Integrando Espaços e Pessoas através da Educação.

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CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO DE ENSINO: PROJETO DE ESCOLA PUBLICA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL NO SETOR NORTE DE RIBEIRÃO PRETO

INTEGRANDO ESPAÇOS E PESSOAS

ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO

2016

CAMILA LOHAYNA DUARTE COTEIRO



INTEGRANDO ESPAÇOS E PESSOAS CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO DE ENSINO: PROJETO DE ESCOLA PUBLICA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL NO SETOR NORTE DE RIBEIRÃO PRETO

ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO

CAMILA LOHAYNA DUARTE COTEIRO Trabalho de Final de Curso apresentado ao Centro Universitário Moura Lacerda para cumprimento das exigências para a obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo sob a orientação do prof. Onésimo Carvalho de Lima.

RIBEIRÃO PRETO/ NOVEMBRO 2016



“Eu, ao contrario, prefiro a Arquitetura. Um risco, um rabisco, e depois a eternidade� Autor desconhecido.


A G R A D E C I M E N T O S

Para que este trabalho fosse realizado e esta etapa concluída com êxito algumas pessoas foram de extrema importância durante a caminhada, e a cada uma delas faço meu sincero e verdadeiro agradecimento.

Meu muito obrigada a meu querido Mestre e Orientador Onésimo pela paciência e compreensão de sempre. Seus ensinamentos e sua confiança em mim e no meu potencial foram fundamentais para o êxito na realização deste trabalho. Mais do que isso, eu os levarei para a vida!

Agradeço primeiramente a Deus que me fortaleceu e me sustentou cada dia para que fosse possível chegar até aqui, Ele me ajudou a superar cada dificuldade e momentos difíceis, não me permitindo jamais, apesar das circunstancias desistir desse sonho.

Agradeço a todos meus amigos de turma, pessoas que ao longo dos anos foram se tornando cada vez mais especiais, com os quais criei um vinculo verdadeiramente de amizade, não sendo mais apenas colegas de curso. Aprendi muito com cada um, e levarei o aprendizado que foi me passado por cada um deles para o resto da vida. Cada pessoa foi única a sua maneira, e o companheirismo e carinho de cada manhã tornou a jornada mais especial e os fardos das dificuldades mais leves.

Agradeço imensamente a minha amada Mãe que me ajudou em cada segundo e foi a maior incentivadora desse sonho. Jamais esquecerei cada palavra de apoio e incentivo, nem seu ombro amigo nos momentos de angustia e preocupação. Ela sempre garantiu que eu conseguiria,

Deixo aqui meu agradecimento a minha irmã Suellen, que sempre esteve comigo, me incentivando, apoiando, e me ajudando sempre que foi preciso. Seu carinho e amor incondicional sempre foram muito importantes para prosseguir e nunca desistir desse objetivo.

Agradeço em especial as minhas queridas amigas Viviane Rodrigues e Thawana Milleny, que além de ótimas companheiras de trabalho foram verdadeiros apoios nos momentos de dificuldades e duas das pessoas grandemente responsáveis para que eu não abandonasse esse sonho nos momentos em que isso quase aconteceu. Cada bronca, palavra amiga e abraço sincero me fizeram enxergar que quando se tem amigos, tem tudo. Meu agradecimento a vocês será eterno.

Gostaria de agradecer também a minha mestre, amiga, A meu querido Pai, meu obrigada, sem o qual jamais parceira e chefe Susana Tarifa, com a qual nos últimos dois teria sido possível a concretização deste sonho. anos adquiri conhecimentos dos quais a faculdade não nos Agradeço a minha amada família, que sempre me apresenta, somente a vida e o dia a dia, e ela com muito carinho, paciência e dedicação não deixou em momento apoiou, ajudou e incentivou este sonho até o fim. nenhum de me ensinar o que fosse preciso e o máximo que Não poderia jamais deixar de agradecer a meus ela podia. Meus eternos agradecimentos por tudo que fez por ilustres mestres; a todos que passaram pela minha mim e pelo meu crescimento profissional e como ser humano. vida até hoje, que foram muitos, e, em especial, aos professores que me acompanharam durante esses E por fim, aqui vai meu agradecimento a todas as pessoas que cinco anos de Arquitetura. Cada ensinamento e fazem parte da minha vida e acompanharam a cada dia a conhecimento transmitido foram responsáveis por realização deste sonho. A cada incentivo, palavra de motivação tecerem os caminhos até a conclusão deste trabalho e apoio meu Muito Obrigada!


D E D I C A T Ó R I A

Dedico este trabalho as duas pessoas mais importantes da minha vida; minha amada mãe Fatima e a minha querida irmã Suellen que, cоm muito carinho е apoio, não mediram esforços para qυе еυ chegasse até esta etapa de minha vida. Vocês foram peças fundamentais para a realização deste trabalho. Obrigada!


E S U M O R

O Espaço Escolar é peça fundamental na vida de crianças e adolescentes e é um dos principais responsáveis pela formação pessoal desses jovens em adultos comprometidos com a ética, moral e convívio em sociedade. É na Escola, desde bem novas que crianças tem as primeiras experiências de convívio com outras pessoas fora do espaço familiar, e é por isso que a escola tem uma função não somente acadêmica, mas também social na vida de todos aqueles que por ela passam. Porém, mesmo sendo um espaço de tanta importância em vários aspectos, esses espaços escolares apresentam grandes problemáticas no que diz respeito a sua concepção física. Muitas escolas não atendem a necessidades básicas que devem atender, necessidades essas que englobam questões de Conforto, Programa de Necessidades ideal, Espaços de convívio, Integração do espaço escolar com a comunidade e por último, mas não menos importante, parâmetros e diretrizes para promoção da acessibilidade para que qualquer tipo de pessoa com qualquer que seja a deficiência possa usufruir e se utilizar dessas Escolas.

Sabendo-se então do quanto os Espaços Escolares são importantes e também das problemáticas que os acompanham esse trabalho tem por Objetivo principal Projetar uma Escola Pública de Ensino Fundamental que atenda todas as necessidades relacionadas ao Conforto, de forma que o espaço escolar se torne um lugar mais atrativo e familiar para os seus usuários, já que muitas vezes a Escola é apenas o local onde os alunos vão para cumprir uma obrigação, sem existir prazer algum muitas vezes de estar ali. É justamente essa realidade obscura que esse trabalho tem por objetivo tentar transformar. Vale ressaltar neste Resumo que este projeto tem uma grande intenção de promover Integração, em vários aspectos. Entre os diversos tipos de pessoas, integração entre os espaços, alunos e os espaços, interno e externo, integração entre a população e o equipamento.

PALAVRAS CHAVES: Integração, Arquitetura Escolar, Inclusão, Acessibilidade, Conforto, Ensino Fundamental.


But even being a place of such importance in many respects, these school spaces have great problems with regard to their physical design. Many schools do not meet the basic needs that must meet, needs those that include Comfort issues, ideal Needs Program, living spaces, integration of school space with the community and last but not least, parameters and guidelines for promoting accessibility to any person with whatever disability can enjoy and use these schools.

then how much knowing the School spaces are important and also the problems that accompany this work has the main objective Designing a Public Elementary School that meets all the needs related to comfort, so that the school environment becomes a place more attractive and familiar to its users, since often the school is just the place where students go to fulfill an obligation without any pleasure there often to be there. It is precisely this dark reality that this work aims at trying to turn. It is noteworthy in this summary that this project has a great intention to promote integration in various aspects. Among the various types of people, integration between spaces, students and spaces, internal and external, integration between the people and the equipment.

A B S T R A C T

The School Space is a key part in the lives of children and adolescents and is a major contributor to the personal training of these young adults committed to ethical, moral and life in society. It is at the school, from very young children to have the first living experiences with others outside the family space, and that is why the school has not only academic function but also social in the lives of all those who by her passing.


I N D I C E. P R Ó L Ó G O

-

10

01.

02.

05.

