Produção Gráfica 2012

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Conceição Barbosa

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PRODUÇÃOGRÁFICA Introdução

Serigrafia

Criatividade -vs- Produção

Impressão Digital

Arte final

Impressão Electrofotográfica e Offset Digital

Tramas e Pontos

Impressão a Jacto de Tinta

Provas

Papéis e Outros Suportes para Impressão

Processos de Impressão Convencional

Características do Papel

Flexografia

Técnicas de Acabamento

Rotogravura

Escolher a Gráfica

Litografia Offset

Pedir Orçamentos a Gráfica

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PRODUÇÃOGRÁFICA Por produção gráfica entende-se todas as operações que estão envolvidas na materialização dum projecto gráfico. Cabe ao produtor gráfico aconselhar o criativo sobre a melhor forma de produzir a sua ideia . Quanto mais o criativo perceber de produção mais fácil é criar peças que possam ser produzidas e não sentir a frustração de criar algo impossível de produzir. Existe sempre mais do que uma forma de produzir uma peça gráfica. Cabe ao produtor gráfico decidir qual o melhor caminho a seguir e isso varia conforme alguns factores:

qualidade

prazo

orçamento

quantidade (tiragem)

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PRODUÇÃOGRÁFICA O produtor gráfico deverá ser envolvido no trabalho ainda na fase do desenvolvimento criativo para poder acompanhar o criativo no processo de escolha de materiais e técnicas. Depois do projecto ser maquetizado cabe ao produtor gráfico avaliar a melhor forma de produzir a peça ao preço mais competitivo. Ver quais os materiais mais adequados, a gráfica mais indicada, o tempo necessário para produção e o menor custo possível. Depois da aprovação da maqueta e do orçamento, por parte do cliente entra-se na fase de pré-produção. Segue-se a arte final que deve ser feita seguindo as especificações dadas pelo produtor gráfico e que deve ser rigorosamente controlada. Depois de enviada a arte final para a gráfica, esta terá que fazer as provas necessárias de acordo com o trabalho em causa, podem ser apenas ozalides, provas de cor ou monos para testar acabamentos. Ultrapassada a fase das provas apresentadas pela gráfica segue-se a impressão e por fim os acabamentos.

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PRODUÇÃOGRÁFICA WORKFLOW CONVENCIONAL conceito/ideia maqueta

__logótipos __fotografias __ilustrações __textos

arte final

__aplicações __provas em papel __mono

__pdfs __freehand/illustrator __photoshop __indesign/quark

provas

__ozalid __provas de cor __provas de máquina

__digitais __analógicas

ctp chapas (O); clichés (F); quadros (S); Cilindros (R) impressão acabamentos distribuição

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(O)- Offset (F) - Flexografia (S) - Serigrafia (R)- Rotogravura

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PRODUÇÃOGRÁFICA WORKFLOW DIGITAL conceito/ideia maqueta

__logótipos __fotografias __ilustrações __textos

arte final

__aplicações __provas em papel __mono

provas

__provas digitais __provas de máquina

__pdfs __freehand/illustrator __photoshop __indesign/quark

impressão acabamentos distribuição

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PRODUÇÃOGRÁFICA

CRIATIVIDADE -VS- PRODUÇÃO

A produção deve estar ao serviço da criatividade, deve-a reforçar e não anular. Conhecer as limitações dos processos de impressão não é para “limitar” a criatividade, mas sim para a estimular no sentido de explorar outras características dos processos de impressão tirando partido duma forma criativa das suas limitações. A Serigrafia é um processo de impressão muito limitado na reprodução de fotografia, mas é fantástica para imprimir cores sólidas e opacas em qualquer tipo de material. No entanto, se explorarmos a má definição da imagem de propósito pode dar trabalhos muito crativos.

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PRODUÇÃOGRÁFICA

CRIATIVIDADE -VS- PRODUÇÃO

O fio condutor em qualquer projecto gráfico é normalmente o CONCEITO CRIATIVO. Chama-se CONCEITO ao conjunto de ideias que vai sustentar toda a parte gráfica. É o conceito que comunica, que faz a imagem ter sentido. Uma peça gráfica sem conceito é apenas bonita ou feia. Uma peça gráfica com conceito pode ser muitas outras coisas, pode comunicar emoções e sensações, pode ser simpática, triste, forte, brincalhona etc... Do ponto de vista de produção é muito mais fácil produzir uma peça com um conceito do que uma sem conceito algum. O produtor gráfico deve perceber o conceito e encontar materiais e técnicas que “fechem” esse conceito.

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ARTE FINAL

Chama-se arte final ao ficheiro que é enviado para a gráfica. É normalmente feita no programa mais adequado tendo em conta o tipo de trabalho. Aspectos a considerar na arte final: __dimensões – as medidas devem ser as correctas e normalmente a 1x1, excepto quando são peças muitos grandes e faz-se à proporção, devendo sempre avisar qual a escala; __textos – todos os textos devem ser revistos nesta fase para evitar gralhas; os textos devem ser convertidos a curvas, caso contrário é necessário enviar a fonte para a gráfica; __bleed – considerar ou não margem de corte. O bleed garante que, mesmo que haja um desvio na guilhotina durante o corte, não apareça o branco do papel à volta da imagem;

