelos produtos químicos (US$ 181 milhões) e pelos têxteis (US$ 171,58). •


PORTOS

DO BRASIL

SERVIÇO

Asia Shipping amplia serviço de entrega direta a clientes em Itajaí

D

epois do sucesso do projeto em Santos (SP), a Asia Shipping Terminais, empresa brasileira especializada em agenciamento de carga global e líder em volume de carga movimentada entre todos os trades, vai estender o serviço de entrega de cargas embarcadas em contêineres consolidados a partir do Porto de Itajaí (SC). O serviço será válido para clientes regulares com base em localidades até 150 km de Itajaí. A novidade é fruto de uma parceria firmada com a Apm Terminals Itajaí. Após a descarga do contêiner em Itajaí, a mercadoria passa pelo processo de desconsolidação e posterior desembaraço aduaneiro para então seguir diretamente aos clientes por meio rodoviário. “A comodidade de receber os itens importados diretamente na fábrica fez sucesso em todo o estado de São Paulo e não será diferente em Santa Catarina”, disse Ricardo Tavares, gerente de Contract Logistics da Asia Shipping Terminais. Desde que foi implantado o serviço no porto de Santos, a receptividade tem sido muito boa. “Para o cliente, é uma comodidade receber a carga direto na fábrica sem ter

que se preocupar com os detalhes do transporte.” Só nos meses de janeiro e fevereiro, 807 navios atracaram em Santos e o movimento total de carga foi de 7,8 milhões de toneladas. Com recorde de movimentação de contêineres: 339 mil unidades, 9,3% a mais do que no ano anterior. No ano passado, as filas de caminhões nas rodovias que dão acesso ao porto chegaram a atingir 50 km. Um novo sistema de agendamento de horário para os caminhões foi criado para ajudar a escoar a safra de grãos. “Nossa ideia com este serviço é contribuir para desafogar este gargalo logístico do país, primeiro em Santos e agora em Itajaí”, disse Ricardo Tavares.Para Ricardo Arten, diretor da APM Terminals Itajaí, a proposta é inovar e diversificar o portfólio de serviços através da oferta de novos serviços aos clientes. “Desde o início de 2013, temos um acordo firmado com a Asia Shipping Terminais que prevê a prestação de desconsolidação, armazenagem e entrega de cargas aos importadores. O projeto de entrega direta ao cliente vem reforçar esta parceria e consolidar este serviço inovador junto ao mercado catarinense”, disse Arten.•

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PORTOS

DO BRASIL INTERCÂMBIO

O

Aplop busca ampliar relações Comerciais entre países lusófonos

superintendente do Porto de Itajaí e vice-presidente da Associação dos Portos de Língua Portuguesa (Aplop), Antonio Ayres dos Santos Júnior, participou de reunião com a diretoria da instituição, realizada no mês de abril na sede da Associação Brasileira de Entidades Portuárias e Hidroviárias (Abeph, no Rio de Janeiro. Fazem parte desta associação portos de Portugal, Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Timor Leste, Macau, na China, e Goa, na Índia. A apresentação de estudo de mercado e relações comerciais entre países que compõem a Aplop, o intercâmbio e troca de informações e experiências sobre a gestão portuária nos países lusófonos, a busca de acordos bilaterais de comércio exterior para facilitar o intercâmbio comercial entre os portos dos países de língua portuguesa e também a criação de um curso de mestrado (stricto sensu) em gestão portuária foram os assuntos discutidos entre os dirigentes. Participaram do encontro o diretor da Aplop e presidente da Associação de Portos de Portugal, Pedro Nunes Pontes; o conselheiro da instituição e presidente do Porto de Aveiro, José Luiz Azevedo Cacho; o diretor da entidade e presidente da Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ) Jorge Mello e o secretário da Aplop, também da CDRJ, Adalmir de Souza. O presidente da instituição, Anapaz de Jesus Neto, foi representado pelo presidente da Associação de Portos de Angola (Apang), Abel Cosme. •

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PORTOS

DO BRASIL

SOLUÇÃO

APM Terminals integra serviços portuários e retroportuários no Brasil Em 2014, a empresa projeta crescer 8% no Brasil em comparação ao ano passado. A APM Terminals Brasil, empresa do Grupo A. P. Möller – Maersk e um dos maiores operadores portuários do mundo, apresentou seu novo formato de negócios durante a Intermodal South América 2014, evento destinado aos setores de logística, transporte de cargas e comércio exterior realizado no mês de abril, em São Paulo. A empresa oficializou no evento, o processo de integração entre os serviços portuários e de retroárea que passou a oferecer desde o final de 2013, resultado de uma visão abrangente e um modelo diferenciado de negócio. Em 2014, a APM Terminals projeta crescer 8% no Brasil em comparação ao ano passado. Com a integração, a APM Terminals Brasil conta agora com dois terminais portuários, sendo um em Itajaí e outro em Pecém (CE), e quatro unidades retroportuárias em Paranaguá (PR), Itapoá (SC), Itajaí (SC) e Rio Grande (RS). Ricardo Arten, diretor superintendente da APM Terminals Brasil, explica que a integração dos serviços entre as unidades da empresa proporciona uma solução logística com maior sinergia ao mercado. Segundo Arten, o novo conceito operacional permite à empresa oferecer serviços como armazenagem e gerenciamento de contêineres vazios, reparos de contêineres, serviços relacionados a cargas refrigeradas (reefers) e transporte, trazendo redução nos custos extras e ocultos da operação. Em 2013, o Grupo APM Terminals Brasil movimentou nos terminais portuários 700 mil TEUs (unidade equivalente a um conteiner de 20 pés). Em Itajaí, o terminal portuário tem ca-

