Revista Portuária 11 Setembro 2014

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ÍNDICE

AVENTURA

FAMÍLIA SCHURMANN PARTE DE ITAJAÍ RUMO A

EXPEDIÇÃO ORIENTE

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Confirmado o lançamento do edital para obras da nova bacia de evolução do Complexo Portuário do Itajaí

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Balneário Shopping: um grande case de sucesso Lançamento Azimut vai produzir dois novos iates no estaleiro de Itajaí

www.revistaportuaria.com.br Revista Portuária também está na web com informações exclusivas Duas vezes por semana, a Revista Portuária atualiza o blog da publicação, que tem sempre informações exclusivas sobre tudo o que acontece no mundo dos negócios no Brasil. O informativo jornalístico é encaminhado duas vezes por semana para uma base de dados segura e criteriosamente construída ao longo de 15 anos de mercado, formada por mais de 90 mil empresas. Composto por notícias econômicas de interesse de empresários, políticos e clientes, o blog trata de todo e qualquer tema que envolva economia, especialmente aqueles voltados aos terminais portuários de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. Se você souber de alguma novidade, tiver informações relevantes sobre temas econômicos e quiser contribuir com o trabalho da Revista Portuária, entre em contato com a reportagem no endereço eletrônico: jornalismo@revistaportuaria.com.br 4 • Setembro 2014 • Economia&Negócios


EDITORIAL

ANO 15  EDIÇÃO Nº 175 SETEMBRO 2014 Editora Bittencourt Rua Jorge Matos, 15 | Centro | Itajaí Santa Catarina | CEP 88302-130 Fone: 47 3344.8600 Diretor Carlos Bittencourt direcao@bteditora.com.br Jornalista responsável: Anderson Silva - DRT SC 2208 JP jornalismo@revistaportuaria.com.br Diagramação: Solange Alves solange@bteditora.com.br Contato Comercial Rosane Piardi - 47 8405.8776 comercial@revistaportuaria.com.br Contato Comercial (agências) Junior Zaguini - 47 8415.7782 junior@bteditora.com.br Capa: Direção de Arte Daniel Viecili - Agência Tatticas Impressão Impressul Indústria Gráfica Tiragem: 10 mil exemplares Elogios, críticas ou sugestões direcao@bteditora.com.br Para assinar: Valor anual: R$ 240,00 A Revista Portuária não se responsabiliza por conceitos emitidos nos artigos assinados, que são de inteira responsabilidade de seus autores. www.revistaportuaria.com.br twitter: @rportuaria

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Rumo à Expedição Oriente

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s Schurmann estão acertando os últimos detalhes para uma nova aventura. No dia 21 de setembro, a primeira família a completar a volta ao mundo a bordo de um veleiro, há 30 anos, parte para sua terceira grande viagem: a Expedição Oriente. A tripulação vai navegar durante dois anos pelas rotas atribuídas aos chineses ao redor do planeta. A viagem marca uma mudança no roteiro dos Schurmann: pela primeira vez, a aventura da família partirá de Itajaí. A indústria náutica da cidade catarinense também foi escolhida pela família para construir o veleiro Kat que será utilizado na expedição. Com sete cabines a embarcação conta com tecnologia de ponta para a aventura em alto-mar ser acompanhada em tempo real de qualquer lugar do mundo. Na reportagem especial, a Revista Portuária – Economia & Negócios expõe um resumo do histórico de aventuras da família, da preparação para a nova expedição, o perfil dos tripulantes e detalhes sobre o novo veleiro. Foram cinco anos de preparação, do início do planejamento à busca por patrocinadores, para que a Expedição Oriente se tornasse realidade. Depois de muita pesquisa, a definição do itinerário e cronograma de viagem e a confirmação das empresas parceiras nesta aventura, a Família Schurmann trabalhou na divulgação do projeto enquanto acompanhava a construção do veleiro Kat, projetado especialmente para a expedição com tecnologia de ponta e foco na sustentabilidade. Além da reportagem sobre a nova aventura dos Schurmann, esta edição da revista destaca o documento lançado pela Associação Brasileira dos Terminais Portuá-

rios – ABTP, com propostas aos presidenciáveis para a evolução da legislação do setor portuário. O objetivo do documento é consolidar os avanços e promover a evolução da legislação e regulamentação do Sistema Portuário Brasileiro, contribuir para o desenvolvimento do setor por meio do destrancamento de investimentos já planejados e da atração de novos, bem como minimizar a burocracia com a consequente redução do tempo improdutivo e dos custos logísticos, de modo a aumentar a competitividade dos produtos brasileiros nos mercados externos. A ABTP acredita que tais providências devem ser tomadas com urgência pelo próximo presidente da República e demais governantes. O documento será apresentado aos principais candidatos por meio de suas coordenações de campanha. Haverá continuidade após as eleições, com debates com o presidente eleito. Falamos também sobre o Complexo Portuário do Itajaí subiu cinco posições na edição 2014 do World Top Conteiner Ports, ranking dos maiores portos especializados em contêineres feito anualmente pela publicação britânica Container Management. Juntos, os terminais de Itajaí e Navegantes passaram da 108ª para a 103ª posição e fazem do complexo um dos 120 maiores portos do mundo. Além disso, destaque para a pesquisa realizada pelo Instituto Ilos (Instituto de Logística e Supply Chain que aponta o Porto Itapoá como o terminal portuário com melhor desempenho do Brasil. Essas e outras informações, bem como as tradicionais secções Portos do Brasil e Coluna Mercado, nas páginas seguintes da sua revista. Boa leitura!

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Confirmado o lançamento do edital para obras da nova bacia de evolução do Complexo Portuário do Itajaí O investimento, de R$ 130 milhões, em recursos do programa de investimentos “Pacto por Santa Catarina”, vai possibilitar operações com navios de até 335 metros de comprimento até o ano de 2016 6 • Setembro 2014 • Economia&Negócios

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pós acerto dos últimos detalhes técnicos do edital para as obras da primeira fase dos novos acessos aquaviários ao Complexo Portuário do Itajaí, o secretário de Estado do Planejamento, Murilo Flores, confirmou para o mês de setembro o lançamento do edital, que prevê a uma nova bacia e o alargamento dos canais de acesso. O investimento, de R$ 130 milhões, em recursos do programa de investimentos “Pacto por Santa Catarina”, vai possibilitar operações com navios de até 335 metros de comprimento até o ano de 2016. No entanto, o projeto prevê uma bacia com capacidade para operar navios de até 366 metros. Para isso, a Secretaria de Portos da Presidência da República já alocou recursos de mais R$ 248 milhões,

previstos para serem investidos no decorrer de 2015 e 2016, simultaneamente à obra desenvolvida pelo Governo do Estado. “Com o lançamento do edital de licitação da primeira etapa das obras na primeira quinzena de setembro, a expectativa é de que a empresa vencedora do processo licitatório seja contratada até dezembro, para que as obras sejam iniciadas em janeiro de 2015. Compridos esses prazos, a previsão é de que o Complexo Portuário do Itajaí opere navios de maior porte já em 2016”, informa o superintendente do Porto de Itajaí. A obra será realizada em duas fases. A primeira, a cargo do Governo do Estado, engloba a retirada das guias correntes do molhe Sul junto ao Saco da


insafewaters.blogspot.com.br/

Fazenda, para que sejam executadas as obras da nova bacia de evolução (480 metros de diâmetro), retirada de parte dos espigões transversais do molhe norte (groins) e dragagens da área da nova bacia e para o alargamento do canal de acesso. A segunda etapa, prevista no elenco de obras da SEP e com investimento de mais R$ 248 milhões, vai englobar a realocação do molhe norte, possibilitando que o canal de acesso fique com a largura de 220 metros, ampliação da nova bacia de evolução (no saco da fazenda) para 530 metros de diâmetro e dragagens na bacia e canais de acesso. “Essas obras garantirão a competitividade do Porto de Itajaí e dos demais terminais que compõem o Complexo nos mercado nacional e internacional da navegação”, acrescenta Ayres. Segundo o Superintendente, somente com os novos acessos será possível que navios maiores manobrem e atraquem nos terminais do Complexo. “As empresas armadoras tem Itajaí como um importante porto em suas rotas. No entanto, é preciso que acompanhemos a evolução do mercado”, diz. •

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Indústria naval brasileira cresce 19,5% ano

indústria naval brasileira cresce 19,5% ao ano desde 2000 e os investimentos no setor já atingem cerca de R$ 149,5 bilhões. Os dados integram os estudos do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), comandados pelo coordenador de Infraestrutura Econômica, Carlos Campos Neto, e pelo técnico de Planejamento e Pesquisa, Fabiano Pompermayer, que deram origem ao livro “Ressurgimento da Indústria Naval no Brasil” e apresentado recentemente. Abordando visões econômicas, políticas, institucionais e um panorama histórico da retomada da indústria naval, a publicação traça um perfil dos principais players mundiais, traz comparações entre Coréia do Sul, China e Brasil quanto à incidência tributária, além de destacar a competitividade nacional. Evolução Retratado no estudo, o histórico da indústria naval brasileira começa nas décadas de 1970 e 1980. Promissora e voltada à produção de navios para o comércio internacional, a indústria contabilizava o segundo maior número de embarcações e encomendas do mundo. Mas a crise econômica dos anos 80 teve reflexos diretos no setor naval. “No início da década de 1990, o então presidente Fernando Collor abre a indústria naval para a concorrência internacional, mas não estávamos preparados para isso. Foi quase como decretar sua extinção”, explica o pesquisador Campos Neto.

Em 2000, as encomendas da Petrobras, que gradativamente priorizaram o conteúdo local, impactaram o setor e atraíram investimentos. “Na época tínhamos 1.900 empregados no setor naval e, hoje, caminhamos para 70 mil trabalhadores. Esse crescimento já demonstra a importância que a indústria naval e offshore passou a ter no mercado nacional”, destaca Neto, que ainda aponta que este ressurgimento da se deu graças à estímulos vinculados à expansão do setor de petróleo e gás e ao início da exploração do pré-sal, que aumentou a demanda e multiplicou estaleiros, em sua maioria especializados em embarcações de apoio às plataformas. Projeções de futuro De acordo com Carlos Campos Neto, os próximos 30 anos são promissores para a indústria naval brasileira. “Ainda há muito pré-sal a ser descoberto e petróleo a ser explorado em águas profundas do nosso nordeste. Com as encomendas já colocadas até 2020, os investimentos no setor devem ultrapassar os R$ 200 bilhões”, prevê. Apesar das expectativas, é preciso ter cautela segundo Neto. “No caso da retirada das políticas de apoio do Governo , o que vai acontecer com a indústria naval? Conseguiremos competir com o mercado internacional? As portas de saída precisam estar sinalizadas para que não sejam repetidos os mesmos erros do passado e o futuro seja ainda mais promissor”, finaliza. • Economia&Negócios • Setembro 2014 • 7


ABTP lança documento com propostas aos presidenciáveis Associação Brasileira dos Terminais Portuários reúne sugestões para a evolução da legislação do setor portuário

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Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP), que representa mais de 80 terminais portuários responsáveis por 70% da carga que circula no comércio exterior brasileiro, lançou o documento “Propostas da ABTP para o Setor Portuário”. Em conjunto, as empresas associadas à ABTP, que atuam nos setores de mineração, siderurgia, agronegócio, petroquímico e de movimentação de contêineres, entre outros, pretendem fazer investimentos da ordem de R$ 44 bilhões nos próximos 10 anos. O objetivo do documento é consolidar os avanços e promover a evolução da legislação e regulamentação do Sistema Portuário Brasileiro, contribuir para o desenvolvimento do setor por meio do destrancamento de investimentos já planejados e da atração de novos, bem como minimizar a burocracia com a consequente redução do tempo improdutivo e dos custos logísticos, de modo a aumentar a competitividade dos produtos brasileiros nos mercados externos. A ABTP acre-

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dita que tais providências devem ser tomadas com urgência pelo próximo presidente da República e demais governantes. O documento será apresentado aos principais candidatos por meio de suas coordenações de campanha. Haverá continuidade após as eleições, com debates com o presidente eleito. “Elaboramos uma série de propostas, com base na legalidade, que defendem a livre iniciativa, principalmente para operar e contratar, e visam ao aumento da produtividade”, diz Wilen Manteli, diretor presidente da ABTP. “O setor portuário é fundamental para o desenvolvimento do país, e por isso consolidamos ideias capazes de eliminar obstáculos para o crescimento do mesmo, além de criar condições para o aumento da capacidade portuária e da competitividade dos bens e serviços brasileiros no mercado global”, afirma. As propostas foram agrupadas em quatro áreas: Segurança Jurídica, Governança, Relação Capital-Trabalho e Infraestrutura. Entre as principais sugestões estão:


Wilen Manteli, diretor presidente da ABTP.

 Segurança Jurídica • Adotar políticas que assegurem o respeito aos direitos adquiridos nos contratos de arrendamento (portos públicos) e de adesão (terminais privados); • Cumprir o propósito da Lei no 12.815/13 de atrair novos investimentos – e destravar os já planejados – em prol das instalações portuárias arrendadas mediante: (a) utilização das áreas contíguas aos terminais; (b) antecipação do prazo de prorrogação dos contratos; (c) adaptação dos contratos pré-1993; (d) revisão da Taxa Interna de Retorno (TIR) de forma a torná-la atrativa e conforme a realidade do setor portuário; (e) adaptação dos editais de licitação, priorizando-se as áreas livres; e (f) financiamentos na modalidade Project Finance;

 Governança • Implementar um modelo de administração portuária fundamentado na meritocracia, autonomia, agilidade, com foco no mercado, e capaz de reduzir os custos portuários, colaborando com a competitividade dos produtos nacionais; • Restabelecer o papel deliberativo e autônomo dos Conselhos de Autoridade Portuária (CAP), seguindo modelos internacionais;

 Relação Capital-Trabalho • Estimular a multifuncionalidade dos trabalhadores portuários e sua qualificação profissional; • Estabelecer a liberdade de contratação de trabalhadores em todos os terminais e instalações portuárias públicas;

 Infraestrutura • Dar continuidade aos projetos de dragagem de aprofundamento/manutenção, considerando as particularidades dos navios escalados; • Agilizar os processos de licenciamento para expansão e continuidade dos negócios portuários, sem eliminar etapas que assegurem a preservação do meio-ambiente e a sustentabilidade do negócio.

