Segunda
Entrevista com
Cinema Brasileiro e
Novembro 24 2020
Chirstopher Nolan
Cinema Internacional
ALUNOS DEYVID ALEXANDRE CAIO MONTEIRO MATEUS LUIS LETÍCIA BARRETTO LUCAS FERREIRA
TEMA DA REVISTA: CINEMA
PÚBLICO ALVO JOVEM/ADULTO
PROJETO GRÁFICO TIPOGRAFIAS USADAS: BAHNCHRIFT, PALATINO LINOTYPE. FORMATO: 22X28CM TIPO DE PAPEL: OFFSET
SUMÁRIO SESSÃO INTERNACIONAL Espaço para matérias extrangeiras
SAGA DO INFINITO História completa de toda a sala do titã louco, Thanos.
PREMAÇÃO DO OSCAR Filmes mai premiados do oscar
ENTREVISTA E n t r ev i s t a c o m C h r i s t o p h e r N o l a n
SESSÃO NACIONAL Espaço para matérias sobre atoes e filmes nacionais
PRÊMIO OTELO
Grande prêmio do cinema brasileiro
ATORES BRASILEIROS CONSAGRADOS Atores nacionais consagrados
CURIOSIDADES O GAMBITO DA RAINHA
CINE JOURNAL
Curiosidades da minisérie de susseço da netflix
SEÇÃO INTERNACIONAL
SAGA DO IN
A Saga do Infinito foi uma saga de filmes que constituiu dos primeiros vinte e três filmes do Universo Cinematográfico Marvel, englobando a Fase Um, Fase Dois e Fase Três. A saga se iniciou em Homem de Ferro e encerrou-se em Homem-Aranha: Longe de Casa. O tema principal da saga é centrado nas Joias do Infinito e a guerra contra Thanos. ENREDO: A Saga do Infinito é o nome dado à história dos vinte e três filmes no Universo Cinematográfico Marvel, com o foco primário sendo as Joias do Infinito, uma coleção de seis objetos poderosos que controlam cada aspecto do indivíduo. O antagonista primário da saga é o senhor de guerra Thanos, que quer coletar as joias e usá-las para exterminar metade da população do universo, acreditando que isto irá poupar o universo de ser destruído pela superlotação. Seus adversários primários é a equipe de super-heróis conhecida como os Vingadores
FINITO
Os primórdios da história do UCM mostram que três das joias, sendo elas Tempo, Realidade e Espaço, viajaram através dos Nove Reinos. Enquanto a Joia do Tempo permaneceu em posse dos Mestres das Artes Místicas, as outras duas citadas foram procuradas pelos Asgardianos. A espécie esconde as joias, com a Joia do Espaço sendo enviada à Terra, onde foi, eventualmente, encontrada pela organização HIDRA durante a Segunda Guerra Mundial. Seus esforços em usar a Joia do Espaço e concretizar seus objetivos de governar o mundo fizeram com que Steve Rogers se transformasse em um super soldado, conhecido como Capitão América. Junto da Reserva Científica Estratégica (RCE), Capitão e a RCE são capazes de derrotar a HIDRA e recuperarem a Joia do Espaço. Porém, Steve fica congelado no Ártico por setenta anos. A RCE é reformada e transformada na organização S.H.I.E.L.D., que havia sido infiltrada pela HIDRA. A agência continua a fazer experimentos na Joia do Espaço e, em 1990, um membro renegado do Império Kree vem à Terra para utilizá-lo e ajudar a salvar os Skrulls da guerra genocida dos Kree contra eles.
A batalha das espécies resulta que Carol Danvers, piloto da Força Aérea dos Estados Unidos, obtenha poderes cósmicos através do Tesseract. A experiência com Danvers e alienígenas fizeram com que a S.H.I.E.L.D. criasse a Iniciativa Vingadores, um programa que recrutaria super indivíduos para proteger o planeta. No dia atual, os Vingadores é composto por seis membros: Steve Rogers, que foi resgatado e revivido pela S.H.I.E.L.D.; o cientista Bruce Banner; o inventor Tony Stark; o príncipe Asgardiano Thor; e os agentes Natasha Romanoff e Clint Barton. Juntos, os seis formaram os Vingadores originais e tiveram seu primeiro confronto contra as forças de Thanos quando o Titã envia seu exército Chitauri, sobre o comando de Loki, à Terra para roubar a Joia do Espaço. Os Vingadores derrotam Loki e os Chitauri em uma batalha na Cidade de Nova York, e então a Joia do Espaço é devolvido à Asgard. Um ano depois. a Joia da Realidade é encontrada pela astrofísica Jane Foster, que encontrou o objeto enquanto estudava a Convergência, e fazendo com que ela entrasse em confronto com os Elfos Negros, que procuravam a Joia da Realidade para erradicar os Nove Reinos. Thor é capaz de derrotá-los, e então a Joia da Realidade é movida para as mãos do Colecionador. Durante este tempo, Thanos e seus aliados entraram em conflito pela Joia do Poder.
A S.H.I.E.L.D. é destruída quando a infiltração da HIDRA é trazida à luz, fazendo com que os Vingadores trabalhassem contra a agência terrorista de forma independente. Em sua última batalha contra eles, os Vingadores cruzam caminhos com a Joia da Mente, que havia sido recuperada por Thanos mas perdida após a derrota de Loki. Experimentos com a Joia fizeram com que dois irmãos gêmeos, Wanda Maximoff e Pietro Maximoff, ganhassem super-poderes e criasse dois super-androides, Ultron e Visão. Porém, Ultron se torna megalomaníaco e tenta destruir a humanidade. Os Vingadores conseguem impedi-lo, mas suas ações causam atrito entre a equipe e o público. Suas atitudes fizeram com que o Tratado de Sokovia, documentos que regulariam as atividades dos heróis, fosse criado. O Tratado causou uma ruptura nos Vingadores, levando-os em múltiplos conflitos e, eventualmente, seu fim. A divisão dos Vingadores e a destruição de Asgard, causada por Hela, a sádica e irmã mais velha de Thor, tornou o universo mais vulnerável e permitiu que Thanos iniciasse sua busca pelas Joias do Infinito, mas, desta vez, ele mesmo iria caçá-las. Xandar é destruída após recuperar a Joia do Poder e em seguida pegando a Joia do Espaço dos sobreviventes da destruição de Asgard.
