Instabilidade do d贸lar complica planejamento no com茅rcio exterior
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ÍNDICE
Itajaí vai receber primeiro entreposto da Zona Franca de Manaus no Sul do país
Instabilidade do dólar faz setor de comércio exterior rever tributos
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Vale do Itajaí ganha dois novos cursos de graduação gratuitos
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FIESC apresenta à imprensa grandes eventos programados para maio
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Prêmio Valores em Ação da APM Terminals reconhece desempenho de comissárias de despacho
www.revistaportuaria.com.br Revista Portuária também está na web com informações exclusivas Duas vezes por semana, a Revista Portuária atualiza o blog da publicação, que tem sempre informações exclusivas sobre tudo o que acontece no mundo dos negócios no Brasil. O informativo jornalístico é encaminhado duas vezes por semana para uma base de dados segura e criteriosamente construída ao longo de 15 anos de mercado, formada por mais de 90 mil empresas. Composto por notícias econômicas de interesse de empresários, políticos e clientes, o blog trata de todo e qualquer tema que envolva economia, especialmente aqueles voltados aos terminais portuários de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. Se você souber de alguma novidade, tiver informações relevantes sobre temas econômicos e quiser contribuir com o trabalho da Revista Portuária, entre em contato com a reportagem no endereço eletrônico: jornalismo@revistaportuaria.com.br 4 • Maio 2015 • Economia&Negócios
ANO 15 EDIÇÃO Nº 183 MAIO 2015
EDITORIAL
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Comercial para todo o Brasil
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A instabilidade do dólar e o comércio exterior
A
desvalorização do real diante do dólar reflete diretamente sobre o comércio exterior e em regiões onde o volume dessas operações é maior como Itajaí e Navegantes é inevitável que o impacto chegue primeiro. Assim como a indústria, empresas de logística e armadores têm de buscar alternativas para driblar a crise. Em alguns casos, recalcular tarifas tem sido a alternativa para não deixar navios com espaços sobrando. Para a indústria nacional, essa alta do dólar pode significar um aumento das exportações e ajudar o Brasil a equilibrar a balança comercial. Se a atividade industrial aumentar, geram-se mais empregos: produtos importados mais caros podem dar força a itens nacionais. Porém, as indústrias podem ter dificuldades para importar insumos e, se tiverem dívida em dólar, vão pagar mais caro para saldálas. Ao mesmo tempo, a alta do dólar pode pesar no bolso do consumidor, com o aumento da pressão inflacionária e o encarecimento de viagens ao exterior e alguns produtos. A reportagem especial da Revista Portuária – Economia & Negócios traz um levantamento sobre os reflexos dessa situação na região e quais são as perspectivas deste segmento. Essas questões econômicas e cambiais, aliada a necessidade de ampliação da bacia de evolução e alargamento dos canais de acesso ao Complexo Portuário do Itajaí, foram sentidas no primeiro tri-
mestre deste ano. A retração na movimentação de contêineres nos meses de janeiro, fevereiro e março ficou em 8%. Somou 241,74 mil TEUs, ante os 263,87 mil TEUs operados no igual período do ano passado. O volume operado pela APM Terminals no trimestre somou 95,43 mil TEUs, ante os 102,23 mil TEUs operados em 2014, com queda de 7%. Já as operações da Portonave – Terminal Portuário Navegantes S/A nos meses de janeiro, fevereiro e março deste ano ficaram em 146,31 mil TEUs, com decréscimo de 9% em relação aos 161,63 mil TEUs registrados no primeiro trimestre do ano passado. O aumento do dólar, que teoricamente favoreceria as exportações, não teve esse papel. Os embarques do Porto de Itajaí e terminais instalados nas duas margens do rio homônimo acumularam queda de 8,1%, passando de 130,05 mil TEUs no primeiro trimestre do ano passado, para 119,53 mil TEUs em igual período de 2015. Esse encolhimento nas exportações pelo Complexo Portuário do Itajaí pode ser creditado à retração da produção industrial brasileira de 7,1%, segundo números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aliada às restrições operacionais e a conjuntura econômica global. Além da reportagem acima citada destaque para as tradicionais secções Portos do Brasil e Coluna Mercado, nas páginas seguintes da sua revista. Boa leitura!
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Itajaí vai receber primeiro entreposto da Zona Franca de Manaus no Sul do país
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primeiro entreposto Zona Franca de Manaus (ZFM) da região sul do Brasil está previsto para começar a operar na cidade portuária de Itajaí (SC), a partir do mês de maio. A empresa catarinense Komlog, proprietária da permissão, já assinou contrato com o governo de Manaus e iniciou as negociações com as empresas. Em todo o Brasil, existem quatro entrepostos e em cada região geralmente só é permitida uma concessão. Portanto, o de Itajaí deverá ser o único da região sul pelos próximos dez anos, sendo renováveis pelo mesmo período. Segundo a direção da empresa, o entreposto de Itajaí se destaca principalmente pela proximidade com os maiores mercados do país, como São Paulo e Rio de Janeiro, e pelo menor custo de transferência. O entreposto da Komlog tem área disponível de armazenamento de mais de 300 mil m². A área fica dentro do complexo da Multilog, no bairro Itaipava, em Itajaí. O entreposto Zona Franca de Manaus (ZFM) é uma permissão dada pelo governo de Manaus (AM)
para empresas de logística. A empresa que ganha a concessão, como é o caso da Komlog, pode receber mercadorias das indústrias que a contratam diretamente do Polo Industrial de Manaus (PIM) com 180 dias de isenção de impostos. As empresas que não usam o entreposto acabam usando o serviço de armazenagem em regime especial, onde os impostos são recolhidos no momento do transferência da mercadoria da ZFM para o armazém escolhido. Ou seja, mesmo que o produto não tenha sido vendido ainda, os impostos são recolhidos no momento da retirada. Outra opção das empresas que não utilizam o entreposto é vender diretamente da ZFM para o consumidor – uma prática menos viável, tendo em vista a maior dificuldade em fazer entregas individuais e os custos elevados dessa prática. O entreposto entra como uma solução para ficar longe dos impostos por cerca de seis meses enquanto o produto não é vendido. •
Nelson Robledo
Em Itajaí novo endereço: Avenida Coronel Marcos Konder, 789 - Centro - Itajaí - SC Curitiba - Joinville - Blumenau - Navegantes - Itajaí - Balneário Camboriú - Florianópolis 6 • Maio 2015 • Economia&Negócios
Realidade portuária é discutida na Univali O debate abordou o projeto e obras da nova bacia de evolução do Complexo Portuário, a Via Expressa Portuária e gerou uma ampla discussão sobre os principais gargalos que hoje impactam no desenvolvimento da atividade portuária
Divulgação
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s atuais condições operacionais do Complexo Portuário do Itajaí, seus projetos de expansão para mantê-lo competitivo foram alguns dos temas discutidos em reunião da Câmara Setorial de Comércio Exterior, da Associação Empresarial de Itajaí (ACII), realizada na Universidade do Vale do Itajaí (Univali). O evento, no formato de mesa redonda, reuniu autoridades do Porto de Itajaí, dos terminais portuários, do comércio e da política local, no Teatro Adelaide Konder, no Campus Itajaí. A realização ficou a cargo a ACII e do Centro de Ciências Sociais Aplicadas/Gestão (Cesciesa), da Univali. “O debate abordou o projeto e obras da nova bacia de evolução do Complexo Portuário, a Via Expressa Portuária e gerou uma ampla discussão sobre os principais gargalos que hoje impactam no desenvolvimento da atividade portuária”, relata o superintendente do Porto de Itajaí, engenheiro Antonio Ayres dos Santos Junior. O evento contou ainda com a participação do presidente da ACII, Eclésio Silva e dos superintendentes da APM Terminals Itajaí e Portonave Terminais
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Portuários Navegantes, Ricardo Arten e Osmari Castilho Ribas, respectivamente. Foi mediado por Marco Aurélio Rosembrock, coordenador do curso de Administração da Univali. Para o coordenador do Cesciesa, professor Manoel Antônio dos Santos, a realização do debate deu visibilidade à academia de um importante tema, que são as limitações operacionais do Complexo Portuário do Itajaí, a exemplo dos acessos aquaviários e terrestres, aos mesmo tempo que aumenta a credibilidade dos investimentos feitos na atividade portuária junto a Universidade e meio empresarial. “Queremos com isso mobilizar a sociedade em torno dos problemas do porto, como já ocorreu outras vezes, e somar forças para reivindicarmos os investimentos que o Complexo precisa”, diz Manoel. O evento foi prestigiado por empresários, acadêmicos dos cursos de Comércio Exterior, Logística e Gestão Portuária, da Univali, e por pessoas da comunidade interessadas no tema. •
Ações da Superintendência do Porto de Itajaí são reconhecidas com a certificação Selo Social
A
Superintendência do Porto de Itajaí (SPI) foi contemplada com o Selo Social em cinco dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, estabelecidos pela Organização das Nações Unidas - ONU/2000. Os resultados foram divulgados recentemente e a entrega da certificação está programada para 09 de junho, às 20h, em recepção no Itamirim Clube de Campo, em Itajaí. O programa Selo Social de Itajaí, criado para certificar as empresas e órgãos governamentais que cumprem regularmente com suas obrigações fiscais e sua função social. Recebem o Selo Social empresas que realizam investimentos na área social em âmbito interno – junto aos seus funcionários – ou externo – comunidade –, tendo como parâmetro de análise os oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs) estabelecidos pela ONU. São eles: 1) acabar com a fome e a miséria, 2) educação básica de qualidade para
todos, 3) igualdade entre sexos e valorização da mulher, 4) reduzir a mortalidade infantil, 5) melhorar a saúde das gestantes, 6) combater a Aids, a malária e outras doenças, 7) qualidade de vida e respeito ao meio ambiente, e 8) todo mundo trabalhando pelo desenvolvimento. Dos oito quesitos, o Porto de Itajaí foi contemplado com a ODM 1 – Acabar com a fome e a miséria, ODM 2 - Educação Básica de Qualidade para Todos, ODM 6 – Combater a Aids, a Malária e outras doenças, ODM 7 – Qualidade de Vida e Respeito ao meio ambiente e ODM 8 – Todo mundo trabalhando pelo desenvolvimento. “Vemos a certificação como o reconhecimento dos investimentos que realizamos na qualidade de vida de nossos servidores e também em programas e projetos desenvolvidos para a comunidade na qual estamos inseridos”, diz o superintendente do Porto de Itajaí, engenheiro Antonio Ayres dos Santos Junior.• Ronaldo Silva Jr
Antonio Ayres dos Santos Junior, superintendente do Porto de Itajaí
Divulgação
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Além da questão energética, conselheiros da Fiesc debateram as ações da Federação e o cenário político nacional.
Heraldo Carnieri
Cenário energético preocupa a indústria catarinense Tema foi debatido em reunião do Fórum Estratégico da Fiesc, realizada em Florianópolis
A
perspectiva de continuidade da alta nas tarifas de energia, somada ao risco de falta deste insumo fundamental para o setor produtivo, foram debatidas no Fórum Estratégico da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc). Segundo o presidente da Tractebel Energia, Manoel Zaroni, a redução nos volumes dos reservatórios das hidrelétricas, além de elevar o risco de desabastecimento, obriga a utilização constante de fontes caras de geração, mantendo a pressão sobre as tarifas. Para o fim deste ano, após a travessia da época de seca, a previsão é de que os reservatórios possam cair para a faixa entre 12% e 31% de sua capacidade. Em novembro de 2014, antes do reinício das chuvas no Sudeste, foi atingido o mínimo de 19%. Neste cenário, o conselho discutiu medidas que a indústria pode adotar para reduzir o consumo, controlando seus custos e reduzindo a pressão sobre o sistema. O presidente do conselho de administração da Weg, Décio da Sil-
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va, defendeu a criação de incentivos para que as empresas atualizem seus maquinários. Este processo foi executado na Marisol. Segundo o presidente do conselho de administração da empresa, Vicente Donini, foi obtida economia de 27% no consumo de energia após a troca dos equipamentos. Ele relatou que o valor investido na atualização foi recuperado em 4,5 anos, contra uma previsão inicial de 6 anos. Na abertura da reunião, o presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, fez um breve relato das ações desenvolvidas por SESI/SC, Senai/SC, IEL/SC e pela própria Federação em linha com o Plano Estratégico 2015-2022. Segundo Côrte, o objetivo é aprofundar a integração das casas, unificando e qualificando os serviços prestados à indústria catarinense. A reunião contou ainda com palestra do professor Carlos Melo, do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), de São Paulo. O especialista abordou o cenário político brasileiro e seus possíveis desdobramentos. •
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Municípios participantes de projeto da Secretaria do Desenvolvimento Sustentável economizaram R$ 55 milhões Destaque para Itajaí que conseguiu uma economia de R$ 48,3 milhões em nove meses, sendo que a meta era de R$ 19,7 milhões para o período.
