TFG - Biblioteca Parque

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BIBLIOTECA PARQUE camila azevedo santos sĂŁo paulo, 2020



UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA

BIBLIOTECA PARQUE CAMILA AZEVEDO SANTOS Trabalho Final de Graduação apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Paulista como requisito parcial para a obtenção do título de Arquiteta e Urbanista. Profª Orientadora: Renata Priore

SÃO PAULO 2020



AGRADECIMENTOS

Agradeço aos meus pais, João e Maria, por sempre me apoiarem em tudo e por me darem suporte para chegar até aqui, e ao meu irmão, Lucas, por sempre me lembrar que não preciso me preocupar tanto com as coisas, que a vida pode ser leve. Aos amigos que fiz no curso: Leandro, que sempre se dispôs a me ajudar, Cleyton que sempre me fazia soltar boas risadas e, em especial, ao "Bonde da Meia" com as meninas mais bonitas e sensatas da faculdade: Bia, Nathi e Erika. Obrigado por sempre me ajudarem nos meus surtos e também por surtarem comigo ás vezes. Aos meus amigos da vida, por serem meu refúgio quando tudo ia mal, Pedro, William, Yvana e Kelvin. Também agradeço ao Dhavid, que mesmo de longe sempre me incentivou e me lembrou o quanto eu sou forte. Eu amo vocês. Eu amo a gente. Às minhas orientadoras, Maria Cláudia Oliveira e Renata Priore, por todo o apoio e carinho essenciais e por não perderem as esperanças mesmo quando tudo ia mal. E por fim, a mim mesma, por ter sido forte e nunca ter desistido.



EPÍGRAFE "Eu penso que boa arquitetura não é apenas forma, porque isso é escultura. Boa arquitetura é interação entre forma e vida." Jan Gehl, 2017.


Como fruto desse estudo, o trabalho a seguir resultou na proposta de implantação de uma Biblioteca Parque na região, que visa criar espaços públicos com atividades mais legíveis. O projeto propõe a melhoria da qualidade urbana local, através da implantação de um edifício cultural-esportivo, que visa atrair novos públicos e promover encontros através do uso democrático e da aplicação do conceito de fruição pública através da quadra aberta. PALAVRAS CHAVE: BIBLIOTECA PARQUE - QUADRA ABERTA - REQUALIFICAÇÃO ESPAÇOS PÚBLICOS - PLACEMAKING

RESUMO

Este trabalho Final de Graduação estudou o eixo da Avenida Santo Amaro, na cidade de São Paulo, analisando as características da área, como ela se desenvolve, como funciona e quais são suas fragilidades e seus potenciais. Para isso foi necessário fazer um levantamento sobre a história do local, os equipamentos presentes, o perfil das edificações, ofertas de áreas públicas e/ou verdes, etc.



SUMÁRIO

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INTRODUÇÃO

1.

ESPAÇOS PÚBLICOS

12 12 14

1.1 ESPAÇOS PÚBLICOS DE QUALIDADE 1.2 EDIFÍCIO COMO ARTICULADOR DA URBANIDADE

2.

BIBLIOTECA PÚBLICA: ORIGEM E FUNÇÃO 2.1 BIBLIOTECAS TRADICIONAIS E NOVOS FORMATOS 2.2 BIBLIOTECA PARQUE

3.

15 16 17

REFERÊNCIAS PROJETUAIS 3.1 PARQUE BIBLIOTECA FERNANDO BOTERO 3.2 BIBLIOTECA DE SÃO PAULO 3.3 CENTRO COMUNITÁRIO REHOVOT

18 19 22 26


4.

O EIXO DE ESTUDO: CONTEXTO URBANO

28 29 32 36

4.1 HISTÓRIA 4.2 DIAGNÓSTICO URBANÍSTICO 4.3 LEVANTAMENTO E LEITURA URBANÍSTICA

5.

A QUADRA DE INTERVENÇÃO

6.

5.1 EDIFÍCIOS DEMOLIDOS 5.2 CARACTERÍSTICAS DA QUADRA DE INTERVENÇÃO

PROPOSTA PROJETUAL 6.1 PARTIDO E CONCEITOS 6.2 PROGRAMA DE NECESSIDADES 6.3 DEMANDA 6.4 O PROJETO

50 51 54 55 57

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40 42 44

REFERÊNCIAS

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pamento público que oferece uma série de atividades para a comunidade, abordando o novo conceito de bibliotecas contemporâneas e trazendo diversidade de usos na intenção de gerar um espaço democrático e atrativo.

Após leitura e análise do eixo da Avenida Santo Amaro notou-se a carência de espaços culturais, esportivos e áreas verdes de qualidade na região, além da inconveniente presença de calçadas pequenas, muitos muros altos e poluição sonoro e visual no local, tornando a Avenida uma péssima experiência para os pedestres, caracterizando-a como eixo de passagem e não de permanência. Porém, apesar dessas características dominantes, é importante notar que a Avenida está no início de um processo de transformação, onde após um longo período de desinteresse e abandono do local este cenário tende a mudar, visto que a Prefeitura de São Paulo desenvolveu um plano de melhorias para a Avenida Santo Amaro, que propõe, por exemplo, o enterramento dos fios elétricos, alargamento das calçadas, renovação dos abrigos de ônibus, plantio de árvores, melhoria da iluminação, etc.

Com o desenvolvimento tecnológico das últimas décadas, as funções das bibliotecas deixaram de ser as mesmas e passaram a agregar novas mídias, programas e atividades. A biblioteca deve ter seu modelo redesenhado a fim de aproximar as pessoas da leitura e oferecer atividades e serviços de formação cultural e social, exercendo um papel de muita relevância para promover a inclusão social, seja através de programas culturais, esportivos ou de cursos profissionalizantes, rendendo resultados muito positivos.

Outra estratégia para melhoria da Avenida Santo Amaro é o Plano Diretor Estratégico (PDE), que orienta o desenvolvimento e cresimento da cidade, incluindo o eixo de estudo. No PDE é possível identificar diversas áreas de Zona de Estruturação Urbana (ZEU) no eixo da Avenida Santo Amaro, que estão previstas para incentivo da transformação da área. Além dessas áreas de ZEU, um trecho do eixo estudo também se encontra dentro da Operação Urbana Consorciada Faria Lima (OUCFL), que é outra estratégia que tem como objetivo:

O conceito de Biblioteca Parque surgiu em Medellín, Colômbia, e tem como diferencial ser um espaço não apenas para depósito de livros, mas também um equipamento com espaços públicos para integração social e requalificação urbana, através de áreas para cursos, exposições, áreas multimídias e de pesquisa. Esse conceito será abordado mais profundamente a seguir. O trabalho a seguir aborda a importância dos espaços públicos na cidade, o papel da leitura na formação do cidadão, o novo formato das bibliotecas e uma análise geral do eixo estudado, bem como análise específica da quadra de intervenção, finalizando com a proposta projetual, embasada em todas as pesquisas feitas e nos estudos de caso apresentados.

a melhoria da acessibilidade viária e de pedestres, a reorganização dos fluxos de tráfego, priorizando o transporte coletivo, bem como a criação e qualificação ambiental de espaços públicos e o atendimento habitacional às comunidades que vivem em ocupações irregulares localizadas em seu perímetro ou no entorno imediato. (PREFEITURA DE SÃO PAULO, 2019)

Sendo assim, este trabalho visa a requalificação do eixo geral e propõe a implantação de uma Biblioteca Parque, um equi-

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. INTRODUÇÃO

O trabalho a seguir trata-se de uma análise e levantamento do eixo da Avenida Santo Amaro e, em conjunto, a proposta de um projeto arquitetônico adequado ao local, levando em conta as características encontradas.


1. ESPAÇOS PÚBLICOS

O espaço público é o lugar da cidade de uso comum e posse de todos, sendo de propriedade e domínio da administração pública, onde o Estado é responsável pelo seu cuidado, garantia do direito universal da cidadania e o seu uso. Neste sentido, os espaços públicos são, inclusive, onde se desenvolvem as redes de infraestrutura viária, de transporte e técnicas, que garantam a habitabilidade.

das características mais essenciais estão muitas vezes relacionadas ao entorno, a história e aos significados envolvidos. Ele cita algumas variáveis que podem contrinui para a qualidade da experiência: o significado, a legibilidade, a diversidade e a escala humana. (CALLIARI, 2016). O estudo do espaço público tem como razão mais importante a diversidade. É no espaço público que encontramos pessoas diferentes de nós, portanto, é a partir do convívio que a cidade proporciona que podemos defini-la.

O espaço público mais presente nas cidades é a rua. Elemento articulador das localidades e mobilidade, conecta lugares e pessoas e é considerada como o elemento que forma a estrutura urbana. De acordo com Kevin Lynch, também é o local principal em que se forma a imagem da cidade, visto que é pela rua que os habitantes transitam e têm a oportunidade de observá-la e entendê-la.

Segundo Calliari, é a experiência de encontro com estranhos em locais públicos que traz a essência da civilidade. O conjunto de atos e regras que normatiza a convivência entre pessoas que não têm intimidade entre si (CALLIARI 2016).

A cidade é um local de encontros e relações, e o espaço público apresenta papel determinante nessa dinâmica. É nele que se desenvolvem as atividades coletivas e o convívio entre os mais diversos grupos que compõem a sociedade urbana.

A convivência com pessoas diferentes, de diversos ciclos sociais, com variados níveis de intimidade e em diversas situações faz com que o habitante do meio urbano tenha que desenvolver formas de lidar e se comportar adequadamente com cada um desses cenários. Ao conviver com o diferente um indivíduo ganha capacidade de compreensão sobre si mesmo.

Muitas vezes são os espaços públicos os locais em que o verde da cidade se tornam mais presente, locais geralmente dotados de mobiliário urbano, esculturas artísticas e monumentos.

Entretanto, essa convivência em sociedade também gera conflitos e sofrimento ao homem, na medidade em que o obriga a renunciar a seus instintos. A vida em sociedade nos priva desses instintos naturais, sendo uma ameaça à felicidade individual, mas o ser humano fez uma escolha ao trocar sua felicidade por sua segurança.

Portanto, o espaço público é o local mais democrático da cidade, local da expressão política, dos direitos dos cidadãos e da convivência com o diferente.

Assim, na busca por segurança, o homem aumentou o tamanho do seu grupo de convivência. Dos pequenos grupos pré-históricos até as tribos, as vilas e, finalmente, as cidades, o homem foi se conformando à vida em sociedade. (CALLIARI, 2016, p.47)

1.1

ESPAÇOS PÚBLICOS DE QUALIDADE

O que qualifica um espaço público é a sua capacidade de atrair e estimular as pessoas para que se sintam confortáveis a permanecer, ou seja, o tempo que essas pessoas interagem nesses espaços é proporcional a qualidade dos mesmos, e essa qualidade nem sempre poderá ser criada por quem projeta esses espaços. Segundo Calliari, autor de Espaços Públicos e Urbanidade em São Paulo, algumas

Já o significado e a legibilidade, conceitos também abordados por Calliari, dizem respeito a imagem que o espaço urbano carrega, considerando principalmente sua história e trajetória. A legibilidade é um conceito que foi antes abordado também por Kevin Lynch e que diz respeito a facilidade com que cada uma das partes da cidade deve ser reconhecida. Calliari define: "tão mais confor-

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tável é a cidade quanto mais ela é reconhecível pelos seus habitantes".É a legibilidade que agrupa os espaços e os torna reconhecíveis, fazendo com que o indivíduo não se sinta perdido na cidade e trazendo sensação de conforto e segurança. São Paulo, por exemplo, é uma cidade com pouca legibilidade, onde os prédios iguais e sem identidade acabam gerando sensação de confusão.

este dever também pertence a própria população, que não deve permitir que esses lugares fiquem abandonados. Como vimos, o espaço público é importante para a identidade não só do homem urbano como da própria cidade contemporânea. Mas quais seriam as características de um bom ou mau espaço público? A resposta está ligada à qualidade do espaço público em relação à qualidade da experiência humana que nele se dá: os encontros, as trocas entre pessoas, a prática da urbanidade. A "régua" a ser usada nessa medição é a capacidade dos espaços públicos de proporcionar o encontro e estimular as pessoas a permanecer por mais tempo nele. (CALLIARI, 2016, p.57)

Mesmo não podendo moldar os fatores do histórico e entorno do local, é possível tomar decisões projetuais que possam contribuir para aumentar a qualidade dos espaços públicos, ainda que os fatores descritos acima não colaborem para que haja a interação e permanência nos espaços públicos da cidade. Quanto a diversidade, Calliari fala sobre como a variação nos usos é importante para trazer diferentes grupos de pessoas em horários alternados, gerando novas experiências e sensação de segurança. Ele cita Jacobs ao falar sobre os "olhos na rua", que trata justamente disso quando defende que a segurança é maior quando há gente olhando, seja nos prédios, na calçadada ou nas lojas. Para ele, a segurança é essencial para receber o estranho sem teme-lo. Diversidade. A urbanidade das calçadas não acontece em qualquer configuração. Ela depende da combinação de dois fatores: a segurança e a possibilidade de contato. Jacobs valoriza a possibilidade de pessoas que não se conhecem de maneira privada conviverem de alguma maneira nas ruas da cidade. E a segurança é justamente a "infraestrutura" necessária para receber os estranhos sem ter medo deles. Aqui, surge outra necessidade: a nítida separação entre o espaço público e o espaço privado. Os limites entre o público e o privado são importantes para a delimitação do espaço e dos papéis públicos. (CALLIARI, 2016, p.67)

Por fim a escala humana é um conceito que visa propor o planejamento do ambiente de acordo com o pedestre. A perda da escala humana gera sensação de vazio e estranhamento e acaba afastando as pessoas. Os bancos e áreas de estar atraem visitantes e as árvores tornam estes espaços mais agradáveis. O bom espaço público não pode ser vazio. Entretanto nem todos os espaços públicos são passíveis de permanência. Há os "não lugares", locais sem significado ou expressão, onde os visitantes estão apenas de passagem, como aeroportos e rodoviárias, os "lugares vazios", por exemplo os espaços sob viadutos ou pátios, e os "espaços fluxos" que são os próprios elevados e vias expressas. Devemos lembrar que a cidade é um reflexo dos indivíduos, sendo eles tão importantes quanto toda a parte material que compõe os espaços. Para que um ambiente público mantenha sua qualidade é necessário uma manutenção regular, e

FIGURA 1 - Avenida Paulista, São Paulo, fechada para carros aos domingos. Fonte: Blog Vambora, 2019

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1.2

O EDIFÍCIO COMO ARTICULADOR DA URBANIDADE O que acontece no espaço público está bastante relacionado com o uso das edificações que o conformam. Um exemplo disso são as áreas centrais e os centros históricos que estão cada vez mais condenados a monofuncionalidade, juntamente ao esvaziamento de habitações, gerando uma situação em que durante o dia são locais hiper movimentados, lotados e com ruídos, mas quando os estabelecimentos fecham a região volta a ser solitária e passa sensação de insegurança. Na cidade de São Paulo, assim como em outras cidades, as oportunidades de socialização estão se tornando cada dia mais privatizadas. Os espaços públicos são escassos ou encontram-se em estado de abandono, provocando uma segregação urbana entre os usuários das ruas e os que frequentam os espaços privados. A oferta de bons espaços públicos resulta no aumento da quantidade de pessoas usufruindo desse espaço, não apenas para circular, mas também para descansar, comer, estudar e usar o espaço como um todo. Conforme análise a seguir, podemos observar que o eixo da Avenida Santo Amaro carece de espaços públicos e áreas verdes de qualidade. Há grande presença de muros na Avenida, resultado de edificações privadas que a negam e são voltados para dentro, oferecendo uma suposta segurança aos moradores a partir do momento em que se fecham para a Santo Amaro. Nesse contexto, os equipamentos públicos são responsáveis por mediar a situação e são capazes de resolver problemas urbanos com tratamento dos espaços públicos. A implantação desses equipamentos deve levar em conta a sua importância para cumprimento desse papel, considerando como o seu desenho pode solucionar problemas urbanos e atender as demandas da população, resultando num espaço de qualidade. Dessa forma, a biblioteca apresenta grande potencial como equipamento público, que pode qualificar o seu entorno, abrigando diversas funções.

