ORREDOR C ULTURAL C CERRADO
do
C C C
ORREDOR ULTURAL do ERRADO
PROJETO DE DIPLOMAÇÃO
Em cumprimento às exigências do Plano de Curso de Graduação
Orientadora Prof. Dra Liza Andrade Aluno Caio Monteiro Damasceno
Universidade de Brasília UnB Faculdade de Arquitetura e Urbanismo FAU
Brasília, 2016
AGRADECIMENTOS Primeiramente, gostaria de agradecer às leis do universo, que nada trazem à luz em momento inoportuno. Nos guiam e determinam nosso caminho, permitindo que eu aqui chegasse, mesmo com as dificuldades do percurso. Agradeço também a Cavalcante e a todos que me ajudaram, dando força e motivação para que este projeto pudesse sair do mundo das ideias e tomar forma física: sem sua participação nada disso seria possível. À Liza, meu muito obrigado pelo abrigo, aconchego e sabedoria durante os momentos de dúvida e insegurança, me empurrando pra frente ao mostrar tanto sobre os caminhos humanistas de nosso ofício, na esfera social. À minha família - meu porto e meu lar -, sou eternamente grato por aceitar a bagunça do meu processo criativo e me sustentar durante as minhas batalhas, me aguardando com uma casa repleta de amor! Inclusive Tobias, meu maior companheiro de trabalho. Aos amigos de longa data, aos novos e todos os presentes que me incentivaram durante esse processo, de forma coletiva: gratidão! Quão importante é receber apoio durante momentos de dúvida. Obrigado também ao Matheus por me acompanhar na maioria de minhas viagens, assim como os demais que me ajudaram nas ações comunitárias de alguma forma. Para fechar o trabalho com chave de ouro, sou grato pelo companheirismo de uma irmã “adotada” durante a reta final. Obrigado, Docas! A tudo que contribuiu para culminar nesse momento: o meu sincero obrigado.
INTRODUÇÃO 9 O CORREDOR CULTURAL DO CERRADO 10 CAVALCANTE - GO 12 OS BANDEIRANTES E O OURO 14 A COMUNIDADE KALUNGA 17 POR QUE CAVALCANTE? 18 A INTEGRAÇÃO 20
METODOLOGIA E REFERÊNCIAS
23
POR QUE A PARTICIPAÇÃO? 24 PLANO DIRETOR 2011 25 REFERÊNCIAS DE AÇÃO 26 PERCURSO METODOLÓGICO 27 PARQUE MADUREIRA - RJ MADRID RÍO - ESPANHA ESPAÇOS DE PAZ - VENEZUELA
28 29 30
PRAÇA DE BOLSO DO CICLISTA - CWB 31 COLETIVO BOA MISTURA 32 CIDADE QUE BRINCA - SP 33 E ALTO PARAÍSO - GO 33 SUSTENTABILIDADE URBANA 34 PADRÕES DE ACONTECIMENTO 36
DIAGNÓSTICO 39 SÍTIO FÍSICO 40 RELEVO 42 HIDROGRAFIA E VEGETAÇÃO 44 INCIDÊNCIA SOLAR E VENTOS 46
APROXIMAÇÃO 55 CRONOGRAMA 56 COMUNICAÇÃO 58 PROJETOS PARCEIROS 59 QUESTIONÁRIO 60 MAPAS MENTAIS 62 CAFÉ MUNDIAL 64 GUIA TURÍSTICO 67
A COMUNIDADE EM AÇÃO MAPA COLABORATIVO OFICINA DE ARTE URBANA OFICINA DE HORTA COLETIVA
69
70 72 76
O PROJETO 79 MACRO e MICRO PLANTA MACRO ÁREA 1: Rio Almas e GO-241 ÁREA 2: Vila Morro Encantado ÁREA 3: Lago e Centro ÁREA 4: Circuito Jovem
80 82 84 90 96 102
BIBLIOGRAFIA 108
índice
PERMEABILIDADE 48 HIERARQUIA VIÁRIA 50 ATIVIDADES E USOS DOS SOLO 52
1
INTRODUÇÃO
1.1 APRESENTAÇÃO 1.2 CONTEXTO 1.3 HISTÓRIA 1.4 POR QUE CAVALCANTE? 1.5 OBJETIVOS
O CORREDOR CULTURAL DO CERRADO O presente trabalho nasce à partir do interesse em compreender o ofício do Urbanismo por uma outra perspectiva. Usualmente, se tem o planejamento urbano como uma série de diretrizes elencadas após uma análise do contexto e das condicionantes do espaço. No entanto, o entendimento urbano se dá, aqui, pela forma como a comunidade se apropria e entende
10
A cultura é a expressão de uma sociedade.
sua vivência na cidade. De forma emergente, as diretrizes do Corredor Cultural são definidas principalmente por quem utiliza o espaço, conhecendo sua história, suas particularidades, problemáticas e potencialidades.
É o modo como a mesma se organiza, se desenvolve e evolui enquanto dinâmica social. Sem cultura um povo não se define, e resgatar as riquezas imateriais de qualquer comunidade é trazer à luz sua identidade.
Um projeto que se constrói pelo diálogo, apropriando-se da expressão afetiva e bagagem sociocultural do Lugar.
O Corredor Cultural do Cerrado busca exatamente esse resgate: da história sertaneja, das tradições Kalungas, do conhecimento popular e da natureza presente. Que a cultura do Goiás se desdobre ao longo das ruas de Cavalcante, exibindo seu Cerrado, seu povo e sua história!
1 11
1.1 APRESENTAÇÃO
CAVALCANTE - GO
DADOS IBGE: - Área territorial: 7.000 km²
- População:
DF
aprox. 10000 habitantes
GOIÁS da os i d g re da ros i pa ade a Ch Ve ão
Município de Cavalcante sede
- Densidade Demográfica: 1,35 hab/km²
- Fronteiras municipais: 1. Teresina de Goiás 2. Alto Paraíso 3. Monte Alegre de Goiás 4. Colinas do Sul 5. Minaçu
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Cavalcante é um município localizado no nordeste do estado de Goiás, na porção norte da região da Chapada dos Veadeiros. Conta com uma população com cerca de 10 mil habitantes que se divide em áreas urbana e rural ao longo do território. A cidade é um destino do ecoturismo no que diz respeito ao bioma do Cerrado e conta com diversos pontos turísticos, sendo eles principalmente cachoeiras. Apesar de não possuir acesso, abriga cerca de 60% da área do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. Possui uma história rica que remonta ao Ciclo do Ouro no século XVI no país e abriga parte da comunidade Kalunga localizada nos limites do Sítio Histórico e Patrimônio Cultural Kalunga, um interessante núcleo da história social e cultural do Brasil. Nesse sentido, a cidade já foi foco de diversos estudos antropológicos devido às comunidades presentes e riqueza cultural que detém, um tesouro nacional.
