Todos os direitos em língua portuguesa reservados por: © 2010, BV Films Editora Ltda e-mail: comercial@bvfilms.com.br Rua Visconde de Itaboraí, 311 – Centro – Niterói – RJ CEP: 24.030-090 – Tel.: 21-2127-2600 www.bvfilms.com.br / www.bvmusic.com.br É expressamente proibida a reprodução deste livro, no seu todo ou em parte, por quaisquer meios, sem o devido consentimento por escrito.
Originalmente publicado em inglês por Outreach Inc., 2230 Oak Ridge Way, Vista, Califórnia, 92081, com o título de To Save A Life: Dare To Make Your Life Count, Copyright © 2010 by Outreach, Inc. Escrito por Todd Hafer and Vicki J. Kuyper associados à Snapdragon GroupSM Tulsa, Ok. Project Management and Editorial Services by Snapdragon GroupSM Tulsa, Ok. Translated and used by permission of Outreach Inc. www.outreach.com.br Arte da Capa: Tim Downs Design: Alexia Wuerdeman Editor Responsável: Claudio Rodrigues Coeditor: Thiago Rodrigues Diagramação: Guil Tradução: Ariana Fátima C. Baptista Revisão de Texto: Mitsue Siqueira da Silva Christiano Titoneli Santana Stella Rodrigues Rosemberg ISBN: 978-85-61411-51-0 1ª edição – Novembro/2010 Impressão: Imprensa da Fé Classificação: Vida Cristã Impresso no Brasil
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Introducao....................................................................................................................... v l
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1 Ouse Ser Importante.......................................................................................... 1 2 Ouse Ser Diferente.................................................................................... 25 3 Ouse Celebrar Seu Verdadeiro Eu.................................................... 49 4 Ouse Receber Amor Radical..................................................................... 71 5 Ouse Preencher o Vazio em Seu Coracao..................................... 93 6 Ouse Dar, Ouse Compartilhar.................................................................... 111 7 Ouse Tirar a Venda dos Seus Olhos................................................... 133 8 Ouse Redefinir o Conceito de “Maneiro" ...................................... 153 9 Ouse Ser Um mensageiro do Amor.................................................... 175 10 Ouse Ser Amigo dos Solitários e Rejeitados........................... 197 11 Ouse fazer a Diferenca no Mundo.................................................. 219 12 Ouse Conhecer e Ser Conhecido............................................... 235 l
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Sobre os Autores............................................................................................. Recursos.............................................................................................................. Como Eu Posso Fazer a Diferenca..................................................... l
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o a c u d o r t n I Você está preparado para um desafio? Sem pânico! Você não precisará fazer uma tatuagem de um gnomo nas costas, comer um punhado de pimenta ou mergulhar em um dos Grandes Lagos americanos num inverno congelante. O que nós temos em mente é algo muito mais difícil – porém, muito mais significante! Em primeiro lugar, nós estamos desafiando-lhe a mudar o jeito como você se vê. Desafiamos você a olhar para dentro de si e aprender a amar o que você consegue ver. Em segundo lugar, nós lhe desafiamos a mudar a forma como você vê os outros, olhar para fora e fazer a diferença em seu próprio mundo. A primeira parte do desafio pode ser a pior parte para você. Essa contemplação interior mescla-se com as expectativas, comparações e com a sensibilidade emocional. Para dizer a verdade, você pode até não ser capaz de entender o que está vendo, a menos que se arrisque a dar uma olhada através dos olhos de Deus – Aquele que captura as coisas boas dentro da verdadeira pessoa que você é, quem Ele lhe criou para ser. Deus quer que você veja a pessoa que Ele vê, que entenda que você está aqui no planeta Terra por uma razão, uma boa razão.
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A segunda parte neste desafio é deixar o mundo enxergar quem você é de verdade ao se doar aos outros, começando a boa obra e reluzindo a sua luz em sua família, amigos e até mesmo estranhos. Alguns podem dizer que isso é arriscado, e eles podem até estar certos. Você nunca sabe quando alguém vai tentar lhe calar, mesmo que você esteja oferecendo amizade e encorajamento. Mas afinal de contas, o que é um desafio sem risco?
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INTRODUCAO
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Nas páginas deste livro, os autores, Todd Hafer e Vicki Kuyper, dividem suas histórias e as das pessoas que conhecem, que suportaram o peso dos riscos e buscaram muito mais, confiando em Deus e abrindo seus corações para os que estavam à sua volta. Esperamos que você guarde estas histórias, e que elas lhe façam refletir e lhe desafiem a entrar no jogo da vida. Isso vai exigir um pouco de coragem e força de vontade, mas você é capaz. Você é mais forte do que pensa e muito mais surpreendente do que imagina ser. Portanto, mãos à obra! Ouse ver e ser quem você realmente é.