O

ESPAÇOS ESCOLARES DE REFERENCIA

O OBJETO E A CIDADE

AMBIENTE DE ENSINO

1.1 - A IMPORTANCIA DA ESCOLA NA FORMAÇÃO DA CRIANÇA - 18 1.2 - DESEMPENHO E CONFORTO NO ESPAÇO ESCOLAR -

20

2.2 – ESCOLA PUBLICA EM VOTORANTIM – GRUPO SP -

1.2.1 – FUNCIONALIDADE NO AMBIENTE ESCOLAR -

20

O PROGRAMA DE NECESSIDADES - 47

32

04.

2.3 – ESCOLA PARQUE DOURADO V– APAIACAS ARQUITETOS - 39

1.2.2 – CONFORTO ACUSTICO -

03.

2.1 – ESCOLA EM CAMPINAS – UNA ARQUITETOS - 25

21

TECNOLOGIAS+ MATERIALIDADE + SISTEMA CONSTRUTIVO - 53

1.2.3 – CONFORTO TÉRMICO -

21

1.2.4 – CONFORTO VISUAL -

22 R E F E R E N C I A S

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97

5.1 – LEITURA DO ENTORNO - 57 5.2 – LEITURA SOCIAL -

74

5.3 – LEITURA DO LOTE -

06. O PROJETO - 81

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“A passagem da “sociedade do conhecimento” para uma “sociedade de conhecedores” vai acontecer na hora em que as escolas deixarem de erigir muros e começarem a abrir janelas.“

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G O L Ó R P

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INTEGRANDO ESPAÇOS E PESSOAS ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO O ambiente escolar é muito importante para o desenvolvimento e formação das crianças, não só cultural e intelectual, mas também pessoal; muitas vezes é na escola que são vividas as primeiras experiências significativas da vida no que se trata de relacionamento com outras pessoas fora do convívio familiar. O projeto arquitetônico de uma escola quando bem resolvido é capaz, inclusive, de influenciar diretamente no aprendizado de seus alunos. Segundo Cabe e Lackney (2000 p.87)

Todas as escolas possuíam muitas grades – nos corredores, nas

Estudos mostram que o ambiente escolar pode ter um

espaço das crianças dentro de cada escola era sempre restrito e

impacto significativo sobre o aprendizado e comportamento

claramente delimitado – por grades. Vários espaços externos

de alunos. Os funcionários de uma escola podem se sentir

encontravam-se “abandonados”, sem uso e sem possibilidade de

mais valorizados e motivados em edifícios bem projetados e

acesso. Em todas elas, sinais de depredação por toda parte: vidros

uma nova escola pode exercer um impacto positivo sobre as

quebrados, paredes pichadas, portas sem maçanetas, carteiras e

pessoas que moram no entorno destas instituições e que

cadeiras em péssimo estado, sanitários sem torneiras, buracos no

usam a escola como espaço de lazer e cultura.

piso, falta de lâmpadas etc. O edifício que foi construído para educar

Quando o projeto arquitetônico no ambiente escolar é bem resolvido ele é capaz de proporcionar bem estar aos alunos, funcionários e demais usuários do espaço, e também interferir no próprio aprendizado. Porém, a realidade das escolas, principalmente as escolas públicas, está muito distante do que seria algo ideal para um ambiente escolar. Infelizmente, muitas vezes, escolas públicas se assemelham mais ao que podemos chamar de “prisões” do que propriamente de um ambiente escolar. Existe um alto isolamento entre os espaços internos e externos. Notamos a presença de muitas grades por todos os lados; um grande número dessas escolas não possuem espaços de convívio confortáveis, áreas verdes ou espaços de recreação, e, quando existem, encontram-se em estado bastante precário. Até mesmo o mobiliário escolar, muitas vezes, encontram-se em péssimo estado. Nos deparamos com carteiras e cadeiras quebradas, ventiladores quebrados, ausência total de ar condicionado nas salas de aula, dentre várias outras problemáticas. Segundo Buitoni (2009 p.12)

áreas de acesso, no pátio, nas janelas. Na lógica de funcionamento dessas escolas, as grades servem para separar a circulação de pais, de alunos e de professores, isolando os espaços que não devem ser acessados por uns ou por outros. Ao invés de fazer um convite à entrada da população, a escola se isola da cidade por muros altos. O

crianças se assemelhava mais a uma prisão. As quadras esportivas eram praticamente “invadidas” pelos meninos do bairro, apesar da existência de campinhos de futebol na região.

É necessário entender que, no ambiente escolar, além da existência de práticas pedagógicas e de ensino adequadas para o bom aprendizado, é importante também que os espaços onde isso acontece sejam adequados e promova uma boa relação entre as crianças, que são seus principais usuários. A escola é um dos lugares onde o aluno passa maior parte do seu tempo durante a semana, e para que se construa uma relação de amor e bem estar entre o aluno e a escola é muito importante que, além de receberem um bom tratamento de professores e funcionários, identifiquem na escola um local no qual eles se sintam bem e felizes, e a arquitetura tem um papel fundamental nisso. Ninguém se sente bem, independentemente da idade, em um ambiente onde não exista o mínimo de conforto. Segundo Melatti (2004, p.11)


CONSTRUÇÃO DE ESPAÇO DE ENSINO

A arquitetura tem uma contribuição fundamental nesse campo. Com seu domínio sobre concepção de espaço e sobre a influência dos materiais, da natureza e das cores nas pessoas, o arquiteto poderá interagir com os demais profissionais envolvidos no processo de aprendizagem para criar um ambiente escolar agradável.

O objeto deste trabalho é o Projeto Arquitetônico para a Escola de Ensino Fundamental, que visa discutir a importância do ambiente escolar para a formação pessoal de crianças que precisam aprender a conviver desde cedo com o diferente da forma mais natural possível e que, necessitam encontrar no ambiente escolar não somente um local onde devem ir por obrigação ou por ordem dos pais, ou um espaço somente de aprendizado, mas um local que faz parte da vida delas, onde eles sentem prazer e alegria em estar; e que crianças que possuam deficiências e estudem ali e tenham o conforto e bem estar necessário para o melhor aproveitamento pedagógico. Uma questão que vem sendo muito discutida nos últimos anos é a do quão importante é existir desde a infância a relação dos diversos tipos de pessoas em um mesmo ambiente sem que diferenças físicas possam barrar ou impedir o convívio social de crianças deficientes com as outras e, nem distanciar do ambiente escolar pessoas com deficiência.

Partindo do assunto Arquitetura Escolar, que está inserido na área de Projeto de Arquitetura, o tema definido para o trabalho foi a Escola de Ensino Fundamental, tendo como recorte temático mais especifico o Projeto de uma Escola Pública de Ensino Fundamental. Esta escolha do tema visa discutir a importância do ambiente escolar para a formação pessoal de crianças que precisam aprender a conviver desde cedo com o diferente da forma mais natural possível e que, necessitam encontrar no ambiente escolar não somente um local onde devem ir por obrigação ou por ordem dos pais, ou um espaço somente de aprendizado, mas um local que faz parte da vida delas, onde eles sentem prazer e alegria em estar.

O interesse pelo assunto escolhido surgiu através da vivencia pessoal com escolas públicas durante grande parte da vida acadêmica (até o final do Ensino Médio, mais especificamente) e, da observação do quanto esses espaços são mal projetados e inadequados para permanência e aprendizado de qualquer jovem, inclusive de crianças, uma vez que se entende o quanto o ambiente escolar é importante nessa fase da vida. Ainda hoje, grande número das escolas não possuem estrutura física para atender necessidades de crianças com deficiências, principalmente as públicas. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), na NBR 9050/14 – Decreto n. 5296/04 – Leis n. 10 048/00 e n. 10 098/00 define o conceito de acessibilidade da seguinte forma: I - Acessibilidade: condição para utilização, com segurança e autonomia, total ou assistida, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos serviços de transportes e dos dispositivos, sistemas e meios de comunicação e informação, por pessoa portadora de deficiência ou mobilidade reduzida.

