Pierrick Contin
EDITORIAL Bem vindos a mais especial das aventuras
N ANO 2 EDIÇÃO Nº 2 NOVEMBRO 2013 Diretor Carlos Bittencourt direcao@bteditora.com.br Jornalista responsável Leonardo Thomé – DRT SC 04607 JP jornalismo@revistaportuaria.com.br Diagramação Solange Alves solange@bteditora.com.br Contato Comercial Sônia Bittencourt 47 8405.9681 Rose de Souza 47 3348.3040 Impressão Impressul Indústria Gráfica - 20 mil exemplares Elogios, críticas ou sugestões carlos@bteditora.com.br Foto de Capa: Shutterstock www.revistaregata.com.br A Revista Regata Jacques Vabre circula durante a realização do evento, na Vila da Regata, e também nos municípios de toda a região da Amfri. Contato: Rua Jorge Matos, 15, Centro, Itajaí | Santa Catarina | CEP 88302-130 47 3344.8600 | 3348.3040
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REVISTA REGATA JACQUES VABRE
ovembro de 2013. Itajaí vive, a partir do penúltimo mês do ano, um novo começo de era. Começo que não está representado apenas na mudança da mais tradicional festa do município, a Marejada, do primaveril outubro para o calorento novembro. Não. O novo tempo baseia-se em conquistas que a cidade e toda sua população vêm alcançando lentamente, com pequenas mudanças de mentalidade, trabalho árduo e coragem para propor quebras de paradigma na organização de grandes eventos, que muitos achavam não ser coisa para Itajaí. Erraram. Itajaí pode e sabe fazer grandes eventos, festas dignas das maiores competições náuticas do mundo. Festas e regatas que aportaram por aqui muito em função da competência que algumas pessoas tiveram para atrair investimentos, agregar parceiros, unir forças. No reboque de tanto verbo, toda a comunidade se envolveu com a dita e propagada retomada da vocação náutica de Itajaí, que pôde ser percebida já em abril de 2012, quando os veleiros e os tripulantes da Volvo Ocean Race coloriram e encantaram a todos que lotaram o Centreventos, a Vila da Regata e os molhes do canal da barra. Foram quase três semanas de muita intensidade aquelas vividas por todos itajaienses, naquele mês que ficou marcado em muitos.
Pois a suspeita daqueles dias, confirmou-se. Itajaí encantou o mundo da vela, especialmente os responsáveis por organizar as provas mais importantes do planeta. Depois da Volvo, o que se ouvia pelo costado do Rio Itajaí-Açu, invariavelmente, era o questionamento sobre quando teríamos novamente uma regata internacional na cidade. E não demorou. Na verdade, ainda em 2012, soube-se que outra prova tradicional da vela mundial, a Regata Transat Jacques Vabre, originária da França, também teria como destino esse porto localizado ao Sul do Brasil. Mas aí, engana-se quem pensa que a festa será só uma regata. A festa será uma aventura. E que aventura. Aventura Pelos Mares do Mundo, esse é o nome completo do que novembro reserva para você, leitor. Do Atlântico ao Mediterrâneo. É assim que a Marejada reformulou a sua trajetória, para inovar e levar seus convidados a bordo de uma viagem de aventura pelo mundo. Uma viagem que tem música, gastronomia, esporte, lazer, negócios, entretenimento e diversão. Uma viagem que transita por diferentes países e culturas, mostrando o melhor de cada uma delas e, óbvio, dando um destaque especial para o lado mais bonito dos anfitriões da festa, o povo de Itajaí: gente de alma hospitaleira, sorriso fácil, simplicidade cativante.
Carlos Bittencourt Diretor de redação
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ÍNDICE O SUCESSO DE UMA PUXOU A OUTRA
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COMEÇOU A FESTA
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O QUE É A JACQUES VABRE?
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BARCOS CAROS E VELOZES
28 HOMENS AO MAR!
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DIVERSIDADE DE BARCOS A CAMINHO DO BRASIL
ITAJAÍ DAS REGATAS
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PONTOS TURÍSTICOS DE ITAJAÍ
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RICA E DIVERSIFICADA: EIS A GASTRONOMIA DE ITAJAÍ E REGIÃO
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FESTIVAL DE MÚSICA DE ITAJAÍ: A MÚSICA COMO EXPRESSÃO ARTÍSTICA DA CIDADE 3
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Marejada:
SUCESSO DE UMA PUXOU A OUTRA O
Da Suécia para a França com chegada em Itajaí O sucesso da Volvo Ocean Race despertou Itajaí para sua vocação náutica. A partir do evento, em 2012, a cidade ficou conhecida internacionalmente pela excelência na organização da regata, pelo calor humano do público e por ser um lugar cheio de belezas naturais. Tanto é que os suecos da Volvo já marcaram seu retorno ao município em 2015 e, antes disso, a prestigiada e tradicional Regata Transat Jacques Vabre, originária da França, aporta em Itajaí neste mês de novembro. E para recepcionar velejadores, turistas, imprensa e
Este é o novo layout da Vila da Regata, que concentra os eventos programados.
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toda a comunidade local, Itajaí inovou e apresenta uma repaginação da sua tradicional festa Marejada que passou a ser denominada “AVENTURA PELOS MARES DO MUNDO”. Valendo-se de uma apurada técnica cenográfica, essa aventura remete todos os participantes a uma viagem ao redor do mundo sem que seja necessário sair de Itajaí. O tema escolhido é “Do Atlântico ao Mediterrâneo” levando o visitante a percorrer o Brasil, França, Portugal, Espanha e Itália, através da gastronomia. São cinco atrações principais:
Jean Marie Liot / DPPI
A festa da largada já é tradição na cidade francesa Le Havre
COMEÇOU A
FESTA Regata Transat Jacques Vabre chega a Itajaí na sua 11ª edição
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o dia 07 de novembro de 2013, uma quinta-feira, após vários dias de ampla programação festiva ao redor da bacia Paul Vatine, em Le Havre, na França, 44 veleiros soltaram suas amarras e partiram em direção à América, mais especificamente Itajaí, em Santa Catarina. Da França para o Brasil. Uma regata unindo o município à cidade francesa de Havre, o que consolida a retomada da atividade
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náutica em Itajaí, que no passado teve grande destaque. O local de realização da regata é o Centro Comercial Portuário (Vila da Regata), onde ocorreu a etapa brasileira da Volvo Ocean Race em 2012, o Centreventos Itajaí e também parte da área do Saco da Fazenda, local que abrigará o Complexo Náutico e Ambiental de Itajaí, a popular Marina do Saco da Fazenda.
Jean Marie Liot / DPPI
A cidade de Le Havre, na França, é sempre o ponto de partida da regata Jacques Vabre Para a temporada 2013, as equipes estão divididas em modelos de barcos diferentes uns dos outros, mas todos com tecnologia a bordo para atravessar o oceano com segurança
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O QUE É A
JACQUES VABRE
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ealizada a cada dois anos, a Regata Transat Jacques Vabre festeja sua 11ª edição em 2013 sabendo manter seu objetivo e sendo fiel aos princípios que tinha quando foi criada: porto de partida único; ter como destino um país produtor de café; Manter o princípio da regata em duplas, uma vez que uma corrida com apenas dois competidores por embarcação representa duas vezes mais competência para levar o barco a 100% de sua capacidade. O trajeto é feito em tiro único, saindo sempre de Le Havre – primeira e principal cidade importadora de café na França -, em direção a algum ponto produtor de café na América. O ponto de chegada é alterado ao longo dos anos, passando por cidades como Cartagena, na Colômbia, Salvador, no Brasil e Puerto Limon, na Costa Rica. Esta edição conta com 44 embarcações distribuídas nas classes 40, 50, 60 e 70 pés. A regata tem um percurso de 5.395 milhas náuticas (10 mil quilômetros). Os primeiros veleiros devem aportar em Itajaí a partir do dia 22 de novembro.
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Divulgação
A história e os valores da Regata Transat Jacques Vabre permeiam a vida náutica em toda sua plenitude
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A HISTÓRIA E OS VALORES
Regata Transat Jacques Vabre é uma regata que refaz a rota do café, muito usada na comercialização do “ouro verde” durante o século 19. Le Havre é o porto líder de importação de café, e por sua importância no comércio do produto, o apelido da cidade é “portal para o oceano”. A rota, da Europa para a América e vice-versa, era muito usada por comerciantes e produtores de café durante o século 19. A primeira edição aconteceu em 1993, numa regata
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em que os velejadores foram solitariamente do Havre à Cartagena, na Colômbia. Em 1995 a disputa passou a ser em duplas. Desde sua criação, 147 tripulações participaram da Jacques Vabre. O recorde de participação ocorreu em 2007, com 60 barcos, sendo 30 da Classe 40. O recorde absoluto da competição é de Franck Cammas e Franck Proffit (Groupama 2), em 2005 – no trajeto de Le Havre a Salvador – com 11dias 23h 10min 41s, com a velocidade média de 13,51 nós.