 A ABTP A Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP) é uma sociedade civil sem fins lucrativos, com sede no Rio de Janeiro, representando mais de 80 terminais portuários de uso privado e público que movimentam cerca de 70% da carga que circula no comércio exterior brasileiro. Trata dos assuntos ligados à atividade portuária, especialmente aqueles que dizem respeito aos direitos e obrigações dos terminais portuários, inclusive em nível internacional. É a maior associação do setor e, nos últimos 25 anos, participou ativamente das discussões que resultaram nas duas leis portuárias mais recentes, a Lei nº 8.630/1993 e a atual Lei nº 12.815/2013, sempre norteada pelos princípios que inspiraram a sua criação: a união empresarial e a liberdade de empreender, operar e contratar. •

Em Itajaí novo endereço: Avenida Coronel Marcos Konder, 789 - Centro - Itajaí - SC Curitiba - Joinville - Blumenau - Navegantes - Itajaí - Balneário Camboriú - Florianópolis Economia&Negócios • Setembro 2014 • 9


No topo

Porto Itapoá é o nº 1 do Brasil, de acordo com pesquisa Pesquisa realizada pelo Instituto Ilos (Instituto de Logística e Supply Chain, aponta o Porto Itapoá como o terminal portuário com melhor desempenho

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destaque da pesquisa deste ano, 2014, ficou com um dos mais novos terminais do país. O Porto Itapoá, localizado na Baia da Babitonga, em Santa Catarina, precisou de apenas três anos de operação para conquistar a maior nota dos usuários: 8,9. O terminal é administrado pelas empresas Aliança (da Hamburg Süd), Battistella e Log Z (formada por fundos de investimentos administrados pela BRZ) e é especializado na movimentação de contêineres. Patrício Junior, Presidente do Porto Itapoá garante que o resultado alcançado pelo terminal é um reflexo de uma soma de investimentos que vão desde a infraestrutura até o esforço constante que a empresa agrega na motivação, qualificação e engajamento das pessoas. “Toda empresa só consegue atingir níveis de excelência, como aponta o resultado dessa pesquisa, quando consegue identificar que seu maior patrimônio são as pessoas. Investimento em infraestrutura, equipamentos e relações comerciais são fruto do trabalho de nossos Colaboradores, que trabalham com a certeza de que tudo que fazem são para eles mesmos, e não apenas pela empresa. O Porto Itapoá é uma empresa onde as pessoas fazem a diferença!”, exalta. O desempenho portuário brasileiro, destacado pelo Instituto Ilos, é o resultado de uma pesquisa de opinião que mostra a avaliação feita por 169 companhias, de 18 setores da economia brasileira. Este ano, contudo, a avaliação apresentou uma

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queda significativa em relação às outras séries da pesquisa. Quando o trabalho foi iniciado, em 2007, a nota média dada pelos usuários dos portos era de 6,3; subiu para 6,9, em 2009; 7,3, em 2012; e agora caiu para 6,8. Segundo a matéria publicada no jornal Estado de S. Paulo os projetos de expansão dos portos públicos estão travados no Tribunal de Contas da União (TCU), e o governo só tem conseguido liberar, de forma ainda morosa e aquém das necessidades, a construção de alguns terminais privativos (para movimentação de carga própria e de terceiros). "Por enquanto, a nova lei tem tido um efeito contrário. Em vez de ampliar os investimentos, o setor parou. Isso cria um clima negativo e a percepção dos usuários piora em relação aos serviços prestados", afirma o presidente do Ilos, Paulo Fleury. Ele explica que os profissionais de logística das empresas deram nota de 0 a 10 para os três principais portos que usam. As piores avaliações vieram dos setores de mineração, químico, petroquímico, higiene e limpeza, cosmético e farmácia. Na média, os terminais privativos tiveram as melhores notas e os públicos, as piores. "Essa posição reflete dificuldades de acesso (terrestre e marítimo), burocracia, mão de obra, etc. Os terminais que estão dentro do porto são bons, mas a parte coletiva não é", avalia Fleury. O resultado do Porto Itapoá, nesse contexto, e com apenas três anos de operação, revela a necessidade de investimentos privados no país. Mesmo cercado de bons


Ranking dos Portos Brasileiros 1º Itapoá (SC) 2º Pecém 3º Navegantes (SC) 4º Rio Grande 5º Vitória 6º Itajaí (SC) 7º Suape 8º São Francisco do Sul (SC) 9º Itaguaí 10º Rio de Janeiro 11º Santos 12º Salvador 13º Paranaguá

8,90 7,90 7,44 7,30 7,29 7,22 6,89 6,86 6,80 6,72 6,36 6,33 6,33

José Paulo Lacerda

concorrentes, o terminal já apresenta resultados empolgantes num curto espaço de tempo. "Nossa entrada no setor foi desafiante. Itapoá era uma cidade turística, de veraneio, sem nenhuma tradição na atividade portuária. Além disso, nossos concorrentes (Paranaguá, Navegantes e São Francisco do Sul) já estavam consolidados", afirma o diretor do porto, Márcio Guiot. A saída, diz ele, foi adotar práticas diferenciadas, sejam de operação ou tarifária. Com mais tempo de atividade no setor, o Porto do Pecém, ficou com o segundo lugar no ranking do Ilos. O terminal privativo, controlado pelo governo do Estado do Ceará, obteve nota 7,9. Inaugurado em 2002, movimenta granéis sólidos e líquidos, além de contêineres. O terceiro melhor avaliado, com 7,44 pontos, foi o Porto de Navegantes, vizinho de Itapoá. O terminal é administrado pela Triunfo Participações (TPI). Na outra ponta ficaram os portos públicos: Santos (6,36), Salvador (6,33) e Paranaguá (6,33). São três complexos portuários formados por grandes terminais que movimentam uma série de cargas, como contêineres, veículos, combustíveis, soja e açúcar. A administração é feita por estatais federais (Santos e Salvador) ou estaduais (Paranaguá). •

Côrte recebe Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho do TST

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presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Glauco José Côrte, recebeu, em Brasília, a Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho, promovida pelo do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Côrte está entre as personalidades brasileiras que foram agraciadas na categoria Comendador. Indicado pela ministra do TST Maria de Assis Calsing, Côrte foi reconhecido pela importância do Movimento A Indústria pela Educação, liderado pela Fiesc. A iniciativa estimula o setor industrial a investir em ações que promovam a educação. Mais de 1,6 mil indústrias e apoiadores já aderiram ao Movimento, demonstrando interesse em executar ações voltadas ao tema. O Movimento também atua em prol do ensino público, por meio da articulação e da influência social. A Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho, instituída em 1970, reconhece personalidades civis e militares, nacionais ou estrangeiras, que tenham se distinguido no exercício de suas profissões e se constituído em exemplo para a coletividade, bem como as pessoas que, de qualquer modo, tenham contribuído para o engrandecimento do país, internamente ou no exterior, da Justiça do Trabalho ou de qualquer ramo do Poder Judiciário, do Ministério Público ou da advocacia. Agracia, ainda, instituições civis e militares. A indicação para a Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho é feita por ministro do TST e submetida à apreciação do Conselho da Ordem. •

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:: FIESC

Fiesc pretende articular inovação em Santa Catarina

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foco das entidades da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) nos próximos três anos será a inovação, anunciou o industrial Glauco José Côrte, ao assumir o segundo mandato como presidente da instituição. Após relatar as conquistas da primeira gestão, ele declarou: "Devemos, podemos, queremos e vamos fazer mais e melhor, através da inovação, da melhoria contínua, do planejamento e da execução de ações integradas de todas as nossas entidades. Vamos tornar a Fiesc o principal agente articulador da inovação no Estado". Como exemplos, o presidente da Fiesc citou os Institutos Senai de Inovação, em fase de implantação, e o Instituto Sesi de Inovação em Tecnologias para Segurança e Saúde no Trabalho, que contará com parceria da universidade americana de Stanford. A educação, principal bandeira das entidades da Fiesc nos últimos três anos, foi abordada por Côrte também sobre o prisma da tributação. Uma caneta, por exemplo, é onerada em mais de 47%, a régua em 45%, a borracha em 43%, mochilas 12 • Setembro 2014 • Economia&Negócios

e lancheiras em quase 40% e lápis em 35%. "É surpreendente, para não dizer chocante, o fato de que os governos continuem tributando ferozmente o material escolar", afirmou. Em seu pronunciamento, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, disse que analisando discursos desde a década de 1990 a impressão é que as coisas não mudaram e destacou a falta de reformas, como a trabalhista, além das deficiências na infraestrutura. "A gente fica com a sensação que o nosso discurso parece velho. Mas a forma como os empresários têm trabalhado com união e força, tem feito com que haja grandes mudanças. Olhamos para trás e vemos que avançamos muito", afirmou. Côrte citou estudo do The Boston Consulting Group mostrando que o custo da produção no Brasil é 23% maior que nos Estados Unidos, enquanto em 2004 era 3% inferior. E citou como exemplo o salto na conta de energia de 23% em Santa Catarina. "A indústria catarinense não concorda com esse aumento excessivo, que onerará, se mantido, ainda mais, o custo de produção industrial", afirmou.•



Planejamento

Antaq passa por reestruturação organizacional Entre as principais razões para as mudanças está a adequação da agência à nova Lei dos Portos

Estamos retomando os temas que são relevantes para fazer os devidos ajustes, não só para privilegiar a nova estrutura, mas, também, para trilhar os novos caminhos da Agência

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Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) será submetida a reestruturação organizacional e mudanças no regimento interno. Desde o último mês a agência não conta mais com superintendências setoriais (Portos, Navegação Marítima e de Apoio e Navegação Interior). No lugar, serão criadas superintendências organizadas sob a forma de processos de trabalho (Outorgas, Regulação e Estudos e Estatística). No âmbito da Superintendência de Fiscalização e Coordenação das Unidades Regionais, será incorporada a Gerência de Planejamento e Inteligência da Fiscalização. Foram promovidas também cinco alterações nas competências e na estrutura do Gabinete do Diretor-Geral: a Assessoria Internacional assume a coordenação do cerimonial da Antaq; a Assessoria Parlamentar foi transformada em Assessoria de Relações Institucionais; a Assessoria de Planejamento foi transformada em Secretaria de Planejamento e Coordenação Interna; foi criada a Secretaria-Executiva da Comissão de Ética; e a Biblioteca, a Editora Antaq e o Centro de Informações em Transporte Aquaviário (Citaq) foram transferidos da Assessoria de Comunicação Social para a Superintendência de Estudos e Estatística. As Unidades Administrativas Regionais (UAR) passam a ser denominadas Unidades Regionais e assumem a sigla URE. De acordo com a Diretoria Colegiada, as principais razões para as mudanças são: adequação da agência ao novo marco regulatório (Lei 12.815/2013); aumento da produtividade operacional; formalizar as alterações de competências 14 • Setembro 2014 • Economia&Negócios

Mário Povia, diretor-geral da Antaq

e atribuições; reconhecer no Regimento Interno o planejamento estratégico e operacional; e uniformizar a redação e modernizar a estrutura do Regimento Interno. “Estamos retomando o nosso planejamento estratégico a partir do novo regimento interno da Agência”, manifestou o diretor-geral da Antaq, Mário Povia. “Na verdade, prosseguiu, nós já sentíamos essa necessidade, independentemente das mudanças internas, mas, com a implementação dessas mudanças, essa decisão tornou-se ainda mais premente e, hoje, nós estamos retomando os temas que são relevantes para fazer os devidos ajustes, não só para privilegiar a nova estrutura, mas, também, para trilhar os novos caminhos da Agência”.

 Planejamento estratégico A Antaq iniciou a implantação do seu planejamento estratégico em 2010, com a realização dos diagnósticos interno e externo que levaram a definição dos objetivos e projetos estratégicos da autarquia. Como resultado desse trabalho, logo no ano seguinte, foi criada a Superintendência de Fiscalização, concepção que serviu de modelo para as demais superintendências finalísticas da Agência na reestruturação organizacional. A meta da Antaq para 2015 é ser reconhecida por seu papel relevante na logística e eficiência do transporte, como indutora de desenvolvimento econômico e social e considerada por seus servidores a melhor agência reguladora para se trabalhar. •





AVENTURA

FAMÍLIA SCHURMANN PARTE DE ITAJAÍ RUMO A

EXPEDIÇÃO ORIENTE O VELEIRO KAT FOI CONSTRUÍDO PELA INDÚSTRIA NÁUTICA DA CIDADE CATARINENSE TEM SETE CABINES E CONTA COM TECNOLOGIA DE PONTA PARA A AVENTURA EM ALTO-MAR SER ACOMPANHADA EM TEMPO REAL DE QUALQUER LUGAR DO MUNDO

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s Schurmann estão acertando os últimos detalhes para uma nova aventura. No dia 21 de setembro, a primeira família a completar a volta ao mundo a bordo de um veleiro, há 30 anos, parte para sua terceira grande viagem: a Expedição Oriente. A tripulação vai navegar durante dois anos pelas rotas atribuídas aos chineses ao redor do planeta. A viagem marca uma mudança no roteiro dos Schurmann: pela primeira vez, a aventura da família partirá de Itajaí. A indústria náutica da cidade catarinense também foi escolhida pela família para construir o veleiro Kat que será utilizado na expedição. Com sete cabines a embar-

18 • Setembro 2014 • Economia&Negócios

cação conta com tecnologia de ponta para a aventura em alto-mar ser acompanhada em tempo real de qualquer lugar do mundo. Foram cinco anos de preparação, do início do planejamento à busca por patrocinadores, para que a Expedição Oriente se tornasse realidade. Depois de muita pesquisa, a definição do itinerário e cronograma de viagem e a confirmação de que as empresas Estácio, HDI Seguros e Solví seriam parceiras nesta aventura, a Família Schurmann trabalhou na divulgação do projeto enquanto acompanhava a construção do veleiro Kat, projetado especialmente para a expedição com tecnologia de ponta e foco na sustentabilidade.