O tema acessibilidade e inclusão para deficientes (não somente aqueles com mobilidade reduzida, mas também com deficiências visuais e sonoras) na arquitetura e, mais especificamente, na arquitetura escolar vem sendo largamente discutido e pensado nos últimos anos; existem inclusive diversas leis acerca deste tema, que só reforça sua importância. O trabalho de investigação aqui proposto trata da busca, através de pesquisas bibliográficas, por diferente técnicas e métodos construtivos, materiais e tecnologias disponíveis no mercado para serem aplicados ao projeto promovendo a acessibilidade e conforto aos espaços na escola, e desta maneira torna-los também mais atrativos a criança, para que ela sinta dessa maneira mais desejo de estar na escola.

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INTEGRANDO ESPAÇOS E PESSOAS ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO

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Conforme a legislação a acessibilidade é um direito e condição que deve assegurar e assistir qualquer pessoa, seja em edificações, meios de transporte e comunicações e até mesmo nos mobiliários. É cabível falarmos aqui brevemente também sobre as chamadas Ajudas Técnicas, que segundo a NBR 9050/14 – Decreto n. 5296/04 – Leis n. 10 048/00 e n. 10 098/00 definem que: Consideram-se

ajudas

técnicas

os

produtos,

instrumentos, equipamentos ou tecnologia adaptados ou especialmente projetados para melhorar a funcionalidade da pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida, favorecendo a autonomia pessoal, total ou assistida.

As ajudas técnicas podem ser então consideradas um exemplo dos vários avanços que a acessibilidade vem ganhando ao longo dos anos, uma vez que sabemos o quanto as pesquisas vem se avançando com o crescimento de pesquisas e produção de próteses e diversos outros produtos que contribuem para a autonomia da pessoa com deficiência. Infelizmente na prática a teoria não é muito levada em consideração, isto ocorre em todas as modalidades que deveriam ser atendidas pela acessibilidade. Nas nossas escolas não é diferente, mesmo com todos os avanços de pesquisas e legislações, grande número ainda são incapazes de atender satisfatoriamente crianças deficientes e com mobilidade reduzida. Segundo Ribeiro (2011 p.81): “O conceito de acessibilidade foi sendo modificado e ampliado. Mas é conveniente lembrar que os avanços são mais visíveis nas leis do que nos espaços escolares.” Para esclarecer e ilustrar mais ainda essa problemática, Fiegenbaum (2009, p.03) afirma que:

Apesar da existência de uma série de leis, em diferentes níveis de governo, ainda se esperam muitas melhorias. Percebe-se, muitas vezes, que pouco tem acontecido e que mudanças simples que

permitem, por exemplo, a acessibilidade dos alunos com alguma desvantagem à escola ou aos demais ambientes que possibilitem seu crescimento, não são realizadas.

São muitas as problemáticas ligadas a arquitetura e a acessibilidade nas escolas, estas problemáticas são físicas e construtivas e também ligadas aos métodos educacionais desenvolvidos na instituição. Percebemos sem grandes dificuldades o quanto as edificações escolares são falhas, muitas delas não possuem rampas, elevadores, banheiros acessíveis, pisos táteis, passagens e corredores com dimensões suficientes para uma cadeira de rodas, sinalizações táteis e sonoras, sistemas brailes e sensoriais para pessoas com deficiências visuais e sonoras, mobiliário com ergonomia, etc. E essas problemáticas não existem somente em termos de acessibilidade, mas de uma forma geral no ambiente escolar. As escolas como um todo são mal projetadas. Outra grande problemática referente a acessibilidade no ambiente escolar diz respeito ao próprio censo comum que se desenvolve ali, uma vez que, quando se trata de pessoa com deficiência a gestão pensa apenas no cadeirante e que o uso de rampas resolve todo o problema. Segundo Ribeiro (2011, p.86) “Ao abordarmos o eixo acessibilidade verificamos que o foco volta-se, em geral, para a construção de rampas. No imaginário popular, essa questão se reporta apenas ao cadeirante.”


CONSTRUÇÃO DE ESPAÇO DE ENSINO

Podemos finalizar esta apresentação reafirmando sobre o quanto o cenário brasileiro até os dias de hoje é ainda muito precário no que diz respeito ao ambiente escolar público. Escolas, principalmente públicas, não possuem estruturas físicas adequadas para proporcionar conforto para as crianças, inclusive crianças com algum tipo de deficiência, e isso as exclui cada vez mais do convívio social com outras pessoas e as distanciam de algo que lhes é de direito, que é o acesso à educação. E é diante disto que visa-se a elaboração do Projeto de uma Escola de Ensino Fundamental Publica que seja capaz de atender qualquer tipo de criança, sem restrições, mostrando como a arquitetura é capaz de promover em inúmeros aspectos a acessibilidade e o conforto que as escolas precisam, e o quanto isto é possível.

PROBLEMÁTICA Como um Projeto Arquitetônico pode tornar a escola um lugar mais atrativo e confortável para crianças e adolescentes e como isto pode contribuir positivamente para o aprendizado das mesmas.

OBJETIVOS O objetivo principal deste trabalho é Projetar uma Escola Pública de Ensino Fundamental que atenda todas as necessidades relacionadas ao Conforto, de forma que o espaço escolar se torne um lugar mais atrativo e familiar para os usuários. Os objetivos específicos são: • Aplicar no Projeto Métodos Construtivos, Materiais, e Tecnologias indicados para ambientes escolares para que os espaços de aprendizado sejam mais atrativos aos alunos e ajudem no aprendizado e fixação do conhecimento; • Descrever sobre necessidades espaciais e psicológicas de crianças e leva-las sempre em consideração na concepção do Projeto; • Identificar o Programa de Necessidades necessário em uma Escola de Ensino Fundamental para aplica-los e distribui-los no terreno escolhido para implantação da Escola.

JUSTIFICATIVA O ambiente escolar tem grande influência na vida e na formação pessoal de crianças e adolescentes. É no ambiente escolar que se adquire grande parte do conhecimento que vai ser levado por toda a vida, e é neste mesmo ambiente que as crianças começam a produzir suas primeiras relações com outras pessoas. É ali que surgem as primeiras amizades, vários dos primeiros conflitos e dificuldades, e também várias das primeiras lições de vida que vão além do aprendizado de matemática ou conhecimentos gerais, por exemplo, mas aprendizados e lições morais, de respeito e de como conviver em sociedade.

É na escola que as crianças passam grande parte do seu tempo, e é de extrema importância que esse ambiente consiga proporcionar para os alunos, seus principais usuários, conforto, prazer e bem estar de estarem ali e de irem para a escola. Porém, grande parte das mesmas, principalmente as escolas públicas, não conseguem proporcionar esse bem estar aos seus alunos, e o fato de serem mal projetadas e resolvidas arquitetonicamente contribuem diretamente para essa relação ruim entre os alunos e a escola. Muitas das vezes o ambiente escolar é algo sombrio, sem grandes atrativos para seus alunos. As instalações são precárias, as áreas de convívio são inexistentes, o mobiliário se encontra em péssimo estado na maioria dos casos. No que se trata de conforto ambiental é notável também um grande descaso, é quase impossível encontrar nas escolas algo que remeta a iluminação ou ventilação natural. As aberturas muitas vezes não estão posicionadas de forma favorável, fazendo com que muitas vezes sejam colocadas cortinas para barrar a incidência do sol, o que faz com que as salas de aula fiquem com temperaturas mais altas. Por sua vez, a ventilação também é precária; em 11 anos frequentando escolas públicas nunca presenciei em nenhuma sala de aula a presença de ar condicionado; os ventiladores muitas vezes não funcionam também, e as carteiras e cadeiras além de serem de material desconfortável, muitas vezes também se encontram quebradas ou com algum defeito.

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INTEGRANDO ESPAÇOS E PESSOAS ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO

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Banheiros e refeitórios muitas vezes também são desconfortáveis, e as vezes faltam lugares, durante o intervalo, para que os alunos sentem-se ou permaneçam com seus colegas. Dessa maneira, diante de tantas problemáticas e deficiências que podemos notar no ambiente escolar, e também pelo fato de entendermos o quanto a Escola é importante na vida de crianças e adolescentes que a frequentam, resolveu-se então, através deste trabalho, realizar o Projeto de uma Escola Pública de Ensino Fundamental, tendo por objetivo que, essa escola seja o contrário da realidade de muitas escolas que já existem hoje. Uma escola que seja um referencial, e que não apresente essas mesmas problemáticas apresentadas anteriormente, dentre tantas outras que presenciamos nos ambientes escolares públicos. Optou-se por este tema também pela vivencia pessoal e direta, durante muitos anos em escolas públicas e, por conhecer e entender o quanto essas deficiências nas instalações físicas das escolas prejudicam e atrapalham até mesmo no aprendizado conclui-se que um projeto arquitetônico bem fundamentado e bem resolvido pode melhorar fortemente a relação do aluno com a escola e, consequentemente, no seu aprendizado. A arquitetura possui um grande poder de mudança no ambiente escolar, em vários aspectos.

PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS Sabemos que Métodos são os meios pelos quais nos utilizaremos para o desenvolvimento da nossa pesquisa. Dessa maneira, iremos citar aqui quais foram os métodos eleitos então para nortear os processos e desenvolvimento do nosso trabalho. Inicialmente podemos citar a Pesquisa Bibliográfica. Ela foi um dos métodos principais da nossa pesquisa inclusive. Com base na pesquisa bibliográfica é que foram definidos os conceitos que são necessários serem conhecidos e abordados no trabalho. É através dela também que grande parte dos dados foram recolhidos para que posteriormente tenham sido utilizados na construção do projeto. Anteriormente, através da pesquisa bibliográfica eles foram apresentados e contextualizados em nossa pesquisa, e hoje aplicados de alguma forma mais pratica em nosso Projeto.

Outro procedimento que também foi utilizado para o desenvolvimento de nossa pesquisa foi o Levantamento. Pesquisa observacional também foi realizada. O intuito foi o de observar crianças com deficiências no seu dia a dia, e se possível até mesmo essas mesmas crianças e como elas se comportam, no ambiente escolar. Conhecer suas ações espontâneas e involuntárias, apenas como observador também nos deu informações muito relevantes para o desenvolvimento da pesquisa e do projeto. Visitas técnicas também foram realizadas. Foram levantadas algumas escolas de Ensino Fundamental para serem visitadas, e nessas mesmas visitas foram realizadas as pesquisas observacionais. Para a realização do Projeto foram utilizados alguns Softwares, principalmente o AutoCAD e ArchiCAD. O primeiro para elaboração do Projeto 2D e o segundo para criação da Maquete Eletrônica (Perspectivas) Estudos a mão (croquis) e maquetes físicas também foram desenvolvidas durante o trabalho para estudos e auxilio até a concepção do Projeto final.


01. O A M B I E N T E D E

E N S I NO

" Comecemos pela escola, se alguma coisa deve ser feita, a primeira coisa ĂŠ forma-los. "


D E A M B I E N T E

O conhecimento, o saber e os costumes, desde os tempos antigos, sempre foram repassados de alguma maneira para as pessoas, partindo dos mais antigos (pais, avós, bisavós) para os mais novos. Durante centenas de anos, qualquer aprendizado que se assemelhe ou lembre de alguma maneira a escola dos dias atuais, era praticado na própria casa de quem o recebia, e não era algo ao alcance de qualquer pessoa. Somente filhos de famílias abastadas tinham professores e aulas em casa, e esses jovens eram, muitas das vezes homens; nem mesmo as mulheres de famílias abastadas tinham esse direito do conhecimento. Com o passar do tempo, através de muitas revoluções, a evolução na sociedade, em vários aspectos, começou a acontecer, e o acesso à educação e ao conhecimento aos poucos foi se tornando um bem comum, de direito de todas as pessoas, sem exceções de raça, cor ou classe social. Segundo Kowaltowski (2001, p. 16) A escola, como instituição de ensino atualmente conhecida, é o resultado de um longo processo histórico, cuja evolução pode explicar o modelo

E essa mesma realidade se estende até os dias atuais. O acesso à Educação e ao conhecimento é um direito de todos, desde a infância, e esse mesmo ensino, diferentemente dos tempos antigos, onde eram praticados através de aulas particulares e, corriqueiramente no ambiente residencial, de alguns séculos atrás até os dias atuais passou a ser exercitado no ambiente Escolar. No Brasil esses espaços escolares começaram a ser implantados e regulamentados a partir do século XIX, segundo a Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE). Historicamente falando o Período Escolar no Brasil é dividido em 4 Fases. A primeira fase diz respeito as primeiras construções escolares no Brasil, caracterizada pelo período do final do século XIX até 1920; tinham impressas em si o estilo neoclássico, que transformava essas escolas em grandes prédios monumentais e imponentes. E as propostas educacionais eram embasadas nos sistemas pedagógicos franceses. Vale citar também, no que diz respeito a essa primeira fase da educação brasileira que prevalecia a separação entre os sexos nos espaços, meninos e meninas não podiam se juntar, nem mesmo em horário de intervalos.

aplicado. A educação é vista como a transmissão de valores e o acumulo de conhecimento de uma sociedade. Portanto, a história da educação também é a história de uma sociedade e seu desenvolvimento cultural, econômico e político. A origem etimológica da palavra educação – “trazer à luz a ideia”, “conduzir para fora” -, ou seja, dar a possibilidade de expressão de

O

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E N S I N O

INTEGRANDO ESPAÇOS E PESSOAS ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO

conteúdo internos individual e socialmente construídos, desmistifica o caráter impositivo e unilateral que se possa dar ao processo educativo.

Imagem 01: Escola Modelo da Luz, Av. Tiradentes, São Paulo (1987), arquiteto Ramos de

Azevedo. Fonte: Arquitetura Escolar – o projeto do ambiente de Ensino


CONSTRUÇÃO DE ESPAÇO DE ENSINO

16 A Segunda Fase existiu em um período que foi de 1921 até a década de 1950. Nesta Segunda Fase, por influencias de outros acontecimentos no pais, como a Semana de Arte Moderna de 1922 e a Revolução de 1930, algumas características na arquitetura escolar também receberam transformações. Nessa fase já não existia mais separação entre os sexos; a implantação apresentava uma formulação mais flexível, com uso de pilotis deixando o térreo livre para proporcionar mais espaços de recreação. Em relação ao estilo desses edifícios era o Moderno e, neste momento passou-se a se importar bastante com a questão de salubridade dos espaços, buscando implantar na escolas salas mais amplas, arejadas e com grandes aberturas. Buscava-se também neste momento uma maior integração entre interno e externo.

A Terceira Fase implica em um período que foi de 1960 a 1990. Neste período, o Estilo Moderno ainda era bastante expressivo nessas construções. Esses prédios começaram a aplicar neste momento novos sistemas construtivos, como os préfabricados por exemplo. Em se tratando de táticas pedagógicas, começou-se a especificar e detalhar melhor as questões ligadas a pratica do Ensino, como caracterização dos estudantes por faixa etária, os currículos a serem adotados, a funcionalidade e flexibilidade dos espaços escolares; o conforto ambiental e a avaliação do clima e da ventilação também passaram a ter recomendações e especificações para serem respeitadas e aplicadas. Essas especificações eram padronizadas pelo FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação).

Imagem 02: Grupo Escolar Visconde Congonhas do Campo, projeto de José Maria da Silva Neves (1936) - Fonte: Arquitetura Escolar – o projeto do ambiente de Ensino

Imagem 03: Grupo Escolar de Itanhaém-SP. Projeto Vilanova Artigas e Carlos Cascaldi, ano 1959. Fonte: Arquitetura escolar paulista-restauro. São Paulo: FDE, 1998, p.33


INTEGRANDO ESPAÇOS E PESSOAS ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO

18

A Quarta e última fase teve início no fim do século passado, em 1990 e caracteriza as construções escolares até os dias atuais. As edificações apresentam uma característica bastante padronizada na grande parte dos Estados. Em São Paulo predominam nas edificações construções de 3 pavimentos, fechamentos de alvenaria, elementos vazados, adaptação a topografia original, construções pré-fabricadas, dentre outros aspectos bem característicos das escolas contemporâneas, que imprimem nelas uma identidade nítida e de fácil identificação. Outra característica interessante é que neste momento da Educação, muitos Centros Educacionais além da Educação Básica (Ensino Fundamental e Médio) apresentam também em sua base pedagógica o Ensino Técnico e profissionalizante.