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estores das sete prefeituras participantes do projeto Gestão Municipal para a Nova Economia participaram de reunião de avaliação, em Florianópolis. Os dados apresentados mostram que a meta inicial, de R$ 34 milhões em redução de despesas, foi superada em 61%. “O resultado até fevereiro apontou uma economia de R$ 55 milhões nas sete cidades em menos de um ano. Isso mostra o sucesso do projeto e o empenho dos prefeitos participantes”, ressaltou o secretário do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS), Carlos Chiodini. Prefeitos, vices, secretários municipais e demais funcionários das prefeituras de Araquari, Garuva, Gravatal, Itajaí, Jaraguá do Sul, Santo Amaro da Imperatriz e São Francisco do Sul participaram durante 18 meses de treinamentos, workshops, sessões de coa-
ching e mentoring visando a melhoria na gestão e o desenvolvimento social e econômico dos municípios. Foi traçado, ainda, plano estratégico econômico para cada cidade e criado um modelo de governança focado em metas e gestão de resultados. A prefeitura de Itajaí conseguiu uma economia de R$ 48,3 milhões em nove meses, sendo que a meta era de R$ 19,7 milhões para o período. Santo Amaro da Imperatriz conseguiu reduzir R$ 686 mil, Jaraguá do Sul R$ 8,6 milhões, Garuva R$ 1,2 milhões e Gravatal R$ 45 mil. Araquari e São Francisco do Sul não apresentaram seus números. Os resultados finais serão apresentados em junho. “Esta é uma iniciativa do Governo do Estado para melhorar a gestão dos municípios catarinenses. A partir do diagnóstico da situação de cada prefeitura foi possível eleger as prioridades e planejar uma administração mais eficiente”, enfatizou o secretário Chiodini. •
Carlos Chiodini, secretário do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS)
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James Tavares/Secom
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Santa Catarina é destaque em relatório de indicadores da ONU
ndicadores na área de saúde, educação e igualdade social colocam Santa Catarina em posição de destaque no relatório nacional de acompanhamento do programa Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. A iniciativa é organizada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), órgão da Organização das Nações Unidas (ONU) criado para promover o desenvolvimento e combater a pobreza no mundo. Os dados foram apresentados ao governador Raimun-
do Colombo, por comitiva liderada pelo coordenador residente do sistema ONU no Brasil, Jorge Chediek. Os indicadores mostram avanços em diferentes áreas entre o período de 1990 e 2015. O índice de pobreza extrema no Brasil, por exemplo, passou de 25,5% em 1990 para 3,5% em 2012. Em Santa Catarina, o mesmo indicador caiu de 15,4% para 1,1% no período. “Recebemos este relatório com muita alegria, com muito orgulho de ser catarinense. O estudo mostra o quanto
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Outros dados apresentados no relatório:
Santa Catarina é um estado diferenciado, muito desenvolvido, com alguns dos melhores indicadores do país. Isso mostra a qualidade de vida da nossa gente, a força do povo catarinense e a energia da nossa sociedade. No meio de tanta notícia ruim que vemos todo dia, receber informações que comprovam com independência os avanços catarinenses é um orgulho e uma enorme satisfação”, destacou o governador Colombo. O coordenador residente do sistema ONU no Brasil, Jorge Chediek, afirma que, dentro dos padrões internacionais da pesquisa, Santa Catarina aparece como um estado muito bem-sucedido. “O Brasil tem sido um exemplo mundial da implementação e dos bons resultados dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. E dentro do Brasil, Santa Catarina se destaca como um dos estados com maior progresso social nos últimos anos, com melhoras nos indicadores de saúde e de educação. Estamos aqui para parabenizar Santa Catarina pelo trabalho do Governo do Estado e dos catarinenses na construção de uma sociedade
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melhor”, explicou. Uma nova etapa do programa Objetivos de Desenvolvimento do Milênio está sendo reformulada e novas metas serão apresentadas nos próximos meses, com um olhar para o período entre 2015 e 2030. Jorge Chediek aproveitou a visita para apresentar o projeto ao Governo do Estado. “A comunidade internacional está criando uma nova agenda, baseada no paradigma do desenvolvimento humano sustentável, que inclui dimensões sociais, econômicas e ambientais”, afirmou. O secretário de Estado de Assuntos Internacionais, Carlos Vieira ressaltou o peso do envolvimento da ONU na condução do relatório. “É muito importante valorizar que um órgão totalmente independente como a ONU fez o levantamento e constatou que os índices socioeconômicos de Santa Catarina evoluíram de uma maneira destacada não só dentro do padrão brasileiro, mas internacionalmente. Agora, o Governo do Estado tem o aval da ONU para apresentar estes dados, ganhando uma credibilidade ainda maior”, acrescentou. •
Taxa de escolarização da população de sete a 14 anos no ensino fundamental :: Brasil – passou de 81,2% em 1990 para 97,7% em 2012 :: Santa Catarina – passou de 86% em 1990 para 98,9% em 2012 Taxa de escolarização da população de 15 a 17 anos no ensino médio :: Brasil – passou de 16,9% em 1990 para 57,9% em 2012 :: Santa Catarina – passou de 22,8% em 1990 para 61,4% em 2012 Taxa de alfabetização dos jovens de 15 a 24 anos :: Brasil – passou de 90,3% em 1990 para 98,7% em 2012 :: Santa Catarina – passou de 96,2% em 1990 para 99,6% em 2012 Taxa de mortalidade infantil :: Brasil – passou de 47,1 por mil nascidos vivos em 1990 para 15,3 em 2011 :: Santa Catarina – passou de 33,6 por mil nascidos vivos em 1990 para 10,8 em 2011
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Buda Mendes - Volvo Ocean Race
Itajaí Stopover bate recorde de Vila da Regata e Molhes de Itajaí e Navegantes reuniram 352.205 pessoas durante a passagem da maior regada de volta ao mundo pela região
A
Itajaí Stopover única parada da América Latina da Volvo Ocean Race bateu recorde de público. Na segunda passagem da maior regata de volta ao mundo por Itajaí a Vila da Regata recebeu 320.205 visitantes, e os molhes de Itajaí e Navegantes 32 mil visitantes, totalizando um público de 352.205 pessoas. Antes mesmo dos números finais serem divulgados, o CEO da Volvo Ocean Race, Knut Frostad, já havia dito: "Esta foi sem dúvidas a melhor de todas as paradas da história da VOR. Itajaí foi incrível". Organização, números de visitantes e principalmente o carinho dos brasileiros com os velejadores foram fundamentais para que a Itajaí Stopover impressionasse mais uma vez toda a equipe da VOR. "A cidade manteve o bom trabalho que fez da última vez, talvez até melhor. Estou ainda mais impressionado com a estrutura local. Mas, é a mesma paixão que você pode ver nas pessoas que seguem a corrida, curiosos para verem os barcos e, desta vez, as meninas. É ótimo para a corrida, para a vela e ótimo para o Brasil, é claro" ressaltou o brasileiro Joca Signorini que é técnico da equipe feminina. 16 • Maio 2015 • Economia&Negócios
Para o Comitê Central Organizador da Itajaí Stopover, a sensação é de dever cumprido. "Acredito que com essa edição da Volvo Ocean Race, Itajaí se consolida como Polo Náutico do Brasil, que tem no esporte náutico internacional uma das suas forças, bem como o porto, a pesca e o turismo. Mas, com isso nossa responsabilidade só aumenta. Estamos satisfeitos com o resultado, extremamente agradecidos aos visitantes que fizerem desta a melhor stopover de todos os tempos, e prontos para novos desafios" avaliou o presidente do Comitê Central Organizador, Alexandre Santos. Para o prefeito de Itajaí, Jandir Bellini, o principal objetivo da passagem da Volvo Ocean Race por Itajaí é o desenvolvimento econômico, notável pela geração de emprego e renda antes, durante e depois da competição. "Queremos agradecer a confiança depositada pelos organizadores da VOR em Itajaí, os itajaienses que embarcaram com a gente nessa aventura e o Governo do Estado que é o nosso principal apoiador neste evento que tem atraído olhares de todo o mundo para Santa Catarina" finalizou o prefeito.
Marc Bow - Volvo Ocean Race
público na Volvo Ocean Race Feira multissetorial
Além do recorde de público, outro destaque da Itajaí Stopover foi a feira de negócios realizada no Centreventos. Ao todo, 14 empresas do polo náutico catarinense vinculadas ao Sebrae-SC expuseram 18 embarcações – em 2012, foram apenas duas lanchas na Vila da Regata. Também participam do encontro empresas da construção civil, vestuário, material de pesca e peças para barcos, bijuterias, entre outros produtos.
Premiação
O projeto Juntos pelo Rio, criado na edição de 2012 da Itajaí Stopover, dentro do programa de sustentabilidade
do evento, já está em sua quarta edição, e foi premiado pela Revista Meio Sustentável com o "Troféu Mérito Sustentável no Litoral - Verão 2015". A entrega foi realizada, no Centro de Eventos da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul. O Juntos Pelo Rio foi uma das primeiras ações relacionadas a preservação e conscientização ambiental para preparar a cidade para receber a edição 2011-12 da regata de volta ao mundo Volvo Ocean Race (VOR). A partir daí foi realizada mais três vezes e consiste em limpar as margens do Rio Itajaí-Açu. O projeto também contribuiu para que Itajaí recebesse o prêmio de melhor programa de sustentabilidade da VOR 2011-14 e ainda rendeu a medalha de bronze na categoria Meio Ambiente e Sustentabilidade no importante prêmio do Sports Event Management Conference.•
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Instabilidade do dólar faz setor de comércio exterior rever tributos ESPECIALISTA AFIRMA QUE NA ATIVIDADE PORTUÁRIA OS MONTANTES TRANSACIONADOS ATINGEM VALORES DE SEIS DÍGITOS, DESTA FORMA PEQUENOS CENTAVOS DE VARIAÇÃO PODEM ACARRETAR EM PERDAS MILIONÁRIAS PARA AS EMPRESAS TRANSPORTE DE CARGAS FRACIONADAS E LOTAÇÕES 28 anos transportando com agilidade e rapidez
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A
desvalorização do real diante do dólar reflete diretamente sobre o comércio exterior e em regiões onde o volume dessas operações é maior como Itajaí e Navegantes é inevitável que o impacto chegue primeiro. Assim como a indústria, empresas de logística e armadores têm de buscar alternativas para driblar a crise. Em alguns casos, recalcular tarifas tem sido a alternativa para não deixar navios com espaços sobrando. Para a indústria nacional, essa alta do dólar pode significar um aumento das exportações e ajudar o Brasil a equilibrar a balança comercial. Se a atividade industrial aumentar, geram-se mais empregos: produtos importados mais caros podem dar força a itens nacionais. Porém, as indústrias podem ter dificuldades para importar insumos e, se tiverem dívida em dólar, vão pagar mais caro para saldá-las. Ao mesmo tempo, a alta do dólar pode pesar no bolso do consumidor, com o aumento da pressão inflacionária e o encarecimento de viagens ao exterior e alguns produtos. Professora do curso de administração da Univali, Janypher Marcela Inácio é especialista em economia e gestão das estratégias empresariais. Ela afirma que os fatores que levam a oscilação do preço do dólar no Brasil são complexos. “A alta da inflação, desequilíbrio econômico e fiscal, melhora do cenário internacional e até mesmo o suposto envolvimento de parlamentares no esquema de corrupção e as disputas entre os poderes Legislativo e Executivo agravaram ainda mais o cenário de oscilação”, explica. Ressalta também que devido ao atual momento da economia, dificilmente algum economista apontará com convicção uma ten-
dência, pois o cenário nacional ainda é con- portuária e essa variação da moeda norte-ameturbado. ricana afeta muito esse setor. “O governo está trabalhando para im“Tive caso de alunos em sala comentanplementar o ajuste fiscal, porém esta medida do que amigos e parentes que trabalhavam em não é fácil. É necessária, mas não será coloca- importadoras foram demitidos devido a cortes da em prática sem romper com movimentos de pessoal fruto das complicações geradas pelo que estavam sendo feitos nos últimos anos. câmbio. Além disso, no comércio exterior e na Acredito que o ano de 2015 seja um ano de atividade portuária os montantes transacionaajustes, desta forma teremos que esperar dos atingem valores de seis dígitos, desta forma mais uns meses para conseguir apontar uma pequenos centavos de variação podem acarretendência com maior clareza”. tar em perdas milionárias para as empresas”, A especialista em economia acredita finaliza. que para controlar a inflação uma das estratégias poderia ser a tentativa de atração de investimento externo, principalmente Estratégias para enfrentar em dólar. No entanto, outra medida vem sendo adotada. a instabilidade do dólar “O governo vem sinalizado mais fortemente com a tentativa de controSegundo Cristhian Werner, diretor lar a inflação via aumento da taxa de juros, da ANX International Logistics – empredesta forma ele retira o dinheiro de circulasa conta com seis escritórios próprios ção incentivando a poupança, remunerando espalhados pelo Brasil: São Paulo, Itajaí, mais o capital parado. Quanto à atração do Curitiba, Rio de Janeiro, Recife e Campiinvestimento externo, até que o país entre nos nas – com atual conjuntura econômica o eixos, pelo menos um pouco mais, e essa turmercado não está crescendo. bulência se estabilize, não vejo o Brasil como “Desta forma nossa estratégia é um país local altamente atrativo para o capital aumentar o marketshare (participação de externo”, salienta. mercado) e estreitar ainda mais o relacionamento com os clientes ativos, apre Dificuldade de sentando sempre as melhores soluções”, planejamento explica. Segundo Janypher, um cenário de alNo entanto, ele ressalta as dificultas variações dificulta o planejamento tanto dades geradas pela instabilidade do dódas pessoas quanto das empresas. Ela cita o lar. “Essa situação gera uma grande difiexemplo de uma família que está planejando culdade na realização de novos negócios. suas férias no final do ano. Sem ter uma persAs barreiras são diversas e os empresápectiva do patamar em que o dólar estará, a rios ficam mais cautelosos. O ideal para o tendência é que esta família acabe optando segmento é termos um dólar estável”. por não sair do país. Werner explica que neste cenário a “Agora pensemos no âmbito empresaempresa e os armadores trabalham com rial, a falta de clareza da tendência e as expectarifas diferenciadas. “Buscamos sempre tativas ruins fazem com que os empresários as melhores negociações para nossos esperem e segurem seus investimentos, o que clientes em todos os momentos. Já em acaba piorando ainda mais o cenário produtirelação aos armadores com a demanda vo nacional”, explica. baixa, os navios estão com espaço soA professora ressalta que a região de brando, nesta situação as tarifas tendem Itajaí e Navegantes têm muitas empresas a cair bastante”, finaliza. ligadas ao comércio exterior e a atividade
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Complexo Portuário do Itajaí sente o impacto da atual conjuntura econômica
A
necessidade de ampliação da bacia de evolução e alargamento dos canais de acesso ao Complexo Portuário do Itajaí, aliada às questões econômicas e cambiais, foram sentidas no primeiro trimestre deste ano. A retração na movimentação de contêineres nos meses de janeiro, fevereiro e março ficou em 8%. Somou 241,74 mil TEUs (Twenty-footEquivalent Unit – unidade internacional equivalente a um contêiner de 20 pés), ante os 263,87 mil TEUs operados no igual período do ano passado. O volume operado pela APM Terminals no trimestre somou 95,43 mil TEUs, ante os 102,23 mil TEUs operados em 2014, com queda de 7%. Já as operações da Portonave – Terminal Portuário Navegantes S/A nos meses de janeiro, fevereiro e março deste ano ficaram em 146,31 mil TEUs, com decréscimo de 9% em relação aos 161,63 mil TEUs registrados no primeiro trimestre do ano passado. No primeiro trimestre deste ano o dólar
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acumulou um aumento de 20% em relação à moeda brasileira, chegando a R$ 3,19 no final de março. Fator que desacelerou as importações brasileiras. Em Itajaí o recuo foi de 8,4%, passando de 133,82 mil TEUs no primeiro semestre do ano passado, para 122,53 mil TEUs, nos primeiros três meses de 2015. O aumento do dólar, que teoricamente favoreceria as importações e exportações, não teve esse papel. Os embarques do Porto de Itajaí e terminais instalados nas duas margens do rio homônimo acumularam queda de 8,1%, passando de 130,05 mil TEUs no primeiro trimestre do ano passado, para 119,53 mil TEUs em igual período de 2015. Esse encolhimento nas exportações pelo Complexo Portuário do Itajaí pode ser creditado à retração da produção industrial brasileira de 7,1%, segundo números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aliada às restrições operacionais e a conjuntura econômica global.
