Correio de Faro - Maio de 2016

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FAGAR REVOLUCIONA A RECOLHA 8 DE LIXO EM FARO 3

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FARENSES EM DESTAQUE

ESPAÇO PÚBLICO

eDUC AÇ ÃO

CULTUR A

Entrevista a Paulo Dentinho 35 anos de jornalismo

Acesso à Praia de Faro: Opinião da população

RUA FM - A única rádio universitária do país

15º Aniversário da Biblioteca Prémio de Poesia Ramos Rosa


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EDITORIAL

DEMOCR ACIA E COMUNIC AÇ ÃO Maio é o mês em que lançamos, 4 anos depois, a nossa nova “Agenda de Faro”, com edição impressa e em formato de bolso. Este suporte vai dar nota dos eventos e das atividades e marcar as iniciativas diárias no calendário e terá distribuição gratuita nos mesmos locais do “Correio de Faro”, o boletim que tem em mãos. Neste número continuamos a levar-lhe boas notícias do concelho. Os motivos de interesse são variados e começam com as experiências de Paulo Dentinho, o farense que dirige a informação da RTP. O Enfoque vai para o inovador projeto de contentorização subterrânea da Fagar que irá deixar a paisagem urbana muito mais bonita. O Espaço Público dedica-se ao Plano de Mobilidade e Transportes, que foi notícia pelos contributos recolhidos junto das forças vivas da cidade para criar uma nova estratégia ajustada às exigências atuais, mais amiga dos peões, dos chamados modos suaves (veículos não poluentes) e daqueles que, como o Filipe Nascimento, têm a sua mobilidade condicionada. Saiba ainda o que dizem os Farenses

sobre o tema quente do mês: as obras de acesso à Praia de Faro. Na Educação, propomos que conheça a nova onda da RUA FM e perceba quem são, afinal, os “Heróis da Fruta”. Na Cultura, entretenha-se com a reativação do Prémio Ramos Rosa e com a nova vida do Ginásio Clube de Faro. Já no Empreendedorismo fala-se dos melhores frutos vermelhos do Mundo e do prémio (mais um!) atribuído ao CCMAR. Quanto a atualidade desportiva, ela fica marcada pelo torneio de Minibásquete. Se achar que não chega, deite os olhos às últimas páginas: conheça o simpático Cão do Barrocal e observe como, com a pompa e a circunstância devidas, no dia 25 de Abril, Faro festejou 42 anos de Liberdade. Aqui fica mais um Correio de Faro, o boletim que é dos Farenses e lhes dá voz para proporem e exigirem aos poderes públicos o que é seu de direito. Comunicar assim é, definitivamente, praticar a Democracia.

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espaço público Município abre discussão sobre Plano de Mobilidade e Transportes

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espaço público Entrevista a Filipe Nascimento

enfoque Entrevista a Paulo Gouveia da Costa

cultura Entrevista a Pedro Bartilotti

juventude e desporto 1º Torneio Internacional de Minibásquete

educação RUA FM - a única rádio universitária do país

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lugares Viagem no tempo

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empreendedorismo Frutos Vermelhos

FICHA TÉCNIC A Conceção e Produção Município de Faro Impressão Gráfica Funchalense, SA Tiragem 10.000 exemplares Preço por exemplar 0,09€ Depósito Legal 408113/16 Distribuição gratuita

contactos gerais Município de Faro Largo da Sé, 8004-001 Faro Portugal

Telefone +351 289 870 870 Fax +351 289 870 039

Email geral@cm-faro.pt www.cm-faro.pt


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FARENSES EM DESTAQUE

Paulo Dentinho 35 anos de jornalismo Nasceu na proximidade das margens do Índico com uma herança genética ligada ao Algarve. Henrique, o pai, farense de gema, farense de alma e coração, trouxe-o ainda criança para a cidade que era sua, para a cidade onde o filho se fez adolescente, se fez homem. Depois partiu. Para Lisboa primeiro, para o mundo depois. Jornalista andarilho, viveu a guerra e a paz, conversou com tiranos, cruzou-se com humanistas, apertou a mão de poetas, músicos, sonhadores de todo o tipo. E regressou a Faro na viragem do século. Por pouco tempo. Matou saudades e retomou novas andanças pelo mundo. Foi chamado há um ano a Lisboa para uma outra missão em nome do jornalismo, na direção da RTP. Que recordações guarda da sua infância em Faro? O que mais o marcou? Faro foi a liberdade da rua, o sair de casa e brincar na mata do liceu, tempo de índios e cowboys, de descobertas várias e tropelias muitas. Foi depois a escola, dias marcantes entre as professoras Etelvina e Gertrudes, ágeis no ensino e na régua a cair com violência nas mãos do alunos. Mais tarde o liceu, onde chegou a liberdade de um país novo em abril de 74, e onde descobri a Filosofia, disciplina tornada curso em Lisboa. Foi muito mais, mas não cabe aqui. Depois de uma carreira rica como jornalista, assume há

colher uma que fosse minimamente emblemática ao nível

pouco mais de um ano o cargo de Diretor de Informação

do impacto social, mas estaria a faltar à minha própria ver-

da RTP. Que mudanças trouxe esta situação à sua vida

dade sobre elas. E sim, sempre que voltava não podia deixar

sendo que anteriormente era correspondente em Paris?

de vir a Faro, onde tenho família e alguns amigos. Onde te-

Está no topo de carreira ou “sonha” com outras realiza-

nho o meu pai, referência maior na minha vida.

ções profissionais? Ser jornalista é, para mim, uma missão social. Estou na dire-

Com fortes ligações a Faro, que futuro vê para este conce-

ção e enquanto lá estiver procurarei, como sempre, defender

lho? O que recomendaria a um amigo que viesse visitar-

os valores da profissão que é a minha, valores assentes na li-

-nos? Que conselho daria a um amigo que quisesse inves-

berdade, condição essencial para se poder fazer jornalismo.

tir no concelho?

Mas não chega. É preciso ainda estimular o rigor, a isenção, o

Aos amigos recomendo sempre a zona velha, a baixa e a

pluralismo. É mais uma etapa na vida isto de se estar diretor.

doca. Quanto a investimentos, recordo que há uns anos,

Haverá certamente outras, porque isto não é um fim em si.

quando passei pela delegação da RTP, sugeri que se procurasse detetar a hipótese de fazer uma feira internacional de

Ao longo da sua carreira em funções de jornalista o que

arte contemporânea fora da estação turística... Dito isto,

mais o surpreendeu? Sendo que muitos desses anos fo-

um pequeno desabafo: Faro estaria bem melhor se um dia

ram passados fora de Portugal, sempre que voltava a

pudesse redefinir a sua ligação com a ria, a sua ligação com

Faro fazia parte dos seus planos de visita?

o mar, conseguindo retirar do local onde está essa fronteira

Não cabem aqui 35 anos de jornalismo. São camadas e

artificial que a desvirtua, o caminho-de-ferro.

camadas de histórias e emoções de todo o tipo. Poderia es-

“Ser jornalista é, para mim, uma missão social. Estou na direção e enquanto lá estiver procurarei, como sempre, defender os valores da profissão que é a minha (...)”


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ESPAÇO PÚBLICO

Câmara exige respostas à POLIS O município solicitou à Polis um conjunto de medidas cautelares com o objetivo de salvaguardar os interesses dos comerciantes, moradores e visitantes enquanto durarem os trabalhos. Podem resumir-se a 5 as questões enviadas à dona da obra no passado dia 2 de Maio e que ainda aguardam resposta: 1 - Quais os prazos previstos para a entrega das obras? 2 - Quando se prevê que cessem os atuais condicionamentos na circulação automóvel no acesso à praia? 3 - No caso de as obras se prolongarem pela época balnear adentro, quais as medidas previstas, para evitar os previsíveis transtornos causados à população e acautelar a segurança de todos? 4 - Que medidas estão em curso de forma a minimizar desde já os transtornos que este condicionamento está a gerar, em particular durante os fins-de-semana? 5 - Existe algum tipo de articulação com a GNR para colmatar o caos no trânsito? Desde quando? Que medidas estão a ser adotadas?

ACESSO À PRAIA DE FARO: opinião da população O Correio de Faro, apercebendo-se que a situação das obras de acesso à Praia de Faro está a ser um tema muito debatido por todo o concelho, saiu para a rua para ouvir as opiniões e dar voz aos Farenses.