1.1.

A

IMPORTANCIA

DA

ESCOLA

NA

E

DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA “A Educação modela as almas e recria os corações. Ela é a alavanca das mudanças sociais.” – Paulo Freire.

O ambiente escolar exerce grande influência na criança e no seu comportamento. É neste ambiente que a pessoa começa a ter suas primeiras experiências de vida, seus primeiros contatos e relacionamentos fora do convívio familiar. São inúmeras crianças e jovens convivendo juntos em um mesmo espaço, o que torna o convívio com um número grande de diferentes pessoas algo cada vez mais comum para elas. Segundo Carvalho (2008, p.19) A educação de uma criança se inicia no convívio

familiar e depois passa a ser dividida com a escola, que participa cada vez mais precocemente do processo educacional. Entre outros fatores isso vem ocorrendo devido às mudanças no estilo de vida em que pai e mãe compartilham o dever de prover, subtraindo seu tempo dedicado ao lar. Outro fator importante para o ingresso precoce na escola, é a

conscientização geral de que escola é benéfica e necessária além de ser um direito da criança para seu desenvolvimento como ser humano

Imagem 04: Colégio Otoniel Motta – Ribeirão Preto. Fonte: Autoria do Projeto.

FORMAÇÃO

E esse mesmo espaço escolar além de interferir diretamente no comportamento e desenvolvimento da criança, arquitetonicamente falando, também possui a capacidade de influenciar até mesmo aprendizado e fixação dos conteúdos pelos usuários. Quanto mais adequado, confortável e agradável, mais a criança se sentira a vontade de estar ali e isso ajudará na fixação do seu conhecimento. Segundo Buitoni (2009, p.45 Apud Lima 1986 – 1989)


CONSTRUÇÃO DE ESPAÇO DE ENSINO

Todo o espaço que

possibilite e

estimule

positivamente o desenvolvimento e as experiências do viver, do conviver, do pensar e do agir consequente, é um espaço educativo. Portanto, qualquer espaço pode se tornar um espaço educativo, desde que um grupo de pessoas dele se aproprie, dando-lhe este caráter positivo, tirandolhe

o

caráter

negativo

da

passividade

e

transformando-o num instrumento ativo e dinâmico da ação dos seus participantes, mesmo que seja para usá-lo como exemplo critico de uma realidade que deveria ser outra.

A escola também, por ser um dos primeiros lugares que a criança frequenta com mais frequência além da sua própria casa, tem uma influência social sobre o indivíduo. É ali que eles tem seus primeiros contatos em sociedade e aprendem como lidar com o próximo, com as diferenças e como respeitar e entender os espaços e limites do outro. Entra ai então também valores morais que, acabam sendo, de alguma forma adquiridos e vivenciados em primeira instancia no ambiente escolar também. Segundo Elali (2003 apud Lima, 1989): “A escola é considerada um dos principais elementos do ambiente social da criança, devido ao importante papel na formação infantil.” A escola acaba tendo, além da função educativa, também uma função social, de preparação e moldura dos futuros cidadãos da sociedade. Segundo Carvalho (2008, p. 40): “Mais do que um lugar onde as crianças aprendem a ler e escrever, a escola pode ser o lugar onde também se forma o caráter do futuro cidadão, que respeita e sente orgulho do pais onde nasceu.” Através deste argumento, percebemos que a escola muitas vezes acaba tendo aqui mais uma função, a cívica, na vida do estudante.

A escola é um espaço onde crianças e adolescentes tem suas primeiras experiências de vida. Para que essas experiências sejam positivas é necessário que vários fatores em conjunto se comuniquem e funcionem em harmonia; é necessário que as técnicas pedagógicas sejam adequadas, é necessário que o funcionamento da escola seja organizado, é necessário que haja uma boa convivência e relação entre alunos e funcionários e, é necessário que os espaços arquitetônicos também sejam bem resolvidos. Segundo Beltrame e Moura (2016, p.02) A busca da harmonia entre o usuário e o ambiente

é uma questão que deve ser cuidadosamente relacionada, pois deve haver uma interação entre espaço

físico,

comportamento

atividades humano.

pedagógicas Dessa

forma,

e é

necessário que os projetos de escolas pensem edificações que possam ser modificadas ao longo dos anos, além de considerar o conforto ambiental: as condições térmicas, luminosas e acústicas que resultam em variações climáticas comprometendo o bem estar e o aproveitamento didático dos alunos que estejam nesses ambientes.

19


INTEGRANDO ESPAÇOS E PESSOAS ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO

20

1.2. DESEMPENHO E CONFORTO NO AMBIENTE ESCOLAR A qualidade dos espaços escolares é de grande importância no desempenho e aprendizado das crianças. Existem algumas diretrizes que devem ser seguidas para proporcionar ao ambiente escolar o desempenho e conforto que eles necessitam. Aspectos térmicos, acústicos, visual e funcional estão diretamente ligados com o conforto. Segundo Kowaltowski (2001, p. 98): “Essas características são discutidas no programa escolar pois as pesquisas desenvolvidas na área demonstram a relação entre desempenho acadêmico e os elementos arquitetônicos dos ambientes de ensino.” Em relação aos aspectos térmicos e visuais podemos dizer que eles estão intimamente ligados com o tamanho das aberturas, a iluminação natural, cores de teto e paredes, material e cor dos pisos, etc. A funcionalidade dentro dos espaços também é fundamental; é necessário que os ambientes sejam bem pensados e dimensionados para que não sejam construídos espaços desnecessários e sem utilidade nas escolas. Segundo Kowaltowski (2001, p. 99): “[...] escolas menores são um lugar mais seguro para estudantes, criam um ambiente positivo e mais desafiante, tem poucos problemas de disciplina e dão maior satisfação as famílias dos estudantes.” A acústica também deve ser muito bem estudada na hora de projetar o espaço escolar, uma vez que ela é um dos aspectos mais importantes ligados ao conforto. Em áreas urbanas bastante movimentadas, como aquelas localizadas próximas a grandes vias, por exemplo, também precisam de um tratamento especial. A quantidade de alunos por sala também interferem diretamente na acústica. É necessária uma avaliação cuidadosa desses aspectos para propor as soluções.

1.2.1

FUNCIONALIDADE

NO

AMBIENTE

ESCOLAR A funcionalidade dos espaços escolares está intimamente relacionado com as dimensões dos mesmos. Segundo Kowaltowski (2001, p. 107) Para o ensino fundamental, recomenda-se no mínimo 1,50 m² por aluno em sala de aula comum, com ensino tradicional, e uma lotação máxima de 30 alunos por professor. As salas de aula devem ter formato e dimensões que permitam arranjos variados das carteiras e mesas, para atividades de ensino como trabalhos individuais, em pequenos grupos ou em conjunto [...] Teoricamente, pode-se

relacionar a funcionalidade de uma escola aos aspectos do dimensionamento dos ambientes, do equipamento e mobiliário e a sua adequação às atividades desenvolvidas, ou ao número suficiente e à variedade de ambientes disponíveis para atender a especificidade das atividades para o nível de ensino.

Segundo Kowaltowski é necessário que o relacionamento entre ambientes atenda aos acessos e fluxos de usuários de forma eficiente, com orientação clara para os usuários. A questão da acessibilidade também é fundamental no que se trata da funcionalidade do espaço. As normas e diretrizes relacionados a acessibilidade estão explícitos na NBR 9050.


CONSTRUÇÃO DE ESPAÇO DE ENSINO

1.2. CONFORTO ACUSTICO A acústica é um dos pontos mais importantes em se tratando das salas de aula. Devem ser consideradas com muita responsabilidade por terem uma interferência real no processo de aprendizagem. É necessário que alunos e professores consigam se comunicar sem que haja falhas nessa comunicação, que muitas vezes é atrapalhada por ruídos e barulhos externos. Segundo Kowaltowski a qualidade interna está ligada a geometria do espaço, à absorção sonora e à potência e localização das fontes sonoras. O meio externo e os ruídos gerados por ele também interferem na qualidade sonora interna dos espaços, desta maneira é necessário que seja feito um bom trabalho de vedação e que as aberturas tenham um bom isolamento.