Economia&Negócios • Abril 2015 • 21
Quem ganha e quem perde? Dólar alto
Exportações em abril superam importações em US$ 491 milhões A balança comercial brasileira registrou em abril o segundo saldo mensal positivo consecutivo, de US$ 491 milhões, segundo informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). No mês, as exportações voltaram a recuar na comparação com o mesmo período de 2014 e somaram US$ 15,2 bilhões – queda de 23,2% pela média diária. As importações, contudo, encolheram ainda mais (23,7%), totalizando US$ 14,7 bilhões, em um reflexo da desaceleração da economia. No acumulado do ano, a balança ainda segue com forte déficit, de US$ 5,066 bilhões. No período, as exportações encolheram 16,4% para US$ 57,9 bilhões, afetadas principalmente pela redução dos preços das principais commodities vendidas pelo país. As exportações de soja, por exemplo, despencaram 41% e as de minério de ferro, 45%. As vendas de produtos industrializados e semimanufaturados também recuaram, mas a um ritmo menor –11,3% e 2,5%, respectivamente. As importações tiveram queda total de 15,9% no quadrimestre e somaram US$ 63 bilhões. Houve recuo na compra de todas as categorias de uso, com destaque para petróleo (58%), em um reflexo da queda dos preços no mercado internacional, e de bens de consumo duráveis, com queda de 21%.
O aumento do dólar prejudica as empresas que atuam com importação e com o mercado interno.
O que acontece: As empresas do mercado interno são prejudicadas, pois equipamentos eletrônicos e bens duráveis ficam mais caros, porque geralmente possuem em seus produtos matérias-primas ou componentes importados. As empresas que atuam no comércio internacional são afetadas diretamente pela alta do dólar. Com o aumento do dólar os commodities começam a subir e demais itens, como combustíveis e alimentos, também sofrem essa influência, impactando diretamente na inflação, ou seja, “dólar subindo é mais inflação, dólar caindo é risco de desindustrialização”.
Dólar baixo A queda do dólar em relação ao real prejudica dois grupos de empresas no Brasil: - As que são voltadas para as exportações; - E as que atuam no mercado interno e sofrem com a concorrência do produto importado.
O que acontece:
O real valorizado deixa os produtos brasileiros mais caros no mercado internacional, o que reduz a competitividade em relação aos artigos de outros países, especialmente da China. As empresas que atuam no mercado interno acabam sendo prejudicadas pela maior entrada de produtos importados no país, onde os consumidores podem optar por produtos de outros mercados que ofereçam preços mais competitivos.
Presidente da AEB defende reforma tributária, novas relações comerciais e incremento de infraestrutura Em um primeiro momento a valorização do dólar favorece as exportações brasileiras, mas apesar do cenário, o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, alerta que é preciso ter uma política de incentivos ao comércio exterior brasileiro, para incentivar a competitividade dos produtos nacionais, além de investimentos em infraestrutura e de reforma tributária. 22 • Maio 2015 • Economia&Negócios
“Não podemos depender somente da flutuação do dólar. Precisamos de plano de longo e médio prazo porque o câmbio é variável e não dá para prever. Temos que fazer o nosso dever de casa. Hoje mais de 95% das exportações são por via marítima e temos que ter portos para integrar os modais e ampliarmos o nosso leque de opções para que o câmbio deixe de ser nosso refúgio”, explica o presidente da associação.
Economia&Negócios • Abril 2014 • 23
DIVULGAÇÃO
Vale do Itajaí ganha dois novos cursos de graduação gratuitos A oferta será nos campus Gaspar e Itajaí do Instituto Federal de Santa (IFSC)
24 • Maio 2015 • Economia&Negócios
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Conselho Superior do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) aprovou dois novos cursos de graduação com início já em agosto deste ano. No Campus Gaspar, será aberto o curso superior de tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas. Já no Campus Itajaí, terá início o curso de Engenharia Elétrica. Cada curso disponibilizará 40 vagas. O curso superior de tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas do Campus Gaspar será oferecido no período noturno e terá duração de três anos. Já o curso de Engenharia Elétrica do Campus Itajaí será ofertado no período vespertino e terá duração de cinco anos. Esses são os primeiros cursos de graduação de ambos os campus. Com a abertura de mais esses dois cursos, o IFSC passa a ofertar 390 vagas para cursos técnicos e de graduação para a região do Vale do Itajaí no processo seletivo 2015. Todos os cursos são gratuitos. A taxa de inscrição para os cursos técnicos é de R$ 30,00 e para os cursos de graduação é de R$ 40,00. Candidatos doadores de sangue, inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) e integrantes de família de baixa renda podem solicitar o não pagamento da taxa de inscrição até o dia 12 de maio. As inscrições devem ser feitas no site www.ifsc.edu.br, onde também estão disponíveis os editais com todas as informações detalhadas sobre
o processo seletivo. Há também computadores disponíveis para inscrição em todos os campus do IFSC para candidatos que não possuem acesso à Internet. Para ingressar nos cursos técnicos do IFSC, é necessário fazer uma prova de conhecimentos gerais, chamada de exame de classificação. Essa prova será realizada no dia 14 de junho, de manhã para os cursos técnicos concomitantes e subsequentes e à tarde para os cursos integrados. Já o vestibular para os cursos de graduação está marcado para o dia 21 de junho. A lista dos candidatos aprovados em todos os cursos será divulgada no dia 8 de julho. Mais informações sobre o processo seletivo podem ser encontradas nos editais, disponíveis no site www.ifsc.edu.br. Em caso de dúvidas, o candidato pode entrar em contato com o Departamento de Ingresso do IFSC pelo telefone 0800 722 0250. A ligação é gratuita.Em Santa Catarina, estão abertas mais de três mil vagas para cursos técnicos, de graduação e voltados a educação de jovens e adultos em 17 cidades: Araranguá, Caçador, Canoinhas, Chapecó, Criciúma, Florianópolis, Gaspar, Itajaí, Jaraguá do Sul, Joinville, Lages, Palhoça, São José, São Carlos, São José, Tubarão e Xanxerê. Para mais informações, acesse o site www.ifsc.edu.br.
Confira abaixo todos os cursos que estão com inscrições abertas na região:
Câmpus Gaspar Técnico Integrado em Química (matutino) – 40 vagas Técnico Integrado em Informática (integral) – 40 vagas Técnico Concomitante em Modelagem do Vestuário (noturno) – 30 vagas Técnico Subsequente em Administração (noturno) – 40 vagas Curso superior de tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas (noturno) – 40 vagas Campus Itajaí Técnico Integrado em Mecânica (matutino) – 40 vagas Técnico Concomitante em Mecânica (noturno) – 40 vagas Técnico Subsequente em Eletroeletrônica (noturno) – 40 vagas Técnico Subsequente em Aquicultura (noturno) – 40 vagas Engenharia Elétrica (vespertino) – 40 vagas •
Rua Brusque, 337 - Itajaí - SC Economia&Negócios • Maio 2015 • 25
Cooperativas de Santa Catarina crescerão 12% neste ano Ocesc faz avaliação e anuncia projeções para o cooperativismo catarinense que cresceu 16% em 2014 e obteve receitas de R$ 23 bi
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cooperativismo catarinense – estruturado no campo e na cidade – continua em ascensão e crescerá 12% neste ano, de acordo com projeções da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc). A expressão do setor é reconhecida nacionalmente: as 253 cooperativas catarinenses reúnem 1,755 milhão de famílias associadas e mantêm 52.157 empregos diretos, faturam mais de R$ 23 bilhões de reais por ano e representam 11% do PIB catarinense. Ao apresentar avaliações e projeções, o presidente da Ocesc, Marcos Antônio Zordan, destacou que, em 2014, o se-
Marcos Antônio Zordan, presidente da Ocesc
tor voltou a investir na base produtiva, na diversificação de produtos e serviços e na qualificação de colaboradores, dirigentes e associados. A receita operacional bruta atingiu 23,3 bilhões de reais, com incremento de 15,91%. Foi o sexto ano consecutivo de crescimento, após a crise financeira internacional de 2008/2009 que atingiu todos os continentes. Para 2015, a previsão é uma taxa de crescimento de 12%. O quadro social teve uma expansão de 8%, alcançando 1 milhão 755,8 mil pessoas. Consideradas as famílias cooperadas, isso significa que metade da população estadual está vinculada ao cooperativismo. A projeção de aumento do número de cooperados (associados) às cooperativas barrigas-verdes para 2015 é de 10%. Zordan destacou que também cresceu em 11,86% a participação da mulher no quadro social das cooperativas de SC. Atualmente, 37,20% dos associados são do sexo feminino, índice que, até o fim deste ano, chegará a 40%.
Desempenho das cooperativas
O quadro geral do desempenho das cooperativas revela que, em 2014, o número total de empregados aumentou 5,56%, passando a 52.157 colaboradores. Em 2015 deve ampliar em mais 6%. Em 2014, as cooperativas catarinenses recolheram 1 bilhão 449,5 milhões de reais em tributos, sendo 1,002 bilhão de reais de geração de impostos sobre a receita bruta e 447,3 milhões de reais de geração de contribuições sobre a folha de pagamento de salários. Isso representa 9,27% a mais que o ano anterior e deve, ainda, subir 10% em 2015. As cooperativas dos ramos agropecuário, saúde, crédito, consumo, infraestrutura e transporte registraram o movimento econômico mais expressivo. As 53 cooperativas agropecuárias representam 66% do movimento econômico de todo o sistema cooperativista catarinense. No conjunto, essas cooperativas mantêm um quadro social de 69.241 cooperados e um quadro funcional de 34.485 empregados. O faturamento anual do ramo agropecuário totalizou 26 • Maio 2015 • Economia&Negócios
Marcos Antonio Zordan apresentou o balanço do cooperativismo em Florianópolis
15 bilhões 184,5 milhões de reais. O ramo de saúde, com 30 cooperativas e 10.799 associados, faturou 2 bilhões 769,4 milhões de reais. O ramo de crédito, formado por 64 cooperativas que reúnem 1,082 milhão de cooperados (associados), teve movimento de 2 bilhões 543,3 milhões de reais. Marcos Zordan também informou que o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/ SC), vinculado a Ocesc, investiu, em 2014, R$ 17,3 milhões de reais para ações de formação profissional, promoção social e outras atividades, num total de 1.461 eventos, que atenderam 108.203 pessoas – entre associados, empregados e dirigentes de cooperativas. • ANDERSON PINHEIRO
Economia&Negócios • Maio 2015 • 27
NELSON ROBLEDO
Como estimular o turismo náutico no Brasil Em audiência com o ministro do Turismo, associação de cruzeiros pede apoio para voltar a crescer no país
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ministro do Turismo, Henrique Alves, recebeu nesta terça-feira (5) representantes da Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Abremar) para uma audiência sobre os desafios do turismo náutico. A redução da oferta de cruzeiros marítimos no Brasil foi um dos temas tratados na reunião, assim como a necessidade de ampliar os destinos. O Brasil tem hoje 10 navios de cruzeiros para o turismo náutico, metade do que havia há quatro anos. O presidente da Abremar, Marco Ferraz, relacionou o momento vivido pelo segmento à falta de uma legislação clara e altos custos de mercado. Com interesse de retomar o crescimento, o segmento pediu apoio ao ministro Henrique Alves na solução de questões que impactam o setor. “Temos muito o que mostrar para estrangeiros e brasileiros que saem do Brasil para o Caribe e outros destinos, enquanto temos praias paradisíacas aqui no nosso país”, disse
28 • Maio 2015 • Economia&Negócios
Henrique Alves. O ministro falou sobre a importância dos cruzeiros para as economias locais e para o desenvolvimento econômico do país. “Um segmento que movimenta mais de R$ 1 bilhão durante uma temporada e gera mais de 15 mil empregos tem um grande potencial econômico, precisamos posicionar o produto e destravar as amarras que o impedem de crescer”, disse o ministro. A intenção é reverter essa curva descendente de crescimento e criar novas rotas, como uma específica para o Nordeste, para aproveitar o potencial da costa brasileira. De acordo com um estudo realizado pela Fundação Getulio Vargas, a temporada de cruzeiros movimentou R$ 102,9 milhões no Rio de Janeiro, R$ 86,6 milhões em Santos e R$ 43,9 milhões, em Salvador. “A chegada de um cruzeiro dessas dimensões em um destino movimenta toda a economia local”, afirmou.•
Artigo É constitucional a lei catarinense que impõe alíquotas maiores de ICMS sobre a energia elétrica e serviços de comunicação?