50% URBANO RURAL 50%
renda média:
faixa etária predominante:
baixo índice de
1 a 2 salários mínimos
14 a 29 anos
conclusão ensino básico
Contexto Social de Cavalcante
OBS: É nítida a semelhança entre o sítio físico das cidades que tem histórico de fundação durante o Ciclo do Ouro
1.2 CONTEXTO
Ilustração de Vila Boa (atual Cidade de Goiás) - 1789. Fonte: http://www.sudoestesp.com.br/
1 13 Fotos de Cavalcante - 2016 . Fonte: arquivo pessoal
Vista de Cavalcante a partir do Mirante do Morro Encantado - 2016 . Fonte: arquivo pessoal
OS BANDEIRANTES E O OURO Cavalcante faz parte da história do Estado de Goiás, desde a Capitânia de Goyaz, quando Bartolomeu Bueno da Silva (O Anhanguera) passou pela região a procura de novas minas de ouro e indígenas (que se tornariam escravos). A primeira incursão no território ocorreu em 1736, pelo garimpeiro Julião Cavalcante e seus companheiros. A notícia da descoberta de uma imensa mina de ouro à margem do córrego Lava Pés, atraiu numerosos aventureiros, iniciandose o povoado com o nome de Cavalcante
14
- em homenagem ao fundador e colonizador. Em 1740, foi fundado oficialmente o Arraial de Cavalcante pelo bandeirante Diogo Teles Cavalcante. Com o desenvolvimento da atividade econômica, o arraial foi elevado a freguesia em 1759 e a Vila em 1831 (tornadose a primeira Vila de toda a Chapada dos Veadeiros). Estima-se que durante a glória das minas de ouro havia na região de Cavalcante aproximadamente 9.000 escravos.
Com o declínio do Ciclo do Ouro, o município passou a dedicarse principalmente a agricultura e pecuária e, durante algum tempo, foi o maior exportador de farinha de trigo para os EUA com trigo de melhor qualidade, em função do clima, altitude e solo. Apesar de muito ter se perdido ao longo do tempo, Cavalcante detinha diversos exemplos de arquitetura vernacular e colonial, além de ser referência de centro social e comercial na região.
Interior da antiga Casa de Câmara e Cadeia de Cavalcante FONTE: IPHAN - Cidade de Goiás
Cidadãos de Cavalcante após casamento, em frente ao antigo Fórum
Fonte: IPHAN - Cidade de Goiás
Fonte: IPHAN - Cidade de Goiás
1.3 HISTÓRIA
Casa tradicional de Cavalcante, exemplo de arquitetua vernacular
1 Foto tirada no exterior da antiga Casa de Câmara e Cadeia
Interior da antiga Igreja barroca de Santana (demolida nos anos 50)
FONTE: IPHAN - Cidade de Goiás
FONTE: IPHAN - Cidade de Goiás
15
Construção vernacular no Engenho II Fonte: arquivo pessoal
Como é bem conhecido na história do Brasil, as atividades da mineração envolviam o trabalho escravo e, eventualmente, parte dos escravos da região buscaram sua liberdade conforme acontecido em outras regiões, com a criação de um quilombo. Buscando a fuga, a ocupação deu-se principalmente em áreas de difícil acesso e os negros e índios (origem principal dos escravos brasileiros) dificilmente seriam encontrados. Como escolha de abrigo, optou-se pelas regiões dos vãos dos rios (áreas
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Mapa: Macrozoneamento municipal Fonte: Plano Diretor de Cavalcante
Família Kalunga . Fonte: http://www.soldachapada.com.br/kalungas
A COMUNIDADE KALUNGA
Cavalcante. Toda a área se estabelece atualmente como um importante núcleo Habitação no território Kalunga . Fonte: http//rotadosalkalungaensaios.blogspot.com.br/
histórico, e cultural do desenvolvimento social do Brasil, com extrema relevância de caráter antropológico. A cultura Kalunga é muito rica no que toca ao conhecimento de elementos naturais do Cerrado, utilizados para a produção de objetos, construção de edificações e alimentação.
1.3 HISTÓRIA
próximas aos cursos d’água e rodeadas por formações rochosas), em um processo que “constitui-se muitas vezes, na luta para continuar a existir, na reinvenção de uma identidade política portadora de direitos que é informada por uma memória ancestral.” Criou-se no processo o Quilombo Kalunga, distribuído em diversas comunidades no interior rural do município, alguns quilômetros ao norte da cidade de
1 17
POR QUE CAVALCANTE? Primeiramente há de se salientar a relação extremamente íntima que existe com a cidade. De uma trajetória de vivência do local, com mais de 20 anos de história, não se pode negar o enorme afeto nutrido por tal. Em uma visão deveras poética e romantizada, ela se coloca como um referencial simbólico da tradução da vida interiorana e simplista. Do viver na “roça”, onde os passeios são frequentes e o principal meio de transporte é o passo do pé, historicamente tão sofrido no trabalho da lavoura e na seca.
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Ali nasceu a primeira cidade da Chapada dos Veadeiros, que abunda os esplendores da natureza e da gentileza existente na relação com o indivíduo. “O sol da chapada”, como é chamada, é o minimalismo exuberante da vida pacata e leve, que atrai muitos turistas e moradores de diversas origens do Brasil por esse motivo. Tendo em vista o valor afetivo, Cavalcante é um exemplo da valorização (ainda pouco evidente, mas necessária) das vivências do interior do Brasil.
A ideia de desenvolver um projeto em Cavalcante surge como estímulo para o reconhecimento das potencialidades significativas que detém. Estimular a sustentabilidade urbana, a partir de cidades com escala pequena como essa, pode ser o primeiro passo para a transformação da forma como concebemos e vivenciamos o habitar coletivo. A concepção da cidade como uma série de articulações de um organismo uno se norteia na ideia do equilíbirio desse sistema, de fato a produzir relação retroalimentadora entre as partes.
Assentamento Kalunga Engenho II Fonte: arquivo pessoal
Vista da serra que circunda Cavalcante Fonte: arquivo pessoal
COMUNIDADES SERTANEJAS
Ambientalmente, o
As comunidades
Corredor busca abrir a visão comum do valor que tem a região. Em um cenário nacional onde o uso inconsciente de terras ocupa gradativamente a área do cerrado brasileiro, um bioma com riquezas naturais de fauna e flora a perder de vista, é necessário o esforço para à preservação ambiental. Latifúndios com base na atividade agropecuária são um perigo eminente no que diz respeito a essa preservação, assim como o crescimento exarcebado de áreas urbanas em direção às áreas de preservação e um uso inapropriado das tiquezas naturais.
residentes no interior do município são descendentes dos processos de ocupação do território desde a época da mineração. Configuram o estilo de vida simples, na relação com o plantio e extração de alimentos, produção de utensílios e a construção de moradias. Também é interessante a relação com a espiritualidade e os festejos tradicionais, expressão máxima de sua cultura. No contexto onde as questões de educação revelam índices muito preocupantes, o projeto busca possibilidades de conhecimento além
da educação básica, tratando de questões de cultura e história próprias da comunidade. Influir sobre tal temática é importantíssimo no processo de difusão dessa cultura para o resto do país, como exemplo vivo do nosso processo de coonsolidação enquanto nação.
