n.26
Edição de setembro de 2016
www.correiodefaro.pt
festival “f” - o ANO DA CONSOLIDAÇÃO
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SUPLEMENTO DIA DO MUNICÍPIO No mês em que se assinala o Dia do Município fique com a entrevista ao Professor Rogério Bacalhau - pág. 1 a 4
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FARENSES EM DESTAQUE
JUVENTUDE & DESPORTO
CULTUR A
aç ão social
Entrevista a Joana Santos
South Side Boys
Folkfaro
UATI
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EDITORIAL SETEMBRO, O MÊS DE FARO Setembro é um mês essencial no calendário dos farenses.
Município. Este ano, elas ficaram marcadas por
Em primeiro lugar, pelas razões históricas, que nos recor-
um conjunto de justas homenagens e pela inau-
dam a elevação de Faro a cidade, no dia 7 de setembro de
guração da Beneficiação Municipal do CM520-
1540. Mas para o quotidiano de todos, este é essencialmen-
1, trajeto conhecido como Estrada dos Valados.
te o mês do regresso aos trabalhos e à escola. Digamos que
Com esta requalificação fica dado o sinal de que
o dia-a-dia retoma a sua normalidade depois de um quen-
pretendemos continuar a investir na melhoria
te mês de agosto, em que as férias e o Sol capitalizaram as
das vias de acesso às nossas freguesias, dando
atenções de todos. Este ano, Faro aí esteve, animado e ativo
continuidade ao programa Faro Requalifica 1 e
como nunca. Dir-se-ia que as pessoas se reconciliaram com
fazendo antever as intervenções que aí vêm.
a sua cidade, fazendo agora novamente o exercício de sair
De tudo isto damos conta nesta edição, sem es-
para a rua, aproveitando tudo o que ela tem para oferecer.
quecer o Festival F do nosso contentamento, nem
O Baixa Street Fest foi uma das iniciativas que implementá-
as dificuldades sentidas em matérias específicas
mos, mas o sucesso deve-se em grande medida ao esforço
como a manutenção dos espaços verdes e a reabi-
dos empresários e comerciantes que sentiram o apelo e in-
litação da Alameda. Para além de tudo isto, pode
vestiram neste que já é considerado o melhor verão de sem-
contar com as rubricas de sempre, que têm feito
pre para a nossa cidade.
do caro leitor um consumidor assíduo do nosso
Mas setembro é também o mês das cerimónias do Dia do
Correio de Faro. Boas leituras, bom setembro.
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espaço público Espaços verdes da cidade
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espaço público Telas de ensombramento
CULTUR A Baixa Street Fest
educ aç ão Regresso às aulas
CULTUR A FARCUME
educ aç ão Oficinas de férias - Teatro das Figuras
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LUGARES Uma viagem pela nossa terra
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empreendedorismo EHTA - Oferta formativa
FICHA TÉCNIC A Conceção e Produção Município de Faro Impressão Gráfica Funchalense, SA Tiragem 10.000 exemplares Preço por exemplar 0,09€ Depósito Legal 408113/16 Distribuição gratuita
contac tos gerais Município de Faro Largo da Sé, 8004-001 Faro Portugal
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FARENSES EM DESTAQUE
JOANA SANTOS
Uma campeã do mundo farense! As limitações são-no apenas quando em reflexo da própria vontade. A incontornabilidade de uma deficiência física é apenas tão restritiva quanto a capacidade de a contrariar. Esta será sempre uma leitura sensível, corroborada, contudo, por exemplos de crer, fé e ambição como este que encontrámos, na primeira pessoa, na judoca farense Joana Santos. Aqui não há limitações que atemorizem. Há apenas consciência das vicissitudes da vida, encaradas com uma humildade avassaladora digna de uma campeã da vida e do mundo – e neste caso, duas vezes! Esta é, entre muitas outras coisas, a prova de que o desporto adaptado deve ser alvo de maior investimento e atenção, de forma a potencializar a qualidade natural dos atletas nacionais. Fique agora com a entrevista.
Como nasce esta relação com o judo?
aos Jogos Surdolímpicos, em Taipé, na China, onde
acima de tudo, foi lá que conheci o Mestre Júlio Marcelino.
Nasce aos 9 anos. Para mim foi uma escolha na-
também me sagrei campeã. Enfim, os resultados
É um dos meus grandes pilares e aquele que tornou possível
tural. Fazia ballet, ainda passei por outras mo-
desportivos complementam a minha vida pessoal,
percorrer esta caminhada. Agradecer-lhe não chega.
dalidades, mas nenhuma me preencheu como a
à qual também dou grande atenção. Este ano além
minha primeira aula de judo.
do campeonato do mundo que venci na Turquia,
E Faro?
ganhei outro grande combate: concluí a minha li-
Sinto um orgulho tremendo em ser farense e algarvia. Faro
Sentes-te de alguma forma condicionada face
cenciatura!
é a minha cidade de eleição, onde nasci, cresci e estudei
à surdez?