Thanos envia seus filhos à Terra para localizarem as Joias do Tempo e Mente enquanto o Titã Louco vai até Luganenhum para recuperar a Joia da Realidade do Colecionador, onde, lá, captura sua filha, Gamora, sabendo que ela conhecia a localização da Joia da Alma em Vormir, protegida pelo Caveira Vermelha, que havia sido transportado ao planeta após entrar em contato e ser negado pela Joia do Espaço. Em lágrimas, Thanos sacrifica Gamora para conquistar a Joia da Alma, e então retorna à Titã para aguardar o retorno de seus filhos com ambas Joias da Terra. Porém, Tha nos é confrontado pelo Doutor Estranho, Homem de Ferro, Homem-Aranha, Senhor das Estrelas, Drax, Mantis e Nebulosa em uma batalha pela Joia do Tempo, enquanto, ao mesmo tempo, uma batalha ocorre em Wakanda pela Joia da Mente.
Cinco anos depois, os Vingadores seguem seus caminhos até o retorno de Scott Lang, revelando um plano para utilizar o Reino Quântico e voltar no tempo para diferentes lugar do tempo para coletarem as Joias do Infinito antes de Thanos. Homem de Ferro, Capitão América, Hulk e o Homem-Formiga vão à Nova York de 2012 pra recuperarem as Joias do Espaço, Tempo e Mente. Porém, quando Loki escapa com o Tesseract, Steve e Stark voltam à New Jersey em 1970 para recuperar a Joia do Espaço da base onde Rogers foi treinado. Thor e Rocket Raccoon vão à Asgard de 2013 para recuperar a Joia da Realidade de Jane Foster, onde, lá, Thor conversa sinceramente com sua mãe, Frigga, e sai com seu martelo, o Mjølnir.
Nas consequências da batalha, Tony Stark será relembrado por seus aliados, assim como sua esposa, Pepper Potts, e sua filha, Morgan. Os Vingadores remanescentes separam-se, com Thor se juntando aos Guardiões da Galáxia, Clint reencontrando sua família e Rogers tornando Sam Wilson o novo Capitão América, após decidir viver sua vida com Peggy Carter como sempre quis enquanto devolvia as Joias em suas linhas do tempo, ao entregá-lo seu escudo. Oito meses depois, Peter decide tirar férias em ser o Homem-Aranha e viaja à Europa, onde declara seus sentimentos por MJ. A viagem não vai como planejado quando "Fury" recrutar Parker para uma missão de impedir os Elementais ao lado de Quentin Beck, que clama ser de outra dimensão, mas, na verdade, é um antigo funcionário das Indústrias Stark que procurar preencher o vácuo deixado pela morte de Stark. Os planos de Beck são arruinados no confronto final em Londres, onde tenta matar Parker. É revelado que Fury e Maria Hill haviam sido substituídos por Skrulls, Talos e Soren, por ordens do verdadeiro Nick Fury, que estava no espaço junto de outros Skrulls. No meio tempo, quando as coisas parecem estar dando certo para Parker, uma notícia é exibida, culpando-o pela morte de Beck e revelando sua identidade secreta como o Homem-Aranha.
FILMES Homem de Ferro (2008)
Tony Stark é um industrial bilionário e inventor brilhante que realiza testes bélicos no exterior, mas é sequestrado por terroristas que o forçam a construir uma arma devastadora. Em vez disso, ele constrói uma armadura blindada e enfrenta seus sequestradores. Ao voltar para os EUA, Stark aprimora a armadura e a utiliza para combater o crime.
O INCRÍVEL HULK (2008) Graças ao experimento com radiação gama, o doutor Bruce Banner deve lidar com os efeitos colaterais enquanto é caçado pelos militares. Enquanto isto, um soldado militar usa a mesma tecnologia para se tornar um perigoso Abominável.
HOMEM DE FERRO 2 (2010) Com o mundo sabendo de sua vida dupla como um super-herói blindado, o inventor bilionário Tony Stark encara a pressão do governo, da empresa e do público para que compartilhe sua tecnologia com os militares, enquanto lida com um insano inventor Russo que quer matá-lo.
THOR (2011) O poderoso, mas arrogante, Asgardiano Thor é banido de sua casa para viver com os humanos na Terra, onde deverá aprender sobre a humanidade, mas ele acaba encontrando seu amor.
CAPITÃO AMÉRICA: O PRIMEIRO VINGADOR (2011)
Após ser dispensado do serviço militar, Steve Rogers se voluntaria para um projeto secreto que o transforma no Capitão América, um soldado dedicado que defende os ideais Americanos.
HOMEM DE FERRO 3 (2013)
Quando o mundo de Tony Stark é destruído pelo formidável terrorista Mandarim, ele embarca numa viagem de reconstrução e retribuição.
OS VINGADORES Quando a segurança global é ameaçada por Loki e seus capangas, Nick Fury, da S.H.I.E.L.D., reúne um equipe de super-heróis para salvar o mundo do desastre.