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O fato de os competidores guiarem o veleiro em duplas torna a disputa ainda mais emocionante
BARCOS CAROS E VELOZES Lloyd Images
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A Regata Transat Jacques Vabre é uma festa inesquecível em Itajaí
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Jacques Vabre é a prova mais veloz de travessia à vela do mundo, sempre atravessando o Oceano Atlântico. Para isso é preciso o que de melhor e mais moderno exista no mundo náutico. Os barcos que disputam a Regata Transatlântica Jacques Vabre são de última geração tecnológica, implicam em grandes investimentos (alguns podem custar aproximadamente U$ 3 milhões), e são de alta performance, pois atingem velocidade superior a 30 nós ou 55,56 km/h (a maioria das lanchas tem velocidade média de 25 nós ou 37,04 km/h).
As classes dos veleiros da Jacques Vabre Jean-marie liot
A IMOCA (International Monohull Open Class Association): 18m de comprimento, foi criada em 1991 para amadores de volta ao mundo, desejosos de estabelecer regras para os monocascos inscritos na corrida “Vendée Globe”. Com o passar dos anos, esses veleiros de 60 pés se tornaram máquinas rápidas e sofisticadas. Jean-marie liot
CLASSE MULTI50: 15m de comprimento, 15m de largura. A aposta inicial era criar uma categoria de multicascos próxima dos trimarãs da grande época dos 60 pés, num preço razoável. Mas também, agrupar numa mesma categoria multicascos, atendendo às mesmas medidas de jauge, sejam eles catamarãs ou trimarãs.
CLASS40: Uma categoria “pro-am”, monocasco de 12m de comprimento e 4m de largura. Os competidores dessa classe vêm de todos os horizontes e de todas as nacionalidades. Essa mistura de diferentes culturas faz o charme da classe, na qual a briga pode ser por alguns segundos, mas com a preservação da cordialidade entre os membros. Para eles, a Transat Jacques Vabre leva uma semana a mais, mas o prazer de estar no mar é maior. Lloyd Images
MOD70: Com 21m de comprimento e 17m de largura, esse tipo de embarcação tornar-se-á a referência em termo de multicasco oceânico. Ele atende a novas exigências de modernidade e de desempenho, como também confiabilidade, segurança e longevidade.
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Os barcos da Jacques Vabre estão divididos em quatro formatos que podem ser de 40, 50, 60 e 70 pés
DIVERSIDADE DE BARCOS
A CAMINHO DO BRASIL A Transat Jacques Vabre é um dos maiores eventos náuticos do mundo e reúne os principais velejadores europeus da vela oceânica. Em duplas, os aventureiros das classes IMOCA, 40, MOD 70 e Multi 50 terão mais de 15 dias de aventura até Santa Catarina. As 44 embarcações partiram da pequena cidade francesa em meio a uma festa que envolveu o público e a mídia de um país apaixonado pela vela.
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ara a temporada 2013, as equipes estão divididas em modelos de barcos diferentes uns dos outros, mas todos com tecnologia a bordo para atravessar o oceano com segurança. Alguns modelos, como o Safran, foram idealizados para regatas com apenas uma pessoa por barco. “É um barco para velejar em solitário e sem escalas, por isso toda a adaptação a bordo é pensada para atender o velejador. São equipamentos, como GPS e rádios, por exemplo, além de comandos especiais. Em duas pessoas o trabalho fica um pouco mais otimizado”, disse Loic Lingois, chefe da equipe do Safran, barco que disputará o título da Jacques Vabre na classe IMOCA, conhecida por ter veleiros
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sofisticados e rápidos de 60 pés. Já os trimarãs (barco com três cascos) da classe MOD 70, como Edmond de Rothschild, são planejados para ter alto desempenho e velocidade, atingindo até 40 nós ou 74 quilômetro por hora. Os catamarãs (dois cascos), como o Maître Jacques, da Multi 50, andam um pouco mais lentos (25 nós), mas são ideais para uma travessia desse porte. “A área interna do veleiro é grande para duas pessoas, mas somos obrigados a revezar em turnos de duas horas em condições normais de vento. Por isso há pouco tempo para relaxar. Além desse pequeno ‘conforto’, temos a disposição cartas náuticas e a telefonia via satélite que nos mantêm em ação
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durante os 18 dias previstos para chegar no Brasil”, explicou Loic Fequet, do Maître Jacques, que vai para Itajaí a bordo do veleiro de 50 pés. Para edição 2013, os 44 veleiros resultam em 88 velejadores europeus, oriundos de países como França, Alemanha, Espanha, Irlanda e Inglaterra. Batizada de ‘A Rota do Café’, a regata pelo Atlântico é uma travessia muito comum entre os europeus, que desde o descobrimento da América e suas colônias, cruzam o oceano regularmente. As equipes e os velejadores fizeram em Le Havre, no apagar das luzes de outubro, os últimos ajustes antes da largada. Enquanto isso, na Vila da Regata francesa, aberta ao público desde o dia 26 de outubro, atrações como oficinas de leitura e reciclagem fizeram enorme sucesso entre os visitantes. O estande com distribuição gratuita de café da marca Jacques Vabre também foi destaque nas docas da Bacia de Paul Vatine. Vale lembrar que a Vila da Regata em Itajaí também tem dezenas de atrações aos visitantes, indo desde a música até a gastronomia, com um pedaço de cada canto do mundo na cidade.
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MULHERES ENCARAM PRA VALER A TRANSAT JACQUES VABRE 2013
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s homens são a maioria na disputa da Transat Jacques Vabre 2013, mas as mulheres marcam presença na travessia de quase 10 mil quilômetros entre as cidades de Le Havre, na França, e Itajaí, no Brasil. O evento conta com a participação de cinco velejadoras: Hannah Jenner (Inglaterra), Miranda Merron (Inglaterra), Catherine Pourre (França), Stephanie Alran (França) e Michelle Zwagerman (Austrália). Coincidentemente, as navegadoras estão em barcos da Classe 40, os primeiros que largaram rumo a Itajaí. Perguntada sobre o que sente antes de uma aventura desse naipe, Michelle Zwagerman resumiu: “Estou sentindo uma mistura de excitação e medo”. A velejadora australiana do barco Coix du Sur espera superar esse temor inicial logo nas primei-
ras horas no Atlântico, com ventos acima da média. A inglesa Rob Windsor do 11th Hour Racing vai mais além e quer ser campeã da Classe 40. “Quero fazer uma regata rápida e tranquila. A Transat Jacques Vabre é o SuperBowl da vela”. A também britânica Miranda Merron participa da sua quarta edição da Transat Jacques Vabre. “É uma regata top e quero me divertir mais uma vez. A Classe 40 é uma família, mas a disputa na água será interessante”. Os primeiros barcos a partir para o Brasil foram os 26 times da Classe 40, seguidos pelos 10 da categoria IMOCA e pelos seis da Multi50. Os trimarãs da MOD70, que são mais rápidos, foram os últimos a sair de Le Havre. A travessia entre a França e o sul do Brasil é de 5.400 milhas náuticas ou 10 mil quilômetros.
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HOMENS AO MAR! A travessia de cerca de 10 mil quilômetros da cidade francesa Le Havre até Itajaí é uma grande aventura, que exige dos competidores grande coragem, habilidade e competência para enfrentar os desafios dos mares, do clima e da resistência da própria embarcação. Veja nas páginas seguintes algumas fotos que mostram como esses homens e mulheres que participam desta aventura vivem e convivem durante a viagem.
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Jeremy Bidon
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Tito Lys Tavares de Souza
É no estreito canal do Complexo Portuário do Rio Itajaí-Açu, que passam os navios cargueiros dos terminais portuários
É pela água que chegam e saem as riquezas q a economia de Itajaí e de Santa Ca
ITAJAÍ DAS
REGATAS
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rio e o mar são a essência de Itajaí, cidade que tem no binômio sua razão de ser e existir. Ao firmar-se como potência econômica, turística e náutica de Santa Catarina, Itajaí se prepara agora para voos mais altos, tendo como parâmetro para isso outras cidades ao redor do mundo que
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Ronaldo Silva Júnior
O Saco da Fazenda é o lugar de pescadores, velejadores, da futura Marina, do nascer do sol, de uma cidade que respira náutica
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que movimentam atarina
Flores. Por todos os cantos de Itajaí, o visitante ou morador se depara com o colorido da vida, seja nas flores, na água, na gastronomia Nelson Robledo
se transformaram em sinônimo de lugares voltados aos esportes e à vida na água. Pois essa é a Itajaí do Complexo Portuário, da economia robusta, das regatas internacionais, da avenida que margeia o rio e será um centro de atrações voltadas para atividades náuticas. Itajaí é tudo isso e muito mais, afinal, basta caminhar pelas ruas arborizadas do município para entender que dificilmente outra cidade catarinense é tão bem resolvida de vida, com pessoas simpáticas e alegres, que vibram por viver num lugar ao mesmo tempo belo e promissor no que se refere ao seu futuro e de seus moradores.