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r e S e Ous
e t n a t r o p Im
Ótimas Passagens Bíblicas Para Se Basear! nça que Por causa da espera nos céus, a lhes está reservada cês ouviram respeito da qual vo a da verdapor meio da palavr de, o evangelho. Colossenses 1:5 amine o seu Que cada pessoa ex ir! Se ele próprio modo de ag ssoa pode se for bom, então a pe , sem preorgulhar do que fez u modo de cisar comparar o se s. Porque agir com o dos outro rregar a sua cada pessoa deve ca própria carga. Gálatas 6:4-5 só membro, Se todos fossem um o? onde estaria o corp 1 Coríntios 12:19 padrão Não se amoldem ao transfordeste mundo, mas ção da sua mem-se pela renova jam capazes mente, para que se comprovar a de experimentar e rfeita vontaboa, agradável e pe de de Deus. Romanos 12:2
em todos Reconheça o Senhor endireiele e os seus caminhos, s. tará as suas vereda Provérbios 3:6 te homem, “Eu lhes digo que es ra casa e não o outro, foi pa de Deus. Pois justificado diante humilhaquem se exalta será a será ilh do, e quem se hum exaltado”. Lucas 18:14 age em Sabemos que Deus o bem todas as coisas para , dos que am daqueles que o am ordo com ac foram chamados de o seu propósito. Romanos 8:28 escolhiNele fomos também tinados es ed dos, tendo sido pr ele que qu da conforme o plano ndo o gu se s faz todas as coisa e. ad nt vo propósito da sua Efésios 1:11
Todos estão buscando alguma coisa. Desde o seu melhor amigo de infância, ao novato engraçadinho da classe, até o jogador mais importante do time de futebol. Até mesmo os seus pais, seu irritante irmão mais velho, Kurt, e a sua tia-avó, Edna, com problemas de vista, estão buscando alguma coisa. Na verdade, as pessoas tentam se agarrar às coisas através do curso da história. É uma busca valiosa do maior jogo que já existiu; um tesouro escondido que atrai jogadores de todas as nações e gerações. Mesmo que você não esteja ciente disso, as vantagens são tão boas que você está nessa busca também. Tyler está buscando algo. Ele até participou das audições no programa Ídolos. Infelizmente, sua performance mais pareceu a de um tucano dentro de um multiprocessador, mas isso não o desmotivou. O seu desejo é ser um astro. Ele tem certeza disso. É o que ele mais quer. Shawna está buscando algo. Dê uma olhada no plano de estudo dela. Seus horários se resumem a uma só palavra – estudo. Para Shawna, qualquer nota abaixo de um 9 é absolutamente digna de humilhação. Ela está determinada a terminar o Ensino Médio um ano antes do tempo, para então viver sua vida tão sonhada. Os professores a amam. Seus pais não poderiam estar mais orgulhosos. Seria bom se ela se sentisse assim também. Kaitlyn está buscando algo também. Porém, nenhum de seus colegas de classe percebe o que ela busca. Ela sente-se solitária, a única pessoa na turma com manchas de canetas nos dedos. Os cadernos de Kaitlyn são estampados com desenhos e seu armário tem várias poesias. Os únicos amigos com quem ela fala são aqueles com os quais se conecta virtualmente. Mangaboy16 parece legal – embora ela nunca o tenha conhecido pessoalmente. Kaitlyn se pergunta se talvez não estivesse na hora de fazê-lo.
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David está buscando algo. Ele é descolado, tem o seu próprio estilo de cabelo e de roupa. Ele tem até seu próprio grupo de amigos. Ter a garota certa em seus braços é causa ganha. Pelo menos por um dia ou dois, já que a garota certa muda com a mesma frequência que o cardápio da lanchonete. E você? Qual é a sua história? Aonde sua busca tem levado você?
SEJA O HERóI DE SUA PRóPRIA BUSCA A busca da qual estamos falando é a busca pela importância. Importância é uma palavra bem ampla que significa “valor” ou “significado”. Buscar importância significa tentar entender o nosso lugar na imensidão desta vida.
A busca pela importância hoje em dia reduz-se às respostas de três perguntas básicas: “Eu tenho valor?”, “Sou amado?” e “Por que estou neste mundo?”
