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Projecto Bué-Fixe
Europa, vamos falar sobre sexualidade?
Nos dias de hoje, falar sobre educação sexual, no nosso país, ainda constitui de certo modo um tema tabu e, para muitas pessoas esta temática não parece assumir grande relevância. Com vista a desmistificar e quebrar as barreiras associadas a este tópico bem como, aprender e partilhar mais conhecimentos sobre sexualidade, cinco jovens, através da Bué Fixe, embarcaram rumo a Gyongos, uma cidade na Hungria, para uma experiência de intercâmbio.
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Neste projeto, intitulado “SexEd 2: Flowers, Bees and Other Taboos”, a equipa portuguesa teve oportunidade de dinamizar diversas apresentações incidentes na educação sexual. Assumimos este papel de significância, talvez pelo facto de sermos dos países participantes mais privilegiados em termos de educação sexual e de direitos para pessoas LGBTI. Apesar de considerarmos que, em Portugal, existe um longo caminho a percorrer, seja na forma como a educação sexual é transmitida, seja na educação da sociedade ou no combate ao preconceito, podemos constatar que, felizmente, já nos parece distante a realidade vivenciada em países como a Hungria, Polónia, Roménia, Turquia, Grécia, Bósnia e Herzegovina. Atualmente, em Portugal, apesar de pouco falada, a educação sexual, é um ponto assente na nossa formação e educação escolar, contrariamente a outros países que, muito do seu conhecimento adquiriram por auto pesquisas, junto de amigos ou através dos pais.
Abordar a sexualidade é falar, entre muitas outras coisas, de afetividade, relacionamentos, sociedade e cultura, mudanças corporais, menstruação, género, orientação sexual, e não apenas e exclusivamente falar sobre sexo. É de notar que, grande parte do preconceito advém da falta de conhecimento e, através da consciencialização e desmistificação da sexualidade, junto de jovens, tais como nós, estamos a contribuir para maior exploração da sexualidade, igualdade de género, tolerância, respeito e abertura. A nível europeu persiste a presença de grande estigma quanto à orientação sexual, sendo-nos de referência a heterossexualidade como a “normalidade” igualmente, importa referir, que pouco ou nada se sabe acerca de contracepção no feminino e também em relações não heterossexuais, sendo também possível constatar que o machismo é uma ideia presente e permanente nas diversas culturas. Enquanto portuguesas, foi um privilégio poder trabalhar nestas questões, sendo gratificante sublinhar que todas as partilhas proporcionaram uma mudança notável de mentalidades, permitindo assim que, pessoas anteriormente
discriminadas pela sua orientação sexual se tenham sentido bem-vindas e aceites junto da comunidade, existindo sempre respeito. É de salientar, que estes conhecimentos foram disseminados a posteriori ao projeto, o que possibilitou um maior esclarecimento e informação da população em geral acerca da sexualidade. Paralelamente, nesta experiência, foi-nos dada a oportunidade de intervir junto da comunidade, na associação EgyüttHató, que objetiva apoiar jovens em desvantagem so-
cial. O desafio proposto foi abordar educação sexual junto de crianças, de várias idades, que não falavam inglês. Através de um pequeno teatro expusemos as diversas modificações corporais que nos surgem e, para muitos jovens que nos assistiam, este foi um momento libertador, onde encontraram um porto seguro para partilhar as suas vivências de discriminação. Esta barreira comunicacional demonstrou-nos que, “muito mais é o que nos une, que aquilo que nos separa” assim como, ao abordar a sexualidade
de uma forma simples, sem preconceitos, estamos a proporcionar um espaço positivo para que todos os jovens possam partilhar as suas experiências, se sintam confortáveis, seguros e informados assim como, não adotem comportamentos de risco.