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ARTE FINAL

__resolução – a resolução de uma imagem é o seu indicativo de definição e detalhe. A imagem no ecrã é formada por um conjunto padronizado de pontos, com cor e luz, a que denominamos pixel (picture element). Quando impressa, passa a ser composta por pontos – image dot. Quanto maior é a resolução, maior é a concentração de dpi – dots per inch – e maior a concentração de pontos, lpi – lines per inch; logo, a definição é maior. Qual a resolução ideal? A resolução varia conforme o destino da imagem. Em termos de impressão convencional a imagem a imprimir deve ter de resolução o dobro do número de linhas de pontos a imprimir. Resolução output = 2 x lpi Resolução input = resolução output x factor de ampliação O número de linhas a que vamos imprimir a imagem está directamente

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ARTE FINAL

relacionado com o tipo de papel que lhe vai servir de suporte: __Papéis mais absorventes exigem menos lpi __Papéis menos absorventes aguentam mais lpi. Está praticamente generalizada a noção de que a resolução adequada para webdesign é 72 ppi e para impressão offset 300 ppi. Todos os aspectos que têm a ver com tonalidade, densidade, contraste, resolução e definição dependem principalmente da resolução da imagem. __cores – há duas formas de criarmos cor: através da luz ou através da tinta. A primeira é conhecida como RGB e consiste na mistura das cores aditivas; a segunda é o CMYK e consiste na mistura das cores subtractivas. Os sensores dos nossos olhos são sensíveis às cores primárias: vermelho, verde e azul (red, green e blue – RGB) e a partir daí estão preparados para enviar sinais,

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ARTE FINAL

via nervo óptico, para o cérebro, onde milhões de sinais criam uma imagem colorida. As cores aditivas primárias (RGB) combinadas formam o CMYK e todas juntas formam o branco, que, na impressão, corresponde à ausência de cor. Green + Blue = Cyan Red + Green = Yellow Red + Blue = Magenta Em artes gráficas, à medida que se vai avançando no processo de reprodução, as limitações vão aumentando e a gama de cores que é possível reproduzir vai diminuindo.

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ARTE FINAL

CMYK O CMYK é constituído pelas cores das tintas utilizadas para impressão, quando se pretende reproduzir uma fotografia. As três juntas formam o preto, que, acrescentado, forma o CMYK. Quadricromia ou selecção de cores são outras denominações utilizadas para o CMYK. Podem ser feitas combinações de quatro, duas ou três cores, dependendo do resultado pretendido. Essas combinações são sempre feitas através de percentagens que se transformam em tramas de pontos. Os pantones, a que também podemos chamar cores directas ou sólidas, são uma referência universal de cores que define a composição das tintas. O sistema desenvolvido pela Pantone é o mais antigo e o mais utilizado. Inclui milhares de cores pantone e as respectivas combinações em CMYK. A Pantone disponibiliza uma variedade de catálogos de cores normais, metálicas, fluorescentes, cores pastel e várias combinações de percentagens do CMYK.

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ARTE FINAL

Pantones Coated / Uncoated Nos pantones existe a divisão entre os coated e os uncoated, conforme se trate de impressão em papéis revestidos (coated), como o couché, ou não revestidos (uncoated), como acontece com a maioria dos fine papers. Se em alguns casos a diferença do coated para o uncoated é insignificante, noutros parece tratar-se mesmo de um pantone diferente. __acabamentos – é na arte final que são feitas todas as contas para dar as devidas compensações relativamente às dobras ou outros tipos de acabamento. Em peças mais complicadas ou com muitas dobras em que temos dúvidas e bom pedir à gráfica que faça um mono antes de fazermos a arte final para testar.

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TRAMAS E PONTOS

trama convencional / trama estocástica / trama híbrida Há dois tipos de originais que comandam a forma como se processa a impressão: a fotografia (ficheiro bitmap) e a ilustração (desenho vectorial). O processo para reproduzir fotografias processa-se sempre através da passagem da imagem a uma trama ou rede, composta por pequenos pontos (halftone), enquanto que os desenhos ou traços não são um conjunto de pontos, excepto se quisermos criar diferentes tonalidades e transformarmos o desenho numa trama. A fotografia digital é constituída por milhões de pixels e quando impressa, passa a ser constituída por milhões de pontos bem definidos. Esses pontos formam quatro tipos de tramas ou redes, cada uma das quais corresponde a uma das cores do CMYK, que, quando conjugadas segundo determinados ângulos, formam a imagem.

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TRAMAS E PONTOS

Existem dois tipos de tramas sendo a mais utilizada a convencional, a trama AM (amplitude modelada); a outra, mais recente e por isso menos utilizada, é a rede FM (frequência modelada), ou trama estocástica. Actualmente alguns processos de impressão estão também a utilizar uma mistura das duas tramas, a que se denomina de trama híbrida ou irregular. Na rede AM, a distribuição dos pontos mantém-se constante ao longo da imagem. A distância entre os centros dos pontos é sempre a mesma e estes variam no tamanho conforme se trate de uma sombra ou de um brilho.

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TRAMAS E PONTOS

Na rede estocástica, acontece exactamente o inverso: o tamanho dos pontos é sempre o mesmo e o que varia é a distância entre eles. Nas sombras, os pontos aparecem todos muito juntos, enquanto que nos brilhos estão mais separados. Em rotogravura podemos também falar em trama de intensidade modelada, em que varia não só o tamanho do ponto, mas também a sua profundidade.