ECONOMIA Considera-se também a transformação urbana como incentivo para uma economia local de subsistência, que entre de acordo com as demais premissas estabelecidas. A sustentabilidade urbana se articula levando em consideração todas as esferas da vivência coletiva.t
1.4 POR QUE CAVALCANTE?
O CERRADO
1 19
A INTEGRAÇÃO O Corredor Cultural do Cerrado tem como objetivo principal a integração dentro do contexto urbano de Cavalcante. Esse objetivo primordial se destrincha em 3 objetivos gerais que desenvolvem o tema em diferentes esferas da vivência espacial. Além de um olhar mais preocupado com a qualidade de vida na cidade, os objetivos se articulam à partir da necessidade de ressignificar Cavalcante enquanto foco ambiental, histórico e cultural no centro do país.
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A URBANIDADE trata do modo como o espaço urbano se INTEGRA. Cresce de acordo com a quantidade de INTERAÇÕES presentes no ESPAÇO PÚBLICO.
1
Melhorar a INFRA ESTRUTURA urbana
Elencada como a principal problemática de Cavalcante, se coloca como o primeiro objetivo do Corredor Cultural. Problemas de drenagem, acessibilidade e transporte são as principais queixas evidenciadas pela população. Pensando o espaço público e buscando trabalhar a urbanidade como forma de integração, foram propostas diversas maneiras de trabalhar a infraestrutura ao longo da extensão do projeto.
Vila Morro Encantado - 2016 Fonte: arquivo pessoal
Valorizar a CULTURA e PATRIMÔNIO AMBIENTAL
2 3
Se apresenta como meio de transformação e intervenção na cidade. Representações gráficas e visuais da história e costumes tradicionais devem ser trabalhadas nesse sentido, ao longo do Corredo Cultural. A arte urbana tem o potencial de fortalecer e estabelecer o vínculo afetivo-simbólico entre os usuários e os espaços vivenciados, o que gera mais cuidado, proximidade e interesse em relação ao contexto urbano.
1.5 OBJETIVOS
Por ser detentora de uma enorme riqueza de elementos naturais - abriga 60% da área do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros -, Cavalcante merece uma maior atenção a nível regional e nacional. Da mesma forma, carrega bagagem histórica e cultural riquíssimas, que podem ser percebidas pela sabedoria popular e pelas festas tradicionais. É crucial resgatar o que muito constribui para a matriz sociocultural do Brasil.
Aplicar/Experienciar a ARTE URBANA
1 Cachoeira Santa Bárbara
Pintura urbana em Cavalcante
Fonte: arquivo pessoal
Fonte: arquivo pessoal
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METODOLOGIA E REFERÊNCIAS
2
2.1 PROCESSO PARTICIPATIVO 2.2 METODOLOGIAS DE PARTICIPAÇÃO 2.3 REFERÊNCIAS 2.4 DIMENSÕES DE SUSTENTABILIDADE 2.5 PADRÕES DE ACONTECIMENTO
POR QUE A PARTICIPAÇÃO? Na busca pelo desenvolvimento saudável da realidade urbana de Cavalcante, o processo participativo envolvendo fortemente o esforço da comunidade para o levantamento das problemáticas e decisão de atuação - se mostra a opção mais promissora.
e identificação por parte do indivíduo que o vivencia.
Um espaço urbano com identidade, feito a partir dos desejos da comunidade, traz intimismo
e conectividade, segurança e resiliência humanas, além de fomentar a democracia local e a responsabilização social.”
“o planejamento e o orçamento participativos, envolvendo comunidades no gerenciamento dos bens urbanos coletivos (...) podem contribuir para mais integração espacial
URBANISMO PARTICIPATIVO:
“(...) Aquele onde as autoridades políticas e a comunidade decidem de forma conjunta como melhorar cada um dos bairros que compõem a cidade.”
(Diretrizes Internacionais para Planejamento Urbano e Territorial
“El urbanismo participativo: una
- UNHABITAT)
nueva forma de organizar la ciudad”
24
- Disponível em: http://www.paisajetransversal.org/
Imagens do processo de construção do Plano Diretor de 2011 - FONTE: Plano Diretor de Cavalcante
MACROZONEAMENTO E ZONEAMENTO URBANO DEFINIÇÃO DE PARÂMETROS URBANÍSTICOS ESTRUTURAÇÃO DO SANEAMENTO BÁSICO ESTRUTURAÇÃO DO TRANSPORTE DESCENTRALIZAÇÃO DA SAÚDE E EDUCAÇÃO CENTRALIZAÇÃO DA ASSITÊNCIA SOCIAL E CULTURA CRIAÇÃO DO CDC - CONSELHO DE DESENVOLVIMENTO DA CIDADE
PLANO DIRETOR 2011
CRÍTICA
O contexto da elaboração do Plano Diretor de Cavalcante, em Agosto de 2011, tem início no licenciamento ambiental da operação da Linha de Transmissão 500kV Serra da Mesa II, trecho de 675km que abrange os estados de Goiás, Minas Gerais e Distrito
inseridos na área de influência da Linha de Transmissão. Ouvindo as colocações dos cidadãos de Cavalcante, o projeto se desenvolveu com atenção à questões sociais, de desenvolvimento econômico e crescimento futuro em relação à
Nos contatos com a comunidade, foi salientada a inconsistência do resultado do Plano Diretor com alguns pontos da realidade vivenciada de Cavalcante. Conforme colocado, o Plano se utilizou de alguns dados do IBGE resultantes de um censo que não abarcou
Federal. Seguindo exigência do IBAMA, como compensação ambiental da operação, a Empresa Serra da Mesa Transmissora de Energia S.A. realizou a elaboração dos planos diretores dos municípios
ocupação atual. O mais importante no processo é a relevância do trabalho de levantamento de dados para compreensão do contexto da cidade, esforço crucial para desenvolvimento de diretrizes de melhoria.
a totalidade da região do município, utilizando dados que grande parte da comunidade alegou serem incoerentes. Da mesma forma, houve a colocação de que a análise final do plano foi feita de forma maneira superficial no que toca às problemáticas da cidade.
2.1 O PROCESSO PARTICIPATIVO
PONTOS POSITIVOS
2 25
REFERÊNCIAS DE AÇÃO É uma ferramenta que permite entender melhor as questões bem conhecidas pela comunidade, com resultados mais adequados e independência do processo de transformação além do período das
intervenções diretas. No que toca aos benefícios individuais para planejadores, o processo aumenta a capacidade profissional e o know how.
NÍVEL DE ENVOLVIMENTO
NÍVEL DE ENVOLVIMENTO
PLANEAMENTO COMUNITÁRIO GRAU DE ABERTURA
COMPLEXIDADE TÉCNICA
JOGO PARTICIPATIVO GRAU DE ABERTURA
COMPLEXIDADE TÉCNICA
DURAÇÃO
DURAÇÃO
NÍVEL DE ENVOLVIMENTO
NÍVEL DE ENVOLVIMENTO
OFICINAS DE TRABALHO GRAU DE ABERTURA
COMPLEXIDADE TÉCNICA
DURAÇÃO
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COMPLEXIDADE TÉCNICA
DURAÇÃO
No caso do Corredor Cultural do Cerrado, segue, de forma cíclica, os seguintes passos: 1. Com o interesse do projeto, faz-se pesquisa sobre o tema;
TERTÚLIA
GRAU DE ABERTURA
O processo de participação comunitária é uma metodologia que se constrói ao longo de seu desenvolvimento e se ajusta a partir das relações entre o projeto e a comunidade.