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Junta Comercial do Estado lança novos serviços para dar agilidade na abertura de empresas
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Junta Comercial do Estado de Santa Catarina (Jucesc) está atualizando serviços já existentes e implantando novos projetos, para beneficiar os empresários catarinenses. Neste mês de maio será lançado um novo modelo de protocolo para abertura de empresa. “A partir de agora somente serão protocolados os processos que atenderem os requisitos legais”, explica o presidente, André Luiz Bazzo. A lista de requisitos já está disponível no site www.jucesc.sc.gov.br. É exigido o Documento Básico de Entrada (DBE), relatório de viabilidade, assinatura de todos os sócios, Ficha do Cadastro Nacional de Empresas (FCN) para os casos de processo manual, entre outros. Estas exigências foram aprovadas no regimento interno da Jucesc, no dia 16 de abril, seguindo a lista de procedimentos utilizada nas Juntas Comerciais de todo país. “Estamos intensificando os trabalhos na Jucesc desde que assumimos a SDS. Este é um compromisso com o governador Raimundo Colombo para desburocratizar a entidade”, revela o secretário do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS), Carlos Chiodini. Outra ação lançada recentemente pela Jucesc é o de plantão processual para consultas sobre processos em tramitação e esclarecimentos específicos, em funcionamento desde o início de abril. O serviço está disponível as segundas, quartas e sextas-feiras, das 14 às 18h, pelo (48) 3665-5999. Além disso, para facilitar a comunicação entre a Junta Comercial e usuário externo, foi reformulado o Fale Conosco. As consultas poderão ser por telefone no (48) 3665-5984 e ou no site.•
m novo precedente da jurisprudência pode acarretar impacto bilionário nos cofres públicos do Estado de Santa Catarina. Com efeito, no último mês, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, analisando lei do Estado do Rio de Janeiro que versava a respeito do ICMS, chegou à conclusão de que aos Estados não é possível instituir alíquotas superiores para a energia elétrica do que para outros produtos considerados supérfluos pela legislação – no caso, o RJ cobrava, a título de ICMS, 25% sobre a energia elétrica, enquanto a alíquota para mercadorias em geral era de 18%. Isso porque, de acordo com o precedente, o ICMS obedece, dentre outros, ao princípio da seletividade, segundo o qual produtos e serviços essenciais, tais como energia elétrica e serviços de comunicação, devem ter alíquotas menores do que produtos supérfluos – assim considerados tais como cigarros, bebidas alcoólicas, cosméticos e perfumes. O princípio da seletividade existe justamente para garantir a menor oneração de produtos e serviços que são de necessidade básica da população. Com efeito, é esse o caso de Santa Catarina, que, por força do artigo 19, II, “a” e “c”, da Lei Estadual n° 10.297/1996, estabelece a cobrança de alíquota de 25% (vinte e cinco por cento) sobre energia elétrica e serviços de comunicação, enquanto cobra 17% (dezessete
por cento) para mercadorias em geral. Esse artigo de lei já é objeto de ação que tramita no Supremo Tribunal Federal, de autoria das Lojas Americanas, e que está submetido ao regime da repercussão geral – ou seja, uma vez julgada procedente, será aplicada incondicionalmente para todos os contribuintes em Santa Catarina. Na prática, isso significará, caso o recurso seja provido, a aplicação da alíquota geral de 17% (dezessete por cento) para energia elétrica e serviços de comunicação. Com o precedente da Segunda Turma, caso se mantenha o mesmo posicionamento, os contribuintes já têm a metade dos votos do Supremo, bastando mais um para que a lei seja declarada inconstitucional. Vale ressaltar que o Supremo inclusive reconheceu, no precedente, o direito do consumidor final ao ressarcimento dos últimos 5 (cinco) anos. No caso do processo que envolve a lei catarinense, o parecer do Procurador-Geral da República é também favorável aos contribuintes, embora sugira a modulação dos efeitos para evitar o rombo no caixa dos Estados. Se a modulação acontecer, apenas os contribuintes que já entraram com as ações terão direito a reaver o que foi indevidamente pago no passado. Por essa razão, é importante que as empresas entrem com ações na Justiça antes que o recurso seja julgado pelo Supremo Tribunal Federal. •
Kim Augusto Zanoni OAB/SC 36.370 Sócio do escritório Silva e Silva Advogados Associados. Pós-graduado em Direito Empresarial e Advocacia Empresarial pela Universidade Anhanguera. Pós-graduando em Direito Tributário pelo Instituto Brasileiro de Estudos Tributários (IBET). Advogado atuante nas áreas Tributária, Aduaneira e Societária em nível administrativo e contencioso. Economia&Negócios • Maio 2015 • 29
FIESC apresenta à imprensa grandes eventos programados para maio Bienal Brasileira de Design, Global Health Workplace e Jornada Inovação e Competitividade da Indústria Catarinense serão realizados a partir do próximo dia 15
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FIESC apresentou à imprensa, na manhã desta quartafeira (6), os três principais eventos que realizará em maio, mês em que comemora 65 anos de fundação. No próximo dia 15, será aberta a Bienal Brasileira de Design Floripa 2015 (que prossegue até julho). Nos dias 18 e 19, no Costão do Santinho, ocorre o Global Healthy Workplace, evento mundial de saúde no ambiente de trabalho. De 20 a 22 será realizada a quarta edição da Jornada Inovação e Competitividade da Indústria Catarinense, em cujo encerramento ocorrerá a outorga da Ordem do Mérito Industrial de Santa Catarina e da CNI. Para o presidente da FIESC, Glauco José Côrte, os eventos oferecerão informações atualizadas sobre os diversos temas e contribuirão para o desenvolvimento da indústria. “Temos a ambição de que todo o conhecimento que será discutido nos eventos seja amplificado e disseminado para todo o Estado e o País”, afirmou.
Saúde no ambiente de trabalho
É o caso do Global Healthy Workplace Awards and Summit. “Trata-se de um evento com caráter empresarial,
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executivo e que discutirá questões que impactam diretamente nos ambientes de trabalho, que representam ganhos tanto em saúde e qualidade de vida dos trabalhadores quanto em melhorias de produtividade das indústrias e empresas”, explicou Fabrizio Machado Pereira, superintendente do SESI/SC, entidade que promove o evento em parceria com o Global Centre for Healthy Workplaces. Citando pesquisa do Ministério da Saúde, Pereira lembrou que 52,5% dos brasileiros têm sobrepeso, 18% são obesos e que metade dos brasileiros com mais de 18 anos não realizam qualquer atividade física. “Essa situação leva ao desenvolvimento de doenças crônicas como as cardiovasculares, diabetes hipertensão. Isso acomete nossos trabalhadores e empresas, e impacta consideravelmente nos custos médicos”, afirmou. O superintendente do SESI lembrou que empresas brasileiras chegam a ter até 22% da sua folha de pagamento comprometida com despesas com a saúde dos trabalhadores. “Custos médicos levam a custos previdenciários, e tudo isso leva a perda de produtividade”, disse. “Saúde é um bom negócio; empresas que investem nela são reconhecidas pela sociedade, trabalhadores, investidores e consumidores”, ressaltou.
Esta será a terceira edição do Global Healthy Workplace Awards and Summit, antes realizado na Inglaterra e na China. Além dos debates com conferencistas internacionais e participantes oriundos de 50 países, o evento contará com a premiação de iniciativas empresariais que melhor promovem a qualidade de vida do trabalhador em âmbito internacional. As finalistas, nas três categorias, são a Chevron (EUA), GlaxoSmithKline (Inglaterra), Unilever-Brasil, Universidade Vanderbilt (EUA), Lan Spar Bank (Dinamarca) e Naya Jeevan (Paquistão).
Design como estratégia de competitividade
Os conceitos do design como estratégia de negócios também serão disseminados. De 15 de maio a 12 de julho, Florianópolis sediará uma série de eventos que integram a quinta edição (a primeira em Santa Catarina) da Bienal Brasileira de Design. “Quanto mais a indústria perceber a relevância do design no processo de inovação como fator de competitividade, mais mercado e competitividade a indústria terá”, salientou Natalino Uggioni, superintendente do Instituto Euvaldo Lodi (IEL/SC) em Santa Catarina. Com expectativa de público de 200 mil visitantes, este é o maior evento de design no Brasil, nesta edição com abrangência internacional. A programação conta com exposições, workshops, debates e mostras em diferentes pontos da cidade, como o CIC, a FIESC, o Palácio Cruz e Souza, o Parque de Coqueiros, o Jurerê Open Shopping e o Mercado Público Municipal. Além
disso, outras 150 ações paralelas, entre exposições, debates e outras atividades, foram inscritas para o evento, que é uma iniciativa do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e do Movimento Brasil Competitivo (MBC), apoiada pela Apex¬Brasil e promovida pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Centro Design Catarina, Governo de Santa Catarina e Prefeitura Municipal de Florianópolis.
Inovação e Competitividade
A saúde no ambiente de trabalho também será tema da abertura da quarta edição da Jornada Inovação e Competividade da Indústria Catarinense, na manhã de 20 de maio. No mesmo dia, serão realizadas palestras sobre ambiente e estratégias de inovação. No dia 21, serão discutidos os temas educação (na parte da manhã) e perspectivas econômicas e ambiente institucional (no período vespertino). A jornada será concluída no dia 22 de maio, com a outorga da Ordem do Mérito Industrial de Santa Catarina e da Confederação Nacional da Indústria (CNI), além do Mérito Sindical. “A jornada é uma iniciativa em prol da competitividade da indústria de Santa Catarina; reúne empresários, diretores, gerentes, academia, dirigentes para debater temas relacionados ao interesse do setor”, afirmou o diretor de Comunicação e Marketing da FIESC, Carlos Roberto de Farias. A extensa programação é comemorativa aos 65 anos da FIESC, fundada no dia 25 de maio de 1950.•
Economia&Negócios • Maio 2015 • 33
Revista Portuária marca presen
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DURANTE OS TRÊS DIAS DO ENCONTRO A EQUIPE DA PUBLICAÇÃO DISTRIBUIU MILHARES DE EXEMPLARES DO ANUÁRIO 2015
Revista Portuária – Economia e Negócios, esteve mais uma vez presente no principal encontro do setor de logística, transportes de cargas e comércio exterior das Américas: a Intermodal South America. O evento realizado no início de abril, no Transamérica Expo Center, em São Paulo, reuniu mais de 680 marcas expositoras de 25 países. A presença de um público qualificado, com alto poder de decisão e conhecimento técnico sobre os setores, é tradição da
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Intermodal. Durante os três dias do encontro a equipe da Revista Portuária distribuiu milhares de exemplares do Anuário 2015 A edição especial da publicação aborda a força econômica da região sul do Brasil, traz uma análise de todos os portos localizados em Santa Catarina, no Paraná e no Rio Grande do Sul, além de artigos de autoridades de diversos segmentos ligados a economia. Confira algumas fotos do evento:
ça na Intermodal South America
Rua Manoel Vieira Garção, 10 – Sala 204 - Esq. Dr. José Bonifácio Malburg Cep: 88301-425 – Centro- Itajaí – SC – Edifício PHD Economia&Negócios • Maio 2015 • 37
coluna mercado Divulgação
Assessor técnico do Sindipi assume diretoria industrial no Ministério da Pesca Roberto Wahrlich terá como desafio profissional a implantação do ordenamento pesqueiro no Brasil, que precisa contar com apoio de pesquisadores e da indústria
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assessor técnico do Sindicato dos Armadores e das Indústrias de Pesca de Itajaí e Região (Sindipi), Roberto Wahrlich, assumiu o cargo de Diretor da Pesca Industrial (DPI), da Secretaria de Planejamento e Ordenamento Pesqueiro do Ministério da Pesca. O novo diretor terá como desafio profissional a implantação do ordenamento pesqueiro no Brasil, que precisa contar com apoio de pesquisadores e da indústria. “Vamos ter que resgatar o que foi perdido ao longo dos anos, já que estamos vivendo um momento crítico. Hoje o Brasil não conta com nenhum acompanhamento sistemático. Existem sim, muitas normas de proteção ao meio ambiente e as regras de ordenamento pesqueiro são as mesmas que nós tínhamos há dez anos. Neste tempo algumas normas relacionadas a pesca foram instituídas, mas todas elas com o aval do setor ambiental”, destaca Roberto. Segundo o profissional, este processo de estruturação já começou. O primeiro passo foi a garantia, por meio da secretaria, de recursos mínimos para investir na implantação dos Comitês Permanentes de Gestão Pesqueira. Os chamados CPGS serão os responsáveis pela parte de pesquisa e dados de diversas espécies de pescado, como por exemplo, o comitê de sardinha e afins que deve ser oficializado ainda neste mês. O professor Roberto leva para a Diretoria da Pesca Industrial, uma experiência de mais de 20 anos na área de oceanografia e na atuação direta no setor da pesca, não em laboratório, mas dentro de embarcações em alto mar. 38 • Maio 2015 • Economia&Negócios
Depois de formado, o professor atuou na Reserva do Arvoredo, em Florianópolis - no Cepsul, quando ainda era um centro de pesquisa e, na sequência, em 1997 passou a integrar o quadro de professores da Universidade do Vale do Itajaí. Há 17 anos está na instituição e cerca de sete anos na coordenadoria técnica do Sindicato dos Armadores e das Indústrias de Pesca de Itajaí e Região – Sindipi. Por causa do convite para assumir o cargo, o professor deixa a função na coordenadoria técnica do sindicato e também conseguiu junto a Univali uma licença não remunerada. “Foi uma decisão difícil, mas vejo isso como uma oportunidade única dentro da história do Ministério da Pesca. Colocar um ministro que valoriza o conhecimento e a técnica e aposta nisso, é um diferencial. Isso ainda não tinha acontecido, então tudo aquilo que para mim era decepção agora tem um novo olhar”, explica o professor. Para o presidente do Sindipi, Giovani Monteiro, a nomeação de Roberto é uma conquista para o setor pesqueiro catarinense. Nos últimos anos o Ministério da Pesca não contava com pessoas que entendiam da pesca na região sudeste/sul, que é uma pesca similar entre todos os sindicatos. É uma pessoa conceituada no meio da academia, entende muito do setor, conhece a realidade e a problemática da gestão pesqueira. “Nunca o Ministério teve um poder técnico como o que foi organizado pelo Ministro Helder Barbalho. Se o setor não avançar agora não vejo outra alternativa. O que estamos vivenciando hoje com esta indicação é um sonho”, lembra Giovani Monteiro. •
coluna mercado Presidente da SC Par participa de reuniões com direção da Sinotruk na China
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presidente da SC Par, Paulo César da Costa, participou na China de reuniões com o grupo responsável pela instalação da fábrica da marca Sinotruk em Lages, na Serra Catarinense. Foram tratados dos próximos passos da instalação diretamente com os diretores da CNHTC - China National Duty Truck Group, maior fábrica de caminhões da China e responsável pela Synotruck Brasil Truking Company. A unidade será a primeira do grupo fora da China. O deputado estadual Gabriel Ribeiro acompanhou os encontros. A comitiva foi até a capital Jinan, da Província de Shandom, onde visitaram as fábricas de motor e de eixo e caixa dos caminhões do grupo. Ao contrário de outras montadoras, a CNHTC produz todos os componentes para os seus veículos, com exceção apenas de vidros e pneus. O presidente da SC Par participou da discussão do acordo de acionistas para viabilizar a produção dentro do programa Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores (Inovar-Auto), do governo federal, como também a adequação do projeto às exigências do Finame. Com a medida, a empresa terá direito a benefícios como descontos no pagamento do Im-
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posto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os veículos produzidos no Brasil. Em contrapartida, a montadora deverá usar um percentual mínimo de peças nacionais. A representação do governo catarinense se deslocou de trem para a cidade de WeihaiA empresa bei, onde manteve contato com terá direito a dirigentes do grupo empresarial benefícios como Wehay Group Co., interessado descontos no em investir na indústria que se pagamento instala em Lages, segundo informou Paulo César da Costa. do Imposto O Governo do Estado vem sobre Produtos apoiando a vinda da fábrica de Industrializados caminhões para Lages. Por meio (IPI) para de convênio com a prefeitura, os veículos foram transferidos os recursos para a desapropriação de uma produzidos no área no Distrito de Índios e para Brasil. a terraplenagem do terreno onde se instalará a indústria. Para manter os benefícios do Inovar-Auto, a empresa terá que produzir o primeiro caminhão até o final do próximo ano.•
Divulgação / SC Par
coluna mercado Avaliação melhora, mas confiança industrial segue baixa Levantamento feito pela Fiesc mostra que o índice de confiança industrial segue 15,8 pontos abaixo da média histórica
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pós três meses de baixa, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) apresentou alta de 3,2 pontos em Santa Catarina no mês de abril, para 39,6 pontos. Mesmo assim, o indicador continua abaixo dos 50 pontos, o que indica pessimismo com a economia, e abaixo de sua média histórica, que é de 55,4 pontos. Os dados foram divulgados pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc). A avaliação das condições atuais passou de 30,6 pontos em março para 32,1 pontos neste mês, enquanto a apreciação das perspectivas futuras subiu de 39,4 pontos para 43,4 pontos. Na divisão por segmentos, o empresário da construção civil segue com menos confiança (38 pontos) que o da indústria de transformação (39,9 pontos). O levantamento foi realizado pela Fiesc, em parceria
com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), entre os dias 1º e 15 de abril. Participaram 198 indústrias dos segmentos de transformação e construção civil.