O histórico de aventuras da família Antes mesmo de retornar de sua primeira grande expedição, a volta ao mundo realizada entre 1984 e 1994, os Schurmann já sabiam qual seria sua próxima aventura em alto-mar: refazer a rota do navegador português Fernão de Magalhães, que em 1517 comandou aquela que é considerada a primeira circum-navegação do globo. A Magalhães Global Adventure, segunda expedição da família, exigiu uma preparação de três anos e foi concluída no ano 2000, quando seu último trecho (Lisboa, Portugal - Porto Seguro, Brasil) fez parte das comemorações oficiais pelos 500 anos do Descobrimento do Brasil. Além do amor pelo mar e por tanto reviver quanto escrever capítulos da História, o que leva a Família Schurmann a velejar pelo mundo também é a vontade de descobrir. Quando a Teoria 1421 capturou a atenção do mundo e iniciou um caloroso debate em 2002 ao propor que foram embarcações chinesas, não europeias (como os livros de História descrevem), as primeiras a chegar à América e a circum-navegar o globo, os Schurmann sabiam que só havia uma forma de ir mais a fundo no assunto. Assim nasceu a Expedição Oriente, uma busca por respostas que talvez só possam ser encontradas sob a perspectiva oriental desse mistério. Economia&Negócios • Setembro 2014 • 19


AVENTURA

A Embarcação Com 80 pés de comprimento e 6,65 metros de largura, quilha retrátil de 18,5 toneladas e peso total de cerca de 67 toneladas, o veleiro Kat, projetado e construído especialmente para a expedição Oriente, tem sete cabines e conta com tecnologia de ponta para oferecer à Família Schurmann todas as condições para que esta aventura em alto-mar e por regiões inóspitas do globo transcorra com segurança e possa ser acompanhada em tempo real de qualquer lugar do mundo. Seguindo uma das máximas da expedição que é a sustentabilidade, as forrações do motor e o isolamento térmico do forro do veleiro serão feitos de material reciclado. As luzes na embarcação serão de ultra baixo consumo (LED). Modernos sistemas para dessalinização de água, geração, armazenagem e economia de energia e compactação, tratamento e reciclagem de resíduos serão responsáveis por minimizar o impacto da expedição no meio ambiente.

O roteiro da expedição Homenagem O novo veleiro foi batizado em homenagem a Kat Schurmann. Aos três anos a menina tornou-se a mais jovem marinheira ao ser adotada pela família. Kat praticou diversas modalidades de aventuras, navegou ao redor do mundo e conheceu 19 países. A marinheira faleceu aos 13 anos, no dia 29 de maio de 2006, por complicações decorrentes do vírus HIV, do qual era portadora desde que nasceu. O veleiro da família leva o nome da menina para que ela esteja presente simbolicamente na expedição.

Seychelles é uma nação que fica no Oceano Índico, que será um dos 4 oceanos navegados pela Família Schurmann durante a Expedição!

A bordo do veleiro Kat, a Família Schurmann percorrerá mais de 30 mil milhas náuticas durante a Expedição Oriente, divididas entre mais de 40 trechos marítimos e passando por cinco continentes. Partindo de Itajaí, Santa Catarina em setembro de 2014, a expedição passará por países como Argentina, Chile e Uruguai, na América do Sul; Austrália, Nova Zelândia e Papua Nova Guiné, na Oceania; China, Indonésia, Japão, Singapura e Vietnã, na Ásia; e África do Sul, Madagascar e Maurício, na África, além de passar pela Antártica e dezenas de outras localidades, antes de seu retorno ao Brasil, programado para dezembro de 2016. 20 • Setembro 2014 • Economia&Negócios


AVENTURA Puerto Madryn - Argentina

Ilha de Páscoa - Chile

Antártica

Brisbane - Austrália

Uma aventura transmídia

Samoa Americana - território americano

Com forte presença digital, a nova saga será uma aventura transmídia. Para isso, a Expedição Oriente conta com uma plataforma completa para acompanhamento e interação com os brasileiros e usuários de todo o mundo, durante os preparativos, a partida, as histórias em alto mar e de outros povos e culturas visitadas até o retorno ao Brasil. Todas as emoções serão transmitidas diariamente pelo site do projeto, traduzido em cinco idiomas, além de páginas oficiais em redes sociais como Facebook, YouTube e Instagram. Aplicativos para smartphones também estão no roteiro. E, neste “mar digital”, o público poderá embarcar na aventura por meio de barcos virtuais, disponibilizados através de técnicas de gamification que agitarão a rede com desafios, minigames e missões. Economia&Negócios • Setembro 2014 • 21


AVENTURA

A Tripulação Desta vez, o casal Vilfredo e Heloísa embarca com o filho Wilhelm e, pela primeira vez, leva também a terceira geração dos Schürmann: o neto Emmanuel, que vai acompanhar todo o percurso da expedição. Os filhos Pierre e David farão trechos da aventura. A caçula Kat também estará simbolicamente presente ao ter o novo veleiro batizado com seu nome. Além da família, o cinegrafista Heitor Cavalheiro também fará parte da tripulação. Confira abaixo um pequeno perfil dos tripulantes:

 Vilfredo Schurmann

Economista graduado pela Universidade Federal de Santa Catarina, Vilfredo foi consultor financeiro de grandes corporações brasileiras, tais como Ceval (hoje, Bunge), Weg SA e outras. Aos 35 anos de idade, trocou uma carreira bem-sucedida e a vida em terra firme pelo prazer de desfrutar momentos de aventura junto com sua família, navegando pelo mundo em um veleiro. O capitão da família Schurmann liderou e coordenou as duas expedições no mar. Foi condecorado com a Medalha do Mérito Naval da Marinha do Brasil. Vilfredo foi produtor do documentário “Em Busca do Sonho”, da série “Magalhães Global Adventure” para a Rede Globo de Televisão e do longa-metragem “O Mundo em Duas Voltas”. É presidente da Schurmann Produções Cinematográficas, palestrante e responsável pelos projetos educacionais do Instituto Kat Schurmann.

 Pierre Schurmann

 Heloisa Schurmann

Graduada professora de Inglês pela New York University com especialização na área de Pedagogia, Heloísa educou os quatro filhos, nas duas expedições de volta ao mundo. Ela é pesquisadora, responsável pelo conteúdo dos projetos globais e autora dos diários de bordo da família. Heloisa é escritora e publicou três best sellers nacionais e, recentemente, lançou o livro “O Pequeno Segredo”. Ela desenvolveu o Programa Pedagógico da segunda expedição, intitulado “Educação na Aventura”, acompanhado por mais de 2 milhões de alunos no Brasil e nos Estados Unidos. Além de palestrante, é responsável pelo núcleo de dramaturgia da produtora e conteúdo digital da família Schurmann. 22 • Setembro 2014 • Economia&Negócios

Pierre partiu aos 15 anos com sua família durante sua circumnavegação “10 anos no Mar”. Desembarcou nos Estados Unidos para estudar na universidade. Em terra firme, começou sua carreira como corretor no Smith Barney. Em 1994, retornou ao Brasil para trabalhar na estruturação do projeto “Magalhães Global Adventure”. Em 1997, iniciou uma carreira empreendedora independente, que o levou a criar e vender três empresas: Zeek!, Ideia.com e Experience Club. Atualmente, é investidor em diversas empresas de tecnologia e internet através da Bossa Nova Investimentos. Embora tenha um foco grande em negócios, sempre buscou equilíbrio de vida e hoje compartilha suas experiências no seu blog “Caminho Zen” publicado no site da revista IstoÉ.



AVENTURA  David Schurmann

Diretor e produtor, formado em Cinema e Televisão na Nova Zelândia, David iniciou sua carreira internacional com 19 anos como diretor do programa “In Focus” da TV3, na Nova Zelândia, onde viveu por seis anos. Ele dirigiu filmes em mais de 20 países para publicidade, séries de televisão, além de curtas e longas-metragens, recebendo prêmios no Brasil e no exterior. Destaque para seus longas-metragens “O Mundo em Duas Voltas” e “Desaparecidos”. Além de palestrante, David é o diretor/administrador da empresa Schurmann Produções Cinematográficas e responsável pelo planejamento e desenvolvimento da nova Expedição Oriente.

 Wilhelm Schurmann

Aos 7 anos, Wilhelm embarcou com sua família para navegar ao redor do mundo. Ele viveu 10 anos no veleiro, onde estudou por correspondência, aprendeu três idiomas fluentemente, conheceu mais de 42 países e viveu aventuras inesquecíveis. Aos 10 anos, aprendeu a velejar de windsurfe e – apaixonado pelo esporte – tornou-se atleta profissional, participando de competições em vários países do mundo. Unindo talento e dedicação, ele se destacou no cenário nacional e internacional, sendo reconhecido como um dos maiores nomes no esporte de windsurfe no Brasil e no mundo em diferentes classes: Formula Slalom, Wave, Speed e longa distância. Wilhelm ganhou mais de 180 medalhas e troféus nacionais e internacionais em mais de 200 campeonatos, participando de mais de mil regatas. Na Expedição Oriente, Wilhelm será o imediato a bordo do veleiro.

 Emmanuel Schurmann

A Expedição Oriente marca o início da participação da terceira geração da Família Schurmann. Emmanuel Schurmann prepara-se para a sua primeira volta ao mundo ao lado de seus avós Vilfredo e Heloísa. Para participar da aventura, há dois anos, ele se dedica a cursos náuticos, entre eles, de vela, navegação e mergulho. Emmanuel também vem participando de treinamentos de mecânica de motor e culinária. O jovem já participa ativamente como tripulante em navegadas de longa distância a bordo do veleiro da família. Fluente em inglês, espanhol e português, faz aulas de Mandarim. Na terra e no mar, Emmanuel vem passando por uma intensa preparação para viver a realidade de dois anos no mar.

 Heitor Cavalheiro (cinegrafista)

O paulistano Heitor Cavalheiro é produtor de cinema e foi o diretor de efeitos especiais de Desaparecidos, filme de David Schurmann. Durante uma conversa entre os dois o membro da família aventureira falou sobre a ideia de ter algum piloto a bordo do barco para fazer imagens aéreas. Imediatamente, decidiu pesquisar e, uma semana depois, se inscreveu num curso de paramotor. Além de aprender a voar, ele também frequentou cursos de vela, mergulho e mandarim. 24 • Setembro 2014 • Economia&Negócios


Secretaria de Turismo de Itajaí

A cidade de Itajaí, importante polo portuário, industrial e turístico de Santa Catarina será a sede da 21ª BNT Mercosul que irá acontecer nos dias 22 e 23 de maio de 2015.

Itajaí vai sediar a BNT Mercosul 2015 Bolsa de Negócios Turísticos, que até então era realizada no Beto Carrero World, será ampliada e modernizada e terá a sua 21ª edição no Centreventos, que possui uma área total de quase 19 mil m²

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cidade de Itajaí se consolida cada vez mais como uma das mais importantes opções no segmento do turismo de eventos em Santa Catarina ao ser anunciada como a cidade que vai sediar, nos dias 22 e 23 de maio de 2015, a 21ª edição da BNT Mercosul. Um dos mais completos e bem-sucedidos eventos turísticos da América Latina, a Feira de Negócios vai ser realizada no Centreventos Itajaí, local onde estarão reunidos expositores – representantes de produtos, serviços e destinos turísticos, além de agentes, operadores de viagens e imprensa. De acordo com os organizadores da BNT Mercosul, Geninho Goes e Jair Pasqualini, a mudança da feira para o Centreventos Itajaí vai proporcionar um ganho a todos os participantes, que estarão em pavilhão moderno e maior, que é hoje um dos principais espaços para a realização de eventos do Sul do Brasil, isso sem falar nos benefícios em relação a acesso, infraestrutura, logística, espaço, serviços de apoio, entre outros. Os estandes para a BNT Mercosul 2015 já estão sendo comercializados pela organização. Para reservas e mais informações, acesse: www.bntmercosul. com.br Com quase 19 mil metros quadrados de área total, o Centreventos é um amplo e bem estruturado espaço situado

em um lugar privilegiado: a Avenida Ministro Victor Konder (Beira-Rio), no Centro de Itajaí, próximo a restaurantes, hotéis e ao comércio local e a poucos minutos do aeroporto de Navegantes, das praias e outros atrativos da região. Itajaí, importante polo portuário, industrial e turístico, passará a ser sede da Feira de Negócios Turísticos e reunirá centenas de expositores que apresentarão seus produtos a milhares de profissionais do setor do Brasil e Mercosul. A cidade também é destaque por concentrar um dos mais importantes portos turísticos de passageiros do país.