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TRAMAS E PONTOS

O ganho do ponto Esta expressão descreve o aumento do tamanho do ponto causado pelas diversas fases por que passa até ser impresso: passa do computador para a chapa; da chapa para o cauchu e, finalmente, deste para o papel. Ao passar por estas diversas fases, o ponto tem tendência a aumentar, gerando cores mais escuras e tons mais fortes do que aqueles que foram criados no ficheiro. Há outros factores que contribuem para o ganho de ponto: __qualidade do papel, especialmente a sua capacidade de absorção: quanto mais absorvente for o papel, maior será o ganho de ponto; __propriedades das tintas: tintas metálicas e fluorescentes causam maior ganho de ponto;

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TRAMAS E PONTOS

__sistema de impressão: diferentes sistemas, como offset, serigrafia, flexografia ou outros criam diferentes ganhos de ponto; __velocidade da impressão: trabalhos impressos em rotativas têm um ganho superior ao da impressão folha a folha; __pressão dos cilindros: quanto maior for a pressão do cilindro de impressão ou do cauchu, maior será o ganho de ponto; __tipo de trama: na trama estocástica, o ganho de ponto é menor do que na convencional, pois os pontos são mais pequenos; __molha: na impressão sem molha, o ganho de ponto diminui, pois não há perigo de humidade para o papel.

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PROVAS

É necessário que todos os passos da produção sejam devidamente controlados e aprovados, para que se possa passar à fase seguinte. Pode-se exigir uma prova em qualquer fase do processo de produção. O tempo que esta demora a ser feita e os seus custos é que variam, conforme se esteja no princípio ou no fim do processo. A primeira fase é a aprovação da arte final, cuja prova é normalmente feita em papel, numa impressora a jacto de tinta ou laser. Uma vez aprovada a arte final, segue-se os ozalides e provas de cor digitais se for necessário.

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PROVAS

Por fim, as provas mais morosas e mais caras: as provas de máquina. Embora as provas sejam uma simulação do que será o aspecto final do trabalho, há sempre uma variação entre a prova e a impressão final, por várias razões. A única prova realmente fiel é a prova de máquina, pois é feita com tinta, sobre o papel final e com uma máquina indicada para esse trabalho. Interpretar as provas de cor A maior parte das provas de cor contém a barra de cores, a barra dos cinzentos, as miras de corte e as miras de acerto. Existem vários tipos de barras de cores, mas, basicamente, todas dão indicações sobre os seguintes aspectos: densidade da tinta, equilíbrio das cores, registo e ganho de ponto.

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PROCESSOS DE IMPRESSÃO CONVENCIONAL

A grande característica dos processos de impressão convencional é que a imagem a imprimir fica gravada num suporte fisico, um transportador de imagem, que tanto pode ser uma chapa de alumínio em offset, um quadro em serigrafia, um cilindro em rotogravura ou um cliché em flexografia. Enquanto que a impressão digital processa-se directamente do ficheiro digital para o papel, sem que seja necessário fazer essa distinção mecanicamente. O que mais caracteriza e, por consequência, mais distingue cada processo deimpressão é o transportador da imagem. É a forma como se separa a zona a imprimir da zona a não imprimir.

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PROCESSOS DE IMPRESSÃO CONVENCIONAL

Seja qual for o processo de impressão é necessário separar zona de imagem de zona de não imagem

Método do relevo ou carimbo: tipografia e flexografia

Método planográfico: litografia offset

Método stencil: serigrafia

Método do baixo relevo: rotogravura

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FLEXOGRAFIA

Ao transportador de imagem em flexografia chama-se cliché e são chapas de fotopolímero relativamente flexíveis. As tintas utilizadas são fluídas e os custos de preparação não são muito elevados, comparado com outros processos de impressão. Este é o processo que tecnologicamente mais tem evoluído nos últimos anos. Aos poucos vai-se aproximando cada vez mais da rotogravura, em tecnologia e em qualidade. Quanto mais lpi tem o trabalho, mais difícil é controlar a impressão. Para trabalhos com um número elevado de lpi, o rolo que transporta a tinta – o anilox – tem de ser especial e esta tem de ser mais pigmentada, para evitar que entupa facilmente. O anilox é perfurado com milhões de células minúsculas que transportam a tinta.

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FLEXOGRAFIA

Quanto mais células tiver, mais lpi tem, logo, maior é a definição. Devido ao tipo de chapa utilizada, a flexografia tem um ganho de ponto superior ao offset e o registo é também mais difícil de controlar. Na pré-impressão, deve-se ter em consideração o material e a máquina onde vai ser impresso o trabalho. Os clichés são rectificados de acordo com a máquina a utilizar. Grande parte das máquinas de flexografia são rotativas, mas também existem máquinas planas para imprimir suportes mais pequenos, como cartão ou sacos já fechados. Esquema do sistema flexografia

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FLEXOGRAFIA

Gravação das chapas A chapa de fotopolímero é exposta à luz ultravioleta através de um fotolito negativo. As zonas expostas à luz sofrem uma transformação na sua estrutura e solidificam. Posteriormente, a chapa é revelada num banho com dissolventes especiais, que removem a camada de polímero na zona não exposta. O resultado é a zona de imagem em alto relevo, tipo carimbo – o cliché. Actualmente, é mais frequente os clichés serem gravados digitalmente através de tecnologia laser, sem necessitar dos fotolitos. Como a tinta é muito fluída, devido à pressão do cilindro de impressão sobre o cliché, este sofre uma deformação e a tinta é obrigada a escorrer para a zona sem imagem. Quando deixa de haver essa pressão, a tinta volta a recolher, criando um anel de tinta em torno da imagem.