Brasil
Segundo a CNI, o ICEI Nacional aumentou um ponto em abril e alcançou 38,5 pontos. Mesmo assim, o indicador está 17,9 pontos menor do que a média histórica de 56,4 pontos. O aumento registrado neste mês é resultado da melhora das perspectivas em relação às condições da empresa e da economia nos próximos seis meses. O índice de expectativa subiu para 43,2 pontos em abril, 1,8 ponto superior ao de março. A pesquisa nacional foi feita entre 1º e 15 de abril com 2.884 empresas. Dessas, 1.113 são pequenas, 1.089 são médias e 682 são de grande porte.•
Reprodução
Indicador continua abaixo dos 50 pontos, o que indica pessimismo com a economia, e abaixo de sua média histórica, que é de 55,4 pontos.
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coluna mercado Apenas três cidades brasileiras valorizaram o preço para venda do metro quadrado, aponta pesquisa Brasília teve maior aumento no valor do imóvel para venda. Nos alugueis, Balneário Camboriú apresentou melhores resultados
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portal de classificados de imóveis VivaReal apresentou o DMI-VivaReal (Dados do Mercado Imobiliário) com análises referentes a indicadores do setor imobiliário no primeiro trimestre de 2015. O levantamento mostrou que em apenas três cidades brasileiras, das 33 analisadas, o preço do metro quadrado sofreu elevação no primeiros meses deste ano. Segundo o índice, Brasília (DF), Balneário Camboriú (SC) e Goiânia (GO) apresentaram valorização real acima do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). O levantamento realizado pelo portal também teve como destaque a valorização do preço mediano de venda em Florianópolis, Santa Catarina, (+3,2%), Vitória, Espírito Santo, (+ 2,7%) e Salvador, Bahia, (+2,6%). Em seis cidades houve a desvalorização do valor dos imóveis: Joinville, Santa Catarina, (-5,2%), Porto Alegre, Rio Grande do Sul, (- 1,5%), Belo Horizonte-MG (-0,4%), Londrina-PR (-0,3%), Fortaleza-CE (-0,2%) e BarueriSP (-0,2%). Segundo Lucas Vargas, vice-presidente comercial do VivaReal, o consumidor não deve esperar por uma queda brusca nos preços para comprar seu imóvel: “Apesar de ter ocorrido queda real no valor mediano do metro quadrado em algumas cidades, não vemos variações que justifiquem que os valores dos imóveis venham a ter uma grande redução nos próximos meses”, afirma Vargas. No período analisado, Brasília (R$ 8.400,00/m²), Rio de Janeiro (R$ 7.394,03/ m²) e Balneário Camboriú (R$ 6.875,00/m²) apresentaram os preços medianos dos metros quadrados mais caros. Os mais baratos foram em cidades do interior, como Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul, (R$ 2.833,33/m²), São Leopoldo, também no Rio Grande do Sul, (R$ 3.012,42/m²) e Sorocaba, em São Paulo, (R$ 3.103,44/m²).
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Região sul se destaca nos aluguéis
Já quando o assunto foi aluguel, a região sul foi destaque para valorização do metro quadrado, onde três das cinco cidades analisadas apresentaram valorização do preço mediano para aluguel. Em primeiro lugar ficou Balneário Camboriú (+27,7%), em segundo lugar Londrina (+8,6%) e em seguida Canoas (+4,9%). O cenário de aluguel apresentou mais resultados positivos que o de vendas: 13 cidades estudadas apresentaram crescimento acima da média. A Região Sul teve três das cinco cidades com maior valorização no preço mediano do m² para aluguel. Em primeiro lugar ficou Balneário Camboriú, com +27,7% de valorização – a cidade também ficou entre as cinco mais valorizadas para venda. Em seguida podemos apontar Londrina (+8,6%) e Canoas (+4,9%). Além disso, se destacaram Jundiaí (+ 3,8%) e Guarulhos (+3,7%) entre as mais valorizadas. O cenário de aluguel se mostrou mais positivo que o de venda, uma vez que 13 entre as 33 cidades estudadas apresentaram crescimento acima do índice geral de preços do mercado acumulado (1,04%). As principais desvalorizações ocorreram em Natal – com queda de -4,5%, seguida por João Pessoa (-4,4%), Rio de Janeiro (-2,8%), Vitória (-1,75%) e Barueri (-1,33%). As cinco cidades com o m² mais caro para aluguel são: Rio de Janeiro (R$ 42,86/m²), São Paulo (R$ 36,76/ m²), Brasília (R$ 33,19/m²), Barueri (R$ 31,01/m²) e Santos (R$ 29,85/m²). O objetivo do levantamento realizado desde 2013 é disponibilizar informações de preço, oferta e demanda de imóveis para consumidores e profissionais do setor, tornando mais transparente o processo de aquisição e locação de um imóvel e aumentando a eficiência do mercado imobiliário.•
coluna mercado Apesar dos impactos da crise econômica, agência de risco mantém nota de Santa Catarina
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Standard & Poor’s, uma das mais importantes agências internacionais de classificação de risco, reafirmou os ratings de emissor ‘BBB-’ na escala global e ‘brAAA’ na escala nacional ao Estado. A perspectiva em ambas as escalas permanece estável. O rating é uma análise feita por agências financeiras sobre a capacidade de um órgão (país, Estado, município ou empresa) de saldar compromissos financeiros. “Essa avaliação financeira do Estado por parte de uma instituição com a credibilidade da Standard & Poor’s é uma demonstração ao mercado e à sociedade catarinense da seriedade com que temos administrado as contas do governo. Mesmo diante de um quadro de desaceleração econômica, a regra é fazer todos os esforços para honrar os compromissos financeiros”, afirma o secretário da Fazenda Antonio Gavazzoni. Em sua avaliação, a S&P afirma que o perfil de serviço da dívida de Santa Catarina melhorou significativamente após duas operações de refinanciamento. A agência destaca a redução do percentual de receita comprometida com o serviço da dívida. De acordo com o diretor de Captação de Recursos e da Dívida Pública, Wanderlei Pereira das Neves, o comprometimento atual é de 7,84% e seria de 12,76% sem as renegociações. Ainda na avaliação da S&P, Santa Catarina apresenta gestão financeira ‘satisfatória’ e nos últimos anos apresentou melhora na cobrança de impostos, elevando as receitas próprias. “Além disso, o governador continua reduzindo os gastos públicos por meio de uma reforma da administração pública, a ser implementada em seu segundo mandato”, destaca o material enviado pela agência à imprensa especializada. A S&P afirma que “o Estado apresenta uma economia ‘fraca’ mas bem equilibrada e diversificada, com níveis de renda
superiores aos do Brasil, embora ainda inferiores aos de seus pares internacionais na mesma categoria de rating. Com 6,2 milhões de habitantes e representando 4% do PIB brasileiro (estimado em R$ 200 bi em 2014), Santa Catarina é o oitavo Estado que mais contribui para o PIB do país. Seu PIB per capita é o quarto maior do Brasil, estimado em US$14.288 em 2013, consideravelmente superior ao PIB per capita nacional de US$11.465 no mesmo ano”.
Superávit
A S&P também destaca o superávit operacional de 6,7% das receitas operacionais totais em 2014, mas faz uma ressalva devido à crise econômica. “Esperamos um enfraquecimento neste indicador nos próximos dois anos em função da estagnação da economia, que afetará o crescimento de sua receita, e de sua estrutura de custo operacional, que continua crescendo acima da inflação”, destaca o relatório da agência. No entanto, a agência também manteve a perspectiva estável. “Nossa expectativa é de que Santa Catarina continuará registrando resultados fiscais adequados, com saldo operacional entre 5% e 6% das receitas operacionais e níveis de dívida moderados, significativamente inferiores a 120% das receitas operacionais nos próximos dois anos”, observa a S&P em seu relatório de análise do rating.