Carlos Planeta - Utilizador da Praia

Manuel Mestre - Morador da Praia

Mais estacionamento é positivo porque há poucos

Acho que os trabalhos deviam ter começado após o Verão. A Polis

lugares na praia, e o passadiço torna mais agradá-

resolveu iniciar os trabalhos há um mês e pouco, não faz sentido.

vel o acesso. A praia fica confusa com muitos car-

Das últimas informações que tenho, dizem que até dia 16 de Ju-

ros, por isso vai aliviar-se a confusão. E para quem

nho as obras na parte da estrada vão estar terminadas. Se a obra

está a usufruir da praia é ótimo porque há muito

não ficar concluída até aí, aconselho que a interrompam, colo-

Vladimiro Condado - Utilizador da Praia

menos confusão e poluição. Deixo uma sugestão:

quem a estrada circulável, e que a retomem a partir de 15 de Se-

As obras vão criar um acesso à praia, que não tí-

fazer a contagem dos lugares de estacionamento

tembro. Temos que pôr as pessoas em primeiro lugar.

nhamos até aqui. A construção da passadeira de

e quando estiverem preenchidos, fechar a entra-

Quando terminar a obra, as pessoas vão conseguir deslocar-se a

madeira é uma iniciativa louvável para quem anda

da de carros. Acho que o timing das obras não foi

pé e vir de bicicleta, levar o cão, passear com a família tranquila-

de bicicleta ou a pé, pois vai poder fazê-lo em se-

bem pensado – deviam ter sido feitas a partir de

mente e em segurança pelo passadiço. Segundo as maquetes que

gurança. O passadiço é ótimo também para apre-

Novembro. Agora que já faz sol e as pessoas vêm

vi, o que está a ser feito está ecologicamente integrado e transmi-

ciar a paisagem. O pavimento também vai ser me-

para a praia, há filas e as queixas são naturais.

te segurança.

lhorado para carros e motas, melhoramentos que

“Aquele parque de estacionamento deve ser rentabilizado. De-

há muito que estavam a ser precisos. É para o bem

fendo que se crie um parque para autocaravanas em condições

da comunidade Farense. Mas espero que nunca

e pago, evidentemente, num sistema de moedas ou com alguém

nos tirem o prazer de entrar com o carro na Praia

permanentemente no local. Era mais um posto de trabalho e li-

e que não coloquem parquímetros.

bertava-se a Praia das autocaravanas. O comboio turístico, se an-

Não sinto que as obras causem transtorno durante

dar consecutivamente entre o estacionamento e a praia, poderá

a semana, e posso dizer que venho cá todos os dias.

também ser uma forma de incentivar as pessoas a deixar o carro

Ao fim de semana acredito que possam incomodar.

no parque. “

Com as obras, continua a haver uma só via para en-

Se não houver transportes, mesmo com o passadiço de madeira,

trar e outra para sair, só que anteriormente paráva-

Vítor Santos - Comerciante da Praia

as pessoas vão sentir-se incomodadas.

mos perto da paragem dos autocarros e agora para-

As obras têm prejudicado. Muita gente que trabalha

Todas as obras nos afetam. Mas acho que isso é uma questão de

mos na curva. Aos fins de semana, na Primavera as

e tem horários limitados para vir almoçar à praia,

comodidade porque estamos habituados a que isto seja o paraíso,

pessoas vêm para a praia e têm que vir mentaliza-

se calhar não vem porque perde mais tempo. To-

de entrar e sair sem que ninguém chateie durante o Inverno. Por-

das que vão apanhar trânsito.

dos os comerciantes são afetados e estão a sentir

tanto, é um mal menor.

Acho que a empresa responsável tem que estar pre-

dificuldade. Para não falar no fim-de-semana, que

Mas ao fim de semana, falta a GNR em permanência no local. Um

parada e ter capacidade para efetuar o trabalho; não

é um caos. No entanto, no futuro, vai ser mais fá-

pequeno descuido de quem entra ou de quem sai, faz com que o

pode faltar material ou outro recurso porque vai

cil o acesso à praia. Isso fará com que venham mais

acesso fique completamente bloqueado.

comprometer o prazo da obra. Ela tem de ser feita,

pessoas a pé e de bicicleta e o parque de estaciona-

Finalmente, penso que este projeto vai ser uma mais-valia para

continuem e reúnam as condições para executá-las

mento lá fora também vai ajudar muito, já que é tão

todos, sem margem de dúvida.

no tempo previsto.

complicado estacionar nos meses de verão.


5 MUNICÍPIO APEL A À PARTICIPAÇ ÃO no PL ANO DE MOBILIDADE E TR ANSPORTES Realizou-se no passado dia 7 de abril a 1ª sessão pú-

para a construção de um documento que sirva

blica no âmbito do Plano de Mobilidade e Transportes

os interesses de todos os que vivem, trabalham ou

(PMT), com cerca de 70 representantes de diferentes

visitam o município.

setores de atividade e representantes da sociedade ci-

Dando nota disso mesmo, o Município quis que esta

vil e autoridades. O objetivo era recolher propostas

1ª sessão pública fosse ainda aproveitada para lançar

para a construção de soluções mais sustentáveis para

a plataforma web que reúne toda a informação sobre

a mobilidade. Efetivamente, a abertura à participa-

o PMT e, simultaneamente, possibilita a interação

ção de todos tem sido uma preocupação ao longo do

com o público, nomeadamente através do inquérito

desenvolvimento do PMT. Na verdade, têm existido

de opinião disponibilizado. Queremos planear a Mo-

diversos momentos em que a sociedade civil,

bilidade Urbana com TODOS os Farenses.

de forma individual ou organizada, tem sido

Por isso contamos com a sua participação em

chamada a intervir, no sentido de contribuir

www.pmtfaro.mobilidadept.com.

Pessoas com mobilIDade condicionada saem pouco à rua Numa altura em que a Câmara lançou a discussão pública do Plano de Mobilidade e Transportes (PMT) de Faro, era importante ouvir quem, tendo a sua mobilidade condicionada, se vê confrontado, no seu dia-a-dia, com obstáculos dos quais a maioria da população não tem consciência. Estivemos à conversa com o Filipe Nascimento, mais conhecido por “PimPim” que, tendo sido vítima de um acidente de viação há cerca de 17 anos, é uwm exemplo de determinação e superação.

Quais os principais obstáculos que Faro apresenta?

controverso mas a realidade é que a calçada é péssima

Pena é que estes não cubram todo o concelho.

Para muitas pessoas com mobilidade condicionada,

como piso pedonal e penso que o importante é que

Outro aspeto que seria de fácil resolução é o acesso às ilhas,

é uma dificuldade constante. Falta tudo para poder-

seja funcional. Esta é uma questão que ao nível do tu-

especialmente para os turistas. Atualmente não existe for-

mos circular pelas ruas em segurança, sem ter de

rismo também é importante rever, especialmente na

ma de as pessoas em cadeira de rodas terem acesso às em-

utilizar a estrada. Posso começar por apontar a

zona da cidade velha onde a calçada é em paralelos o

barcações sem ser através dos marinheiros de serviço que

falta de civismo dos farenses, pois andar nos

que dificuldade a mobilidade dos turistas, especial-

as carregam em braços. No que respeita à ferrovia, o único

passeios é quase impossível, devido ao estacio-

mente os mais velhos que também têm a sua mobili-

comboio que permite a acessibilidade a pessoas com mo-

namento abusivo dos veículos. Outro exemplo

dade reduzida ou condicionada. Uma boa ideia seria

bilidade condicionada, só faz o percurso da linha para Lis-

é a ocupação indevida dos lugares designados

criar um percurso em laje de pedra que passasse por

boa. E mesmo assim é necessário avisar com antecedência.

para deficientes. Para além de serem poucos, estão

todos os pontos de interesse e facilitasse a mobilidade

ocupados indevidamente e são de extrema importân-

nesta zona turística da cidade.

Que medida concreta podia ser implementada rapidamente e que melhoraria significativamente a mo-

cia. Em relação ainda aos passeios, são poucos os que estão rebaixados. O mesmo problema existe no aces-

Quais devem ser as prioridades da autarquia neste

bilidade em Faro?

so a qualquer estabelecimento comercial ou público

plano?

Incentivar o uso de bicicletas como transporte urbano;

– não existe qualquer estabelecimento rampeado na

Em termos de transportes públicos, Faro tem vindo a

adaptar as pistas de ciclovia para a utilização por cadei-

zona da baixa de Faro. Ou seja, não é possível entrar

evoluir existindo já dois táxis com capacidade de trans-

ras de rodas e scooters de mobilidade, como já se faz em

em nenhum estabelecimento de forma autónoma.

porte de pessoas em cadeira de rodas e penso que alguns

Sevilha, por exemplo.

Outro dos problemas é o piso de calçada. Sei que é

veículos da carreira “Próximo” também estão adaptados.

(Entrevista completa em www.cm-faro.pt)


EDUCAÇÃO

RUA FM

SA BIA QU E... A UAlg já formou 92 médicos desde desdeque queooMestrado MestradoIntegrado Integrado de Medicina de Medicina abriu, em abriu? 2008? E que E que 16 encontram-se 16 encontram-se a fazer a fazer a a especialidade no Algarve?

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tual, feita de muito suor e boa vontade

curso de Ciências da Comunicação de

Vai haver um equilíbrio entre o alter-

e que surge paralela à tomada de pos-

forma a projetar e dar sequência ao tra-

nativo e o comercial: será uma ques-

se da nova Direção. Segundo Fúlvia Al-

balho desenvolvido pela universidade:

tão de sensibilidade”. Paralelamente

meida, Diretora de Antena, “desde que

“bebemos da Universidade, enquan-

a este trabalho intrínseco à Universi-

a nova direção se assumiu, sucedendo

to a Universidade bebe de nós. A RUA

dade, a rádio terá a partir de Maio um

ao excelente trabalho do Pedro Duarte,

tem capacidade e potencial para fun-

leque de ofertas de maior amplitude

trabalhamos no sentido de estimular

cionar como um laboratório e até como

e que se elevam através das parcerias

uma maior e mais produtiva aproxima-

um espaço formativo”. Por outro lado,

e colaborações com outras entidades.