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Tudo isto soa bem intelectual, não? Você pode estar pensando que seria um bom assunto para se discutir com algum professor de filosofia, que ostenta uma obra empoeirada de Platão em sua mesa. Mas não é por aí. Essa busca pela importância está mais para uma história de aventura. É uma busca desafiante, como a de Frodo na jornada para destruir o único anel, na saga de O Senhor dos Anéis, como a jornada de Link na Lenda de Zelda ou a procura de Dorothy pelo Mágico de Oz. É uma busca que tem de mudar ambos, você e o curso da sua vida. Se você ousar, essa busca poderá mudar até mesmo o mundo. Como todo herói sabe, antes de embarcar em uma busca, precisamos saber o que estamos procurando. É fácil nos imaginar derrotando um dragão ou arrastando para casa
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O QUE VOCÊ É FALA TÃO ALTO QUE NÃO CONSIGO OUVIR O QUE VOCÊ ESTÁ DIZENDO. - Ralph Waldo Emerson
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baús pesados de tesouros enterrados. Porém, tentar entender a importância de algo e como podemos chegar à sua essência é uma tarefa árdua. O sentido da palavra “importância” não é apenas diferente para as outras pessoas, mas aquilo que parece importante para você hoje pode não ser como você pensa que será no futuro. Portanto, basicamente, aquilo que você está buscando é como um camaleão metamorfo e atemporal. É isso. Perfeito. Agora, a notícia boa. (Sim, existem muitas boas notícias quando se trata de descobrir o seu verdadeiro valor). A boa notícia é que a busca pela importância hoje em dia reduz-se às respostas de três perguntas básicas: “Eu tenho valor?”, “Sou amado?” e “Por que estou neste mundo?” Ficou mais fácil de compreender? Assim esperamos. Fácil de se responder? Na verdade, sim. Fácil acreditar que você encontrará as respostas? Bem, vamos apenas dizer que antes de você poder acreditar nisto de verdade e depois tomar uma atitude sobre as verdadeiras respostas para essas três perguntas, você tem de se fazer algumas outras perguntinhas. Além do mais, as perguntas são sempre uma parte crucial em qualquer busca. Questionar-se pode fazer você se sentir um pouco estranho a princípio, como se você estivesse muito desesperado ou desiludido, puxando conversa consigo mesmo, como um louco. Mas as pessoas que não se questionam são as que mais acabam perdidas. Olhar para dentro de si e ver como você está e no que está pensando é como consultar um mapa quando se está trilhando uma jornada. Isso manterá você no caminho certo. Quando você começar a se perder, uma conferida rápida lhe ajudará a recuperar seus comporta-
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mentos. Isso lhe permitirá saber exatamente onde você está em relação a onde você quer chegar. Isso lhe ajudará a fazer um gráfico da melhor rota para o seu destino, mesmo sendo complicado localizar o caminho, que leva à essência da importância. Mas antes de você planejar a melhor rota em direção ao seu destino, você precisa saber onde você se encontra neste momento. Até agora, aonde a sua busca pela importância tem te levado? Uma boa maneira de responder a esta pergunta é fazendo-se uma outra pergunta: quem você admira? Pense a respeito disso. Quem são as pessoas que você admira, jovens ou não, vivas ou não? Podem ser presidentes ou estrelas do pop, amigos da escola ou astronautas em órbita, cantores de rap, professores, blogueiros, atletas, missionários ou músicos. Podem ser parte de sua árvore genealógica ou alguém que você vê na TV. Depois que você tiver em mente quem são as pessoas que você admira, então é hora de se perguntar “por quê?”. Pense nas razões específicas que fazem desta pessoa importante aos seus olhos. Existe algo nesta pessoa que você gostaria que fosse verdade também em você? Pense nessa possibilidade. Agora é hora de checar as suas possibilidades. Preencha os espaços abaixo mentalmente. Não se desespere. Isto não é um enigma! A única resposta certa é aquela que vem com honestidade. As frases abaixo são simplesmente um reflexo da verdade que você sente neste momento. Amanhã suas respostas poderão ser diferentes. (É por isso que é tão importante continuar a se questionar a todo tempo!) Se você tiver mais de uma resposta para cada espaço em branco, sem problemas! E se achar necessário, sinta-se à vontade para anotar suas respostas neste livro. Quanto mais você escavar, mais você descobrirá quem você é e onde você está.
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Se eu pudesse______________________ eu seria mais feliz. Se eu pudesse______________________ eu me sentiria amado. Se eu pudesse______________________as pessoas me respeitariam. O número de “Se...” existente é proporcional ao número de pessoas neste mundo. Porém, muitos têm o mesmo “Se...” em comum. Você consegue se identificar com algum dos “Se...” abaixo? Se... … eu fosse um adulto e tivesse minha independência... … eu fosse popular... … eu pudesse perder um pouco de peso... … eu pudesse escolher minha família... … Deus pudesse responder esta única oração... … eu seria feliz. Se... … eu tivesse um namorado(a)... … meus pais se reconciliassem... … eu tivesse amigos de verdade... … eu tivesse um pai... … Deus me permitisse saber que Ele está ao meu lado... … eu me sentiria amado. Se... … eu pudesse fazer parte do time... … eu fosse muito esperto(a)...
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… eu fosse famoso(a)... … eu fosse rico(a)... … eu pudesse fazer algo surpreendente... … as pessoas me respeitariam. As suas respostas e as pessoas que você admira são tipo a latitude e a longitude, partindo de onde estiver em nome da busca pela importância. Elas são o X que marcamos no mapa, o lugar onde você está esperando encontrar as respostas para aquelas três grandes perguntas: eu tenho valor? Sou amado? Por que estou neste mundo? Antes de investir mais tempo escavando a sua vida, tenha a certeza de que este X está realmente marcado no ponto certo.
