Rubem Braga Convida

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O Congresso Brasileiro de Biblioteconomia e Documentação (CBBD) é realizado desde 1954, constituindo-se no espaço privilegiado de discussão do estado da arte da Biblioteconomia e da Ciência da Informação e integração dos profissionais das bibliotecas brasileiras de todas as tipologias: escolares, públicas, comunitárias, especializadas, universitárias, prisionais e parlamentares. O evento é organizado pela Federação Brasileira de Associações de Bibliotecários, Cientistas da Informação e Instituições (FEBAB) que tem seu trabalho pautado em duas vertentes principais – o advocacy por mais e melhores bibliotecas no país e a educação continuada dos profissionais que atuam nesses espaços. Vitória recebe o CBBD pela segunda vez, tendo sido sede em 1985. A 28ª edição está repleta de comemorações – os 65 anos do evento e os 60 anos da nossa Federação Brasileira de Associação de Bibliotecários e Instituições. Ainda prestará homenagem ao escritor Rubem Braga, nascido em Cachoeira do Itapemirim, em 12 de janeiro de 1913. Iniciou-se no jornalismo profissional ainda estudante, aos 15 anos, no Correio do Sul, de Cachoeiro de Itapemirim, fazendo reportagens e assinando crônicas diárias no jornal Diário da Tarde. Como repórter, trabalhou para os Diários Associados na cobertura da Revolução Constitucionalista de 1932. Mesmo depois de formado em Direito, seguiu produzindo crônicas, desta vez para O Jornal.

Mudou-se para o Recife e passou a escrever para o Diário de Pernambuco. Fundou, no Rio de Janeiro, o jornal Folha do Povo, tomando partido na Aliança Nacional Libertadora (ANL). Em 1936, lançou o seu primeiro livro de crônicas, O Conde e o Passarinho. Em 1938, fundou, com Samuel Wainer e Azevedo Amaral, a revista Diretrizes. Foi correspondente do Diário Carioca na Europa durante a Segunda Guerra Mundial, tendo tomado parte na campanha da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Itália, em 1945. No período de 1961 a 1963, foi embaixador do Brasil no Marrocos. Rubem Braga dedicou-se exclusivamente à crônica, que o tornou popular e como cronista mostrava seu estilo irônico, lírico e extremamente bem-humorado. Sabia também ser ácido e escrevia textos duros defendendo os seus pontos de vista. Fazia crítica social, denunciava injustiças, a falta de liberdade da imprensa e combatia governos autoritários. É considerado por muitos o maior cronista brasileiro desde Machado de Assis. Ele publicou diversos livros, entre eles Crônicas do Espírito Santo e Coisas Simples do Cotidiano. Com Fernando Sabino e Otto Lara Resende fundou, em 1968, a editora Sabiá, responsável pelo lançamento no Brasil de escritores como Gabriel Garcia Márquez, Pablo Neruda e Jorge Luis Borges. Foram 62 anos de jornalismo e mais de 15 mil crônicas escritas antes de falecer, no Rio de Janeiro, em 19 de dezembro de 1990.


RUBEM BRAGA CONVIDA é um espetáculo em 8 atos, que contém falas oficiais e homenagens. O próprio Rubem será a mestre de cerimônias e contará um pouco de sua trajetória e obra. FICHA TÉCNICA Claudia Toni, idealização Camila Fresca, roteiro Eucir de Sousa, interpreta Rubem Braga Potiguara Menezes, contrabaixo e direção musical Carlos Papel - voz, violão e composição Dora Dalvi - voz e violão Gabriel Ruy - bateria e percussão Federação Brasileira de Associações de Bibliotecários e Instituições FEBAB, realização Ana Carolina Ferrari, arte e diagramação Apoio: Claudia Calazans BIBLIOGRAFIA BRAGA, Rubem. Rubem Braga: melhores crônicas [seleção Carlos Ribeiro]. São Paulo: Global, 2013. CARVALHO, Marco Antonio de. Rubem Braga: um cigano fazendeiro do ar. São Paulo: Biblioteca Azul, 2013. Entrevista de Rubem Braga a Beatriz Marinho, publicada em O Estado de São Paulo, 24.10.1987. Fonte: http://www.tirodeletra.com.br/entrevistas/ RubemBraga.htm, acesso em 30.08.2019. LISPECTOR, Clarice. Entrevistas/Clarice Lispector; [organização de Claire Williams; preparação de originais e notas biográficas de Teresa Montero]. Rio de Janeiro: Rocco, 2007. RIBEIRO, Carlos. “Escritor múltiplo”, in Rubem Braga: melhores crônicas [seleção Carlos Ribeiro]. São Paulo: Global, 2013.


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