A Legislação que regulamenta e direciona as questões ligadas ao Conforto Acústico nas edificações é a NBR 10151. É interessante citar aqui quais são as principais etapas do projeto que devem levar em conta a questão da acústica, e, segundo Souza, Almeida e Bragança (2006) eles são: seleção do local, integração e verificação do impacto no entorno urbano; implantação do edifício; escolha da forma do edifício e sua relação com as edificações adjacentes; distribuição dos espaços internos do edifício; escolha da forma dos espaços internos; escolha das soluções construtivas; escolha dos materiais; detalhes construtivos.. Algumas avaliações nos ambientes escolares brasileiros tem mostrado que os níveis de desempenho acústico tem sido muito baixos, e segundo Kowaltowski uma maneira de obter melhoria na acústica de salas de aula é a transferência de parte da absorção do som, do forro para as paredes e manter a região central do teto sem revestimento, a fim de favorecer a reflexão da voz do professor na direção do fundo da sala.

21 Essa dentre outras várias técnicas para melhoramento acústico dos ambientes escolares (que talvez não seja pertinente se estender neste tópico do trabalho), como dito anteriormente, podem ser facilmente visualizados e consultados na NBR 10151, e vale ressaltar que essa mesma norma será utilizada para aplicação dessas normas no Projeto da futura Escola. Vale ressaltar também que os resultados de pesquisas feitas nos últimos tempos em relação a Conforto Acústico nas escolas mostram que é necessário uma maior conscientização em relação a isso por parte da autoria do Projeto, já que muitas vezes não é considerado na fase inicial do Projeto.

1.2.3 CONFORTO TÉRMICO O conforto térmico dentro do espaço é algo de extrema importância, uma vez que sabemos que uma das funções do espaço é atender bem os usuários e promover o seu bem-estar; muitas vezes apenas conhecer o clima local não é o suficiente para produzir um espaço suficiente confortável termicamente. Segundo Kowaltowski, para produzir uma arquitetura adaptada ao clima são necessários alguns conhecimentos específicos; o ambiente físico consiste de diversos elementos inter-relacionados, como a luz, o som, o clima e os indivíduos. Os parâmetros para a avaliação térmica de um ambiente são: temperatura do ar; temperatura radiante; ventilação e troca de ar; exposição à radiação solar; umidade relativa; presença de superfícies muito aquecidas; paredes expostas à radiação solar direta ou coberturas sem a resistência térmica adequada; mofo e deterioração de materiais construtivos. Esses parâmetros e outras normas para proporcionar aos ambientes conforto térmico necessário e adequado estão presentes na NBR 15220-3, e como as outras normas citadas neste trabalho até agora, essa também será utilizada e consultada para concepção do projeto


INTEGRANDO ESPAÇOS E PESSOAS ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO

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1.2.4 CONFORTO VISUAL Vale ressaltar aqui que, segundo Kowaltowski, para melhoria do Conforto Térmico no ambiente escolar é interessante que o entorno do prédio receba um projeto paisagístico. A distribuição de arbustos e arvores, e o cultivo de uma horta no terreno e pátio da escola podem amenizar as condições térmicas no calor. Para as avaliações térmicas de ambientes escolares, observam-se os seguintes elementos: de sombra-cortinas, persianas, brises externos, edificações no entorno, vegetação; de ventilação- janelas abertas e em proporção, portas abertas, elementos vazados, ventilação cruzada; tipo de ventilador- de teto ou parede, móvel ou fixo, ligado ou desligado; existência de mofo- em que local; reflexão dos raios solares nas superfícies vizinhas- grama, piso de cimento, paredes, brises, etc.; medições dos parâmetros ambientais. Outras diretrizes também são recomendáveis para propiciar maior Conforto Térmico. São elas: • Ambientes de estudo e trabalho com temperaturas em torno de 23°C • Boa ventilação cruzada na altura das pessoas sentadas • Áreas de vidro não orientadas para leste ou oeste • Aberturas que recebem insolação direta devem ter proteção solar em forma de beiral e brise • As construções devem privilegiar os materiais cerâmicos e cores claras nas superfícies externas • Colocação de um isolamento térmico abaixo do telhado , ou como camada extra de material especifico encima do forro existente • Sombreamento das paredes com generoso beiral de telhado, ou áreas avarandadas.

Segundo Alvarez (1995), o conforto visual é importante para a saúde e a produtividade das pessoas, principalmente em edifícios educativos, por seu uso diurno e pelo tipo de função realizada. A maioria das atividades desenvolvidas em sala de aula demanda percepção visual adequada, o que depende, necessariamente, de luz em quantidade suficiente e com qualidade. É necessário entender também que, em se tratando de Conforto Visual, a quantidade de luz deve ser a suficiente, nem a mais e nem a menos que o necessário, para assegurar que não haja um desconforto visual.

Como todos os outros elementos envolvidos no Conforto visto até agora neste trabalho, para o conforto visual também existem parâmetros e legislações para se seguir. A NBR 5413 é uma delas, que especifica a Iluminância de Interiores para cada ambiente em que se desenvolvem atividades educacionais.


02. ESPAÇOS ESCOLARES DE REFERENCIA

“ As escolas, fazendo que os homens se tornem verdadeiramente humanos, são sem duvidas as oficinas da humanidade.”


R E F E R E N C I A S

24

P R O J E T U A I S

INTEGRANDO ESPAÇOS E PESSOAS ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO

1

As Leituras Projetuais são um instrumento de muita importância e relevância para futuramente conceber o Projeto. 3 Projetos foram eleitos para fazer essas Leituras Projetuais, e consistem em 3 Projetos de Escolas Estudais do FDE. Esses projetos foram escolhidos pela semelhança e proximidade que eles tem com o Projeto da nossa futura Escola, que também será uma Escola Estadual do FDE. Essas Leituras apresentarão a Ficha Técnica do Projeto e Apresentação do mesmo; Localização, Relação da Escola com o Lugar/ Entorno em que está inserido; Sistema Construtivo, Materialidade, O Programa de Necessidades em si, a Circulação e, por fim, como funciona a Iluminação e Ventilação nos Projetos. Os projetos escolhidos foram: A ESCOLA ESTADUAL DOUTOR TELEMACO PAIOLI MELGES, em Campinas, do Grupo UNA Arquitetos; a segunda referencia é a ESCOLA ESTADUAL SELMA MARIA MARTINS CUNHA, em Votorantim, do GRUPO SP Arquitetos e a terceira é a Escola PARQUE DOURADO V , do APAIACAS ARQUITETOS.

2

3


CONSTRUÇÃO DE ESPAÇO DE ENSINO

ESCOLA EM CAMPINAS – UNA ARQUITETOS

APRESENTAÇÃO Este projeto integra um PROGRAMA PILOTO DO FDE para construção de escolas em SISTEMAS ESTRUTURAIS DE CONCRETO PRÉ-MOLDADO. A proposta foi elevar a qualidade dos projetos e, principalmente, da construção das escolas, a partir de um sistema estrutural em concreto pré-moldado. Definidos alguns parâmetros comuns , escritórios de arquitetura poderiam flexibilizar as soluções conforme as características dos terrenos e do programa. Um grupo piloto formado por quatro escritórios de arquitetura e três escritórios de engenharia, desenvolveu alguns parâmetros de referência, objetivando a maior sistematização possível das obras. Em tese, uma única construtora poderia montar as quatro escolas, todas localizadas numa mesma região de Campinas, a partir de um canteiro central equipado com uma única pista de pré-moldagem.