Agora…a vivência diária, no meu dia-a-dia, já é di-
até ir para a faculdade em Lisboa. Hoje estou dividida entre
Tive um início fácil. Já lá tinha um amigo surdo e a
ferente. Sinto que a sociedade não está prepara-
Faro e Leiria onde moro, mas este é o sítio onde tenho a mi-
deficiência não me condicionou. Aliás, além de ter
da para tratar das pessoas com deficiência de igual
nha família e para onde quero sempre voltar.
sido muito bem recebida pela equipa, treinávamos
modo. Na faculdade, por exemplo, foi muito difícil
todos de igual para igual. Depois, a complementa-
transpor algumas barreiras, mas consegui. Agora
Quais os teus planos para o futuro?
ridade que criei entre a minha vida pessoal e des-
a próxima etapa para mim será o ingresso no cam-
Bom agora estive a descansar uns dias. Penso voltar em se-
portiva: cresci sempre com o objetivo de vencer e
po profissional, vamos ver como irá correr…
tembro para em conjunto com o meu treinador estabelecermos um plano de treinos, tendo em conta os objetivos que
essa postura transita ainda hoje entre uma e outra realidade. Talvez o sucesso dos meus resulta-
Que significa ser campeã do mundo?
se pretendem atingir e a distância a que me encontro deles.
dos desportivos tenham feito a diferença, mas
Ganhar o Mundial, ou qualquer outra prova, é a
Esses serão o Campeonato Nacional que se realiza em de-
eu sempre acreditei em mim tanto na vitória
maior recompensa de todo o trabalho e esforço
zembro próximo e depois claro os Jogos Surdolímpicos em
como na derrota. Aprendemos sempre qual-
que dedicamos. Era muito importante para mim
julho do próximo ano na Turquia.
quer coisa.
vencê-lo, porque me preparei com muito sacrifí-
Cresci a participar em campeonatos do judo dito
cio. Com isso, garanti também a minha presença
“normal”, até porque até então desconhecia a
nos próximos Jogos Surdolímpicos: esta é a prova
existência de provas específicas para surdos. Pelo
rainha do desporto para surdos e é aí que eu que-
meio, cheguei a um 5º lugar num Campeonato da
ro sempre chegar.
Europa e à participação nos Jogos Olímpicos da Juventude. Mais tarde, em 2008, competi num cam-
Que importância tem o Judo Clube de Faro
peonato do mundo só para surdos em França no
neste caminho?
qual saí bicampeã, vencendo o Open e a catego-
É a minha casa. Foi lá que cresci seja nas vitórias
ria -63kg. Estes resultados permitiram-me chegar
ou nas derrotas, que me preparei para a vida e,
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ESPAÇO PÚBLICO TRÊS NOTA S SOBRE OS ESPAÇOS VERDES DA CIDADE
A explicação do executivo
O que se passa com o Espaço Verde da Cidade? Apesar da aposta assumida pelo Município na qualificação do espaço público, equipamentos e vias de comunicação, o assunto vem concitando a atenção de diversos munícipes. Não sendo um problema novo, ele faz-se sentir com especial relevo no verão e justifica três notas de satisfação aos leitores.
I – O PROBLEMA O Município tem vindo a reconhecer as dificuldades com a manutenção dos espaços verdes - tem alocados a esta prestação apenas doze funcionários. Isto porque, tendo o Tribunal de Contas decidido que este serviço não poderia ser prestado pela FAGAR, ficou a autarquia com essa incumbência, para a qual não estava preparada. O problema incide sobretudo na cidade, área territorial da Freguesia da Sé / São Pedro, única junta que não aceitou a delegação de competências proposta pela Câmara nesta matéria.
II – A S TENTATIVA S DE SOLUÇÃO Atravessando na altura um período crítico do seu processo de reequilíbrio financeiro, era impossível ao Município contratar recursos humanos ou adquirir equipamento para adequar a operacionalização da equipa. A adjudicação a uma entidade exterior também não era opção, pois ainda não havia meios para o fazer. Daí para cá, foi-se tentando assegurar o serviço, montando uma equipa incansável mas limitada em número. Procurou-se reforçá-la com recurso aos programas de Emprego e Inserção do Instituto do Emprego e Formação Profissional, mas a situação vem-se agravando quando se acumulam férias e baixas na equipa.
III – A OPORTUNIDADE DEFINITIVA Abatida mais de 40% da dívida total e comprovada a nova atitude da autarquia, pagando tudo a todos a tempo e horas, é tempo de encontrar exteriormente as soluções que nos faltam internamente para devolver às zonas verdes da cidade a dimensão estética e a dignidade que todos merecemos. Assim, o Município está já a abrir procedimento para entregar esta prestação a uma entidade exterior ao Município. O procedimento burocrático vai ainda levar tempo, mas no final terá valido a pena. Não se propõe apenas repor níveis de beleza aos espaços verdes. Pretende-se, isso sim, criar em Faro um património natural e ajardinado como ele nunca teve e do qual todos os farenses se orgulharão.
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ESPAÇO PÚBLICO Parque Infantil da Al ameda
Mais e melhor para breve!
É difícil encontrar melhor ponto de referência, no que diz respeito a espaços familiares de lazer, do que o Jardim da Alameda. De entre as várias ferramentas de recreio que disponibiliza, o parque infantil é sem dúvida um dos mais utilizados. Nesse sentido e tendo em conta as carências já identificadas, proceder-se-á a uma intervenção de fundo que trará mais instrumentos e melhores condições ao espaço. Segundo o Correio de Faro apurou, a obra já há muito desejada, aguarda há mais de 6 meses pela chegada dos materiais encomendados que permitam dar início aos trabalhos. No entanto, há a confiança da parte dos serviços municipais de que a sua chegada estará para breve e que bem cedo se poderão gozar de novas e melhores condições de recreio, num espaço tão querido à cidade.
Bem -vindo Alianç a!