 Balanço Na última edição da BNT Mercosul, que aconteceu nos dias 23 e 24 de maio deste ano, o evento recebeu mais de 6 mil profissionais de turismo, entre agentes de viagens, operadores e imprensa especializada. Os visitantes vieram de seis países. Do Brasil, foram procedentes de 22 estados brasileiros e 265 cidades de todas as regiões brasileiras. 472 empresas expositoras apresentaram hotéis, resorts, pousadas, parques, serviços, roteiros e destinos turísticos. Capacitações, cine turismo, feira de negócios, visitas técnicas, confraternizações, almoços de negócios e premiações foram algumas das atividades que marcaram a 20ª edição. •

Economia&Negócios • Setembro 2014 • 25


Balneário Shopping: um

Elizângela Cardoso, gerente de marketing do Balneário Shopping

O Balneário Shopping começou suas atividades em Balneário Camboriú em 2007. Comandado pelo Grupo Almeida Junior, o empreendimento é sucesso em toda a região como a mais completa opção de compras e lazer. Para 2014, a principal novidade é a expansão do shopping, prevista para ser inaugurada no último trimestre. 26 • Setembro 2014 • Economia&Negócios

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shopping ganhará um novo pavimento e ampliará sua área para 43,4 mil m² de ABL (Área Bruta Locável), o projeto arquitetônico ousado e o sistema diferenciado de engenharia nas obras de expansão estão transformando o Balneário Shopping em um dos mais modernos shopping centers do Brasil. Próximo de completar seu aniversário de sete anos, o empreendimento terá o dobro do tamanho, incluindo mais opções de lazer e gastronomia. Em entrevista à Revista Portu-

ária – Economia & Negócios, Elizângela Cardoso, gerente de marketing do Balneário Shopping nos fala um pouco sobre a sua trajetória profissional, o trabalho desenvolvido na empresa e das perspectivas do empreendimento. Revista Portuária - Qual foi a sua trajetória profissional até chegar à gerência de marketing do Balneário Shopping? Elizângela Cardoso - Iniciei minhas atividades profissionais muito jovem, aos 14 anos. Logo já tive contato


grande case de sucesso com marketing, eventos e comunicação e me apaixonei por estas áreas. Na universidade, através do Jornalismo busquei a técnica para a área da comunicação e na pós-graduação aperfeiçoei o conhecimento para o marketing. Minha trajetória é um misto destes setores, que se completam e funcionam perfeitamente juntos. Já atuei em eventos e marketing, assessoria de imprensa, rádio, TV e, quando o assunto é shopping center, estou vivenciando minha segunda experiência com o grande desafio de estar à frente do marketing de um dos maiores shoppings do Estado. Portuária - Como foi seu primeiro contato como profissional de marketing? Elizângela - Minha primeira experiência com o marketing foi quando atuei na Prefeitura de Itajaí organizando, na época, um dos maiores eventos realizados pelo município. Lá tive a oportunidade de realizar shows de grande porte e atuar diretamente com o marketing e comunicação de todo o processo que um grande evento envolve. Portuária - Se tivéssemos que definir o principal objetivo do marketing nas empresas, qual seria? Elizângela - O marketing é uma das práticas mais dinâmicas de mercado e atualmente com a celeridade da informação e novas tecnologias, a fórmula é se reinventar sempre. No ramo de shoppings centers, um dos papéis do marketing é proporcionar experiência positiva aos clientes e stakeholders. O encantamento está entre os desejados objetivos do marketing. Portuária - Quais são as principais atividades exercidas pelo departamento de marketing do Balneário Shopping? Elizângela - As atividades do departamento de marketing são bem abrangentes, mas todas têm o objetivo de proporcionar uma atmosfera positiva ao ambiente e experiências

agradáveis aos clientes, como também gerar resultado para os lojistas e empreendedores. Nosso trabalho envolve vários processos, entre eles a coordenação das demandas junto a agência de publicidade do shopping, da equipe de assessoria de imprensa, o relacionamento com lojistas e clientes e a captação e divulgação de eventos no empreendimento. Portuária - Quais são as próximas ações de marketing planejadas para o empreendimento? Elizângela - A agenda de eventos e ações é sempre intensa, procuramos estar oferecendo experiências que façam sentido para o nosso público e apresentando as tendências. Podemos destacar o desfile de moda no dia 30 de setembro, Dia das Crianças em outubro, e em novembro a inauguração da expansão do shopping, a campanha de Natal e a chegada do Papai Noel. Portuária - Como fortalecer a marca de uma empresa, diante de um mercado tão acirrado e competitivo como o que temos hoje? Elizângela - Diante do mercado competitivo investir em “branding” é essencial para as empresas que desejam fortalecer sua identidade perante os seus stakeholders e gerar credibilidade e valor. Hoje as atualizações acontecem de forma acelerada, e as marcas precisam acompanhar estas mudanças e evoluir junto com os consumidores. O desafio é conhecer o cliente, entender suas aspirações e gerar experiências positivas. Portuária - Quais as principais estratégias de marketing utilizadas pelo Balneário Shopping? Elizângela - Hoje as principais estratégias estão voltadas para a experiência através das campanhas publicitárias focadas no público-alvo, ações de relacionamento e eventos voltados para áreas de interesse do nosso cliente, trabalhando temas como moda, literatura, cultura e lazer/entretenimento.

Economia&Negócios • Setembro 2014 • 27


Balneário Shopping Elizângela Cardoso intermediando o Palco Balneário

Portuária – Muitos internautas utilizam a internet para pesquisar sobre empresas, produtos e serviços antes de efetivar uma compra. Olhando para esta realidade, qual a importância do marketing digital hoje em dia? Elizângela - O grande desafio hoje é através da tecnologia facilitar o acesso à informação, proporcionando ao cliente uma experiência de consumo intensa e ampliando o relacionamento com as marcas. Atualmente as pessoas têm acesso à informação onde estiverem, via computadores, tablets ou celulares. É importante utilizar as redes sociais para gerar conteúdo relevante e motivar interações com a marca. A tecnologia faz parte do dia a dia das pessoas e abre oportunidade para que o marketing digital aproveite todos os recursos para provocar relacionamento, aproximação, experiências e fidelização. As redes sociais são um canal aberto de comunicação que aproximam a empresa do seu público. Gerenciar reclamações e elogios fazem parte desta dinâmica, que facilita o diálogo e a interação com o cliente. Tanto o sucesso dos eventos de marketing quanto a eficácia das ações para tornar mais agradá28 • Setembro 2014 • Economia&Negócios

veis as visitas dos clientes aos shoppings dependem da ação integrada de vários departamentos. Portuária - Geralmente a preocupação do marketing em shopping centers se limita ao campo da comunicação, da realização de eventos e promoções. O Balneário Shopping faz um trabalho diferenciado neste sentido? Elizângela - Trabalhar a comunicação, eventos e promoções é parte do departamento de marketing de um shopping center, porém a atuação é muito mais abrangente e envolve outras atividades estratégicas. Ao visitar um shopping center o cliente recebe estímulos e informações. Podemos dizer que em um shopping cada detalhe comunica. Atualizar o consumidor sobre tendências, estilo de vida e ofertar experiências de consumo são algumas destas atividades. Procuramos sempre integrar as diversas áreas do empreendimento em busca de um resultado único: proporcionar uma experiência positiva para o cliente. Isto implica em uma sinergia contínua entre os profissionais e executivos das áreas comercial, marketing, merchandising, operacional e superintendência. •




coluna mercado Advocacia Vieceli participa do 2º Seminário Trabalhista no Transporte Rodoviário de Cargas

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o último dia 7 de agosto, na sede da NTC & Logística, na cidade de São Paulo, foi realizado o 2º Seminário trabalhista no Transporte Rodoviário de Cargas, onde, durante todo o evento, foram abordados aspectos relevantes da Lei 12.619/12. O evento contou com a presença de Desembargadores do TRT/SP, Procuradores do Ministério Público do Trabalho de SP, estudantes, advogados e interessados. Santa Catarina estava representada também pelo advogado Cassio Vieceli, da Advocacia Vieceli. No primeiro painel, o professor e ex-ministro do TST, Dr. Pedro Paulo Teixeira Manus, abordou a flexibilização das leis trabalhistas. Inicialmente, o palestrante mostrou-se favorável a readequação da Lei 12.619/12. Ainda, sustentou de forma segura que os direitos trabalhistas podem sim ser flexibilizados. Sobre a terceirização no transporte, frisou que entende pela sua licitude, pois a matéria é regida pela Lei 11.442/07, não havendo qualquer afronta à CLT, eis que os direitos dos trabalhadores estão preservados (não há prejuízos aos obreiros). Citou vários exemplos de sucesso na terceirização. Segundo o professor, “o que não pode haver é a precariedade no desempenho das funções”. Já no segundo painel, o desembargador Francisco Ferreira Jorge Neto (TRT/SP) mostrou-se conhecedor profundo do transporte e abordou o assunto jornada de trabalho do motorista profissional. Jorge Neto também concorda pela prorrogação da jornada de duas para quatro horas extras diárias, salientando que prevalece a especificidade da atividade. “Pode flexibilizar, mas jamais desregulamentar o setor”. Outro fator de suma importância e reconhecido

pelo desembargador Jorge Neto, é de que o horário de trabalho do motorista é flexível. Asseverou ainda de que, em havendo necessidade imperiosa (força maior, cuja previsão encontra-se no artigo 61 da CLT), a jornada de trabalho pode ser prorrogada pelo período necessário até sair daquela condição. Salientou ainda que o transportador deve possuir um controle rigoroso da jornada de trabalho do motorista profissional. A Lei 12.619/12 frisa que é um direito do obreiro e uma garantia ao empresário. Por fim, alertou da necessidade de a classe patronal usar dos acordos coletivos, mas sempre buscando fundamentar com “considerandos” as regras pactuadas, para que o magistrado, quando do julgamento de eventual ação trabalhista, venha a entender o espírito da disposição criada consensualmente. Para o advogado Cassio Vieceli, que inclusive também participou no ano passado do I Seminário realizado em SP, com os mesmos debatedores e palestrantes, o evento superou a expectativa. Vieceli frisou que no ano passado, a matéria ainda estava exigindo estudos e que neste último ano houve um aprofundamento dos magistrados e operadores do direito no que tange a aplicação da Lei 12.619/12. “A evolução dos entendimentos é notória. Vimos alguns magistrados do Trabalho externando entendimentos favoráveis à flexibilização das leis trabalhistas em vários aspectos e, inclusive, entendendo ser lícita a terceirização. A participação em eventos desta envergadura é de suma importância”, frisa. Na visão do Dr. Cassio, somente os debates e a proximidade com o Judiciário, MTE e MPT, é que poderão fortalecer os laços entre transportador e estes órgãos. •

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“Especializada no Transporte Rodoviário de Cargas” 

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coluna mercado Boatsul inaugura marina em Balneário Camboriú

A BoatSul inaugurou a sua marina própria, em Balneário Camboriú. Cerca de três anos após o ingresso no mercado de embarcações, também atuando com a Sunseeker Yachts na região Sul, a BoatSul agora passa a representar a marca inglesa no Brasil. A marina fica localizada na Rua Emanuel Rebelo dos Santos, 569, bairro da Barra. •

Multilog vai expandir negócios em Itajaí

A Multilog prevê para os próximos meses a conclusão de um novo armazém com 24 mil metros quadrados em Itajaí. Ao custo de R$ 40 milhões, a estrutura vai aumentar para 140 mil metros quadrados a área do maior porto seco do país. O plano de expansão da empresa prevê outros três novos armazéns nos próximos anos. •

STJ consolida entendimento favorável aos contribuintes

Recente decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) consolidou o entendimento do Judiciário favorável aos contribuintes no tema envolvendo a exigência do IPI na revenda de produtos importados. Basicamente, o Tribunal Superior classifica o recolhimento fiscal nas operações de revenda no mercado nacional de produtos importados como uma bitributação, já que o produto já se sujeitou ao IPI quando do desembaraço aduaneiro, isto é a entrada do produto no território nacional. Somente poderá ocorrer uma nova incidência do IPI, além daquela ocorrida na importação, em caso de uma nova industrialização no Brasil. Assim sendo, todo e qualquer produto importado que chega ao país com o processo industrial finalizado, sendo apenas para fins de consumo próprio ou revenda no mercado nacional, não deve ser taxado com nova incidência de IPI na sua comercialização no mercado interno. •

NDVale leva profissionais para Rússia O NDVale promoveu mais uma viagem dentro do seu Programa de Incentivos, referente à premiação 2013. Os 17 profissionais ganhadores foram para São Petersburgo, na Rússia e cumpriram o roteiro, que incluiu Moscou, acompanhados pelo presidente do

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NDVale, Haiko Schroder e a diretora adjunta, Mariana Spengler. Três lojistas também integraram o grupo de arquitetos, designers e decoradores que se destacaram pela pontuação nas lojas associadas no ano passado. •


Economia&Negócios • Agosto 2014 • 33




coluna mercado Incentivo

APM Terminals lança concurso interno para estimular práticas de inovação e sustentabilidade Aberto a participação de todos os funcionários, com exceção dos que ocupam cargos de diretoria e gerência, o concurso terá premiação em dinheiro