THOR: O MUNDO SOMBRIO (2013)
CAPITÃO AMÉRICA 2: O SOLDADO INVERNAL (2014) Steve Rogers enfrenta seu papel no mundo moderno e se une à Natasha Romanoff, conhecida como Viúva Negra, para enfrentar um inimigo que vive nas sombras na atual Washington, D.C..
Quando Jane Foster é posta em perigo por cidadãos do mundo sombrio de Svartalfheim e de uma arma misteriosa chamada de Éter, Thor embarca numa busca para protegê-la a qualquer custo.
GUARDIÕES DA GALÁXIA (2014) No espaço sideral, Peter Quill, um homem levado da Terra quando criança, se une a um grupo renegado de seres extraterrestres para enfrentar Ronan, um líder Kree que procura um objeto que pode, potencialmente, destruir uma galáxia.
VINGADORES: ERA DE ULTRON (2015)
HOMEM-FORMIGA (2015) Armado com a incrível habilidade de encolher mas aumentar sua força, Scott Lang deve abraçar seu herói interior e ajudar seu mentor, Hank Pym, em proteger o segredo por de trás do espetacular Traje do Homem-Formiga de uma nova geração de ameaças.
CAPITÃO AMÉRICA: GUERRA CIVIL (2016)
Em um mundo onde a HIDRA continua ganhando poder e controle, Tony Stark constrói uma I.A. avançada para combater a organização. Porém, os planos dão errados quando a máquina cria vida e ameaça os Vingadores.
DOUTOR ESTRANHO (2016) Doutor Estranho conta a história do neurocirurgião mundialmente famoso Dr. Stephen Strange, cuja vida muda para sempre depois de sofrer um terrível acidente de carro que incapacita suas mãos. Como a medicina tradicional não pode ajudá-lo, ele é forçado a procurar por cura e esperança em um lugar improvável – o misterioso enclave conhecido como Kamar-Taj.
Capitão América: Guerra Civil encontra Steve Rogers liderando o recém-formado time de Vingadores em seus esforços contínuos para proteger a humanidade.
GUARDIÕES DA GALÁXIA VOL. 2 (2017) Os Guardiões devem lutar para manter sua recém-formada família unida, enquanto tentam desvendar os mistérios da verdadeira paternidade de Peter Quill.
HOMEM-ARANHA: DE VOLTA AO LAR (2017) O jovem Peter Parker/Homem-Aranha, que fez sua estreia sensacional em Capitão América: Guerra Civil, começa a navegar em sua recém-descoberta identidade como o super-herói disparador de teia.
THOR: RAGNAROK (2017) Em Thor: Ragnarok, Thor é aprisionado do outro lado do universo sem seu poderoso martelo e se vê em uma corrida contra o tempo para voltar a Asgard e impedir o Ragnarök.
PANTERA NEGRA (2018) Após os eventos de Capitão América: Guerra Civil, T'Challa retorna para sua casa, a reclusa e tecnologicamente avançada nação africana de Wakanda, para servir como o novo líder de seu país.
VINGADORES: GUERRA INFINITA (2018) Uma jornada cinematográfica sem precedentes produzida por dez anos através todo o Universo Cinematográfico Marvel, Vingadores: Guerra Infinita traz para as telas a batalha definitiva e mais mortal de todos os tempos.
H.FORMIGA E A VESPA (2018) Enquanto ele luta para reequilibrar sua vida em casa com suas responsabilidades de Homem-Formiga, ele é convocado por Hope van Dyne e Dr. Hank Pym para uma nova e urgente missão..
CAPITÃ MARVEL (2019) Ambientado nos anos 1990, Capitã Marvel, da Marvel Studios, A história acompanha Carol Danvers conforme ela se torna uma das heroínas mais poderosas do universo no momento em que a Terra se vê no meio de uma batalha galática entre duas raças alienígenas.
VINGADORES: ULTIMATO (2019)
HOMEM-ARANHA: LONGE DE CASA (2019) o plano de Peter de deixar seus atos super-heroicos para trás por algumas semanas é rapidamente descartado quando ele a contragosto concorda em ajudar "Nick Fury" a descobrir o mistério por trás de vários ataques de criaturas elementais, causando estragos em todo o continente! O curso de eventos iniciado por Thanos que dizimou metade da população e fraturou os Vingadores faz com que os heróis remanescentes tomem uma ação final na grande conclusão de vinte e dois filmes da Marvel Studios, Vingadores: Ultimato.
3 Amor , Subl i meAmor ( Jer omeRobbi ns, Rober tWi se, 1 9 61 ) 1 0pr êmi osOsc ar
O fil me , ba s e a donosl i vr osdas é r i ehomôni ma , e s c r i t aporJ . R. R. Tol ki e n, éoúl t i modat r i l ogi a , quef oia da pt a dapa r aoc i ne ma . El ea l c a nç oua 1 3 ºma i orbi l he t e r i adahi s t ór i a , ef oic ons i de r a dope l ac r í t i c ac omo“ vi s ua l me nt ede s l umbr a nt eee moc i ona l me nt epode r os o” . Noa nodel a nç a me nt o, e l er e c e be uoOs c a re mt oda sa s1 1c a t e gor i a sa squa i sf oii ndi c a do: Me l horFi l me , Me l horDi r e ç ã o, Me l horRot e i r oAda pt a do, Me l hor e sEf e i t osVi s ua i s , Me l horDi r e ç ã odeAr t e , Me l horEdi ç ã o, Me l horFi gur i no, Me l horMa qui a ge m, Me l horMi x a ge m deSom, Me l horTr i l ha Sonor a , Me l horCa nç ã oOr i gi na l .