MAIS SEGUR ANÇ A NA AL AMEDA
Entre outras melhorias
A nova cara de um centenário
O Município recorreu ao serviço de um
O Aliança abriu. Elegante como sempre e fresco
vigilante para o jardim da Alameda
como nunca. Um espaço de arte e graça para de-
João de Deus. O serviço iniciou-se no
leite e usufruto de todos.
passado dia 9 de agosto e inscreve-se num plano de investimento que visa
Agosto de 2016 batizou finalmente o regresso de
dotar este espaço de melhores con-
um dos ex-libris farenses. E se a nostalgia não
dições de segurança e conforto para
bastasse, recebe-nos agora com uma cara que,
todos os seus utilizadores.
apesar de renovada, soube interpretar fielmente a história e identidade arquitetónica. Contudo e
Para além do vigilante, que estará ao
segundo Ana Sequeira e João Paulo Fernandes, responsáveis pelo projeto arquitetónico e pelo próprio design, “percebe-se o que é original e o que é novo. Não que seja contrastante, mas não se finge que é antigo”. É no fundo um Aliança versão 2.0.
serviço diariamente entre as 7h30 e as 20h30, também os equipamentos e mobiliário deste parque centenário irão sofrer os necessários melhoramentos. As luminárias, bebedouros, bancos de jardins, parques infantis e WC públicos serão ainda alvo de in-
Quanto a nós Correio de Faro, foi-nos absolutamente delicioso reviver velhos hábitos e tradições; reencontrarmo-nos com as portas giratórias, com o leão da fachada e com os detalhes interiores que fazem destes 108 anos de vida tão ricos quanto joviais. O espaço, que funciona agora como uma cervejaria, continuará por isso a gozar, na nossa capital, do seu estatuto imaculado e a proporcionar, além do convívio, um forte ponto de atração turística. Uma receita com tudo para funcionar!
tervenção municipal. Finalmente, os espaços verdes da Alameda serão merecedores de uma atenção especial, procurando-se a sua manutenção e conservação através do plano que está a ser preparado para toda a cidade e que em breve será apresentado. A velha Alameda está a um passo de receber os melhoramentos que bem merece.
Tel as de sombreamento da baix a
Início da 2ª fase de implementação
A baixa da de Faro tem sido alvo de um processo de revitalização e di-
moderno e internacional, um maior conforto e menor desgaste aos pedestres
namização, conducente com a maior capacidade de captação turística da
que delas usufruem.
cidade e a notória reentrada no mapa de lazer dos próprios farenses. No fundo, devolve-se a mística àquela que outrora foi o coração comercial da
Depois de garantido o sucesso e justificada a pertinência das mesmas, dá-se
nossa capital.
agora início a uma nova fase de implementação que ampliará o número de telas e consequentes zonas de sombreamento. Esta segunda fase implica um
Este processo nasce duma estratégia integrada que visa casar a oferta cul-
investimento no valor de €29.985,00 (+ IVA), mas que segundo a autarquia,
tural e comercial, com as melhorias das condições das próprias artérias.
nunca será sinónimo de prejuízo tendo em conta a contribuição manifesta-
Nesse sentido, surgiram as telas de sombreamento, que numa primeira
mente positiva que tem para o comércio local.
fase garantiram, além dum enquadramento estético e cenográfico mais
EDUCAÇÃO
SA BIA QU E... Os Cursos de Verão da UAlg juntaram mais de 300 alunos do ensino secundário?
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Oficinas de Férias do Teatro das Figuras Um arranque de sucesso! Realizaram-se de 4 a 15 de julho as primeiras oficinas de verão do Teatro das Figuras. Esta iniciativa pretendeu, acima de tudo, disponibilizar mais um instrumento de ocupação para o período de férias escolares, promovendo o desenvolvimento de competências nas crianças para as artes performativas. Esta primeira edição, que contou com a participação de 52 crianças nas oficinas “Vamos Fazer Teatro” e “Dançar Saramago”, revelou-se um sucesso tanto pela entrega, como pelos resultados finais apresentados num espetáculo de teatro e de dança, aos pais, que ocorreu no final de cada uma das oficinas. A julgar pelo arranque, resta-nos aguardar pelas próximas edições!
Regresso à s aul as
Autarquia investe quase 700 mil euros na educação Em resposta às carências identificadas e em uníssono com as prioridades do município em matéria de educação, a abertura do ano letivo 2016/17 é já testemunha de um conjunto de medidas de intervenção que atentam à melhoria da prática pedagógica nos espaços educativos da rede pública do nosso concelho. Nesse sentido, o Correio de Faro diz-lhe agora quais as concretizações práticas de um investimento de fundo que, por inquestionável pertinência, ascende a perto de 700 mil euros:
s Aquisição, montagem e instalação de equipamentos de cozinha para refeitórios escolares; s Aquisição, montagem e instalação de mobiliário nas Escolas EB1 e Pré-Escolar; s Pintura do pavilhão da Escola E.B.2,3 Poeta Emiliano da Costa; s Remodelação do piso e balneários da Escola E.B.2,3 D. Afonso III; s Substituição da caixilharia/janelas da Escola EB1/JI do Carmo; s Celebração de protocolos de transferência de competências e meios para os agrupamentos de escolas; s Implementação de uma plataforma de gestão para os refeitórios escolares, prolongamento de horário do 1.º ciclo do ensino básico e de estabele
cimentos de educação pré-escolar, bem como do serviço de transportes escolares do 1.º, 2.º, 3.º ciclos e ensino secundário, para facilitar os pagamentos aos encarregados de educação.
s Abertura do procedimento concursal para contratação de 13 assistentes operacionais com vínculo jurídico à função pública para as escolas; s Abertura do procedimento concursal comum, para a contratação de 45 assistentes operacionais e 7 animadores na área de apoio a ação educativa para as escolas,
s Criação de uma comissão de trabalho para elaborar o Projeto Educativo Municipal em colaboração com a Universidade do Algarve.
Serviços Educ ativos
Ofertas do Município
O Serviço Educativo da Biblioteca Muni-
postas têm em consideração os conteúdos transmitidos
cipal de Faro promove e desenvolve ativi-
nas diversas disciplinas escolares, complementando o cur-
dades educativas, culturais, formativas e in-
rículo das escolas.
formativas para as famílias e instituições do concelho de Faro. São propostas de horas do
O Serviço Educativo do Museu Regional do Algarve
conto seguidas de ações lúdicas e pedagógicas,
promove atividades educativas e culturais dirigidas a dife-
ajustadas à escala etária dos participantes, es-
rentes públicos, nomeadamente o escolar, jovens, idosos e
timulando e promovendo sempre a leitura.
turistas, por forma a sensibilizar a população.