ção entre alunos, professores, funcio-

a aposta na humanização do espaço é

Nesse sentido, o “Antestreia” propor-

nários e consequentemente à cidade e

uma realidade: “perceber o que se faz,

cionará aos ouvintes a possibilidade de

aos farenses”. Apesar das restrições fi-

do Reitor à senhora que todos conhe-

se aproximarem dos artistas que atua-

nanceiras consequentes da impossibi-

cem e trabalha no bar, nos laboratórios,

rão no Teatro Municipal da cidade, pelo

lidade legal de fazer publicidade e da

enfim. Queremos ser um veículo de ex-

contacto e entrevistas anteriores ao es-

equipa ser apenas composta por 2 fun-

posição nas suas duas perspetivas: para

petáculo. A RUA é um projeto antigo,

cionários a tempo inteiro e os restantes

quem está de fora e para quem a vive

desejado e mantido ainda hoje sobre os

a regime de voluntariado, a RUA con-

por dentro.” Quanto à música, a Dire-

mesmos pilares que o erigiram: a von-

tinua a tentar dinamizar, investindo

tora admite que a RUA é uma rádio al-

tade e o amor à Rádio. O seu trabalho,

Ao fim de quase 14 anos de antena, a

num maior leque de ofertas educativas,

ternativa, mas que haverá pela mão do

de tremenda utilidade e valor, exige a

rádio RUA, inquestionavelmente um

lúdicas e culturais. Esta transforma-

Playlist - outra das novidades - um ali-

consciência que a sua sustentabilida-

dos maiores veículos de comunicação

ção, que vai desde os conteúdos à ofer-

geirar do tom: “não podemos ser uma

de é responsabilidade de todos e que as

da cidade e da Universidade do Algar-

ta musical, quer-se transversal a todas

rádio comercial no sentido mais lato da

restrições financeiras são reais. A nós

ve e a única rádio verdadeiramente

as dimensões de intervenção. O “Fren-

palavra e temos de mostrar aquilo que

CF, compete-nos apenas dar os para-

universitária do país, encontra-se em

te e Verso” por exemplo, que se vai es-

se faz por aqui também, mas devemos

béns à equipa pelo trabalho, incenti-

metamorfose. Uma transformação de

trear a 16 de maio, incidirá numa pri-

reproduzir o tipo de música que esta

vando-os nesta sua senda de sucesso.

dentro para fora, ideológica e concep-

meira temporada sobre os trabalhos do

faixa etária entre os 20 e os 30 ouve.

A única rádio universitária do país

CUL ATR A - Heróis dA fruta

Numa época em que os hábitos se ten-

hino que lhes garantiu a honrosa pre-

dem a moldar face aos facilitismos,

sença entre as 80 finalistas, das mais

premiando-se o útil em detrimento do

de 400 concorrentes. Segundo as pro-

necessário, as práticas e rotinas saudá-

fessoras, acima da mera participação

veis têm caído em desuso. Nesse sen-

estava a tentativa de mudar os hábitos

tido, e um pouco contra a corrente, a

alimentares nos lanches escolares das

escola básica da ilha da Culatra é hoje

crianças. Evitar a tão comum corrida às

exemplo na luta pela elevação desses

batatas fritas, impregnadas de óleos,

costumes e pela tentativa de incre-

açúcares e vícios, substituindo-as por

mentação a longo prazo de uma certa

peças de fruta: “no fundo sensibilizar-

atitude saudável e ambiental nas suas

mos as crianças e famílias para o tema,

crianças. E não são as condições adver-

estimulando-as. Hoje são eles próprios

sas às práticas agrícolas que os atemo-

a trazerem de casa fruta e legumes e a

rizam. Além da criação da “Hortinha”,

integrarem-nos nos seus hábitos ali-

que pretende estimular o interesse das

mentares frequentes”. E essa mudan-

crianças pelo cultivo e pelos assuntos

ça quer-se acima de tudo perpétua, até

da terra, a escola participou também

porque, segundo uma das crianças, e

no concurso “Heróis da Fruta - Lanche

bem ao seu jeito, “a fruta faz muito bem

Escolar Saudável”, com um vídeo e um

ao coração e ao estômago!”.


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SA BIA QU E... Faro e o Algarve receberam, pela 1ª vez, o Campeonato Nacional de Kata, no passado dia 25 de abril no Pavilhão Municipal da Penha?

JUVENTUDE & DESPORTO

MINIBÁ SQUETE 25 ABRIL

1.º Torneio Internacional

No âmbito das comemorações do dia 25 de abril, realizou-se nos passados dias 23 e 24 de abril, nos pavilhões do Sporting Clube Farense e Municipal da Penha, o 1º Torneio Internacional de Minibásquete 25 abril que receberam, respetivamente, os Mini 12 e os Mini 8/10. A Associação de Basquetebol do Algarve e os clubes locais – S.C. Farense e CF “Os Bonjoanenses” – apoiaram a organização destes torneios que decorreram em simultâneo no período da manhã. Participaram ainda neste evento a Oficina Divertida (Faro), Ginásio Clube Olhanense, Juventude Basquetebol Clube e Associação Cultural e Desportiva de Ferragudo. No sábado, os intervenientes neste torneio participaram num desfile que passou pelo Largo de São Francisco - Cidade Velha - Rua de Santo António e Pontinha .

SPORTING CLUBE FARENSE A jogar basquetebol desde 1935

O basquetebol do Farense iniciou a sua

SCF, Sofia Vieitas, que nos confessou

prazo, apesar de “os resultados em ter-

uma grande responsabilidade “é uma

atividade em 1935. Nos anos 50 surgem

que “os treinos da formação do Farense

mos de novos praticantes está já a ul-

fase onde se forma a personalidade, a

as primeiras equipas de formação e nos

estão sobrelotados, temos mais de 220

trapassar as expetativas”.

autoconfiança e a responsabilidade e

anos seguintes surge a 1ª equipa sénior

atletas e todas as semanas aparecem

O Farense conta hoje com 12 técnicos

ao praticarem o minibásquete desen-

feminina que depois começa também a

mais, graças ao trabalho que temos

principais, apoiados pelo Pedro Cruz,

volvem essas competências pois têm

ter escalões de formação.

vindo a fazer divulgando o basquete-

responsável pelo departamento e pela

que seguir regras, aprender a trabalhar

Ao longo dos anos o basquetebol do Fa-

bol nas escolas. Estivemos em prati-

Sofia Vieitas, na coordenação do mini-

em conjunto, têm que ser responsáveis

rense tem vindo a afirmar-se ao nível da

camente todas as escolas a fazer ações

bésquete. Para além disso o vice-presi-

o que os faz crescer não só como atle-

formação e atualmente conta com diver-

com técnicos e atletas do clube e isso

dente do clube, o Daniel Nascimento,

tas mas especialmente a nível pessoal,

sos escalões de minibásquetebol, desde

fez muitos miúdos quererem participar

tem o basquetebol como área de inter-

emocional e social”.

os 4 anos e ainda todas as equipas mas-

nos treinos”.

venção o que mostra a importância que

O futuro do basquetebol em Faro pas-

culinas e femininas nos escalões de for-

Este projeto foi liderado pelo treinador

o basquetebol tem na estrutura.

sa por aqui e no Sporting Clube Farense

mação e seniores masculinos.

António Figueira e espera vir a ter re-

Para a coordenadora do minibásquete

estão hoje a ser preparados campeões

Estivemos à conversa com a coordena-

sultados a nível competitivo daqui a 3,

do SCF, a aposta nestes escalões mais

para o basquetebol e para a vida.

dora da formação do minibásquete do

4 anos pois é pensado a médio longo

novos é ao mesmo tempo um desafio e

(Entrevista completa em www.cm-faro.pt)

CF BONJOANENSES

O clube onde o basquetebol venceu o futebol O ano de 1935 viu surgir em Faro o Clu-

Pais e Amigos de Crianças Diminuídas

José Costa, presidente do clube desde

BONJOANENSES” e sem esse apoio era

be de Futebol “OS BONJOANENSES”,

Mentais, que a convite do CF “OS BON-

2011, que enaltece, não só a estabilida-

impossível fazer o que fazemos. Somos

na altura a 24ª filial de “OS BELENEN-

JOANENSES” desenvolveram uma par-

de que o clube alcançou, mas também a

um clube que depende da dedicação de

SES” e agora a 4ª filial do clube de Be-

ceria que permite a prática de basque-

envolvência que pais e famílias têm pois

todos e só é possível com o esforço de

lém. Mas em 1938, a falta de recursos

tebol adaptado, algo que, em Portugal,

“estão neste momento a terminar a for-

pessoas como o Paulo Sousa, o Nuno

económicos levou ao fim do futebol,

apenas o CAB da Madeira desenvolve.

mação de treinador 4 pais de atletas que

Martins, o António Canário ou o Antó-

surgindo o ténis de mesa, como princi-

Segundo o treinador Nuno Martins,

irão ser treinadores do clube”.

nio Baltazar que fazem tudo para o su-

pal modalidade.

este projeto, iniciado há cerca de um

Para José Costa é um orgulho ter de-

cesso deste projeto”.