Divulgação Volvo Ocean Race
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Itajaí é privilegiada por ter um espaço em que abriga a Vila da Regata, o Centreventos e, em breve, o Complexo Náutico e Esportivo do Saco da Fazenda
KNOW-HOW “Quando os franceses da Jacques Vabre e o público do mundo todo chegar a Itajaí, e ver o brilhantismo de nossa festa, eu não tenho dúvida que será o nosso cartão de visitas para muitas outras regatas e eventos grandiosos.” Amílcar Gazaniga
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cidade do Havre organiza a partida da Transat Jacques Vabre há 20 anos, sendo um exemplo de como os europeus em geral, e os franceses, especificamente, apreciam as travessias oceânicas há séculos. “Trata-se de um evento indescritível para nossa cidade, que há muitos anos pode se orgulhar do título de cidade náutica. Os habitantes do Havre e o público em torno da regata são cada vez mais numerosos e demonstram cada vez mais o seu apego pela Transat”, diz o prefeito do Havre e deputado de Seine-Maritime, Edouard Philippe. Philippe garante que em 2013 a cidade francesa não mediu esforços para que os 20 anos da Jacques Vabre sejam inesquecíveis. Posição adotada
Só uma cidade náutica, como é Le Havre, pode se orgulhar de imagens como a da foto
também por Itajaí, que espera consolidar sua vocação náutica. Amílcar Gazaniga, um dos homens na linha de frente da organização da regata em terras tupiniquins, aposta que turistas, moradores e competidores terão a oportunidade de vivenciar uma festa surpreendente que não ficará em nada atrás da elogiadíssima organização da Volvo Ocean Race em 2012. “Quando os franceses da Jacques Vabre e o público do mundo todo chegar a Itajaí, e ver o brilhantismo de nossa festa, eu não tenho dúvida que será o nosso cartão de visitas para muitas outras regatas e eventos grandiosos. Eu acredito”, avisa Amílcar.
“Trata-se de um evento indescritível para nossa cidade, que há muitos anos pode se orgulhar do título de cidade náutica”. Prefeito do Havre e deputado de Seine-Maritime, Edouard Philippe REVISTA REGATA JACQUES VABRE
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ECONOMIA FORTE
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mpulsionada pela atividade portuária, Itajaí teve o maior índice de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2009 para 2010, ano dos últimos dados disponíveis. Localizada na foz do Rio Itajaí, o município tem uma população fixa de aproximadamente 190 mil habitantes, de acordo com números do IBGE. O PIB de Itajaí cresceu 39,9% no período destacado acima, passando de R$ 10,88 bilhões para R$ 15,23 bilhões. Analisando a realidade de Itajaí, o mu-
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nicípio tem o segundo maior PIB de Santa Catarina e PIB per capita de R$ 63.170,75 (IBGE 2009). A taxa de desemprego da cidade é a mais baixa de Santa Catarina, de 1,08 (IBGE 2010), enquanto a média estadual é de 7,9. Itajaí é 56ª cidade do Brasil com melhor Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M). Entre 2000 e 2010, o IDH-M de Itajaí passou de 0,688 para 0,795, uma taxa de crescimento de 15,55%.
Nelson Robledo
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PONTOS TURÍSTICOS DE ITAJAÍ
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Bem vindo a terra do sol e mar Das praias e belas sereias Da brisa suave e fagueira Que envolvem as brancas areias.
Mercado do Peixe - Centro de Abastecimento Paulo Bauer
Ao lado do Mercado Público fica o Mercado do Peixe, onde são comercializados os mais variados tipos de peixes e frutos do mar. Entre os 38 boxes pode-se encontrar além de peixes, verduras, condimentos, flores, produtos coloniais, artesanatos, souvenir da cidade, entre outros. Nos sábados acontecem shows musicais. Horário de funcionamento: De segunda a sexta-feira das 7h às 18h e sábado das 7h às 15h.
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Mercado público
Inaugurado em 1918, o Mercado Público passou por um incêndio em 1936, quando precisou ser parcialmente reconstruído. O novo edifício ganhou características do estilo art déco simplificado, que aparece nas colunas e nas linhas retas do prédio. A construção é tombada pelo patrimônio histórico municipal desde 1998, e pelo patrimônio histórico estadual, desde 2001. Em 2011, o prédio foi fechado para uma ampla obra de restauração, que se estendeu por quase dois anos. No dia 15 de junho deste ano, no aniversário da cidade, o Mercado Público municipal foi reaberto, com novos bares, restaurantes e lojas.
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Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento
Grandiosa e imponente, é o maior monumento artístico e cultural da cidade. Iniciada no ano de 1940 pelo vigário Pe. José Locks, segundo o projeto do arquiteto alemão Simão Gramlich, construtor de inúmeras igrejas catarinenses, só foi inaugurada 15 anos depois do início de sua construção. Sua arquitetura soma elementos românticos e neogóticos e seu interior tem belíssimas pinturas dos artistas italianos Emílio Sessa e Aldo Locateli.
Palácio Marcos Konder – Museu Histórico
O próprio edifício do Palácio Marcos Konder é considerado a principal peça do Museu Histórico de Itajaí. Sua arquitetura de linhas artnouveaue a sua conservação encantam pela beleza da construção. Mantido pela Fundação Genésio Miranda Lins, responsável pela preservação da memória cultural de Itajaí, o prédio edificado em 1925 para abrigar a sede da Prefeitura Municipal, que ali funcionou até 1972, já abrigou também os três poderes, executivo, legislativo e judiciário, ao mesmo tempo. E desde 1982 o Palácio abriga o Museu Histórico da cidade. Nelson Robledo
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Cabeçudas e Praia Brava Impossível falar de Itajaí sem mencionar esses dois bairros praianos que são verdadeiros cartões de visita da cidade. A Brava, com seus bares, restaurantes, clubes e muito agito, é a preferida de jovens de todo o Brasil. Já Cabeçudas, um tradicional reduto de políticos e empresários catarinenses, se caracteriza por ser um lugar tranquilo e aprazível, sendo o ponto de partida para a Rua Francisco Evaristo Canziani, que margeia outras praias de Itajaí.
Teatro Municipal de Itajaí
No dia 11 de junho de 2004 foi inaugurado o Teatro Municipal de Itajaí. Após dez anos de espera, desde o início de sua construção, a população itajaiense pôde ter maior acesso à cultura, às artes cênicas e a um lugar próprio, bonito e arrojado para a exibição e apresentação de artistas dos mais variados lugares do mundo.
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Rua Hercílio Luz
Esta é a rua com maior diversidade e variedade no comércio, um dos mais tradicionais pontos de compras de Itajaí. Ao longo do calçadão encontra-se lojas de móveis, roupas, eletroeletrônicos, sapatos, equipamentos musicais, bijuterias e outras opções.
Molhes da Barra
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Construídos a partir de 1900, tiveram suas obras concluídas em 1930, tendo como alicerce as pedras retiradas do Morro da Cruz, do desmonte do Morro da Atalaia (os molhes do Sul), e do material do Morro das Pedreiras, em Navegantes (os molhes do Norte). Foram os Molhes da Barra que fixaram o canal de acesso ao porto permitindo a atracagem dos navios, tornando segura a navegação no canal marítimo entre Itajaí e Navegantes. Dois faróis situados na ponta dos molhes mar adentro, sinalizam a entrada do canal, lugar do encontro entre o Rio Itajaí-Açu e o Oceano Atlântico.
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ITAJAÍ NA ONDA DA SUSTENTABILIDADE Um Evento Verde, Compromisso com Nosso Planeta
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esde a passagem da Volvo Ocean Race por Itajaí o município trabalha com a premissa de que os eventos por aqui realizados devem atender a rigorosos critérios de sustentabilidade ambiental. Assim a “Aventura Pelos Mares do Mundo” é prioritariamente um evento ecológico, que se desenvolve em torno de ações que valorizam a educação ambiental e adotam medidas eficazes para reduzir e compensar a sua pegada de carbono. O desafio de realizar um evento nos melhores moldes de sustentabilidade ambiental não é considerado, apenas, como mais uma etapa, mas sim como uma oportunidade de mostrar a todos que podemos aliar sustentabilidade com desenvolvimento econômico.