FIGURA 2 - Instituto Moreira Sales, São Paulo. Térreo suspenso atrai visitantes para dentro do edifício ao mesmo tempo em que libera o térreo ao nível da rua. Fonte: Ípsilon, 2017

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A biblioteca pública, em especial, tem papel essencial quando o assunto é democratização do acesso à informação. Esses equipamentos possuem destaque para a sociedade, sendo ambiente abertos para diversos tipos de público e recebendo, sem distinção, pessoas de diversas origens, sexo, classe social ou religião, afim de difundir o conhecimento através da leitura. Tem por finalidade contribuir ativamente com a educação, conhecimento e promoção da cidadania.

Porém, a mais famosa biblioteca da Antiguidade é a Biblioteca de Alexandria, no Egito. Acredita-se que ela tenha sido fundada por volta do século 3 a.C., por Ptolomeu II. É estimado que o local abrigava cerca de 700 mil volumes, obras importantes e únicas, que foram destruídas ao longo do tempo, com incêndio e ataques.

O manifesto da IFLA/UNESCO sobre bibliotecas públicas define: A biblioteca pública - porta de acesso local ao conhecimento - fornece as condições básicas para uma aprendizagem contínua, para uma tomada de decisão independente e para o desenvolvimento cultural dos indivíduos e dos grupos sociais (MANIFESTO DA IFLA/UNESCO SOBRE BIBLIOTECAS PÚBLICAS, 1994).

No que se refere às bibliotecas públicas, o conceito parecido com o atual foi idealizado por Júlio César e fundada por Assírio Polião durante o reinado de Augusto, em 39 a.C. Possuía obras em grego e latim e já organizava serviço de empréstimo. Após o fim da Segunda Guerra Mundial, os computadores e a informática surgiram para facilitar o trabalho nas bibliotecas. A partir dessa mudança as bibliotecas passaram por grandes transformações, pois os recursos tecnológicos possibilitam a melhor comunicação entre funcionários e usuários, agilizam o processo técnico, diversificam os métodos de acervo e acesso à informação, etc.

O manifesto busca evidenciar a Biblioteca Pública como agente essencial da cultura, educação e informação. As definições contidas no manifesto, escrito em 1994, servem como diretrizes para as bibliotecas públicas de todo o mundo. Para que a biblioteca pública cumpra sua função social ela deve ir além de um local de trabalho, se configurando como um espaço de encontro. Também é fundamental pensar nas necessidades da comunidade em que ela está inserida. Deve-se conhecer a população, conhecer seus interesses, sua demanda.

Explicado a origem das bibliotecas, iremos abordar a partir qual o papel dos espaços públicos e, em especial, da biblioteca pública para a sociedade.

O papel da biblioteca é muito maior do que armazenar livros. Além de atuar no âmbito educacional e cultural, este equipamento também atua como um espaço de encontro, lazer e sociabilização, promovendo a inclusão social, seja través de programas culturais, esportivos ou de cursos profissionalizantes, rendendo resultados muito positivos.

Espaços públicos voltados para cultura exercem um papel muito importante na sociedade, sendo o mais relevante deles a inclusão social da população na cadeia produtiva da cultura, oferecendo condições para que todos tenham acesso às diversas manifestações artísticas. Outro ponto a se destacar é como esses espaços possuem a função de ancorar atividades lúdicas não-comerciais, que reúne

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ORIGEM E FUNÇÃO

diversas pessoas e servem como ponto de referência numa região ou cidade.

2. BIBLIOTECA PÚBLICA:

As bibliotecas são instituições mais antigas que o próprio livro. Desde a Antiguidade já existiam bibliotecas, mas até a Renascença elas eram consideradas sagradas, e apenas os monges e sacerdotes tinham acesso. Dentre as mais importantes bibliotecas da Antiguidade, podemos citar a Biblioteca de Nínive, capital do Império Assírio (atual Iraque), também conhecida como Biblioteca de Assurbanipal, rei da Babilônia no século 7 a.C. Essa biblioteca foi construída no próprio palácio do rei e, segundo os historiadores, foi uma das primeiras bibliotecas.


2.1

Na Biblioteca Central de Seatle, projeto do escritório OMA, algumas dessas problemáticas são postas em questão e o projeto se propõe a encontrar soluções que mostrem que essa instituição não está ultrapassada, mas que deve ser repensada para funcionar como edifício articulador da cidade. Para o OMA "Em uma época onde as informações podem ser acessadas em qualquer lugar, é a simultaneidade de todas as mídias e, mais importante, a curadoria do seu conteúdo que vai fazer da biblioteca um espaço vital."

BIBLIOTECAS TRADICIONAIS E OS NOVOS FORMATOS No passado a busca pelo conhecimento restringia-se às fontes disponibilizadas pelas bibliotecas, pois eram a única fonte de informação. Atualmente, com as novas tecnologias, o acervo não é mais o único meio de obter conhecimento. Além disso, a informação não está mais estritamente ligada ao livro e pode ser facilmente acessada por outros meios, sem estar necessariamente localizada no espaço físico de uma biblioteca.

Desta forma, esse projeto trabalha com a articulação dos espaços, tornando-se um importante ponto de encontro na cidade com seus andares-praça conectados de forma inteligente, separando espaços de convívio de espaços de trabalho, ao mesmo tempo que os mantem conectados entre si e com a rua.

Nas bibliotecas tradicionais, as pessoas passavam horas lendo e fazendo pesquisas. Hoje não se busca apenas livros, mas também vídeos, materiais iconográficos, microfilmes e acesso à internet. A imagem da biblioteca tradicional é frequentemente ligada à ideia de um depósito de livros, um local sagrado, onde deve-se permanecer em silêncio. Porém, no contexto atual, as bibliotecas públicas estão além desse acervo, se caracterizando como um local de interação, debates, acesso à cultura e a arte, exercendo papel fundamental na democratização da sociedade, através de programas culturais, esportivos, cursos profissionalizantes, áreas para palestras e exposições, e diversas outras atividades. Com as transformações sofridas em seu modelo, a rápida mudança social e os novos meios de comunicação, a biblioteca passou a ser um espaço de interação. Para ter êxito hoje em dia, as bibliotecas devem se aprimorar e abranger muitos papeis diferentes, alguns tradicionalmente relacionados às bibliotecas e outros nem tanto. Assim, novos usos, programas e atividades devem ser incorporados às bibliotecas, ofertando um espaço flexível e multiuso para atrair usuários, resultando em lugares onde se desenvolve a vida comunitária. O desenvolvimento tecnológico e a internet possibilitaram tipos de suporte para a informação, mudando o conceito central da biblioteca do acervo para o acesso. Milanesi (2002) reforça essa ideia ao afirmar que "não é mais o indivíduo que persegue a informação, mas as informações que soterram o indivíduo quando ele ousa acionar uma ferramenta de busca na internet." Desse modo, é possível entender que o papel central da biblioteca deixou de ser a busca por informações, que estão disponíveis para qualquer um que possua uma conexão online. O foco passa a ser a importância da biblioteca como um lugar para interagir com a informação. Sua missão é proporcionar um ambiente para encontros, discussões e eventos.

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FIGURA 3 - Biblioteca Central de Seatle. Novo modelo de biblioteca com diversas atividades. Fonte: Archdaily, 2014


2.2

BIBLIOTECA PARQUE

O conceito de biblioteca parque surgiu em Medellín, cidade famosa pelo histórico de narcotráfico. Considerada até os anos 90 uma das cidades mais violentas do mundo, Medellín colocou em prática medidas para promover o bem-estar social e a segurança pública. Dentre essas medidas houve campanha de desarmamento, requalificação dos espaços públicos, melhoria do transporte e a ideia de levar os livros para as zonas de risco. Graças a essas medidas, em especial a implantação das bibliotecas parque, a cidade de Medellín, Colômbia, atualmente é considerada uma referência mundial referente ao processo de transformação urbana e social. O diferencial da biblioteca parque é que ela não é só um depósito de livros, são espaços públicos destinados a promoção do conhecimento, integração social e requalificação urbana de áreas socialmente fragilizadas, através de espaço para cursos, exposições, áreas multimídia e de pesquisa. Essas edificações ultrapassam o conceito de uma biblioteca em si, pois além de ofertar espaços para acervo e leitura, se configuram também como centros culturais e de lazer, abrigando diversas atividades e promovendo o encontro dos usuários. FIGURA 4 - Biblioteca Central de Seatle. Novo modelo de biblioteca com diversas atividades. Fonte: Archdaily, 2014

Os Parques Biblioteca foram construídos para promover práticas educativas, culturais e sociais de seus bairros circundantes, funcionando como pontos de transformação e fortalecimento das comunidades e culturas locais (...) os Parques Biblioteca foram construídos para além desses programas educativos, funcionando principalmente para a vida coletiva, como extensões de espaço público urbano. Em outras palavras, os espaços dessas bibliotecas são liberados para outros tipos de programas e usos que não fazem parte da noção tradicional de biblioteca (CAPILLÉ, Cauê. 2017).

Nesse contexto, o acervo não está apenas disponível, mas também ganha visibilidade por meio da possibilidade de púbico. Embora não se possa afirmar que apenas a construção dos Parques Bibliotecas e a melhoria do transporte público foram as únicas ações responsáveis por transformar Medellín, uma vez que é necessário que haja um conjunto de esforços de vários setores da sociedade para se alcançar tamanho êxito, é essencial destacar a importância desses dois agentes como cruciais no decorrer do processo. Muito além do acesso aos livros, à tecnologia e à cultura, ter um equipamento desse porte em uma área historicamente pobre e marginalizada da cidade traz de volta a esperança de um futuro melhor para muitas crianças e jovens da periferia.

FIGURA 5 - Biblioteca Central de Seatle. Novo modelo de biblioteca com diversas atividades. Fonte: Archdaily, 2014

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parque biblioteca fernando botero biblioteca de são paulo centro comunitário rehovot

REFERÊNCIAS PROJETUAIS

3.

Os Parques Bibliotecas foram criados na Colômbia, em Medellín e são espaços públicos destinados à promoção do conhecimento, integração social e, especialmente, requalificação urbana de áreas socialmente fragilizadas tomadas pela violência urbana. Assim, entre os estudos de caso escolhidos, encontra-se o Parque Biblioteca Fernando Botero, localizado em Medellín, cujos parâmetros analisados serão, principalmente, o motivo da escolha do local de implantação do edifício e o seu papel no enfrentamento dos problemas sociais, assim como o projeto arquitetônico em si e o seu programa de necessidades, para que se torne mais claro o conceito do Parque Biblioteca. Outro projeto escolhido para complementar os estudos de caso é a Biblioteca de São Paulo, localizada no Parque da Juventude que se implantou no lugar aonde anteriormente existia o antigo presídio Carandiru. Nesse contexto, a Biblioteca de São Paulo se trata de mais um exemplo simbólico da importância que se confere ao espaço público voltado para a disseminação do conhecimento e da promoção cultural como forma de combate aos problemas sociais, entre eles a violência urbana. Nesse caso, o programa de necessidades continua sendo um parâmetro de referência, assim como os aspectos formais e a forma como a biblioteca se organiza. Por fim, será analisado o Centro Comunitário Rehovot, Israel, que foi escolhido em especial por sua volumetria e seu programa de nececessidades.

FIGURA 6 - Parque Biblioteca Fernando Botero Fonte: Archdaily, 2012 FIGURA 7 - Biblioteca de São Paulo Fonte: Archdaily, 2012 FIGURA 8 - Centro Comunitário Rehovot Fonte: Archdaily, 2017


3.1

Os Parques Bibliotecas foram construídos para promover uma série de mudanças sociais em Medellín, com práticas educativas, culturais e sociais de seus bairros circundantes, com intuito de criar pontos de transformação e fortalecimento das comunidades e culturas locais.

PARQUE BIBLIOTECA FERNANDO BOTERO

Ficha técnica: Localização: Medellín, Colômbia Arquitetos: G Ateliers Architecture Ano de projeto: 2009

O Parque Biblioteca Fernando Botero se localiza em San Crisóbal, uma comunidade nos morros da cidade de Medellín. Esse projeto faz parte do ambicioso Plano de Desenvolvimento na história de San Crisóbal, que veio para revitalizar seu centro urbano através da introdução de equipamentos culturais e de serviços.