2. A partir dos dados, levantamse problemáticas e potencialidades do local;
FONTE: Relatório 41/2013 - DED/NAU PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE EM PROCESSO DE DESENHO URBANO E DE URBANISMO - Levantamento e descrição de métodos e técnicas
3. A análise se consolida em uma proposta de intervenção; 4. É marcada uma reunião de envolvimento com a comunidade; 5. A proposta é apresentada; 6. A partir da apresentação, é realizada a troca de conhecimento com a comunidade, salientando pontos positivos e pontos inconsistentes; 7. As informações da comunidade são sistematizadas; 8. De acordo com os dados recolhidos, as problemáticas são ajustadas; 9. A proposta de intervenção é readequada de acordo com a realidade;
10. Após os ajustes, é marcada outra reunião com a comunidade 11. Na qual a intervenção é realizada; 12. Após a intervenção os resultados são avaliados; 13. A avaliação pós-intervenção se torna referência para nova análise; 14. As referências são sistematizadas e documentadas; 15. Uma nova proposta é construída e o processo todo se repete.
Sequência de trabalho
1
referência/dados (análise) 8
14
9
3
proposta de intervenção
7
2ª ETAPA 3ª ETAPA
13
6
apresentação da proposta
15
realização da intervenção 4 12 10
1ª ETAPA
troca de conhecimento
sistematização das informações
2
levantamento: problemáticas e potencialidades
interesse de projeto
avaliação dos resultados
11
5
reunião c/ a comunidade
2.2 METODOLOGIAS DE PARTICIPAÇÃO
PERCURSO METODOLÓGICO
2 27
PARQUE MADUREIRA - RJ É importante abordar a semelhança do projeto do Corredor Cultural à tipologia de projetos como parque lineares, onde as áreas de convívio estão conectadas, por mais que haja diferenças claras entre as partes. A conexão entre os setores trabalhados a partir de pavimentação e áreas verdes é interessante por sua organicidade na construção do projeto, que permite integridade e naturalidade em sua consolidação.
28
O projeto do parque Madrid Río surgiu após evidenciado o impacto negativo de uma grande rodovia da cidade em relação ao ambiente urbano no conforto térmico, sonoro e ambiental. O projeto consiste no soterramento da rodovia e revitalização da área com um trato urbano composto por diversas áreas de lazer, preservação ambiental e equipamentos coletivos. Devolveu-se com esse projeto o direito público à cidade.
2.3 REFERÊNCIAS - DESENHO URBANO
MADRID RÍO - ESPANHA
2 29
ESPAÇOS DE PAZ - VENEZUELA Liderado pelo escritório PICO Estudio, o projeto foi criado com a intenção de transformar áreas de perigo em “áreas de paz” dentro de comunidades socialmente frágeis na Venezuela. Foi realizado como Projeto Participativo na iniciativa de ativar processos de transformação física e social a partir da autoconstrução de espaços públicos
30
A intenção que originou a Praça de Bolso do Ciclista em Curitiba surgiu após a ONG CicloIguaçu perceber o desperdício de espaço no centro da cidade. Com ação e participação coletiva,
os cidadãos conseguiram transformar um terreno baldio em uma praça pública para que toda a comunidade pudesse usufruir do espaço. O processo envolveu cerca de 200 pessoas e durou 3 meses para ser concluído.
2.3 REFERÊNCIAS - PARTICIPAÇÃO
PRAÇA DE BOLSO DO CICLISTA - CWB
2 31
COLETIVO BOA MISTURA Criado em Madri em 2001, o coletivo Boa Mistura leva arte urbana aos mais variados cenários ao redor do mundo e utilizam da arte urbana para revitalizar áreas urbanas periféricas.
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Seus idealizadores acreditam que a arte é uma ferramenta para transformar o espaço e criar vínculos entre as pessoas.
CIDADE QUE BRINCA - SP E ALTO PARAÍSO - GO
CIDADE QUE BRINCA O projeto realizado da iniciativa da ONG Cria Cidade e do projeto Tudo de Cor da marca Coral, foi realizado com o intuito de envolver a comunidade e a transformação urbana em um bairro de São Paulo. A partir de desenhos feitos por crianças do bairro, artistas e colaboradores se organizaram para dar vida à imaginação das jovens mentes da comunidade.
Uma referência bem próxima com exemplos positivos de espaços públicos e arte urbana, é a cidade de Alto Paraíso, a 90km e ainda inserida na região da Chapada dos Veadeiros. A cidade atrai um contingente maior de turistas e atualmente desenvolve um projeto de sustentabilidade urbana que muito se aproxima dos interesses do Corredor Cultural do Cerrado.
2.3 REFERÊNCIAS - ARTE URBANA
ALTO PARAÍSO
2 33
SUSTENTABILIDADE URBANA Buscando um desenvolvimento consciente do espaço urbano de Cavalcante, com o intuito da preservação de suas particularidades, abordase a sustentabilidade como forma de trabalho mais apropriada. À partir do entendimento de “sustentabilidade” como a capacidade de produzir todos os insumos consumidos na vivência urbana, a metodologia trazida no livro “Avalição
da qualidade da habitação de interesse social” é muito pertinente à realidade estudada. O método aborda uma série de análises que seguem os princípios norteadores inerentes à cada uma das 4 classes do desenvolvimento sustentável (presentes na página ao lado). Ele trata da sustentabilidade de uma maneira mais inclusiva e mostra como o conceito pode ser abordado em cada esfera urbana.
PROBLEMÁTICAS SOCIAL - Baixa acessibilidade - Pouca integração entre áreas - Espaços coletivos mals estruturados
AMBIENTAL - Baixo conforto ambiental - Problemas de drenagem pluvial - Áreas residuais no espaço urbano
CULTURAL - Pouca afetividade no ambiente urbano - Baixa representatividade simbólica - Falta de orientabilidade
ECONÔMICA - Baixa densidade urbana - Longas distâncias dentro da área urbana - Centros comerciais afastados entre si
Avaliação da qualidade da
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habitação de interesse social UNB, 2015.
AMBIENTAL
CULTURAL
ECONÔMICA
Urbanidade
Proteção ecológica e agricultura urbana
Revitalização Urbana
Adensamento Urbano
Gestão de água, drenagem natural e esgoto alternativo
Legibilidade e Orientabilidade
Dinâmica Urbana
Identificabilidade
Desenvolvimento da economia local em centros de bairro
Comunidade com sentido de vizinhança Moradias adequadas
Conforto Ambiental Saúde Ambiental Sistemas alternativos de energia Redução, reutilização e reciclagem de resíduos
Afetividade e Simbologia
2.4 DIMENSÕES DE SUSTENTABILIDADE
SOCIAL
2 35
PADRÕES DE ACONTECIMENTO O uso da metodologia da criação de padrões se baseia no estudo feito por Christopher Alexander e descrito em seu livro “Uma linguagem dos padrões”, de 1977. A metodologia se baseia na criação de padrões que possam dar solução a uma determinada série de problemáticas evidenciadas. Por serem os padrões definidos de acordo com o contexto em que são gerados, geralmente não se replicam de caso a caso, mas sim em diversas escalas dentro de uma única situação definida.