pacidade para operar 550 mil TEUs/ano, enquanto Pecém pode operar até 400 mil TEUs/ano, além de cargas gerais. Em termos de capacidade retroportuária, as quatro unidades estão equipadas para realizar até 7.500 movimentos gate/mês cada uma.

Novo recorde

A APM Terminals Brasil registrou em abril um novo recorde de produtividade na movimentação de contêineres no Porto de Itajaí. A nova marca é de 59,26 movimentos por hora (MPH) por portêiner na operação do navio MV Carolina Star, quando foram utilizados dois equipamentos simultaneamente, gerando 118,52 movimentos por hora. O recorde anterior do terminal para a operação de embarque e desembarque com a utilização de dois portêineres era de 46,65 movimentos por portêiner (93,31 movimentos por hora no berço com dois equipamentos) alcançados durante a operação do navio Rhlaqua. De acordo com o diretor superintendente da APM Terminals Brasil, Ricardo Arten, são números impressionantes que consolidam os níveis de produtividade da APM Terminals Itajaí e comprovam o comprometimento da empresa com a eficiência dos serviços e a busca constante de alta performance, mantendo foco nos clientes. Arten enfatiza ainda que os equipamentos utilizados na movimentação dos contêineres conferem mais agilidade, segurança e eficiência às operações. Isto reflete a importância dos investimentos para o bom resultado das movimentações portuárias. • Economia&Negócios • Maio 2014 • 49


PM Despachos Aduaneiros: quase duas décadas de serviços prestados

nário na área do comércio exterior e tomei, em meados de 1994, a decisão de abrir a empresa em Uruguaiana (RS). No início a PM Despachos foi composta por apenas seis pessoas. Hoje contamos com quase uma centena de colaboradores.

E

specializada em prover serviços em logística e comércio exterior com foco na agregação de valor ao cliente e sustentabilidade do negócio a PM Despachos é reconhecida pela excelência na gestão e satisfação dos clientes. A estrutura da empresa que completa 20 anos de atividades em agosto de 2014, foi planejada para atender de forma ágil e dinâmica todas as atividades que envolvem a execução dos serviços. Com uma equipe formada por quase uma centena de profissionais das áreas de comércio exterior, logística e transportes, a empresa garante um suporte seguro nos eventuais entraves burocráticos ou legais da área aduaneira e um eficiente sistema de informações para garantir as melhores soluções, com a máxima transparência na instrução, apresentação e acompanhamento dos processos. Esse padrão de excelência gera nos processos logísticos aos clientes e parceiros uma grande segurança. A empresa é focada nos detalhes que fazem a diferença neste segmento cada vez mais competitivo. A PM Despachos possui matriz em Uruguaiana (RS) e desde 2007 mantém uma das filiais em Itajaí (SC), além de São Borja e Porto Alegre (RS), Foz do Iguaçu (PR) e Santos (SP). Em entrevista à Revista Portuária – Economia & Negócios, Paulo César Maia de Oliveira, Diretor da PM Despachos nos fala um pouco sobre a trajetória da empresa e as perspectivas de crescimento no mercado logístico. Revista Portuária – Como surgiu a empresa que está prestes a completar 20 anos de serviços prestados? Paulo César Maia de Oliveira – Na época eu já possuía praticamente 25 anos de experiência trabalhando como funcio50 • Maio 2014 • Economia&Negócios

Revista Portuária – O que levou a PM Despachos a abrir uma filial em Itajaí no ano de 2007? Maia – Foi uma decisão estratégica, pois nossas operações em fronteira dependiam praticamente de três países do Mercosul: Argentina, Chile e Uruguai. Sendo que 80% eram operações com Argentina. Diversas vezes os problemas econômicos desestabilizaram a relação comercial com o Brasil e isso veio se refletir nas operações terrestres que eram nosso único foco na época. Tivemos quedas de faturamento bem expressivas e instabilidades, bem como outras empresas do segmento e isso foi o ponto de partida em busca de uma possível solução pois já vínhamos visualizando os modais marítimo e aéreo. Começamos a aprofundar um estudo de viabilidade confrontando nossa realidade e diversos portos brasileiros e decidimos investir em nossa primeira filial voltado ao modal marítimo e aéreo na cidade de Itajaí (SC). Portuária – Quais são os principais diferenciais nos serviços prestados pela empresa? Maia – Investimos no fortalecimento estrutural da empresa como um todo, pois operacionalmente a PM Despachos é muito forte, nossa equipe de profissionais é formada de pessoas competentes e muito bem qualificadas para o desempenho de nossos serviços e estamos sempre em busca de melhorias para sermos cada vez mais uma extensão de nossos clientes nos portos, aeroportos e fronteiras. Nosso interesse é renovar diariamente o “Compromisso com a Satisfação de Nossos Clientes”. Portuária – Quais são as principais metas da PM Despachos neste ano de 2014? Maia – Esse ano é atípico, pois temos Copa do Mundo e eleições, mas uma coisa é certa, nós empresários precisamos dar seguimento nas nossas empresas independentemente de quaisquer eventos. Sendo assim, a nossa principal meta é continuar crescendo, queremos aumentar a atuação da empresa não só em desembaraço aduaneiro que é nosso foco principal, como também no transporte rodoviário internacional. Essas são algumas das nossas metas neste ano de 2014. •