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Divulgação Volvo Ocean Race
Na parada de Itajaí da Volvo Ocean Race, toneladas de lixo do Rio Itajaí-Açu foram recolhidas por voluntários Divulgação Volvo Ocean Race
Assim como foi na Volvo Ocean Race, na Jacques Vabre as crianças também recebem dicas de sustentabilidade e cuidado com o meio ambiente
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PRINCIPAIS AÇÕES O Programa de Sustentabilidade está voltado para o cotidiano das pessoas e utiliza ações simples e práticas para demonstrar como as pequenas atitudes podem fazer grandes diferenças. Assim, na própria Vila da Aventura, os visitantes poderão vivenciar:
• A separação e reciclagem dos resíduos sólidos; • O consumo consciente de água e energia elétrica; e • Como é feita a quantificação das emissões de CO2.
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nvolver a comunidade e principalmente as crianças em idade escolar é uma estratégia abrangente que apresenta importantes resultados de longo prazo, assim o programa de sustentabilidade lançou em junho o concurso “Escola Mais Sustentável de Itajaí”, uma competição que premiou as escolas que realizaram as melhores ações voltadas à sustentabilidade do meio ambiente e que foram, de fato, implantadas e incorporadas ao cotidiano escolar. Durante o evento da “Aventura pelos Mares do Mundo”, estão sendo realizados mutirões de limpeza de praias e rios, plantio de mudas em áreas degradadas, regata ecológica, utilização de copos ecológicos, segregação e reciclagem dos resíduos gerados, ecopontos de coleta de pilhas, baterias, e óleo vegetal usado. Todas essas atrações estão expostas no Caminho da Sustentabilidade, um local destinado para os estandes e ações de cunho ambiental, onde são realizadas visitas de escolas guiadas por educadores ambientais, exposição de soluções sustentáveis, teatros e oficinas com as crianças e alunos das escolas visitantes.
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RICA E DIVERSIFICADA: EIS A GASTRONOMIA DE ITAJAÍ E REGIÃO Com o tema “Do Atlântico ao Mediterrâneo” o festival gastronômico apresenta nesta edição as culinárias do Brasil, da França, de Portugal, da Espanha e da Itália.
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or estar incrustada no Litoral Norte de Santa Catarina, Itajaí, obviamente, tem os pratos à base de frutos do mar como carro chefe da gastronomia local. Peixes dos mais variados tipos e espécies, camarões de todos os tamanhos, o bacalhau português, a lula, o siri, a sardinha, enfim, em toda a região os alimentos vindos do mar são apreciados e até cultuados, especialmente nos melhores restaurantes litorâneos – que não são poucos. Por falar em restaurantes, são eles que transformam uma gastronomia tão caracterizada pelo mar em algo mais universal. Da diversidade de opções que praias como Cabeçudas e Brava,
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e as avenidas Beira-Rio, em Itajaí, e Atlântica, em Balneário Camboriú, apresentam, há espaço de sobra para a cozinha brasileira, francesa, portuguesa, espanhola e italiana. Entretanto, falando gastronomicamente de Itajaí e região como um todo, não é apenas a culinária dos cinco países representados na Aventura Pelos Mares do Mundo que se destaca, uma vez que além das delícias citadas é possível encontrar o bom e velho churrasco uruguaio, os leves e saudáveis sushis japoneses, os saborosos e picantes tacos mexicanos, a indefectível e tradicional batata recheada alemã, entre outras preciosidades gastronômicas internacionais.
hões:
Serão cinco grandes pavil
Boteco Brasileiro: Cafés, batatas recheadas, espetinhos, sardinha frita, frutos do mar, açaí e outras variedades.
Bistrô Francês: Macarons, siri panne, crêpes e demais opções.
Tasca Portuguesa: Doces portugueses, pratos à base de bacalhau e iguarias açorianas.
Cantina Italiana: Pastas e molhos diversos, geleias, temperos e sorvetes tipicamente italianos.
Tapas Espanholas: Paella, pratos à base de peixe e frutos do mar com especiarias.
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Informe Publicitário
Seafood Pasta tem o sabor do Verão
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olvo, viera, camarão rosa e lula servidos com fettuccine, tomate cereja e aspargos aromatizados com tomilho e manjericão fresco são a base do Seafood Pasta, prato assinado pelo chef Denis Ceratti Pernanchini, do restaurante Number Seven, de Balneário Camboriú. É um prato leve como a estação exige, descreve o chef, com sabores apurados e elementos marcantes, características da cozinha “fusion food” que agrada aos paladares mais exigentes. Localizado em Balneário Camboriú, de frente para o mar, o Number Seven tem um espaço aconchegante, com varanda coberta, deck e espelho d’água projetado pela arquiteta Luíne Ardigó. A carta de vinhos com cerca de 200 rótulos de várias partes do mundo, traz espumantes, vinhos brancos, roses e tintos. Horários: Almoço “Noon Time” – Aos sábados, domingos e feriados a partir das 11h30 Jantar “Wine & Dine”– de terças a sábados, a partir das 19h30 Telefones 47 | 3361.0057 e 9717.7775 | www.numberseven.com.br Estacionamento com Vallet às sextas e sábados Siga-nos no Instagram @restaurantenumberseven Facebook: https://www.facebook.com/number.seven.1420
Restaurante Sapore Speciale é destaque gastronômico no estado de Santa Catarina Conhecido pelo alto padrão dos serviços oferecidos nas suas 9 casas, onde estão sempre em evidência atributos como o ótimo atendimento, as variedades do cardápio e a sofisticação dos pratos servidos, entre outros pontos positivos que aos poucos fazem do restaurante referência em alta gastronomia. É principalmente nesta época do ano, onde uma alimentação mais leve e balanceada é a mais pedida entre as pessoas, que você encontra no Sapore os melhores pratos de frutos do mar. Um excelente exemplo é o Combinado de Lagosta e Camarão, uma especialidade à parte, marca registrada de um restaurante que leva o status de primeira classe, e que exibe na cozinha Chefs de exímia qualidade. Um prato
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primordial que parece ser preparado com toda atenção e carinho, combinando sabores, legumes e molhos especiais, que juntos prometem uma das melhores refeições das nossas vidas. E o que ele promete, ele cumpre. E para quem aprecia uma boa culinária, pratos inovadores e tratamento diferenciado, além é claro, daqueles que já são fãs de frutos do mar, vale lembrar que o Sapore Speciale reserva para os fins de semana, mais precisamente sábados e domingos no horário do almoço, o Festival da Lagosta – somente na unidade anexa ao Hotel Mercure, Balneário Camboriú - , um imperdível evento que reúne vários dos pratos mais saborosos que podemos encontrar no fundo do mar. Vale a pene conferir.
A MÚSICA COMO EXPRESSÃO ARTÍSTICA DA CIDADE
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urante o 16º Festival de Música de Itajaí estão sendo realizadas várias oficinas tradicionalmente oferecidas a estudantes e professores de música de todo o Brasil e América do Sul. Paralelamente aos shows nacionais e as oficinas de Música Instrumental, vários eventos ocorrem durante os dias que a cidade se transforma ao som de instrumentos e vozes. Em 2013, além das atividades que já ocorreram nos anos anteriores, o evento agrega um momento de reflexão teórica. Um ciclo de palestras sobre a Música Popular Brasileira, onde professores, intelectuais e pensadores que discutem em seus trabalhos a música produzida em nosso país.
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S: CALENDÁRIO DOS SHOW
Renato Borghetti Dia 19 (terça-feira) às 20h30 Local: Palco Brasil
Lenine Dia 16 (sábado) às 20h30 Local: Palco da Festival de Música
Sururu na Roda Dia 20 (quarta-feira) às 20h30 Local: Palco Brasil
Tantinho da Mangueira Dia 17 (domingo) às 20h30 Local: Palco Brasil Monobloco Dia 22 (sexta-feira) às 20h30 Local: Palco Festival de Música Edu Krieger Dia 18 (segunda-feira) às 20h30 Local: Palco Brasil
Céu Dia 21 (quinta-feira) às 20h30 Local: Palco Brasil
Tito Lys e Trio Manarí Dia 23 (sabado) às 20h30 Local: Palco Brasil
www.grupoconasscon.com.br
Com o objetivo de demonstrar a pujança da economia catarinense, a Aventura pelos Mares do Mundo abre espaço para a WORLD BUSINESS SHOW
WORLD BUSINESS SHOW A FEIRA MULTISSETORIAL DE NEGÓCIOS
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om o objetivo de demonstrar a pujança da economia catarinense, a Aventura pelos Mares do Mundo abre espaço para a WORLD BUSINESS SHOW. Mais do que uma exposição de produtos a feira é uma amostra das potencialidades econômicas do Estado de Santa Catarina para o mercado nacional e internacional. A WORLD BUSINESS SHOW apresenta de forma multissetorial os pilares de desenvolvimento econômico do estado de Santa Catarina nos segmentos: náutico, turismo, lazer, entretenimento, pesca, portuário e construção civil com oportunidades de venda direta ao consu-
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midor. A WORLD BUSINESS SHOW é a porta de entrada da Vila da Aventura e está instalada dentro do pavilhão do centro de eventos de Itajaí por onde, espera-se, passarão mais de 300.000 pessoas que visitarão os estandes e terão oportunidade de realizar excelentes negócios. Além da área de exposição, a feira conta com um espaço especificamente destinado a realização de encontros e seminários catalizadores de negócios visando o desenvolvimento da rede de relacionamento entre os expositores e os clientes potenciais.