Os Parques Bibliotecas projetados em Medellín seguiam alguns critérios para a escolha do local de implantação, sendo alguns destes: proximidade com o transporte público, possibilidade de agregar espaços públicos ao projeto e, principalmente, que estivessem inseridos em áreas socialmente fragilizadas e dominadas pela violência. No caso da biblioteca analisada, a implantação num território semi rural estreita a relação da arquitetura com a paisagem, o relevo acidentado e a topografia íngreme geram uma morfologia particular no centro urbano, resultando na exposição das fachadas laterais do edifício e das janelas dispostas aleatoriamente.

FIGURAS 9, 10 e 11 - Parque Biblioteca Fernando Botero. Edifício implantado em terreno íngreme, com janelas dispostas aleatoriamente nas fachadas. Fonte: Archdaily, 2012

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Localizado no centro do povoado, o edifício se caracteriza como um volumoso, mas sereno corpo horizontal, que se ancora à topografia. Suas proporções estabelecem uma condição de escala metropolitana para a paisagem urbana e uma escala doméstica para o bairro. Sua localização é consistente com a dinâmica do tecido urbano, pois gera, no lado norte, uma avenida para pedestres em traços de estradas antigas, consolidando conexões com futuros equipamentos urbanos; e no lado sul, um mirante com conexão direta ao parque principal de San Cristóbal, emoldurando o acesso ao salão principal.

LADO NORTE

Embora a linguagem do edifício sugira um evidente contraste com a arquitetura local tradicional, as fachadas interpretam e retomam características sutis do contexto, para gerar um diálogo amigável através do jogo aleatório de dobras, rachaduras, cavidades e perfurações. A aparência monolítica do edifício contrasta com o seu interior, onde as dimensões espaciais revelam uma anatomia complexa de perspectivas e perfurações de luz e paisagem, sempre presente em vários ângulos e espaços internos do edifício.

LADO SUL

FIGURAS 12 e 13 - Plantas pavimento térreo e superior. Fonte: Archdaily, 2012

FIGURA 14 - Lado norte da Biblioteca. Acesso para pedestres onde era uma antiga estrada. Fonte: Archdaily, 2012

FIGURA 15 - Lado sul da Biblioteca. Mirante com vista para o parque principal de San Cristóbal. Fonte: Archdaily, 2012

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O programa de necessidades inclui atividades de artes plásticas, salas de multiplo uso, sala de exibições, escola de música, teatro, brinquedoteca, escola de dança, café/restaurante etc. Todos esses espaços são interligados por interstícios do espaço público, corredores que funcionam como galerias abertas que permitem apreciar exposições itinerantes.

A luz e a sombra exercem papel fundamen- FIGURAS 16, 17, 18 e 19 - Parte interna, retal na composição do interior do edifício. Todos lação luz e sombra através das aberturas zenitais. os espaços possuem iluminação zenital, que faz Fonte: Archdaily, 2012 com que a luz desça silenciosamente através das claraboias. Essas perfurações verticais também estabelecem comunicações visuais com os níveis superiores, resultando numa trama de relações espaciais que enriquecem a jornada pelos espaços. Porém, apesar de toda a iluminação natural, as bordas desaparecem nas sombras.

FIGURAS 20, 21, 22 e 23 - Área interna. Teatro, biblioteca, sala infantil de leitura. Fonte: Archdaily, 2012

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3.2

Localizada no Parque da Juventude, onde antes funcionava uma prisão, o local foi requalificado e hoje abriga uma Etec, um parque, e a Biblioteca São Paulo.

BIBLIOTECA DE SÃO PAULO

Ficha técnica: Localização: São Paulo, Brasil Arquitetos: Aflalo/Gasperini Arquitetos Paisagismo: Rosa Grena Kliass Área: 4.527m² (área da biblioteca) Ano de projeto: 2010 Recebe cerca de 25.000 pessoas/mês

O projeto do Parque da Juventude foi concebido por Aflalo e Gasperini Arquitetos e Rosa Grena Kliass Arquitetura e Paisagismo, sendo selecionado por meio de um concurso promovido pelo Estado de São Paulo. Ganhou o prêmio Rogelio Salmona e foi considerado pela comissão julgadora como um dos melhores espaços públicos criados no Brasil de acordo com CALLIARI (2014). O parque possui área total de 24.000m². O projeto considerou dividir o parque em três porções, sendo Parque Esportivo, Parque Central e Parque Institucional. O Parque Esportivo em formato linear se insere na porção leste do conjunto, sendo dotado de quadras poliesportivas, pistas de skate e diversos equipamentos votados para práticas esportivas, assim como vestiários. O Parque Central está voltado para recreação e contemplação, possuindo extensa cobertura vegetal, gerando sombras e conforto para quem procura relaxar ou realizar caminhadas no parque. Por fim, o Parque Institucional abriga a Biblioteca e as Escolas Técnicas. As Escolas Técnicas são compostas por dois pavilhões remanescentes do antigo Complexo Carandiru que foram totalmente reestruturados e adaptados para nova função. A biblioteca é um edifício totalmente novo que encontra-se inserido na porção oeste do parque, próximo a estação do metrô e será o elemento principal do projeto a ser analisado.

FIGURAS 24, 25 e 26 - Biblioteca de São Paulo. Fonte: Archdaily, 2012

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juvenil, o pavimento superior concentra o acervo adulto, multimídia e áreas para leitura. O espaço amplo facilita a circulação e o grande mezanino favorece a iluminação natural e proporciona a integração entre os pavimentos. FIGURAS 28 e 29 - Biblioteca de São Paulo. Fonte: Archdaily, 2012

FIGURA 27 - Masterplan Parque da Juventude. Fonte: Archdaily, 2012

O edifício da biblioteca foi construído inicialmente para ser um pavilhão de exposições, que para abrigar o programa da biblioteca não passou por grandes transformações estruturais. 20 pilares e 10 vigas principais sustentam a laje alveolar e compõem a estrutura do edifício. O edifício possui dois terraços, sendo distribuidos um em cada pavimento. No pavimento térreo, o terraço é coberto por estruturas tensionadas de 12 metros de altura. No pavimento superior, o terraço compõe a fachada principal e é coberto com pérgolas de madeira. O prédio possui uma área ampla com iluminação zenital criada a partir do emprego de sheds, garantindo uma grande flexibilidade de layout interno. O mobiliário ganhou divertidos tons coloridos e serigrafias lúdicas foram propostas nos vidros para dar mais intimidade a quem lê ou pesquisa. A biblioteca está organizada como se fosse uma livraria, visando atrair também o público não leitor. A idéia é que esta obra seja um piloto que possa ser replicado em outras cidades do Estado. Um novo conceito de Biblioteca, implantada no Brasil, mas inspirada na Biblioteca Pública de Santiago do Chile. O programa é constituído por térreo com recepção, auditório e acervo infanto

23


O edifício da biblioteca é composto por dois pavimentos. No térreo fica a recepção de entrada, módulos para leitura destinados a crianças e adolescentes e as estantes de livros, além de um auditório. Há, também, um terraço coberto por estruturas tensionadas que serve de área de convivência aonde há uma cafeteria e espaço para apresentações musicais. No pavimento superior se concentram as áreas destinadas a leitura de adultos, assim como outras seções do acervo. Este pavimento também possui terraço coberto com estrutura de madeira. FIGURAS 32 e 33 - Croquis Biblioteca de São Paulo. Fonte: Archdaily, 2012

Como os dois pavimentos se encontram visualmente conectados através de um vazio central existente no pavimento superior, o conjunto proporciona uma visão geral de todas as áreas principais. Ambos os pavimentos possuem planta livre com layout flexível. Também priorizou-se manter uma relação visual do interior com o verde existente no parque através da utilização de vidros na fachada. Por fim, pode-se concluir que o projeto da Biblioteca de São Paulo difere bastante do conceito tradicional de bibliotecas públicas, na medida em que se configura como um espaço de atmosfera lúdica, descontraída, relaxante e convidativa para os usuários.

FIGURA 30 - Planta pavimento térreo. Fonte: Archdaily, 2012

FIGURAS 34 e 35 - Cortes Biblioteca de São Paulo. Fonte: Archdaily, 2012

Terraço café

Circulação vertical

Acesso/ Recepção

Banheiros

Acervo infantil

Área de funcionários

Guarda-volumes

Acervo adulto

Auditório

Terraço leitura

24

FIGURA 31 - Planta pavimento superior. Fonte: Archdaily, 2012


Parte interna, visão do térreo. O térreo é aonde se encontra o acerto infantil e infantojuvenil, gibiteca, brinquedoteca e áreas lúdicas. Acervo biblioteca disposto como uma livraria, com intenção de atrair os leitores.

FIGURA 36 - Acervo infantil. Fonte: Archdaily, 2012 FIGURA 38 - Acervo infantil. Fonte: Archdaily, 2012

Figura 41 Terraço leitura

Área de convivência pavimento superior. Terraço coberto com estrutura de madeira.

Pavimento superior com área para pesquisa, acervo adulto e acervo braile.

Área de convivência no térreo. Terraço coberto por estruturas tensionadas, com uma cafeteria e espaço para apresentações musicais. FIGURA 37 - Andar superior. Área multimídia e de pesquisa. Fonte: Archdaily, 2012

FIGURA 40 - Terraço café. Fonte: Archdaily, 2012

25


3.3

O prédio principal possui dois pavimentos, onde o andar superior paira sobre o térreo, proporcionando sombreamento contra o sol quente do verão. As fachadas possuem elementos de brise feitos de bambu, criando uma aparência contínua, proporcionando sombra às grandes janelas sob o sol intenso de Israel. O pátio é parcialmente sombreado ao longo do ano, sendo também protegido contra o ruído das ruas. O edifício é totalmente acessível para pessoas com deficiência.

CENTRO COMUNITÁRIO REHOVOT

Ficha técnica: Localização: Rehovot, Israel Arquitetos: Kimmel Eshkolot Architects Área: 2.500m² Ano de projeto: 2016 Concluído em 2016, o projeto do Centro Comunitário Rehovot cria uma nova praça urbana com um programa que inclui uma variedade de espaços voltados para cultura, esportes e arte. Ao lado do edifício principal há uma biblioteca, que atua como um centro multimídia, visando atrair visitante de todas as idades para uma variedade de atividades. Os dois edifícios foram projetados para funcionarem tanto em conjunto quanto separadamente.O projeto está inserido no bairro New Rehovot, um novo bairro da cidade, sendo uma área que se encontra em desenvolvimento. Considerando que a escala dos equipamentos urbanos na área é bastante grande, a intenção dos arquitetos foi conceber um projeto que introduzisse uma escala urbana amigável, ou seja, que fosse atrativo não só para os usuários da praça interna do projeto, mas também para os pedestres que passam no local e poderiam utilizar a área como atalho, passando pelo projeto enquanto se direcionam para outro lugar; Essa ideia foi um dos partidos do projeto e levou ao posicionamento dos dois edifícios em torno de um pátio protegido, que também se conecta com a escola do lado leste e com o centro desportivo ao norte.

FIGURAS 42 e 43 - Bloco principal Centro Comunitário Rehovot; Detalhe brise. Fonte: Archdaily, 2017

FIGURA 41 - Implantação Centro Comunitário Rehovot. Fonte: Archdaily, 2017

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FIGURA 44 - Pátio central Centro Comunitário Rehovot; Detalhe brise. Fonte: Archdaily, 2017


O programa inclui uma variedade de usos , além de criar uma nova praça urbana. O centro comunitário possui atividades como: estúdios de dança, música, esportes, oficina de artesanato, biblioteca, salas para artes marciais, salão multifuncional e uma "ala para jovens".

Escada que também funciona como anfiteatro.

Terraço em cima da biblioteca.

Para aqueles que atravessam a praça, as escadas ao ar livre, a ponte e o terraço, o brise alternadamente expõe as atividades internas, como um convite para atrair as pessoas a participar. A biblioteca é projetada em torno de uma parede de livros que também se projeta para as fachadas. O telhado serve como um terraço que proporciona acesso separado à ala de jovens através de uma pequena ponte. As escadas que sobem para o telhado possuem áreas de estar que proporciona um anfiteatro para pequenas apresentações ao ar livre.

FIGURA 47 - Biblioteca com escadaria e terraço. Fonte: Archdaily, 2017

Passarela que conecta o bloco principal com o terraço da biblioteca.

No interior o brise cria um padrão variável de luz e sombra sobre as paredes brancas e o piso escuro.

FIGURA 45 - Passarela Fonte: Archdaily, 2017

BLOCO PRINCIPAL PÁTIO CENTRAL

BIBLIOTECA PÚBLICA

FIGURA 49 - Interior bloco principal. Fonte: Archdaily, 2017

A disposição dos pilares foi estudada por causa da similaridade com o projeto proposto neste trabalho. FIGURA 50 - Planta Centro Comunitário Rehovot. Fonte: Archdaily, 2017

FIGURA 46 - Conjunto Centro Comunitário Rehovot Fonte: Archdaily, 2017

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FIGURA 48 - Interior biblioteca. Fonte: Archdaily, 2017


Av. Rep. do Líbano

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4. O EIXO DE ESTUDO:

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LEGENDA:

DISTRITO SANTO AMARO

FIGURA 51 - Município de São Paulo. Fonte: Mapa of São Paulo com alterações do póprio autor.

FIGURA 52 - Distrito Itaim Bibi, São Paulo. Fonte: Elaborado pelo próprio autor.

O eixo de estudo escolhido para a elaboração do projeto foi a Avenida Santo Amaro, no trecho entre a Avenida Presidente Juscelino Kubitschek e a Avenida Professor Vicente Rao, com uma extensão de cerca de 5km. A avenida faz parte dos distritos do Itaim Bibi, Moema, Campo Belo e Santo Amaro. A quadra de intervenção escolhida fica dentro do distrito do Itaim Bibi, subprefeitura de Pinheiros, zona oeste de São Paulo - SP, em destaque na figura acima. Segundo dados da Prefeitura de São Paulo, o distrito do Itaim Bibi possui perímetro de 9,90 km², com população de 92.570 (2010) e densidade demográfica de 9.351.

28

Quadra de intervenção Delimitação distritos Principais vias Eixo de estudo Rio Pinheiros


4.1

dor de ônibus na faixa central, fazendo com que a avenida tivesse duas faixas para carro e uma para ônibus em cada pista. As obras começaram em 1985, no Largo Treze de Maio e foram seguindo sentido centro.

HISTÓRIA

Antiga Estrada de Santo Amaro, a avenida hoje é uma importante via arterial do município de São Paulo, que liga o distrito de Santo Amaro ao distrito do Itaim Bibi, sendo considerada a principal ligação da zona sul com o centro da cidade.