FICHA TECNICA Nome: Escola Estadual Doutor Telemaco Paioli Melges Local: Campinas, São Paulo Data do Início do Projeto: 2003 Data da Conclusão da Obra: 2004 Área do Terreno: 3.104,30 m² Área Construída: 3.779,56 m² Arquitetura: Cristiane Muniz, Fábio Valentim, Fernanda Barbara, Fernando Viégas (autores), Ana Paula de Castro, Apoena Amaral e Almeida, Jimmy Efrén Liendo Terán, José Carlos Silveira Júnior, José Paulo Gouvêa, Ricardo Barbosa Vicente, Sabrina Lapyda (colaboradores) Construção: Construtora Hoss Estrutura: Ruy Bentes Engenharia de Estruturas Instalações: Histec Instalações e Montagens Ltda Consultor de fundações: Cepollina Engenheiros Consultores Coordenador de projeto: Fde Mirela Geiger de Mello Coordenador de obra: Fde Nelson Geraldo de Paula Salles Fotografias: Nelson Kon, Carlos Kipnis

O Una Arquitetos foi um dos escritórios encarregados de projetar uma dessas escolas, destinada ao ensino médio (alunos entre 14 e 17 anos), num grande conjunto habitacional na periferia de Campinas. O terreno bastante exíguo e com duas esquinas definiu a IMPLANTAÇÃO COMPACTA E VERTICAL. Os dois acessos correspondem às duas esquinas e são marcados pelas frestas que descolam o volume das empenas laterais. A quadra coberta foi incorporada no topo do edifício, permitindo que a quase totalidade do térreo fosse LIBERADA PARA AS ÁREAS DE CONVÍVIO (coberta e descoberta) e jardins. Os muros de divisa também foram, de certa forma, assimilados pela arquitetura e acabam participando da volumetria do conjunto. A planta tipo é organizada a partir de um corredor central articulado com escadas nas duas extremidades, permitindo um sistema de circulação bastante fluido. O fechamento das laterais da quadra, feito com uma veneziana plástica translúcida, foi estendido para a face das salas de aula em forma de quebra-sol. Pôde-se assim conformar um grande volume translúcido durante o dia e iridescente durante a noite, importante referência em meio à vasta homogeneidade do conjunto habitacional.

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INTEGRANDO ESPAÇOS E PESSOAS ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO

ESCOLA EM CAMPINAS – UNA ARQUITETOS

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LOCALIZAÇÃO  Localiza-se a Rua Elza Monnerat esquina c/ a rua Antônio Fagotto. Bairro TECHNO PARK, na Cidade de Campinas - SP

RELAÇÃO COM LUGAR Em se tratando da Relação que a Escola possui com o Local onde ela está inserida podemos perceber que esta localidade é, assim como a nossa área também, uma região mais simples da cidade, com uma população com característica de Renda Média-Baixa. Neste Entorno percebe-se a presença de alguns edifícios residenciais com Tipologia CDHU – Moradias Populares, e também nota-se a presença de uma ampla área verde degradada, que teria uma grande utilidade para a população residente ali se fosse requalificada e bem aproveitada. Através de uma breve analise, através de imagens, deste Entorno podemos imaginar que, uma das razoes pelas quais este Local foi escolhido para Implantação deste Projeto por conta da demanda populacional que se expandiu ali através desses edifícios residenciais. Nota-se que esta Escola possui amplas aberturas; até mesmo através das duas escadas que ela possui nas extremidades e do elevador se faz uma relação da Escola com seu Entorno. Quem está na escola tem a possibilidade de enxergar e contemplar o exterior. MORADIAS POPULARES

ÁREA VERDE DEGRADADA

ÁREAS VERDES DEGRADADAS

MORADIAS POPULARES


CONSTRUÇÃO DE ESPAÇO DE ENSINO

ESCOLA EM CAMPINAS – UNA ARQUITETOS SISTEMA CONSTRUTIVO

 SISTEMA ESTRUTURAL DE CONCRETO PRÉ-MOLDADO  LAJES – VIGAS – PILARES – FUNDAÇÃO/ESTRUTURA  SISTEMA ESTRUTURAL COM PEÇAS PRE MOLDADAS PARA AGILIDADE E MAIOR RAPIDEZ NA EXECUÇÃO DA OBRA. ALÉM DE MAIOR LIMPEZA NA OBRA TAMBÉM

Uma estrutura feita em concreto pré-moldado é aquela em que os elementos estruturais, como pilares, vigas, lajes e outros, são moldados e adquirem certo grau de resistência, antes do seu posicionamento definitivo na estrutura. Por este motivo, este conjunto de peças é também conhecido pelo nome de estrutura pré-fabricada. Estas estruturas podem ser adquiridas junto a empresas especializadas, ou moldadas no próprio canteiro da obra, para serem montadas no momento oportuno.9

MATERIALIDADE / ELEMENTOS DE FECHAMENTOS Em relação a Materialidade podemos perceber que predominam elementos em Concreto Pré-Moldado (o mesmo que constitui o sistema construtivo dessa edificação). Os autores do Projeto tem também uma grande intenção de manter uma relação entre o interno e o externo; buscam estabelecer uma “transparência” nos elementos para proporcionar essa visão ampla de todo o conjunto. Para que essas intenções projetuais fossem alcançadas foram utilizadas amplas aberturas e elementos de fechamentos mais transparentes nas extremidades da edificação. Além do Concreto pré moldado, foi utilizado também nesta edificação em quantidades significativas estruturas metálicas e outros elementos metálicos em geral (como na composição de guarda corpos, elementos de fechamentos, corrimão de escada, por exemplo). Possivelmente, em se tratando dos elementos de fechamento, foram utilizadas algumas divisórias em gesso e as paredes principais do conjunto são em alvenaria. As aberturas são em sua maioria de vidro e metal (janelas).

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INTEGRANDO ESPAÇOS E PESSOAS ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO

PROGRAMA + CIRCULAÇÃO - ACESSOS

ESCOLA EM CAMPINAS – UNA ARQUITETOS

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Em se tratando do Programa, nesta Escola ele está distribuído em 4 Pavimentos – Térreo +3. O Térreo caracteriza-se por ser um Piso mais Publico, com atividades mais voltadas para Vivencia e Convívio; e possui alguns espaços mais privativos, de Administração e Serviço. Este Térreo como podemos ver na Planta abaixo um grande Pátio voltado para uma ampla área de Jardim para os alunos conviverem durante momentos de intervalos. Uma boa parte deste pátio é uma área livre sustentada por pilotis. É no Térreo também localiza-se os Sanitários desta escola, não existindo banheiros nos demais Pisos; e em cada um dos dois sanitários existem a cabine acessível para deficiente. A circulação se dá através de Circulação Horizontal – um corredor central principal que distribui a circulação para os usos/ programas e, através de Circulação Vertical, que caracteriza-se pela presença de duas escadas localizadas nas

JARDIM/ ÁREA VERDE

extremidades da edificação e por um Elevador. Em se tratando de acessos existem dois portões de acesso principais

CAIXA D’ÁGUA ELEVADOR

LEGENDA PUBLICO/VIVENCIA

ESTACIONAMENTO

PRIVADO/ADMINISTRAÇÃOSERVIÇO

RUA ELZA MONNERAT

CIRCULAÇÃO VERTICAL CIRCULAÇÃO HORIZONTAL

PAVIMENTO TÉRREO

ACESSO A ESCOLA – VINDO DA RUA


CONSTRUÇÃO DE ESPAÇO DE ENSINO

ESCOLA EM CAMPINAS – UNA ARQUITETOS 1 PISO

CAIXA D’ÁGUA

1

2 PISO

PROGRAMA + CIRCULAÇÃO - ACESSOS

ELEVADOR

O Primeiro e Segundo Piso desta Escola concentram os espaços pedagógicos/salas de aula. São 17 salas de aula no total distribuídas nos 2 pisos. Em cada Piso existe também uma sala de Professores, provavelmente para proporcionar um apoio e amparo para os professores quando as aulas forem ministradas em um Piso ou em outro. Em se tratando da Circulação, assim como no Térreo, temos Circulação Horizontal e Vertical. A Horizontal caracterizada por um corredor central que distribui o fluxo e usuários para os seus espaços destinados, e, em se tratando de Circulação Vertical existem as duas escadas e o Elevador, que proporcionam o Acesso.