EXPEDIÇÃO ORIENTE
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Expedição Oriente é a terceira viagem de volta ao mundo da Família Schurmann. Desta vez, eles partem para um desafio inédito: retraçar a rota dos chineses que, segundo uma teoria, teriam descoberto a América antes de Cristóvão Colombo. O atraso na construção do veleiro Kat, que será tripulado pela Família Schurmann rumo à Expedição Oriente, fez com que os navegadores adiassem a partida do dia 1º de dezembro para 16 de fevereiro de 2014. Segundo nota divulgada pela assessoria dos navegadores, “em virtude de reforços pontuais de engenharia necessários na construção do veleiro, o cronograma de execução da
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obra teve que ser alterado. Tendo a segurança como princípio inerente às suas expedições e a necessidade de realizar provas em alto mar, a Família Schurmann decidiu transferir a data de saída da Expedição”. No entanto, toda a programação em terra alusiva a Expedição Oriente será mantida, no período de 16 de novembro a 1º de dezembro de 2013, durante a realização da Aventura pelos Mares do Mundo.
A nova rota da Família Schurmann •16 de fevereiro de 2014 – Família Schurmann parte de Itajaí, Santa Catarina,
rumo ao mundo! Em seu caminho... Punta Del Este, no Uruguai Mar Del Plata, na Argentina. Puerto Deseado, na Argentina. Ushuaia, na Argentina, com navegação pelo interior dos fiordes. Antártica. Puerto Willians, no Chile. Puerto Montt, no Chile, com navegação nos canais chilenos, passando pelas cidades de Puerto Chacabuco e Chiloé. Ilha de Páscoa, no Chile. Ilha Pitcairn, território britânico vizinho da Polinésia Francesa. Tahiti, passando por alguns atóis de Tuamotus, na Polinésia Francesa. Ilha Moorea, na Polinésia Francesa. Ilha de Huahine e Tahaa, na Polinésia Francesa. Ilha de Bora Bora, na Polinésia Francesa. Ilha de Mopelia, na Polinésia Francesa. Ilha de Rarotonga, nas Ilhas Cook. América Samoa, na Polinésia. Western Samoa, na Polinésia. Vavau, nas Ilhas de Tonga. Suva–Fiji, passando pelas Ilhas Monothaki e Yarol. Opua, na Baía das Ilhas, na Nova Zelândia. Auckland, na Nova Zelândia. Brisbane, na Austrália. Alotau, na Papua Nova Guiné, com paradas
na grande barreira de Corais da Austrália. Ilha de Guam, colônia norte-americana localizada na Micronésia, com passagem pelas ilhas New Ireland, New Hanover e Mussau. Saipan, nas Ilhas Marianas, colônia norte-americana localizada na Micronésia. Okinawa, no Japão. Shangai, na China, com navegação pelo Grande Canal. Cidade-Estado Hong Kong. Ho Chi Minh, no Vietnã, com paradas em duas ilhas. Natuna Island, na Indonésia. Singkwang na Ilha de Borneo, na Indonésia. Singapura. Jacarta, na Indonésia. Ilhas Chagos, território britânico localizado no Oceano Índico. Atol Cargados & Carajos, a 250 milhas da Ilha Maurício. Ilha Maurício, no Oceano Índico. Ilha Reunião, no Oceano Índico. Tonalaro, em Madagascar. Port Elisabeth, na África do Sul. CapeTown, na África do Sul. Ilha Santa Helena, no Oceano Atlântico. • Fevereiro de 2015 – Família Schurmann chega em Itajaí, a bordo de seu veleiro Kat, concluindo com sucesso a Expedição Oriente.
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ECONOMIA PORTUÁRIA
ITAJAÍ E NAVEGANTES As cidades que abrigam o Complexo Portuário do Itajaí
D
uas cidades relativamente pequenas que têm uma economia de gente grande. Impulsionadas pela atividade portuária, Navegantes e Itajaí tiveram os maiores índices de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2009 para 2010. Localizados na foz do Rio Itajaí-Açu, os dois municípios têm uma população fixa de 248.314 habitantes – 62.187 habitantes e 186.127 habitantes (IBGE 2010), respectivamente.
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A eficiência operacional da Portonave é o principal atrativo para armadores e clientes
A exportação e importação. Tudo passa pelos berços operados pela APMT em Itajaí
Números do Complexo Portuário do Rio Itajaí-Açu
Número de berços de atracação
11 berços, sendo quatro no Porto
Público e APM Terminals Itajaí,
Calado atual do complexo
três na Portonave e quatro
O Complexo Portuário do
nos demais terminais instalados
Itajaí opera com 14,5 metros de
a montante.
profundidade no canal externo e
14 metros no canal interno e
Tipos de navios que operam
bacia de evolução.
(tamanho, capacidade)
Navios full containers com 300
Capacidade de movimentação
metros de comprimento e 48
(carga geral e contêineres)
metros de boca e com 304 de
2,0 milhões de TEUs/ano.
comprimento com 40 de boca.
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Nessa área, ficará o Complexo Náutico e Esportivo do Saco da Fazenda, em Itajaí
BEM VINDA OBRAS DA MARINA DO SACO DA FAZENDA SEGUEM NO CRONOGRAMA
A
s obras de construção do Complexo Náutico e Ambiental da Marina do Saco da Fazenda seguem de acordo com o cronograma preestabelecido. A primeira parte da implantação
da Marina compreende obras de dragagem e de aterro hidráulico que já estão sendo feitas. De acordo com informações do diretor técnico do Porto de Itajaí, engenheiro André Pimentel,
A Marina, ou Porto Esportivo, como denominam os responsáveis pelo projeto, irá alavancar a vida náutica de Itajaí.
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a contenção do aterro está sendo realizada diretamente pela empresa Viseu, através da utilização de “enrocamento” – dispositivo amortecedor formado por estrutura executada em pedra, destinado à proteção de taludes e canais. Segundo Pimentel, trabalham atualmente na obra duas dragas de sucção bombeando areia para o aterro – que será a parte seca da marina – aumentando a profundidade na área molhada para a cota de 4 metros de profundidade. Outras dragas, tipo autotransportadora, em conjunto com dragas de sucção e de recalque, estão depositando material nos bota-foras marítimos já utilizados na dragagem de manutenção do porto. Por questão de segurança, a área em obra foi cercada temporariamente para evitar acidentes e acesso de pessoas não autorizadas.
Detalhes do projeto da Marina O porto esportivo é uma sociedade de propósito específico decorrente do consórcio vencedor da licitação, o KL Viseu, de Joinville, formado pelas empresas Karlos Gabriel Lemos ME. e a Construtora Viseu Ltda. No total serão investidos R$ 38,5 milhões na Baía Afonso Wippel, em uma área disponível de 10,33 mil m² em terra e 120,9 mil m² de espelho d´água. São ainda mais 12,39 mil m² para aterro hidráulico. Os valores investidos serão empregados em obras de construção, implantação, conservação, reforma e ampliação das instalações da marina, que terá até o final do contrato 700 vagas secas e 117 molhadas. O prazo estipulado para início da operação da marina é de 18 meses a partir da assinatura do contrato, que se deu em julho. Para a Regata Transatlântica Jacques Vabre, que aportará em Itajaí neste mês de novembro, a expectativa, segundo Antônio Ayres dos Santos, é de que o Complexo Náutico já conte com pelo menos 40 vagas, que seriam fundamentais para o evento que terá mais de 40 embarcações. O prazo de concessão da marina é de 25 anos, prorrogável por igual período.