HISTóRIAS PARA DAR O CHUTE INICIAL Antes de entrar nesta longa viagem, é importante conhecer seus companheiros de jornada. Você tem dois nesta viagem, Todd e Vicki. Desde já, queremos prometer a você que não tomaremos todo o lugar da poltrona ou roubaremos todos os seus biscoitinhos. Vamos até deixar você escolher o seu som preferido no rádio. Como autores, nós podemos tentar nos esconder atrás das páginas deste livro. Entretanto, cedo ou tarde, a verdade aparecerá. Nós somos velhos. Não velhinhos veteranos, porém mais velhos que você. Não somos seus colegas. Somos mais parecidos com seus pais. Só que mais maneiros. Ou, pelo menos, nós gostamos de pensar que somos. Tood é pai de quatro adolescentes. Vicki é mãe de dois “jovens” que entraram na casa dos vinte há alguns anos atrás. E, ao contrário do que nossos filhos possam achar,
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nós dois, na verdade, fomos jovens um dia. Nossas idades, roupas e conhecimento tecnológico podem ser diferentes dos seus, mas todos nós temos algo em comum: todos nós estamos em busca da importância.
A história de Todd Eu cresci como um filho de pastor. Talvez você já tenha ouvido falar da vida dos filhos dos pastores: ou eles são os mais santinhos, os maiores cumpridores da lei que você conhece, ou os mais atentados. Adivinhe qual dois dois eu era? Eu era atraído aos problemas por uma força eletromagnética. Nada podia me afastar deles. Nem pregações, aulas da escola dominical ou estudos bíblicos (pois, como um filho de pastor, eu era forçado a participar de tudo isso toda semana) davam jeito em mim. Nem mesmo o xerife da cidade puxando sua arma e se oferecendo para atirar contra os meus miolos me amedrontava. (Para ser honesto, meu primeiro pensamento quando admirava aquela brilhante arma de calibre 9 mm era: Bem, se isso for me livrar de ter que ficar sentado para mais um estudo bíblico sobre os profetas menores...) Como é que eu consegui me encontrar na mira dos policiais no deserto de Wyoming, EUA? Pois é, meus finais de semana na adolescência eram bem próximos a isso:
Sábado 1. Passar o dia jogando o esporte apropriado para a estação do ano. 2. Tomar banho e procurar alguma roupa no armário que tivesse sido passada do meu irmão mais velho para mim e que não fosse me fazer motivo de riso.
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3. Dirigir meu carro modelo Chrysler Newport (com assentos de vinil na cor turquesa - o ímã de gatinhas) para onde quer que a confusão estivesse, onde eu pudesse ter uma noitada de bebedeiras, boemia, brigas nos becos e tiros nas placas de trânsitos - e em ocasionais porcos-espinhos e guaxinins que passavam pelo caminho - com a minha escopeta calibre 12. Para quebrar a rotina, escalar escadas de incêndio e brincar de homem-aranha sobre os telhados dos comércios do centro da cidade – um sério desafio quando se está caindo de bêbado.
Domingo 1. Entrar pela janela do quarto dos fundos por volta das 5:30 da manhã, agradecendo a Deus por meus pais terem o sono pesado.
Tive a impressão de que o vocalista Bono andou lendo meu diário quando ele disse à revista Rolling Stone: “Tenho uma tendência selvagem, e não duvido muito que eu colocaria fogo em mim mesmo. Sabe como é, não vou à igreja para apreciar a paisagem.”. 10
2. Lavar no banho o pecado da noite que se passara. Passar o fio dental, se tal medida for extremamente necessária. Passar a loção pós-barba do papai, só por garantia. 3. Entulhar as roupas bem lá no fundo do cesto de roupas sujas da família. E esperar que o fedor de todas aquelas meias suadas e casacos de atletismo escondesse o cheiro da fumaça dos cigarros – e outros tipos de fumaça – exalando dos meus jeans e camiseta de sábado à noite. 4. Ser o primeiro a aparecer na escola dominical – com um falso sorriso de cristão amplamente gravado na minha cara cansada e hipócrita. Sim, minha adolescência foi um tempo mágico. Uma vez eu fui para a casa de uma
garota do bar, a única que estava notoriamente fora de si o bastante para não checar as identidades dos moleques. Quando foi de manhã cedo, eu disse: “Já tá na minha hora”. Ela disse que se eu ficasse um pouco mais, ela prepararia um café da manhã pra mim. “Não, eu não posso”, e expliquei: “Tenho que ir pra casa e me arrumar pra escola dominical”. Ela riu de gargalhar: “Você é muito engraçadinho, cara”, ela disse, pensando que eu estava zoando. Óbvio que eu não estava. Minha vida dupla era uma piada. Deus deveria ter desistido de mim. Mas Ele não desistiu. Ele estava comigo quando eu fui posto à prova e humilhei minha família, principalmente o meu pai que era pastor. Ele estava comigo quando eu violei minha liberdade condicional ao pular no meio de uma briga dentro do bar. A polícia simplesmente mandou todo mundo para casa, sem levar ninguém ao xilindró ou mesmo fichar os nossos nomes. Ele estava comigo enquanto eu segurava a mão de minha mãe, no instante em que ela morria de câncer na sala lá de casa. Alguns anos depois, quando meu melhor amigo foi morto em um acidente, Deus estava comigo quando eu me pus de pé sozinho no santuário da igreja olhando fixamente para o caixão dele. Ele estava comigo quando uma picape gigante bateu em minha lateral numa estrada interestadual. O guarda me disse que eu tive muita sorte de ter saído vivo do acidente. Eu escapei com uma contusão, algumas costelas machucadas e uma tensão no ligamento do joelho (só um pouquinho mais