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Característica da impressão flexografica

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FLEXOGRAFIA

Aplicações A flexografia é o processo vulgarmente utilizado para imprimir embalagens em plástico, papel, cartão ou outros materiais absorventes e não absorventes. Por ser um processo económico, comparado com a rotogravura, é muito utilizado em produtos de baixo custo, como sacos de plástico ou de papel, guardanapos de papel, rolos de cozinha, papel de parede, embalagens de plástico para snacks e diversas embalagens de produtos de grande consumo. É um processo simples e adapta-se a imprimir uma grande variedade de materiais flexíveis.

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ROTOGRAVURA

A rotogravura, tal como o nome indica, é um dos processos utilizados para impressão de rótulos de elevada qualidade, bem como para a impressão de catálogos ourevistas também de elevada qualidade e, principalmente, com tiragens muito elevadas. O seu elevado custo de preparação, nomeadamente no que toca à gravação dos cilindros, limita a sua aplicação às grandes tiragens. Ao contrário da tipografia e da flexografia, que imprimem pelo método de alto relevo (tipo carimbo), a rotogravura imprime pelo método de baixo relevo. A zona de imagem fica perfurada, sob a forma de pequenas células no cilindro, enquanto que a zona sem imagem fica intocável. O cilindro roda num tinteiro e a tinta infiltra-se nas células gravadas. O excesso de tinta à superfície é depois retirado com uma espátula e a superfície fica limpa de tinta.

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ROTOGRAVURA

Gravação dos cilindros Os custos de gravação dos cilindros são muito elevados, o tempo de gravação é relativamente lento e fazer correcções depois do trabalho estar na máquina é um pesadelo! A tinta de rotogravura é muito líquida para penetrar facilmente nas células gravadas

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A unidade de impressão é composta por um reservatório de tinta onde circula o cilindro gravado com a imagem. A tinta que fica à superfície é depois raspada por uma espátula e, finalmente, através da pressão, a imagem é transferida para o suporte. Tal como acontece em flexografia, é necessário secar de cada vez que é aplicada a tinta, antes de passar à tinta seguinte; daí que cada unidade de impressão tenha uma unidade de secagem.

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ROTOGRAVURA

A tinta utilizada em rotogravura é muito fluida e escorre como água no cilindro. Por ser uma tinta à base de solvente, seca muito rapidamente por evaporação do solvente. A secagem é também acelerada pela passagem num túnel de secagem. As tintas de rotogravura são, por isso, ideais para imprimir, a alta velocidade, materiais não absorventes, como plásticos ou qualquer outro tipo de película flexível. Colocar slide G e H

As células gravadas são diferentes na dimensão e na profundidade

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Esquema do sistema rotogravura

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ROTOGRAVURA

Aplicações A rotogravura é utilizada para imprimir uma vasta variedade de produtos, desde que as tiragens sejam bastante elevadas e de preferência com várias cores, como caixas de tabaco e selos do correio. As aplicações encontram-se mais ao nível da indústria das embalagens, das revistas e dos catálogos de vendas por correio. O que significa que em rotogravura se consegue não só elevada qualidade, mas também grande velocidade.

Tipologias de máquinas de rotogravura

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Tipologias de máquinas de rotogravura

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LITOGRAFIA OFFSET

É o processo de impressão mais popular quando se trata de imprimir papel com mais qualidade ao mais baixo custo. Ao contrário da tipografia, da flexografia ou da rotogravura, em que existe uma distinção de alto e baixo relevo entre a zona de imagem e a zona sem imagem, em offset as zonas de imagem e sem imagem encontram-se ao mesmo nível na chapa de alumínio, de acordo com aquilo a que se chama «processo planográfico». A litografia assenta no principio de que água e tinta não se misturam. A distinção é conseguida pela superfície da chapa e pela reacção de repulsa entre água e tinta. As zonas sem imagem estão preparadas para receber água e as zonas de imagem para rejeitar a água e receber a tinta.

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LITOGRAFIA OFFSET

A litografia é o único processo em que não há contacto directo entre a chapa e o suporte a imprimir – daí o nome offset, que aos poucos se tornou sinónimo de litografia. Entre o cilindro da chapa e o cilindro da impressão existe um outro cilindro, revestido a cauchu, a matéria que lhe deu o nome. O cilindro da chapa transfere primeiro a imagem para o cauchu e este transfere-a depois para o papel. A matéria flexível do cauchu ajusta-se perfeitamente à superfície irregular do papel, suavizando a transferência da tinta. Ao iniciar-se a impressão, o cilindro que contém a chapa roda primeiro na molha e só depois na tinta. A água vai humedecer toda a área da chapa onde não tem imagem gravada e, quando passa pelo tinteiro, esta zona repele a tinta. A unidade básica de impressão em offset é composta por três cilindros: o cilindro da chapa, o cauchu e o cilindro da impressão.

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LITOGRAFIA OFFSET

Os formatos das máquinas mais comuns e que estão directamente ligados aos formatos do papel, os mais comuns são: 35 cm x 55 cm, para trabalhos pequenos como material de estacionário, 50 cm x 70 cm ou 70 cm x 100 cm. A impressão pode ser feita em plano (folha a folha) ou em rolo, por rotativa. Offset plana ou rotativa. Definir se um trabalho será impresso folha a folha ou por rolo depende principalmente da tiragem.