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Acioni Cassaniga
BONS VENTOS SANTA CATARINA É O SEGUNDO MAIOR PRODUTOR DE BARCOS DE LAZER DO BRASIL
N
ão são apenas regatas internacionais que expõe Santa Catarina e, especialmente, Itajaí como polos náuticos brasileiros, quiçá mundiais. Além das competições, os estaleiros por aqui instalados são sinônimo de qualidade e eficiência no que se refere a construção e manutenção de embarcações. Qualidade que navega junto com quantidade, uma vez que o Estado é o segundo maior produtor de barcos de la-
A vida náutica em iates, como os exclusivos da Azimut Benetti, que possui fábrica em Itajaí, representam luxo e sofisticação em alto mar
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O 6º Festival Náutico marcou o 7º aniversário da Tedesco Marina Garden Plaza e mostrou o quanto o mercado de barcos de lazer está em alta.
zer do Brasil, com 22% dos estaleiros de todo o país. Somente em 2011, o segmento faturou R$ 1 bilhão, e em 2012, os números indicavam movimentação de quase R$ 2 bilhões. O secretário de Infraestrutura de Santa Catarina, Valdir Cobalchini, ressalta a posição geográfica e econômica do estado como preponderante para a ascensão do mercado náutico. Ele justifica isso citando a importância do setor náutico para o desenvolvimento da economia. “O Estado localiza-se em uma posição privilegiada no Mercosul (Mercado Comum do Sul), entre os dois principais centros industriais do continente, São Paulo e Buenos Aires. Santa Catarina também é o estado brasileiro com o maior número de portos distribuídos ao longo dos mais de 500 km de costa. Cinco portos bem equipados (São Francisco do Sul, Itajaí, Imbituba, Navegantes e Itapoá) fazem do Estado o segundo polo náutico do Brasil”, salienta Cobalchini.
1º SALÃO NÁUTICO INTERNACIONAL DE ITAJAÍ ACONTECE EM FEVEREIRO
S
anta Catarina vai sediar em fevereiro de 2014 mais um grande evento internacional no setor náutico: “Le Salon”, que será realizado em Itajaí. O Itajaí Le Salon foi oficialmente apresentado no Grand Pavois, uma das cinco maiores feiras náuticas internacionais e flutuantes do mundo, realizada no final de setembro, em La Rochelle. O Salão, inédito no Brasil, é realizado pela Associação Grand Pavois Organisation, uma das maiores empresas do mundo na realização de eventos relacionados à água, e pela Brasil Ocean Consultoria. O Itajaí Le Salon será realizado de 11 a 16 de fevereiro de 2014, coincidindo com a chegada da Regata Velas Latino América na cidade. Reunindo cerca de 100 expositores mundiais e mais 70 embarcações expostas na água, o salão irá promover os produtos dos profissionais do setor náutico brasileiro e internacional, expondo-os em terra e na água. O evento também contará com uma programação paralela à feira, com fóruns e debates.
JM. Rieupeyrout
Le Salon no Grand Pavois REVISTA REGATA JACQUES VABRE
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DE OLHO EM 2016 A REGATA VAI PASSAR, MAS SEUS DIVIDENDOS DEVEM FICAR
O
secretário de Estado de Desenvolvimento Sustentável, Paulo Bornhausen, lembra que a estrutura náutica que ficará de legado em Itajaí, principalmente depois da Regata Transatlântica Jacques Vabre e de mais uma edição da Volvo Ocean Race, poderá ser aproveitada por alguma equipe de vela ou remo que vá disputar os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro (RJ). “Itajaí terá totais condições de servir de concentração para seleções que venham disputar o remo e a vela nas Olímpiadas”, acredita Paulinho.
Para edição 2013 da Jacques Vabre, 44 veleiros ou 88 velejadores europeus, como França, Alemanha, Espanha, Irlanda e Inglaterra estão a caminho de Itajaí
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Informe Publicitรกrio
Balneário Camboriú lembra o luxo do Principado de Mônaco
ESTADO QUE NÃO PARA
A
s pequenas e médias cidades de Santa Catarina crescem mais do que grandes centros urbanos do Brasil. Com trabalho, lazer, boa gastronomia e muita diversão, diferentes cidades catarinenses geram oportunidades de negócio, abrem novas frentes profissionais e oferecem qualidade de vida comparável aos países desenvolvidos da Europa. Onze cidades entre as 50 com melhor qualidade de vida do Brasil. Cinco portos espalhados pelo litoral, todos considerados de excelência operacional. Municípios que Penha e o parque Beto Carrero são a Disneylândia brasileira
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se assemelham – guardadas as proporções - a lugares icônicos do mundo todo: Balneário Camboriú lembra o luxo do Principado de Mônaco; Florianópolis tem um que das festas e badalação da ilha espanhola de Ibiza; Bombinhas e suas praias de águas cristalinas parecem o Caribe abaixo da Linha do Equador; Penha e o parque Beto Carrero são a Disneylândia brasileira; Blumenau e Joinville retratam com perfeição a disciplina e o gosto pelo trabalho bem feito tão característico dos germânicos que colonizaram o Norte do Estado. A Serra traz à tona
Bombinhas e suas praias de águas cristalinas parecem o Caribe abaixo da Linha do Equador
cenários europeus, especialmente no gélido inverno. No Sul, os italianos transformaram dezenas de cidades em um pedaço da terra de Leonardo da Vinci no Brasil. As praias, essas são um parágrafo a parte de Santa Catarina. Pois são tantas, tão belas, que fica difícil elencar as principais. Depende do seu gosto, caro leitor. Se você prefere agito, a Praia Brava, em Itajaí, é uma boa pedida. Se a busca for por sossego e boas ondas para surfar, a Guarda do Embaú e as praias do Rosa e Ferrugem, em Garopaba, são perfeitas, bem como Laguna e o famoso Farol de Santa Marta. Se o visitante ou morador deseja respirar história, então a Baía da Babitonga é o destino, com a encantadora São Francisco do Sul, a terceira cidade mais antiga do Brasil, a lhe esperar. Como você viu, praias são o que não faltam pelo recortado litoral catarinense. Florianópolis tem um que das festas e badalação da ilha espanhola de Ibiza
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Mas também não faltam grandes indústrias, que em diferentes segmentos consolidam o Estado como potência econômica da nação, uma vez que montadoras do porte de GM (General Motors) e BMW preparam a instalação em Santa Catarina. Sem falar da Brasil Foods - conglomerado brasileiro do ramo de produtos alimentícios - a Seara, a Weg, e tantas outras empresas voltadas ao agronegócio, ao turismo, a indústria naval e a construção civil - é bom lembrar que Balneário Camboriú é sinônimo de edifícios altos e modernos no país. Perto dos maiores centros urbanos do país, Santa Catarina atrai gente de todo lugar. Gente que veio do interior e de grandes centros, mas hoje não deixa esse pedaço de terra por nada no mundo, até porque aqui encontraram oportunidades e fizeram acontecer.
AMFRI E COSTA VERDE & MAR GANHAM PRÊMIO TOP TURISMO 2013
E
Bruna Passos
A
ENTENDA A AMFRI nharia Civil e Arquitetura, onde são elaborados projetos, como os de infraestrutura, de pavimentação e sinalização. Outra área é a da Assistência Social, onde uma profissional faz projetos para as prefeituras da região. Ainda há uma equipe responsável pelo movimento econômico, à contabilidade e a assessoria jurídica. Além da área dos colegiados, que são fóruns de discussão permanentes entre os Secretários Municipais de várias áreas da administração pública que ocasionam no fortalecimento e aproximação dos municípios.
SECRETARIAS DE TURISMO SE PREPARAM PARA A REGATA JACQUES VABRE
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mais sobre nossas cidades”, reforça o presidente do CSMT, Sérgio Souza. Amílcar Gazaniga, presidente do Comitê Organizador das Regatas em Itajaí, destaca a importância do resgate da vocação da região para os esportes náuticos, e recomendou que as secretarias de turismo da Costa Verde & Mar estejam organizadas para a grande demanda de turista que começará a chegar à região graças ao evento.