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Ministro dos Portos ressalta importância de Santa Catarina na atividade portuária brasileira Também citou a importância do Porto de Itajaí para economia local e afirmou que, no segundo semestre, o terminal estará contemplado no Programa Nacional de Dragagem, de forma a adequar a bacia de evolução à movimentação de navios de maior porte.

Fotos Anderson Silva

O

ministro-chefe da Secretaria de Portos da Presidência da República, Antônio Henrique da Silveira, ressaltou a importância de Santa Catarina na atividade portuária brasileira. “O Porto de Itajaí tem uma importância muito grande para a economia local e também temos que ressaltar a importância de Santa Catarina na atividade portuária do Brasil. Hoje o Estado corresponde em termos de movimentação de contêineres ao segundo lugar, perdendo apenas para o complexo portuário de Santos”, afirmou o ministro-chefe da Secretaria de Portos, Antônio Henrique da Silveira, durante a solenidade de início das obras de reforço do realinhamento dos berços 3 e 4 de atracação do terminal portuário em Itajaí. Atualmente sob administração pública, os cais serão arrendados para a iniciativa privada assim que as obras terminarem. Também citou a importância do Porto de Itajaí para economia local e afirmou que, no segundo semestre, o terminal estará contemplado no Programa Nacional de Dragagem, de forma a adequar a bacia de evolução à movimentação de navios de maior porte. “Assim, poderemos reafirmar a vocação do Complexo Portuário Itajaí/Navegantes com a área central de movimentação de contêineres de navios de maior dimensão. Isso é absolutamente essencial para o Estado”, reforçou. No ano passado, o Complexo Portuário de Itajaí movimentou 12,612 milhões de toneladas de cargas (1.104.923 TEUs), um aumento de 12% em relação a 2012, quando a movimentação foi de 11,205 milhões de toneladas (1.015.954 TEUs). Somente nos três primeiros meses de 2014, o complexo já movimentou 2,730 milhões de toneladas (264 mil TEUs), um incremento de 10% em relação ao primeiro trimestre do ano passado que foi de 2,384 milhões de toneladas (240.605 TEUs).

 Recursos

O investimento, em recursos da União, do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2) soma R$ 117,04 milhões e possibilitará que esse trecho de cais, de 490 metros, opere navios de maior porte e dimensão, assim como receba equipamentos mais modernos e de melhor performance, além de ter sua cota de dragagem ampliada de -10 para -14 metros. As obras serão executadas pela Serveng Civilsan, que foi a empresa vencedora do processo licitatório. “A previsão é que os trabalhos sejam executados no prazo de 52 • Maio 2014 • Economia&Negócios


18 meses”, informou o superintendente do Porto de Itajaí, engenheiro Antonio Ayres dos Santos.

 Acompanhamento

A autoridade portuária também verificou o andamento das obras de reconstrução do berço

número 1 do terminal Itajaí, que está sob a responsabilidade da empresa privada APM Terminals. Este berço foi destruído pela enchente de 2011 e está em fase final de reforma. A obra, que tinha previsão de conclusão em setembro do ano passado, deve ser concluída neste mês. •

Rua Brusque, 337 - Itajaí - SC Economia&Negócios • Maio 2014 • 53


Coluna Mercado DESENVOLVIMENTO

BMW criará mais de mil empregos com nova fábrica em Santa Catarina

C

om a geração de mais de mil novos empregos até 2015, a primeira fábrica de automóveis do BMW Group na América do Sul deve acelerar o desenvolvimento socioeconômico na região de Araquari, em Santa Catarina. A meta da unidade é ter 740 novos postos ocupados até o último trimestre deste ano, quando serão iniciadas as atividades produtivas, e fechar 2014 com 800 colaboradores. Até o final de 2015, serão 1.300 contratados. “Além de ser um passo extremamente estratégico para as operações do BMW Group Brasil, a instalação da nova fábrica em Araquari trará benefícios socioeconômicos para a região e para o Estado de Santa Catarina em virtude do aquecimento do mercado de trabalho local e da geração de renda“, afirma Betina Kraus, diretora de recursos humanos responsável pela fábrica.