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machucado do que eu costumava ficar quando entrava nas rodas punk dos shows da banda de metal One Bad Pig). A incrível paciência e o amor de Deus finalmente me venceram. Levei anos, mas, enfim, entendi que Deus não iria desistir de mim. Na Bíblia, Jesus conta a história de um filho esbanjador que deixa sua casa para viver uma vida selvagem, como a minha, até terminar financeira, física e espiritualmente quebrado. Ele retorna fracassado para casa e quando ainda está a uma certa distância longe de casa, seu pai o avista e corre como um louco em direção a ele, cobrindo-o com amor incondicional. O pai nessa história representa Deus. Aquele que me socorreu e ainda me socorre. Hoje, Deus está comigo enquanto eu tento criar meus próprios filhos adolescentes (além dos jovens que ganho de bônus, que decidem viver conosco por um tempo). Ele ouve minhas orações, especialmente quando digo: “Por favor, Senhor, não permita que os meus jovens tenham uma adolescência como a minha!” Ele é a minha força quando se esgota a paciência, se acabam as respostas e não resta dinheiro. Ele é a razão por eu estar escrevendo este livro com minha amiga de longa jornada, Vicki, numa louca esperança de que alguma coisa nestas páginas possa lhe ajudar a caminhar na luz consoladora do amor de Deus. É um caminho que eu ainda estou aprendendo a percorrer sozinho. Tenho a impressão de que o vocalista Bono andou lendo meu diário quando ele disse à revista Rolling Stone: “Tenho uma tendência selvagem, e não duvido muito que eu colocaria fogo em mim mesmo. Sabe como é, não vou à igreja para apreciar a paisagem”. Atualmente, vou à igreja porque quero. Porque eu preciso. Mesmo nos domingos em que digo à família que fui dor-
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mir depois da hora porque passei a noite inteira escrevendo, eu acabo me arrastando para a igreja. Lá do céu, minha mãe deve estar achando a maior graça. A igreja não é o único lugar onde eu vivencio o amor de Deus, mas a força é grande naquele templo simples com assentos verdes e confortáveis. Nossa igreja tem uma pequena sala de oração chamada “as catacumbas”. Eu gosto de silenciar ali tarde da noite – por volta da mesma hora que eu costumava sair pulando entre os prédios da rua principal – e orar por minha família, meus amigos e pelo mundo. E faço uma prece em apelo a Deus, pedindo-O que não desista de mim. Cada vez que deixo essa sala, penso que estou mais próximo desta verdade: Deus só vai deixar de me amar – e de amar a todos nós – quando a água deixar de ser molhada.
A História de Vicki Cresci na área da Baía de São Francisco, que era considerada um símbolo central da paz nos anos 60. Quando eu estava entrando na adolescência, os hippies, os beatnicks e a galera do “paz e amor” estavam se tornando os rejeitados da sociedade. Qualquer rapaz que tivesse os cabelos na altura dos ombros era considerado um radical. A guerra que estava na boca do povo era a Guerra do Vietnã, ao invés da Guerra do Iraque. O LSD era a droga do momento. Ninguém conhecia a metanfetamina ainda. E as músicas de bandas como Beatles, The Doors e Rolling Stones eram basicamente o centro de tudo. Para mim, a música era como um passaporte para a vida. Eu cantava, dançava e descobri que com aulas suficientes eu poderia aprender a tocar qualquer instrumento que quisesse. Eu escolhi a bateria. Meus pais escolheram o clarinete e acabaram me vencendo.
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Então, junto às aulas de clarinete na banda da escola, eu também me tornei uma dançarina. Era como uma dançarina de fundo, apenas com menos ritmo, graça e habilidade. Naquela época, jogar os braços para o ar como se estivesse nadando numa piscina era considerado uma dança. Era chamada de, veja só, “O nado”. Também tinha a dança “O pônei” e a “O macaco”. Acredite ou não, as danças dos anos 60 fazem as danceterias parecerem maneiras. Infelizmente, nosso grupo, os “Abacaxis Psicodélicos”, teve muita dificuldade em agendar shows. Não havia muita demanda para cinco garotas de doze anos de idade, que só sabiam dançar uma música, mesmo sendo a “Satisfaction”, dos Rolling Stones, que, parando para pensar, poderia muito bem ser eleita a música-tema nessa nossa busca pela importância.