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incentivo à melhoria contínua e as boas práticas de gestão adotadas nas áreas de inovação e sustentabilidade são foco do concurso “Elevando Ideias”, que acaba de ser lançado entre os colaboradores da APM Terminals, empresa responsável pela operação de contêineres no Porto de Itajaí. Aberto a participação de todos os funcionários, com exceção dos que ocupam cargos de diretoria e gerência, o concurso premiará em dinheiro os colaboradores que mais pontuarem com inscrição, aprovação e implementação de suas ideias. Serão considerados pelo Comitê de Escolha os critérios de impacto (pequeno, médio e grande) benefício (segurança, eficiência, custo, satisfação do cliente) e implementação (menor curso, menor tempo, menor complexidade). O diretor superintendente da APM Terminals Brasil, Ricardo Arten, explica que o “Elevando Ideias” busca estimular a participação dos colaboradores no processo de melhoria contínua para a inovação e a sustentabilidade. “Cada vez mais a APM Terminals se consolida como uma organização que investe em oportunidades de desenvolvimento aos seus funcionários, o que garante engajamento, melhor desempenho e uma entrega de resultados que beneficia toda a empresa. A APM Terminals é um dos maiores operadores portuários do mundo e isso demanda criatividade e inovação, por parte da empresa e dos nossos colaboradores. Nada mais justo premiar aqueles que nos ajudam a chegar nesses patamares num contexto tão competitivo”, cita. A APM Terminals é referência na operação portuária de contêineres, oferecendo ao mercado uma moderna e eficiente estrutura no Complexo Portuário do Itajaí. Operando em uma área de 180 mil metros quadrados, o terminal foca na melhoria contínua dos serviços, satisfação dos clientes, constantes investimentos em segurança e respostas rápidas às demandas do mercado mundial. Com presença global em 67 países, a empresa emprega diretamente 325 pessoas em Itajaí (SC). •


coluna mercado

Antaq celebra contrato de adesão com empresa de Itajaí

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União, por intermédio da Antaq, celebrou com a Poly Terminais Portuários S/A contrato de adesão adaptado à Lei 12.815. A assinatura aconteceu, no final de agosto, na sede da Agência, em Brasília. O diretor-geral, Mário Povia, representou a Agência. Adalberto Sedlacek e Julio Boticelli representaram a empresa. O objeto da autorização é a instalação portuária, na modalidade de terminal de uso privado, denominada Poly Terminais Portuários S/A, localizada em Itajaí (SC). A autorização compreende a movimentação e a armazenagem de carga geral, carga conteinerizada e granel líquido (soda cáustica), destinados ou provenientes de transporte aquaviário. A área autorizada para exploração da instalação portuária corresponde a 82.804,17 metros quadrados. A autorização terá vigência por 25 anos contados da data de assinatura do contrato de adesão. O prazo será prorrogado por períodos sucessivos desde que a atividade seja mantida e a empresa promova os investimentos necessários para a expansão e modernização das instalações portuárias. Vale destacar que a Poly Terminais Portuários deverá manifestar o interesse na prorrogação do contrato com antecedência mínima de 18 meses de sua expiração. •

Rua Brusque, 337 - Itajaí - SC Economia&Negócios • Setembro 2014 • 37


coluna mercado Comércio Exterior

Aurora amplia exportações em 2014 Os principais mercados atendidos pela Aurora são Hong Kong, China, Japão, Oriente Médio, Cingapura e Rússia

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Cooperativa Central Aurora Alimensobrepaleta, lombo, barriga, filezinho, tos – um dos três maiores conglorecortes magros, recortes gordos e carmerados brasileiros da indústria de ré. carnes – ampliou neste ano em 21% o voNa área de aves, a Aurora exporlume e em 27% as receitas com exportação ta atualmente para a Rússia uma média de carnes. Ao transmitir a informação, o de 2.000 toneladas por mês. A expecpresidente Mário Lanznaster destacou que, tativa de crescimento da exportação no período de janeiro a julho, a empresa de aves é de mais 1.000 toneladas por embarcou 143 mil toneladas, ou seja, mais mês (crescimento de 50%), chegando de 20 mil toneladas em média por mês. Os a embarques totais mensais de 3.000 principais mercados atendidos pela Aurora toneladas/mês. Os preços estão supesão Hong Kong, China, Japão, Oriente Mériores a outros mercados devido ao dedio, Cingapura e Rússia. sabastecimento interno na Rússia. Os Presidente da Coopercentral Aurora Recentemente a Rússia aprovou produtos exportados são meio-peito, Alimentos, Mário Lanznaster. novas plantas da Aurora para importação asas, coxas, sobrecoxas e leg quarter de carne. Atualmente, estão homologadas (perna com dorso), além de miúdos as unidades de Sarandi (RS) e Chapecó (FACH 1) para suínos e (moela). Abelardo Luz (SC) para aves. Além dessas, já estavam aprovadas duas unidades de aves: Maravilha e Xaxim, ambas de Santa  Evolução no mercado externo Catarina. As vendas da Aurora no mercado externo, em 2013, O gerente geral de exportação Dilvo Casagranda expõe representaram 1 bilhão e 55 milhões ou 18,63% da receita que as vendas para a Rússia sofrem muitas variações, mas a bruta, tendo sua maior expressão nas carnes de aves (com demanda não é temporária, uma vez que o país depende da 762,4 milhões de reais) e nas carnes suínas (com 300,3 importação de volumes significativos para abastecer o consumo milhões de reais). Neste ano, crescerão para pelo menos interno. Normalmente há uma diminuição do volume exportado 20% das receita operacional bruta. O montante das divisas a partir da segunda quinzena de novembro, em razão de vários que serão obtidas com as vendas externas em 2014 não fatores: esgotamento das cotas de importação as quais serão re- foi revelado. distribuídas no ano seguinte, fechamento do ano fiscal, rigoroso O desempenho da Aurora no comércio exterior evoinverno com previsível congelamento dos portos e paralisação lui fortemente: em 2012 contribuía em 15,77% no faturadas operações de desembarque. mento global e em 2013 passou a 18,63%. O volume exA Aurora não exporta suínos para Rússia desde 2011, portado em 2013 cresceu 34,8% para 196.272 toneladas pois tinha planta habilitada somente para carne de aves. Agora, e as divisas obtidas no exterior aumentaram 46,7% para 1 a empresa tem expectativa de voltar a exportar significativos bilhão e 63 milhões de reais. volumes mensais de carne suína para aquele mercado. Neste Os principais destinos no ano passado foram Ásia momento, os preços estão atrativos em relação a outros merca- (absorveu 27% das exportações), Japão (15%), África dos, devido ao desabastecimento de carne suína na Rússia e a (12%), Europa (11%) e Oriente Médio (10%), seguindonecessidade de cumprimento de cotas de importação por parte se Ucrânia (6%), Rússia (5%), Eurásia e Cingapura, ambos dos importadores daquele país. Os produtos da pauta de expor- com 3%. No total, mais de 60 países compram produtos tação incluem os seguintes cortes: meia-carcaça, pernil, paleta, da Aurora. • 38 • Setembro 2014 • Economia&Negócios


coluna mercado Desenvolvimento Econômico

Assinada portaria que inclui Sinotruk no Programa Inovar-Auto A fábrica em Lages será a primeira unidade da montadora fora da China

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ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Mauro Borges Lemos, assinou portaria que inclui a montadora chinesa Sinotruk no programa de incentivos federais Inovar-Auto. Com a medida publicada no Diário Oficial da União (DOU) será permitida o início das obras de construção da unidade em Lages, no Planalto Serrano. "O Governo do Estado, junto com a Sinotruk, elaborou um plano de investimentos exequível para a estruturação do negócio”, destacou Lemos. Conforme o ministro, a instalação da fábrica em Santa Catarina refletirá positivamente no cenário econômico nacional. “É uma grande fabricante mundial de caminhões, que nos apresenta um projeto de investimentos, em uma primeira etapa, de US$ 300 milhões, podendo chegar a US$ 1 bilhão. Isto, sem dúvida, vai gerar um impacto muito relevante para a economia nacional”, disse. A fábrica em Lages será a primeira unidade da Sinotruk fora da China. A produção anual da planta vai começar em 400 caminhões montados por turno, com capacidade para chegar em 5 mil veículos por ano, em um único turno. A unidade será construída no Polo Industrial de Índios, ao lado da BR-282, gerando cerca de 400 empregos nessa primeira etapa, número que aumentará significativamente em função da cadeia de fornecedores a ser instalada em volta da montadora. "A Sinotruk está entre as maiores fábricas de caminhões do mundo e que já está pre-

sente no Brasil com caminhões importados. Agora, contará com a implantação de uma indústria própria em Santa Catarina, gerando emprego e renda e aumentando as vendas da empresa no país", lembrou o presidente da SC Parcerias, Paulo César Costa. O prazo máximo para a empresa concluir as obras e

iniciar a produção, sem perder o direito aos benefícios, é de dois anos. Além do Inovar-Auto, a Sinotruk recebeu incentivos do Governo do Estado e a doação do terreno por meio de parceria entre Governo do Estado e prefeitura de Lages. •

Economia&Negócios • Setembro 2014 • 39


coluna mercado

Lançada no salão náutico de Cannes no ano passado, a Azimut 80 também será fabricada em Itajaí.

Divulgação/Azimut

Lançamento

Azimut vai produzir dois novos iates no estaleiro de Itajaí

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italiana Azimut vai produzir pela primeira vez um modelo exclusivo para o mercado nacional, no estaleiro de Itajaí. A Azimut 42BR da Coleção Flybridge será oficialmente lançada no final de setembro no São Paulo Boat Show 2014. O alto padrão da empresa poderá ser percebido em todos os detalhes em seus quase 13 metros de comprimento, aliados à tecnologia de ponta, desempenho e muita elegância. “Desenvolvemos uma embarcação compacta e ao mesmo tempo espaçosa graças às inovações da marca na composição dos espaços exteriores e interiores. Trata-se de um iate que atende com perfeição às necessidades dos brasileiros – indicada aos navegadores iniciantes e também a um público jovem que preza por conforto e por exclusividade”, explica o diretor comercial da Azimut do Brasil Francesco Caputo. “Há uma demanda considerável no Brasil interessada em ingressar no universo náutico e há ainda público que deseja ter uma embarcação que seja mais acessível e de alta qualidade. Graças à experiência de mais de 40 anos do Grupo Azimut-Benetti, à equipe de especialistas italianos e brasileiros, e às constantes tendências lançadas no mercado náutico, transformamos essas necessidades em um modelo belíssimo produzido unicamente ao território nacional”, complementa.

 Mais novidade A marca também anunciou que vai produzir o gigantes40 • Setembro 2014 • Economia&Negócios

co Azimut 80. Com 25 metros de comprimento e o título de uma das embarcações mais premiadas do mundo, estreará na linha de produção itajaiense em 2015. O estaleiro da Azimut em Itajaí já produz quatro modelos de iates, de 43 a 70 pés. Lançada no salão náutico de Cannes no ano passado, a Azimut 80, que até o momento era fabricada apenas pela sede italiana, tem agradado clientes de várias partes do mundo. “Estamos trazendo para o mercado náutico brasileiro um modelo já consagrado e premiado no exterior e não temos dúvidas de que será um sucesso aqui também, ressalta o diretor comercial da Azimut do Brasil Francesco Caputo. A única fábrica da empresa no Brasil, localizada na cidade de Itajaí (SC), e instalada atualmente em um espaço de mais de 16 mil metros quadrados tem aumentado sua produção significativamente ano a ano, prova da aceitação dos brasileiros pela excelência dos produtos que trazem a expertise italiana. A previsão da diretoria é de um crescimento de 50% no volume de vendas nesta temporada náutica em relação à anterior e 80% de aumento em termos de dimensões na produção de barcos a motor de luxo. “Percebemos que os clientes brasileiros, geralmente os que já têm um iate, buscam se aperfeiçoar no mundo náutico e, dessa forma, procuram barcos de tamanhos cada vez maiores. A Azimut 80 chegará ao Brasil para atender essas necessidades em alto estilo”, afirma o CEO da Azimut do Brasil Davide Breviglieri. •


coluna mercado U

Após forte crescimento, construção busca rotas para seguir em alta

m dos poucos segmentos do setor produtivo apontado como promissor em todas as regiões do Estado, a construção civil, foi tema de painel realizado pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), em Balneário Camboriú. Durante o evento, que reuniu 56 industriais e especialistas do setor, foram apresentados e debatidos estudos econômicos e de tendências para o futuro da atividade, elaborados pela Federação. Nos debates, foi constatado que, após o forte impulso gerado pela facilitação do crédito e desoneração tributária, o setor experimenta atualmente um crescimento mais suave, devendo buscar o aumento da sua produtividade. Em Santa Catarina, especialmente, este indicador subiu apenas 1% ao ano entre 2007 e 2011, chegando a R$ 52,9 mil por trabalhador do segmento de pré-moldados. Nacionalmente o índice avançou, em média, no mesmo período, 8% ao ano, e encerrou 2011 em R$ 59,7 mil por trabalhador. Para atingir este objetivo no Estado, são necessárias ações como o aumento do número de formandos em cursos superiores ligados à atividade, como engenharia civil e arquitetura, e um

crescimento no volume de grandes obras públicas em Santa Catarina, capazes de dar ganho de escala ao setor e movimentar a economia como um todo. Outro ponto de consenso entre os participantes foi o prejuízo causado pelos atrasos e paralizações ligados a alvarás e licenças públicas. Foram citadas a demora na análise de processos, muitas vezes superior a um ano, e o questionamento judicial de autorizações concedidas há anos, quando as obras já estão em estágio avançado. Entre os pontos positivos da Construção Civil no Estado está a diversificada cadeia de produtores de insumos, capaz de atender todas demandas apresentadas pelo segmento. Esta característica se reflete no volume de estabelecimentos ligados ao setor no Estado, que representa 7% do total nacional e é inferior apenas ao registrado em São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Rio Grade do Sul. As visões de futuro para o setor passam, além do avanço em produtividade, pelo desenvolvimento local de soluções inovadoras e pelo crescimento através da ocupação de nichos de mercado no Brasil. •

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coluna mercado Inovação

Empresa catarinense é pioneira em teste de equipamento aerodinâmico Parceria da operadora logística Coopercarga com a JOST Brasil coloca em testes os primeiros difusores de teto do país