At r a maéc e nt r a dae m He nr y, um
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Mús i c a . El et a mbé mc onc or r e una s
Di r e ç ãodeAr t e ,Me l horFi gur i noe
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c a t e gor i a s : Me l horRot e i r oAda pt a do,
Me l horEdi ç ão. Al é m di s s o,t ambé m
Fot ogr a fia , Me l horMi xa ge m deSom,
Me l horEdi ç ã o, Me l horAt or
ENTREVISTA COM
CHRISTOPHER NOLAN Computação gráfica? De jeito nenhum. Em "Dunkirk", os cameramen tiveram de comer areia, beber água salgada e voar nos caças.
N
Creio que seja por ambas essas razões. Os ingleses compreendem que a derrota em Dunquerque e a evacuação que se seguiu constituem uma vitória de imensa ressonância. Mas essa não é uma história que pertença aos americanos – que produzem a maior parte dos filmes relacionados à II Guerra Mundial –, e é um pouco difícil explicar a eles por que o público iria ver uma história de derrota. Outro dado é que esse é um episódio não apenas quase que estritamente britânico, mas também de proporções colossais, que requer um orçamento de padrão americano para ser recriado com alguma medida de fidelidade. Esse, enfim, é um filme que só poderia ser feito por um cineasta – neste caso, eu – que tivesse suficiente confiança por parte de um grande estúdio americano para persuadir os produtores de que esta pode, sim, ser uma história de apelo universal. Poucas vezes a evacuação de Dunquerque foi mostrada no cinema. Seria porque os ameriDunkirk, além disso, flerta com o cinema canos ainda não haviam entrado na guerra, experimental – tem poucos diálogos, muita ou porque se trata da história de uma sensação e uma linha de tempo fragmentada. derrota?
ão é só pelo talento e pelo domínio técnico colossal que Christopher Nolan merece admiração: é pela inquietação e pela obstinação de sempre levar o cinema mais adiante – de alargar os limites do que é possível fazer dele e com ele. O curioso é que não é com as charadas intelectuais de A origem ou mesmo com a fantasia niilista de Batman – O Cavaleiro das Trevas que Nolan chegou ao auge desse seu trabalho de esticar as possibilidades narrativas do cinema: é lidando com a reconstituição de um episódio real e muito documentado – a evacuação das forças inglesas, francesas e belgas da praia de Dunquerque, na França, onde 400 000 homens foram encurralados pelos nazistas no final de maio de 1940. A seguir, Nolan explica tintim por tintim como foi esse trabalho:
Hesito em usar a palavra “experimental”, porque não quero assustar ninguém, a começar pelo estúdio. Mas, sim, a narrativa de Dunkirk tem aspectos experimentais. Meu plano era fazer um filme com um ritmo diferente de qualquer coisa que eu já houvesse feito – ou mesmo visto – antes. Desenvolvi então uma estrutura em que vários pontos de vista subjetivos são contrastados, e desenrolam-se em três janelas de tempo distintas: uma semana para os soldados na praia, um dia para os barcos que partem da Inglaterra rumo a Dunquerque e uma hora para os pilotos nos caças. O intuito é dar à plateia uma visão ampla dos acontecimentos, mas sempre dentro de uma perspectiva humana. Eu não queria cortar para situações indiferenciadas de batalha que sinalizassem qual seria o resultado conjunto dos eventos. O propósito é manter o espectador no mesmo estado de suspense que as pessoas envolvidas na ação estariam experimentando. De uma perspectiva técnica, a feitura do filme deve ter sido quase um trabalho de pesadelo. Houve uma enormidade de desafios físicos e logísticos, na maioria advindos da decisão de usar ação real captada com a câmera, apenas com o mínimo absolutamente incontornável de efeitos digitais. Isso implicou semanas de filmagem com equipe e elenco expostos aos elementos e até 4 000 figurantes envolvidos numa mesma tomada. Mas reclamar de qualquer desconforto que porventura tenhamos passado seria deplorável: eles foram triviais e insignificantes em comparação com os fatos de que éramos continuamente lembrados – de que os milhares de homens acuados na praia de Dunquerque estavam tentando sobreviver ao terror das bombas de verdade, não explosões falsas como as nossas. Filmar ação real é hoje quase uma atitude de resistência, não? Sou da opinião de que a dependência crescente do cinema em relação aos efeitos digitais tomou um rumo equivocado: tornou-se questão de conforto, não de qualidade.
Em vez de levar a uma melhora substantiva dos efeitos em geral para que eles se comparem de igual para igual à ação real, ela levou foi a uma piora da cinematografia. Aceita-se que aquilo é falso, e pronto. Agora é o rabo que balança o cachorro. O desejável é que o contrário ocorra: os profissionais de efeitos digitais têm de ser desafiados a produzir imagens indivisíveis da fotografia real. Dunkirk foi rodado em IMAX e formato panorâmico 70 milímetros, com câmeras pesadas para o padrão habitual de hoje, quando todo mundo usa as leves e ágeis digitais. Essa opção por privilegiar a majestade da imagem é algo que se está perdendo? Esse, a meu ver, é outro equívoco em que o cinema incorreu no que diz respeito à tecnologia. Cineastas em geral gostam de forçar os limites daquilo que se chama de “a resistência do meio” – os obstáculos tecnológicos no caminho das inovações narrativas e visuais. Câmeras pesadas podem parecer uma limitação; mas, às vezes, quando as pessoas falam na leveza e versatilidade das novas câmeras digitais, elas estão falando simplesmente de conveniência, não do que é mais ou menos apropriado às necessidades daquela história a ser narrada em particular. Quando a câmera leve acrescenta algo à narrativa – por favorecer a marcação de cena ou a movimentação –, sou a favor. Quando ela subtrai da narrativa por algum motivo, a leveza e agilidade deixam de ser vantagem. Ademais, a tecnologia proporciona também ótimos suportes para câmeras pesadas, e gente para carregar peso é o que não falta num set de filmagem. Se David Lean estava disposto a carregar câmeras de 60 quilos no calor do deserto, não vejo por que eu não possa estar também. Dunkirk deixa transparecer uma ponta de decepção – o sentimento de que na cultura mais superficial de hoje isso que se vê no filme, de tanto sofrimento e tanta solidariedade em meio a ele, não teria lugar no mundo atual. Confere? Acho que o filme convida à especulação sobre esse tema. A maneira como milhares de pessoas comuns atravessaram o Canal da Mancha em barquinhos para ir resgatar os soldados – como, essencialmente, saíram de casa para ir à guerra naquele dia – é um lembrete extraordinário de que comunidades são capazes de feitos que estão fora do alcance dos indivíduos. E certamente vivemos numa cultura que valoriza a individualidade e a conquista individual. Mas não sei se a capacidade para a fortitude e a solidariedade se perdeu: talvez o simples fato de sermos capazes de reconhecer que a solidariedade é uma força e uma virtude já seja prova de que esses sentimentos ainda existem, e podem se
manifestar. Sou um otimista a respeito da natureza humana.