Também com o fim do futebol surgiu o

ano, tem superado as expetativas “não

senvolvido “um projeto de responsabi-

Com cerca de 120 atletas, recebem mui-

basquetebol e esse nunca mais parou

só no gosto que eles têm em vir prati-

lidade social transversal, com alguns

tos convites para participar em torneios

e atualmente é o desporto rei do clu-

car basquetebol, mas também no de-

mecenas, que permite que todos pos-

“mas infelizmente não temos condições

be. Exemplo disso é o trabalho realiza-

senvolvimento motor que tiveram des-

sam participar, tenham ou não condi-

financeiras para o fazer, mas orgulha-

do na formação e o basquetebol no CF

de que iniciaram”. Para Nuno Martins

ções económicas para o fazer. Ninguém

-nos porque mostra que o trabalho é

“OS BONJOANENSES” assume-se ago-

“este é um dos projetos que o clube tem

fica de fora”.

reconhecido e isso faz-nos trabalhar

ra não só como um projeto desportivo,

que visam a inclusão, que envolvem a

Para José Costa “foi fundamental a dis-

mais”. A terminar, José Costa deixou no

mas também como um projeto social.

comunidade, os pais, as famílias, são

ponibilização do Pavilhão Municipal

ar um mote: “Queremos que Faro seja a

Foi com este espírito que assistimos

projetos onde todos têm lugar”.

para o clube se desenvolver. Hoje, 70%

capital do basquetebol no Algarve”.

ao treino dos Associação Algarvia de

Esta é também a ideia que nos deixou

da utilização do pavilhão é feita pelos “

(Entrevista completa em www.cm-faro.pt)


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ENFOQUE FAGAR REVOLUCIONA A RECOLHA DE LIXO EM FARO Entrevista a Paulo Gouveia da Costa, Presidente da FAGAR A Fagar é hoje em dia uma das empresas em destaque na nossa cidade. As suas competências, transversais a todo o concelho, implicam um tremendo rigor e disponibilidade tanto da parte dos seus operadores como dos seus serviços. Entre as várias áreas de intervenção e dos projetos a que se propõe, na edição deste mês de maio demos enfoque ao Projeto de Contentorização Subterrânea. Uma obra complexa, mas que coloca a nossa capital na vanguarda dos serviços e equipamentos de domínio público. Assim sendo, demos voz ao seu presidente, Paulo Gouveia da Costa, que nos explicou de forma sucinta todos os contornos afetos ao início e desenvolvimento deste projeto. Projeto Contentorização Subterrânea: Como surge, em que medidas é inovador e em que zonas geográficas toca? Este projeto nasce da ambição do Presidente da Câmara, Rogério Bacalhau, de melhorar as condições de higiene da cidade, torná-la mais limpa para os farenses, e mais apelativa para os milhares de turistas que todos os dias nos visitam. O desafio que nos foi lançado determinou a aposta decisiva num projecto de grande dimensão: tornar a deposição subterrânea de resíduos - que já existia em casos pontuais - uma realidade absoluta no concelho. Lançado o repto tentámos imediatamente captar algum tipo de financiamento que permitisse servir de alavanca a este projeto. Estruturámos, planificámos, e decidimos submeter o projecto, mediante uma candidatura pioneira, à aprovação do Turismo de Portugal, que é a entidade que gere o Fundo Jessica (o fundo adequado ao financiamento deste tipo de projeto) e passado uns meses tivemos a boa notícia de que a candidatura fora aceite. Era uma oportunidade única, com o melhor dos dois mundos: concretizar um sonho, sem sobrecarregar a tesouraria. Inicialmente a candidatura apresentada compreendia a área que vai desde a baixa até ao eixo da Aboim Ascensão. Depois, e com o concurso já lançado, decidimos avançar com a reprogramação da candidatura no sentido de dotarmos desde já não só a baixa, mas toda a zona urbana da cidade e incluindo os centros das próprias freguesias rurais. A recandidatura foi enviada para o Turismo de Portugal e consequentemente aceite já no final do ano de 2015. As vantagens dispensam quase referência: na higiene, na saúde pública, na eliminação de resíduos, na vertente estética e ainda na perspetiva turística. Para além das evidências, para a própria empresa há benefícios. Estes sistemas permite-nos uma maior e melhor gestão de frota e de serviço no que

diz respeito às rotas. Ganhos na eficiência, no combustível, na lavagem… enfim: permite-nos uma atividade com ganhos ambientais, maior produtividade e eficiência. Quantos contentores estão a ser implementados? Vamos instalar mais de 300 novos “subtainers” e com isso reduzir a quase totalidade dos contentores de superfície , mantendo apenas alguns em locais que, por razões técnico-operacionais, não é possível a instalação do subtainer, uma vez que por lei, e a entidade reguladora é muito exigente nesse aspeto, temos de cumprir rácios relativamente à colocação de contentores e a obrigação legal de os ter de “X” em “X” metros. A própria escolha dos locais depende ainda das infraestruturas subterrâneas já existentes. Há infraestruturas que não se vêm… telecomunicações, saneamento, gás, eletricidade… é um processo complexo. No entanto tentámos afetar o mínimo possível a vida dos farenses. Em que medida é que esse trabalho tem estado a contribuir para um conhecimento melhor das condições subterrâneas do ponto de vista do urbanismo? Nós aproveitamos sempre o nosso trabalho para recolher informações do subsolo. Aliás, montámos uma equipa a larga escala, chamando todas a entidades, apresentando o projeto e motivando-as a colaborarem connosco. Essa colaboração, e veja-se que estamos a falar de mais de 10 empresas prestadoras de serviços com infraestruturas subterrâneas, tem sido positiva, porque ao estarem no terreno connosco permitem-nos planear de forma mais produtiva o nosso trabalho. Há situações em que os mapas nos dizem que determinado cabo está num determinado sitio e depois de abrirmos o solo vemos que está um metro ao lado...são situações normais, mas que nos atrasam. A maior parte das críticas a que somos sujeitos são queixas não sobre os nossos contentores mas sobre aqueles do domínio da Algar, como comprovamos após a verificação no terreno. É uma confusão comum, porque se pensa que tudo o que diz respeito a resíduos é Fagar e não é. A Algar não aderiu a este projeto por motivos próprios e nós respeitamos, mas gostaríamos, claro, que esta contentorização pudesse abranger a área dos resíduos recicláveis que são da competência exclusiva da Algar. Que visões tem a Fagar para o futuro dentro da área da contentorização? A ideia nasceu, o projeto está em curso e a imple-

mentação é uma realidade. Os próximos meses são de implementação e o passo seguinte é estimularmos uma atitude ambiental mais positiva por parte dos munícipes e melhorar ainda mais as condições de deposição de resíduos. Não obstante, temos outros projetos paralelos como o “Porta a Porta”, que desenvolvemos com os estabelecimentos comerciais da cidade, e em que os sensibilizamos a fazer separação de resíduos. Aos que cumprem, nós disponibilizamo-nos a recolher à própria porta esses resíduos. É também um projecto de sucesso. Ainda no âmbito dos resíduos, tomámos outras medidas importantes para melhoria do sistema de recolha e a diminuição do seu impacto na vida da cidade. Alterámos horários, rotas e melhorámos o sistema de limpeza de viaturas. Sabemos que há sempre constrangimentos, mas desta forma diminuímo-los drasticamente – até para a própria saúde e conforto dos nossos operadores. Ainda lançámos um processo interno de requalificação das viaturas que vai ser uma realidade nos próximos meses. Vão ser uma presença mais limpa e com melhor imagem, condicente com uma empresa que quer trabalhar em todas as dimensões com a melhor qualidade.

AOS MUNÍCIPES: Independentemen projetos de serviço pública que possam incidência na noss devemos nunca de compromisso enqu Podemos, porque é compatibilizar o se de pertença, legíti farense, com um s responsabilidade c permita usufruir d e saudável de toda nosso concelho. Vi mas cuidar Faro ta todos trabalharmo o futuro estará gan


9

S: nte dos o e utilidade m vir a ter sa cidade, não escurar o nosso uanto cidadãos. é nosso dever, entimento imo a cada sentido de cívica que nos de forma plena as as ofertas do iver Faro sim, ambém. E se os em uníssono, nho.