36
Um conjunto de padrões determina uma comunidade viva que terá sua própria linguagem de padrões. (Andrade, 2014) No caso de Cavalcante, a série de padrões propostos foi estabelecida a partir das problemáticas colocadas previamente - levando em consideração a análise das dimensões de sustentabilidade - e buscando atender aos objetivos do trabalho.
prática da aplicação varia de acordo com o contexto e a escala analisada, seja macro ou micro. A intenção foi criar padrões mais simplificados e diretrizes gerais, cuja execução possa variar a forma, mas que ainda seja de fácil entendimento e reprodução pela comunidade.
Padrão de acontecimento FONTE: ALEXANDER, Christopher - 1977
Tratam de intervenções nos espaços públicos do Corredor Cultural do Cerrado e a forma Padrão de acontecimento FONTE: ANDRADE, Liza - 2014
Pavimentação
Presença de
adequada
ciclovia
Feira de
Dinamização
Concentração
artesanatos
econômica
de pessoas
Ecoturismo
Energia
Apreciação da
Separação de
sustentável
renovável
paisagem
resíduos
Acessibilidade
Praças bem
Equipamentos
Proteção /
cuidadas
esportivos
conforto solar
Sinalização
Arte urbana
2. Valorizar a CULTURA + experienciar ARTE URBANA
Eventos culturais
3. PRESERVAÇÃO AMBIENTAL
Biovaletas
Hortas urbanas
2.5 PADRÕES DE ACONTECIMENTO
1. Melhorar a INFRAESTRUTURA
2 37
3
DIAGNÓSTICO 3.1 SÍTIO FÍSICO 3.2 RELEVO 3.3 HIDROGRAFIA E VEGETAÇÃO 3.4 INCIDÊNCIA SOLAR E VENTOS 3.5 PERMEABILIDADE 3.6 HIERARQUIA VIÁRIA 3.7 ATIVIDADES E USOS DO SOLO 3.8 DIAGNÓSTICO
SÍTIO FÍSICO Cavalcante, por se situar na região da Chapada dos Veadeiros, está inserida em um contexto geológico permeado por grandes planícies e formações montanhosas. Seu entorno também é
40
constituído por ampla presença de vegetação e abundância de cursos d’água, configurando uma paisagem repleta de singularidades quanto a seu relevo e horizonte.
Vistas de Cavalcante à partir do Morro Encantado - 2016 Fonte: arquivo pessoal
N
Vista de satélite de Cavalcante - Fonte: Google Earth 2016
Limite da ocupação urbana
41
RELEVO Devido à sua origem baseada na atividade de mineração, a cidade se originou próxima à uma região de grandes declives, que constituise principalmente por uma grande cadeia montanhosa que a circunda. A serra que se estabelece como plano de fundo na paisagem urbana é rica
42
em nascentes, cujos percursos se definem inseridos no contexto urbano. Dessa forma, a ocupação se litima a tais condicionantes, restrigindo o crescimento da área urbana e condicionando a cidade aos limites geológicos naturais.
LEGENDA Curvas de nível Patamar Serra/Morros Limite da ocupação urbana
Vista da serra à partir do Mirante do Morro Encantado - Fonte: arquivo pessoal
N
43
HIDROGRAFIA E VEGETAÇÃO Acompanhando o relevo presente, a hidrografia da região é rica em afluentes que cortam o espaço urbano em diversos momentos. São significantes principalmente o Córrego Matias e o Rio das Almas, sendo o último um grande protagonista na vivência da área desde o acesso da cidade - feito por uma ponte de mão única. Sob a ponte, o rio cria um leve represamento de água que configura um pequeno balneário, utilizado por moradores e visitantes como espaço de lazer e contemplação.
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Ressaltando a relação de concentração vegetal próxima aos cursos d’água, é perceptível a presença de manchas de vegetação nativa mais densa ao longo dos mesmos. Esse contexto colabora para a proteção dos mananciais e possibilita o desenvolvimento amplo do Cerrado ao longo da região.
LEGENDA Massa verde densa Massa verde muito densa Cursos d’água Limite da ocupação urbana
A Chapada dos Veadeiros possui a área de savana mais rica em biodiversidade do mundo.
Ponte do Rio Almas - Fonte: arquivo pessoal
N
45
INCIDÊNCIA SOLAR E VENTOS Por se localizar em um país tropical e próxima à região equatorial, Cavalcante recebe incidência solar direta e intensa. É conhecido que a área em que se situa sofre com tal incidência, muito evidente durante o período de seca que se estende de Abril a Outubro.
quentes do dia são uma preocupação no tratamento do conforto térmico do ambiente urbano. O contraste no relevo da região também propicia o fluxo de ventos, cuja origem é principalmente da direção Sudeste.
LEGENDA Curvas de nível Trajetória Solar Ventos (predominantes do Sudeste) Limite da ocupação urbana
A posição das formações montanhosas, no entanto, cria uma barreira física capaz de proteger a cidade da incidência solar do final da tarde, vinda da direção Oeste. Ainda assim, a insolação direta durante os períodos mais
46
Sol vespertino em Cavalcante - Fonte: arquivo pessoal
VE
NT O
SE
MAI / JUL
MAR / SET
N
JAN / DEZ
47
PERMEABILIDADE
48
A ocupação urbana de Cavalcante se deu inicialmente próxima ao Córrego do Lavapés local de extração de ouro e minérios - de forma orgânica. Desde então, a região ocupada à partir de meados do século XVII delimita o centro da cidade.
popularmente conhecido como Matias (nome do principal rio que o circunda).
Com o passar do tempo e a necessidade de novas áreas para o crescimento urbano, a cidade ocupou uma região de planície ao norte do centro, ocupação essa que foi realizada de maneira planjeada e seguindo uma malha ortogonal, constituindo o bairro
originando a Vila do Morro Encantado. Constituindo-se a partir do final do século XX, a Vila encontra no relevo um obstáculo para a integração urbana, estabelecendo descontinuidade no território.
Com as áreas de planície próximas ao centro bem ocupadas, a cidade cresceu então na região plana que circunda o Morro Encantado,
1900
1950/60
Histórico de ocupação urbana de Cavalcante
1980/90
49
HIERARQUIA VIÁRIA Com a presença de baixa densidade na cidade, a distribuição viária da mesma acontece de forma homogênea, sem muita diferenciação entre as vias presentes. Poucas vias tem destaque no contexto urbano, de forma que apenas a de entrada e acesso à Cavalcante se apresente com caráter arterial (demonstrando maior velocidade no seu trato) e duas outras como coletoras interligando os bairros da cidade.
grande maioria segue um padrão de mão dupla com cerca de 8 metros de largura. A via arterial de acesso à cidade também se encontra com a rodovia GO-241 no momento em que se afasta da mancha urbana.
LEGENDA GO - 241 Via Arterial Via Coletora Via Local
Quanto às dimensões da caixa viária e configuração da via, a
50
Via de acesso a Cavalcante - fim da GO-241 Fonte: arquivo pessoal
51
ATIVIDADES E USOS DOS SOLO Demonstrando um caráter de urbanização interiorana, Cavalcante se mostra flexível no que diz respeito ao uso do solo. A zona urbana tem ocupação de uso misto em sua totalidade, sendo evidentes apenas regiões com maior frequência de uso comercial: na maior parte da área do centro
Dentre as edificações presentes, são pouquíssimas aquelas que possuem mais de um pavimento, configurando um gabarito geral na cidade de um pavimento apenas.