Em conjunto com o corredor, foram construídos os terminais de ônibus Largo Treze e João Dias, criando novas linhas e facilitando o acesso da população de bairros da zona sul mais afastados até o centro.

Santo Amaro foi fundada como aldeia pelo Padre José de Anchieta em 1560 e elevada a condição de município, se separando de São Paulo, em 1832, até que, através do Decreto Estadual nº 6.983 de 1935, voltou a ser incorporado por São Paulo e ganhou novo status de distrito. Quando município, todo o território ficava ao sul do Córrego da Traição, hoje canalizado, abaixo da Avenida dos Bandeirantes.

Pouco tempo depois da inauguração do corredor de ônibus, em 1987, teve início o processo de deterioração da avenida, com muitos imóveis antigos sendo abandonados ou subutilizados.

Em 1560 foi erguida uma capela e João Paes e Susana Rodrigues, sua esposa, doaram uma imagem de Santo Amaro para a capela organizada por José de Anchieta. A paróquia foi se desenvolvendo em torno da capela, e em 1686 a região foi elevada a categoria de freguesia. Em 1832 a região se tornou município, ato oficializado em 7 de abril de 1833, tendo como seu primeiro prefeito Manoel José de Moraes e uma câmara composta por sete vereadores. Neste mesmo ano, na oitava Seção da Câmara Municipal, foi pedido para se edificar a cadeia, casa da câmara, curral, açouges e casinhas, local que hoje conhecemos como Largo Treze . O município abrangia todo o território ao sul do Córrego da Traição e incluia também as áreas dos municípios de Itapecerica da Serra, Embu, Embu-Guaçu, Taboão da Serra, São Lourenço da Serra e Juquitiba. No ano de 1886 foi inaugurada a linha férrea que ligava São Paulo e Santo Amaro, fazendo o caminho da atual Linha 1 - Azul do metrô. Paralelamente, o município se desenvolvia, inaugurando a Santa Casa de Misericórdia de Santo Amaro, em 1899, e a Igreja Matriz de Santo Amaro (atual Catedral de Santo Amaro), em 1924. Próximo da comemoração de seu centenário, foi promulgado o Decreto Estadual número 6.983, que extinguia o município de Santo Amaro e incorporava-o ao município de São Paulo. Conhecida por muitos atualmente como uma avenida congestionada, a Santo Amaro nem sempre foi assim. O crescimento do número de linhas de ônibus, por volta do século XX, mudou esse panorama, chegando a quatrocentos ônibus por hora em 1986. A avenida não comportava o intenso fluxo de ônibus, que formava filas enormes, e para contornar o problema foi construído um corre-

FIGURA 53 - Brasão do antigo Município de Santo Amaro. Fonte: São Paulo in foco, 2016

29


FIGURA 54 - Antigo bonde Santo Amaro > São Paulo. Fonte: Via Trolebus, 2015.

FIGURA 55 - Santa Casa de Santo Amaro em 1936. Fonte: São Paulo in foco, 2016

FIGURA 56 - Largo Treze em 1920. Fonte: São Paulo in foco, 2016

FIGURA 57 - Praça Floriano Peixoto. Fonte: Página Facebook MMDC Santo Amaro, 2016.


FIGURA 58 - Município de São Paulo com suas divisas até 1934. Fonte: Página Facebook Mapas Antigos, 2016.


HOTEL UNIQUE

JOCKEY CLUB

CIDADE JARDIM

PARQUE DO POVO

OPERAÇÃO URBANA FARIA LIMA

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VILA OLÍMPIA

4.2

QUADRA DE INTEVENÇÃO

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O recorte do eixo de estudo compreende a extensão da Avenida Santo Amaro entre a Avenida Juscelino Kubitschek e a Avenida Professor Vicente Rao. Para estudo, essa área total foi dividida em dois trechos.

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DIAGNÓSTICO URBANÍSTICO

Para o primeiro trecho foi considerado a extensão entre a Avenida Juscelino Kubitschek até a Avenida dos Bandeirantes, área que compõe a Operação Urbana Faria Lima. Nesse trecho pode-se destacar a proximidade com o Parque Ibirapuera, a faculdade FMU, o hotel IBIS e os hospitais São Luiz e Santa Paula, além dos importantes cruzamentos com a Avenida Hélio Pellegrino e a própria Avenida dos Bandeirantes. É neste trecho que está localizada a quadra de intervenção do projeto. O segundo trecho é considerado da Avenida dos Bandeirantes até a Avenida Professor Vicente Rao, contando com área que compõe a Operação Urbana Água Espraiada. Esse trecho não possui muitos edifícios de destaque, mas se diferencia por ser mais próximo ao Aeroporto de Congonhas e pela presença das novas estações da linha Lilás do Metrô: Brooklin e Campo Belo.

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FIGURA 59 - Mapa satélite eixo de estudo. Fonte: Geosampa, com alterações do próprio autor, 2004.


FIGURA 60 - Av. Santo Amaro. Fonte: Via Trolebus, 2019.

FIGURA 63 - Parque Ibirapuera. Fonte: Flickr, 2004.

FIGURA 61 - Av. Pres. Juscelino Kubitschek. Fonte: Folha de São Paulo, 2019.

Ao lado, podemos ver imagens de algumas vias citadas: a Avenida Santo Amaro com seu grande fluxo de carros e ônibus, além de uma certa poluição visual; a Avenia Presidente Juscelino Kubitschek, com grande presença de edifícios corporativos e a Avenida dos Bandeirantes, uma via expressa que possui um fluxo bem diferente das citadas acima, com pouca circulação de pedestre em sua volta e muitos equipamentos de grande porte. Acima podemos ver uma vista aérea do Parque Ibirapuera, importante ponto turístico e de referência dentro da cidade de São Paulo e que fica bem próximo a quadra de intervenção escolhida.

FIGURA 62 - Av. dos Bandeirantes. Fonte: Encontra Moema, 2019.

33


Após a delimitação da área, estudo e visitas ao local, algumas potencialidades e fragilidades pontuais puderam ser identificadas. A implantação do corredor de ônibus na Avenida Santo Amaro, em 1985 (um dos primeiros da cidade de São Paulo), o consequente tráfego intenso de ônibus na via, os passeios estreitos e o abandono e deterioração dos imóveis da região fizeram com que a Av. Santo Amaro se tornasse uma via com pouca qualidade urbana, com uma considerável poluição sonora, atmosférica e visual, e um local pouco agradável para os pedestres. Até mesmo os abrigos para espera de ônibus encontram-se decadentes. Apesar de atravessar regiões valorizadas da cidade, a avenida não possui muitos atrativos, se caracterizando como um local sem muitos espaços que sirvam como polos de atração para a população (em especial equipamentos de cultura, lazer e esporte) e se tornando uma área de passagem das pessoas, e não de permanência. Enfim, a área é entendida como um local árido, com pouca arborização, calçadas estreitas, imóveis abandonados e degradados, presença de diversos edifícios que negam a Santo Amaro e criam grandes muros virados para a avenida e falta de fruição pública. A própria avenida pode ser entendida como uma barreira, que impede que um lado do bairro se conecte com o outro.

FIGURA 66 - Imóveis subutilizados na Av. Santo Amaro. Fonte: Google Maps.

FIGURA 65 - Imóveis abandonados e degradados na Av. Santo Amaro. Fonte: Google Maps.

FIGURA 64 - Muitas vilas particulares na Av. Santo Amaro. Fonte: Google Maps, com alterações do próprio autor.

FIGURA 67 - Poluição visual e abrigos deteriorados na Av. Santo Amaro. Fonte: Google Maps, com alterações do próprio autor.

34

FIGURA 68 - Calçadas estreitas e muros na Av. Santo Amaro. Fonte: Google Maps, com alterações do próprio autor.


O Projeto se apoia no Plano de Melhoramentos Viários de 2006 e nas diretrizes do Plano Diretor Estratégico. As principais metas do projeto são considerar os percursos humanos em todas as suas escalas, considerando também as conexões entre os diferentes modais e o atendimento às necessidades de cada meio de locomoção. Para atingir esses objetivos o documento propõe, entre outras coisas, a utilização da fruição pública, fachadas ativas, uso misto, ampliação das calçadas, renovação dos abrigos para ônibus, implantação da acessibilidade universal, melhoria na iluminação, novo paisagismo e ajardinamento, ampliação e conexão de áreas verdes, pista de ultrapassagem para melhorar os fluxos e transposições dos veículos, bicicletários, enterramento de redes, melhoria da drenagem urbana, implantação de mobiliário urbano e conexão de equipamentos existentes.

35

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O Projeto de Requalificação da Avenida Santo Amaro foi desenvolvido em parceria entre a SP Urbanismo, SP Transportes e SP Obras e abrange o trecho entre as Avenidas Presidente Juscelino Kubitschek e Av. dos Bandeirantes. As premissas do projeto levam em consideração o importante papel da Avenida Santo Amaro na rede estrutural de transportes da cidade, considerada a principal ligação da zona sul com o centro, e também a importância da avenida e sua concentração de comércio e serviço para os bairros limítrofes.

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1 Ampliação de calçadas 2 Novo piso 3 Pista de ultrapassagem 4 Abrigos para ônibus 5 Paisagismo e ajardinamento 6 Iluminação 7 Piso tátil

Parque Ibirapuera

Além disso, parte do trecho da avenida está dentro da Operação Urbana Consorciada Faria Lima e outra parte definida pelo zoneamento como Eixo de Estruturação da Transformação Urbana, além das áreas declaradas de utilidade pública (DUP) pela prefeitura, para serem desapropriadas em função do Projeto de Requalificação da Avenida Santo Amaro.

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FIGURA 69 - Requalificação da Av. Santo Amaro: Desenvolvimento de projeto. Fonte: Cartilha Projeto de Requalificação da Avenida Santo Amaro, 2015.

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Grande oferta de transporte público Localização privilegiada Zona de Estruturação Urbana Operação Urbana Consorciada

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POTENCIALIDADES

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Calçadas estreitas Pouca arborização Carência de espaços públicos Muros altos Poluição sonora e visual Imóveis abandonados e/ou deteriorados Falta de equipamentos públicos e pólos de atração Abrigos de ônibus decadentes

Por outro lado, a Santo Amaro possui também muitos potenciais para melhorias. A avenida é uma importante via de ligação, onde passam muitas pessoas todos os dias, possui uma enorme oferta de ônibus e além de ser atendida pela Linha 5-Lilás do Metrô também contará com estações da Linha 17-Ouro nas redondezas, quando a mesma for inaugurada.

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PROBLEMAS

FIGURA 70 - Incidência de DUP no eixo de estudo. Fonte: Geosampa, com alterações do próprio autor.

Com o Plano Diretor Estratégico e a definição dos Eixos de Transformação Urbana, surgiu a necessidade de qualificar o sistema de transporte com o adensamento populacional, renovando a infraestrutura e a relação entre o corredor com bairros e espaços públicos do entorno. O Plano de Melhoramentos Viários da Av. Santo Amaro, define os novos alinhamentos para o trecho entre as Avenidas Pres. Juscelino Kubitschek e dos Bandeirantes. O plano atingirá alguns lotes dentro do eixo estudado. Esses lotes foram declarados de utilidade pública, através do DUP nº 57.281, para serem desapropriados judicialmente ou adquiridos mediante acordo, pois são necessários à requalificação da Av. Santo Amaro.


4.2

De acordo com o levantamento feito, podemos notar que atualmente as quadras do eixo de estudo possuem predominância de uso residencial, em especial de médio padrão, tanto horizontal quanto vertical. Além dessa predominância, nota-se também a presenhça de alguns outros usos espalhados ao longo da Avenida Santo Amaro, como comércio e serviço, armazéns e depósitos e garagens.

LEVANTAMENTO E LEITURA URBANÍSTICA N ek

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FIGURA 73 - Residencial horizontal. Fonte: Google Maps, 2019.

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FIGURA 72 - Residencial vertical. Fonte: Google Maps, 2019.

Aeroporto Congonhas

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Residencial Comércio e Serviço Armazéns e Depósitos

FIGURA 74 - Residencial com comércio. Fonte: Google Maps, 2019.

FIGURA 71 - Uso do solo. Fonte: Geosampa, com alterações do próprio autor.

Especial (hotel, hospital, cartório) Coletivo (cinema, teatro, clube) Escola Garagens Terrenos Vagos Industrias Área verde

FIGURA 75 - Serviço. Fonte: Google Maps, 2019.

36


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O PDE propõe um zoneamento que tem como objetivo diversificar os usos, em especial nas quadras que faceiam a Avenida Santo Amaro. É possível notar que os usos propostos para o eixo visam um maior adensamento e variedade, com predominância de ZC, ZEU e ZM (Zona de Centralidade, Zona de Estruturação Urbana e Zona Mista).

Parque Ibirapuera

A Zona de Centralidade e a Zona de Estruturação Urbana visam promover atividades de áreas centrais e qualificação paisagísitca e dos espaços públicos, sendo a ZC majoritariamente não residencial e com média densidade construtiva e a ZEU com usos residencial e não residencial, com densidade construtiva alta e áreas com articualção com o sistema de transporte público coletivo. Já a Zona Mista prioriza o uso residencial, porém com diversidade de usos, onde a intenção é mais preservar a morfologia urbana existente e adequar os novos usos do que a intensa transformação. Nesse cenário, as áreas residenciais se desenvolvem para dentro do bairro, protegidas por essa faixa de diversificação de usos e/ou as ZCORs (Zonas Corredor).

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FIGURA 76 - Zoneamento. Fonte: Geosampa, com alterações do próprio autor.

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FIGURA 77 - Eixo de Estruturação da Transformação Urbana. Fonte: Prefeitura de São Paulo.

Os Eixos de Estruturação da Transformação Urbana são definidos pelas quadras inseridas na faixa de 150 metros de cada lado dos corredores de ônibus, bem como no raio de 400m ao longo das estações de metrô e trem.

37


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Como podemos ver no mapa de transportes, a Av. Santo Amaro possui corredor de ônibus e mais abaixo, no segundo trecho, há tambem a presença de estações de metrô, conforme já mencionado anteriormente. Há tambem alguns trechos de cicliovia para dentro do bairro e também na Av. Hélio Pellegrino, que leva os ciclistas até o Parque Ibirapuera e o Parque do Povo.