Rating
As notas conferidas por agências classificadoras de risco são instrumentos relevantes para os investidores porque se trata de uma opinião independente sobre risco de crédito da dívida. O rating foi contratado pelo governo no segundo semestre de 2012. A avaliação de risco é uma das condições para contratação de operações de crédito com organismos internacionais, o que habilita o Estado a receber financiamentos com taxas de juros muito mais atrativas que as praticadas no mercado interno.• Antonio Gavazzoni, secretário da Fazenda Economia&Negócios • Maio 2015 • 43
coluna mercado Fiesc concede Ordem do Mérito para industriais de Santa Catarina
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ndicado pelo presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Glauco José Côrte, o industrial Mário Lanznaster, da Aurora Alimentos, de Chapecó, teve seu nome aprovado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) para receber a Ordem do Mérito Nacional da Indústria, a mais importante condecoração da indústria brasileira. Os empresários Alcantaro Corrêa (in memoriam), Edio José Del Castanhel, Genésio Ayres Marchetti, José Fernando Xavier Faraco e Osvaldo Moreira Douat serão agraciados com a Ordem do Mérito Industrial de Santa Catarina, o mais alto reconhecimento do setor no Estado. "É uma justa e honrosa homenagem a uma das mais expressivas lideranças nacionais da agroindústria. Mário Lanznaster tem uma história de trabalho árduo e dedicação a um dos setores mais importantes da indústria do Estado", afirma Côrte. "Ele e os empresários que receberão a comenda estadual são exemplos da garra do industrial catarinense, do qual temos tanto orgulho", completa. A Ordem do Mérito Industrial da CNI foi criada em 1958. Anualmente, no máximo dez federações industriais conseguem aprovar indicações entre as 27 do País. Criada em 2000, a Ordem do Mérito Industrial de Santa Catarina reconhece, por ano, até cinco personalidades ou organizações que tenham contribuído para o desenvolvimento da indústria catarinense. Os industriais receberão a outorga durante solenidade, no dia 22 de maio, em Florianópolis, no encerramento da Jornada Inovação e Competitividade da Indústria Catarinense, evento que integra a agenda de comemoração dos 65 anos de fundação da FIESC. Mário Lanznaster nasceu em Presidente Getúlio. É formado em agronomia pela UFRGS e em engenharia de segurança do trabalho pela UFSC. Reconhecida liderança da agroindústria catarinense, iniciou sua vida profissional em 1968 como extensionista rural da então Acaresc, hoje Epagri, no município de Modelo. Dois anos depois foi transferido para Chapecó para realizar a mesma função. Em 1974, foi convidado para trabalhar como assessor técnico na Cooperativa Central Oeste Catarinense (Aurora), quando iniciou a implantação do fomento à suinocultura. Na empresa, acumulou as funções de responsável técni-
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co pela fábrica de rações e concentrados e diretor industrial até 1989, quando foi convidado pelo então presidente, Aury Bodanese, a assumir o cargo de vice-presidente da Cooperalfa. Em 1997 foi conduzido à presidência da Cooperalfa, onde foi reeleito por três mandatos de quatro anos. Em 2002, Lanznaster foi eleito vice-presidente da Cooperativa Central Oeste Catarinense (Aurora) e em 2007 foi eleito presidente da instituição da qual está no terceiro mandato.•
Mário Lanznaster, teve seu nome aprovado pela CNI para receber a Ordem do Mérito Nacional da Indústria
coluna mercado
João Dittgen e Gilliard Silva, representantes da unidade paranaense da empresa
Divulgação
Filial da ANX de Curitiba completa um ano de atividades Com início do segundo ano de atividades no Paraná, e com maior visibilidade no mercado, a empresa espera um crescimento na ordem de 40% nesta unidade em 2015
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unidade da ANX International Logistics em Curitiba (PR) completou um ano de atividades em abril. A abertura do escritório localizado no Bairro Ahú foi uma das principais estratégias da empresa para crescer em volume de mercadorias movimentadas em 2014. Segundo o diretor da ANX, Cristhian Werner, a expectativa inicial era que o Paraná representasse, até final do ano passado, cerca de 26% das receitas da empresa, mas a unidade superou essa meta. “O desempenho da filial atingiu todas as expectativas da empresa. Além disso, as movimentações através da filial de Curitiba e do Porto de Paranaguá foram discretamente superadas, consideramos o resultado muito positivo quando comparamos com nossos principais concorrentes que registraram retração ao invés de crescimento”, ressalta Werner. Com início do segundo ano de atividades no Paraná, e com maior visibilidade no mercado, a empresa espera um crescimento na ordem de 40% nesta unidade em 2015. “Esta expectativa está vinculada as ações comerciais desenvolvidas ao longo do primeiro ano. Estamos trabalhando no fortalecimento da marca e no ganho de market 46 • Maio 2015 • Economia&Negócios
share dentro do Estado do Paraná”, explica. Atualmente a ANX conta com seis escritórios próprios espalhados pelo Brasil: São Paulo, Itajaí, Curitiba, Rio de Janeiro, Recife e Campinas. Em setembro de 2015 será inaugurada uma nova unidade em Porto Alegre e já são projetadas novas filiais em Belo Horizontes e Manaus para início de 2016. O foco da ANX é o agenciamento de transportes internacionais para importação e exportação, com know how e network para atender operações door to door ao redor de todo o mundo. A empresa está bem amparada nos mercados da Ásia, Europa, Mediterrâneo, América do Norte/Central/Sul e África, além de dispor de seguro internacional, carga projeto e transporte rodoviário. “Nossa projeção de crescimento neste ano é de 70%. Mesmo com o mercado em retração, nossa estratégia será sempre investir. Investir em sistemas de gestão, investir no relacionamento com nossos clientes, investir em estrutura, investir em marketing e, investir acima de tudo nas pessoas”, finaliza o diretor da ANX, Cristhian Werner. •
coluna mercado Mapeamento aponta abertura de mais de 1,5 mil vagas de tecnologia em Santa Catarina
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elo menos 1.535 postos de trabalho devem ser gerados até o final deste ano pelo setor de tecnologia da informação e comunicação (TIC) em Santa Catarina. Destes, mais de 600 estão abertos e ao menos 908 devem ser gerados nos próximos meses. A estimativa vem do mapeamento de TIC para 2015, um levantamento realizado pelo programa Geração TEC, da Secretaria do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS). “Estas informações ajudarão a montar a grade de cursos do programa, que visa formar profissionais capacitados para atenderem as necessidades das empresas catarinenses”, explica Chiodini. O mapeamento contou com a participação de 190 empresas do setor no Estado no primeiro trimestre. Nos resultados, destacam-se as cidades com maior número de oportunidades abertas e também previstas para o ano. A maior quantidade de vagas está em Florianópolis (355), Joinville (313) e Blumenau (252). Nas posições seguintes figuram Rio do Sul (120), Lages (96), Criciúma (91) e Tubarão (81). Estas cidades deverão oferecer capacitações do Geração TEC, incluindo Brusque, Chapecó e São Miguel do Oeste. De acordo com a coordenadora operacional do programa, Jeritza de Souza, os resultados enviados pelas empresas já estão sendo trabalhados para que o maior número possível de vagas demandadas seja suprido em 2015. “Estamos em fase de seleção de instituições de ensino para que sejam abertos processos seletivos de cursos de formação profissional em 10 cidades catarinenses. Serão cerca de 20 turmas e as oportunidades devem abrir a partir da próxima quinzena”, explica. Segundo o presidente da Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (Acate), Guilherme Bernard, o levantamento é importante para que as empresas reconheçam áreas mais carentes de profissionais qualificados. “Os números refletem a força e o potencial de crescimento do setor tecnológico catarinense, mesmo em um contexto de dificuldade econômica como o que o país enfrenta atualmente. O mapeamento nos faz, ainda, vislumbrar onde estão as lacunas da demanda por profissionais e ajuda a identificar áreas que necessitam de mais investimentos em
qualificação”, destaca Bernard. Em quatro cidades pesquisadas, a previsão de geração de novas vagas até o final do ano deve representar quase o dobro das oportunidades oferecidas hoje. É o caso de Lages, que prevê 184% mais admissões; Joinville, com acréscimo de 155%; Brusque, 95% e Florianópolis, 77%. A estimativa da Acate prevê um crescimento da ordem de 20% para o setor em 2015. O Geração TEC já realizou 4.571 capacitações em todas as regiões de Santa Catarina. O programa é executado pelo Instituto Internacional de Inovação (i3), com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) e entidades de TIC parceiras. •
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coluna mercado Marco Aurélio Braga/ PMJ
Missão oficial à Alemanha inicia conversas por novos investimentos Santa Catarina
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missão oficial à Alemanha aproximou Santa Catarina dos investidores alemães. Rodadas de negócios apontaram áreas de interesse dos empresários estrangeiros. Segundo o secretário de Assuntos Internacionais (SAI), Carlos Adauto Virmond Vieira, que representou o governador Raimundo Colombo na delegação, os resultados são promissores. "Nossa missão oficial foi um sucesso e as perspectivas de Santa Catarina receber novos investimentos da Alemanha, bem como ampliar as exportações para aquele país, são promissoras", avalia Vieira. Os integrantes da delegação participaram de rodadas de negócios organizadas pelo setor de Promoção Comercial da Embaixada do Brasil – onde foram recebidos pela embaixadora Maria Luiza Ribeiro Viotti – e pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), com apoio da SAI e da Prefeitura Municipal de Joinville. A reunião na embaixada brasileira ocorreu em meados do mês de abril. De acordo com Vieira, foram avaliados projetos na área de tecnologia com a agência Berlin Partner für Wirtschaft und Technologie GmbH – ligada ao governo de Berlim; e no setor de gestão de resíduos sólidos e gás com o Estado de Mecklemburgo -Pomerânia Ocidental, localizado no Norte da Alemanha. Os catarinenses se reuniram também com Armin Wedel, diretor de pesquisa do Instituto Fraunhofer, uma das maiores instituições de pesquisa aplicada da Europa. Neste encontro, discutiu-se a possibilidade de transferência 48 • Maio 2015 • Economia&Negócios
de tecnologia nas áreas de armazenamento e transmissão de energia elétrica. O secretário Vieira, o assunto será encaminhado para a Celesc. A missão ainda apresentou Santa Catarina em um seminário na Feira de Hannover 2015. Na pauta das apresentações, estavam os resultados econômicos de Santa Catarina, os indicadores sociais e os programas do Governo do Estado, coordenados pela Secretaria da Fazenda e de Desenvolvimento Econômico Sustentável, para incentivo a investimentos. Segundo Vieira, o fato de o crescimento econômico catarinense ter se descolado do desempenho nacional chamou a atenção dos mais de 70 empresários alemães participantes. “No contexto nacional atual, é muito mais interessante e seguro investir em Santa Catarina, já que temos uma realidade socioeconômica próxima da realidade dos países europeus”, disse o secretário. A viagem oficial também teve o objetivo de promover a adesão dos empresários alemães ao 33º Encontro Empresarial Brasil-Alemanha (EEBA). Na reunião entre o secretário da SAI com a diretoria para a América Latina da Confederação da Indústria Alemã, foi confirmado que o governo da Renânia do Norte-Vestfália organizará a vinda de uma delegação de 15 empresas ao EEBA. O Encontro será realizado em Joinville, no mês de setembro, com apoio institucional da Secretaria Executiva de Assuntos Internacionais. •
coluna mercado Victor Schneider
Com R$ 14,9 bilhões de faturamento, setor de viagens corporativas acredita em crescimento em 2015 Mercado corresponde a mais de 70% de todas as operações de embarques e desembarques, hospedagens, aluguel de veículos, refeições em restaurantes e a realização de grandes eventos no Brasil
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s desafios e os objetivos do segmento do turismo de negócios foram lembrados durante o 4º Painel Catarinense de Viagens Corporativas, realizado durante programação oficial da Volvo Ocean Race, em Itajaí (SC). O mercado que corresponde a mais de 70% de todas as operações de embarques e desembarques, hospedagens, aluguel de veículos, refeições em restaurantes e a realização de grandes eventos no Brasil tem crescido e a perspectiva para este ano é de mais ascensão. Apresentado em primeira mão no encontro, um estudo 50 • Maio 2015 • Economia&Negócios
aponta alguns setores que estarão em evidência em 2015. Entre eles a indústria de alimentos e bebidas, a de equipamentos de transporte, a do petróleo, o setor calçadista em geral, o de papel e celulose e mesmo o educacional. Juntos, eles devem fazer aumentar o setor de viagens corporativas. Diretor executivo da Abracorp, Gervásio Tanabe apresentou dados que corroboram a importância da discussão do tema, para aprimoramento do setor. Segundo ele, este mercado específico girou R$14,9 bilhões em 2014, sendo R$13 bilhões somente em bilhetes emitidos. “Cabe ao Travel Ma-
coluna mercado nager Corporate (TMC) realizar toda a gestão de processos que envolve, pagamento, confiabilidade, integridade, disponibilidade e autenticidade de dados e informação com o objetivo principal de obter o melhor resultado com o menor custo para as empresas”, reforça. Para o representante do Qualitas Travel Partner, Júlio Verna, que mediou o debate, o encontro foi um grande passo para proporcionar benchmarking, network e capacitação dos profissionais envolvidos nesta indústria, reforçando que os pequenos fornecedores também fazem parte desta cadeia.
Entrevista Edmar Bull, presidente da Associação Brasileira de Viagens Corporativas Como vem sendo o crescimento desta indústria no Brasil? Edmar Bull – De 2013 para 2014 tivemos um crescimento de 15%. São cerca de 8,7 mil profissionais no mercado que conseguiram atingir esta cifra graças à tecnologia. Agora, é muito importante que os gestores internos de viagem entendam o nosso papel, que é para benefício deles, em tempo real, com erro praticamente zero. Nosso papel é ajudar as empresas a ter um orçamento sadio quando se refere às viagens corporativas. De que maneira a infraestrutura precisa se adequar para atender a demanda? Bull - Este é um trabalho que já começou e creio que o caminho seja o que foi feito em Guarulhos, em Viracopos e outros aeroportos. Mas é importante frisar que não são apenas os aviões. A integração já existe e saber utilizar de forma adequada é papel também das locadoras de veículos, dos hotéis. Hoje, 60% do volume total das nossas reservas são com hoteis independentes. Então, já existem
ferramentas, e fazer parte é uma forma de ganhar espaço também neste setor. Esse grande dado, de mais de 70% da movimentação das companhias aéreas, é real? Bull - Sim, mais de 70% do total de movimentação, em reais, é o faturamento das viagens corporativas. Elas são o ponto de equilíbrio das companhias aéreas. Daí a importância de estarmos preocupados em melhores soluções para o segmento. Qual o perfil do viajante corporativo? Bull – Ele é um profissional que o relógio funciona muito rápido, é exigente e quer trabalhar com uma agência que seja muito especializada. Ele quer a passagem comprada, a reserva do hotel feita, o carro reservado, enfim, não quer se incomodar com nada. E nós, gestores de viagens corporativas fazemos a gestão para este cliente diferenciado.•
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coluna mercado A
Avantis será articuladora do Selo Social em Balneário Camboriú Faculdade Avantis será a instituição articuladora para que Balneário Camboriú seja uma das cidades a
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aderir ao chamado Selo Social. A iniciativa, promovida pelo Instituto Abaçaí, mobiliza órgãos públicos, empresas e entidades da sociedade civil organizada a projetarem ações de impacto social nos municípios. Estes impactos devem acontecer por meio de iniciativas que contribuam, de alguma forma, para a melhora da qualidade de vida das pessoas, tendo como base os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, criado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Um encontro na sede da Avantis reuniu representantes de todos os três setores da sociedade, dentre eles a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Associação de Micro e Pequenas Empresas (Ampe), Associação Empresarial de Balneário Camboriú e Camboriú (Acibalc), Secreta-
rias de Educação, Turismo, Desenvolvimento e Inclusão Social, além do Conselho do Meio Ambiente de Balneário. Durante a reunião, foi criado o Conselho Gestor do Selo Social na cidade, que irá avaliar e validar as ações executadas pelos participantes do projeto. Depois será firmado oficialmente os convênios e a apresentação dos representantes de cada instituição. O presidente do Instituto Abaçaí, Aureo Giunco Junior, explica que a organização irá fazer um diagnóstico local de Balneário Camboriú, “A partir dos dados apresentados, o Conselho irá estudar e definir, no mínimo, oito prioridades para a cidade”, afirma. “Cada participante pode escolher em qual área quer contribuir e o Conselho vai dizer o que é prioridade em cada setor”, completa.•
coluna mercado Brasileiros gastam cerca de R$ 18 mil por ano com produtos de luxo Pesquisa inédita revela que em média, 35% da renda mensal do consumidor é utilizada neste segmento
U Cenário econômico em 2015 deve diminuir o consumo de luxo
A pesquisa também fez uma relação dos produtos de luxo que os consumidores mais pretendem adquirir em 2015. Entre as primeiras posições estão: eletrônicos (49%), roupas (49%), calçados (42%), perfumes (36%) e viagens (33%). "Pelos dados percebe-se uma vontade de comprar produtos de consumo mais caros em 2015, como eletrônicos. Mas se isto vai efetivamente ocorrer, não dá para prever", afirma a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. "Nos últimos anos, com a estabilidade econômica e expansão do crédito, as classes mais baixas melhoraram o padrão de consumo, e por isso vemos uma forte participação da classe C. Mas com a piora da atividade da economia e com o aumento do preço do dólar, esse mercado deve perder força em 2015", conclui.