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DIVULGAÇÃO

Coopercarga, operadora logística para o Brasil e Mercosul, em parceria com a JOST Brasil, colocou em teste os primeiros difusores de teto do país em duas carretas da frota. Os acessórios aerodinâmicos foram importados da Alemanha e são indicados como complemento para a parte traseira de reboques e semirreboques, gerando mais segurança, conforto ao motorista, economia de combustível e redução das emissões de CO2 por ser um sistema de redirecionamento do fluxo de ar. A tecnologia prevê ainda outras inúmeras vantagens. A expectativa é que o equipamento contribua para uma economia de 3 a 4% no consumo de combustível, redução da turbulência (que gera um efeito de frenagem sobre o veículo), diminuição do efeito spray na parte traseira do semirreboque em dias chuvosos, redução da projeção de neblina e poeira em condições meteorológicas adversas, entre outras. Dois semirreboques iniciaram os testes, que devem ser concluídos no período de seis meses. Avaliações semelhantes já foram realizadas na Europa e os resultados positivos possibilitaram a comercialização do produto no mercado regional. “Como o cenário brasileiro (estradas e velocidade média) é diferente do europeu, a realização desses testes é fundamental para confirmarmos a eficiência do produto”, afirma Cícero Castagna, Engenheiro de testes da JOST Brasil. Na Europa, a economia apresentada é superior a 1,4L/100km em um caminhão com consumo médio de 2,95 km/L, garantindo a amortização do custo em 4 ou 6 meses. “A Coopercarga busca continuamente inovações que contribuam para a sustentabilidade da nossa atividade. Utilizamos acessório aerodinâmico nos cavalos há muitos anos e a intenção agora é dispor deste equipamento também nas carretas para aumentar os benefícios. Essa é mais uma ação que complementa a preocupação de nossa cooperativa com o meio ambiente, e também com a busca de ganho na produtividade”, afirma Osni Roman, presidente da operadora logística fundada em 1990 em Concórdia, Santa Catarina. • A expectativa é que o equipamento contribua para uma economia de 3 a 4% no consumo de combustível

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coluna mercado

Reconhecimento

Empresa de tecnologia de Florianópolis foi eleita empresa que mais cresceu no país Rafael Bottós, presidente da Welle Tecnologia Laser SA, e Gabriel Bottós, vice-presidente, receberam o prêmio pelos resultados alcançados pela empresa catarinense no último ano.

A

avaliação foi realizada pela consultoria Deloitte e pela revista Exame PME, levando em conta micro, pequenas e médias empresas brasileiras. Logo atrás da Welle estão a Bank Log, de Goiânia, a Vtex, presente em São Paulo e no Rio de Janeiro, a Agres, de Pinhais (PR), e a Translogistics, de Salvador. No evento, o presidente Rafael Bottós ainda participou de uma mesa redonda intitulada “Os segredos para crescer muito além da economia brasileira”. A empresa é a única catarinense na lista das 10 que mais cresceram na região Sul, oito são paranaenses e uma companhia gaúcha. Mas entre as 250 do país, há 19 catarinenses. Repetindo a concentração econômica do perfil do Brasil, 58% das empresas da lista são dos Estados do Sudeste. O

crescimento nos três últimos anos foi de 1.525%. O faturamento saltou de R$ 423 mil para R$ 6,8 milhões. Especializada na manufatura de máquinas e equipamentos para marcação a laser, gravação a laser e micro usinagem, a Welle atende a indústria nacional como um todo, atuando em cerca de 15 diferentes mercados, com destaque para o automotivo. Presta serviços também para a indústria metalmecânica, de linha branca, naval, e empresas na área de petróleo, joias, ou que trabalham com polímeros, como tecidos e metais em geral. A empresa tem ditado fortes tendências baseadas na tecnologia laser no país, tais como a de Indústria 4.0 e a de rastreabilidade industrial, solução em que é especialista e líder em vendas. Com

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coluna mercado seis anos de existência, a Welle já é líder brasileira de tecnologia a laser com clientes como Whirlpool, Bosch, Tramontina, Weg e outras. A empresa nasceu em 2008 e no mesmo ano teve o apoio de programas como o Sinapse da Inovação, pelo qual foi contemplada em sua operação piloto, e o Fundo Criatec. Em 2009 se incubou no CELTA – Centro Empresarial para Laboração de Tecnologias Avançadas, onde segue até hoje. Em 2012, a Welle foi apontada pelo BNDES como um dos 25 empreendimentos com maior potencial de crescimento do Brasil. Naquele ano, a empresa registrou um crescimento altíssimo, que já a havia a colocado entre os cinco maiores crescimentos do ano no país. Em 2013, manteve um crescimento muito acima do registrado comumente no Brasil, passando do número de 100 máquinas de marcação entregues. Em abril deste ano, foi aprovada por unanimidade com a maior nota da história do processo seletivo da Endeavor, uma das maiores organizações de fomento ao empreendedorismo do mundo.

mundo. Lá eles foram orientados pelo professor Stefan Kaierle, grande especialista na área, e também tiveram a oportunidade de aprender muito enquanto trabalharam na Rolls-Royce e Audi com máquinas de corte e solda de alta potência. Em 2008 os irmãos retornaram ao Brasil e começaram sua própria empresa. •

:: Veja as catarinenses que aparecem na lista com a posição no ranking estadual e nacional, e também o crescimento de cada uma no período: 1ª (1ª) – Welle Laser (Florianópolis) – 1525,8% 2ª (53ª) – Cianet (Florianópolis) – 87,7% 3ª (66ª) – Nord Electric (Chapecó) – 80,4%

 Conheça os empreendedores

4ª (88ª) – Avell (Joinville) – 66,9%

Os gêmeos Rafael e Gabriel Bottós, de 30 anos, gastavam horas hipnotizados pelo equipamento a laser do consultório oftalmológico do seu pai. Na faculdade de engenharia os irmãos fundaram o primeiro laboratório de processamento a laser e se envolveram em um projeto inovador de solda a laser. Esse experimento os inspirou a estudar no Instituto Fraunhofer, em Aachen, na Alemanha, líder em tecnologia laser no

5ª (92ª) – Tecnoblu (Blumenau) – 64,4% 6ª (119ª) – Senior Sistemas (Blumenau) – 49,9% 7ª (122ª) – Ambientec (Joinville) – 48,3% 8ª (123ª) – Datainfo (Blumenau) – 47,3% 9ª (135ª) – Copa&Cia (Blumenau) – 41,6% DIVULGAÇÃO

10ª (149ª) – Selbetti (Joinville) – 38,9% 11ª (173ª) – Ogochi (São Carlos) – 32,8% 12ª (194ª) – Grupo Kyly (Pomerode) – 28,5% 13ª (200ª) – Cia. Águas de Joinville (Joinville) – 27,2% 14ª (205ª) – Link Comercial (Pomerode) – 26,1% 15ª (211ª) – Tintas Farben (Içara) – 25,0% 16ª (226ª) – Anjo Tintas (Criciúma) – 19,9% 17ª (231ª) – Governançabrasil (Florianópolis) – 19,1%

Os gêmeos empreendedores Rafael e Gabriel Bottós. 44 • Setembro 2014 • Economia&Negócios

18ª (235ª) – AS Gráfica (Blumenau) – 18,2% 19ª (241ª) – Ekotex Química (Pomerode) – 16,2%


coluna mercado Incentivo

Indústria da informática terá redução de IPI até 2029 Lei estendeu benefício de redução do IPI para o setor de informática por 10 anos

O

s benefícios da Lei da Informática, como redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para o setor e percentuais mínimos de investimentos em pesquisas, serão prorrogados até 2029. A Lei 13.023/14, que estendeu os incentivos por dez anos, foi publicada na edição no Diário Oficial da União. A lei determina que a indústria da informática terá redução de 80% do IPI até 2024, de 75% até 2026, e de 70% até 2029. Além dos incentivos na redução do imposto, a lei obriga as empresas do setor a investir, pelo menos, 5% do faturamento bruto em pesquisas para o desenvolvimento da área. A proposta foi aprovada pela Câmara dos Deputados em junho e pelo Senado no mês passado, e sancionada sem vetos. Para os bens e serviços de informática produzidos nas regiões da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), a redução do IPI será mantida em 95% até 2024. Em 2025 e em 2026, a redução passará a ser de 90%; e de 2017 a 2029, de 85% do imposto. As áreas de livre comércio da Região Norte terão isenção tributária até 2050. Para a Zona Franca de Manaus, os benefícios tributários foram prorrogados até 2073 por uma proposta de emenda à Constituição promulgada pelo Congresso recentemente. •

Economia&Negócios • Setembro 2014 • 45


coluna mercado

Bem maior e mais sofisticado, novo Classe C quer subir de nível

DIVULGAÇÃO

Lançamento

Grupo DVA lança quinta geração do modelo líder em vendas em cidades de Santa Catarina Novos detalhes do Mercedes-Benz Classe C foram conferidos nos showrooms do Grupo DVA em Blumenau, Joinville, Balneário Camboriú/Itajaí e em São José, na Grande Florianópolis

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Mercedes-Benz trouxe para o Brasil a nova geração de seu best-seller, o Classe C. O automóvel mais vendido pela marca no planeta, com 8,5 milhões de unidades comercializadas, traz inovações em todos os seus detalhes, incorporando recursos e tecnologias até agora só encontrados em modelos de categorias superiores. Para celebrar a surpreendente transformação deste clássico, a Mercedes-Benz realizou simultaneamente, em suas concessionárias pelo país, eventos especiais de apresentação, contanto com clientes e parceiros. Em Santa Catarina todos esses novos detalhes foram conferidos nos showrooms do Grupo DVA em

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Blumenau, Joinville, Balneário Camboriú/Itajaí e em São José, na Grande Florianópolis. “Os coquetéis simultâneos apenas deram o início aos muitos eventos que ocorreram, como a Open Week, que movimentou as concessionárias DVA e diferentes pontos no Estado, apresentando exposições, test-drives, e claro, muitas entregas de veículos, uma vez que nossa cota neste momento foi inferior à procura. Já fizemos uma solicitação de carros (cota extra) para a MercedesBenz e assim poder atender a alta demanda destes novos produtos”, afirma Paulo Toniolo Júnior, diretor do Grupo DVA.


coluna mercado DIVULGAÇÃO

 Quatro versões O novo Classe C chega ao país em quatro versões – C 180 Avantgarde, C 180 Exclusive, C 200 Avantgarde e C 250 Sport – estabelecendo novos padrões para a categoria dos automóveis premium, graças ao conceito de design com peso reduzido, possibilitando uma redução total de até 60 quilos, à excelente aerodinâmica e aos econômicos motores. Visualmente, os novos modelos representam uma ousada evolução ante a geração anterior. Seu design dinâmico e impactante remete à Classe S da Mercedes-Benz. Os designers criaram formas minimalistas e puras para o novo modelo, ressaltando sua tecnologia e engenharia inteligentes. A vista lateral, com o longo capô, revela as clássicas e equilibradas proporções da marca alemã. As ver-

sões definidas para o Brasil trazem a dianteira mais esportiva, com a estrela no centro da grade, e a inovação dos faróis totalmente em LED. Na C 250 Sport, ainda mais completa, também está disponível o Intelligent Light System. O design noturno característico dá ao novo Classe C um visual muito próprio e exclusivo quando escurece. Na traseira, as lanternas e luzes de freios utilizam tecnologia LED em todas as versões. O Intelligent Light System adapta os faróis automaticamente às condições climáticas, iluminação ambiente e condições de direção, proporcionando maior segurança ao condutor. O sistema conta com faróis variáveis com cinco funções: luz de curva dinâmica, luz de esquina, luz de estrada, farol alto adaptativo e luz de neblina ampliada. •

Interior ficou bem mais amplo e moderno, sem abrir mão do luxo

Economia&Negócios • Setembro 2014 • 47


coluna mercado

Obras de ampliação do Casa Hall Shopping alcançam 80% do cronograma inicial Previsão é de inaugurar a expansão do empreendimento em breve com novas marcas

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s obras de expansão do Casa Hall Shopping, de Balneário Camboriú, acabam de atingir 80% de seu cronograma inicial. A previsão da administração do empreendimento é concluir as obras em breve. Após finalizada a expansão, o Casa Hall Shopping terá a sua Área Bruta Locável (ABL) ampliada de 5 mil metros quadrados para 10 mil metros quadrados. A estrutura contará com elevador panorâmico, sala de eventos, recepção com serviço concierge, pórtico coberto para desembarque de pessoas, além da ampliação do estacionamento e de segurança 24 horas que o shopping já oferece. Um dos detalhes do projeto é a construção de dois quiosques no piso das lojas disponíveis para locação, área destinada à alimentação e a unificação das construções. Outra novidade é o “Casa Hall Offices”, um centro empresarial com capacidade para 25 escritórios comerciais e que deve ser inaugurado no primeiro semestre de 2015. Para a realização das obras, estão sendo investidos cerca de R$ 15 milhões, o que permitirá o 48 • Setembro 2014 • Economia&Negócios

aumento do número de lojas das atuais 13 para 24. Elizabeth Schwarz, diretora do empreendimento, explica que a nova estrutura do Casa Hall Shopping terá o mix de lojas ampliados com a instalação de marcas como a BMW Top Car; Miyoshi Cozinha Oriental; Madero Móveis; Infinita Superfícies e a modernização do show room da Kretzer Móveis. “A BWM Top Car será uma loja nos padrões das revendas de carros da Europa, diferente de uma concessionária convencional”, destaca a diretora. Inaugurado em 2007, o Casa Hall Shopping atingiu 100% da Área Bruta Locável (ABL) no curto prazo de seis anos. Hoje o shopping é sinônimo de alto luxo e abriga as melhores marcas do setor. Segundo Elizabeth Schwarz, a arquitetura neoclássica e o conceito do empreendimento acabaram atraindo operações selecionadas de alto padrão, onde as novas demandas do mercado de luxo se tornaram ainda mais evidentes. O mix de marcas é composto por lojas renomadas como Sierra Móveis, Amazônia Fibras Naturais e Schwanke Casa. •


coluna mercado ADAC participa do Fórum de Desenvolvimento e Inovação de SC

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diretor executivo da Associação de Distribuidores e Atacadistas Catarinenses (ADAC), José Agenor de Aragão Junior, marcou presença no Fórum de Desenvolvimento e Inovação de SC, realizado em Blumenau. O evento, que reuniu um público de aproximadamente 250 empreendedores, contou com um painel promovido pelo Sebrae e Senac, além de um talk show com a presença de três empresários catarinenses. Para fechar o evento, a palestrante Leila Navarro, com mais de 15 anos de experiência e atuação internacional, falou sobre a capacidade de gestores, líderes e empreendedores inovarem. De acordo com o diretor executivo da Adac, o evento trouxe diversos cases de sucesso que estimulam o empreendedorismo e a inovação, além de promoverem um importante networking entre os participantes. Entre os conteúdos que mais chamaram a atenção de Aragão, está a fala do representante do Senac, Rudney Raulino, que falou sobre o papel das entidades no país. “Achei muito interessante quando ele abordou a questão de que as entidades precisam fazer muito mais do que oferecer apenas vantagens para os associados. O importante é focar na desburocratização dos problemas que afetam as empresas que representamos. O nosso papel na ADAC é justamente esse, buscar soluções para situações que precisam ser modificadas”, finaliza. •