respeito deles terá de ser formada no decorrer do filme, não previamente.
O discurso do primeiro-ministro Winston A trajetória do protagonista durante a Churchill no Parlamento no dia da evacuação semana de espera pela evacuação é tenebrosa, é um marco da oratória e, principalmente, do uma sucessão de esforços imensos e frustrapoder da liderança para galvanizar uma dos para deixar a praia. Você se baseou na nação abalada. Por que você escolheu não história de algum soldado em especial? usar o discurso na própria voz de Churchill, e sim lido pelos personagens nos jornais? Fiz muita pesquisa, li muitos relatos em primeira mão, conversei com os sobreviventes Eu não queria abandonar nem por um com que consegui contato. Tudo que está no momento o ponto de vista dos personagens. filme é em alguma medida decalcado dessas Os soldados não o teriam ouvido no Parlamenexperiências reais. Mas eu precisava de to, obviamente, e nem sequer no rádio. Na alguém que as reunisse e resumisse, por isso o verdade, essa é a questão que está no centro personagem interpretado por Fionn Whitehedo filme: esses rapazes não sabem ainda qual o ad é ficcional. significado da experiência que acabaram de ter. Eles estão apenas começando a descobrir Há muito de cinema mudo na maneira como que não serão desprezados pela derrota e que, as multidões e grupos de personagens se a longo prazo, se tornarão símbolo de uma movem em Dunkirk – mas há muito de vitória contra dificuldades impossíveis. Akira Kurosawa também, um mestre desse Passamos pela vida dessa maneira, tentando tipo de recurso. São influências inconscientes aos poucos entender o sentido do que ou o senhor as usou deliberadamente? vivemos, e eu queria estar junto com esses jovens no momento que essa compreensão Eu me voltei muito para o cinema mudo para começa a se desenhar. entender a expressividade com que os movimentos dos grupos são coreografados e Por que escolher atores desconhecidos para captar esse sentido do espetáculo da multidão. interpretar os soldados? Não basta haver uma multidão; às vezes, nos épicos de David Lean, como Doutor Jivago , há A realidade é que mandamos crianças à guerra milhares de figurantes em cena, mas curiosa– rapazes de 18, 19 anos. Escolher elenco da mente ele não os coreografa. É preciso que a forma convencional em Hollywood derrotaria multidão acrescente sentido à narrativa, que o propósito do filme: eu precisava de atores ela seja um elemento capaz de expressar algo muito jovens – e muito talentosos, claro – que que indivíduos não poderiam transmitir. Aí, viessem sem nenhuma bagagem para a Kurosawa e os grandes do cinema mudo, plateia. Qualquer expectativa que ela forme a como Cecil B. deMille, não têm rival.
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KNIGHT
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ChristianBale HeathLedger GaryOldman MorganFreeman MichalCaine AaronEckhart MaggieGyllenhaal
Christopher Nolan
Batman a film by
CURIOSIDADES
O GAMBITO DA RAINHA: CONFIRA CURIOSIDADES DA MINISSÉRIE SUCESSO DA NETFLIX Obra Transformou o xadrez em algo presente na cultura pop
Primeiro você precisa estar com as peças brancas para começar. Depois basta abrir a ala da dama jogando o seu peão na casa d4, o peão preto vem na casa d5 e você termina com outro peão branco na c4. Parece até algoritmo, né? Mas é xadrez! Desde a estreia na netflix, a minissérie O Gambito da Rainha tem feito muito sucesso. Entre as 10 produções mais vistas no Brasil, recentemente perdeu o primeiro lugar apenas porque a quarta temporada de The Crown chegou e todo mundo queria ver o início da história da Princesa Diana e o Príncipe Charles. Quem diria que um esporte de tabuleiro faria tanta gente grudar os olhos na Netflix. E que legal! Comumente conhecida como gambito de dama entre os enxadristas (porque na notação das jogadas, a letra R é usada para o rei, então se usa D de dama para evitar confusão), a estratégia inicial é uma maneira de movimentar a partida logo de início, sacrificando temporariamente uma peça a fim de dominar o centro e ter mais controle para chegar ao fim de forma vitoriosa. Não teria, então, melhor nome para a obra do que esse. Indo além, O gambito da Rainha é superação pessoal, social. É reflexão e história. É uma homenagem ao xadrez e uma narrativa envolvente. Mas existem alguns outros detalhes que valem ser explorados, por isso separamos aqui algumas curiosidades da minissérie para você.