Esquema do sistema litografia offset

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Esquema do sistema litografia offset

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LITOGRAFIA OFFSET

Aplicações A litografia offset é o processo vulgarmente utilizado para imprimir papel. Consegue uma boa qualidade de reprodução da fotografia e das cores, mesmo em papéis de menor qualidade. As suas aplicações são variadas, principalmente ao nível da publicidade, e vão desde brochuras a folhetos, cartazes, catálogos, revistas, jornais, material de estacionário e embalagens.

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SERIGRAFIA

Este processo de impressão utiliza uma tela de poliéster ou nylon (o mais comum é o poliéster) onde a imagem é desenhada, presa por uma moldura de metal a que se chama «quadro». A tela de poliéster pode ser mais aberta ou mais fechada conforme tenha mais ou menos fios por centímetro, dependendo da qualidade do trabalho. É, de todos os processos, o mais rudimentar. As unidades de impressão são muito simples: o papel ou material a imprimir é colocado por baixo do quadro, a tinta por cima e, com a ajuda de uma espátula, faz-se pressão na tinta, para que esta passe para o papel através dos buracos abertos na tela, que definem a imagem. Este processo oferece algumas vantagens relativamente aos outros e uma das principais é o facto de se utilizar uma tinta muito espessa que resulta numa intensidade e numa opacidade extraordinárias.

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SERIGRAFIA

A tinta dura mais tempo e torna este processo ideal para imprimir publicidade de exterior, como mupis e outdoors. Pode imprimir-se praticamente em todo o tipo de material, liso, texturado ou frágil; daí que exista também uma grande variedade de tintas para serigrafia. É o processo ideal para imprimir cores directas a cheio; em contrapartida, para imprimir tramas, não é muito aconselhado, pois o número de linhas por polegada é inferior ao dos outros processos o que resulta numa perda de definição da imagem. A velocidade de impressão é relativamente lenta.

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SERIGRAFIA

Quadro aberto

A gravação dos quadros: Os materiais mais utilizados para fazer os quadros são o nylon e o poliéster. A gravação ou abertura dos quadros é feita pelo processo fotomecânico, como acontece com outros processos, ou digitalmente, através do computer to screen, que também já é uma realidade no nosso país. No processo fotomecânico, a tela é coberta com uma emulsão fotossensível. Quando esta emulsão está seca, a tela é exposta à luz ultravioleta, em contacto com o fotolito positivo. As zonas não expostas à luz são depois removidas, enquanto que as zonas expostas ficam tapadas pela emulsão e a imagem fica aberta no quadro.

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SERIGRAFIA

As aplicações: A serigrafia é um processo de impressão muito versátil, utilizado para várias aplicações. Há quem lhe chame o «processo-imprime-tudo». Na verdade, ele permite imprimir em praticamente todos os materiais em que imprimem os outros processos e em muitos mais: papel, plásticos, madeira, ferro, loiça, vidro, acrílicos, tecidos, lonas…

Máquina serigrafia a 1 cor

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IMPRESSÃO DIGITAL

Mais do que imprimir, os sistemas de impressão digital representam uma nova forma de criar e de comunicar. Com prazos cada vez mais apertados e tiragens reduzidas, a impressão digital tem ganho cada vez mais adeptos, principalmente em publicidade. Ao eliminar os tempos da pré-impressão necessários para fazer as chapas, é possível imprimir algumas centenas de folhetos em poucas horas, em vez de dias. Uma das grandes vantagens da impressão digital é a possibilidade de se poder fazer uma prova directamente na máquina e correcções de imediato. Outra vantagem é o facto de o toner ou as tintas utilizadas na impressão digital secarem quase automaticamente após a impressão, o que não acontece nos processos convencionais.

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IMPRESSÃO DIGITAL

Ao contrário da impressão convencional, na impressão digital é possível criar uma imagem diferente de cada vez que se imprime. Esta capacidade de variar a informação de impressão para impressão torna este processo imbatível quando se trata de impressões personalizadas. Na impressão convencional, os custos que dizem respeito à pré-impressão e à preparação das máquinas são considerados custos fixos. Na mpressão digital não existem propriamente custos fixos, o custo unitário mantém-se praticamente o mesmo, imprima-se 10 ou 100 cartazes.

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IMPRESSÃO DIGITAL

Na impressão digital pequeno formato existem várias opções. Os equipamentos mais conhecidos na impressão electrofotográfica, talvez por terem sido os pioneiros, são a HP Indigo, pela sua versatilidade ao imprimir vários tipos de substratos (papel e outros materiais) e a Xeikon, que, apesar de ter sofrido alguma instabilidade, é uma excelente opção para impressão em rolo. Mais recentemente, surgiu a Xerox com a Igen3 e a Heidelberg com a Nexpress 2100. Em comum, todas elas procuram alcançar, ou superar, a qualidade do offset e estão seriamente no bom caminho.