54 • Maio 2014 • Economia&Negócios

Até o momento, 180 profissionais já foram contratados para trabalhar na unidade. A maior parte das vagas disponíveis é para operadores de linha de montagem, mas também há oportunidades em diversas áreas administrativas, incluindo RH, Planejamento, Qualidade e Logística. O foco principal é contratar profissionais que atuem na região de Araquari e Joinville, porém profissionais de outras regiões também serão avaliados. Os colaboradores da linha de montagem passarão por um intenso processo de imersão. Além da nova fábrica, a BMW construiu um centro de treinamento de última geração em Joinville (distante 20km da fábrica) voltado para a capacitação profissional. “A linha de produção em Araquari seguirá os mesmos padrões nos sistemas de produção e qualidade das demais fábricas da BMW ao redor do mundo. Por isso,


Coluna Mercado inauguramos um centro de treinamento que reproduz, em menor escala, a linha de montagem dos automóveis, de modo que nossos profissionais compreendam e vivenciem o processo produtivo antes mesmo do início da nossa operação“, explica.

Vagas disponíveis Para se candidatarem às vagas de “Operador de Montagem“, os interessados deverão ter cursado o ensino médio completo e ter disponibilidade para trabalhar em turnos. Embora sejam considerados diferenciais, não é obrigatório ter cursado ensino técnico nas áreas de mecânica ou engenharia nem ter experiência em linhas de produção automotiva. Entre as habilidades que esse profissional deve ter

estão: foco em qualidade, habilidade com atividades manuais, iniciativa, conhecimento do processo de produção enxuta e de métodos de qualidade, e habilidade para trabalho em equipe. Nas funções administrativas, há vagas para analistas em todos os níveis nas áreas de RH, Tecnologia da Informação (exige-se conhecimento em SAP), Logística, Qualidade, Carroceria e Pintura. Alguns cargos administrativos exigirão dos candidatos fluência em inglês. Habilidades e pré-requisitos específicos para cada cargo serão detalhados quando da publicação de cada vaga. Para mais informações, os candidatos podem entrar em contato com a Manpower (inicialmente estabelecida na Travessa Campo Grande, 138 – Bairro Bucarein – Joinville/ SC), por meio do telefone: (47) 4009-9405 e do e-mail recrutamento.bmw@manpower.com.br. •

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Economia&Negócios • Maio 2014 • 55


Coluna Mercado

LEVANTAMENTO

Fábrica de Joinville é eleita a mais inovadora do Sul do Brasil Pesquisa Campeãs de Inovação, realizada pelo grupo Amanhã aponta 11 empresas catarinenses entre as 50 da lista

A

fábrica da Whirlpool de Joinville conquistou o primeiro lugar no ranking das empresas mais inovadoras no Sul do Brasil, de acordo com a pesquisa Campeãs da Inovação, realizada pelo grupo Amanhã, em parceria com a consultoria Edusys e apoio técnico da Fundação Dom Cabral. Para chegar ao resultado, os pesquisadores analisaram vários aspectos relacionados ao ambiente criativo, da cultura organizacional aos resultados obtidos com novas ideias. O levantamento traz o ranking das 20 empresas mais inovadoras e a lista de outras 30 companhias da região Sul que também se destacaram nessa área, como é o caso do grupo Tigre, de Joinville. O ranking selecionou 50 empresas entre as 500 maiores da região Sul. Na lista das 20 primeiras colocadas, além da Whirlpool, que está no topo, aparecem ainda as catarinenses Anjo Química do Brasil (12º), Grupo Portobello (13º) e Grupo Weg (16º). Entre a 21ª colocação e 50ª, são sete empresas de Santa Catarina apontadas entre as 50 mais inovadoras: Bunge Alimentos, Cecrisa Revestimentos Cerâmicos e Construção, Fábrica de Carrocerias Librelato, Karsten e Controladas, Parque Eólico Cenael (EDP Energia), Grupo Tigre e Zen S/A. O Rio Grande do Sul emplacou 29 empresas entre as 50 mais inovadoras. Do Paraná, foram 10 e em Santa Catarina, um total de 11 empresas aparecem na lista.

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Coluna Mercado A Whirlpool Admirada por suas marcas, diferenciada por talentos de alto desempenho, com foco no consumidor e comprometida com a sustentabilidade. Essas são algumas das características que conferiram à Whirlpool o título de empresa mais inovadora do Sul do Brasil. A indústria é líder do mercado latino-americano de eletrodomésticos. No Brasil atua com as marcas Brastemp, Consul e KitchenAid. Possui fábricas em Joinville (SC), Rio Claro (SP) e Manaus (AM). A empresa possui no Brasil 23 laboratórios de Pesquisa e Desenvolvimento e quatro Centros de Tecnologia: Cocção, Ar-Condicionado, Lavanderia e Refrigeração - este considerado um dos maiores do mundo. Nesses locais, são desenvolvidos produtos e projetos inovadores que são exportados para mais de 70 países.