Divulgação
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ensando em se preparar para a Transat Jacques Vabre, o Colegiado de Secretários Municipais de Turismo da AMFRI – CSMT se reuniu na sede da associação e aprovou um estande da Costa Verde & Mar no evento. “Toda a região ganha com essa movimentação, porque o fortalecimento da atividade náutica aumenta a quantidade de visitantes, e também porque esse turista quer conhecer
projetos foram premiados durante o evento no Parque Beto Carrero World, em Penha/SC. O prêmio da AMFRI foi recebido pelo prefeito de Itajaí, Jandir Belini e o secretário de turismo do município, Agnaldo Hilton dos Santos. O prêmio do CITMAR foi recebido pelo presidente da AMFRI e do consórcio, prefeito de Balneário Piçarras, Leonel José Martins, e pelo Secretário Executivo, Célio José Bernardino. “Este prêmio é o reconhecimento pelo trabalho que vem sendo desenvolvido há cinco anos pelo poder público dos municípios, terceiro setor, iniciativa privada, e cicloturistas”, afirma Leonel. Jonnes David
Associação dos Municípios da Região da Foz do Rio Itajaí – AMFRI é um órgão que trabalha em parceria com seus dez municípios associados que apresentam beleza em suas paisagens. Com sede em Itajaí/SC, realiza um trabalho de assessoria em diversas áreas, promovendo a capacitação das equipes técnicas das prefeituras e desenvolvendo projetos que beneficiem sua comunidade, tudo isso com foco no desenvolvimento regional sustentável. As áreas de atuação da AMFRI estão divididas em Enge-
m outubro, a AMFRI e o Consórcio Intermunicipal de Turismo Costa Verde e Mar (CITMAR) receberam o Prêmio Top Turismo 2013. O projeto premiado desenvolvido pela AMFRI, em parceria com o município de Itajaí foi “Itajaí Stopover – Volvo Ocean Race 2011/2012”, já o CITMAR ganhou o mérito com o case “Cicloturismo da Costa Verde & Mar”. Valorizar as iniciativas que contribuem com o crescimento do turismo em Santa Catarina é o objetivo deste prêmio realizado pela Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil em Santa Catarina (ADVB/SC). Ao todo, nove
PARA O ALT
S
e a verticalização em Balneário Camboriú é um caminho sem volta, o fato de a economia da cidade ganhar - e muito - com os arranha-céus que surgem diariamente se faz notável em diferentes aspectos. Desde o construtor, passando por quem vende os imóveis, os compra e mora ou trabalha neles. Isso fica claro nos números, que sobem ano após ano e fazem a construção civil avançar sobre a economia da cidade. Ao caminhar pelas ruas de Balneário Camboriú ou Itajaí, você certamente
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verá dezenas quiçá centenas de prédios em construção. Diariamente, espigões verticais surgem nos dois municípios, especialmente em Balneário, a capital catarinense da construção civil. Itajaí, por outro lado, ao se consolidar como a segunda maior economia do Estado, vê o setor dar um salto nos últimos anos. Um salto de qualidade que alça a região a outro patamar, no qual as duas cidades estão conseguindo se desvencilhar de atividades que antes representavam quase a totalidade da economia de ambas: o turismo em Balneário e a ativida-
O E AVANTE
de portuária em Itajaí. Carlos Humberto Metzner Silva, dono da Construtora Silva Packer e que, desde o final de 2012, está à frente do Sindicato da Construção Civil de Balneário Camboriú (Sinduscon), estima que, anualmente, são entregues 70 prédios em Balneário Camboriú. Os valores de venda dos apartamentos, segundo ele, batem na casa dos R$ 2 bilhões e 500 mil. Mas esse não é o valor do Produto Interno Bruto (PIB) da construção civil na cidade, esclarece Carlos. Ele afirma ser difícil precisar esse valor, entretanto,
se ouve falar em 30% da economia do município. Segunda economia do Estado, Itajaí também se consolida como área fértil para a construção civil Em Itajaí, o Produto Interno Bruto (PIB) aumentou 700% nos últimos 10 anos, segundo o IBGE. Com bastante oferta de terrenos disponíveis, diferente da vizinha Balneário, a cidade tem atraído dezenas de investimentos na construção civil. Basta uma rápida caminhada pelas ruas centrais do município ou pela Praia Brava, que você verá
Por onde se olha em Balneário Camboriú, o que se vê são edifícios e mais edifícios que surgem do dia para a noite REVISTA REGATA JACQUES VABRE
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Imagens como a da foto são comuns em Balneário Camboriú, onde arranha-céus surgem diariamente pelas ruas da cidade
dezenas de edificações sendo erguidas na cidade. Itajaí cresce impulsionada pelo complexo portuário e seus reflexos recalcitram de forma positiva no comércio, serviços e, principalmente, na construção civil. O empresário José Carlos Santos Leal, presidente do Sinduscon de Itajaí, afirma que a atividade vem crescendo bastante na cidade e, em 2013, acredita que os negócios vão crescer entre 4% e 5%. Leal conta que 2012 foi um ano de muitos lançamentos no município e, sendo assim, os próximos meses devem ser intensos nos canteiros de obras, o que gera uma expectativa de crescimento um pouco menor do que os 7% de 2012 em relação ao ano anterior.
Diogo Ramos
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O FUTURO DA ECONOMIA NA REGIÃO A indústria da construção naval significa investimentos, emprego e renda para Itajaí e Navegantes. Duas cidades que se souberem aproveitar o bom momento para alcançar níveis maiores de desenvolvimento podem dar um salto definitivo e entrar no rol das maiores economias do Brasil, uma vez que a indústria naval é um mercado promissor que gera milhares de empregos e rendas polpudas para seus trabalhadores.
V
oltadas para o rio e para o mar, Itajaí e Navegantes sempre dependeram da economia vinda das águas. Por muito tempo a pesca foi junto com o Porto itajaiense o motor da economia local. Em pleno século 21, na era da tecnologia e da informação, o rio e o mar seguem sendo essenciais para o desenvolvimento econômico da região. Hoje, porém, essa importância se divide com o que é fabricado em terra firme, nos estaleiros que produzem embarcações e equipamentos para a indústria naval - especialmente voltadas para a prospecção e captação de petróleo. A expansão da exploração e produção de petróleo e gás no Brasil, desde a descoberta das jazidas do pré-sal em alto mar, colocou em evidência a região de Itajaí e Navegantes como um dos principais destinos para investimentos na indústria da construção naval. Área que tem crescido de forma exponencial nos últimos anos, tanto na construção de embarcações como nas encomendas de sondas e plataformas
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para exploração marítima de petróleo na camada pré-sal, localizada há sete mil metros de profundidade e distante cerca de 200 quilômetros da costa brasileira.
Bem localizadas A localização geográfica privilegiada de Itajaí e Navegantes, com dois portos, aeroporto, rodovias federais no entorno e a proximidade dos grandes centros, faz com que a região seja o foco de inúmeras oportunidades na área naval e se consolide como um mercado em expansão. Prova disso é que estaleiros do mundo todo estão instalados ou se instalando na região, gerando para a economia dos municípios renda e emprego, que trazem na esteira o desenvolvimento advindo da construção de embarcações e da exploração de petróleo e gás. O professor Roberto Barddal, coordenador do curso de Tecnologia em Construção Naval da Univali, afirma que a construção naval na região está diretamente ligada à prospecção de petróleo na camada do pré-sal. Ele lembra que
o grande diferencial de Itajaí e Navegantes em relação a outras cidades do Brasil é que as empresas instaladas nos municípios se especializaram no apoio as plataformas de petróleo, que usam uma tecnologia muito mais avançada e moderna. As embarcações produzidas em Itajaí e Navegantes, ressalta Barddal, são de última geração no mundo naval, pois já são feitas pensando em atender a demanda do pré-sal. “Itajaí e Navegantes são polos da indústria naval. E não só das embarcações voltadas para atender as plataformas de petróleo e prospectar o óleo. Mas também na construção de embarcações esportivas e de lazer, como é a Azimut, e embarcações de madeira, como é a Kalmar. Então, a região atende diferentes áreas da indústria naval com a mesma excelência”, afirma o professor, que também é gerente dos laboratórios de Engenharia da Univali (LATEC). Barddal explica que a construção naval tem três áreas de atuação em Itajaí e Navegantes: a construção naval com metal, a construção naval com materiais sintéticos e a construção naval com madeira. Os estaleiros voltados para trabalhar com metal são os que produzem as embarcações e equipamentos para a construção naval pesada, que é aquela voltada para a prospecção de petróleo. “Em termos de tecnologia, nossos estaleiros são os mais avançados do Brasil. As embarcações custam entre R$ 70 e R$ 80 milhões e, vai chegar o momento, quando o petróleo do pré-sal estiver sendo explorado, que a região vai ser referência no reparo e manutenção das embarcações, não apenas na fabricação”, destaca. REVISTA REGATA JACQUES VABRE
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ITAJAÍ É SEDE DA 12ª MELHOR UNIVERSIDADE NÃO-ESTATAL DO PAÍS Avaliação é do Guia do Estudante Profissões Vestibular 2014, da Editora Abril
É
de Itajaí a melhor Universidade não-estatal do Estado e a 12ª melhor do país. A Universidade do Vale do Itajaí (Univali) aparece em destaque no Guia do Estudante Profissões Vestibular 2014, lançado no mês de outubro pela editora Abril. No total, de acordo com a publicação, 34 cursos de graduação da Univali estão entre os melhores do Brasil. A publicação identifica as melhores instituições de ensino superior brasileiras. Nesse ano, foram avaliados 27.038 cursos de 2.037 instituições de ensino superior de todo o Brasil. No total, de acordo com a publicação, 34 cursos de graduação da Univali estão entre os melhores do Brasil. O curso de Comércio Exterior, ministrado em Itajaí, recebeu a melhor avaliação com cinco estrelas, pelo terceiro ano consecutivo. Na sequência, com quatro estrelas, foram contemplados os cursos de Administração (Balneário Camboriú, Biguaçu e Itajaí), Ciências Contábeis (Biguaçu e Itajaí), Direito (Itajaí), Enfermagem, Farmácia, Fonoaudiologia, Gastronomia, Nutrição, Oceanografia, Psicologia e Turismo e Hotelaria. Já Administração (Tijucas), Arquitetura e Urbanismo, Ciências Biológicas, Ciência da Computação (Itajaí), Design de Moda, Direito (Balneário Camboriú, Biguaçu, São José e Tijucas), Educação Física (Itajaí), Engenharia Ambiental e Sanitária, Engenharia Civil, Fisioterapia, Jornalismo, Medicina, Odontologia, Publicidade e Propaganda, Relações Internacionais (Balneário Camboriú) e Relações Públicas conquistaram três estrelas na avaliação. A Univali é uma universidade comunitária. Com tal vocação, a Instituição está sintonizada com as necessidades de suas comunidades de entorno, implantando diversos projetos e programas sociais que contribuem para a disseminação do saber e compreensão da sua capacidade transformadora.