ANTES

ANTES

depois

DEPOIS

Dados do serviço Porta-a- porta Estimativa da quantidade média anual de resíduos orgânicos recolhidos cerca de 300ton Estimativa da quantidade média anual de recicláveis desviados de aterro cerca de 120ton Número de aderentes ao serviço no final de 2015 (de momento apenas disponível na zona da baixa e envolventes da cidade de Faro e na zona urbana da Praia de Faro) 86 utilizadores


10

CULTURA

GINÁ SIO CLUBE DE FARO: A FÉNIX RENA SCIDA O Ginásio Clube de Faro (GCF)tem uma

Como surgem vocês neste proces-

zer um ciclo de música clássica, com 4

vida nova. Depois de longos anos de es-

so “redentor”?

concertos, no Outono/Inverno.

quecimento, em 2014 Pedro Bartilotti e

O Sr. José Viegas, na altura dirigente,

a sua equipa trataram de reorganizar a

lançou-me o desafio em 2014 para ten-

Quais as principais dificuldades que

velha agremiação, fazendo-a renascer

tarmos salvar o clube. E surge esta dire-

têm sentido?

das cinzas. Com uma nova dinâmica, o

ção que organizámos em áreas. Temos

O edifício precisa de melhorias e é ne-

sucesso não tardou: os sócios reapare-

responsáveis pela música mais erudita

cessário adquirir mais equipamento de

ceram e, com eles, centenas de simpati-

e clássica (Todd Sheldrick), outras pela

apoio logístico.

zantes que já não dispensam os progra-

poesia (Armando Correia), outras que

mas culturais do clube. No depoimento

tratam da área burocrática (José Guer-

colhido pelo Correio de Faro, Bartilotti

reiro, Luísa Faria), outras que decora-

mostra-nos como do velho se faz novo

ram o espaço (Mariana Murteira Reis),

históricos Jogos Florais.

e explica o relançamento dos tradicio-

outras ainda que apoiam na divulga-

nais Jogos Florais.

ção, organização e na tarefa de anga-

Decorrem nas modalidades

O GCF está a relançar os

riação de sócios (Ana Pereira). O nosso

de poesia e quadras

O que é o Ginásio Clube de Faro? Con-

principal objetivo era rentabilizar já o

te-nos um pouco da sua história.

espaço da melhor forma e isso foi mui-

populares, estando esta

O Ginásio foi fundado em 1898, mais

to difícil. Temos muitas contas para pa-

“virado” para a burguesia. Havia tam-

gar, nossas e herdadas.

bém o Club Farense, um pouco mais

reservada a utentes de instituições de apoio a idosos. Os trabalhos para

elitista, e a Sociedade Recreativa e Ar-

O Ginásio lançou um novo programa

tística Farense, direcionada para uma

de atividades. Que podemos destacar?

este concurso podem ser

classe mais popular. Nessa altura, o

Temos os dias todos ocupados com ativi-

Ginásio caracterizava-se pelos seus

dades em horário pós-laboral e algumas

entregues até 16 maio.

convívios dançantes e sessões de poe-

durante o dia. Apostamos muito na mú-

sia. Durante muitos anos foi um centro

sica clássica: bimensalmente apresenta-

cultural importante. Era o ponto de en-

mos um concerto e em 2015 recebemos

contro da “massa crítica” da sociedade

também um ciclo de música clássica. Te-

farense. Nos nossos registos estão figu-

mos um grupo de poesia, os “Calcetei-

ras ilustres como Justino Cúmano, Al-

ros de Letras”, que tem sido um suces-

meida Carrapato, Cândido Guerreiro,

so – em todas as sessões a casa esgota.

Pires Viegas e outros mais.

Realço a importância das parcerias com a Ass. de Fado do Algarve e recentemen-

Vem aí a 4ª edição dos Jogos Florais. Fale-nos um pouco do evento e da sua história. A 1ª edição dos Jogos Florais foi em 1937 e teve enorme dimensão – vieram participantes de todo o país. Por isso, quisemos honrar o passado e relançar o evento de forma nobre, à altura das 3 edições anteriores (1937, 1945, 1998).

A sua atividade foi-se, então, perden-

te associámo-nos ao Festival “Os Dias do

do. O que aconteceu?

Jazz”. Vamos também voltar a realizar

Após o 25 de Abril, houve um período

mais um “Festival de Contos” em parce-

turbulento, de 2 a 3 anos, que culminou

ria com a ARCA nos dias 13 e 14 de Maio.

blico foi nos Jogos Florais de 1937. Teve

políticos. Nessa altura os associados fo-

E que projetos estão a nascer?

Aleixo era desconhecido no meio cul-

ram quase todos expulsos. Até que se re-

Com o nosso grupo de poesia, os “Cal-

uniu um grupo que foi tomando de novo

ceteiros de Letras”, dinamizado pelo Ar-

as rédeas do clube. Nos anos 90 conse-

mando Correia, vamos realizar um fes-

guiu-se a estabilização e o normal fun-

tival nacional de poesia, mas não posso

cionamento da instituição.

ainda divulgar pormenores. Apenas

numa ocupação motivada por objetivos

posso adiantar que contará com pessoas

Curiosamente, a primeira vez que António Aleixo fez uma aparição em púque se arranjar um 4.º prémio, pois tural e não poderia ganhar à elite. Joaquim Magalhães, que fazia parte da organização, tornou-se então amigo do poeta e começou a escrever o que este pensava e dizia. Fez, inclusivé, uma quadra alusiva a esta participação e ao

ilustres ligadas à poesia e a outras artes.

facto de ter pedido a roupa emprestada.

Vamos apostar nisso e depois voltar a fa-

(Entrevista completa em www.cm-faro.pt)


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SA BIA QU E... Após A UAlg 4 anos já formou de interregno 92 médicos a autarquia desde quevolta o Mestrado a publicar Intea grado dede Agenda Medicina Faro emabriu? papel,Ecom que distribuição 16 encontram-se gratuita a fazer a especialidade por todo o concelho? no Algarve?

15º ANIVERSÁRIO DA BIBLIOTEC A E REGRESSO DO PRÉMIO R AMOS ROSA A Biblioteca Municipal António Ramos

Cortez, considerou ainda que “pelo ex-

Rosa comemorou a 23 de abril o seu 15º

tremo rigor da sua escrita, é “O Vidro”,

aniversário. São 15 anos de ativida-

um volume e poemas que merece, sem

de constante, assumindo-se cada vez

dúvida, ser distinguido com o prémio

mais como um local de acolhimento

de poesia António Ramos Rosa, uma

das mais variadas atividades culturais

das vozes que Quintais não cessa de

dos diversos agentes do concelho.

homenagear ao produzir uma obra

O ponto alto do dia foi a entrega do

viva, densa e que resiste à deflação do

Prémio Nacional de Poesia António

poder imaginativo na nossa época de

Ramos Rosa, em homenagem ao pa-

funcionários cansados”.

trono da biblioteca, a Luís Quintais,

Luís Quintais juntou-se assim a Fer-

pela sua obra “O Vidro”.

nando Echeverria, Fernando Guima-

Após seis anos de ausência a V edição

rães, Nuno Júdice e João Rui de Sou-

deste prémio trouxe a certeza da sua

sa, vencedores das anteriores quatro

continuidade, pelo menos para os pró-

edições. A data ficou ainda marca-

ximos três anos, com o patrocínio da

da por outras iniciativas, desde uma

Fundação Millenium BCP. O presiden-

performance de poesia realizada pe-

te desta fundação, Fernando Nogueira,

los Calceteiros de Letras, ao concerto

marcou presença na cerimónia e refe-

pelo Agrupamento de Música de Câ-

riu a importância ancestral do algar-

mara da Orquestra Clássica do Sul,

ve no quadro da poesia portuguesa, à

passando pela representação teatral

qual deu figuras maiores como António

“Fragmentos de um Homem” de Eu-

Ramos Rosa, Gastão Cruz, Casimiro de

génio de Andrade, levada à cena pe-

Brito ou Nuno Júdice.

los alunos da PAE – 2ºB da Escola Se-

Com um prémio no valor de 5 mil eu-

cundária Tomás Cabreira, orientados

ros, o júri, composto por Gastão Cruz,

por António Gambóias.

por Pedro Ferré e por António Carlos

DIA INTERNACIONAL DOS MONUMENTOS E SÍTIOS

MÚSICA DE PAIS PARA FILHOS, 10 ANOS DEPOIS

A aldeia de Estoi esteve no centro das atenções no dia 16 de abril por ocasião da

No dia 16 de abril decorreram duas sessões do

celebração do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios.

concerto Música de Pais para Filhos, conduzidas

Durante o percurso, os participantes ficaram a conhecer pormenores his-

por Paulo Cunha, tendo como convidado o acor-

tóricos e artísticos desta localidade com a ajuda do historiador de arte e

deonista Gonçalo Pescada. Este ciclo de músi-

professor universitário Francisco Lameira.

ca, para bebés até aos 24 meses, voltou ao palco

Realçamos nesse itinerário o antigo Palácio de Estoi, a ermida de Nossa

do Teatro das Figuras após um interregno de 10

Senhora do Pé da Cruz e a Igreja Matriz, que acolheu uma atuação musical

anos, só interrompido por duas sessões realizadas

do trio de guitarras do Conservatório Regional do Algarve.

no final de 2014. A Música de Pais para Filhos re-

A data assinala simbolicamente a importância do património cultural

gressa em maio, em duas sessões com Inês Rosa,

das localidades, alerta para as questões da sua conservação e também de-

dedicadas à flauta de bisel e em junho com a gui-

monstra a versatilidade que estes vestígios do passado podem ter na vida

tarra de Fernando Ponte.

das comunidades.