As 20 empresas mais inovadoras do Sul, por ordem de classificação: 1º Whirlpool - Joinville/SC 2º Marcopolo - Caxias do Sul/RS 3º ALL Curitiba/PR 4º - Grendene - Farroupilha/RS 5º - Intecnial - Erechim/RS 6º - Prati, Donaduzzi e Cia. Ltda. - Toledo/PR 7º - Stara - Não-me-Toque/RS 8º Keko Acessórios - Flores da Cunha/RS 9º PUCRS Porto Alegre - Porto Alegre/RS 10º Stemac - Porto Alegre/RS 11º Medabil - Porto Alegre/RS 12º Anjo Química do Brasil - Criciúma/SC 13º Grupo Portobello - Florianópolis/SC 14º Calçados Piccadilly - Igrejinha/RS 15º Grupo Artecola - Campo Bom/RS 16º Grupo Weg - Jaraguá do Sul/ SC 17º Bematech - Curitiba/PR 18º Altus - Porto Alegre/RS

19º Grupo Randon - Caxias do Sul/RS 20º Aspeur/Feevale - Novo Hamburgo/RS

As 30 que completam a elite da inovação na região, por ordem alfabética: Agrale e Controladas - Caxias do Sul/RS Bhio Supply - Esteio/RS Bunge Alimentos - Gaspar/SC Candon Aditivos para Alimentos Ltda - Mar. Cândido Rondon/PR Cecrisa Revest. Cerâm. e Contr. - Criciúma/SC Fábrica de Carrocerias Librelato - Orleans/SC Fund. Univers. de Caxias do Sul (UCS) - Caxias do Sul/RS Grupo Tramontina - Carlos Barbosa/RS GVT - Global Village Telecom Ltda. - Curitiba/PR Hospital de Clínicas - Porto Alegre/RS Innova S/A - Triunfo/RS Karsten e Controladas - Blumenau/SC Lactec - Inst. Tecn. Desenvolvimento - Curitiba/PR Lojas Renner S/A - Porto Alegre/RS Noma do Brasil S/A - Maringá/PR Parque Eólico Cenael (EDP Energia) - Água Doce/SC Positivo Informática S/A - Curitiba/PR Procergs - Porto Alegre/RS RBS Comunicações S/A - Porto Alegre/RS Rede Plaza - Porto Alegre/RS RGE - Rio Grande Energia - Caxias do Sul/RS Santa Casa de Miseric. de Porto Alegre - Porto Alegre/RS Sanex Com. e Indústria Veterinária Ltda. - Curitiba/PR Site - Soluções Integ. em Tecn. Educac. - Curitiba/PR Spheros Climatização do Brasil S/A - Caxias do Sul/RS Grupo Tigre - Joinville/SC Unifértil - Canoas/RS Usaflex - Indústria & Comércio - Igrejinha/RS Viação Ouro e Prata S/A - Porto Alegre/RS Zen S/A - Brusque/SC •

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Coluna Mercado ENERGIA SOLAR

Dispositivo inovador, desenvolvido em Santa Catarina, alterna automaticamente o fluxo de carga entre a rede e os painéis fotovoltaicos

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catarinense IValorTec desenvolveu um sistema inovador que vai tornar mais inteligente e econômica a geração de energia solar por consumidores e empresas. O projeto da empresa com sede em Florianópolis permite a gestão da energia consumida, alternando entre a rede de distribuição e a energia solar, quando for conveniente. O sistema foi desenvolvido dentro do programa de Pesquisa & Desenvolvimento da Celesc Distribuidora SA, e está instalado na Estância Hidromineral Santa Rita de Cássia, em Rancho Queimado, Santa Catarina. O Sistema Fotovoltaico Inteligente possibilita a gestão estratégica da energia gerada por painéis solares. Por meio do dispositivo de monitoramento e chaveamento inteligente (DMCI), instalado no quadro de distribuição, o fluxo de energia pode ser alternado, utilizando-se aquela energia que for mais econômica para determinado momento. Este chaveamento pode ser feito tanto manualmente quanto remotamente, ou de forma automática a partir de parâmetros previamente estabelecidos. Um software cruza os dados fornecidos pelo sistema, e permite o planejamento estratégico da utilização de energia. Para empresas ou indústrias, esta gestão inteligente poderá ser aproveitada inclusive para o planejamento estratégico do negócio. O sistema já é utilizado também em residências, que recebem um relógio medidor especial.

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Composição

No sistema instalado na Estância Hidromineral, dois painéis com 60 placas fotovoltaicas enviam energia para dois inversores trifásicos, que injetam a carga no quadro de controle e distribuição. O sistema inclui também 48 baterias que, carregadas com a energia solar gerada, possuem uma autonomia de até 4 horas. De acordo com o responsável pelo projeto na IValorTec, Luiz Maroso, a Estância Hidromineral foi escolhida para a instalação pois está situada em final de linha de transmissão, e sujeita a frequentes episódios de oscilação da rede. “Com o chaveamento inteligente, a indústria não ficará mais sujeita a pausas por conta de quedas na rede”, afirma.