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E o faz, numa estrutura multicampi, instalada ao longo do litoral Centro-Norte de Santa Catarina, nos municípios de Balneário Piçarras, Itajaí, Balneário Camboriú, Tijucas, Biguaçu (com dois campi), São José (dois campi) e Florianópolis. Com esta estrutura, a Univali oferta 70 cursos de graduação presenciais e a distância, entre bacharelados, licenciaturas e tecnólogos. Ainda, a Univali oferece ensino desde a educação básica, com três unidades de Colégio de Aplicação, até a pós-graduação com cursos lato e stricto sensu. Os cursos lato sensu (de especialização) são ofertados semestralmente, de acordo com as demandas de mercado, e os stricto sensu compreendem nove cursos de mestrado (Administração, Ciência e Tecnologia Ambiental, Ciência Jurídica, Ciências Farmacêuticas, Computação Aplicada, Educação, Gestão de Políticas Públicas, Saúde e Gestão do Trabalho, e Turismo e Hotelaria) e seis doutorados (Administração e Turismo, Educação, Ciência Jurídica, Ciências Farmacêuticas, Ciência e Tecnologia Ambiental, e Turismo e Hotelaria), todos recomendados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC). A Instituição também tem forte contribuição com a pesquisa e a extensão, englobando, atualmente, 118 grupos de pesquisa, 266 projetos de iniciação científica, 42 projetos de extensão e 28 projetos permanentes de extensão social. Embasada em sua proposta comunitária, a Fundação Universidade do Vale do Itajaí mantém, além da Universidade, o Hospital Universitário Pequeno Anjo, que atende crianças de 0 a 14 anos de toda a região da Amfri, o Instituto de Pesquisas Sociais, a Rádio Univali FM, e a TV Univali. Além disso, a Univali está em constante processo de internacionalização de seus currículos e convênios de dupla titulação, por meio de acordos com universidades em todo o mundo.
BALADAS
E BATIDAS
Litoral de Santa Catarina é referência internacional quando o assunto é música eletrônica
Especialmente em Balneário Camboriú, mas também em Itajaí e Camboriú. O que faz com que a economia da região se beneficie com o setor que movimenta cifras milionárias e no qual o cartão de crédito dos clientes não raro ultrapassa os quatro dígitos. Os melhores clubes, o público mais descolado, festas épicas e um mercado que promete não estagnar tão cedo.
L
indas mulheres em parcas roupas provocantes. Estrutura de primeiro mundo para atender endinheirados dispostos a gastar. Som alto, estridente, envolvente, vibrante. Os melhores DJs do mundo tocando para um público seleto que sai de todos os cantos do Brasil a procura de exclusivos clubes de música eletrônica, das baladas mais concorridas e cotadas, de diversão e
Green Valley
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alegria até o dia amanhecer. Tudo isso é fácil de encontrar em um dos maiores polos de entretenimento do Brasil, a região do Litoral Norte de Santa Catarina que abriga algumas das maiores e melhores casas noturnas do mundo com foco na e-music. Em bom português, música eletrônica. Estilo musical que cada vez mais se enraíza não apenas nos jovens, mas num público
maduro que deseja aproveitar o glamour e a badalação que casas como Green Valley e Warung Beach Club proporcionam. O primeiro situa-se em Camboriú, enquanto o segundo é considerado o templo da música eletrônica e se encontra no canto norte da Praia Brava, em Itajaí, há mais de 10 anos. Lugares bem frequentados que são atrativos para o Turismo de entretenimento e fontes de divulgação da região mundo afora. O segmento da música eletrônica no Litoral Norte catarinense cresce rapidamente e, diante disso, é cada vez mais latente a influência que o mesmo tem na economia da região. Economia que já começa a se movimentar ao redor dos próprios clubes, com o dinheiro que frequentadores deixam em ingressos, bebidas, estacionamento, lanches na saída da balada. Mas não é apenas esse universo que se beneficia de
festas que trazem milhares de pessoas para o litoral. Outros segmentos bebem da “água eletrônica”. A rede hoteleira, os restaurantes e bares, o comércio de rua, os shoppings centers e toda uma gama de prestadores de serviço que, juntos à própria imagem dos municípios, só têm a comemorar com a cena eletrônica forte da região, afinal, as baladas eletrônicas não têm época para acontecer. De acordo com um estudo da demanda turística de Balneário Camboriú, realizado pela Santur (Santa Catarina Turismo S/A), os principais atrativos turísticos para quem visita o município são: os atrativos naturais em primeiro lugar, com 38,62%, e o entretenimento em segundo, com 32,03%. Ou seja, boa parte dos turistas procura a cidade atrás de festa e, nesse quinhão, a música eletrônica tem boa parcela de seguidores.
O interior do Warung Warung e o espaço do DJ
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INFORME PUBLICITÁRIO
CONSTRUÇÃO CIVIL EM ITAJAÍ
I
tajaí tem se destacado pela vitalidade de sua economia, pelo turismo, qualidade de vida e pela oferta de novos e modernos empreendimentos residenciais. Recentemente foi inaugurado na cidade de Itajaí, pela Construtora Racitec, o primeiro residencial com o conceito LOFT da região.
Revista A Regata: Por que os investimentos da Racitec se concentram em Itajaí? Flávio: Acreditamos que precisamos viver a cidade, entender a vida da cidade, o fluxo, a posição solar e o vento. Todos estes detalhes influenciam na arquitetura a ser projetada e no bem estar que procuramos aos futuros moradores. Com as obras próximas, nos fazemos presentes, mantendo e acompanhando o padrão de qualidade, eficiência na logística, aproveitamento dos materiais, conhecendo as expectativas e a vida de cada obra, desde o seu nascimento até a sua entrega e emancipação. RR: Qual é a sua linha criativa? Flávio: A proposta é ter uma visão moderna da arquitetura, integrando interior e exterior, trazendo para dentro do apartamento um pouco do entorno, com um alto padrão de acabamento, muita iluminação natural e conforto. O imóvel é algo que se mantém, que fica no tempo e expõe características de seus moradores e de quem lhe
Em entrevista com o Sr. Flavio Macedo Mussi – Arquiteto e sócio da construtora Racitec, ele nos relata um pouco mais sobre sua visão da construção civil e a contribuição no contexto desta importante cidade. Depois de ler a entrevista, conheça um pouco mais da Racitec na última página desta edição.
projetou, buscamos o embelezamento, a praticidade e uma contribuição futura de forma contemporânea. RR: A Racitec investe em inovação, de que forma? Flávio: Pensamos a partir do modo de viver das pessoas e no que é importante para elas. Sistemas avançados de segurança e codificação, equipamentos de ponta para as áreas de convivência, vanguarda no uso de novos materiais, com durabilidade, reduzindo custos futuros de manutenção, garantindo a integridade física das pessoas e do empreendimento. Estamos em constante evolução, nos atualizando permanentemente. RR: Por que morar em Itajaí? Flávio: Lazer, estudo, trabalho, riquezas das mais diversas atraem cada vez mais pessoas que desejam morar, investir e compartilhar bons momentos, numa cidade que vive, pulsa e cresce no cenário nacional.
Divulgação
Flávio Macedo Mussi à direita de seu sócio Maurício Machado em recente inauguração do primeiro Loft de Itajaí
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