O Serviço Educativo do Museu de Faro tem
O Serviço Educativo do Teatro das Figuras tem como
como ponto de partida o património cultural
objetivo construir uma relação pedagógica e de formação
O Correio de Faro apresenta-lhe agora o leque de
pretendendo despertar o interesse, a reflexão
no sentido de criar, olhar, pensar e partilhar novas expe-
serviços disponibilizados pelas entidades muni-
e novas formas de olhar dos alunos para o seu
riências artísticas, contribuindo para o desenvolvimento
cipais para o ano letivo que agora se inicia:
lugar, concelho ou região. Todas as ações pro-
cultural da cidade, da região e do país.
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JUVENTUDE & DESPORTO
South Side Boys
“Um amor maior que a vida”
Existem ultras que te seguem para todo o lado Existem ultras que te seguem mesmo a perder Mesmo descendo eu estou contigo sempre a teu lado Porque o Farense no meu coração eu vou manter
Segundo Paulo Castilho, presidente e fundador da claque, ser South Side faz parte do código genético. Não é uma roupa que se veste, é uma pele que se tem. O trabalho por trás de cânticos e coreografias não se limita a um domingo; o trabalho por trás de 12 anos (!) de presenças consecutivas em todos os jogos oficiais do clube não se pode mensurar. São muitas horas, milhares de quilómetros e uma certeza: estes não se escondem. Vibram na vitória e na derrota, nos bons e nos maus momentos. Apoiam como ninguém, sofrem como toda a gente. Entre as vozes que nos falam, saltam à vista símbolos tatuados. Aqui, onde jogadores e treinadores rodopiam ao ritmo dos resultados, estes ficam. Fiéis e dedicados. De braços no ar. De costas voltadas para o jogo.
Quando sobes ao relvado, No mês em que se celebra o dia da cidade, o Correio de Faro, por todos estes motivos, presta Braços no ar. Punhos serrados em direção ao céu. De
homenagem aos quase 250 membros dos South
costas voltadas para o jogo. Na verdade, pouco de tudo o
Side Boys.
que é sincero requer olhos para se sentir. Em Faro há um “topo” onde cânticos se entoam e uma fortaleza se erige. Ali, naquele canto do velhinho Estádio de S. Luís, vê-se pelo coração, sente-se por todo o corpo e grita-se com a alma vestida de preto e branco. Para quem acredita, a bola apenas rola: o Farense não são 90 minutos. A luta tem 22 anos. O amor muitos mais. Os South Side Boys, claque do nosso Sporting Clube Farense, são cada vez mais símbolo de um clube e respetiva cidade. São a cara da noção de unidade, do sentimento de pertença, de bairrismo e tradicionalismo. São a mais genuína expressão de identidade, sob a forma de amor platónico. Aqui os resultados desportivos pouco interessam. Aliás, a noção da dimensão e aspirações é tão real quanto a devoção que dela é independente. Sabe-se bem porque se está: está-se porque se é.
Sabes que estás acompanhado, Porque no teu topo sul, Estão os South Side a teu lado!
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ENFOQUE
“F” DE ORGULHO!!! A 3ª edição do festival afirma Faro no panorama cultural nacional Escrever sobre o Festival “F” é escrever sobre valores, caraterísticas e detalhes tão relevantes como a família, profissionalismo ou proximidade. O Correio de Faro aventurou-se à descoberta deste evento e desvendou os porquês deste já ser uma referência no panorama cultural nacional. A sua particularidade geográfico-patrimonial, a rica miscelânea de artistas que se vai revelando pelos 7 palcos do recinto e a diversidade de públicos que nos envolve na mágica Vila Adentro, são alguns dos factos incontornáveis.
“F” de Faro A magia começa no lugar. Sentimo-nos protegidos. En-
“Entre muralhas mas grávido de Mundo,
grandecidos pelo interior das muralhas e pela envolvência
de Música fundida de Fogo se fez também a
familiar com que vamos descobrindo caras amigas a cada
festa. Quem hoje pisou este país das mara-
esquina, em cada sorriso, em cada olhar. O património his-
vilhas em basalto lavrado, foi também meu
tórico é-nos desvendado pelas diversas zonas do festival.
cúmplice. F de Fundamental, este Festival.”
A cada ano surgem novos palcos, novos espaços, novas en-
Pedro Abrunhosa
tradas. Metros quadrados por palmilhar. Somos acompanhados pela história e pela memória daqueles que edificaram este lugar. A cada passo, para além da música, vamos descobrindo bancas de artesanato de autor, carrinhas de street food, atuações de stand up comedy, literatura, exposições, tertúlias, conferências com personalidades diversas, cinema e novidades a perder de vista que contemplam também os mais pequeninos.
“F” de Fantá stico A lista de artistas que compõe o cartaz é decisiva para
verdade é que a programação e direção artística
rigor, um profissionalismo exemplar por parte das
muitos. A qualidade é procurada e exigida. É o último fes-
deste evento têm comprovado que a qualidade dos
equipas (produção, segurança, limpeza, etc.) e uma
tival de verão. Nomes como GNR, SALTO, MUNDO SE-
artistas é pensada ao detalhe. Para quem esteve
cadência que exigiu escolhas e decisões por parte
GUNDO & SAM THE KID, ANA MOURA, DIABO NA CRUZ,
presente no festival, independentemente das pre-
de todos aqueles que se deleitaram com a vasta
CRIOLO, B FACHADA, GISELA JOÃO, PEDRO ABRUNHOSA,
ferências, teve oportunidade de ver os artistas su-
oferta cultural. Música, conversas temáticas, expo-
BEST YOUTH ou RICHIE CAMPBELL foram indiscutíveis
perarem por completo as expetativas nos dois dias
sições, atuações, performances e sets para todos os
para atrair muitas das pessoas que vieram. Contudo, a
deste marco farense. Com horários cumpridos a
gostos, para todas as idades, para todas as gerações.