Compensação de Energia

O gerente do projeto na Celesc Distribuidora SA, Pablo Cupani Carena, explica que o projeto serve como um laboratório para a empresa. Desde 2012, as distribuidoras passaram a se adequar à resolução 482 da Agencia Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que criou o Sistema de Compensação de Energia – permitindo que consumidores de energia que possuam fontes alternativas possam conectar-se à rede, atendendo ao consumo local e injetando o excedente, gerando créditos. “Este é o projeto de maior porte nesta área realizado em Santa Catarina, e o diferencial dele é o sistema inteligente. Outros projetos poderão ser desenvolvidos, utilizando o mesmo conceito”, completa. •


Coluna Mercado SUSTENTABILIDADE

Coopercarga irá operar caminhão 100% movido a gás natural Veículo vai atuar a partir deste mês em período de teste na região central do Rio de Janeiro

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Coopercarga, operadora logística para Brasil e Mercosul, foi escolhida pela Ambev para operar o primeiro caminhão 100% movido a gás natural veicular (GNV) produzido pela MAN Latin America, que fabrica os caminhões Volkswagen. Esta tecnologia representa uma redução de 20% em emissões de CO2, em comparação às operações com veículos movidos a diesel. O modelo teste entrará em circulação a partir deste mês, abastecendo a região central da cidade do Rio de Janeiro, onde ficará por seis meses em período de teste. “A Coopercarga tem em sua identidade a preocupação com a sustentabilidade e busca realizar ações que minimizem os impactos de suas atividades no ambiente. Essa parceria com Ambev e MAN vem para fortalecer ainda mais esta ideologia. Selecionaremos as melhores equipes para testar e gerenciar esse veículo, verificando na prática seu desempenho”, informa Osni Roman, presidente da Coopercarga. Segundo o executivo, se o desempenho do veículo atender as expectativas projetadas pelos stakeholders, dentro de um ano a tecnologia deverá ser levada para outros locais do país. O combustível utilizado no novo caminhão de distribuição de bebidas tem autonomia de cerca de 200 km e o sistema de armazenagem de gás natural não altera

sua capacidade de carga útil - sendo a mesma da versão a diesel, de até 10 pallets de 1.250 quilos, o equivalente a cerca de 9.400 garrafas. Além disso, traz mais conforto ao motorista, pois com a nova configuração houve uma significativa redução nos níveis de emissão sonora. A tecnologia foi desenvolvida sobre um Constellation 24.280 6x2 que, quando comparado a sua versão movida a diesel, apresenta uma estimativa de ganho na operação (R$/km) de aproximadamente 10%. Os cilindros são produzidos em fibra de carbono com liner plástico e, juntos, ocupam uma área de 150m³ atrás da cabine. A operação conta também com a parceria da Gás Natural Fenosa, responsável pelo fornecimento do combustível.

A Coopercarga

A empresa foi fundada em 1990 na cidade de Concórdia (SC) e realiza a operação logística para a Ambev há mais de 12 anos, prestando os serviços de transferência, movimentação interna de armazéns e distribuição urbana. São mais de 1.200 pessoas envolvidas diariamente nas operações das praças do grande Centro do Rio e São Cristóvão, Grande São Paulo (Diadema e Mooca), Londrina (PR), e no nordeste e sul do país. Atualmente, a frota da Coopercarga é composta por 1,9 mil veículos, com idade média de aproximadamente quatro anos. • Economia&Negócios • Maio 2014 • 59


Coluna Mercado INVESTIMENTO

Grupo português TMB quer investir em portos no Brasil

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grupo português TMB - Terminal Multiusos do Beato pretende constituir uma "jointventure" com uma empresa brasileira para o desenvolvimento de uma rede de portos fluviais no Estado do Rio Grande do Sul, segundo revelou ao o empresário luso Sebastião Figueiredo, dono da TMB. "A par do crescimento a nível nacional, o Grupo TMB está a avançar para um processo de internacionalização sustentado no triângulo do Atlântico Sul: Portugal, Brasil, África", afirmou Sebastião Figueiredo. O empresário, filho do antigo dono da ETE - Empresa de Tráfego e Estiva, António Figueiredo (falecido em 2009), decidiu apostar no Brasil com um parceiro local "muito forte". "Atualmente [o grupo TMB] está a analisar diversas oportunidades de investimento no Brasil, nomea60 • Maio 2014 • Economia&Negócios

damente o desenvolvimento de um projeto na região do Rio Grande do Sul, em parceria com um "player' brasileiro muito forte a nível nacional e internacional, que contempla quatro vertentes: centros logísticos com terminais fluviais, estaleiro vocacionado para a construção de barcaças, uma empresa de navegação e uma agência de navegação", revelou Sebastião Figueiredo. A TMB explora o terminal do Beato, em Lisboa, e recentemente adquiriu as empresas Portmar e Portline Logistics. Agora a companhia quer crescer no Brasil. No que respeita à criação de uma empresa de navegação, Sebastião Figueiredo diz que está em aberto a "possibilidade de aquisição de uma empresa já existente com frota própria, podendo a partir daí expandir a atividade, ou, alternativamente, criar uma empresa de raiz". •