Livro Com avaliação em 100% do Rotten Tomatoes, site que reúne críticas para filmes e série por parte de colaboradores e público, O Gambito da Rainha conquistou um feito bem maneiro já que não é fácil ter a mais alta aprovação na plataforma. Porém, você sabia que uma obra da literatura foi o segredo do projeto da Netflix?Publicado em 1983 por Walter Tevis, o romance leva o mesmo nome da minissérie e tem o mesmo enredo, é claro. Nele, Walter narra a vida da órfã Beth Harmon, uma menina de nove anos que descobre dois vícios em sua vida: o xadrez e as pílulas calmantes. E diferente do que pensam, é tudo ficção, nada de baseados em fatos reais.
Cinema Nas telas do cinemaA história de Beth teria sido contada muito antes se não fosse a morte precoce de Heath Ledger.Quase 30 anos atrás, Allen Scott, um dos produtores executivos da minissérie e co-criador, já detinha os direitos da produção para fazer um filme. Depois de conversar com cerca de cinco diretores, ele fechou a parceria com Ledger que ainda iria atuar no longa ao lado de Ellen Page como a protagonista.Mas em 2008, a morte de Heath foi noticiada e o projeto foi engavetado até que Allen recebeu o contato do outro produtor executivo do filme, William Horberg, para falar de Scott Frank. O diretor deixou Horberg encantado com seu trabalho, principalmente após Godless, outra minissérie original Netflix. Assim, em 2018, o desenvolvimento de O Gambito da Rainha iniciou-se.
Eu acho que já vi ela...
A Ajuda Mais importante
Interpretada por Isla Johnson na infância, Beth Harmon ganha forma da juventude até a vida adulta na pele de Anya Taylor-Joy. Aos 24 anos, a atriz teve a sua grande estreia aos olhos do público no filme A Bruxa (2016), conhecido pelo terror psicológico e suspense. Depois, Anya apareceu em Fragmentado (2017), Emma (2020) e Os Novos Mutantes (2020), originalmente com estreia para 2018, mas adiado diversas vezes por problemas com refilmagens e estúdios.Ela estrelou também o videoclipe da música Dinner & Diatribes, do cantor Hozier, e esteve na última temporada de Peaky Blinders.Talentosa, a jovem deve ser tornar um rosto cada vez mais conhecido seja nas telas dos streamings ou dos cinemas.
Ajudav mais que importanteAlém de aprender a jogar xadrez para dar maior naturalidade nas filmagens, o elenco de O Gambito da Rainha recebeu a consultoria de Garry Kasparov, o mais famoso jogador de xadrez e campeão mundial, e Bruce Pandolfini, um escritor e treinador enxadrista.Os dois garantiram representações fidedignas às cenas, mostrando a emoção das partidas com movimentos impressionantes. Em entrevista ao Late Night with Seth Meyers, Anya Taylor-Joy ainda contou que aprendia as jogadas pouco antes das gravações, pois seria praticamente impossível memorizar 350 jogos com muita antecedência. Ela também, por conta própria, estudou a parte teórica do
ficaria fantástica no xadrez e seria meu superpoder para sempre, mas a realidade era que eu estava trabalhando muito e precisava me entregar a isso e aprender como tanto quanto eu poderia”, disse a estrela no bate-papo.
TOP 3 DOS MAIORES ATORES DO CINEMA BRASILEIRO NA ÚLTIMA DÉCADA
Há quase dois anos, foi Selton Mello que prometeu ;sumir; um pouco das salas de cinema. Na época, vários filmes com ele se encavalavam nos lançamentos. ;Aconteceu assim, só que fica uma superexposição: quem gosta do meu trabalho deve estar adorando e quem me acha um zé mané deve odiar;, brincou. Trabalhar menos até configurou objetivo, mas a imagem do ator não descola do imaginário do público: só com Lisbela e o prisioneiro, A mulher invisível e Meu nome não é Johnny foram 7,6 milhões de interessados nas filas dos cinemas.
SELTON MELLO
O espectador brasileiro é coautor de nossa filmografia tão extensa e engenhosa. O comprometimento com o público é algo que me estimula constantemente. Não há prazer maior do que ver um cinema cheio e as pessoas embarcando no seu filme. Poder sentar em uma poltrona e ouvir a sua língua é o que motiva: há o reflexo ali, a 24 quadros, de um pouco de nossa história, nossas fragilidades e virtudes;, observa. Sem reservas, Selton já se aventurou, por duas vezes, na direção (Feliz Natal e O palhaço), função em que ;transparece o que você pensa da vida e fica em evidência o seu olhar;. ;Até então, você fica protegido pelas máscaras das personagens;, enfatiza.
Mesclar ideias com realizadores distintos e tentar se ;cutucar, passeando por gêneros diversos; foram metas do ator, ao longo da última década que, igualmente, abrigou improvisos. ;Acredito no despreparo para o trabalho. Quando você se prepara demais, praticamente você está fazendo um monólogo. Seguro de si, nem vai ouvir como o outro vai interagir com você ; e atuar é jogar;, diz, com três décadas de profissão. No momento, Selton Mello integra as filmagens de Billi Pig, comandado pelo brasiliense José Eduardo Belmonte.
Mesclar ideias com realizadores distintos e tentar se ;cutucar, passeando por gêneros diversos; foram metas do ator, ao longo da última década que, igualmente, abrigou improvisos. ;Acredito no despreparo para o trabalho. Quando você se prepara demais, praticamente você está fazendo um monólogo. Seguro de si, nem vai ouvir como o outro vai interagir com você ; e atuar é jogar;, diz, com três décadas de profissão. No momento, Selton Mello integra as filmagens de Billi Pig, comandado pelo brasiliense José Eduardo Belmonte.