N Parque Ibirapuera

Todo o trecho da Avenida Santo Amaro analisado tem intenso tráfego de carros e principalmente de ônibus, visto que a mesma possui grande oferta de linhas, que fazem conexões entre os bairros do Itaim, Vila Nova Conceição e Campo Belo. A maior parte das linhas seguem sentido centro pelas avenidas Brigadeiro Luís Antônio e 9 de Julho, outras linhas seguem pelos bairros em direção a região da Avenida Luís Carlos Berrini e Avenida Brigadeiro Faria Lima.

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Estação de trem/ CPTM Estação de metrô Faixa de ônibus

FIGURA 79 - Ciclovia Av. Hélio Pellegrino. Fonte: Google Maps, 2019.

FIGURA 78 - Transportes. Fonte: Geosampa, com alterações do próprio autor.

Corredor de ônibus Ciclovia Área verde

FIGURA 80 - Av. Santo Amaro. Fonte: Google Maps, 2019.

38


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cultura, esporte, educação: trecho 1

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Teatro/ Cinema/ Shows

Olhando os mapas de equipamentos culturais é possível notar a pouca incidência de bibliotecas e museus. Há quantidade considerável de espaços culturais e de teatro/cinema/shows (em especial no primeiro trecho), porém com uma busca mais detalhada notou-se que grande parte desses equipamentos se trata de galerias de arte voltadas para um público específico de classe média alta, não abertos para o público em geral.

Museus Espaços culturais Bibliotecas Clube da comunidade Clube Centro Esportivo Outros (Esportes)

Nos equipamentos educacionais se distacam as instituições privadas, mas também há diversas escolas públicas na região.

Ensino técnico público Rede pública ensino fundamental Rede pública educação infantil

Por fim, é possível notar a enorme carência de equipamentos esportivos de modo geral na área ao entorno do eixo de estudo. Na própria Av. Santo Amaro, em específico, não foi identificado nenhum equipamento deste tipo.

Rede privada Área verde

39

FIGURA 81 - Cultura, esporte e educação: trecho 1. Fonte: Geosampa, com alterações do próprio autor. FIGURA 82 - Cultura, esporte e educação: trecho 2. Fonte: Geosampa, com alterações do próprio autor.


FIGURA 83 - Quadra de intervenção. Fonte: Geosampa, com alterações do próprio autor, 2017.

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A QUADRA DE INTERVENÇÃO

A área escolhida está localizada no cruzamento da Av. Santo Amaro com a Av. Presidente Juscelino Kubitschek, no bairro da Vila Nova Conceição, distrito do Itaim Bibi, subprefeitura de Pinheiros, zona oeste. A quadra possui aproximadamente 8.400m², é cercada por vias de alto fluxo de passagem de automóveis e conta com uma praça subutilizada e uma rua residencial sem saída no meio do perímetro selecionado, a Rua Caracas. Dentro do perímetro há um prédio residencial com cerca de 37m de altura que será mantido.

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5.

Considerando toda a análise e levantamento feito do local e sendo coerente com o plano de melhorias pretendido para o eixo da Avenida Santo Amaro, este trabalho buscou uma área com imóveis não compatíveis ao potencial construtivo da Avenida Santo Amaro, visto que boa parte do eixo de estudo está em área de ZEU e/ou Operação Urbana e também considerando que a avenida já possuía muitas áreas subutilizadas e degradas, assim sendo desnecessário escolher um local com edificações consolidadas de grande porte ou importância. Outros fatos determinantes para a escolha da quadra foi optar por uma área que permitesse trabalhar com a fruição pública, para estimular o uso do espaço público e criar conexões que privilegiem os pedestres e promovam o uso e desenvolvimento do local.

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Evolução urbana da quadra FIGURA 84 - Mapeamento Sara 1930. A Av. Pres. Juscelino Kubitschek ainda não existia, no local passava o córrego do Sapateiro. Fonte: Geosampa.

FIGURA 86 - Publicação 1988 Vegetação. O Córrego do Sapateiro foi retificado e canalizado, por volta dos anos 60, dando origem a Av. Pres. Juscelino Kubitschek. Fonte: Geosampa.

1954 1930

FIGURA 88 - Mapeamento Político-Administrativo. Fonte: Geosampa.

2004 1988

FIGURA 85 - Mapeamento 1954 Vasp Cruzeiro. Fonte: Geosampa.

N

2020 2019

FIGURA 87 - Ortofoto 2004. Foto satélite da quadra. Fonte: Geosampa.

41

FIGURA 89 - Satélite 2020. Presença de novos prédios na região. Fonte: Google Maps.


5.1

EDIFÍCIOS DEMOLIDOS

Apesar de estar localizada dentro de uma Zona de Centralidade e Operaçao Urbana, a área escolhida encontra-se subutilizada, com uma praça degradada, alguns sobrados, estacionamento e comércios de pequeno porte. A maioria das edificações existentes não atendem ao CA estipulado e não cumprem função urbanística. O croqui fiscal abaixo marca a área total de intervenção e mostra os lotes que serão desapropriados e demolidos para a implantação do projeto idealizado. Ao lado, tabela com área dos lotes afetados e seus usos.

FIGURA 90 - Quadra de intervenção: Croqui fical. Fonte: Geosampa, com alterações do próprio autor.

42

LOTE

USO

ÁREA (m²)

GABARITO

0029

Estacionamento

369,1

Térreo

0028

Comércio

106,3

T+1

0027

Comércio

235

T+1

0114 a 0121

Comércio no térreo + Habitação

397,6

T+1

0111

Comércio

939,3

Térreo

0110

Comércio

290

Térreo

0218

Comércio

276

T+1

0021

Comércio

176,8

Térreo

0075

Comércio

284,3

Térreo

0076

Residencial

296,3

T+1

0019

Residencial

294,5

T+1

0018

Residencial

262,5

T+1

0017

Estacionamento

367,8

T+1

0175

Estacionamento

972,6

Térreo

0014

Estacionamento

174,9

Térreo

0013

Comércio

394,5

T+1

0012

Residencial

175,8

T+1

0011

Residencial

138

T+1

0010

Residencial

149,2

T+1

0036

Praça

562,2

-

0008

Comércio no térreo + Habitação

233,6

T+2

0217

Serviço

551,8

Térreo

QUADRO 1 - Edifício demolidos, lotes em que se encontram, área e uso. Fonte: Elaborado pelo próprio autor.


FIGURA 91 - Lote 175: Estacionamento; subutilização. Fonte: Google Maps.

FIGURA 95 - Lote 217: Agência Caixa, não atinge CA. Fonte: Google Maps.

FIGURA 92 - Lote 175: Estacionamento. Fonte: Google Maps.

FIGURA 96 - Lote 8: Comércio + Residência Fonte: Google Maps.

FIGURA 93 - Lote 13: Comércio abandonado e degradado. Fonte: Google Maps.

FIGURA 94 - Praça existente será revitalizada e agregada ao projeto. Fonte: Google Maps.

FIGURA 97 - Rua pública que foi fechada indevidamente pelos moradores. Fonte: Google Maps.

FIGURA 98 - Lotes 218, 21 e 75: Pequenos comércios. Fonte: Google Maps.

FIGURA 99 - Lote 111: Pontos comerciais abandonados e com poulição visual. Fonte: Google Maps.

FIGURA 100 - Lotes 27 e 114~121: Pequenos comércios. Fonte: Google Maps.

FIGURA 101 - Lote 29: Estacionamento: subutilização do lote. Fonte: Google Maps.

FIGURA 102 - Lote 29: Estacionamento. Fonte: Google Maps.


5.2

CARACTERÍSTICAS DA QUADRA DE INTERVENÇÃO

N

8.400

TO

2~4

0.7

19.255 m² = 2,3

2.414 = 0.3

.P

AV

AV.

QUADRO 2 - Índices urbanísticos. Fonte: Elaborado pelo próprio autor.

Quadra de intervenção PCA_CANT

Quadra de intervenção

ZC ZCOR_1 ZC0R_2 ZER_1 ZEU_u ZM_u

Quadras viárias Quadras viárias - OUC Faria Lima DUP Alinhamento viário Desenho da nova avenida

. JU

S RE

O

CA

KU

MAR

ÁREA TOTAL (m²)

LINO SCE

HEK

SC BIT

TO A

A quadra escolhida também está dentro da área de DUP, que definiu novo alinhamento viário impactando nos lotes em destaque, dentro da área de intervenção.

SAN

zoneamento

Com aproximadamente 8.400m², a quadra escolhida se encontra em Zona de Centralidade e também dentro da Operação Urbana Faria Lima. O Plano Diretor Estratégico de 2014 define um coeficiente de aproveitamento máximo igual a 2 para ZCs, com taxa de ocupação de 70%, 5 metros de recuo frontal e 3 metros de recuo nas laterais. Dentro da Operação Urbana poderá ser concedido, mediante contrapartida, o aumento do potencial construtivo do lote até atingir o índice máximo de CA igual a 4.

FIGURA 103 - Quadra de intervenção: Incidência de DUP Fonte: Cartilha Projeto de Requalificação da Avenida Santo Amaro, 2015.

44

A quadra de intervenção está dentro da Zona de Centralidade, que são porções do território fora dos eixos de estruturação da transformação urbana destinadas à promoção de atividades de áreas, em que se promove o uso majoritariamente não residencial, com densidades construtiva e demográfica médias e promover a qualidade paisagística e dos espaços públicos.

É possível notar, em especial no eixo específico da Avenida Santo Amaro, o uso de ZEU, que têm como intenção a renovação urbana e paisagística. Há também FIGURA 104 - Quadra de in- a presença de Zonas Corredor para proteger e fazer a tervenção: Zoneamento. transição entre esses eixos de renovação e a Zona EstriFonte: Geosampa, com altetamente Residencial (ZER), em laranja. As Zonas Mistas rações do próprio autor. (ZM) vêm como meio termo que prevê usos diversificados juntamente com usos residenciais.


árvores e meio físico

Quadra de intervenção Op. Urbana Faria Lima

FIGURA 105 - Quadra de intervenção: Operação urbana. Fonte: Geosampa, com alterações do próprio autor.

OK

SAN

TO A

MAR O

. JU

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AV

LIN SCE

K

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A

S

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P V.

. JU

operação urbana

T

UBI

K INO L E SC

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N

AV.

operação urbana

N

Quadra de intervenção Árvores

FIGURA 106 - Quadra de intervenção: Árvores e meio físico. Fonte: Geosampa, com alterações do próprio autor.

Hidrografia Topografia

Como já citado, a quadra de intervenção, além de ser área de ZC, também está dentro do perímetro de Operação Urbana Consorciada Faria Lima. Operações Urbanas visam promover melhorias em regiões pré determinadas da cidade através de parcerias entre o poder público e a iniciativa privada.

Pode-se notar também que a face da Av. Santo Amaro não possui arborização, apenas as ruas para dentro dos bairros. Isso acontece devido as calçadas pequenas que não comportaria árvores e à ausência de canteiros centrais para este fim. Ainda no mapa de árvores e meio físico, vemos que a topografia do lado direito é mais irregular que do lado esquerdo e também é a parte mais alta, entrando em leve declive no lado esquerdo.

A Operação Urbana Consorciada Faria Lima que é dividida em quatro setores: Pinheiros, Faria Lima, Hélio Pellegrino e Olimpíadas. A área trabalhada está dentro do setor Hélio Pellegrino.

No próprio terreno há presença de algumas árvores na praça existente, que serão mantidas no projeto.

45


MAR O

FIGURA 108 - Bordas da quadra. Fonte: Geosampa, com alterações do próprio autor.

TO A

A

K

SAN

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S RE

. JU

LINO E C S

K

CHE

TS UBI

AV.

uso do solo

N

FIGURA 109 - Bordas da quadra. Fonte: Geosampa, com alterações do próprio autor. Quadra de intervenção Residencial

FIGURA 107 - Quadra de intervenção: Uso do solo. Fonte: Geosampa, com alterações do próprio autor.

Comércio e Serviço Vertical Garagens

Podemos observar que a própria quadra e também o entorno imediato é predominantemente residencial, com presença de algumas quadras de comércio e serviço. Apesar do levantamento identificar predominância residencial, há alguns sobrados se uso misto, em que no térreo funcionam pequenos comércios. Destaca-se a ausência de equipamentos públicos no entorno imediato da quadra escolhida.

FIGURA 110 - Bordas da quadra. Fonte: Geosampa, com alterações do próprio autor.

46


N

.P

SAN

TO A

MAR

AV

. JU

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O

gabarito

OK

LIN SCE

K

CHE

TS UBI

AV.

FIGURA 112 - 3D Satélite área de intervenção.. Fonte: Google Maps, 2020.

Quadra de intervenção Vazio

FIGURA 111 - Quadra de intervenção: Gabarito. Fonte: Geosampa, com alterações do próprio autor.

FIGURAS 113 e 114 - Gabarito do entorno. Fonte: Google Maps, 2020.

Térreo Até 4 pavimentos Até 15 pavimentos Acima de 15 pavimentos

Como podemos observar, o gabarito da área envoltória é relativamanete baixo, com predominância de edificações de até 4 pavimentos, com com presença de alguns prédios maiores espalhados, em especial na Av. Pres. Juscelino Kubitschek e alguns no entorno imediato da quadra de intevenção, como podemos ver nas imagens. O baixo gabarito e até mesmo os usos atuais contrastam com o zoneamento e o potencial construtivo, refletindo a necessidade do processo de transformação da avenida.

47


Cruzamento Av. Pres. Juscelino Kubitschek

N

Av

Am

ar

o

FIGURA 116 - Av. Santo Amaro x Av. Pres. Juscelino Kubitschek. Fonte: Google Maps, 2020.

. JU

Av. Pres. Juscelino Kubitschek

O

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. AV

LINO SCE

HEK

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AV.

transportes

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Av

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FIGURA 117 - Av. Santo Amaro x Av. Pres. Juscelino Kubitschek. Fonte: Google Maps, 2020. Quadra de intervenção Ponto de ônibus

FIGURA 115 - Quadra de intervenção: Transportes. Fonte: Geosampa, com alterações do próprio autor.