Metodologia
Durante dois meses foram ouvidas 945 pessoas com idade igual ou superior a 18 anos, de ambos os sexos e pertencentes às classes A, B e C, nas 27 capitais. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais com margem de confiança de 95%.•
m estudo inédito realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pelo portal Meu Bolso Feliz mapeou o significado do luxo para os brasileiros das classes A, B e C e identificou suas concepções, experiências, consumo e o quanto eles investem na compra dos produtos e serviços desse segmento. A pesquisa revela que não existe mais um conceito único sobre o que é luxo, e sim novas concepções: o luxo que é possível e acessível para as pessoas. Segundo os dados, em média 35% da renda mensal dos consumidores é utilizada para serviços ou produtos que consideram de luxo. Em um ano, isso totaliza cerca de R$ 18 mil em gastos por ano - o percentual aumenta expressivamente entre a classe C (44% da renda mensal, 12 mil de gastos por ano) se comparada com as classes A e B (19% da renda mensal e 40 mil de gastos por ano; e 36% da renda mensal e 29 mil de gastos por ano, respectivamente). Foi
identificado que 68% dos consumidores desse mercado pertencem à classe C. Ao mesmo tempo em que a pesquisa procurou identificar quais são os produtos mais frequentemente associados ao luxo, também investigou aqueles que são os itens mais consumidos, ou seja, o "luxo possível" na vida das pessoas. Considerando o luxo que os entrevistados permitem a si mesmos, os itens mais citados são viagens (22%), alimentação (19%), produtos de beleza e perfumaria (10%), moda (10%) e carros (7%). De acordo com a pesquisa, 89% dos entrevistados já consumiram artigos que consideram de luxo pelo menos uma vez - 58 milhões de brasileiros em números absolutos. O perfil deste consumidor foi traçado na pesquisa: 68% pertencem à classe C, 63% têm entre 25 e 55 anos, e a maioria das pessoas toma conhecimento dos itens do mercado de luxo pela internet, mas prefere comprar em lojas convencionais de shopping centers. Economia&Negócios • Maio 2015 • 53
coluna mercado SC recebe prêmio da Fundação Getúlio Vargas por ser o Estado com maior transparência administrativa tributária Cléia Schmitz / SEF
José Tostes, presidente do Confaz; Carlos Roberto Molim, diretor de administração tributária da Fazenda; João Carlos Von Hohendorf, presidente do TAT SC e Eurico de Santi, do Núcleo de Estudos Fiscais da FGV
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anta Catarina recebeu em São Paulo, o prêmio por ser o Estado com maior transparência nos julgamentos administrativos tributários. A premiação foi realizada no auditório da Fundação Getúlio Vargas, instituição responsável pelo estudo que mede o Índice de Transparência do Contencioso Administrativo Tributário (iCAT). O ranking é elaborado pelo Núcleo de Estudos Fiscais da FGV (NEF FGV/Direito). O diretor de Administração Tributária da Secretaria da Fazenda de Santa Catarina, Carlos Roberto Molim, e o presidente do Tribunal de Administração Tributária do Estado, João Carlos Hohendorf, receberam o prêmio em nome do secretário da Fazenda, Antonio Gavazzoni. “Saímos do papel e do carimbo para a era eletrônica. Isso permitiu
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que atendêssemos facilmente as informações que a FGV nos pediu", destacou Hohendorf. Ele também recebeu o prêmio de boas práticas, concedido aos servidores que se destacaram pelo esforço em atender aos critérios do iCAT. Santa Catarina obteve 72 pontos, de um total de 100, seguido por São Paulo e Minas Gerais, empatados em 68 pontos. Na edição anterior, o Estado ficou na segunda posição, com 52 pontos. O iCAT avaliou os Tribunais Administrativos dos 26 estados brasileiros, do Distrito Federal, da União e do município de São Paulo. Foram analisados os ritos processuais administrativos, tempo de permanência, estoques de processos, legislação, bancos de dados e o acesso a informações sobre as decisões, entre outros dados.
Ranking/Pontuação ESTADO Santa Catarina São Paulo Minas Gerais Bahia Alagoas Tocantins Rio de Janeiro Goiás Paraíba Piauí Rio Grande do Sul Ceará Sergipe Amazonas Mato Grosso do Sul Acre Pará Mato Grosso Espírito Santo Distrito Federal Pernambuco Rondônia Paraná Roraima Maranhão Rio Grande do Sul Amapá São Paulo (Município) União
2014 72 68 68 64 60 50 37 35 32 32 32 30 28 28 28 25 24 20 19 18 12 12 12 8 4 4 0 28 32
2013 52 53 32 32 4 30 30 8 22 12 12 12 23 28 10 8 8 4 37 4 12 10 12 6 4 4 0 32 34
portos do
Brasil Porto de São Francisco do Sul completa 60 anos de atuação
No ano do sexagenário, o Porto planeja investimentos para melhoria de infraestrutura, incentivados pelos recordes de movimentação registrados nos últimos dois anos.
O
Porto de São Francisco do Sul localizado em Santa Catarina completa 60 anos de atuação no dia 1º de julho. Com contrato de delegação do Porto ao Governo do Estado renovado por mais 25 anos, a instituição passa por uma fase de movimentação positiva e planeja melhorias em 2015. A história do Porto de São Francisco do Sul teve início em 1912, quando a Companhia de Estradas de Ferro São Paulo – Rio Grande do Sul recebeu permissão para implantar uma estação marítima na Baía de São Francisco do Sul. Porém, somente em 1941, o Governo de Santa Catarina obteve a concessão para começar as obras, que iniciaram em 1945. A inauguração oficial ocorreu no dia 1º de julho de 1955. No final da década de 70, o Porto ganhou dois terminais e, a partir de 1994, registrou um grande crescimento com a procura de agentes importadores e exportadores que construíram seus próprios armazéns nas áreas adjacentes para a movimentação de cargas. O salto comercial da década de 90 esgotou a capacidade física da área portuária, iniciando-se,
então, a implantação de projetos de melhoria e ampliação. “Sessenta anos depois, o Porto de São Francisco do Sul vive uma fase positiva. Em 2013 e 2014, o Porto bateu recordes de movimentação em toda a sua história. Em 2013 foram mais de 13 milhões de toneladas de carga movimentada. O bom momento nos permite planejar investimentos com o objetivo de impulsionar ainda mais o crescimento”, comenta o presidente Paulo Corsi. Entre os investimentos previstos, no primeiro trimestre haverá investimentos na ordem de R$ 10 milhões para melhorias de infraestrutura. A qualificação do sistema de segurança é uma das prioridades. Serão feitos investimentos no sistema de monitoramento por câmeras e na tecnologia do controle de acessos. Além disso, haverá obras para melhorar o sistema de iluminação de todo porto, incluindo a readequação de sua subestação de energia própria. “Como o porto tem sido superavitário, temos condições de investir recursos próprios nessas melhorias”, explica o presidente. Ele projeta também obras na sede administrativa. •
Economia&Negócios • Maio 2015 • 55
portos do
Brasil
Prêmio Valores em Ação da APM Terminals reconhece desempenho de comissárias de despacho Eder Marquesi/Divulgação.
Leonardo Azambuja (Debossan), Marcelo Arruda (Customs), Felipe Fioravante (APM Terminals) e Osni Hartkopp (Aliados).
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segunda edição do Prêmio Valores em Ação da APM Terminals Itajaí reconheceu e homenageou no início de maio, as melhores performances das comissárias de despachos e despachantes aduaneiros de Itajaí que se destacaram no primeiro trimestre de 2015. O concurso mede o desempenho das empresas responsáveis por processos de importação, premiando aquelas que menos apresentaram pendências. O prêmio é dividido em duas categorias: mais de 25 processos e menos de 25 processos média/mês. Além disso, há também uma menção honrosa, que reconhece a comissária que mais contribuiu com novos negócios para a APM Terminals Itajaí. De acordo com Felipe Fioravanti, Gerente Comercial, a segunda edição deste prêmio fortalece ainda mais a parceria entre a empresa, os despachantes e as comissárias, agregando valor aos negócios e elevando as boas práticas no que diz respeito à eficiência de processos. “Nossa maior satisfação é poder ressaltar que no último trimestre tivemos uma melhora de 15% na eficiência dos processos. Isto mostra o comprometimento das comissárias em conquistar este prêmio e, principalmente, em contribuir com nossos negócios”, pontuou. Para a supervisora de importação e exportação da Debossan Despachos Aduaneiros, Adriane Azambuja, empresa que ficou em primeiro lugar na categoria Menos de 25 Processos, o Prêmio Valores em Ação resgata e homenageia o trabalho de uma década. “É um reconhecimento importante
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e uma ferramenta de motivação para toda a equipe. Estamos muito orgulhosos deste primeiro lugar”, comenta. No evento, Felipe Fioravanti aproveitou para reforçar que a APM Terminals continua perseguindo seus objetivos de redução de acidentes e conscientização sobre prevenção em suas instalações através de programas como o Fatal Five, que é uma estratégia de ataque aos cinco principais riscos de acidentes associados às operações portuárias e retroportuárias ao redor do mundo.
OS PREMIADOS
Menos de 25 processos 1º Lugar – DEBOSSAN DESPACHOS ADUANEIROS LTDA 2º Lugar – CAPITAL TRADE IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA 3º Lugar -BLUCARGO COMISSÁRIA DE DESPACHOS LTDA – EPP Mais de 25 processos 1º Lugar - ALIADOS COMÉRCIO EXTERIOR E LOGÍSTICA LTDA – ME 2º Lugar - MAFA DESPACHOS ADUANEIROS LTDA – EPP 3º Lugar - ESTALEIRO NAVSHIP LTDA Menção Honrosa: CUSTOMS ASSESSORIA EM COMÉRCIO EXTERIOR
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Portonave busca novos negócios na Intermodal Além de estande, Terminal também teve representantes em palestras da Infraportos sobre marco regulatório e segurança da informação
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aior evento da América Latina para os setores de logística, transporte de cargas e comércio exterior, a 21ª Intermodal South America reuniu os principais players do segmento em São Paulo. A feira é uma das mais importantes plataformas para a geração de novos negócios entre representantes de governos, empresários e armadores. Além de estande na feira, a Portonave S/A – Terminais Portuários de Navegantes também participou das palestras da InfraPortos South America – Feira Internacional sobre Tecnologia e Equipamentos para Portos, Terminais e Armazéns, que ocorreu paralela à Intermodal. O diretor-superintendente administrativo, Osmari de Castilho Ribas, e o gerente de tecnologia da informação da Portonave, Jardel Fischer, foram convidados para ministrar palestras sobre a adequação dos terminais portuários privados ao marco regulatório e sobre questões relacionadas à segurança da informação, respectivamente. Castilho participou da conferência Expectativas e Desafios no Novo Ambiente Regulatório Portuário juntamente com outros especialistas do segmento, entre eles o diretor da Antaq, Fernando Fonseca. Para Castilho, a participação na Intermodal é positiva, pois favorece novos negócios e parcerias importantes. Na feira, a Portonave apresentou seu balanço financeiro e a alta de 24,6% no lucro base dividendos de 2014, frente ao ano anterior. O valor chegou a R$ 133,5 milhões, impulsionado pelo aumento da produtividade do Terminal, câmbio
favorável e crescimento de 5,8% nas importações. “Em 2014 também conseguimos reduzir os gastos administrativos e realinhar as atividades da Iceport, armazém frigorífico integrado ao cais, objetivando maior rentabilidade”, explica Castilho. A conclusão da primeira etapa da ampliação da retroárea, que acrescenta 24 mil m² ao Terminal, também foi divulgada na feira. O projeto total vai dobrar a capacidade estática para armazenamento de contêineres de 15 para 30 mil TEUs (medida equivalente a um contêiner de 20 pés). O valor de investimentos no projeto todo é aproximadamente de R$ 120 milhões e resultará em um pátio com 400 mil m². •
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Brasil
Porto Itapoá é um dos destaques do Navis Inspire Awards 2015 Terminal catarinense é o único porto sul-americano a ser reconhecido pela excelência operacional
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m 2014 o Porto Itapoá já havia sido considerado pelo mercado como o melhor terminal portuário do Brasil pelo Instituto ILOS, e o melhor em gestão de pessoas pelo jornal Valor Econômico e Instituto AON Hewitt. Agora, em 2015, a premiação internacional Navis Inspire Awards consolida este reconhecimento, colocando Itapoá como um dos destaques no mundo quando o assunto é excelência operacional. O Navis Inspire Awards foi um evento promovido pela Navis, um dos mais importantes fornecedores de tecnologia do setor portuário do mundo, em parceria com a Port Technology International, uma das mais conceituadas revistas internacionais do ramo. O Porto Itapoá recebeu este prêmio por manter as operações em alto nível, solucionando problemas iminentes a sua alta ocupação. Com suas operações iniciadas em junho de 2011, o terminal, que tem capacidade para movimentar 500 mil TEUs por ano, fechou 2013 com quase 100% de sua capacidade operacional de movimentação. Num esforço operacional que combinou alta tecnologia, planejamento e eficiência operacional, somados ao alto comprometimento de seus colaboradores, o Porto Itapoá criou alternativas eficazes para conduzir suas operações com alto 58 • Maio 2015 • Economia&Negócios
nível de produtividade mantendo uma movimentação segura e atendendo todas as expectativas de armadores, importadores e exportadores. Em 2014, a movimentação do Terminal chegou 528 mil TEUs, mesmo ano em que foi considerado o melhor porto na visão dos usuários. Foi este cenário de excelência que o Porto Itapoá foi avaliado pelos auditores da Navis e recebeu o reconhecimento como um dos terminais mais eficientes do globo. Competindo com mais de 20 portos pré-selecionados no mundo todo, dentre os quais os gigantes de Dubai, Hong Kong, Algeciras e Rotterdam, o Porto Itapoá foi destaque e ganhou o prêmio de reconhecimento de excelência operacional, ao lado do Porto da DPW Dubai. "Nosso objetivo com este prêmio é comemorar os sucessos de nossos clientes, que estão sempre em busca de formas inovadoras para melhorar as operações em seus terminais", disse Andy Barrons, vice-presidente Sênior e diretor de Marketing Navis. O Porto Itapoá vem inovando desde o início de suas operações, tanto por sua estrutura moderna, apta a receber e operar os maiores navios que trabalham na costa brasileira, como por seu relacionamento diferenciado com clientes. O Terminal conta com infraestrutura, tecnologia, equipe de
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Brasil profissionais altamente qualificados e serviços especializados e sob medida para atender a demanda do mercado e as necessidades dos clientes, além de uma localização geográfica privilegiada. Para o Presidente do Porto Itapoá, 2014 foi um ano especial. “Além de apresentarmos um crescimento exponencial na Importação e na Exportação, fomos reconhecidos como o melhor porto do Brasil, na visão dos Clientes”, destaca Patrício. A referência é a pesquisa realizada pelo Instituto de Logística e Supply-Chain (ILOS) junto com os usuários dos portos brasileiros, e divulgada em agosto de 2014, apontando o Porto Itapoá como o melhor porto avaliado pelos Clientes, com nota média de 8,9, enquanto o segundo melhor terminal avaliado obteve a média de 7,9.•
Ampliação do serviço de cabotagem
O serviço de cabotagem operado pelo armador Aliança Navegação e Logística ampliou suas escalas de serviços no Mercosul, e adicionou mais uma escala no Porto Itapoá em seu Anel 5. A inauguração do serviço em Itapoá aconteceu com a chegada do navio Aliança Santa Fé. O novo serviço no terminal terá escala direta (sem transbordo) para os portos de Punta Pereira (Uruguai) e Rosário (Argentina). A implementação deste novo Anel tem como objetivo ampliar a cobertura no Mercosul, facilitando a operação e oferecendo novas opções aos clientes de Santa Catarina e do Paraná. Para o melhor atendimento do mercado, o navio Santa Fé terá saídas de Itapoá quinzenalmente, complementando o Anel 3 que conta com dois navios escalando semanalmente nos portos de Buenos Aires, Zarate, Montevidéu e Itapoá. Atualmente, três Anéis da Aliança fazem escala no Porto Itapoá: Anel 1: Rio Grande, Imbituba, Itapoá, Santos (Embraport), Santos (Santos Brasil), Itaguaí (Sepetiba), Salvador, Suape, Pecém, Vila do Conde e Manaus. Anel 3: Buenos Aires, Zarate, Montevideo, Rio Grande, Itapoá e Santos (Santos Brasil). Anel 5: Rosário, Itapoá, Santos (Santos Brasil) e Punta Pereira.