Aos 35 anos, Rodrigo revê a participação no longa Bicho de sete cabeças, que muito repercutiu no Festival de Brasília de 2000 (com direito a Candango de melhor ator), como um marco. ;Foi um divisor de águas mesmo, até na minha formação como indivíduo, além de ter importância no novo cinema brasileiro. Com aquela oportunidade, vi as pessoas trabalhando sem receber. Filmávamos por puro tesão e vontade.
RODRIGO SANTORO Uma década, contada até 2010, foi o tempo para uma impressionante maturação de carreira cinematográfica para Rodrigo Santoro: aos 26 anos, na estreia dele em filmes, o fluminense galgou a ator internacional, requisitado em produções como 300 e O golpista do ano, além de outras com a assinatura de Roland Joffé e Steven Soderbergh. A sinceridade é intensa quando ele explica a ascensão no mercado estrangeiro, dada pela ;vontade de entrar em contato com outras culturas;. ;Eu comecei a trabalhar fora, como consequência das coisas que eu fiz aqui. Foi um processo de três anos, depois da exibição de Bicho de sete cabeças, Abril despedaçado e Carandiru;, analisa. Antes de se aventurar no mercado sólido, em que o dinheiro investido tem que voltar, povoado por estruturas de blockbusters como as de 300, com quatro câmeras filmando, num fundo azul, Rodrigo tomava o cinema por ;um sonho antigo. A minha geração, que é a do Selton Mello e do Wagner Moura, pegou o começo da retomada. Depois daquele abismo e vazio, vimos o cinema ressurgir.
Queria tanto que as pessoas buscassem o equilíbrio não saíssem de casa só para ir dar risada ou só para ir ver o 3D; diz. Em defesa da difusão do cinema brasileiro, Santoro é favorável ao ;inegável poder; da Globo Filmes, que deve ser usado, sim. Na produção de filmes, já temos briga de cachorro grande, Warner, Fox, HBO e Telecine.
De repente, acho que nós ; atores muito com a cara de ;gente como a gente; ; estávamos no lugar certo, na hora certa. O cinema do começo dos anos 2000 buscava contar a trajetória do brasileiro não oficial. O foco passou a ser o da identidade com o brasileiro;, relembra o ator baiano Lázaro Ramos. Opção ;improvável; no perfil de escalação dos atores, até então, em voga, Lázaro não deixou passar a chance. ;O diferencial é que o protagonismo para negros vinha sendo muito raro ou então estava atrelado à exclusão social ou à violência urbana;, observa o versátil ator de Madame Satã e Cidade Baixa. Em dívida; não apenas com o aprendizado no teatro, mas, na mesma medida, ;com o respeito e o carinho com que o cinema me tratou;, Lázaro se diz grato a personagens importantíssimos em filmes capazes de ressaltar o talento dele, ;sem ser colocado como coadjuvante;. A constância no trabalho ; ;até para a elaboração de arquétipos novos; ; é um fato que o ator gosta de ressaltar. O rigor foi tamanho que ele precaveu uma superexposição.
A estratégia de ampliar as Jorge Furtado não mudou frentes de trabalho garantiu uma linha do texto porque era êxitos como o de O homem um ator negro. O filme é bom que copiava (2003). ;Foi um e bem contado: isso é uma filme feito com 200 atores, na nova linguagem, isso é um sua maioria brancos, e para novo momento;, festeja. fazer um protagonista, que era gaúcho, eu fui escolhido apenas porque o diretor achou que um cara com minhas características poderia fazer.
LÁZARO RAMOS
A etapa, cristalizada a partir do começo deste século, faz paralelo com outra fase para o cinema nacional, pelo que o intérprete avalia. ;Se você for lembrar, noutro período da produção cultural, o nosso protagonista era o Armando Bogus, o Lima Duarte, o José Wilker, o Antonio Pitanga e o Milton Gonçalves. Vivemos o resgate dessa época, porque, houve um período intermediário em que, de repente, o cinema entrou numa crise, parou de ser produzido e voltou com filmes que não trazia identidade que os unisse;, diz.
GRANDE PRÊMIO DO CINEMA BRASILEIRO
CINEMA BRASILEIRO
O
Grande Otelo (oficialmente chamado de Grande Prêmio do Cinema Brasileiro) é o prêmio mais importante do cinema brasileiro, outorgado anualmente pela Academia Brasileira de Cinema com a finalidade de premiar os melhores filmes e condecorar a excelência dos melhores profissionais em cada uma das diversas especialidades do setor. O prêmio consiste numa estatueta banhada em ouro de um cavaleiro em homenagem ao ator brasileiro Grande Otelo segurando uma espada sobre um pedestal, desenhada por Ziraldo e esculpida pelo escultor Altair Souza. No Brasil, a transmissão da cerimônia é realizada pelo Canal Brasil. É um prêmio organizado e votado pelos próprios profissionais, uma forma da própria classe celebrar o seu trabalho e dar o devido reconhecimento ao talento de seus profissionais. Desde 2004, a votação passou a ser feita via internet, pelo site da Academia, e cada sócio recebe uma senha eletrônica para votar. A apuração é feita pela PricewaterhouseCoopers, a mesma empresa de auditoria que faz a apuração do Oscar.
Na fase de indicações, as cinco obras de cada categoria que passarão para a etapa seguinte são escolhidas pelos membros do Conselho Acadêmico da Academia, por meio de uma cédula de votação eletrônica com a lista completa de todos os concorrentes.