Av. Pres. Juscelino Kubitschek

Faixa de ônibus Corredor de ônibus

No mapa de transporte podemos ver os corredores de ônibus presentes na Av. Santo Amaro e os pontos de ônibus próximos ao terreno. É importante destacar o grande fluxo de carros e ônibus, já natural da Av. Santo Amaro, e que se complica ainda mais nesse cruzamento entre ela e a Av. Pres. Juscelino Kubitschek, exatamente na esquina da quadra de intervenção. Esse nó no trânsito acontece pois o local é um importante cruzamento onde, além dos carros, várias linhas de ônibus fazem a curva pra a Av. Santo Amaro, outros seguem reto sentido Ayrton Senna e Parque Ibirapuera e também há os que vem da Av. São Gabriel ou Av. Brig. Luís Antônio e vão em direção à Santo Amaro.

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FIGURA 118 - Av. Santo Amaro x Av. Pres. Juscelino Kubitschek. Fonte: Google Maps, 2020.

48


FIGURA 120 - Cinema Kinoplex, dentro do complexo Brascan. Fonte: Google Maps, 2016. EK

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cultura e educação

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FIGURA 121 - Escola Estadual Aristides de Castro. Fonte: Google Maps, 2019. Quadra de intervenção Teatro/ Cinema/ Shows

FIGURA 119 - Quadra de intervenção: Cultura e Educação. Fonte: Geosampa, com alterações do próprio autor.

Espaços culturais Rede pública ensino fundamental Rede privada

Para análise dos equipamentos da área do entorno, foi considerado um raio de 700m². Os equipamentos culturais encontrados são em sua maioria locais para shows/bares, há também pequenas galerias de arte e dois cinemas. Ambos os equipamentos são espaços privados. Quanto a educação, há presença de 12 instituições de rede privada e 4 instituições de rede pública do ensino fundamental. Não foi encontrado nenhum equipamento esportivo dentro do raio analisado.

49

FIGURA 122 - Galeria Gabriel Wickbold. É possível notar que muitas galerias da região, incluindo essa, são locais pequenos e bem privados, sem abertura ao grande público. Fonte: Google Maps, 2019.


s. Ju sc ino el bit

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PROPOSTA PROJETUAL

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6.

Av

Av

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FIGURA 123 - Maquete eletrônica do projeto. Fonte: Elaborado pelo próprio autor.

Após análise do eixo definido e levantamento das potencialidades e fragilidades da área notou-se, dentre outras coisas, a falta de espaços culturais públicos que sirvam à população moradora e também funcionem como pólo de atração na Avenida Santo Amaro. Pensando sobre essa perspectiva, foi proposto a implantação de uma Biblioteca Parque na quadra escolhida. A escolha de implantar uma biblioteca pública na Avenida Santo Amaro teve a intenção de atrair as pessoas para a região, gerando movimento e fomentando a inclusão social, visto que a biblioteca pública tem papel essencial na democratização do acesso à informação e manifestações artísticas e culturais, sendo um espaço aberto a todos. Segundo pesquisa feita pelo site Pesquisa SP, somente 26% dos paulistanos realizam atividades culturais em seu tempo livre, e ler livros é a atividade cultural mais co-

mum dentre essa população. Além disso, pesquisas realizadas em todo o mundo mostram que a criança que lê e tem contato com a literatura desde cedo é beneficiada em diversos sentidos: ela aprende melhor, pronuncia melhor e se comunica melhor. Por meio da leitura a criança cria afinidade com a escrita e desenvolve a criatividade e imaginação. Visto isso, foi adotado o conceito de Biblioteca Parque pela possibilidade de um programa mais amplo, engoblando leitura, cultura, educação e esportes. O diferencial do programa de uma Biblioteca Parque é justamente o fato de agregar diversos usos e ampliar o programa e atrativos de uma biblioteca comum, através de programas artísticos, culturais, esportivos, de pesquisa etc. Além desses usos, a intenção é também projetar uma área aberta que sirva para diversas atividades ao ar livre, desde a passagem de pedestres até apresentações, e que também se conecte com a praça existente na quadra escohida.


6.1

Outro conceito adotado durante o processo de criação do partido foi o Placemaking, que é um processo de planejamento, criação e gestão de espaços públicos totalmente voltado para as pessoas, visando transformas espaços e pontos de encontro em uma comunidade, estimulando a interação entre as pessoas.

PARTIDO E CONCEITOS

Para a implantação do projeto o partido adotado foi o de fluidez, integrando principalmente as duas avenidas que cercam a quadra de intervenção. Através da quadra aberta foi possível transformar o que é hoje uma barreira em um espaço aberto para uso e circulação dos pedestres.

Dentro da quadra de intervenção escolhida foi possível identificar características existentes importantes para concepção do projeto, como o edifício residencial de 37 metros de altura que foi mantido e também a praça existente que foi integrada ao projeto, juntamente com as árvores presentes no local.

Christian de Portzamparc defende a quadra aberta como solução contemporânea para os grandes aglomerados urbanos. O conceito de quadra aberta busca a reinterpretação da quadra urbana e reestabelecer as relações da cidade, do público e privado, e as dinâmicas de circulação na mesma.

A proposta resultou em 4 blocos, e a disposição dos edifícios foi pensada de modo em que eles se voltassem para as duas avenidas, renovando as fachadas voltadas para a mesma e protegendo o pátio interior dos ruídos. O desenho da esquina entre as duas avenidas foi modificado para diminuir o ângulo de curvatura e facilitar o acesso dos carros e dos diversos ônibus que fazem essa transição da Av. Pres. Juscelino Kubitschek para a Av. Santo Amaro.

Quadra aberta permite reinventar a rua: legível e ao mesmo tempo realçada por aberturas visuais e pela luz do sol. Os objetos continuam sempre autônomos, mas ligados entre eles por regras que impõem vazios e alinhamentos parciais. Formas individuais e formas coletivas coexistem. Uma arquitetura moderna, isto é, uma arquitetura relativamente livre de convenção, de volumetria, de modenatura, pode desabrochar sem ser contida por um exercício de fachada imposto entre duas fachadas contíguas. (PORTZAMPARC, Christian. 1997)

Voltado para a Av. Santo Amaro, há o bloco da Biblioteca, com seu térreo envidraçado permite a visualização de quem está dentro e de quem está fora, ao mesmo tempo em que seu recuo protege o ambiente do sol. Acima da Biblioteca está posicionado o bloco de Escritórios 01. Já na Av. Pres. Juscelino Kubitschek fica o bloco Esportivo Cultural, onde seu térreo livre possibilita fruição de pedestres e conexão mais rápida entre as avenidas. Acima do mesmo, há o bloco de Escritórios 02. O paisagismo te conduz a passear pelo projeto, usufruindo do interior da quadra ao mesmo tempo em que cria eixos diretos para quem está apenas de passagem. O emprego de espelho d'água possui, além do caráter estético, a função de separar ambientes dentro da quadra, possibilitando a criação de um pátio exclusivo da biblioteca onde é possível a leitura ao ar livre. Do lado, há a área de café e estar, que leva também a uma escadaria que além de acessar o nível mais baixo voltado para a Av. Pres. Juscelino Kubitschek também serve como arquibancada em caso de possíveis apresentações ao ar livre. Como a intenção do paisagismo era permitir apresentações e exibições nesses pátios criados, não há tanta área permeável, mas o piso predominante é um piso drenante, capaz de captar e drenar as águas pluviais.

FIGURA 124 - Cidades da primeira e segunda Era. Fonte: Vitruvius, 2011.

51



Conforto Ambiental O térreo da Biblioteca é envidraçado para criar conexão visual ao nível do pedestre. Para evitar a incidência direta do sol foi utilizado o recuo, de modo que os pavimentos superiores ajudam a proteger o térreo. Por não poder conter muitas aberturas e ventilação natural devido ao acervo e ruídos externos, este bloco foi projetado em concreto aparente com pequenas aberturas de janelas espalhadas. Há também iluminação zenital, que traz claridade ao ambiente na medida certa. O bloco Esportivo Cultural possui fachadas envidraçadas com janelas, porém protegidas com chapas metálicas perfuradas. As paredes internas não vão até o teto, permitindo que o ar circule. Nos blocos de escritórios foram adotados o sistema de brise de madeira, sendo o bloco do Escritório 01, com fachadas leste oeste e brise vertical e o Escritório 02, com fachadas norte sul e brise horizontal.

Estrutura Para o sistema construtivo dos edifícios foi optado o uso da laje nervurada, que oferece uma redução de cargas da estrutura e permite maiores vãos e otimização da altura, visto que vigas tradicionais seriam mais altas em função dos grandes vãos adotados. Os pilares de concreto armado dos 2 blocos térreos são circulares, com 40cm de diâmetro, com exceção dos pilares que apoiam o Escritório 01, à esquerda, em cima da biblioteca, que possuem 80cm de diâmetro devido a altura de 12m que vencem. Acima os pilares são retangulares com 20x40cm e se encontram no eixo com os de baixo. FIGURAS 125, 126 e 127 - Maquete eletrônica do projeto. Fonte: Elaborado pelo próprio autor.


O térreo da biblioteca é mais lúdico, com acervo e atividades voltadas para o público infantil e infantojuvenil, com área para contação de histórias, gibiteca e computadores, além do café, acesso a área externa de leitura e escada que serve como arquibancada para possíveis apresentações. No primeiro pavimento há acervo adulto e braile, computadores e área administrativa e de funcionários. Por fim, no segundo andar temos mais acervo adulto e também acervo técnico, computadores e salas de exibição.

O bloco esportivo cultural possui área de estar, comedoria, salas de aula, exibição, informática, e alguns espaços destinados para atividades diversas, como aulas de dança, luta, oficinas, rodas de leitura, etc. Há também um espaço para exposições nos corredores. Os edifícios corporativos possuem planta livre com possibilidade de locação de acordo com o desejo do cliente, sendo fixo apenas a circulação vertical e os banheiros.

Biblioteca Esporte/cultura Escritórios Av

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Ju

sc

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Av. Santo Amaro

QUADRO 03 - Programa de necessidades. Fonte: Elaborado pelo próprio autor.

FIGURA 128 - 3D esquemático; uso dos edifícios. Fonte: Elaborado pelo próprio autor.

54

ESPORTES/CULTURA

A proposta projetual aqui apresentada possui 4 blocos de edifícios, sendo duas lâminas de escritórios, o prédio da biblioteca e o prédio voltado para atividades esportivas e culturais.

BIBLIOTECA

PROGRAMA DE NECESSIDADES

ESCRITÓRIOS

6.2

Acesso Café Guarda volumes Recepção Totém de autoatendimento Acervo infantil e infatojuvenil Gibiteca Brinquedoteca Computadores Área de leitura Banheiros Circulação vertical Escada arquibancada Oficina/manutenção/restauro Depósito Direção Sala bibliotecários Registro/catalogação Almoxarifado Área funcionários (copa, estar) Acervo adulto Acervo braile Salas de exibição/apresentação Rampa lúdica Café Área de estar Banheiros Circulação vertical Comedoria Cozinha Área de lavagem de pratos Administração Sala professores Área funcionários (copa/estar) Sala de exibição/apresentação Sala de informática Sala de aula Salas de multiplo uso Vestiário Recepção/acesso Banheiros Circulação vertical Áreas de estar


6.3

DEMANDA

Conforme levantamento considerando um raio de 700m da área escolhida, notou-se a presença de 4 escolas públicas dentre deste perímetro, todas sem a presença de biblioteca em suas dependências. Sendo assim, além do conceito de Biblioteca Parque e de atrair moradores e passageiros para uma atividade cultural, o projeto aqui proposto também visa contemplar os estudantes das escolas da região. De acordo com o site QEdu, pesquisa de 2018, cerca de 1.794 alunos estudam nas 4 escolas localizadas dentro do raio analisado. 1- Escola Estadual Ludovina Credidio Peixoto - 476 alunos Rua Jesuino Arruda, 205, Itaim Bibi 2- Escola Estadual Martim Francisco - 533 alunos Rua Domingos Fernandes, 583, Vila Nova Conceição 3- Escola Estadual Aristides de Castro - 491 alunos Rua Leopoldo Couto de Magalhães Júnior, 306, Itaim Bibi 4- Escola Estadual Ministro Costa Manso - 294 alunos Rua João Cachoeira, 960, Itaim Bibi Além do raio específico analisado no entorno da quadra de intervenção, pudemos ver na leitura geral do eixo que os únicos espaços de leitura/bibliotecas que aparecem são o Espaço Sapucaia e o Bosque da Leitura, localizadas dentro do Parque Ibirapuera. Para estimativa de quantas pessoas a biblioteca projetada receberia ao dia foi considerado então toda a análise do entorno, a presença de escolas públicas na região, a área ocupada e a localização privilegiada e movimentada, além da comparação com as pesquisas de estudo de caso, em especial a Biblioteca de São Paulo, que recebe cerca de 900 pessoas/dia. Sendo assim, a Biblioteca Parque aqui projetada estima receber cerca de 1.000 à 1.200 pessoas/dia. FIGURAS 129, 130 e 131 - Maquete eletrônica, interior do projeto. Fonte: Elaborado pelo próprio autor.

55


FIGURA 132 - Maquete eletrônica do projeto. Fonte: Elaborado pelo próprio autor.


JU O IN EL SC

O PROJETO

B

A UL PA

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A RU

6.4

C

EK

RA EI IV OL

4

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BICICLETÁRIO 731.80

781.90 0 .8 O 31 7

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ANFITEATRO 731.80

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ESPORTES / CULTURA 751.80

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ÁREA EXTERNA CAFÉ

.00 2 73

US

RA EI LIV AO UL PA

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ACESSO CULTURA/ ESPORTE

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12 1 1 0 1 9

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DEPÓSITO

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4

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11

12

10

23 22 21 20 19 18 17 16 15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1

MULTIMÍDIA CONTAÇÃO DE S HISTÓRIAS W.C. MASCULINO BIBLIOTECA ESPAÇO PARA S TENDA LÚDICA APRESENTAÇÕES 778.20 745.50 733.50

PISTA DE SKATE

S

W.C.