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Bruno Gabriel
ENFOQUE
Sam the Kid e pai
Sam Alone e filha
Fernando Nuno, Diana Carvalho, Vicente Vieira e Diogo Vieira
Fernando Nuno - “Este Festival é o ex-libris da cidade neste momento. Uma organização muito bem conseguida. Um evento que catapulta a cidade de faro para os maiores festivais de destaque do país. É um orgulho para a nossa cidade ter um evento desta referência. Sou de Faro e gosto de ver a minha “casa” cheia de gente.” Diana Carvalho - “Faro precisava deste tipo de animação. Faz bem a Faro. Para além dos concertos e das atividades que aqui encontramos, estamos muito contentes com o espaço kids da FAGAR que nos ajuda imenso. Confiamos nos profissionais que lá estão e eles (filhos) divertem-se imenso.”
Um festival de famílias e sorrisos de todas as idades
“F” de Finanç as Para além da componente humana que tamanha produção exige (cerca de 500 funcionários estiveram envolvidos no sucesso deste evento), existe a componente financeira que também importa referir. O Festival “F” é uma co-produção da Câmara Municipal de Faro, do Teatro das Figuras e das empresas AMBIFARO e SONS EM TRÂNSITO. É enquadrado na estratégia de dinamização cultural delineada pelo executivo para o concelho de Faro. Atrair mais e melhor turismo, ser referência no panorama cultural nacional e combater a sazonalidade são alguns dos objetivos que se vão concretizando através de exemplos reais como este. O Festival “F” é parte de uma visão e não acarreta custos para o município. A aposta é clara e planificada com antecedência. É um evento sustentável, com retorno financeiro e que este ano trouxe consigo diversos patrocinadores que contribuíram em muito para a terceira edição
“F” de Família Para nós, a componente que melhor adjetiva este festival é a familiar. São famílias completas de pessoas que, direta ou indiretamente, formam um todo. Um composto de gentes de longe e gentes de perto, dos 8 aos 80 anos de idade, que compõem a mancha humana que tanto nos apraz contemplar nesta Vila Adentro. E são os artistas. E a sua con-
deste projeto. Marcas como a SAGRES, FÓRUM ALGARVE, VISUALFORMA, MY CHOICE, FNAC, entre outras, são exemplos concretos de uma postura empresarial que entende o conceito de diferenciação e autenticidade cultural que um evento como este transporta consigo. Em simultâneo, parceiros como a RÁDIO COMERCIAL, a SIC NOTÍCIAS, o OBSERVATÓRIO, a RUA FM, entre outros, contribuem para a valorização intangível do festival na sua componente mediática, ou seja, também aqui o retorno foi exemplar.
jugação na envolvente e no espaço. Exemplos disso foram: os minutos de fogo-de-artifício que “arrebentaram” os olhos de quem ouvia o con-
“F” de Orgulho Farense
certo de Pedro Abrunhosa; a ternura da voz da filha de Sam Alone;
A diversidade de fatores supra referidos pode servir para evidenciar a forte atratividade
os sorrisos dos fãs que tiveram oportunidade de tirar fotografias ao
deste evento, mas não chega para transmitir as emoções que se sentem em cada con-
lado dos seus artistas favoritos enquanto estes se passeavam pelo fes-
certo, em cada amigo reencontrado, ou em cada momento irrepetível. São olhares ras-
tival (Sam the Kid e seu Pai, Rui Reininho, Abrunhosa, GiJoe, entre
gados, sorrisos abertos, toques carinhosos e palavras soltas que se fazem sentir neste
tantos outros). Mais pessoas tivessem sido entrevistadas, mais elogios
espaço. São os artistas perto de nós que nos fazem esquecer a distância. São as memórias
teríamos registado. Deixamos convosco alguns depoimentos que re-
do Rei, dos soldados, dos combatentes que nos elevam o espírito. São as muralhas es-
fletem a maioria das opiniões. Sabemos que estes eventos são dinâ-
condidas nas luzes, nos decibéis ou nos estrados de palco que se transformam em ficção.
micos e que há muito por onde melhorar, mas também sabemos
São os recantos que emprestamos aos outros (que são nossos), que nos espelham
que não é fácil ser referência, desta forma e com esta evidência,
enquanto concelho, único e genuíno. É tudo isso e muito mais. É Faro. São os fa-
em tão pouco espaço de tempo.
renses. Com orgulho. Tanto.
CULTURA Baix a Street Fest
SA BIA QU E... O consagrado artista plástico português José de Guimarães expôs pela primeira vez no Museu Municipal de Faro?
Um evento estratégico de sucesso
FOLKFARO
O primeiro capítulo do Baixa Street Fest terminou
Para lá do que se vê
10
ao rubro no dia 26 de agosto. Em cada 6ª feira dos dois principais meses de verão, o coração da nossa cidade encheu-se de vida e recuperou a identidade de outrora, adaptada aos dias de hoje. Milhares de pessoas visitaram, passearam e partilharam momentos memoráveis, entre sorrisos e passos de danças, numa iniciativa que já se afirmou no panorama geral de eventos do Algarve e se revelou uma fórmula de sucesso para a dinamização comercial. Espetáculos originais e ecléticos atraíram e fidelizaram um público, também ele, diversificado e bastante exigente. O mérito alcançado deve-se ao empenho de todas as pessoas e entidades, desde as associações comerciais, culturais e desportivas às empresas, artistas e comerciantes envolvidos. Preparados para o futuro, a conclusão é unânime, o Baixa Street Fest veio para ficar!