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IMPRESSÃO ELECTROFOTOGRÁFICA E OFFSET DIGITAL

A impressão electrofotográfica permite imprimir em pequenas tiragens aquilo que, em offset convencional, seria demasiado caro. Tal como os métodos de impressão convencionais, o processo electrofotográfico também exige um transportador de imagem, só que neste caso a imagem é recarregada no cilindro após cada impressão. Isto é uma limitação no caso de grandes tiragens todas iguais, mas uma vantagem para pequenas tiragens personalizadas. O processo consiste num cilindro revestido a um material fotocondutor carregado com diferentes níveis de luz que criam áreas condutoras nesse cilindro. As partículas de toner aderem a essas áreas, formando a imagem que é depois transferida para o papel, através de atracção electrostática. O cilindro volta a ser carregado em cada rotação, pelo que cada impressão pode ser diferente

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IMPRESSÃO ELECTROFOTOGRÁFICA E OFFSET DIGITAL

das restantes. No caso da impressão a quatro cores, este processo repete-se quatro vezes, só no fim sendo o produto transferido para o papel; o toner é fixado através de calor. Esta tecnologia também é utilizada nas impressoras a laser. O cilindro fotocondutor é carregado ponto por ponto, como determinado pelo bitmap «ripado» do ficheiro. Nalguns sistemas, cada ponto pode ser definido com várias profundidades, o que se traduz em várias intensidades de exposição e, por consequência, em várias intensidades de cor.

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IMPRESSÃO A JACTO DE TINTA

De todos os processos de impressão digital, o jacto de tinta é dos que mais tem evoluído em termos de qualidade e versatilidade. Hoje em dia é possível imprimir quase tudo em jacto de tinta. Existem máquinas que imprimem materiais flexíveis, como papel, lonas ou tecidos e imprimem também materiais rígidos, como PVC, acrílico, vidro, madeira e outros. Tudo isto com uma qualidade ao nível da reprodução da fotografia e das cores muito elevada. Há alguns anos atrás só era possível imprimir branco pelo processo de serigrafia, hoje em dia já é possível imprimir branco em jacto de tinta sobre materiais flexíveis ou rígidos. Este sistema nada tem de similar com os processos anteriores.

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PRODUÇÃOGRÁFICA

IMPRESSÃO A JACTO DE TINTA

Neste tipo de impressão, não existe transportador da imagem e imprime-se utilizando-se tintas, e não toner. A tinta é enviada directamente, através de sinais digitais, para o papel ou para outros materiais, como lona, viníl, tecido ou outros. A imagem é criada no papel através da projecção rápida e sucessiva de pequenas partículas de tinta, ou seja através de rápidos jactos de tinta, sob controlo directo do computador. A forma como essas partículas de tinta são projectadas para o suporte a imprimir varia de tecnologia para tecnologia.

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PRODUÇÃOGRÁFICA

PAPÉIS E OUTROS SUPORTES PARA IMPRESSÃO

Conhecer os papéis existentes no mercado, as suas características e sua melhor aplicação é de extrema importância para o designer, director de arte ou produtor gráfico, por duas razões principais: primeiro por ser um dos elementos do design que afecta a qualidade do trabalho e segundo por ter um peso significativo no orçamento da produção. O custo do papel pode representar entre 30% a 40% do custo total do trabalho, o mais. As diferentes tecnologias de impressão digital têm diferentes especificações relativamente ao tipo de papel que imprimem. Por exemplo, as tecnologias que imprimem à base de toner exigem papéis mais lisos e com uma superfície suave, pois os papéis texturados prejudicam a adesão do toner à superfície do papel.

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PRODUÇÃOGRÁFICA

PAPÉIS E OUTROS SUPORTES PARA IMPRESSÃO

O mesmo acontece com a tecnologia a jacto de tinta, pois os jactos da tinta são tão pequenos que podem ficar distorcidos pela textura irregular do papel. No caso da impressão convencional, há papéis que não funcionam na impressão em offset, mas podem funcionar em serigrafia, como acontece com os muito texturados, muito absorventes ou de cores mais escuras. Podemos dividir os papéis em três grandes categorias: Os revestidos, os não-revestidos e os reciclados, que muitas vezes, no dia-a-dia, são traduzidos por couchés, fine papers e reciclados, respectivamente. Qualquer um deles é feito a partir de fibras vegetais, primárias no caso das virgens e secundárias no caso das recicladas.

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PRODUÇÃOGRÁFICA

PAPÉIS E OUTROS SUPORTES PARA IMPRESSÃO

De acordo com a sua utilidade, cada papel é fabricado de forma diferente, com diferentes tipos de fibra e diferentes aditivos. As características intrínsecas de cada papel dependem da sua forma de fabrico. Por exemplo: fibras curtas dão mais opacidade e fibras longas proporcionam mais resistência ao papel. Para além das características do papel, há outros factores que influenciam a sua escolha, entre eles o processo de impressão, o tipo de trabalho e aquele que muitas vezes, infelizmente, prevalece sobre todos os outros: o orçamento disponível!