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LUGARES

Viagem no Tempo

A Pousada Palácio de Estoi aposta na excelência dos seus serviços e, recentemente, foi integrada numa prestigiosa marca internacional a Small Luxury Hotels of the World

Marco Lopes

Sílvia Navio

Orlando Araújo

Visitar o Palácio de Estoi é fazer uma via-

ra de Estoi, “Aquele sítio esteve muitos

dado na Pousada. Durante a visita do

gem ao passado, é compreender quem so-

anos ao abandono, estava ali um espa-

Correio de Faro, foi possível observar

mos e de onde viemos. Este magnífico es-

ço lindíssimo que se devia aproveitar e

vários visitantes de ocasião. Pessoas

paço foi classificado em 1977 como Imóvel

foi o que se fez”. O projeto de imple-

com máquinas fotográficas em punho e

de Interesse Público, distinção que muito

mentação da Pousada obrigou à reali-

de expressões maravilhadas. Segundo

nos honra por se tratar de um dos mais

zação de um trabalho muito completo,

Orlando Araújo, “Temos muito gosto

belos edifícios do nosso concelho.

passando pelo restauro de estuques,

em receber no Palácio todos aqueles

O Palácio do Carvalhal, como é também

talhas douradas, mosaicos, pinturas,

que nos queiram visitar. Para fazer a

conhecido, é composto por vários elemen-

mobiliário e pelos próprios trabalhos

visita basta dirigir-se diretamente à re-

tos que legitimam a sua visita, desde os

de construção civil.

ceção do Palácio ou contactar-nos via

espaços nobres do edifício principal, aos

Sílvia Navio orgulha-se de falar sobre o

telefone. Qualquer pessoa é bem-vin-

seus jardins exteriores. Nas palavras de

Palácio e partilha “Eu sou daqui por

da também ao nosso restaurante, ou à

Marco Lopes, Diretor do Museu Munici-

isso o Palácio representa muito para

nossa esplanada onde pode tomar um

pal de Faro – (MMF), “existem algumas

mim, é a nossa história. As pessoas

café ou um chá”.

áreas de visita obrigatória, que se mantêm

deviam visitar o Palácio, quem gosta de

No Posto de Turismo de Faro, o turis-

até hoje praticamente intactas. Os salões

antiguidades tem lá muita coisa bonita

ta é convidado a conhecer o Palácio de

principais conservam ainda o mobiliá-

para ver. E agora está tudo restaurado,

Estoi, no entanto, no local não existe

rio e decoração de origem. Devo assina-

tudo muito bonito e muito bem arran-

uma pessoa habilitada para acompa-

lar as pinturas no teto, características do

jado, os edifícios, os tetos, as escultu-

nhar e elucidar o visitante. Na opinião

período do romantismo. Depois, há ainda

ras; e tem uma vista lindíssima.”

geral das pessoas entrevistadas, deve-

a capela privada que é relativamente pe-

Em conversa com o Orlando Araújo, Di-

riam realizar-se visitas interpretativas,

quena mas que tem muita graciosidade. A

retor da Pousada de Estoi, conseguimos

em dias e horários pré-definidos, pois

arquitetura monumental, os vãos, as por-

compreender que o Palácio de Estoi foi

iria acrescentar-se mais valor, não só

tadas, os elementos decorativos, enfim.”.

escolhido para Pousada de Portugal

à pousada como ao próprio município.

Outro espaço que merece destaque é a

pelo seu elevado interesse público, his-

O Museu já organizou algumas visitas

Casa do Presépio que, embora esteja em

tórico e arquitetónico. A Pousada Pa-

com Francisco Lameira, em dias fes-

más condições de conservação, tem ca-

lácio de Estoi aposta na excelência dos

tivos, e todas excederam o número de

racterísticas arquitetónicas que lhe con-

seus serviços e, recentemente, foi inte-

participantes previsto.

ferem uma beleza ímpar. As peças do pre-

grada numa prestigiosa marca inter-

Ao passearmos pelas escadarias e jar-

sépio encontram-se no MMF, cuja equipa

nacional a Small Luxury Hotels of the

dins do Palácio podemos usufruir de

foi responsável pela sua restauração. O

World. A qualidade dos seus serviços

uma sublime vista panorâmica e con-

objetivo é devolvê-las ao local de origem

faz jus também às excelentes referên-

templar a beleza arquitetónica deste

depois da reabilitação do edifício, até lá,

cias na TripAdvisor e Booking. Segun-

lugar; no seu interior, os pormenores

ficarão guardadas no Museu, onde podem

do as palavras do Diretor, “a Pousada

ornamentais, as talhas douradas, os

ser visitadas durante a época natalícia.

recebe um tipo de cliente muito espe-

murais e mobiliário levam-nos a via-

Segundo Marco Lopes, “A Casa da Cascata

cífico, pessoas “com tempo” e na sua

jar no tempo e transportam-nos para a

é mais um dos pontos de interesse e visi-

grande maioria estrangeiros, habitua-

época dos reis e rainhas e dos luxuosos

ta. Mais que a beleza arquitetónica, desta-

dos a viajar pela europa e pelo mundo,

bailes senhoriais.

co a sua beleza cenográfica, com a casca-

de elevado poder económico, e apre-

ta a correr e o ambiente envolvente.” No

ciadores da nossa arte e do bom rece-

Palácio, além da componente arquitetóni-

ber das nossas gentes”. Na opinião de

ca, pode ainda disfrutar-se de toda a envol-

Sílvia, “o Palácio de Estoi, sendo hoje

vência paisagística exaltada pelos jardins,

uma Pousada de Portugal, é algo mui-

lago, fontes e por todo o ambiente exterior

to positivo porque as pessoas quando

de forma geral.

vêm acabam por visitar toda a aldeia

Em 1987, a Câmara Municipal de Faro va-

de Estoi, não ficam só na Pousada.

lorizou sobremaneira o seu património

A população ganha muito com isso

com a aquisição do Palácio de Estoi. Sem

porque vê pessoas novas, vê gente a

fundos para manter e rentabilizar o espa-

passar nas ruas e isso ajuda a não en-

ço, firmou um acordo de parceria com o

velhecer. Por outro lado, é lucrativo

grupo Pestana - Pousadas de Portugal, e

para os comerciantes.”

em 2009 foi inaugurada a Pousada de Es-

Para usufruir dos encantos do Palácio

toi. Na opinião de Sílvia Navio, morado-

de Estoi não é necessário estar hospe-

(Entrevista completa em www.cm-faro.pt) Segundo o historiador de arte Francisco Lameira, o Palácio de Estoi é um monumento histórico do século XVIII. Este espaço recreativo foi encomendado pelo coronel Francisco José de Carvalhal e Vasconcelos e ficou na família até à morte do seu último descendente. Posteriormente, ficou a cargo de José Francisco da Silva, que foi distinguido com o título de Visconde de Estoi, pelo soberbo investimento feito no palacete. Sob a sua tutela o Palácio sofreu uma forte intervenção; foi restaurado o que estava destruído e construídos novos elementos. Após as obras, em Maio de 1909, realizou-se um evento de inauguração no qual milhares de pessoas tiveram oportunidade de visitar o palacete, os jardins e de participar nas atividades solenes que aí ocorreram.


13

AÇÃO SOCIAL

SANTA C A SA E CRUZ VERMELHA ACOLHEM REFUGIADOS EM FARO O Concelho de Faro está a ajudar no esforço de

jogo é ajudar o próximo”. No total, a Santa Casa

acolhimento dos Refugiados no nosso País, es-

da Misericórdia de Faro deverá receber 16 refu-

sencialmente através de duas coletividades his-

giados, sendo que o próximo grupo poderá che-

tóricas no que concerne ao apoio a quem mais

gar nos próximos dias.

precisa: a Cruz Vermelha Portuguesa e a Santa

Já a Cruz Vermelha, pela voz do Presidente da

Casa da Misericórdia.

sua Direção está também apostada em tornar

O maior contingente, constituído por 11 adultos

a estadia dos refugiados por terras algarvias, o

do norte de África e Próximo Oriente, está alo-

melhor possível: “sabemos que não podemos

jado nas instalações da Santa Casa de Faro. Na

acolher todas as pessoas que partiram em de-

Cruz Vermelha, estão para já acomodadas quatro

sespero em busca de uma situação um pouco

mulheres, todas oriundas da Eritreia e que aqui

melhor”, explica Norberto Martins. “Mas, com

se encontram a fazer a sua adaptação.

os parcos meios que estão à nossa disposição, te-

O Provedor da Santa Casa da Misericórdia de

mos obrigação de procurar facilitar um pouco a

Faro reconhece que, apesar do “obstáculo da

vida dos que aqui rumaram na esperança de en-

língua”, a “adaptação dos refugiados tem corri-

contrarem uma salvação para as suas situações

do sem problemas de maior”. Ricardo Candeias

de vida desesperadas”, afirma ainda o dirigente

Neto recorda que “a Santa Casa é uma institui-

da secular instituição para quem tudo se resume,

ção acolhedora por excelência” pelo que, “fiéis

afinal, a uma questão de humanismo e solidarie-

à nossa história, não poderíamos virar a cara às

dade.Faro e Olhão foram os primeiros concelhos

nossas responsabilidades quando o que está em

do Algarve a receber refugiados.