10 dias. Mais de 300 participantes e perto de 100 vo-
autênticos hotéis, e isso exige um tremendo espaço
luntários. Espetáculos, animações, alimentação e
de arrumação durante o interregno. Continuamos
dormida. Uma estrutura incrível que o Correio de Faro
a depender da cedência de espaços de particulares,
lhe dá agora a conhecer, após conversa com Amabélio
ou da partilha dos armazéns da autarquia.”
Pereira e Helena Franco, diretor e presidente, respetivamente, do Grupo Folclórico de Faro.
Quem corre por gosto não cansa. É pelo calor das palavras e pelo sorriso dos olhos que se subentende
O Folkfaro é a concretização prática daquele que du-
a boa saúde da estrutura. Esta é gente que faz do
rante muitos anos foi o sonho de gente que acredita
folclore a vida e dos colegas uma segunda família.
no folclore como veículo de defesa, comunhão e res-
2016 trouxe-lhes uma sede condigna. Que isso seja
peito pela multiculturalidade. Segundo Amabélio, o
augúrio de bons ventos, e que, no próximo ano, cá
festival é a “expressão maior dos costumes e tradições
estejamos para mais uma vez celebrar os ritmos e
do mundo, consolidando os valores da amizade e con-
tradições do mundo!
fraternização”. Organizá-lo, exige um exercício de disponibilidade e dedicação que começa muito antes da abertura. Perto de uma centena de voluntários, entre direção, comissão organizadora, guias, ajudantes de cozinha, apoios de palco e tantas outras funções, garantem o correto funcionamento de todo o evento. “É bonito
FARCUME
O melhor da 7ª arte Foram mais de 20 horas de cinema e perto de duas centenas de trabalhos, entre as 1817 curtas-metragens recebidas pela organização, que entre os passados dias 24 e 27 de agosto invadiram o edifício da Escola de Hotelaria e Turismo, em Faro. Cerca de 500 espetadores tiveram a oportunidade de assistir a um festival, que a organização, a cargo da FARO 1540 – Associação de Defesa e Promoção do Património Ambiental e Cultural de Faro, diz “premiar e reconhecer a qualidade e mérito dos realizadores, atores e equipas técnicas que não gozam os orçamentos galácticos de Hollywood”.
rever as caras que todos os anos regressam para nos
Ewa Julianna
ajudar. Vêm de todos os cantos e com todas as idades.
Poderia ser uma voluntária como outra qualquer,
Estão cá porque gostam e acreditam naquilo que fa-
mas esta é especial. Veio da Polónia de propósito
zemos”. Porém, os dirigentes do grupo relembram
para viver o Folkfaro. É disto que se faz o folclore.
todos obstáculos e dificuldades que se fazem sentir:
Das amizades que se criam e se perpetuam genui-
“temos grandes constrangimentos logísticos. Falta-
namente. Ewa foi guia do GFF na Bélgica e durante
-nos um local de armazenamento apropriado que nos
estes 10 dias foi voluntária da Geórgia no Folkfaro.
dê garantias de segurança. Transformamos escolas em
Delicioso!
Festival de Curtas de Teatro do Algarve - 3ª Edição A Sociedade Recreativa e Artística Farense – Os Artistas recebeu, nos dias 18, 19 e 20 de agosto, o “Festival de Curtas de Teatro do Algarve”. Organizado pelo LAMA, esta foi já a 3ª edição de um festival que acontece de 2 em 2 anos. Segundo João de Brito, organizador, o projeto é no fundo “uma comunhão de artistas, onde estes se conhecem e ensaiam colaborações para o futuro”. Foram três dias dedicados ao teatro, onde mais de sessenta pessoas por sessão tiveram a oportunidade de assistir a sete performances das mais diversas companhias.
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Faro é cada vez mais uma cidade com projeção. Nesse sentido, o Correio de Faro disponibiliza agora aos seus leitores um novo segmento, onde se expõem os artigos e agentes noticiosos onde a nossa cidade foi referência. Uma coletânea, aleatória, que não representa a real amplitude, em número e género, de todas as publicações.
FOI NOTÍCIA...
LUGARES FARO Uma viagem pela nossa terra Hoje subimos uma escadaria antiga. Algures entre a curiosidade de reconhecer o que é nosso e de todos, e a culpa pela leviandade com que tantas vezes nos esquecemos onde estamos e de onde somos. A subida, feita sobre degraus pequenos e experientes, exige-nos um fôlego em tempos maior. Parece dizer-nos que nem tudo é gratuito: como se as melhores coisas do mundo não fossem aquelas pelas quais temos de lutar… Aqui, no cimo das escadas, como se de uma última prova de esforço se tratasse, somos recebidos por um sol atordoante, que, devolvendo-nos a visão, nos diz: “contemplem, isto é o que tenho para vos dar”. Não sabemos quantos escreveram sobre o Olimpo. Não sabemos sequer reconhecer qual a sua cor e tom. Aquilo que sabemos, a partir da torre desta igreja catedral, é aquilo que os olhos nos dão de beber: se há escadaria que assoma ao Olimpo, não será essa aquela que agora deixámos? Daqui vê-se Faro. Vê-se o mar e a Ria, formosa de nome e beleza; as ilhas estendidas sobre um paraíso; a serra e as nossas freguesias; vemos a nossa praia e o aeroporto; o Carmo e a Mata do Liceu; vemos as muralhas desta cidade velha; vemos o pescador que chegou da faina e o mariscador que parte à apanha. Vemos tudo. Vê-se tanto. E ainda assim, sobre a pele por que te fazes, parece não se saber nada. Sabemos que o que não se vê diz tanto ou mais do que o resto. Em tempos tiveste outros nomes. Em 1249 D. Afonso III conquistou-te aos árabes. Foi em Faro, que no ano de 1487 foi impresso o primeiro livro em Portugal – o Pentateuco. Sabemos até, que choraste mas te reergueste de um terramoto implacável - vivia-se o ano de 1755. Enfim… aqui que nos lembramos do nosso esquecimento. Nem todos os dias sabemos o que temos nas mãos. Esquecemo-nos desta vista e do que nela se esconde. Esquecemo-nos da tua história e do que sofreste para aqui estar. Pode ser que o que nos falte mesmo é saber vivê-la. Parece que por vezes te conhecemos pela boca dos outros; daqueles que de fora te conhecem pela primeira vez. Há bem pouco tempo Diogo Morgado por aqui andou em filmagens. Na altura disse que a escolha do local de rodagem teve tanto de natural como de obrigatória: “escolhi Faro pelas valências cenográficas e climatéricas. Encontrei uma cidade que tem tanto de urbana, como de tradicional. Tem história e monumentos, luz e cores de verão, o encanto da zona histórica e a beleza natural da Ria Formosa. Não a quis esconder. No filme saberão onde estive e o bem que fui recebido”. Ninguém te esconde e todos te querem. Talvez seja a vida que não nos permita ter-te mais próxima dos teus. O verão traz-nos curiosos e estas escadas conhecem outras caras. Contudo, sabemos que é assim que te temos de ter. Emprestar-te, permitindo que te conheçam, sabendo que de nós ninguém te leva. Esta terra é nossa, é dos farenses. É daqueles que a cuidam e defendem. É daqueles que a sentem como geneticamente sua. A esta hora já o sol se põe. É fácil deixarmo-nos levar pelo cheiro a mar e as cores de verão. De hoje sei que levamos o mais importante: a vontade de nos voltarmos a encontrar contigo.