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PRODUÇÃOGRÁFICA

CARACTERÍSTICAS DO PAPEL

__Resistência: a resistência do papel é uma das características mais importantes para a indústria das embalagens. O papel tem de aguentar as dobras, plastificações, colagens, contracolagens e todo o manuseamento a que a peça irá estar sujeita. __Absorção: a estrutura fibrosa do papel contém aberturas microscópicas entre as fibras que o fazem absorver líquidos e reagir à temperatura ambiente. Todo o papel é absorvente, embora uns o sejam mais do que outros. Os couchés são menos absorventes do que os fine papers e os papéis revestidos têm uma menor capacidade de absorção. Um papel muito absorvente influencia não só a impressão, como também a reprodução das cores. A capacidade de absorção do papel faz com que haja mais ganho de ponto na impressão

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PRODUÇÃOGRÁFICA

CARACTERÍSTICAS DO PAPEL

__Nível de PH: O facto de se tratar de um papel ácido ou alcalino afecta a impressão. Recentemente, alguns fabricantes decidiram reduzir a acidez dos papéis, pois constataram que os papéis ácidos duram menos; para além disso, tendem a neutralizar os aditivos de secagem das tintas, o que causa problemas na secagem do trabalho. __Cor: Na maior parte dos papéis é branca, mas nem todos os brancos são iguais. Para distinguir os vários tipos de branco, os fabricantes atribuíram-lhes nomes, como branco brilhante, branco natural, branco neve ou branco glaciar. É durante o fabrico do papel, que por natureza deveria ser castanho, que lhe são adicionados químicos para o branquear, assim como corantes para lhe dar cor. Essa cor vai influenciar a reprodução das cores impressas, pois temos de contar com a soma da cor da tinta com a cor do papel.

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CARACTERÍSTICAS DO PAPEL

__Opacidade: A opacidade está relacionada com a transparência do papel. Quando se imprime num lado do papel, não é conveniente que se veja a imagem do verso ou, o que é muito pior, a página seguinte. A opacidade do papel evita que isso aconteça. Quanto mais opaco for o papel, menos se verá a imagem impressa no verso. A opacidade resulta da própria espessura, do peso do papel, do tipo de fibra, do tipo de fabrico, dos aditivos e do tipo de revestimento. Devido aos resíduos da tinta, o papel reciclado é normalmente mais opaco do que os papéis feitos a partir de fibras virgens.

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CARACTERÍSTICAS DO PAPEL

__Brilho: O brilho é a quantidade de luz reflectida pela superfície do papel e que afecta o contraste e o brilho da imagem impressa. Resulta do tipo de pasta de papel, da quantidade de químicos utilizados para branqueá-lo e do revestimento da sua superfície. Os papéis coated têm brilho, os uncoated não. Os papéis coated são ideais para imprimir fotografias, mas pouco aconselháveis para imprimir texto. Ao reflectir a luz, os papéis brilhantes prejudicam a leitura e cansam os olhos. As gráficas preferem imprimir em papel brilhante por ser mais fácil conseguir as cores pretendidas, mais fácil de imprimir e mais rápido a secar.

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CARACTERÍSTICAS DO PAPEL

__Revestimento: o revestimento do papel tem a ver com a sua superfície. É no fabrico do papel que se define como será essa superfície, ao olhar, ao tacto e tendo em conta a sua funcionalidade na impressora. Decide-se também se essa superfície será lisa ou rugosa. As superfícies lisas são as mais indicadas para imprimir fotografia com mais definição e fidelidade à cor, porque este tipo de superfície reflecte luz directamente sem dispersar. Por outro lado, os papéis rugosos são ideais para trabalhos pouco convencionais, mas é necessário ter em consideração que a definição das fotografias será inferior, as cores serão menos fiéis e o ganho de ponto será superior nesses casos.

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TÉCNICAS DE ACABAMENTO

Os acabamentos são as operações efectuadas depois de o trabalho estar impresso e incluem operações muito específicas que fazem das várias folhas impressas uma peça gráfica – um livro, um catálogo, um desdobrável... É aconselhável pensar e testar os acabamentos antes de a peça ser impressa, de forma a antecipar eventuais problemas. Ainda na fase do orçamento, dependendo da complexidade dos acabamentos, é conveniente pedir à gráfica que faça um mono para testarmos se o acabamento funciona. Entre as operações mais frequentes, à parte de vincar, dobrar e cortar, encontram-se o cortante especial, o cunho ou relevo, a plastificação, a estampagem a quente e aplicação de vários tipos de verniz.

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TÉCNICAS DE ACABAMENTO

Corte: o trabalho pode ser cortado de duas formas: com a guilhotina ou com um cortante especial. A guilhotina é uma máquina controlada por computador que é capaz de cortar elevadas quantidades de papel, exactamente com as mesmas medidas. Quando o trabalho apresenta um corte fora do normal, com formas complicadas, é necessário criar um molde com esse corte. A este molde chama-se «cortante» e é feito numa base de madeira, onde o desenho do corte é feito a laser e depois preenchido com lâminas finas que cortam o papel quando pressionado. Se, para além do corte, existirem dobras, em vez de terminar em lâmina, o metal tem um acabamento arredondado para não cortar o papel. Quando o cortante convencional não consegue recortar determinada forma, ou porque é muito pequena ou porque tem pormenores muito minuciosos, podemos sempre recorrer ao corte a laser, que, apesar de ficar perfeito, tem os inconvenientes de ser mais caro do que o cortante gráfico e de queimar ligeiramente o papel (embora isso se note mais em papel branco do que em papel de cor).