Economia&Negócios • Setembro 2014 • 49


coluna mercado Inovações tecnológicas

Startup SC leva empresas ao Vale do Silício Roteiro inclui a participação nos eventos TechCrunch Disrupt, visitas a empresas e benchmarking do ecossistema

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pós quatro meses de cursos e palestras no Programa de Capacitação Startup SC (www.startupsc. com.br), realizado pelo Sebrae/SC, nove empresas catarinenses foram selecionadas para participar da missão que irá ao Vale do Silício, nos Estados Unidos, neste ano. “Ao longo de uma semana os participantes terão a oportunidade de interagirem ativamente com o ambiente de empresas de alto crescimento e benchmarking mundial. O objetivo é conectar os participantes do programa de capacitação Startup SC com investidores, empreendedores e formadores de opinião da região do vale do silício. Além disso, promover educação empreendedora por meio de interação com as empresas e entidades mais influentes do Vale do Silício.”, conta o gestor do programa, Alexandre de Souza. Os empresários participarão do TechCrunch Disrupt, maior evento de empreendedorismo digital do mundo, onde

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terão a chance de ouvir o CEO e fundador do Tinder, Sean Rad, o co-fundador do Paypal, Peter Thiel, entre outros. Paralelamente acontecerá a Startup Alley, feira que reúne startups – empresas de até dois anos de existência e até US$ 2,5 milhões em investimentos externos – de diversos países, como Rússia, Israel e Brasil. A missão pretende apresentar a potenciais investidores as oportunidades de negócios em Santa Catarina, estado que é referência nacional em TI, além de conhecer o perfil dos empreendedores locais. Para Alexandre de Souza, a missão serve para reforçar o programa, que participa do TechCrunch Disrupt pela segunda vez consecutiva. Um dos mentores do programa, Rafael Assunção, defende que estas empresas foram escolhidas por que “já validaram seus modelos de negócios e agora estão entrando na fase de crescimento. Os contatos no Vale do Silício podem contribuir para acelerar fortemente o

San Jose, Capital do Vale do Silício


coluna mercado crescimento e fazer a diferença na história destas startups.” Em 2013, a missão também levou nove empresas para São Francisco, maior cidade do Vale do Silício. Entre os resultados da última edição estão os feedback recebidos no evento, que ajudam a melhorar os projetos e modelos de negócios das empresas, e o contato com possíveis investidores e parceiro.

Sobre o Startup SC O projeto “Startup SC – Desenvolvimento e Fortalecimento das Startups Catarinenses“, é uma iniciativa do Sebrae/SC que visa desenvolver e promover empreendimentos inovadores em todo o estado de Santa Catarina. Em 2014, chega à sua quarta turma. •

Confira a seguir as empresas selecionadas:

 Meus Pedidos: fornece agilidade e organização para representantes comerciais, substituindo os catálogos impressos e blocos de pedido por tablets e smartphones.

 Hiper: auxilia o empresário e seus gestores a monitorar o resultado das vendas, estoque dos produtos e gerenciar as receitas e despesas, através de informações consolidadas e disponibilizadas em relatórios e ferramentas de gerenciamento no PC, smartphone e tablet.

 Outclass: aplicativo mobile que conecta estudantes, pais, professores e instituições de ensino fornecendo as informações da vida acadêmica do aluno no smartphone, via integração com os softwares de gestão educacional.

 Winker: é uma plataforma de integração em condomínios. Com milhares de usuários, a ferramenta simplifica a gestão do síndico e facilita as relações entre condôminos.

 MobLee: cria aplicativos para smartphone que mudam a forma como pessoas vivenciam eventos. Startup de Florianópolis, já forneceu o app oficial das 10 maiores feiras do Brasil.

 We Crowdcasting: é uma startup que acredita que pessoas comuns são capazes de criar notícias por meio de fotos, textos, vídeo ou áudio usando para isso seus smartphones.

 Truevision: é a única empresa brasileira especializada em tecnologia para daltônicos, oferecendo soluções para facilitar o dia a dia destes indivíduos e melhorar a sua experiência com o uso de cores.

 Asaas: viabiliza que autônomos e pequenos empreendedores emitam cobranças com boletos, em menos de um minuto, sem que precisem falar com seus bancos, gerentes ou quaisquer outros fornecedores.

 YouHome: é uma startup focada em soluções móveis para o mercado de imóveis. As soluções YouHome permitem que os corretores de imóveis realizem suas tarefas diárias de forma simples e rápida utilizando o tablet ou smartphone.

Economia&Negócios • Setembro 2014 • 51


portos do

Brasil

Anderson Silva

Reconhecimento

Complexo Portuário do Itajaí sobe cinco posições no ranking dos maiores do mundo Com 1.120,627 TEUs operados em 2013, os terminais de Itajaí e Navegantes passaram da 108ª posição, na edição de 2013, para a 103ª posição, neste ano

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Complexo Portuário do Itajaí subiu cinco posições na edição 2014 do World Top Conteiner Ports, ranking dos maiores portos especializados em contêineres feito anualmente pela publicação britânica Container Management. Juntos, os terminais de Itajaí e Navegantes passaram da 108ª para a 103ª posição e fazem do complexo um dos 120 maiores portos do mundo. Entre os portos brasileiros, só o Complexo Portuário do Itajaí e o Porto de Santos aparecem no ranking (Santos com a 38ª posição). O ranking destaca o crescimento de 12% na movimentação de cargas em Itajaí e Navegantes entre 2012 e 2013. “O fato de estarmos no seleto grupo dos 120 maio52 • Setembro 2014 • Economia&Negócios

res portos do mundo, ganhando posições ano a ano, é um motivo de grande satisfação para a Autoridade Portuária de Itajaí, que vê essa colocação como um reconhecimento a todo o trabalho desenvolvido e aos investimentos que o Porto vem recebendo em melhorias de sua infraestrutura terrestre e aquaviária”, explica o superintendente do Porto de Itajaí, engenheiro Antonio Ayres dos Santos Júnior. Para Ayres, a posição alcançada por Itajaí no World Top Container ports 2014 também pode ser creditada a garra e determinação da comunidade portuária de Itajaí e região, bem como a atenção especial que o Porto de Itajaí recebe da Secretaria de Portos da Presidência da República, que com constantes investimentos em infraestrutura. •



Divulgação

portos do

Brasil

Entrave

Falta de planejamento de dragagens prejudica portos brasileiros A conclusão é do consultor do Instituto de Desenvolvimento, Logística, Transporte e Meio Ambiente, Frederico Bussinger, que visitou quase uma centena de projetos de expansão portuária pelo mundo, nos últimos 30 anos Quando o assunto é dragagem, que é a retirada de sedimentos do fundo dos rios, lagos, marés, baías e canais de acesso aos portos, o Brasil ainda está atrasado em relação a vários países da Ásia e Europa e também quando comparado com os Estados Unidos. A conclusão é do consultor do Instituto de Desenvolvimento, Logística, Transporte e Meio Ambiente, Frederico Bussinger, que visitou quase uma centena de projetos de expansão portuária pelo mundo, nos últimos 30 anos. De acordo com o consultor, o Brasil esbarra em vários entraves, como a burocracia para obtenção das licenças ambientais, excesso de normas, leis e resoluções, além da falta de uma agência executiva multifuncional com orçamento próprio, que execute suas próprias obras, gere energia e controle cheias, navegação, irrigação, pesca e lazer. “No Brasil, a ANA (Agência Nacional das Águas) deveria desempenhar esse papel, mas não o faz. Trata-se apenas de uma agência de regulação e fiscalização, mas as necessidades são bem maiores”, acredita. A ideia também é compartilhada pela consultora da CNT, Patrícia Boson, que representou a entidade. “Caímos sempre na velha história de falta de planejamento e de articulação entre as normas. Temos vários agentes, mas eles não conversam, cada um age de um jeito”. Para Bussinger, existem dois projetos de dragagem nos portos que poderiam ser adotados pelo Brasil, principalmente no que tange ao planejamento. Trata-se do TVA, no Mississipi/EUA e do Europa Whitepaper 2050, integrado pela França, Holanda, Bélgica e Alemanha. 54 • Setembro 2014 • Economia&Negócios

 Dragagem no Brasil

As áreas com maior concentração de sedimento no Brasil são os portos de Santos (SP), Paraty (RJ), Aratu (BA) e Itapoã (SC). Existem vários tipos de depósitos, como areia e argila, por exemplo, que são trazidas por meio da erosão formada a partir da água das chuvas. Mas também existem os sedimentos contaminantes, que são vistos com preocupação por representantes do setor. “Antes de fazermos a dragagem, temos que mapear as áreas, ver a qualidade do material e analisar de que maneira podemos fazer a extração do sedimento”, explicou o coordenador-geral da Amazônia Legal, da Secretaria de Patrimônio da União, Fernando Campagnoli. Ele afirmou que o Brasil deveria investir anualmente R$ 6 bilhões para limpeza dos reservatórios. Só em São Paulo, o custo de limpeza por ano seria de R$ 700 milhões.

 Resolução 454/2012

Outro ponto muito discutido é a resolução do Conama 454/2012, que estabelece as diretrizes gerais e os procedimentos necessários para dragagem em território nacional. “A norma introduziu um plano detalhado de retirada de sedimentos no país. Agora, acompanhamos passo a passo a natureza do que é extraído”, comemorou o diretor de avaliação de impacto ambiental da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), José Eduardo Bevilacqua. Ele disse que o Brasil passou oito anos sem nenhuma regulamentação sobre o setor de dragagem, o que, poderia explicar o atraso em relação à tecnologia já adotada nos outros países.•


Divulgação

portos do

Brasil Infraestrutura

Berços do Porto de Itajaí passam por obras de alinhamento e reforços O investimento, em recursos da União, do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2) soma R$ 117.044.665,91

A

construtora Serveng Civilsan, empresa vencedora do processo licitatório para as obras de reforço e realinhamento dos berços 3 e 4 do Porto de Itajaí, cravou a primeira estaca tubular de sustentação ao novo cais. Com aproximadamente 50 metros de profundidade, a estaca teste servirá agora como guia para a cravação das demais estacas de sustentação. Em paralelo, a construtora dá continuidade aos serviços de limpeza e retirada de escombros subaquáti-

Economia&Negócios • Setembro 2014 • 55


portos do

Brasil

cos da área da obra. “Os trabalhos seguem conforme o cronograma previamente estabelecido e a previsão da conclusão é para o segundo semestre de 2015”, explica o diretor técnico do Porto de Itajaí, engenheiro André Pimentel. O investimento, em recursos da União, do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2) soma R$ 117.044.665,91 e possibilitará que esse trecho de cais, de 490 metros, opere navios de maior porte e dimensão, assim como receba equipamentos mais modernos e de melhor performance, além de ter sua cota de dragagem ampliada de 10 para 14 metros.

 Nova realidade

Divulgação

Divulgação

O superintendente do Porto de Itajaí, engenheiro Anto-

nio Ayres dos Santos Júnior, informa que além do reforço do cais – com novo estaqueamento e nova estrutura de concreto – os dois berços serão alinhados, o que possibilitará que grandes navios atraquem no local. “Hoje uma inflexão no cais impede que navios de grande porte operem nesses berços. Com o alinhamento teremos um cais contínuo de 490 metros, o que nos abre a possibilidade de operarmos grandes cargueiros”, acrescenta Ayres. Com a obra, a Secretaria de Portos da Presidência da República prepara os dois berços para serem arrendados pela iniciativa privada, conforme determina a Lei 12.814, de 2013 e que dispõe sobre a exploração direta e indireta pela União de portos e instalações portuárias e sobre as atividades desempenhadas pelos operadores portuários.

Reiniciada as obras de restauro do antigo prédio da fiscalização

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écnicos da empresa Albatroz reiniciaram as obras de restauro do antigo prédio da Fiscalização do Porto de Itajaí. A primeira etapa dos trabalhos foi realizada nos meses de maio e junho e englobou os serviços de ligação provisória de água e energia, limpeza inicial de todo edifício, retirada de vegetação do interior, reforço das escoras de contenção, reconstrução e afastamento dos tapumes, proteção das alvenarias originais, consolidação dos elementos originais e reforço da estabilidade da obra. “A segunda fase, em execução, teve início pela demolição de elementos espúrios adicionados ao edifício, ou seja, a demolição de elementos não tombados”, explica o diretor Técnico do Porto de Itajaí, engenheiro André Pimentel. A conclusão do restauro está prevista para o primeiro semestre de 2015. A obra é orçada em R$ 700 mil e a contratação da empresa responsável pelos serviços ocorreu ainda no primeiro semestre. No entanto, os trabalhos somente puderam ser reiniciados após a aprovação do projeto pelo Conselho Municipal de Patrimônio, autorização da Fundação Catarinense de Cultura e emissão do alvará pela Prefeitura de Itajaí, que ocorreu nesta semana. A edificação é da 56 • Setembro 2014 • Economia&Negócios

década de 30 e é tombada como patrimônio histórico.