Para além de toda esta aprendizagem e partilha de ideias, este projeto foi absolutamente transformador. Possibilitou-nos, a todos, conhecer outras culturas, fazer novas amizades, promovendo a aceitação e a diferença. Por outro lado, promoveu um maior autoconhecimento, fazendo-nos constar que, muitas das vezes, somos nós próprios os únicos que nos colocamos barreiras. Permite-te a ti mesmo entrar no desafio e embarca num próximo projeto com a Bué Fixe, a aventura é constante e a viagem é extraordinária!
OPINIÃO DOS PARTICIPANTES ACERCA DA EDUCAÇÃO SEXUAL NO SEU PAÍS
A educação sexual na Roménia ainda está a começar. Existem tentativas de introduzir nas escolas, mas ainda não existe nada em concreto. Na maioria dos casos, são os pais que nos dão educação sexual. Contudo, acho que a educação sexual é extremamente necessária pois este assunto ainda constitui um tema “proibido”. MIHAI, Roménia Aqui, a educação sexual é muito má, está desatualizada ou podemos mesmo considerar inexistente. Não temos qualquer disciplina na escola que aborde a educação sexual sendo que, a principal fonte de “informação” dos jovens continua a ser os colegas e a internet. Mas, tentaremos mudar isso! ADI E EMINA, Bós-
nia e Herzegovina
Não existem quaisquer atividades de educação sexual no meu país. A sexualidade é considerada algo vergonhoso e a próxima geração irá crescer sem saber nada a este respeito. CEVATCAN, Tur-
quia
Infelizmente, a educação sexual no nosso país é inexistente. Somos ensinados apenas nas aulas de biologia acerca da anatomia humana e IST’s, mas não de forma profunda e não como deveria ser ensinado a adolescentes que estão experienciando simultaneamente vários sentimentos. KYRIAKOS E THANOS, Grécia Este é assunto tabu na Hungria, apenas os nossos pais falam sobre isso. RUBEN, Hungria De acordo com o que falámos no projeto, a educação sexual nas escolas e em geral, na Polónia, é péssima. Infelizmente, a educação sexual aqui deixa muito a desejar. Na minha opinião é insuficiente. EWA E OLEKSANDRA, Polónia
BITS & BITES
WINDOWS 11
Lançado oficialmente no dia 5 de outubro de 2021, o Windows 11 passou a estar finalmente disponível para download. Para as máquinas com o Sistema operativo Windows 10, pode fazer atualização grátis desde que o seu computador preencha certos requisito:
Ter pelo menos o processador Intel da 8ª geração ou AMD Ryzen da linha 2000 (pelo menos 1 GHz de velocidade e pelo menos doi núcleos.
Ter a TPM - Trusted Platform Module (chip de segurança) versão 2.0
RAM pelo menos 4 GB.
ROM pelo menos 64 GB.
Ecrã de pelo menos 9’’ (polegadas) e resolução de 720 p.
Em suma, se tem um computador adquirido por volta de 2017 ou mais recente, o mesmo preenche os requisitos mínimos para que o Windows 11 seja instalado. Caso esteja em dúvida, a atualização será gratuita até 14 de outubro de 2025.
O QUE TEM WINDOWS 11 DE NOVO? O Windows 11 surge com um design diferente do que estamos habituados, foi adicionado Widgets, janelas transparentes (existente no Windows 7) e Windows Snapping. Todas essas funcionalidades sempre estiveram por perto, contudo aparecem aqui de uma forma mais simples. De todas as alterações, salientam-se: O MENU INICIAL CENTRALIZADO Provavelmente a maior diferença visual é o menu inicial que se encontra no centro da barra de tarefas (por defeito) imitando o design dos sistemas operativos Chrome (Chrome OS) e Mac (Mac OS). Existe uma opção onde o utilizador poderá posicionar o menu inicial à esquerda como no Windows 7 ou 10. O menu iniciar foi melhorado e removeu-se os Live Titles também conhecido por Titles (aplicações afixadas no menu iniciar). Por sua vez, existe um conjunto de aplicações afixadas e documentos recentes. A interface de pesquisa por cima do menu pesquisará inteligentemente pelos documentos, aplicações ou definições.