LEGENDA - USOS MISTO (+ residencial) MISTO (+ comercial) ÁREAS VERDES INSTITUCIONAL
e ao longo das vias de caráter Coletor, regiões de maior fluxo. As ocupações de natureza institucional são distribuídas ao longo da ocupação urbana e seguem de forma heterogênea.
52
Antiga Casa de Câmara e Cadeia Fonte: arquivo pessoal
Vila Morro Encantado vista à partir do Morro Encantado Fonte: arquivo pessoal
53
4
APROXIMAÇÃO
4.1 CRONOGRAMA 4.2 PROJETOS PARCEIROS 4.3 QUESTIONÁRIO 4.4 MAPA COLABORATIVO 4.5 MAPAS MENTAIS 4.6 GUIA TURÍSTICO
CRONOGRAMA A sequência das atividades colaborativas do Corredor Cultural foi distribuída ao longo do período de trabalho de modo a intercalar as ações de aproximação com as atividades comunitárias.
ABR MAI JUN
MAPA COLABORATIVO
Os prazos e datas de ação foram organizados de acordo com o período de recrutamento dos recursos e a disponibilidade da comunidade de Cavalcante. Da mesma forma, o planejamento segue este modelo para as próximas ações do projeto.
56
aplicação do QUESTIONÁRIO
oficina: HORTA COLETIVA
CAFÉ MUNDIAL
GUIA TURÍSTICO
4.1 CRONOGRAMA
oficina: ARTE URBANA
SET OUT
JUL
AGO
MAPAS MENTAIS
4 57
COMUNICAÇÃO A fim de estabelecer um meio de comunicação mais prático e inclusivo, criou-se para a difusão das atividades do projeto uma página virtual com acesso público. Além das informações sobre atividades e
oficinas, a página do Corredor Cultural do Cerrado também foi criada com o intuito de compartilhar informação e conhecimento sobre a história e cultura de Cavalcante. Além disso, a página também se estabelece como um canal de comunicação entre as ações do projeto e a comunidade, podendo a mesma colaborar com diversos insumos para desenvolvimento do mesmo.
58
QR Code da página virtual: www.facebook.com/ corredorculturaldocerrado
PROJETOS PARCEIROS
Uma iniciativa parceira e afim do Corredor Cultural é o grupo virtual que busca resgatar a história da cidade por meio da contribuição coletiva de moradores e amigos de Cavalcante.
“Como já foi o lema da
que viveram em Cavalcante
cidade, pelo menos até 1983,
como os que continuam nela
NOSSA PRINCIPAL RIQUEZA
têm dado sua contribuição
É O HOMEM, e por isso
para construir essa história
também é preciso olhar para
que buscamos preservar.”
Casa Abraço
jovem da comunidade
participativos voltados
de Cavalcante, sempre promovendo ações variadas que envolvam os jovens na sua realização. De forma colaborativa, a Casa Abraço oferece um local de acolhimento e “tem por finalidade fomentar, desenvolver e instaurar processos
para o desenvolvimento humano integral; para a prática da solidariedade e respeito ao próximo; para o pleno exercício da compaixão pelos que sofrem; para a promoção da paz em todas as suas possibilidades e para a preservação da vida.”
Outra iniciativa que se assemelha nos esforços com a comunidade e colabora com o Corredor Cultural é a associação Casa Abraço. A instituição trabalha trazendo para si a parcela
as pessoas, pois a história de uma cidade é também a
Adriana Pinto
dos sujeitos que dela fazem
(Administradora do grupo)
parte; tanto os moradores
4.2 PROJETOS PARCEIROS
Resgate da história e cultura de Cavalcante-GO
4 59
QUESTIONÁRIO Elementos utilizados:
1.
Reunir pessoas
2.
Questionários e canetas
Local da ação
60
Pólo U.A.B
Para poder conhecer o perfil da comunidade, foi aplicado um breve questionário. Começou-se com uma parte de identificação, para poder levantar o perfil dos participantes. Em seguida, o questionário tratou de perguntas relativas à impressão dos participantes quanto à pontos positivos e negativos de Cavalcante. Algumas questões foram colocadas com a intenção de se aproximar da relação simbólica dos participantes com os espaços da cidade.
1 1 2 3 4 5 6 7 13 / 25 são funcionárias(os) públicas(os)
RESULTADO
16 / 25 gostam da presença da NATUREZA
14 / 25 pode melhorar INFRAESTRUTURA e EDUCAÇÃO
21 / 25 têm a Praça DIOGO CAVALCANTE como favorita
19 / 25 vêem arte urbana como EXPRESSÃO POPULAR
25 / 25 gostaria de saber mais sobre ARTE DE RUA
14 / 25 têm em Cavalcante paz e tranquilidade
4.3 QUESTIONÁRIO
15 / 25 não são nascidos em Cavalcante
4 61
MAPAS MENTAIS Elementos utilizados:
1.
Reunir pessoas
2.
Gerar discussão sobre pontos de referência
3.
62
PONTOS REFERENCIAIS
A dinâmica dos mapas mentais consiste em permitir que um grupo de participantes desenhe o mapa de algum local a partir de sua memória, salientando o que lhe é mais significativo enquanto referência espacial.
É entregue uma folha em branco e se pede que cada um faça o desenho, sem preocupação com o fato de ser fidedigno ou não. Na dinâmica Rotatividade dos mapas realizada, foi interessante perceber o que em Local da ação Cavalcante mais tem relevância para o grupo e a relação afetiva que os mesmos estabelecem com o espaço urbano. Colégio Estadual
Pontos desenhados pelos participantes como referência na construção do mapa mental de Cavalcante.
desenho por Kรกssia Ellen
4.4 MAPAS MENTAIS
desenho por Celiane Dias
4 desenho por Laura Vieira
desenho por Flรกvio Cavalcanti
63
CAFÉ MUNDIAL Elementos utilizados:
1.
Reunir pessoas
3.
Padrões de acontecimento
5.
Rotatividade dos mapas Local da ação
64
Colégio Estadual
2.
Mapas base
4.
Referências fotográficas
A dinâmica do Café Mundial consiste em criar um arranjo onde os participantes possam pensar sobre o espaço urbano à partir dos padrões de acontecimento e referências fotográficas. Também exige rotatividade garantindo que todos os participantes opinem sobre as áreas analisadas “O processo é organizado de forma que as pessoas circulem entre os diversos grupos e conversas, conectando e polinizando as idéias, tornando visível a inteligência e a sabedoria do coletivo.” (CoCriar - práticas colaborativas) Fotos: dinâmica Café Mundial Fonte: arquivo pessoal
4 65
4.5 CAFÉ MUNDIAL
CAFÉ MUNDIAL - Resultado ÁREA 2
66
ÁREA 4
ÁREA 3
ÁREA 1
GUIA TURÍSTICO Elementos utilizados:
1.
Reunir pessoas
2.
Levantar maiores atrativos
3.
Graficar informações
ecológicos. Local da ação Guia Turístico produzido à partir das contribuições da comunidade e disponibilizado no CAT de Cavalcante.