02

ESCRITÓRIO 01

W.C. FEMININO

ELEV

GIBITECA

SALA DE SEGURANÇA

12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 S

733.50

ESCRITÓRIO 01 ACESSO 775.20 733.50

D24 23 22 21 20 19 18 17 16 15 14 13

A

12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 S

D24 23 22 21 20 19 18 17 16 15 14 13

732.80

B

733.50

D

alVersion

AU TO RE AT CE EN PÇ DIM ÃO EN TO 733 .50

D24 23 22 21 20 19 18 17 16 15 14 13

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EK

733.50

C

ESPAÇO EXCLUSIVO PARA BIBLIOTECA E LEITURA AO AR LIVRE

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12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 S 1

AV. SANTO AMARO

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IMPLANTAÇÃO ESCALA: 1:500

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ÁREA EXTERNA CAFÉ 733.50

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3

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8

1 12,45

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12

ESPAÇO EXCLUSIVO PARA BIBLIOTECA E LEITURA AO AR LIVRE

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1

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4 3

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DEPÓSITO

0

A 23 22 21 20 19 18 17 16 15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 3

2

1

6

5

4

9

8

7

11

12

10

20 21 22 23

ACESSO ESCRITÓRIO 01

S

W.C. MASCULINO

D 24

10,80

1

19

2 S

MULTIMÍDIA

CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS

18

A

4 3

10

5

17

6

16

8 7

W.C. FEMININO 15

9

14

11 10

13

12

TENDA LÚDICA

733.50

S

ESPAÇO PARA APRESENTAÇÕES

733.50

10,6 5

733.50 S

GIBITECA W.C.

B 4

5

2

1 S

8

3

6

7

9

11

10

12

23

D 24

18

17

22

21

16

20

15

19

SALA DE SEGURANÇA

14

9

RECEPÇÃO

13

2,60

733.50

D

ducationalVersion

731.80

C

73 2. 00

ANFITEATRO

AV. SANTO AMARO BIBLIOTECA - PAVIMENTO TÉRREO 733.50 ESCALA: 1:300

ELEV

03

N

AV. SANTO AMA


ÁR

A

8 5. 73

EL

04 EV

A RU

13,0 0%

731.80

ÁREA EXTERNA CAFÉ 733.50

RA EI LIV AO UL PA

2,6

0

C

73 2. 00

ANFITEATRO

10,8

0

D

AD

W. C FE . M

MIN

IST

RA

2,6

ÇÃ

0

DIR ET OR IA

13

12 11 10

E FU STAR NC / ION COPA ÁR IOS A LM OX AR IFA DO

3.05

8,5

DE PÓ SIT O

W. MA C. SC

O

D 24 23 22 21 20 19 18 17 16 15 14 13 9

8

0

7

6

1

R CA EGIS TA LO TRO/ GA ÇÃ O AC ER VO AD UL TO

2.60

8,95

11

6,30

0

11,60

8

10,10

7

6

12,45

5

4

3

2

12,45

8,5

2,60

0

A

MULTIMÍDIA

23 22 21 20 19 18 17 16 15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1

23 22 21 20 19 18 17 16 15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 S

3

2

1

6

5

4

9

8

7

11

12

10

3

2

S

1

6

5

4

9

8

7

22

733.50

11

12

S

10

W.C. MASCULINO

ACERVO BRAILE

21

S

20

733.50

19

10,80

1

D 24

2

23

3

10

4

18

6 5

17

7

A

16

8

15

9

14

11 10

W.C. FEMININO 13

12

S

10,6

S

S

5

737.50 W.C. ACERVO ADULTO

B 1

3

S

6

2

7

4

9

5

8

11

10

12

21

23

22

D 24

15

20

19

14

18

13

17

16

2,60

9 733.50

D

SEducationalVersion

1

733.00

8,5

733.50

12

ESPAÇO EXCLUSIVO PARA BIBLIOTECA E LEITURA AO AR LIVRE

F

2 S

MA NU RE TEN ST AU ÇÃO/ RO

5

4 3

AV. SANTO AMARO N

ELEV

03

BIBLIOTECA - PRIMEIRO PAVIMENTO 737.50 ESCALA: 1:300

AV. SANTO AM


7

BU

ET

EL

04 EV

A RU ANFITEATRO 731.80

ÁREA EXTERNA CAFÉ 733.50

RA EI LIV AO UL PA

2.6

0

C

73 2. 00

10, 80

0

13

SA LA EX IBI ÇÕ ES

SA LA EX IBI ÇÕ ES

D

DEPÓSI

2.6

3.05

8,5

12 11 10

D 24 23 22 21 20 19 18 17 16 15 14 13 9

8

0

7

6

5

4 2 S

1

F

3

12

ESPAÇO EXCLUSIVO PARA BIBLIOTECA E LEITURA AO AR LIVRE 8,5

733.50

0

11,60

6,30

2.60

8,95

11

10,10

7

6

12,45

5

4

3

2

12,45

8

1

733.00

AC ER VO TÉ CN ICO

8,5

2,60

0

A

23 22 21 20 19 18 17 16 15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 3

2

1

6

5

4

9

8

7

11

12

S

10

21

W.C. MASCULINO

ACERVO ADULTO

20 22 23

10,80

1

D 24

2

15

4 3

S

10

5

733.50

19

6

14

7

13

8

18

9

17

10

W.C. FEMININO 16

11

A

MULTIMÍDIA

MULTIMÍDIA 12

S

733.50

10,6 5

S

741.50 W.C.

B 2

1

4

S

5

3

8

9

6

7

11

10

12

22

21

23

D 24

15

20

19

14

18

13

17

16

2,60

9 733.50

D

tionalVersion

FF

AV. SANTO AMARO BIBLIOTECA - SEGUNDO PAVIMENTO 741.50 ESCALA: 1:300

ELEV

03

N

AV. SANTO AMA


FIGURAS 133, 134, 135 e 136 - Maquete eletrônica: interior da biblioteca. Fonte: Elaborado pelo próprio autor.

61


62


FIGURAS 137, 138, 139, 140 e 141 - Maquete eletrônica: biblioteca. Fonte: Elaborado pelo próprio autor.

63


7. 74

LA SA

POSSIBILIDADES DE MODIFICAÇÃO DO LAYOUT DE ACORDO COM A DEMANDA. EL

04 EV

A RU

RA EI LIV AO UL PA

73 2. 00

ANFITEATRO 731.80

ÁREA EXTERNA CAFÉ 733.50

ÃO

ZE

NIT

AL

3.05

ILU

MIN

ESPAÇO EXCLUSIVO PARA BIBLIOTECA E LEITURA AO AR LIVRE 733.50

5

4

3

2 12,45

12,45

11,60

10,10

2,60

A 10,80

A

W.C.

W.C.

W.C.

W.C.

S

D 20 19 18 17 16 15 14 13 12 11

10 9 8 7 6 5 4 3 2 1

ILUMINAÇÃO ZENITAL

W.C.

W.C.

B 2,60 733.50

D

ationalVersion

1

733.00

AV. SANTO AMARO ESCRITÓRIO 01 - PAVIMENTO TIPO ESCALA: 1:300

ELEV

03

N

AV. SANTO AMA


EL

04 EV

A RU 731.80

ÁREA EXTERNA CAFÉ 733.50

ÃO

ZE

NIT

AL

RA EI LIV AO UL PA

S

73 2. 00

ANFITEATRO

ILU

MIN

ESPAÇO EXCLUSIVO PARA BIBLIOTECA E LEITURA AO AR LIVRE 733.50

1

733.00

5

4

3

2 12,45

12,45

11.60

10,10

2,60

A

A

S

D 20 19 18 17 16 15 14 13 12 11

10 9 8 7 6 5 4 3 2 1

ILUMINAÇÃO ZENITAL

10,80

W.C.

752.10 W.C.

ÁREA DE ESTAR PARA FUNCIONÁRIOS

752.10

B 2,60 733.50

D

AV. SANTO AMARO N

ELEV

03

ESCRITÓRIO 01 - QUINTO PAVIMENTO 752.10 ESCALA: 1:300

SEducationalVersion

AV. SANTO AM


W

W

. .C

EL

04 EV

A RU 731.80

ÁREA EXTERNA CAFÉ 733.50

ÃO

ZE

NIT

AL

RA EI LIV AO UL PA

73 2. 00

ANFITEATRO

ILU

MIN

ESPAÇO EXCLUSIVO PARA BIBLIOTECA E LEITURA AO AR LIVRE 733.50

1

733.00

5

4

3

2 12,45

12,45

11.60

10,10

2,60

A 10,80

A

W.C.

W.C.

W.C.

W.C.

S

D 20 19 18 17 16 15 14 13 12 11

10 9 8 7 6 5 4 3 2 1

ILUMINAÇÃO ZENITAL

765.30 768.60

ÁREA DE ESTAR PARA FUNCIONÁRIOS

765.30

B 2,60 733.50

D

AV. SANTO AMARO ESCRITÓRIO 01 - NONO E DÉCIMO PAVIMENTO 765.30/768.60 ESCALA: 1:300

ELEV

03

N

EducationalVersion

AV. SANTO AMA


W

W

.C

. .C

EL

04 EV

A RU 731.80

ÁREA EXTERNA CAFÉ 733.50

ÃO

ZE

NIT

AL

RA EI LIV AO UL PA

S

73 2. 00

ANFITEATRO

ILU

MIN

ESPAÇO EXCLUSIVO PARA BIBLIOTECA E LEITURA AO AR LIVRE 733.50

1

733.00

12,45

5

4

3

2

12,45

11.60

10,10

2,60

A

A

S

D 20 19 18 17 16 15 14 13 12 11

10 9 8 7 6 5 4 3 2 1

ILUMINAÇÃO ZENITAL

10,80

775.20

B 2,60 733.50

D

AV. SANTO AMARO N

ELEV

03

ESCRITÓRIO 01 - DÉCIMO SEGUNDO PAVIMENTO 775.20 ESCALA: 1:300

GSEducationalVersion

AV. SANTO AM



FIGURAS 142, 143, 144, 145 e 146 - Maquete eletrônica do projeto. Fonte: Elaborado pelo próprio autor.

69


US .J ES CE LI NO

1

KU

B

BI

10

8.

TS

4.

A

C 9.

2

D

CH

10

EK

40

B D 24 23 S

4 5

18

4.

6

11

10

13

9

14

8

15

7

10

16

8.

80 1. 73

3

2 SO O 0 ES RI C Ó A IT CR ES

12

10

731.80

8.

19

3

20

2

21

1

22

17

C

BICICLETÁRIO

10

ÃO PÇ CE RE

E

01LEV

4

D 24 23 S

4

19

3

20

2

21

1

22

8.

12

11

10

13

9

14

8

15

7

16

6

17

5

18

E RT SO PO S E ES AC A/ UR T L CU

10

5 3.

13,00 %

0 ,0 13

%

7 8

731.80

CE LI

6.75

9

NO

ÁREA EXTERNA CAFÉ 733.50

16

17

18

19

20

21

22

23

11

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1 S

12

15

0

CA FÉ

10

D 0

A ZIN H

13

8,5

D 24 23 22 21 20 19 18 17 16 15 14 13 8

11

3.05 12 11 10

9

9.20

3.50

5.15

0

7

6

EK

6.75

GU AR DA VO LU ME S

2,6

CO

CH TS BI

14

D 24

13

10.8

KU

ACESSO CULTURA/ ESPORTE

6.75

0

C

2,6

5

AU TO AT EN DIM EN TO

11

INF ACE AN R TO VO JU VE NIL

C

D

8,95

E

2.60

0

8

6,30

7

6

5

11.60

ESPORTES/ CULTURA- PAVIMENTO TÉRREO 731.80 ESCALA: 1:300 8,5

733.50

731.80

12

ESPAÇO EXCLUSIVO PARA BIBLIOTECA E LEITURA AO AR LIVRE

A BIB CESS LIO O TE CA

1

733 .50

S

F

3 2

RE CE PÇ ÃO

4

N

0 0 . 2 73

US

13,0 0%

6.40

13,0 0%

ANFITEATRO

J S. RE .P AV

EL

04 EV

E RT SO PO S E ES AC A/ UR T L CU

6

90

80 1. 73

8,5 0


US .J ES CE LI NO

1

KU

B

BI

10

8.

TS

4.

A

C 9.

2

D

CH

10

EK

40

B D 24 23 S

5

8.

18

4

19

3

20

2

21

1

22

4.

6

12

11

10

13

9

14

8

15

7

10

16

10

731.80

17

C

BICICLETÁRIO

3

JO

G

O

S

8. 10 E

01LEV

4

D 24 23 S

4

19

3

20

2

21

1

22

11

10

13

9

14

8

15

7

16

6

17

5

18

8.

12

R TA ES A DE RT A E E B 80 ÁR A 35. 7

10

5 3.

6

90

7

0 ,0 13

%

13,00 %

8

US

13,0 0%

6.40

13,0 0%

J S. RE .P AV

EL

04 EV

ANFITEATRO 731.80

CE NO LI

6.75

ÁREA EXTERNA CAFÉ 9

733.50

4

3

2

1

0 6.75

W. MA C. SC

O

K HE

ÇÃ

CAFÉ

10

2,6

D 24 23 22 21 20 19 18 17 16 15 14 13

DIR ET OR IA

9

3.05

8

11

E FU STAR NC / ION COPA ÁR IOS A LM OX AR IFA DO

13

DE PÓ SIT O

C TS

S

9

6

5

12

7

11

23

8

22

10

21

W. C FE . M

20

COZINHA

8,5

12 11 10

BI KU

19

D 24

18

RA

17

IST

16

MIN

15

0

D

AD

14

13

10,8

6.75

0

C

2,6

0 0 . 2 73

9.20

3.50

5.15

0

7

6

4

S

1

R CA EGIS TA LO TRO/ GA ÇÃ O

8,5

AC ER VO AD UL TO

C

D

E

8,95

N ESPORTES/ CULTURA- PRIMEIRO PAVIMENTO 735.80

ESCALA: 1:300

11

2.60

0

8

6,30

7

6

5

11,60

8,5

733.50

731.80

12

ESPAÇO EXCLUSIVO PARA BIBLIOTECA E LEITURA AO AR LIVRE

F

3 2

MA NU RE TEN ST AU ÇÃO/ RO

5

0


S JU S. CE LI NO

1

KU

B

BI

4.

A

C

TS

10

8.

9.

2

D

CH

10

EK

40

B D 24 23

4.

S

4 5

12

11

10

13

9

14

8

15

7

16

6

10

17

10

731.80

8.

19

3

20

2

21

1

22

18

C

BICICLETÁRIO

3

W .F .C W

O IN IN

EM . .C

10

NO LI CU AS .M .C

8.

W

E

01LEV

4

D 24 23 S

3

20

2

21

1

22 4

8.