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AÇÃO SOCIAL
UATI - Universidade do Algarve para a Terceira Idade Educação ao serviço de todos Quando, no início dos anos 90, o Dr. Geleate
lizar um leque de ofertas culturais, despor-
Canau – ilustre presidente ao longo dos primeiros
tivas e recreativas que contribuam signifi-
15 anos de atividade – debatia a necessidade vis-
cativamente para a harmonia e bem-estar
ceral de responder às carências crescentes no
dos nossos alunos” - e continua - “nós não
âmbito da educação e formação académica
oferecemos cursos de formação, somos sim um
na terceira idade, as preocupações tinham em
instrumento de estímulo onde uns aprendem e
conta o envelhecimento da população e o descure
outros recordam”.
da importância dos estímulos cognitivos para saúde intelectual nestas idades. Assim sendo, a
Não obstante, a UATI promove ainda uma série
concretização efetiva da UATI a 14 de setembro
de eventos ao longo do ano que para além de ser
de 1992 não foi mais que uma sequência natural
um complemento às aulas, servem para expor
de eventos.
os resultados do trabalho em exposições, desfiles de moda e até peças de teatro. Um desses
Hoje, 24 anos depois, a UATI continua, pelas
eventos, e talvez um dos mais queridos à UATI,
mãos de Hermínia Pinheiro, atual presidente
são os Jogos Florais, onde se promove um con-
da universidade, a sobreviver às dificuldades
curso de poesia e artes associadas entre univer-
sem comprometer a qualidade dos serviços e
sidades de todo o país.
ofertas que coloca a disposição dos alunos. As disciplinas, que vão desde o Italiano, ao Inglês,
No fundo, o trabalho desta instituição, é uma
Alemão, História, Geografia, Direito, Teatro,
lufada de ar tão fresco e simpático como aquele
Informática, Sociologia, Filosofia, etc, são ainda
que o Correio de Faro conheceu na pessoa da sua
intercalados pelas artes plásticas com aulas prá-
presidente. Por todos esses e outros motivos, saiba
ticas de pintura em tela, tecido, porcelana, tra-
que a universidade tem sede na Praceta Salgueiro
balhos em estanho, bordados e outros que mais.
Maia e as inscrições, abertas o ano todo, iniciam-
A intenção é – segundo a própria – “disponibi-
-se a 15 de setembro.
Aç ão social escol ar Os apoios da autarquia No mês que assinala o regresso às aulas, o Correio de Faro procurou apurar
No âmbito da ação social escolar é também assegurado um amplo
junto dos serviços competentes, quais os apoios socias disponibilizados
serviço de refeições escolares que visam prevenir quaisquer ca-
pelo Município e de que forma são distribuídos no âmbito da ação social
rências de índole alimentar e suprimir os casos de subnutrição
escolar. Estes apoios, de influência direta nas economias familiares, pre-
já identificados:
tendem acima de tudo ajudar a cimentar o compromisso entre alunos e a sua formação. Conforme apurámos, o Município de Faro assegura: Alunos do 1º Ciclo: Escalão A – 920 alunos (estimativa)
Escalão B – 720 alunos (estimativa)
Valor/aluno – 70,00 €
Valor/aluno – 35,00 €
Total – 64.400,00 €
Total - 25.200,00 €
(de acordo com a natureza socioeconómica do beneficente)
2208
Número médio de refeições pré-confecionadas diárias
136
Número médio de lanches diários
1161
O prolongamento de horário escolar é também ele um componente de apoio à família. Esta é uma forma de garantir a devida
Bolsas de estudo para estudantes do ensino secundário ou superior Residentes no Concelho de Faro
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Provenientes dos PALOP’s
2
(período de candidaturas decorre de 1 a 30 de novembro)
Número médio de refeições diárias
ocupação do tempo extracurricular, contribuindo de modo lúdico e pedagógico para o desenvolvimento holístico e criativo dos 272 alunos aderentes.
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EMPREENDEDORISMO ESCOL A DE HOTEL ARIA E TURISMO Apresenta oferta formativa
A centralidade da cidade fez de Faro sede de diversos serviços educativos.
jovens de ferramentas práticas, e acima de tudo de competências sociais, re-
Um dos mais destacados é a Escola de Hotelaria e Turismo do Algarve
lacionais e empreendedoras, preparando-os para enfrentar com vantagem e
(EHTA), importante organismo desconcentrado do Turismo de Portugal,
acrescentando valor, à realidade competitiva deste setor.