 A edificação

O prédio foi construído por volta de 1930 para sediar o escritório e o depósito dos materiais que seriam utilizados nas obras de ampliação projetadas para o Porto de Itajaí. Depois a fiscalização e administração do Porto, até o ano de 1967, quando foi construído o novo prédio da Administração do Porto, na Rua Cel. Eugênio Muller. Trata-se de uma construção de estilo eclético com predomínio de elementos neoclássicos em sua composição, edificada em tijolos e coberta por telhas tipo francesa. Como a maioria das construções desse estilo, originalmente o edifício tinha paredes pintadas de cores suaves, com ornatos e aberturas na cor branca. O destaque fica por conta dos arcos plenos das aberturas e dos desenhos impressos no tratamento do reboco, inspirados nas composições em pedras características do renascimento florentino. A composição é assimétrica em todas as elevações e o torreão, construído em uma das extremidades do prédio original, conferia certo aspecto oficial, realçado pela varanda, pela porta em arco e pelo mastro de bandeira, ali fixado. •


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No topo

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Portonave está entre as maiores companhias de Santa Catarina

Portonave é a 2ª maior empresa do sul do país no setor de transporte e logística, considerando a receita bruta, de acordo com o ranking realizado pela Revista Amanhã, em parceria com a PwC – PricewaterhouseCoopers. A empresa é o porto mais bem colocado na lista. A pesquisa aponta as 500 maiores empresas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Na classificação geral, o terminal portuário ocupa o 19º lugar entra as 100 maiores empresas do Estado e a 92ª posição entre as 500 maiores do sul. Todas as informações trazidas pelo ranking são extraídas de uma única fonte: as demonstrações financeiras

das empresas listadas. São examinadas tanto demonstrações contábeis de grupos quanto de empresas individuais. Para o diretor-superintendente administrativo da Portonave, Osmari de Castilho Ribas, “ser uma das grandes companhias traz uma responsabilidade muito grande para nós e ao mesmo tempo nos estimula a crescer mais e ajudar a desenvolver Navegantes e região”. Em setembro serão realizadas três cerimônias de premiação – no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Nestes eventos, serão homenageadas as cem maiores companhias de cada estado e as empresas líderes em mais de 30 setores econômicos. •

Negociação

Renovação do contrato de administração do Porto de Imbituba está em pauta

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governo catarinense, por meio da SCPar Porto de Imbituba SA, negocia com a Secretaria Especial de Portos do governo federal um novo contrato para a administração do Porto de Imbituba. A expectativa é de que o ministro Cesar Borges confirme em breve a renovação do contrato atual de dois anos, que se encerra em dezembro, para mais 25 anos. Segundo o presidente da SCPar, Paulo Cesar da Costa, esse prazo maior é importante para a implantação de projetos de longo prazo. O governo do Estado investe R$ 50 milhões na rodovia duplicada de acesso ao porto, mais R$ 30 milhões em melhorias e, com recursos da União, foi realizada a dragagem do canal por R$ 40 milhões. Quando encerrou a concessão anterior, a intenção do governo federal era de passar a gestão do terminal por dois anos ao Estado e, depois, privatizar. A sugestão de 25 anos é nova e baseada em resultados. Conforme Costa, no ano passado houve crescimento de 9% no total de atracação e mais de 20% na movimenta-

ção de cargas. Até junho deste ano, o crescimento das operações superou 50%.O Tecom Imbituba, terminal de contêineres operado pela Santos Brasil movimentou no segundo trimestre o equivalente a todo o ano de 2013. •

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Desempenho

Setor portuário movimenta mais de 460 milhões de toneladas no primeiro semestre de 2014 O número representa um crescimento de 5,18% em comparação com igual período do ano passado.

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setor portuário brasileiro movimentou 460,2 milhões de toneladas no primeiro semestre de 2014. O número representa um crescimento de 5,18% em comparação com igual período do ano passado. Nos primeiros seis meses de 2013, os portos organizados e os terminais de uso privado nacionais movimentaram 437,6 milhões de toneladas. As informações são da Gerência de Estudos e Desempenho Portuário da Antaq. Analisando apenas os portos organizados, a movimentação no primeiro semestre de 2014 foi de 167,3 milhões de toneladas. Já nos primeiros seis meses de 2013, esse número havia sido de 157,8 milhões de toneladas. Isso representou um crescimento de 6,02%. Em relação aos TUPs, a movimentação no primeiro semestre de 2014 alcançou os 292,9 milhões de toneladas. Em 2013, esse número foi de 279,7 milhões de toneladas. Um aumento de 4,7%. No primeiro semestre de 2014, o produto mais movimen-



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tado no setor portuário brasileiro foi o minério de ferro, com 160,7 milhões de toneladas. Em seguida, estão os combustíveis, óleos minerais e produtos (99,8 milhões de toneladas) e contêineres (46,7 milhões de toneladas). Já o porto que mais movimentou carga foi o de Santos (SP), com 44,1 milhões de toneladas. Em segundo, aparece o Porto de Itaguaí (RJ), que movimentou 30,3 milhões de toneladas. Em terceiro, está Paranaguá (PR), com 20,9 milhões de toneladas. Entre os privados, destacam-se Ponta da Madeira (MA), Tubarão (ES) e Almirante Barroso (RJ).

 Navegação marítima registra alta Os dados do primeiro semestre do ano apontam que as importações por via marítima tiveram incremento mais significativo que as exportações. A alta foi, respectivamente, de 9% e de 5%. Apesar disso, a quantidade de produtos comercializados para o exterior foi mais elevada: 259 milhões de toneladas contra 78 milhões vindas de outros países. Granéis sólidos respondem por 85% das exportações. Nas importações, mais diversificadas, os granéis sólidos correspondem a 43%, os graneis líquidos a 29% e a carga em contêineres a 23% do transporte de cargas. A China é o principal destino dos produtos embarcados no Brasil. Já a maior parcela dos desembarcados, pela primeira vez desde que a Antaq iniciou o monitoramento, em 2010, vem da costa leste dos Estados Unidos e do Canadá. Em seguida estão países

do Índico e do Extremo Oriente, com 20% das mercadorias importadas via marítima. Conforme a Antaq, a navegação de cabotagem atingiu 70 milhões de toneladas de cargas, com alta de 1,7% no primeiro semestre deste ano se comparado ao mesmo período de 2013.

 Navegação interior impactada pela cheia e pela estiagem Entre janeiro e junho, foram transportadas 38 milhões de toneladas de cargas pelas hidrovias brasileiras, com redução de quase 3% em relação ao primeiro semestre de 2013. Os principais grupos de mercadorias são minério de ferro, soja e milho. Os resultados foram afetados pelo regime de chuvas. No Norte, a cheia história do Rio Madeira afetou as operações do porto público em Porto Velho (RO) e do terminal privado da Cargill Agrícola, reduzindo em 30% o fluxo de mercadorias. Já a estiagem no Sudeste afeta, desde o final de abril, a movimentação na hidrovia Paraná-Tietê. Atualmente, pelo menos quatro portos estão com as atividades suspensas São Simão (GO), Pederneiras (SP), Anhembi (SP) e Santa Maria (SP), com impacto de 50%. Em razão dos problemas nas hidrovias, o transporte aquaviário de soja caiu 38% e o de milho 18% no primeiro semestre do ano. •

TESC tem novo diretor operacional e comercial

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Eduardo Alonso Linna, diretor operacional e comercial

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TESC - Terminal Portuário Santa Catarina, terminal privado localizado no Porto de São Francisco do Sul, tem novo diretor operacional e comercial, Eduardo Alonso Linna assumiu recentemente a função. Natural de Santos, Linna possui 31 anos de experiência no setor portuário e já trabalhou em grandes organizações, como Maersk Line, APM Terminals Pecém e a MPX, onde nos últimos anos participou ativamente da importação de peças para a montagem da Usina e no processo de implantação portuário do carvão mineral para a Usina Termelétrica Energia Pecém. Ele chega ao TESC com o objetivo de fortalecer a diversificação de operações do terminal, que já atua na movimentação de carga geral, granel sólido e contêiner. •



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Tecon Rio Grande atrai novos embarques de frango para o Oriente Médio

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O Tecon Rio Grande é hoje um dos mais importantes terminais de contêineres da América Latina.

Mais Frango, indústria localizada em Miraguaí, no Noroeste do Estado, migrou neste semestre os embarques de frango congelado para o Tecon Rio Grande, terminal de contêineres do Município. De janeiro a junho de 2014, foram embarcados 100 contêineres com destino aos principais países do Oriente Médio. Tradicionalmente, a Mais Frango exportava a produção via portos de Santa Catarina, a cerca de 700 quilômetros de distância da área produtora. A opção pelo escoamento por Rio Grande, a pouco menos de 650 km, reduzirá os custos totais em até 15%. A expectativa é operar, em média, 20 contêineres por mês com cargas da Mais Frango. Já a média mensal de

movimentação de frango congelado soma 2 mil contêineres. O segmento corresponde a 17% do volume total das exportações do Tecon Rio Grande, uma empresa do Grupo Wilson Sons. O Tecon Rio Grande é hoje um dos mais importantes terminais de contêineres da América Latina. Empresa do Grupo Wilson Sons de Comércio Ltda, o Tecon está em atividade no Porto do Rio Grande desde 1997, quando venceu a licitação para administrar o Terminal de contêineres. Neste período, vem operando as principais linhas de navegação que escalam o País. Tem cerca de 3 mil importadores e exportadores, tendo se tornado fundamental para o desenvolvimento econômico do Estado. •

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Ampliação de rotas

Terminal de Contêineres de Paranaguá amplia rotas de exportação para a Ásia Serviço ESA fará escala em Paranaguá no retorno para a Ásia, reduzindo o transit time para o continente e permitindo mais exportações brasileiras para a China

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Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), segundo maior terminal de contêineres da América do Sul, está ampliando suas rotas de exportação para a Ásia. Agora o TCP conta com mais um serviço (ESA) que atende os exportadores do Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Santa Catarina, e também, do Paraguai. Com isto, o TCP passa a contar com oito serviços regulares atendendo a Ásia, sendo o terminal do sul do Brasil com o maior número de serviços para a Ásia. De acordo com Juarez Moraes e Silva, diretor superintendente comercial do TCP, o serviço ESA em Paranaguá reduz em 17 dias o tempo de trânsito em 64 • Setembro 2014 • Economia&Negócios

rota deste serviço, oferecendo vantagens efetivas para os exportadores. “Além disto, os navios podem ser recarregados com mais contêineres, levando maior quantidade de cargas brasileiras para a Ásia, o que não era possível antes”, explica. A rota ESA parte do porto de Xangai (China) e passa por mais quatro portos antes chegar ao Brasil, onde faz escala em Santos e Paranaguá, seguindo depois para Montevideo (Uruguai) e Buenos Aires (Argentina). No retorno, a rota passa novamente em Montevideo, em Rio Grande (RS) e, a partir de agora, também faz uma parada em Paranaguá, antes de seguir viagem para a Ásia. •



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"Os navios podem ser recarregados com mais contêineres, levando maior quantidade de cargas brasileiras para a Ásia, o que não era possível antes."

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A mudança no trajeto da rota, operada pelos armadores Evergreen, Cosco, ZIM, CMA CGM e CSAV, se deve à restrição de calado do porto de Buenos Aires, o que limitava as operações de exportação no sentido América do Sul-China. O primeiro navio a fazer essa nova escala foi o Evergreen Valence, que tem 300 metros de comprimento e 48,2 metros de largura, e capacidade de 8.800 TEUs (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés). O serviço contará com escalas semanais, sempre às terças-feiras.

 Novos equipamentos O TCP recebeu o último lote de transteinêres para equipar seu novo cais de atracação e que serão utilizados para a movimentação interna de contêineres no pátio do terminal. São quatro novos equipamentos que se juntam aos seis transteinêres adquiridos em junho pelo TCP. Fabricados na China pela empresa finlandesa Kalmar, os transteinêres de última geração modelo E-ONE² foram adquiridos ao custo de R$ 37 milhões, parte dos mais de R$ 365 milhões investidos pelo TCP nos últimos três anos em um amplo projeto de modernização e amplia-

ção do terminal. Constituídos por uma estrutura metálica de 29,5 m que se movimenta sobre quatro conjuntos de pneumáticos dispostos no piso, eles são capazes de elevar e transladar cargas de até 50 toneladas, da pilha de contêineres para os caminhões e vice-versa.

 Redução do tempo de espera “Com a chegada do último lote, estamos operando com capacidade máxima os 10 novos equipamentos, aumentando a capacidade e aproveitamento do pátio e reduzindo o tempo de espera para os clientes”, avalia Juarez Moraes e Silva, diretor superintendente comercial do TCP. “Esses transteinêres têm capacidade de operar 72 horas ininterruptas sem reabastecer e com uma velocidade de operação de um contêiner por minuto (ou 60 por hora)”, completa. No total serão 30 desses equipamentos em operação no terminal, dez a mais dos 20 atuais que foram reformados para movimentação sobre uma pilha de seis contêineres. A diferença dos novos equipamentos adquiridos é que eles já vêm de fábrica nessa configuração. •




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