Coluna Mercado LOGÍSTICA

Aliança investe no transporte de cargas de projeto na cabotagem

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Serviço será feito por um navio modelo multipropósito, com capacidade para, aproximadamente, 19 mil toneladas de carga

s cargas de projetos, aquelas que possuem dimensões ou peso acima do permitido para embarque em contêineres, e que exigem equipamentos especiais para todas as etapas da logística, passam a contar com um transporte considerado inédito na cabotagem brasileira realizado pela Aliança Navegação e Logística. A empresa coloca em operação, a partir deste mês, o serviço de cabotagem especialmente desenvolvido para o setor de cargas de projeto. Para isso, a Aliança afretou um navio do tipo multipropósito para carregar equipamentos com grandes dimensões e volumes, entre eles, transformadores, reatores, turbinas, torres de transmissão, guindastes, geradores e pás eólicas. A embarcação terá bandeira brasileira e tripulação 100% nacional. Nomeado de “Aliança Energia”, o navio tem capacidade para transportar, aproximadamente, 19 mil toneladas de carga, e é equipado com três guindastes, que juntos podem içar peças de até 800 toneladas. De acordo com Mark Juzwiak, gerente-geral de assuntos institucionais da Aliança, o propósito principal da empresa é desenvolver um serviço de transporte marítimo porto a porto confiável, regular e competitivo na cabotagem para as cargas de projeto. “Inicialmente, atenderemos todo o território nacional, com destaque para as regiões Norte e Nordeste, e, quando viável, estenderemos o serviço até a Argentina, Uruguai e Chile, países que mantêm acordos bilaterais com o Brasil”, explica. O executivo explica que a cabotagem com navios especializados tem vantagens competitivas comparando aos outros modais devido à grande distância entre as indústrias e o destino final, a infraestrutura rodoviária limitada e deficiente, a falta de transporte apropriado, longo tempo de percurso, custos, espaço para armazenagem e menor índice de avarias. “Com a cabotagem da Aliança, temos condições de oferecer ao mercado navios apropriados, escalas regulares, possibilidade de programar os embarques, segurança da carga, custos competitivos e menor índice de emissão de CO2, contribuindo para a preservação do meio ambiente”, ressalta. Segundo ele, com o uso da cabotagem, o tempo de

viagem comparado ao rodoviário pode reduzir significativamente, dependendo do transporte, de 50 dias para no máximo 6 dias, em uma viagem de Santos para Fortaleza. “O modal marítimo é ágil e rápido. O investimento nesse setor é um pedido dos clientes, que necessitam de um serviço de credibilidade, e também do mercado, reflexo das obras que estão sendo realizadas no Brasil nas áreas de energia, óleo e gás, infraestrutura e também visando as Olímpiadas de 2016”, completa Juzwiak. “A expectativa é de que o setor de carga de projeto equivalerá a 6% dos negócios de cabotagem da Aliança Navegação e Logística”, finaliza o executivo.

A Aliança Navegação e Logística

Fundada em 1950, a empresa foi consolidando sua liderança no mercado brasileiro, passando a atuar em todos os continentes. Em 1998, a empresa foi adquirida pelo Grupo Oetker, também proprietário da Hamburg Süd, empresa alemã fundada em 1871. Com faturamento de R$ 3,3 bilhões em 2013, a Aliança Navegação e Logística tem forte atuação no segmento internacional e é líder no transporte de cabotagem. No ano passado, movimentou mais de 673 mil TEUs. Atualmente, opera regularmente em 17 portos nacionais e possui 12 escritórios próprios no Brasil. •

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Coluna Mercado PESQUISA

Confiança do setor da indústria é o mais baixo desde junho de 2009

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elo décimo quarto mês seguido, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getulio Vargas, ficou abaixo da média histórica, que é de 105,4 pontos, ao atingir em abril 95,6 pontos - ante 96,2, em março. Esse nível é o mais baixo já registrado desde junho de 2009 (90,7 pontos). Esses dados são referentes à Sondagem da Indústria de Transformação, apurada pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas. A pesquisa aponta ligeira elevação no nível de satisfação com os resultados de seus negócios no momento presente com o Índice da Situação Atual (ISA) em 97,3 pontos, avaliação que é 0,7% maior do que a anterior. Já em relação ao Índice de Expectativas (IE), houve queda de 2% com o nível atingindo 93,9 pontos. “Os resultados sinalizam continuidade do período de desaceleração do ritmo de atividade industrial, sem perspec-

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tivas, por ora, de reversão de tendência”, destaca a nota técnica da FGV. Segundo ainda o comunicado, o que influenciou a pequena melhora no ISA foi a redução dos estoques. A parcela dos entrevistados que indicaram estoques excessivos diminuiu de 9,4% para 8,4%.Ao mesmo tempo, aumentou de 1% para 2,9% o total que apontaram a existência de estoques insuficientes. Em relação às previsões futuras no curto prazo, caiu de 30,9% para 27,1% a proporção de empresas que acreditam em aumento da produção. Para 12%, as atividades vão diminuir ante 11,4% que tinham tal avaliação no mês anterior. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) apresentou leve recuo ao passar de 84,4% em março para 84,1% em abril. •