C.A.T
4.6 GUIA TURÍSTICO
Outra atividade de aproximação com a comunidade cavalcantense foi a remodelagem de um Guia Turístico para a cidade, visando instruir visitantes, reforçar pontos importantes para o Ecoturismo sustentável e compartilhando o conhecimento popular. Foi produzido no CAT, principalmente em conjunto com os Guias de passeios
4 67
A COMUNIDADE EM AÇÃO
5
5.1 MAPA COLABORATIVO 5.2 OFICINA DE ARTE URBANA 5.3 OFICINA DE HORTA COLETIVA
MAPA COLABORATIVO Elementos utilizados:
1.
3.
Reunir pessoas
Discussão entre os participantes
2.
4.
Local da ação
70
Pólo U.A.B
Mapa base
No dia 25/05/2016, foi organizado um encontro informal com a comunidade, articulado a partir de redes sociais como o Facebook, Whatsapp e também o convite presencial a transeuntes. No encontro, realizado na sede da UAB (Universidade Aberta do Brasil), apresentou-se o projeto com as propostas iniciais levantadas a partir de
análises primárias. O “Cafézinho” reuniu cerca de 12 pessoas, de diversas instituições Canetas e marcadores e atividades de Cavalcante, e foi uma ocasião interessante para entender as problemáticas colocadas pela comunidade. Após a apresentação
Os participantes colocaram questões como a preocupação
importância do turismo em escala regional e os eventos da cultura
sobre a cidade, importantes para a construção do projeto.
ambiental quanto à falta de preservação, a
tradicional da cidade.
RESULTADO
5.1 MAPA COLABORATIVO
da proposta inicial, houve um debate entre todos os presentes no qual se discutiram muitos pontos relevantes
5 71
OFICINA DE ARTE URBANA Elementos utilizados:
1.
Reunir pessoas
2.
Desenhos de referência cultural
3.
Superfície a ser revitalizada
4.
Material de pintura
Local da ação
72
Colégio Estadual
Por sugestão conjunta da diretora, professores e alunos do Colégio Estadual Jorge Elias Cheim, foi organizada uma oficina de arte urbana para revitalização do muro externo. Entre as articulações realizadas para que a ação pudesse acontecer, os alunos e agentes jovens arrecadaram material de pintura e graficaram suas ideias como referência de sua história e cultura. A ação ocorreu em dois dias diferentes, durante todo o dia, e reuniu um grande número de alunos, interessados em participar da oficina e deixar o Colégio mais agradável. Fotos: arquivo pessoal
ANTES
5.2 OFICINA DE ARTE URBANA
EM AÇÃO
5 73
74
RESULTADO
75
OFICINA DE HORTA COLETIVA Elementos utilizados:
1.
Reunir pessoas
2.
Materiais recicláveis
3.
Material de pintura
4.
Mudas de temperos
Entrando em contato com a comunidade à partir da página do Facebook, foi feita uma oficina de horta urbana coletiva na Praça da Rodoviária. Após se obter as mudas, foram reutilizados pneus obsoletos encontrados na rua como recipientes para se colocar cada tipo de tempero. Com o uso de material de pintura e reciclando telhas cerâmicas como placas de identificação, foram plantadas diversas plantas e a horta segue disponível para usufruto de toda a comunidade.
Local da ação
76
Fotos: arquivo pessoal Praça da Rodoviária
5.3 OFICINA DE HORTA COLETIVA
AÇÃO E RESULTADO
5 77
6
O PROJETO
6.1 MACRO E MICRO 6.2 PLANTA MACRO 6.3 RIO ALMAS E GO-241 6.4 VILA MORRO ENCANTADO 6.5 LAGO E CENTRO 6.6 CIRCUITO JOVEM
MACRO e MICRO
Sistema / Projeto Macro
O método de construção do Corredor Cultural do Cerrado se desenvolve em duas escalas diferentes. O objetivo é tratar o espaço urbano como um organismo vivo e dinâmico, composto por diversas partes pequenas (como células ou tecidos) a fim de estabelecer coesão em uma escala maior. A nível Micro, ele se cria à partir das ações comunitárias e intervenções em pequenas áreas, como por exemplo as atividades de transformação direta no Colégio Estadual. Já no contexto Macro, a soma das
Área Urbana
80
Intervenção Micro
Intervenção Micro
ações isoladas contribui para a constituição de um sistema integrado de transformação e vivência do espaço urbano, tendendo sempre à maior urbanidade.
CORREDOR CULTURAL ( URBANIDADE SUSTENTÁVEL )
DIRETRIZES
DIRETRIZES
DIRETRIZES
DIRETRIZES
AÇÃO 1
OFICINA 3
AÇÃO 4
OFICINA 6
OFICINA 2
AÇÃO 3
OFICINA 5
AÇÃO 6
MACRO
AÇÃO 5
( diretrizes urbanas )
OFICINA 4
MICRO
AÇÃO 2
( ações com a comunidade )
OFICINA 1
6.1 MACRO E MICRO
AMBIENTAIS CULTURAIS ECONÔMICAS SOCIAIS
6 INTEGRAÇÃO URBANA
81
PLANTA MACRO
ÁREA 2
ÁREA 4
ÁREA 3
82
1. INTERVENÇÕES EM NÍVEL São o traçado mais próximo do real e constituem na aplicação de tratamento de piso. 2. MOBILIÁRIO URBANO Intervenções de conforto ao nível da cidade e aplicação de arte urbana/orientabilidade. 3. SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL Determina as zonas onde se faz mais propícia a implantação de vegetação nativa e biovaletas para drenagem pluvial
Intervenções em nível Pavimentação adequada Ciclovia
Mobiliário urbano Coberturas leves Iluminação fotovoltáica Marcos visuais Sinalização
Sustentab. ambiental Vegetação nativa e hortas urbanas Biovaletas
6.2 PLANTA MACRO
ÁREA 1
A Planta Macro ao lado consiste em um mapa de manchas (sem fidelidade com as dimensões reais do projeto), onde foram distribuídas as diretrizes gerais do Corredor Cultural. Os insumos foram pensados de acordo com os 3 grupos descritos.
6 83
ÁREA 1: Rio Almas e GO-241 O primeiro trecho do Corredor Cultural consiste no caminho entre o Rio Almas e o começo da ocupação urbana de Escultura
Cavalcante. Tem cerca de 2km de extensão e se caracteriza pela longa via.
Calçada
Cobertura leve
CORTE A
Sinalização
Poste fotovoltáico
Biovaleta
Ciclovia
84
15,00
5,00
3,00
8,00
4,00
5,00
A área articula o percurso entre a ponte e a cidade, e possui potencial para caracterizar-se pelo caminho pedonal, ciclovia e ampla presença de biovaletas. O relevo é favorável nesse trecho para a aplicação das biovaletas
a serem distribuídas ao longo do trajeto, propõe-se paisagismo de balneário no acesso ao Rio Almas.
A Escultura
Cobertura leve
6.3 RIO ALMAS E GO-241
Biovaleta
(jardins de chuva) por apresentar áreas de vegetação rebaixadas em nível. Além das esculturas
6 0
200
400
600
85
86
87
88
89
ÁREA 2: Vila Morro Encantado A área 2 abarca o trecho que dá acesso à Vila do Morro Encantado e, por se tratar de uma parte do Corredor de caráter mais urbano, se articula com mais espaços de permanência. Traz divisões do percurso da ciclovia e do passeio,
além de conter mais elementos de uso do pedestre: coberturas leves de proteção solar, recuos para vivências e contemplação, e pequenos pontos comerciais (quiosques).