MUNICÍPIO PROMOVE IGUALDADE DE GÉNERO

Ana Sofia Pina: DIRETOR A DA AÇ ÃO SOCIAL e CONSELHEIR A LOC AL

Promover a Igualdade de Género e o

res resultados na esfera pública. Es-

Ana Sofia Pina, diretora do Departa-

culo pelo facto de ser mulher, quer nas

Empoderamento das Mulheres é um

tas intervenções visam tornar igual-

mento de Ação Social e Educação da Câ-

funções de técnica, quer nos cargos de

dos objetivos de desenvolvimento sus-

mente amigável, para homens e para

mara Municipal, é também a conselhei-

dirigente. A área das ciências sociais é

tentável do milénio, ao qual o Municí-

mulheres, qualquer atividade humana

ra local para a igualdade. Assume um

por si só uma área maioritariamente do

pio de Faro e a rede social do concelho

socialmente útil. Por outro lado, per-

papel de destaque, em nome da autar-

domínio feminino, pelo que esta situa-

vêm dando a devida atenção.

mitem repartir igualmente entre uns

quia, chamando a si a responsabilidade

ção não se coloca.

No passado dia 31 de Março, foi assi-

e outras o tempo de trabalho e o re-

de acompanhar e dinamizar o processo

(Entrevista completa em www.cm-faro.pt)

nado um Acordo de Cooperação en-

forço de competências para a vida. Ao

participativo de elaboração e implemen-

tre o Município de Faro e a Comissão

assumir este compromisso, procura-

tação do Plano Municipal para a Igual-

para a Cidadania e a Igualdade de Gé-

-se reforçar o princípio da cidadania

dade 16/18 e deixa-nos aqui o seu teste-

nero (CIG) que consiste, em traços ge-

democrática que deve presidir a toda a

munho de líder no feminino.

rais, no compromisso municipal em

convivialidade: laboral, social, políti-

Como Mulher, sente que o acesso aos

prover na sua governação interven-

ca e, claro, familiar. O desenvolvimen-

lugares de gestão ainda está dificul-

ções em benefício das mulheres, para

to sustentável e a igualdade de género

tado para o género feminino?

que participem mais e com melho-

são prioridades no concelho.

Atualmente, em Portugal o mérito ainda é maioritariamente atribuído aos homens e limita, em muitos aspetos, a progressão das mulheres na carreira. Contudo, nos últimos anos, as mulheres conquistaram terreno quer no contexto do domínio empresarial, quer como empreendedoras e no desempenho de funções por conta de outrem. No meu caso, em concreto, ao longo de quase 20 anos de desempenho profissional, não tenho sentido qualquer obstá-


EMPREENDEDORISMO

SA BIA QU E... Hidroponia A UAlg já formou é o método 92 médicos de cultivo desde sem que desgaste o Mestrado e/ouIntecontagrado de do minação Medicina solo e garante abriu? E um quecontrolo 16 encontram-se de maior eficácia a fazer ade especialidade qualidade, diminuindo no Algarve? os riscos de contaminação?

14

FRUTOS VERMELHOS Diz-se que é depois da tempestade que

mais de 30 membros. Com o objetivo de

dores da Madrefruta, aos novos agri-

neste setor.

vem a bonança, mas estaríamos a in-

concentrar a produção de fruta, otimi-

cultores que vindos das mais diver-

Outra das figuras é um farense nascido e

correr de uma verdade absolutamen-

za a rentabilidade através de uma es-

sas áreas de formação têm visto aqui

criado no seio agrícola. Filho e neto de agri-

te discutível. O que sabemos é que o

tratégia comercial integrada: concen-

uma possibilidade de carreira. Eng.º

cultores, o Eng.º João Bento viveu de per-

comodismo e a renúncia face às hos-

trando o labor dos produtores numa

Humberto Teixeira, Presidente e

to as mutações do mercado agrícola dos

tilidades não serão nunca auguro de

só entidade, puderam dar resposta às

fundador tanto da Hubel como da

últimos 20 anos, assinalando com sa-

melhores ventos. É neste contexto que

exigências de mercado em quantida-

Madrefruta, é uma das figuras de re-

tisfação o mérito da realidade de hoje.

nesta 2ª edição do Correio de Faro in-

de e qualidade. Mas a verdadeira mu-

ferência no plano agrícola nacional e

Aliás, refere que “entre 2012 e 2016 houve

cidimos sobre a agricultura, produ-

dança não se ficou por aí. A partir de

umas das personalidades cujo traba-

um aumento exponencial de exportação

ção e comércio de frutos vermelhos

2007 a framboesa passou a ser o foco

lho mais contribuiu para a elevação

da framboesa algarvia de 600 para 4 mil

do nosso concelho e região: quando o

de cultivo. Esta alteração, associada

deste setor. “Hoje,” - diz orgulhoso -

toneladas”. A verdade é que o crescimento

universo conjeturava a queda, a perse-

ao cultivo por Hidroponia e às nossas

“a Madrefruta mantém uma postura

deste setor tem de facto atraído novas pes-

verança assegurou-lhes o êxito.

próprias condições climatéricas, cria-

de modéstia e trabalho, procurando a

soas e novos investimentos. Márcio Ale-

Os anos 90 testemunhavam a queda

ram uma vantagem competitiva óbvia

otimização dos seus serviços, da sua

xandre, um jovem empreendedor de 30

das fronteiras comerciais na Europa.

na perspetiva de exploração de merca-

produtividade e recorrendo sem medo

anos, é um exemplo claro das oportu-

Consequentemente, os produtores al-

dos: por cá, pode-se produzir nos me-

à utilização das novas tecnologias que

nidades deste setor. Formado em econo-

garvios viram-se suprimidos pela ex-

ses de Inverno, quando os tradicionais

tenham aplicabilidade nesta área”, e

mia, chegou a trabalhar na sua área de for-

plosão comercial dos produtores espa-

produtores europeus não, face às suas

acrescenta “mantemos a confiança na

mação, mas é na agricultura (desde 2010)

nhóis, que respondiam com maiores

vicissitudes climatéricas. Este viria a

produção de framboesas, mas estamos

que encontrou a realização pessoal e pro-

números e menores preços às necessi-

ser o último estímulo a ditar a proje-

atentos às oscilações dos mercados”.

fissional. Feliz com o que já alcançou, ga-

dades das grandes superfícies comer-

ção do mercado hortofrutícola algar-

O engenheiro é um dos principais res-

rante que o seu trajeto não se fica por aqui

ciais. Não bastasse, a crise económi-

vio além-fronteiras.

ponsáveis pelo reconhecimento da

e que para 2017 conta com a ampliação do

ca de 2008-2012 veio prejudicar ainda

Hoje, a nossa região é a maior pro-

qualidade e certificações das framboe-

número de hectares disponíveis.

mais o setor. Mas é aqui que se dá o

dutora de framboesas na Europa

sas da nossa região. Desde a fundação

Enfim, tendo em conta a realidade econó-

volte-face. O espírito empreendoris-

nos meses de frio, respondendo a

da Hubel, em 1982, desenvolve um tra-

mico-social do país, a verdade é que neste

ta, a pro-atividade, a gestão de ris-

perto de 90% (!) das demandas do

balho ímpar que atenta a todos os mo-

setor acaba por fazer um trajeto em contra-

co, o amor e devoção à agricultura

mercado europeu.

mentos do cultivo: desde o tratamen-

ciclo, saindo de uma posição de maior fra-

e o cooperativismo, viu nascer em

É neste capítulo que se torna extre-

to de águas, ao adubo e aos métodos

gilidade, para uma de destaque meritório e

1996 a Madrefruta, uma organização

mamente pertinente fazer referência

produtivos e de nutrição vegetal. Um

de contribuição significativa para a dina-

de produtores hortofrutícolas da re-

àqueles que edificaram e sustentam

trabalho sublime, que garante a quali-

mização económica nacional.

gião do Algarve e que conta hoje com

a realidade de hoje: desde os funda-

dade e sustentabilidade do produzido

João Bento

Márcio Alexandre

Humberto Teixeira

“Há que investir com responsabilidade e

“Ter crescido em Faro acrescenta um

“A Hubel e a Madrefruta nasceram em

abertura. Investir apenas no mercado na-

valor simbólico ao que faço. Esta é

Faro, mas hoje o nosso universo de tra-

cional não dá garantias de sucesso. De-

uma área com um tremendo potencial

balho estende-se de Silves a Vila Real.

vemos saber trabalhar e tomar decisões

mas que exige uma entrega profissio-

É um crescimento contínuo, tanto em

da forma mais correta tendo em conta as

nal e pessoal tremenda. Aquilo que se

áreas como em sócios. Mantemos uma

exigências do mercado. Ter e dar o acom-

faz no Algarve é do melhor que se tem

política de inclusão que esperamos

panhamento certo tanto aos métodos

no mundo e essa consideração não so-

que nos garanta a sustentabilidade e

como às pessoas. E acima de tudo, expor-

mos nós que fazemos. Há um reconhe-

sucesso durante muitos anos”.

tar, mas exportar bem. É toda a imagem

cimento merecido tanto de clientes

de um setor que está em causa”.

como de produtores”.