Coluna Mercado FRANQUIA

Balneário Shopping inaugura revendedora autorizada Apple

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Balneário Shopping inaugurou no mês de abril a primeira revendedora autorizada Apple da cidade. A My Store, franquia do Grupo Herval que vende exclusivamente equipamentos eletrônicos Apple, é a primeira loja da rede em Santa Catarina. Um coquetel de inauguração para convidados marcou a abertura da nova loja. A 18ª loja da rede no Brasil possui 122 metros quadrados de área. Com a My Store, os consumidores terão a oportunidade de navegar, comprar e testar os produtos inovadores da Apple em um ambiente descontraído e interativo. A nova loja oferece iPad, iPhone, iPod, MacBook e uma linha completa de acessórios para que os clientes possam interagir e comprar. A My Store vem complementar o mix de lojas conceitos em tecnologia de ponta concentrado no empreendimento. “Nos tornamos referência na região em eletroeletrônicos com pontos exclusivos das marcas mais importantes do mercado”, observa a gerente de marketing do Balneário Shopping, Elizângela Cardoso. •

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Coluna Mercado FIQUE ATENTO

Novas regras para estudar e trabalhar no Canadá

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partir de 1º de junho, o estrangeiro que buscar a aprovação do visto de estudo com direito a trabalho no Canadá precisará se matricular e frequentar cursos de graduação ou pós-graduação. As instituições de ensino de idiomas não estarão mais autorizadas a oferecer estes tipos de programa de intercâmbio. Por isso, quem já está inscrito em cursos de idiomas, com programas combinados com trabalho, para início neste ano, devem fazer o requerimento do visto antes de 1º de junho. “Se deixarem para depois, as novas regras já estarão valendo, e a autorização para trabalhar não vai sair. Para quem já está com o visto aprovado, vale a regra atual.”, adverte Alexandre Luis Pedrosa, diretor da Infovistos. O governo canadense vai divulgar uma relação das chamadas colleges, que estão autorizadas a receber as matrículas dos estrangeiros interessados em estudar e trabalhar no país, com a exigência de que aquele que se matricular no curso de graduação ou pós-graduação deverá frequentar as aulas. “Não vai adiantar se matricular apenas para conseguir permissão para trabalhar. Haverá uma fiscalização do cumprimento do programa.”, completa Alexandre. O study permit, como é chamado esse tipo de visto, dará direito a 20 horas de trabalho durante os cursos com seis meses ou mais, e em tempo integral durante

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as férias.

Mais alterações Outra mudança que será implantada serve para quem já estiver estudando no Canadá, como os alunos da High School, ou do Ensino Médio, como chamamos no Brasil. Eles poderão se matricular em um curso de graduação que dê direito a realização de estágios, ou trabalho, sem precisar voltar ao seu país de origem para mudar o status do seu visto. “Todo o trâmite poderá ser encaminhado no Canadá, desde que os estudantes estejam matriculados em instituições autorizadas”, especifica Alexandre, da Infovistos. E para dar um final feliz para quem se dedicou aos estudos e ao trabalho canadense, as novas regras estabelecem que, depois que completarem os estudos de pósgraduação, os estrangeiros poderão continuar trabalhando integralmente no país, até que tenham autorização do Work Permit, para poder ficar no Canadá em definitivo. Todas as alterações oficializadas pelo consulado canadense entram em vigor no dia 1º de junho, mas até lá as autoridades poderão informar normas adicionais ao disposto. Para se manter atualizado, e saber mais detalhes sobre como tirar visto de estudante com direito a trabalho no Canadá, acesse www.infovistos.com.br. •



Coluna Mercado

LEVANTAMENTO

Os diplomas que atraem melhores e piores salários iniciais

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esquisa realizada pelo site de empregos Adzuna revela que, em média, um diploma universitário aumenta o salário inicial de profissional em 50% na comparação com quem tem apenas o ensino médio completo. A empresa analisou mais de 320 mil anúncios de emprego publicados no site durante quatro meses. E comparou os salários oferecidos em oportunidades que exigiam nível superior completo com o pago naquelas em que bastava a conclusão do ensino médio. Segundo o levantamento, a média do salário anual em início de carreira é de R$ 31.116,00 para quem tem curso superior e de R$ 17.592,00 para quem terminou o ensino médio. Mas se o objetivo é começar a carreira com um salário alto, o curso escolhido fará toda diferença. O levantamento mostra quais são os diplomas universitários que atraem os melhores salários para recém-formados e quais têm a menores médias salariais para quem está começando a carreira. • 66 • Maio 2014 • Economia&Negócios

 O melhor salário inicial: engenharias com R$ 3.690  2º melhor salário inicial: tecnologia da informação com R$ 2.850  3º melhor salário inicial: economia e finanças com R$ 2.843  4º melhor salário inicial: medicina com R$ 2.791  O pior salário inicial: Artes com R$ 800  2º pior salário inicial: Letras com R$ 870  3º pior salário inicial: pedagogia com R$ 900  4º pior salário inicial: serviço social com R$ 1.000




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