Biovaleta Escultura
Pça Primavera
Cobertura leve
0
90
100
200
300
B
Um momento importante nesse trecho é a reestruturação da via central da Vila, onde se aproveita o amplo espaço disponível para distribuir elementos urbanos e criar mais coesão na área.
Passeio
Horta
Ciclovia
Poste Fotovoltáico Ciclovia
CORTE B Cobertura leve
Passeio
Horta
Via
Via
6.4 VILA MORRO ENCANTADO
Via
6 91 4,00
3,00
5,00 0,50
8,00
3,00
3,00 0,50
4,00
92
93
ÁREA 3: Lago e Centro Sinalização
Pça Diogo Cavalcante
Parque do Lavapés
Feira
Lago artificial
Quiosque
C
0
94
100
200
300
Espera-se também que neste trecho se concretize o antigo projeto da consolidação do Lago Artificial, já existente há algum tempo. O deck também permite acesso à Casa do Artesão e à Feira, integrando melhor o espaço.
Cobertura leve Poste fotovoltáico Estandarte
Via
Ciclovia
Passeio / Deck de observação
Escultura
6.5 LAGO E CENTRO
Chegando na área de acesso ao centro da cidade, o Corredor se expande e cria um espaço de convivência mais articulado ao encontro, com a presença de um deck de contemplação e observação da paisagem circundante.
6
CORTE C
95 2,00
8,00
3,00
7,00
96
97
98
99
100
101
ÁREA 4: Circuito Jovem
No último trecho do Corredor Cultural, foi evidenciada a grande presença da população jovem de Cavalcante, devido à presença de equipamentos esportivos e proximidade ao Ginásio e ao Colégio Estadual. A ideia dessa área é consolidar um Circuito Jovem que permeie todos estes equipamentos urbanos por meio de um espaço público acessível e integrado.
Pça da Rodoviária
D
Igreja Colégio Estadual
102
0
100
200
300
Poste fotovoltรกico
CORTE D Ciclovia
Passeio / praรงa
Via
6.6 CIRCUITO JOVEM
Equipamento esportivo
6 103 1,00
8,00
3,00
2,00
104
105
BIBLIOGRAFIA ALBERTI, Gabriela. “O terreno abandonado no centro de Curitiba que virou praça pelas mãos da própria comunidade.” Hypeness. s.d. http://www.hypeness.com. br/2016/04/o-terreno-abandonado-no-centro-da-cidade-que-virou-praca-pelas-maos-da-propria-comunidade/ (acesso em Setembro de 2016). ALEXANDER, Christopher; ISHIKAWA Sara; Murray, SILVERSTEIN; JACOBSON, Max; FIKSDAHL-KING, Ingrid; ANGEL, Shlomo. A Pattern Language. New York: Oxford University Press, 1977. ANDRADE, L. M. S. Conexão dos padrõesespaciais dos ecossistemas urbanos. UnB, 2014. ARQUITETOS, Ruy Rezende. “Parque Madureira / Ruy Rezende Arquitetos.” Archdaily. 10 de Junho de 2016. http://www.archdaily.com.br/br/789177/parque-madureiraruy-rezende-arquitetos#disqus_thread (acesso em Setembro de 2016). BARBOSA, P. Plano de bairro da Vila Cauhy, 2015. BLUMENSCHEIN, R. N; PEIXOTO E. R; GUINANCIO, C; AMORIM, C. N; ANDRADE, L. M. S. Avaliação da qualidade da habitação de interesse social. UnB, 2015. Cavalcante - Chapada dos Veadeiros. s.d. http://cavalcantego.blogspot.com.br/p/historia-e-cultura.html (acesso em Setembro de 2016). Comunidade - Alto Paraíso de Goiás, GO. “Cultura Quilombola no Encontro de Culturas.” Kickante. s.d. https://www.kickante.com.br/campanhas/cultura-quilombolados-kalungas (acesso em Setembro de 2016). “Diário do Cardês.” Histórias de Rota. 20 de Abril de 2011. http://rotadosalkalungaensaios.blogspot.com.br/p/diario-do-cardomiro.html (acesso em Setembro de 2016). “El urbanismo participativo: una nueva forma de organizar la ciudad.” Paisaje Transversal. 31 de Março de 2016. http://www.paisajetransversal.org/2016/03/elurbanismo-participativo-una-nueva-forma-de-organizar-la-ciudad-seres-urbanos.html?utm_source=twitterfeed&utm_medium=facebook (acesso em Setembro de
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FRANCO, José Tomás. “Como o projeto “Espaços de Paz” está transformando os espaços comunitários na Venezuela.” Archdaily. 1 de Novembro de 2014. http://www. archdaily.com.br/br/756317/como-o-projeto-espacos-de-paz-esta-transformando-os-espacos-comunitarios-na-venezuela (acesso em Setembro de 2016). GARCIA, Natália. “Manual Afetivo de Crowdfunding para Cidades.” Cidades para Pessoas. 18 de Novembro de 2015. http://cidadesparapessoas.com/manual/ (acesso em Setembro de 2016). “Goiás » Cavalcante.” IBGE. s.d. http://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?lang=&codmun=520530&search=goias|cavalcante|infograficos:-informacoes-completas (acesso em Setembro de 2016). ICONOCLASISTAS. Manual de mapeo colectivo. Barcelona, 2013. LIMA, Juliana Domingos de. “O que muda quando as crianças são incluídas no planejamento urbano.” Nexo Jornal. 16 de Maio de 2016. https://www.nexojornal.com. br/expresso/2016/05/16/O-que-muda-quando-as-crian%C3%A7as-s%C3%A3o-inclu%C3%ADdas-no-planejamento-urbano (acesso em Setembro de 2016). LNEC. Participação da comunidade em processos de desnho urbano e urbanismo. Lisboa, 2013. PAULA, Amadeu Garrido de. “A quem cabe o reconhecimento de comunidades quilombolas?” Jota. 2 de Abril de 2015. http://jota.info/artigos/a-quem-cabe-oreconhecimento-de-comunidades-quilombolas-02042015 (acesso em Setembro de 2016). PDL – PLANO DIRETOR DE CAVALCANTE, Prefeitura Municipal de Cavalcante e Terravision, 2012. “Projects.” Boa Mistura. s.d. http://www.boamistura.com/projects.html (acesso em Setembro de 2016). SÁENZ, Laura. “O papel da arte urbana no Corredor Cultural da Calle 26 em Bogotá.” Archdaily. 30 de Março de 2016. http://www.archdaily.com.br/br/784515/opapel-da-arte-urbana-no-corredor-cultural-da-calle-26-em-bogota (acesso em Setembro de 2016). VALLEJO, José Luis. “Urban Acupuntures – Urban Social Design .” Issuu. 31 de Outubro de 2013. https://issuu.com/ksufirenze/docs/kuf_text_07 (acesso em Setembro de 2016). WOLNEY, C. Eu, Kalunga. Brasil, 2005.
107