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TÉCNICAS DE ACABAMENTO

Dobras e vincos: o sistema de dobra e a imposição das páginas impressas são fases relacionadas entre si. Antes de o trabalho ser dobrado, à folha impressa chama-se «plano». Algumas gráficas utilizam a imposição standard de 8, 16 ou 32 páginas.. Existem vários tipos de máquinas com variadas configurações. Para facilitar as dobras, principalmente em papéis de gramagens superiores, o trabalho começa por ser vincado e só depois é dobrado. Depois de o plano impresso estar dobrado em cadernos, há que alceá-los, ou seja, colocá-los por ordem, para serem depois cosidos numa peça só, como é o caso nos livros e catálogos. Durante a dobra do trabalho, pode surgir um outro problema, que se prende com a direcção da fibra do papel. Quando se dobra no sentido da fibra, o trabalho fica impecavelmente dobrado, mas o mesmo não acontece quando se dobra contra o sentido da fibra. Nestes casos, na zona da dobra, o papel e a tinta quebram, resultando um aspecto «descascado» e branco.

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TÉCNICAS DE ACABAMENTO

Coser: os trabalhos compostos por vários cadernos, como acontece com os livros ou brochuras, são depois cosidos entre si, a arame, a linha ou simplesmente com cola. Coser a arame é o acabamento mais simples, mais rápido e mais económico, enquanto que coser à linha é um acabamento com mais qualidade, mas mais demorado e também mais caro. Os cadernos cosidos à linha são posteriormente colados à lombada. É o acabamento que garante mais durabilidade e o ideal para livros de qualidade.

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TÉCNICAS DE ACABAMENTO

Verniz e plastificação: o verniz e a plastificação são muitas vezes considerados opções alternativas, mas é possível combinar os dois. É frequente vermos trabalhos com plastificação mate e verniz ultravioleta brilhante localizado, por cima. O verniz pode ser aplicado no geral ou com reservas localizadas. Tanto um como outro protegem o trabalho de marcas ou sujidade, embora o plástico ofereça mais resistência ao trabalho. O verniz pode ser dado pelo processo offset ou por serigrafia que permite uma varieade muito maior no tipo de verniz. A pastificação é sempre na totalidade do trabalho mas existe uma grande variedade de opções criativas.

Cunho ou relevo: o cunho ou relevo dá à imagem impressa uma terceira dimensão: a profundidade. Pode ser alto relevo ou baixo relevo. Em ambos os casos, a imagem a que se pretende dar relevo é moldada em metal (gravura) de forma a que, quando pressionado no papel, resulta na sua distorção, dando um efeito tridimensional. Quando o cunho é feito sobre o papel, sem tinta, diz-se ser relevo a seco ou a branco, o que é mais simples do que quando se tem de acertar o relevo com a imagem impressa.

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TÉCNICAS DE ACABAMENTO

Estampagem a quente: esta técnica utiliza folhas metálicas ou pigmentadas. A folha é posta em contacto com o suporte debaixo de calor e pressão. A imagem pressionada passa definitivamente para o suporte. É necessário criar antes uma gravura de metal à semelhança do que acontece com o relevo a seco, mas a gravura é mais fina para não provocar uma grande distorção no papel. Pode-secombinar o relevo a seco com a estampagem a quente. Existe uma grande variedade de cores para estampagem a quente. A estampagem a quente é tão opaca que tapa qualquer superfície escura.

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TÉCNICAS DE ACABAMENTO

Acabamentos para livros: existem vários tipos de acabamentos para livros conforme se trate de um livro de capa dura ou de um livro de capa mole. A capa dura é o processo que oferece mais resistência e qualidade. A capa é feita de cartão prensado e forrada a papel, tecido ou qualquer outro material. Os cadernos são cosidos à linha e colados à lombada, presos por um tecido chamado transhefil. No caso da capa mole, trata-se de uma cartolina ou um papel de gramagem mais elevada e os cadernos podem ser cosidos ou apenas serotados e colados á lombada. A diferença nota-se ao nível da durabilidade e dos custos envolvidos.

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ESCOLHER A GRÁFICA

Quando escolhemos uma gráfica, há três critérios que devemos ter sempre em consideração: o preço, a qualidade e o serviço. O ideal é conhecermos muito bem as gráficas com que vamos trabalhar; saber exactamente que equipamentos têm e qual é o seu empenho na qualidade e no serviço. Estes três aspectos estão interligados, pois a qualidade depende também do tipo de tecnologia utilizada, da competência dos profissionais e da sua experiência no tipo de trabalho em causa. Para termos uma ideia do critério de qualidade de uma gráfica, é conveniente pedirmos para ver o seu portefólio, visitarmos as suas instalações ou termos referências de outras identidades.

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ESCOLHER GRÁFICA

A avaliação do serviço prestado pelo gráfica prende-se com aspectos como: o respeito pelos prazos estabelecidos, a capacidade de dar resposta às nossas consultas, a capacidade de prestar atenção a pormenores e de fazer uma análise crítica ao nosso trabalho, alertando-nos para eventuais incorrecções que ele possa ter. Acima de tudo, é preciso perceber se há possibilidades de estabelecer uma parceria com a gráfica para futuros trabalhos e criar uma relação de confiança.

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PEDIR ORÇAMENTOS A GRÁFICAS

Elementos que devem constar no pedido: __identificar a peça __exemplo: desdobrável __formato aberto e fechado __exemplo: 40x20cm aberto e 10x20cm fechado __nº de cores frente / verso __exemplo: 4/4 cores __tipo de papel e gramagem __exemplo: couché 200grs __acabamentos __exemplo: plastificação mate f/v, 3 vincos e 3 dobras em harmónio __tiragem __exemplo: 1 000 ex.

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Conceição Barbosa

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