I.P que forma profissionais de hotelaria e turismo há quase 50 anos, o que faz dela a segunda mais antiga do país e a mais importante do sul.
A EHTA é conhecida, também, por ser palco de organização de grandes eventos e iniciativas, de foro pedagógico, em contexto real de trabalho.
A escola está a funcionar no Convento de S. Francisco e oferece diversas
Estas atividades criam momentos de responsabilidade e autonomia por
soluções profissionalizantes. A oferta formativa para 2016/2017 é com-
parte dos alunos da escola dando-lhes espaço para a criatividade, ino-
posta pelos cursos de Técnicas de Serviço de Restauração e Bebidas,
vação e empreendedorismo.
Técnicas de Cozinha e Pastelaria, Gestão de Turismo, Gestão Hoteleira – Alojamento, Gestão e Produção de Cozinha, Gestão Hoteleira – Res-
Para o seu diretor, “a visão geral da hotelaria e tu-
tauração e Bebidas e Turismo de Ar Livre. Registando um crescimento
rismo é posta em foco diariamente na EHTA, tor-
considerável nos últimos anos, a escola alcançou recentemente o n.º de 365
nando os nossos alunos nos autênticos embaixa-
alunos inscritos nos diversos cursos de formação inicial. Estes dividem-se
dores da escola.” Para Pedro Moreira, “o grau de
em cursos de dupla certificação: profissional e académica com equivalência
sucesso ao nível das taxas de atividade e empre-
ao 12.º ano e cursos de Especialização Tecnológica, pós 12.º ano.
gabilidade após conclusão dos cursos valida os esforços e as diligências tomadas no dia-a-dia,
Em estreita colaboração com os stakeholders da região, nomeadamente a
sempre a pensar no futuro.”
Câmara Municipal de Faro, a Região de Turismo do Algarve e as associações setoriais, a formação da EHTA, foca-se na melhoria da qualidade dos ser-
Sendo que o sucesso da EHTA depende do sucesso dos seus alunos, o cresci-
viços prestados e nas áreas de gestão e modernização produtiva das em-
mento da Escola de Hotelaria e Turismo do Algarve antecipa a tendência do
presas. Assim, para além da componente teórica, é imprescindível dotar os
setor em Faro e no Algarve.
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A VOZ DO FARENSE QUAL A SUA VISÃO PAR A FARO NOS PRÓXIMOS 10 ANOS?
Márcio do Carmo
Jota Semedo
Margarida Messias
Miguel Fernandes
37 anos, Aeroabastecedor, Sé e S. Pedro
43 anos, Técnico de Peças, Sé e S. Pedro
58 anos, Empresária, Sé e S. Pedro
24 anos, Oper. multimédia, Sé e S. Pedro
Faro tem que tomar uma séria ati-
O recente investimento na reabilita-
Nos últimos 3 anos têm-se vindo a notar
Apesar de viver em Lisboa sou um faren-
tude no combate à sazonalidade!
ção urbana é um caminho. Um cami-
melhorias significativas no que se refere
se atento. É um orgulho ver chegar aqui
Temos muito para oferecer, daí não
nho que eu daria continuidade pela
à requalificação, concretização de obras
notícias e elogios relativamente àquilo
podermos ser um ponto de chegada
dinamização dos transportes urba-
e desenvolvimento cultural e lúdico. Esta
que tem sido feito, acima de tudo, nos
e dispersão. A cidade tem tido uma
nos: tornaria o concelho mais próxi-
nova dinâmica, em tempos estagnada, tem
últimos 2 anos. Houve um claro reforço
enorme projeção graças aos even-
mo e com menos carros. Mais ciclo-
finalmente restituído a projeção adequada
na oferta cultural, além do investimen-
tos e trabalho árduo do executivo da
vias, mais carreiras marítimas para
a uma capital regional. Além de um moti-
to no património e requalificação da ci-
Câmara, mas não pode ser só verão,
as ilhas, enfim: aproveitar o poten-
vo de orgulho, espero que seja sinónimo de
dade. Contudo, estar em Lisboa também
tem que ser inverno também. Uma
cial que nos é dado pela ria formosa.
um futuro bem risonho. Apesar do esforço
me levanta outras preocupações: espe-
aposta na dinamização do parque
Também daria foco à reabilitação de
conjunto, há muito mérito do executivo no
ro que nos próximos anos o crescimento
ribeirinho seria um ótimo começo.
edifícios antigos, porque permitiria
que diz respeito ao investimento de qua-
se mantenha, de forma sustentada, para
Somos a capital do Algarve!
investimentos nos negócios que mais
lidade para a modernização contínua da
permitir que cada vez menos jovens,
dinâmica têm dado à cidade.
nossa cidade!
como eu, tenham de partir à procura de trabalho qualificado.
ESPAÇO “ANIMAL CIDADÃO” Atenção à dirofilariose! Infelizmente com o calor e o aumento da população de mosquitos aumentam também as ameaçam à saúde dos nossos “patudos”. A Dirofilariose é uma doença parasitária dos cães e, em menor número, dos gatos. A transmissão dá-se através de uma picada de mosquito, na qual é transferido – se infetado – um parasita que posteriormente se pode alojar e desenvolver (de 15 a 35 cm!) no ventrículo direito, na artéria pulmonar e/ou na veia cava. O Algarve é a 4ª região de maior risco em Portugal, exigindo-se por isso uma atenção redobrada. Para prevenir, informe-se junto do seu veterinário para poder dar início à medicação recomendada. Esteja atento/a a: -Tosse crónica, perda de peso acentuada, cansaço excessivo, dispneia ou febres altas!
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