A pequena devoradora de livros cafona, que mal podia tomar coragem o suficiente para fazer a performance da dança “O pônei” em público, tinha um propósito. Eu estava aqui para servir de apoio. Se não pudesse ser importante, pelo menos poderia andar com aqueles que eram. 14
O grupo acabou, mas por sorte, duas meninas do grupo acabaram fazendo parte daquele grupo dos “populares” da escola. Elas eram as “bambambans”. Eu não era uma delas, mas estava no bando. Isso foi o suficiente para eu me sentir alguém. Eu tinha uma certa importância. A pequena devoradora de livros cafona, que mal podia tomar coragem o suficiente para fazer a performance da dança “O pônei” em público, tinha um propósito. Eu estava lá para servir de apoio. Se não pudesse ser importante, pelo menos poderia andar com aqueles que eram. Aí, minha família mudou de cidade. Deixamos a área da Baía e seguimos uma hora e meia rumo ao norte de Santa Rosa. Meu primeiro dia na escola parecia a minha estreia no tapete vermelho. Todos me olhavam de cima a baixo
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SE VOCÊ NÃO FOR GUIADO POR DEUS, VOCÊ SERÁ GUIADO POR UMA OU TRA COISA OU ALGUÉM.
”
- Eric Liddell
e decidiam se eu seria boa o suficiente para permitirem que eu entrasse em seus grupos - ou que pelo menos fosse reconhecida no saguão da escola. Eu esperava encontrar novas amigas com as quais eu pudesse dançar durante o recreio. Com esse fim, vesti minha roupa “mais excelente”: um minivestido psicodélico cor de neon, botas brancas de dançarina, uma meia arrastão rosa choque e uma gargantilha de couro com o símbolo da paz. A diretora me encaminhou até minha turma após todos já estarem sentados em suas carteiras. Os olhares já diziam que eu estava condenada. Parecia que todas as garotas da turma estavam vestindo um casaco de gola rulê, saia de xadrez, sapatos de couro e uma dócil boina em seus perfeitos cabelos cacheados. Nos meninos, não havia um com calça boca de sino, nem um rastro de camisetas estilo tie-dye, em suas cabeças, nenhum cabelo longo o bastante para tocar os colarinhos de suas blusas. Eu não teria me sentido tão inadequada se todos eles falassem ucraniano. Nunca mais vesti aquela roupa. Desisti de tocar clarinete, não mais dancei em grupos e só cantava para mim mesma no chuveiro. Se me restasse qualquer esperança de ser aceita naquela escola, obviamente eu teria que reinventar meu estilo. Então, assim o fiz. Troquei meu amor pela música e todo acessório “hippie” pela invisibilidade e pelos estudos. Eu era tímida em São Francisco, porém calada em Santa Rosa. Estudava e tentava não aparecer. Sobressaía como aluna, mas fracassava em algo muito mais importante – ser eu mesma. Nessa época, o meu “eu” não parecia ser importante o suficiente.
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Então, avançando vários anos no tempo... Meus filhos estavam crescidos e meu marido tinha acabado de receber uma nova proposta de trabalho. Após 21 anos em Colorado Springs, mudamos para Fênix, no Arizona, EUA. Era o primeiro dia de mais um novo estudo bíblico para o qual eu havia sido convidada. Mais uma vez, eu era uma novata. Dessa vez, embora tenham se passado apenas cinco anos, eu não me lembro o que estava vestindo. O que me lembro era como cada pessoa parecia: alta, magra, loira, bronzeada – como bonecas Barbie. Aquela música que meus filhos costumavam ouvir no programa educativo infantil Vila Sésamo, ecoava em minha mente: “Uma dessas coisas não é igual às outras”. Eu era essa uma coisa. Alta, magra, loira, e bronzeada não eram as palavras certas para me descrever. Só que desta vez, ao invés de ficar esperando minha submersão ou de me refazer em alguém que eu não era, eu percebi como eu estava animada para conhecer melhor aquelas mulheres e estava contente em fazer parte do grupo delas. Uma parte importante. Não porque estivesse circulando em volta dos outros, mas porque juntas, todas teríamos algo para aprender e algo para ensinar. Amor para dar e para receber. Eu estava reunida com mulheres que eram importantes. E eu era uma delas. Havia uma pequena dor aguda por dentro que me feria e sussurrava: “Você não é bonita, jovem ou magra o bastante para ser desse grupo”. Pois bem, conforme disse antes, todas nós ainda estamos nessa busca pela importância. Uma vez, acreditei que a aparência era uma parte importante dessa equação. Mas não faço mais isso. Entretanto, preciso lembrar disso agora e sempre. Tenho de me lembrar de me fazer perguntas como: “É neste sussurro assustador em minha mente que eu realmente tenho que acreditar ou isso é apenas o que eu sinto no calor do momento?”