12

11

10

13

9

14

8

15

7

16

6

17

5

18

. .C

19

W

A

10

RI

O

ED

M

80 9. 73

5

CO

ET

6

90

FF

3.

BU

7 6.40

731.80

CE NO LI

6.75

ÁREA EXTERNA CAFÉ 9

733.50

BI KU

7

6

5

SA LA EX IBI ÇÕ ES

4

3

2

1

LAVAGEM DE PRATOS

6,80

K HE

0

10

DEPÓSITO

2.6

C TS

S

9

23

12

22

11

21

8

20

10

19

80

D

SA LA EX IBI ÇÕ ES

18

D 24

17

16

15

14

13

10,

6.75

0

C

2.6

COZINHA

13 11

3.05

8,5

12 11 10

D 24 23 22 21 20 19 18 17 16 15 14 13 9

8

9.20

3.50

5.15

0

7

6

5

4

S

1

F

3 2

C

D

E

731.80

12

ESPAÇO EXCLUSIVO PARA BIBLIOTECA E LEITURA AO AR LIVRE 8,5

733.50

0

ESPORTES/ CULTURA- SEGUNDO PAVIMENTO 739.80 ESCALA: 1:300

8

2.60

8,95

11

6,30

7

6

5

11,60

AC ER VO TÉ CN ICO

N

0 0 . 2 73

US

8

ANFITEATRO

J S. RE .P AV

EL

04 EV

A IX CA

8,5 0


DEPÓSITO 22

23

D

10 6.75

K HE

C TS

BI KU

6.75

21 4

3

2

1

9

NO LI

CE

6.75

733.50

US

8

731.80

J S. RE .P AV 7 6.40

20

S

6 90

19

9

3.

18

D 24

17

13

14

15

16

7

5

LA AU OS S DE UR LA C SA ARA P 6

10

DE ICA LA ÁT SA RM FO

IN

5

8.

/ ES Õ IÇ IB AS EX TR DE LES LA PA SA

12

13

11

14

8

15

10

6 16

7

5

4

3

S 2

E

01LEV

4

1 21

17

C

ADMINIST ESTAR/COP FUNCIONÁ A DIRETO RIA RIOS

13

11

5.15 3.50 9.20 3.05

10

22

18

ÁREA EXTERNA CAFÉ

8.

E DO AS TU AD ES NC DE BA AS ES

M

24 23

19 8

. .C

D

20

. .C

9

W

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W

10

EM

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NO LI CU AS .M .C

11

3

W

W

80 3. 74 E DO AS TU AD ES NC DE BA AS ES

M

12

5

4

3

S 1

4. 10 2

EK

10

13

ANFITEATRO

CH

8.

19

6

TS

20 7

BI

21

14

8

KU

22

15

EL

F

731.80

C

D

E

12

ESPAÇO EXCLUSIVO PARA BIBLIOTECA E LEITURA AO AR LIVRE

D

2

23

16

9

NO

10

24

17 10

LI

8.

D

18 11

CE

1

A

B

9. 4. 10

C

731.80

0 0 . 2 73 04 EV

8

7 6

11

ESCALA: 1:300

N ESPORTES/ CULTURA- TERCEIRO PAVIMENTO 743.80 5

GSEducationalVersion

12

S JU S.

B

C

BICICLETÁRIO

RAÇÃO

733.50

40


EK

6.75

VESTIÁRIO MASCULIN O

10

CH TS BI

KU

6.75

S

4

3

2

1

9

NO

LI

CE

US

8 6.75

9

6.40

733.50

J S. RE .P AV 7

23

VESTIÁRIO FEMININO

D

13

11

F

731.80

C

D

E

12

733.50

6 90

22

7

3.

21

6

5

ES

ÇÕ

SI

PO O PL TI UL M SO LA U SA

20

D 24

19

16

18

15

17

14

5

10 EX

O PL TI UL M SO LA U SA

13 12

8.

O PL TI UL M SO LA U SA 11

13

8

14

ES

ÇÕ

SI

10

6

5

4

3

S 2

1

E

01LEV

4

ES

20

15

7

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ÇÕ

SI

21

16

8

8.

PO EX

24 22

17

9

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D 23

18

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19

W

10

W

O IN IN

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NO LI CU AS .M .C

11

3

W

W PO EX

12

6

5

4

3

S 1

4. 10 2

EK

10

13

731.80

CH

8.

19

7

TS

20 8

BI

21

14

C

ESPAÇO EXCLUSIVO PARA BIBLIOTECA E LEITURA AO AR LIVRE

KU

22

15

EL

ANFITEATRO

5.15 3.50 9.20 3.05

D

2

23

16

9

NO

10

24

17 10

LI

8.

D

18 11

CE

1

A

B

80 7. 74

ÁREA EXTERNA CAFÉ

0 0 . 2 73 04 EV

9. 4. 10

8

7 6

5

11

GSEducationalVersion

C

731.80

N

ESPORTES/ CULTURA- QUARTO PAVIMENTO 747.80 ESCALA: 1:300 11,60

12

US .J ES

B

C

BICICLETÁRIO

40


FIGURA 147 - Maquete eletrônica do projeto. Fonte: Elaborado pelo próprio autor.


FIGURAS 148, 149, 150 e 151 - Maquete eletrĂ´nica: interior esportes/cultura. Fonte: Elaborado pelo prĂłprio autor.

76


US .J ES CE LI NO

1

KU

B

BI

10

8.

TS

4.

A

C

10

CH

D

2

9.

EK

40

B D 24 23

12

11

10

13

S

2

9

14

8

15

7

16

6

17

5

10

4

19

3

20

8.

21

1

22

18

4.

10

C

731.80

3

RA PA AR IOS T R ES NÁ DE CIO 80 1. EA UN 5 R 7 Á F

8. 10 E

01LEV

4 8. 10

5

J S. RE .P AV

EL

04 EV

0 0 . 2 73

US

ANFITEATRO 731.80

CE NO LI

ÁREA EXTERNA CAFÉ 733.50

K HE

C TS

BI KU

731.80

C

ESPAÇO EXCLUSIVO PARA BIBLIOTECA E LEITURA AO AR LIVRE 733.50

N 5

alVersion

BICICLETÁRIO

11.60

ESCRITÓRIO 02 - TERRAÇO (QUINTO PAVIMENTO) 751.80 ESCALA: 1:300


S JU S.

CE

POSSIBILIDADES DE MODIFICAÇÃO DO LAYOUT DE ACORDO COM A DEMANDA.

LI NO

1

KU

B

BI

10

8.

TS

4.

A

C

10

CH

D

2

9.

EK

40

B D 20 19 1 S

2

10

9

8

11

7

12

6

13

5

14

4

10

15

3

16

4.

10

731.80

8.

18 17

C

BICICLETÁRIO

3

. .C

8.

W

10 E

01LEV

. .C

4

W

8. 10

W

. .C

5

W . .C

J S. RE .P AV

EL

04 EV

US

ANFITEATRO

0 0 . 2 73

731.80

NO LI

CE

ÁREA EXTERNA CAFÉ 733.50

K HE

C TS

BI KU

731.80

C

ESPAÇO EXCLUSIVO PARA BIBLIOTECA E LEITURA AO AR LIVRE 733.50

5

ESCRITÓRIO 02 - PAVIMENTO TIPO ESCALA: 1:300

N


S JU S. CE LI NO

1

KU

B

BI

10

8.

TS

4.

A

C

10

CH

D

2

9.

EK

40

B D S

8.

4.

10

731.80

10

C

BICICLETÁRIO

3

UA

G

Á D'

8.

AS IX CA

10 E

01LEV

4 8. 10

90 8. 77

5

J S. RE .P AV

EL

04 EV

US

ANFITEATRO

0 0 . 2 73

731.80

NO LI

CE

ÁREA EXTERNA CAFÉ 733.50

EK CH

TS

BI KU

731.80

C

ESPAÇO EXCLUSIVO PARA BIBLIOTECA E LEITURA AO AR LIVRE 733.50

5

GSEducationalVersion

N

ESCRITÓRIO 02 - DÉCIMO TERCEIRO PAVIMENTO 778.90 ESCALA: 1:300


FIGURA 152 - Maquete eletrônica do projeto. Fonte: Elaborado pelo próprio autor.


FIGURA 153 - Maquete eletrônica do projeto. Fonte: Elaborado pelo próprio autor.


R. ANDRÉ GONÇALVES

CORTE AA ESCALA: 1:300


AV. SANTO AMARO

CORTE BB ESCALA: 1:300


Chapa metálica perfurada Perfil de sustentação em ferro

Laje nervurada em concreto armado

Janela Esquadria em ferro Caixilharia em vidro 6mm

Laje nervurada em concreto armado

Guarda corpo em alumínio e vidro 3mm Espelho d’água

Água Revestimento Manta impermeabilizante

ESCALA: 1:100

ESCALA: 1:50

Enchimento com vermiculita

AV. PRES. JUSCELINO KUBITSCHEK

CORTE CC E DETALHE ESCALA: 1:300


AV.SANTO AMARO AV. PRES. JUSCELINO KUBITSCHEK

CORTE DD ESCALA: 1:300


AV. SANTO AMARO

AV. PRES. JUSCELINO KUBITSCHEK

ELEVAÇÃO 01 ESCALA: 1:500


ELEVAÇÃO 02 ESCALA: 1:500

AV. PRES. JUSCELINO KUBITSCHEK

AV. SANTO AMARO


AV. SANTO AMARO

ELEVAÇÃO 03 ESCALA: 1:500 AV. PRES. JUSCELINO KUBITSCHEK

R. ANDRÉ GONÇALVES


ELEVAÇÃO 04 ESCALA: 1:500

R. ANDRÉ GONÇALVES

AV. PRES. JUSCELINO KUBITSCHEK


FIGURA 154 - Maquete eletrônica do projeto. Fonte: Elaborado pelo próprio autor.


FIGURA 155 - Maquete eletrônica do projeto. Fonte: Elaborado pelo próprio autor.


FIGURA 156 - Maquete eletrônica do projeto. Fonte: Elaborado pelo próprio autor.


FIGURA 157 - Maquete eletrônica do projeto. Fonte: Elaborado pelo próprio autor.


JACOBS, Jane. Vida e Morte das Grandes Cidades. 3ª edição. WMF Martins Fontes, 2011. PORTZAMPARC, Christian. A Terceira Era da Cidade. Óculum, 1992. GEHL, Jan. Cidade para Pessoas. Editora Perspectiva, 2010. LYNCH, Kevin. A imagem da cidade. 2017. CALLIARI, Mauro. Espaço público e urbanidade em São Paulo. Bei, 2016. IFLA. Manifesto da Ifla/Unesco sobre bibliotecas públicas, 1994. KARSSENBERG, Hans. Cidade a nível dos olhos. EdiPUCRS, 2015. ALOMÁ, Patricia. O espaço público, esse protagonista da cidade. Disponível em <https://www.archdaily.com. br/162164/o-espaco-publico-esse-protagonista-da-cidade> acesso em: Novembro, 2019. FERRAZ, Maria N. O papel social das bibliotecas públicas no século XXI e o caso daSuperintendência de BibliotecasPúblicas de Minas Gerais. Disponível em <https://www.scielo.br/pdf/pci/v19nspe/04.pdf> acesso em: Junho, 2019.

. REFERÊNCIAS

PINHEIRO, Ricardo Q. Biblioteca pública: seu lugar na cidade. Disponível em <https://ofaj.com.br/textos_conteudo. php?cod=221> acesso em: Junho, 2019. CAPILLÉ, Cauê. Arquitetura como dispositivo político: introdução ao projeto de Parques Biblioteca em Medellín. Disponível em <https://www.archdaily.com.br/br/884133/arquitetura-como-dispositivo-politico-introducao-ao-projeto-de-parques-biblioteca-em-medellin> acesso em: Outubro, 2019. GRUPO A EDUCAÇÃO. É uma biblioteca? É um parque? É a superbiblioteca!. Disponível em <https://bloga.grupoa.com. br/e-uma-biblioteca-e-um-parque-e-a-superbiblioteca/> acesso em: Outubro, 2019. MENEZES, Henilton. Que papéis um centro cultural exerce para o desenvolvimento do povo de uma cidade?. Disponível em <https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Midia/Que-papeis-um-centro-cultural-exerce-para-o-desenvolvimento-do-povo-de-uma-cidade-/12/7350> acesso em: Junho, 2019. MORIGI, Valdir J. Entre o passado e o presente: as visões de biblioteca no mundo contemporâneo. Disponível em <https://revista.acbsc.org.br/racb/article/view/432/551> acesso em: Junho, 2019. OLIVEIRA, Abrahão. A curiosa história do Município de Santo Amaro. Disponível em <http://www.saopauloinfoco.com.br/ santo-amaro/> acesso em: Abril, 2019. PREFEITURA SP. Operação Urbana Consorciada Faria Lima. Disponível em <https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/urbanismo/sp_urbanismo/operacoes_urbanas/faria_lima/index.php?p=19591> acesso em: Fevereiro, 2020. PREFEITURA SP. Plano de Requalificação da Avenida Santo Amaro. Disponível em <https://gestaourbana.prefeitura. sp.gov.br/projetos-urbanos/requalificacao-santo-amaro/> acesso em: Fevereiro, 2020. PESQUISA SP. Disponível em <http://www.pesquisasp.com.br/pesquisa.html> acesso em: Janeiro, 2020. QEDU. Disponível em <https://www.qedu.org.br/> acesso em: Janeiro, 2020. Biblioteca São Paulo/ Aflalo Gasperini Arquitetos. Disponível em <https://www.archdaily.com.br/br/01-38052/biblioteca-sao-paulo-aflalo-e-gasperini-arquitetos?ad_medium=gallery> acesso em: Outubro, 2020. Parque Biblioteca Fernando Botero/ G Ateliers Architecture. Disponível em <https://www.archdaily.com.br/br/0178071/parque-biblioteca-fernando-botero-g-ateliers-architecture> acesso em: Outubro, 2020. Centro Comunitário Rehovot/ Kimmel Eshkolot Architects. Disponível em <https://www.archdaily.com.br/br/881109/ centro-comunitario-rehovot-kimmel-eshkolot-architects> acesso em: Outubro, 2020. GUERRA, Abílio. Quadra aberta: uma tipologia rara em São Paulo. Disponível em < https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/11.124/3819> acesso em: Janeiro, 2020.

94


camila azevedo santos sĂŁo paulo, 2020


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