(Entrevistas completas em www.cm-faro.pt)


15

A VOZ DO FARENSE Estando o plano de mobilidade em consulta pública, o que faria para melhorar a mobilidade em Faro?

Fernanda Barra

Paula Martins

Edgar Gago

C arla Martins

52 anos, Stª Bárbara de Nexe, Comerciante

45 anos, Conceição de Faro, Empresária

63 anos, Faro, Reformado

48 anos, Ilha do Farol, Empresária

“Enquanto proprietária de um café,

“A única ressalva a fazer é a falta de

“Por um lado é pena que o novo par-

“Àquilo que me é mais afeto, isto é, à

tenho acesso facilitado às opiniões dos

carreiras ao fim de semana e o espa-

que de autocarros (Próximo) atrapa-

ilha do Farol, sinto que existem várias

meus clientes e sei que em tempos ha-

çamento dos horários dos autocarros.

lhe o fluxo de trânsito na baixa. Por

carências relativamente ao transpor-

viam algumas queixas. De momento o

Contudo, tenho de reconhecer que as

outro, o número de carreiras maríti-

te marítimo. Primeiro, as condições

problema é outro: os acessos a Stª Bár-

coisas estão muito melhores nesse as-

mas para as ilhas também é pequeno

dos próprios barcos: alguns já muito

bara. Estamos muito condicionados

peto. O Minibus, apesar de acabar a

para o potencial turístico da cidade

velhotes e desgastados por força das

pelas más condições da rede viária e

carreira às 16h30, veio dar outras fa-

nessa vertente. No entanto fico feliz

condições a que estão sujeitos e para

enquanto esse problema não for resol-

cilidades àqueles que precisam de se

por haverem melhorias a assinalar,

os quais as pinturas frequentes em

vido, todos os outros são secundários”.

deslocar ao mercado ou aos serviços

tanto a nível de ofertas, como a nível

época de maior afluência não são solu-

públicos na cidade”.

de infraestruturas.”

ção. Por outro, a frequência dos barcos em período de Inverno: três carreiras por dia são significativamente insuficientes para quem, como eu, depende da ilha para trabalhar”.

espaço “animal cidadão” Cão do barrocal algarvio é raça reconhecida, com origem em Faro Depois de 15 anos de muitos esforços, o ta Bárbara, Bordeira, Estoi e Conceição,

apresentação, pêlo macio e comprido

Cão do Barrocal Algarvio acaba de ser entre outros locais, constituíram nú-

e com uma cauda característica. Foi

reconhecido como a 11ª raça certifica- cleos onde foi possível preservar o ani-

assim que, em 30 anos, o número de

da em Portugal. Rogério Teixeira e José mal até aos nossos dias.

exemplares subiu de cerca de 30 para

Afonso Correia dão cara à Associação Mas o reconhecimento oficial só acon-

os mais de 1.500 de hoje em dia.

de Criadores do Cão do Barrocal Algar- tece após a implementação de um atu-

Apesar do bom acolhimento que o Cão

vio (ACCBA) que conquistou para este rado plano de ação desenvolvido pelos

do Barrocal Algarvio está a receber, há

animal, também conhecido por Felpu- fundadores da ACCBA. Primeiro, era

muito trabalho para fazer para dar visi-

do, um lugar de pleno direito entre a preciso adquirir por todo o Algarve o

bilidade a este animal. Em Junho, a as-

elite das raças nacionais, onde figuram, maior número possível destes animais

sociação estará presente na Expocaça

por exemplo, o Cão de Água Português para, de seguida, dar início a um pro-

em Santarém e, no último fim-de-se-

e o Serra da Estrela.

cesso de reprodução criteriosa salva-

mana de Agosto, será a vez de o Parque

Geograficamente, o Concelho de Faro é guardando as características únicas

das Figuras em Faro acolher a I Mono-

fulcral em toda a história que envolve o que definem este cão como um caçador

gráfica do Cão do Barrocal Algarvio.

Cão do Barrocal Algarvio. Assim, San- muito ágil, robusto e meigo, com boa


ÚLTIMAS

QUEIJO E VINHO INVADIR AM A BAIX A DE FARO

FARO, A MELHOR CIDADE PARA VIVER E INVESTIR Faro é novamente líder no ranking da região algarvia elaborado pela consultora Bloom Consulting, Portugal City Brand Ranking 2016, ocupando agora a 13ª posição a nível nacional, depois de avaliadas as suas potencialidades no Investimento (Negócios), Turismo (Visitar) e Talento (Viver). A liderança regional de Faro está alicerçada nas categorias Negócios e Viver, onde Faro é considerada como a melhor cidade algarvia em ambas as categorias, surgindo no 15ª lugar a nível do País para se viver e como a 17ª marca para investir. Na categoria Visitar, a capital algarvia surge na 13ª posição nacional, subindo este ano para a 4ª posição na região.

CCMAR recebe Prémio “Scientia Mare” Milhares de visitantes entregaram-se,

porcionou provas de degustação, uma

entre os dias 14 e 17 de abril, aos sa-

mostra de artesanato regional algar-

bores dos melhores queijos, enchidos e

vio e ainda um workshop sobre “Prova

vinhos regionais na 3ª Feira do Quei-

Técnica de Vinhos”. Organizada pela

jo e do Vinho no Jardim Manuel Bivar.

Ambifaro, EM, em parceria com a Câ-

Com cerca de 30 stands e uma área de

mara, esta é uma aposta vencedora que

400m2 de tasquinhas, a iniciativa pro-

continuará por muitos e bons anos.

FARO COMEMOROU 42 ANOS DA REVOLUÇ ÃO DE ABRIL O reconhecimento não poderia ter vindo em melhor altura. No ano em que assinala o seu 25.º aniversário o Centro de Ciências do Mar (CCMAR) acaba de ser distinguido pela Pricewatercoopers (PwC) Portugal com o prémio Scientia Mare 2016. A distinção insere-se nos Excellens Mare Awards, com periodicidade anual e a categoria na qual foram honrados reconhece precisamente a excelência e o mérito de pessoas ou entidades que produzem avanços significativos no conhecimento do meio aquático ou que promovam a inovação azul. Faro dá os parabéns a toda a equipa! CCMAR EM DISCURSO DIRETO O que é que este prémio/distinção significa para vós? Adelino Canário (Presidente da Direção do CCMAR): O 40.º aniversário da Constituição da

ga de prémios da exposição dos traba-

Significa o reconhecimento pela atividade e estratégia desenvolvida pelo CCMAR.

República Portuguesa e da Instituição

lhos do concurso de cartazes alusivos

Trata-se do papel desempenhado por cada membro do Centro, desde os colaborado-

do Poder Local e os 42 anos do 25 de

à Revolução, “Um Olhar sobre a Li-

res administrativos aos técnicos e investigadores, ao longo de anos, que levaram o

Abril, foram assinalados pelo Município

berdade”, elaborada por alunos do 1.º

CCMAR de um pequeno grupo local a uma instituição de investigação respeitada a

com momentos culturais e protocolares.

ciclo do concelho. Houve ainda lugar

nível nacional e na Europa comunitária. A isto não será alheio a classificação de Ex-

As celebrações arrancaram no dia

para um momento teatral protagoni-

celente obtida na recente avaliação de centros de investigação pela Fundação para a

22 com a realização de uma Assem-

zado por alunos da Escola Secundária

Ciência e Tecnologia e o papel de liderança no European Marine Biological Resource

bleia Jovem; no dia 24 a banda “Cou-

Tomás Cabreira, e para a exibição do

Centre, uma infraestrutura de investigação europeia em implementação.

ple Coffee” apresentou-se no Palco da

filme “O Medo à Espreita”, documen-

Doca, onde viajámos pelo legado de

tário de Marta Pessoa, seguido de ter-

José Afonso e outros cantautores que

túlia moderada por Ramiro Santos,

marcaram a cena musical portuguesa.

com as participações de João Guerrei-

O dia 25 começou com a cerimónia so-

ro e Vilhena Mesquita.

lene, seguida da inauguração e entre-

(Entrevista completa em www.cm-faro.pt) O Correio de Faro é uma publicação da Câmara Municipal de Faro, distribuída em mais de 1.000 locais e que tem por objetivo principal dar a conhecer aos farenses o que de melhor se faz no Concelho.

Colabore connosco: correiodefaro@cm-faro.pt


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