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NÓS DESFRUTARÍAMOS DE UMA IMENSA PAZ SE NÃO NOS OCUPÁSSEMOS COM O QUE OS OUTROS DIZEM E FAZEM.
”
- Thomas à Kempis
Sua história Agora que você já ouviu nossas histórias, é hora de dar uma nova olhada para a sua história. Quando criança, você sabia que era importante. Essa verdade estava tão impregnada em você como a cor dos seus olhos estava em seu DNA. Na verdade, você com certeza acreditava que o mundo girava em torno de você. Quando chorava, as coisas aconteciam. As pessoas lhe alimentavam e trocavam suas fraldas. Talvez até lhe abraçavam com força e brincavam com você de “cadê o bebê?”. Se você já brincou de “cadê o bebê?” quando bebê, você sabe que tinha a habilidade de fazer as pessoas desaparecerem apenas fechando os olhos. Aí, você abria os olhos e tchan! Você fazia a pessoa reaparecer. Você era uma criança poderosa. Não é de se estranhar que você fosse tão importante. Ainda bebê, você começou a entender que talvez você não fosse exclusividade em todas as coisas. Você descobriu coisas chatas como regras, intervalos e o significado da palavra “não”. Por um momento, a palavra “não” provavelmente se tornou sua palavra preferida – mas só quando você falava. Nunca quando qualquer outra pessoa falava para você. Nessa época você também descobriu outras crianças. Elas não estavam lá para ajudarem você como os adultos. Certo, aquelas miniaturas de gente eram divertidas para se brincar por um tempo, mas logo, logo, elas iriam querer pegar suas coisas. Às vezes elas tinham a audácia de tirar das suas mãos qual fosse o seu brinquedo. E o que os adultos
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faziam? Eles afastavam aqueles pequenos depravados de você? Não. Eles diziam para você “dividir” as coisas. Deste momento em diante, sua suposta dominação do mundo ia por água abaixo. Conforme o tempo passava, você conhecia crianças que podiam fazer coisas que você não podia. Algumas eram maiores e mais fortes. Outras podiam se balançar mais alto, correr mais rápido, talvez até fazer bolhas com o próprio cuspe. Você não mais estava convencido de que era o centro do universo. Você percebia que havia outros planetas neste sistema solar. E muitos. E você, bem, talvez você fosse como Plutão. Você nem tinha mais a posição de planeta.
Se crescer fosse a chave para se sentir importante, nós diríamos a você para simplesmente persistir nisso! Vai acontecer! Porém, existe um monte de adultos que ainda estão se fazendo aquelas três grandes perguntas: eu tenho valor? Eu sou amado? Por que estou neste mundo?
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Agora, na adolescência, seu cérebro – e sua vida – tornaram-se muito mais complexos. Você tem uma visão maior e mais clara do mundo e do seu lugar nele. E talvez você descubra que agora você só sonha em voltar a ser um Plutão. Você percebe que é uma pessoinha num mundo de mais de seis bilhões e meio de pessoas. E isso é apenas o número de pessoas que estão vivas neste momento. Quando você pensa em seu lugar na história, esse número é tão grande que seu cérebro poderia explodir só de imaginar. Tudo o que você sabe é que um em um bilhão, e muito menos seis bilhões, não é muito. Esqueça os bilhões. Apenas ser um em uma multidão de jovens em sua escola ou seu grupo da igreja pode fazer você sentir-se pequeno e insignificante. E não se trata de números de qualquer forma. É a forma como nós humanos consideramos o valor para nós mesmos e para os outros que fazem parte da busca pela importância.
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O PROPÓSITO É AQUILO QU E DÁ À VIDA UM SENTIDO... UM BARCO À DERIVA SEMPRE SEGUE A CORRENTE.
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- Charles H. Rarkhurst Se crescer fosse a chave para se sentir importante, nós diríamos a você para simplesmente persistir nisso! Vai acontecer! Porém, existem vários adultos que ainda estão se fazendo aquelas três grandes perguntas: eu tenho valor? Eu sou amado? Por que estou neste mundo? No filme Para Salvar Uma Vida, não é somente o Jake, um jovem, quem está lutando consigo mesmo na busca pela importância, à luz da morte de seu amigo. O pai de Jake também está neste mesmo barco. Podemos ver isso na pressão que este impõe sobre o filho e sobre si mesmo, para trabalhar mais em busca de sucesso, para fazer alguma coisa da sua vida e para provar que tem valor. Podemos enxergar isso na tentativa deste pai em responder à seguinte questão: “Eu sou amado?” através da busca pelo amor e afeição em uma outra mulher que não é a sua esposa. Essas escolhas têm consequências destrutivas, não apenas para o pai de Jake, mas para a família inteira. Dissemos-lhe que essa era uma busca desafiante. Os riscos são grandes e as pessoas podem se machucar ao longo do caminho. Essa pode ser a sua busca pessoal, mas a forma como você irá percorrer este caminho o influenciará você – e todos aqueles que estão à sua volta. É por isso que existe uma história interior e uma exterior quando se começa a busca pela importância. A história interior trata-se do que está acontecendo sob a superfície, em sua mente e em seu coração. É aquilo que você pensa, sente e crê ser a verdade. Essa história interior inclui as perguntas que você se questiona para melhor compreender quem você realmente é. É o lugar onde as pessoas que você admira e as suas possibilidades pessoais tentam escrever a linha histórica de seu valor próprio. Se assim você as permitir.