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Trabalho realizado em Paranaguá é destacado pelo Ministro dos Portos
trabalho realizado pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) nos últimos anos foi mencionada pelo ministro-chefe da Secretaria de Portos da Presidência da República, Edinho Araújo, como fundamental para o crescimento da movimentação de cargas no terminal paranaense. “A posição de Paranaguá no mercado está se acentuando cada vez mais, devido a sua administração e governabilidade”, declarou o ministro, em discurso durante a Intermodal South America, feira que aconteceu em São Paulo. Araújo afirmou que o porto de Paranaguá é estratégico e um dos mais importantes do país, com uma contribuição histórica para a exportação e importação do Brasil. Em 2010, a receita cambial do Porto de Paranaguá foi de U$ 14,5 bilhões. Em 2014 passou para U$ 16,5 bilhões. No mesmo período, a movimentação geral de cargas passou de 38,1 milhões para 45,5 milhões. O ministro disse ainda, que Paranaguá tem um papel crucial para o Brasil no atual momento econômico. “Paranaguá é fundamental para a economia do nosso país, especialmente neste momento de dificuldade e ajuste fiscal”, ressaltou o Ministro. Para o diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino, o reflexo positivo do Porto de Paranaguá no cenário nacional e internacional se deve aos investimentos realizados nos últimos quatro anos. “A orientação do governador Beto Richa é voltada à modernização
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dos portos paranaenses. Estancamos todos os gargalos e estamos trabalhando para tornar nossos portos cada vez melhores”, destacou Dividino.
Investimentos O Governo do Estado investiu R$ 511 milhões em obras para manutenção, ampliação e melhorias nos portos paranaenses. Entre as principais obras estão três campanhas de dragagem que restabeleceram a profundidade original do canal da Galheta, berços de atracação e acesso ao porto de Antonina, modernização do sistema de conferência das cargas de fertilizantes (que agilizou o trabalho e ajudou a diminuir o tempo de espera dos navios), o sistema informatizado que ordena a chegada de caminhões graneleiros ao Porto de Paranaguá (carga online), recuperação das vias de acesso no entorno do porto, aumento do pátio de triagem, o Programa Porto no Campo e a garantia das licenças ambientais. Também foram adquiridos quatro novos shiploaders (carregadores de navios), que estão possibilitando um aumento de 33% na produtividade nas operações do corredor de exportação. O diretor Comercial da Appa, Lourenço Fregonese, diz que os investimentos em infraestrutura permitiram ao Porto de Paranaguá oferecer viabilidade operacional e confiabilidade aos seus clientes. “Com isso, estamos retomando todas as cargas perdidas para os outros portos em anos anteriores”, disse Fregonese. •
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Brasil Tecon Rio Grande desenvolve sistema que reduz em até 80% o uso de água potável no processo de lavagem para manutenção de equipamentos
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o Terminal de Contêineres de Rio Grande, uma ideia inicialmente simples, de reutilização de água em um dos processos de manutenção do terminal, atualmente é responsável por uma economia de até 80% na utilização de água potável. O projeto Águas Limpas, aplicado ao setor de lavagem de máquinas pesadas, completou um ano de funcionamento. Além do reuso da água, ele também elimina os lançamentos de efluentes no meio ambiente e contribui para o uso racional de recursos hídricos. O idealizador do projeto, Weber Avila Martins, gerente de manutenção do terminal, conta que se inspirou em um sistema de regeneração e utilização de água contaminada de um posto de combustível na capital gaúcha. Após saber mais sobre a iniciativa, ele vislumbrou a oportunidade de desenvolver algo semelhante na lavagem de máquinas do Tecon Rio Grande, que faz parte dos processos de manutenção de equipamentos de grande porte. “Passamos não só a tratar a água contaminada com resíduos químicos e óleos lubrificantes, como também a reaproveitá-la no mesmo processo. Hoje, nossa oficina tem todo um circuito fechado, no qual a água utilizada vai para o tratamento mecânico e químico, segue para o reservatório e depois volta para la-
vagem”, detalha Martins. Com esse novo sistema, o terminal tem condições de trabalhar por 45 dias sem reabastecimento de água potável, isso sem considerar a quantidade de água da chuva captada no período. O desenvolvimento do Águas Limpas incentivou a idealização de outros projetos que envolvem o uso racional de recursos, como a prensagem de filtros, descarte de sucatas e o gerenciamento de energia elétrica. Está prevista, ainda para esse ano, a troca de toda a iluminação do terminal para o sistema LED, de alto rendimento e consumo energético reduzido. “Procuramos adotar no Tecon as melhores práticas de eficiência e de Saúde, Meio Ambiente e Segurança. Esses processos agregam ainda mais valor aos nossos serviços e vão de encontro com os atuais desafios do país no melhor uso de seus recursos naturais”, diz Martins. O Tecon Rio Grande, no Estado do Rio Grande do Sul, é hoje um dos mais importantes Terminais de contêineres da América Latina. Empresa subsidiária do Grupo Wilson Sons, o Terminal está em atividade no Porto de Rio Grande desde 1997. Neste período, vem operando as principais linhas de navegação que escalam o Brasil, com cerca de três mil importadores e exportadores.•
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Antaq iniciará pesquisa de satisfação dos usuários dos portos organizados
Antaq iniciará sua primeira pesquisa para aferir o grau chamamento, indicando um representante com conhecimento de satisfação dos usuários dos principais portos orga- dos serviços portuários para responder ao questionário. Essa pesquisa será reproduzida em 2016 e 2017, objenizados. O levantamento é de abrangência nacional e foi elaborado com rígidos critérios estatísticos. A pesquisa tivando o acompanhamento sistemático da visão dos usuários tem como objetivo conhecer a percepção das empresas sobre sobre o mercado regulado pela Agência. “A opinião daqueles que efetivamente se utilizam das instalações portuárias é inos serviços que lhes são prestados nos portos. Neste primeiro ano, serão realizadas mais de cinco mil dispensável para a melhoria contínua dos nossos serviços e entrevistas com as empresas exportadoras e importadoras, de todo o setor portuário”, ressaltou o diretor-geral da Antaq, armadores e agentes marítimos selecionados aleatoriamen- Mário Povia. Essa pesquisa atende ao disposto na legislate. Os entrevistados responderão a questões relacionadas ao ção vigente (Lei nº 10.233/2001) e no Regimento Interno da acesso portuário, disponibilidade de equipamentos, burocra- Agência (Resolução nº 3585-Antaq). cia, tarifas portuárias, entre outros. Os resultados da pesGrupo de investidores visita a agência quisa permitirão a construOs diretores da Antaq, Mário Povia e Fernando Fonseca, receberam na sede da Agência, em ção de diversos indicadores Brasília, um grupo de representantes dos bancos de investimentos e fundos de pensão Fides, Funque nortearão a prática recef, Fama, Brasil Plural e HSBC. gulatória e a adequação dos O grupo de investidores também esteve na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) serviços prestados, em espee no Ministério dos Transportes e irá à Secretaria de Portos (SEP). cial no que se refere ao cumNa Antaq, os analistas dos bancos mostraram especial interesse em informações sobre o primento dos compromissos comportamento do setor diante do ajuste fiscal e sobre as perspectivas de liberação das licitações e padrões com o serviço nos portos públicos. adequado. Eles também pediram mais detalhes sobre a concessão à iniciativa privada das obras de As empresas que dragagem nos portos organizados, medida que está sendo proposta pelo governo federal e que foi foram selecionadas pela recentemente colocada em audiência pública, e as possibilidades de alavancagem da cabotagem. amostra já estão sendo conO diretor-geral da Antaq destacou a atratividade do setor para captação de investimentos já tatadas para o agendamento em 2015. “Nós vamos ter um ano difícil para a economia brasileira. Os números macroeconômicos da entrevista. A diretoria da não estão muito favoráveis, mas eu penso que o setor portuário ainda conta com muitos investimenAntaq ressalta que as emtos represados e este será o ano de nós levarmos adiante esses empreendimentos”, apontou.• presas devem atender a esse
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Cabotagem é a modalidade de transporte lógica para o Brasil, afirma Fonseca
O
diretor da Antaq, Fernando Fonseca, participou do Seminário Político Econômico do painel – crescimento do transporte por cabotagem no Brasil: como melhorar a competência brasileira para poder competir e aproveitar a vantagem internacional dos armadores existentes no mundo durante a Feira Intermodal South America, em São Paulo (SP) Ele acredita que a cabotagem é a modalidade de transporte lógica para o Brasil, pois o país tem um enorme potencial. “Temos 7,3 mil quilômetros de costa, 80% da nossa população está a 200km do litoral e a atividade industrial brasileira está concentrada ao longo da costa”, apontou. Os números da cabotagem brasileira têm sido positivos. Em 2014, foram movimentados aproximadamente 212 milhões de toneladas por esse tipo de navegação. Em 2013, esse valor chegou a 205 milhões de toneladas. Desde 2010, a navegação de cabotagem vem registrando um crescimento, em média, de 3,9% ao ano na movimentação de cargas. Em relação ao transporte
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por intermédio da cabotagem, foram registrados 147,6 milhões de toneladas em 2014, 4,3% a mais do que em 2013. Fernando Fonseca, em sua palestra, destacou que o desempenho das operações relacionadas à navegação de cabotagem sofre influências do desempenho do setor petrolífero. “Sessenta e seis por cento da movimentação de cabotagem estão relacionados a operações com derivados de petróleo”, observou. Entretanto, conforme o diretor da ANTAQ, a cabotagem pode se desenvolver ainda mais. Para isso, é preciso haver a modernização e o crescimento da frota brasileira, integração multimodal, execução do transporte com esquema porta a porta e ampliação da natureza da carga transportada, entre outros aspectos. •
Diretor da Antaq, Fernando Fonseca
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Ministro da Secretaria de Portos assina termo de cooperação com governo de Portugal para intercâmbio
O
ministro da Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP/PR), Edinho Araújo, assinou um termo de cooperação na área de portos marítimos e logística com a Secretaria de Estados dos Transportes do governo de Portugal. O ato aconteceu durante a Missão Oficial que o governo brasileiro promoveu a Portugal e Espanha, chefiada pelo vice-presidente da República, Michel Temer. A delegação oficial brasileira teve encontros com os principais líderes dos dois países, além de encontros de negócios com investidores e fóruns empresariais. O memorando que o ministro Edinho Araújo assinou em Portugal tem como principal objetivo buscar a simplificação de procedimentos portuários de despacho de navios, a fim de reduzir tempo e custo, buscando assim facilitar os investimentos brasileiros e portugueses no setor portuário. Edinho Araújo explica ainda que o termo de cooperação assinado pelo ministro da Economia de Portugal, Antonio Pires de Lima, “visa estreitar a cooperação entre portos brasileiros e portugueses na troca de experiências e informações relacionadas aos projetos portuários e de logística desenvolvidos pelos dois países”. O ministro da Secretaria de Portos continua explicando que “Brasil e Portugal têm desenvolvido projetos bastante semelhantes nas áreas portuárias e de logística e a utilização do mesmo idioma possibilita uma cooperação mais intensa e direta entre as áreas técnicas e sistemas utilizados”. O termo de cooperação assinado em Portugal relaciona diversos temas possíveis de cooperação que deverá ocorrer na forma de intercâmbio de experiências, especialização e conhecimentos técnicos, capacitação, projetos conjuntos e facilitação da cooperação entre empresas e/ou organizações dos dois países. • 66 • Maio 2015 • Economia&Negócios
Ministro da Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP/PR), Edinho Araújo