HISTÓRIA A primeira edição do prêmio aconteceu em 12 de setembro de 2002, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, e era chamado de Grande Prêmio BR do Cinema Brasileiro, pois era patrocinado pela BR, distribuidora de combustíveis da Petrobras. O nome foi mudado junto com o prêmio, que era chamado de Grande Prêmio Cinema Brasil. O grande vencedor da primeira edição foi o filme Bicho de Sete Cabeças, de Laís Bodansky, que conquistou sete prêmios. Em 2003, com o fim do patrocínio pela BR, a edição foi realizada com recursos doados por exibidores e distribuidores.
Nesta edição, os grandes vencedores foram os filmes Cidade de Deus (seis prêmios, incluindo Melhor Filme de Ficção), de Fernando Meirelles e Kátia Lund, e Madame Satã (cinco prêmios), de Karim Aïnouz. A partir da edição de 2004, o prêmio passou a se chamar Grande Prêmio TAM do Cinema Brasileiro, pois a companhia aérea TAM assinou um contrato com a Academia Brasileira de Cinema por quatro anos. Nesta edição, O Homem que Copiava, de Jorge Furtado, foi o grande vencedor, com seis prêmios. Em 2005, o grande vencedor foi Cazuza - O Tempo Não Pára, de Sandra Werneck e Walter Carvalho.
Em 2011 o grande vencedor foi Tropa de Elite 2: O Inimigo agora é Outro, o filme foi indicado em 16 categorias e venceu em 9, incluindo Melhor Filme de Ficção, Direção (José Padilha) e Melhor Ator (Wagner Moura). Na categoria Melhor Atriz venceu Glória Pires por Lula, O filho do Brasil. Cássia Kis faturou o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante por Chico Xavier. No ano de 2012, o grande vencedor foi O Palhaço, de Selton Mello, com 12 dos 14 prêmios que disputou. Em 2019, o filme Benzinho, de Gustavo Pizzi, é o grande vencedor do Grande Otelo, que aconteceu pela primeira vez no Theatro Municipal de São Paulo. O longa-metragem conquistou seis prêmios em categorias principais: Melhor Filme de Ficção, Melhor Direção (Gustavo Pizzi), Melhor Atriz (Karine Teles), Melhor Atriz Coadjuvante (Adriana Esteves), Melhor Roteiro Original e Melhor Montagem de Ficção.
PRINCIPAIS VENCEDORES De acordo com a Academia Brasileira de Cinema, os filmes vencedores em 2000 e 2001 não são outorgados por ela. Os prêmios anuais chamados de Grande Otelo somente foram concedidos a partir do ano de 2002 (para filmes lançados em 2001) até o presente ano, pois a Academia foi fundada em 20 de maio de 2002, com a primeira cerimônia a ter lugar em setembro de 2002, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com o filme Bicho de Sete Cabeças, dirigido por Laís Bodansky e estrelado por Rodrigo Santoro, como o Melhor Filme do ano. A Academia não reconhece os prêmios concedidos em 2000 e 2001 porque foram entregues por uma comissão do Ministério da Cultura.
MELHOR FILME DE FICÇÃO
MELHOR ATOR
MELHOR ATRIZ
2005 — Cazuza - O Tempo não Para, de Sandra Werneck e Walter Carvalho 2007 — Cinema, Aspirinas e Urubus, de Marcelo Gomes 2008 — O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias, de Cao Hamburger 2009 — Estômago, de Marcos Jorge 2010 — É Proibido Fumar, de Anna Muylaert 2011 — Tropa de Elite 2, de José Padilha 2012 — O Palhaço, de Selton Mello 2013 — Gonzaga - de Pai pra Filho, de Breno Silveira 2014 — Faroeste Caboclo, de Rene Sampaio 2015 — O Lobo atrás da Porta, de Fernando Coimbra 2016 — Que Horas Ela Volta?, de Anna Muylaert 2017 — Aquarius, de Kleber Mendonça Filho 2018 — Bingo: O Rei das Manhãs, de Daniel Rezende 2019 — Benzinho, de Gustavo Pizzi
*2005 — Daniel de Oliveira, por Cazuza - O Tempo Não Para *2007 — Ângelo Antônio, por 2 Filhos de Francisco *2008 — Wagner Moura, por Tropa de Elite *2009 — Selton Mello, por Meu Nome Não é Johnny *2010 — Tony Ramos, por Se Eu Fosse Você 2 *2011 — Wagner Moura, por Tropa de Elite 2 *2012 — Selton Mello, por O Palhaço *2013 — Júlio Andrade, por Gonzaga - de Pai pra Filho *2014 — Fabrício Boliveira, por Faroeste Caboclo *2015 — Tony Ramos, por Getúlio — Babu Santana, por Tim Maia *2016 — Marco Ricca, por Chatô, o Rei do Brasil *2017 — Juliano Cazarré, por 'Boi Neon' *2018 — Vladimir Brichta, por Bingo: O Rei das Manhãs *2019 — Stepan Nercessian, por Chacrinha: O Velho Guerreiro
2005 — Fernanda Montenegro, por O Outro Lado da Rua 2007 — Alice Braga, por Cidade Baixa 2008 — Hermila Guedes, por O Céu de Suely 2009 — Leandra Leal, por Nome Próprio 2010 — Lília Cabral, por Divã 2011 — Glória Pires, por Lula, o Filho do Brasil 2012 — Deborah Secco, por Bruna Surfistinha 2013 — Dira Paes, por À Beira do Caminho 2014 — Gloria Pires, por Flores Raras 2015 — Leandra Leal, por O Lobo atrás da Porta 2016 — Regina Casé, por Que Horas Ela Volta? 2017 — Andréia Horta, por Elis 2018 — Maria Ribeiro, por Como Nossos Pais 2019 — Karine Teles, por Benzinho