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Mas há também uma história exterior. Essa história trata de como aquilo que você tem em sua mente e coração está sendo refletido em sua vida – como a sua visão de si mesmo afeta aquilo que você diz e faz. A verdade é que você tem valor. Você pode não crer completamente nisso agora, mas isso é um fato. Você não pode escolher ter valor ou não, mas pode escolher se você vai viver a sua vida de maneira significativa, de uma forma que cause um impacto positivo no mundo. Você precisa escolher como a sua história exterior será lida. Será um conto de coragem repleto de riscos e aventuras? Terá momentos desafiadores como estender a mão a um desconhecido por amor? Será uma história sobre a sua coragem em se tornar a pessoa que você foi criada para ser? Ou você evitará os riscos, fazendo apenas o necessário para sobreviver? Escolherá um futuro do “eu primeiro”, esperando pelo melhor? Ousar viver uma vida de importância num mundo banalizado exige coragem. Mas você tem a habilidade de fazer uma diferença maravilhosa neste mundo, uma diferença tão singular quanto as suas digitais. Seus amigos podem desencorajar você de tentar isso. Eles podem dizer: “Ah, se acalma e relaxa. Você terá a vida inteira para se preocupar com coisas como propósito e importância”. Entretanto, as histórias escritas por você, tanto a interior quanto a exterior, já começaram há muito tempo.
Ousar viver uma vida de importância num mundo banalizado exige coragem.
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Não deixe passar em branco os anos da sua juventude, por que você não os usa para dar o pontapé inicial? Veja o exemplo de Joana D’arc. Aos 17 anos ela cria que Deus a queria para ajudar a França a derrotar a Inglaterra. Ela liderou 4.000 homens em busca da vitória na Batalha de Orleans.
Veja Thomas Edison. Ele perdeu a audição ainda criança. Ele foi rotulado como um aluno “devagar”, porém Thomas utilizou-se de sua surdez para aprimorar a sua concentração. Ele patenteou 1.093 invenções, foi um recordista americano implacável, suas invenções incluem o fonógrafo e a lâmpada elétrica incandescente. Veja o exemplo de Carly Abramson. Quando sua mãe foi diagnosticada com câncer de mama, a pequena Carly, então com 12 anos, fez um chaveiro para presenteá-la a fim de reanimá-la por causa da dor do câncer – depois, ela fez mais 700 chaveiros para vender com a intenção de arrecadar dinheiro para ajudar na pesquisa sobre o câncer de mama. Hoje, com 17 anos de idade, Carly é a fundadora da Fundação Cura do Câncer de Mama, nos EUA. Recentemente, ela arrecadou $800.000 dólares através da organização de um torneio de golfe e de um leilão. Batalhar junto a exércitos, inventar o primeiro gravador ou arrecadar centenas de dólares para ajudar a encontrar a cura para o câncer são formas impressionantes de se fazer a diferença positivamente. Porém, você não tem de fazer algo digno de manchetes de jornais, para então dar início a uma vida que seja importante. Números, trombetas e milagres não tornam uma pessoa mais importante que outra. Na Bíblia há uma carta direcionada aos cristãos que viviam numa área da Ásia Menor chamada Galácia. Assim diz: “Que cada pessoa examine o seu próprio modo de agir! Se ele for bom, então a pessoa pode se orgulhar do que fez, sem precisar comparar o seu modo de agir com o dos outros. Porque cada pessoa deve carregar a sua própria carga” (Gálatas 6:4-5 – NTLH). Não basta apenas ter coragem para se viver num mundo banalizado, é preciso ter um plano. Como você pode “explo-
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rar cuidadosamente quem você é” e fazer da sua vida a mais criativa possível? É isso que queremos tratar neste livro. Este livro foi escrito para lhe ajudar a conectar sua história de importância interior com a sua história exterior, para lhe ajudar a ter certeza de que você tem valor, de que você é amado e de que você tem um propósito exclusivo neste mundo. Porém, além de sua coragem e do seu plano, você precisa de mais uma outra coisa importante para se viver uma vida de valor num mundo banalizado. E essa outra coisinha não são os autores deste livro – Todd e Vicki. É o autor da sua história – o próprio Deus.
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