LEGENDA SEMI PUBLICO / PEDAGÓGICO PUBLICO/VIVENCIA PRIVADO/ADMINISTRAÇÃOSERVIÇO CIRCULAÇÃO VERTICAL CIRCULAÇÃO HORIZONTAL

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INTEGRANDO ESPAÇOS E PESSOAS ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO

PROGRAMA + CIRCULAÇÃO - ACESSOS

ESCOLA EM CAMPINAS – UNA ARQUITETOS

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3 PISO - QUADRA CAIXA D’ÁGUA

ELEVADOR

Diferentemente da grande maioria das escolas, a Quadra de Esportes e Educação Física deste Colégio foi implantada no 3 Piso da Construção, provavelmente para evitar uma dispersão e mal uso dela por parte dos alunos, que é o que geralmente acontece quando ela fica no Térreo, como ocorre em muitas escolas. CORTES ESCADAS

SEMI PUBLICO/PEDAGÓGICO PUBLICO/VIVENCIA PRIVADO/ADMINISTRAÇÃO-SERVIÇO CIRCULAÇÃO VERTICAL

ELEVADOR


CONSTRUÇÃO DE ESPAÇO DE ENSINO

ESCOLA EM CAMPINAS – UNA ARQUITETOS

ABERTURAS – ILUMINAÇÃO+VENTILAÇÃO

Como dito anteriormente neste trabalho, aberturas estão fortemente presentes neste Projeto, são amplas e em numero bastante considerável. Desta maneira podemos intuir que existe bastante iluminação e ventilação natural nos ambientes. Através do posicionamento dessas aberturas percebemos também uma provável ventilação cruzada. Utilizou-se para o estudo desse tópico a Planta do 1 Piso ( que é bastante semelhante a do segundo) e a Planta do 3 Piso, que também apresenta uma grande significância em se tratando das aberturas. Incidência da Luz (Sol).

1 PISO

Incidência da Luz (Sol).

1

Elementos de Fechamentos que assemelham-se com brises. Eles antecedem as aberturas da edificação e de certa forma barram um pouco a incidência do sol antes de entrar nos ambientes.

3 PISO - QUADRA

Portas

Janelas

Fechamentos/Brises

Ventilação Cruzada

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INTEGRANDO ESPAÇOS E PESSOAS ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO

ESCOLA PUBLICA EM VOTORANTIM – GRUPO SP

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FICHA TÉCNICA: Nome: E.E Selma Maria Martins Cunha •Arquitetos: Grupo SP •Ano: 2008 •Área construída: 3525 m² •Tipo de projeto: Educacional •Status: Construído •Materialidade: Vidro e Concreto •Estrutura: Concreto •Localização: Votorantim, São Paulo, Brasil •Implantação no terreno: Isolado Equipe: 1.Arquitetura: Grupo SP - Alvaro Puntoni, Jonathan Davies, João Sodré. 2.Colaboradores: Isabel Nassif e Rodrigo Ohtake Informação Complementar: 1.Estrutura: Zamarion e Millen Consultores S/S Ltda. e Projeto e Consultoria SC Ltda 2.Hidráulica / Eletrica: Sandretec LTDA 3.Construção: Construmik Comercio e Construção Ltda.

APRESENTAÇÃO A perspectiva de projetar em um terreno no limite da cidade possibilitou ensaiar estratégias de ocupação e organização de espaço que dificilmente são possíveis em lotes inseridos na cidade de São Paulo: um EDIFÍCIO ESPRAIADO E ABERTO PARA PAISAGEM. A escola foi implantada em um eixo perpendicular a rua no sentido da paisagem e está organizada em DOIS BLOCOS ARTICULADOS pela rampa que estabelece o vinculo entre ambos. Procurou-se privilegiar um percurso e as visuais decorrentes do movimento neste espaço. Desta forma as rampas abrem-se para visuais mais distantes, para a outra vertente do vale, aproveitando-se da situação topográfica original típica desta borda da cidade. Da rampa também se desfruta do espaço da quadra ou praça coberta de atividades. Do outro lado volta-se para o bairro e para cidade assim como para os espaços didáticos. O bloco didático, na face norte, esta implantado no alinhamento do terreno e abre-se para um bosque. Todas as salas de aula desfrutam de uma mesma vista, com exceção dos estúdios e biblioteca que se relacionam com lado interno do conjunto. No pavimento de acesso os blocos de serviços e administração organizam os espaços e conformam o espaço de convivência longitudinal que se inicia na rua até a paisagem do lado oposto. O bloco da quadra situa-se em um nível mais baixo e permite que seja um volume mais baixo relacionando-se com o bloco didático. O vêdos das estruturas de concreto foi feitos com painéis de madeira que atenuam a incidência do sol e da chuva, além de adoçar a rigidez do elemento pré-moldado. A escola inserida no contexto urbano de limite de um bairro periférico acaba por constituir-se em referencia e contribui para sua desejável organização.


CONSTRUÇÃO DE ESPAÇO DE ENSINO

ESCOLA PUBLICA EM VOTORANTIM – GRUPO SP LOCALIZAÇÃO Localiza-se a Rua Salvador Roque Romanó – Bairro Jardim Tatiana, na cidade de Votorantim/SP. Área periférica da cidade.

JARDIM TATIANA

RELAÇÃO COM LUGAR No que diz respeito a Relação da Escola com seu entorno, podemos notar que ela está inserida em uma região periférica da cidade e com uma população residente mais simples e carente. Notamos também que existe a presença de uma ampla e vasta área verde nos arredores dela. Pelo fato de estar localizado nos limites de um bairro já periférico foi possível trabalhar de forma mais “distribuída” pelo terreno com a implantação e distribuição do programa. E interessante notar que essa Relação desta Escola com o Lugar é bastante parecida com a Relação que a Escola anterior estudada apresenta e, também, tem bastante semelhança com o contexto do nosso terreno e sua área. Todos apresentam em seus arredores áreas verdes (infelizmente degradadas na maioria das vezes) e um contexto urbanístico no qual se concentram populações de rendas mais baixas. Implantar essas escolas em áreas com mais “liberdade” para construção pode ser um dos preceitos do FDE na escolha dos terrenos, já que esses contextos são bastante semelhantes.

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INTEGRANDO ESPAÇOS E PESSOAS ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO

ESCOLA PUBLICA EM VOTORANTIM – GRUPO SP

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SISTEMA CONSTRUTIVO

MATERIALIDADE / ELEMENTOS DE FECHAMENTOS Em relação a Materialidade observamos que predominam elementos em Concreto Pré-Moldado (o mesmo que constitui o sistema construtivo dessa edificação). Elementos metálicos também foram bastante utilizados (em elementos de fechamento, estruturais, esquadrias, dentre outros). Brises de madeira como vedação também é possível perceber que foram bastante utilizados; eles são inclusive um ponto bastante característico e marcante neste projeto. Notamos também a presença de blocos de cimento construindo elementos de fechamento. Notamos o uso de chapas metálicas compondo a Cobertura, e o para o Piso da Escola percebe-se que foi utilizado um piso cerâmico em tom mais acinzentado (cor que provavelmente é mais indicada para ambientes escolares por conta do fluxo que ali existe e a sujeira que toda essa movimentação ocasiona). Vidros também compõem a materialidade desta escola, estando presente nas aberturas dos espaços dela. Blocos Cimento

de

Concreto pré moldado

 SISTEMA ESTRUTURAL DE CONCRETO PRÉ-MOLDADO

Piso cerâmico

 LAJES – VIGAS – PILARES – FUNDAÇÃO/ESTRUTURA  SISTEMA ESTRUTURAL COM PEÇAS PRE MOLDADAS PARA AGILIDADE E MAIOR RAPIDEZ NA EXECUÇÃO DA OBRA. ALÉM DE MAIOR LIMPEZA NA OBRA TAMBÉM  ESSE SISTEMA CONSTRUTIVO GERALMENTE SE REPETE EM TODAS AS OBRAS DO FDE.

Chapas Metálicas

Brises de Madeira


CONSTRUÇÃO DE ESPAÇO DE ENSINO

ESCOLA PUBLICA EM VOTORANTIM – GRUPO SP

PROGRAMA + CIRCULAÇÃO - ACESSOS

Com relação ao Programa, nesta Escola percebemos através das plantas que ele foi distribuído em 2 Pavimentos – Térreo +1. Notamos neste Projeto de Referencia, diferentemente do primeiro que, ele ocupa um espaço bastante amplo do terreno e seu programa se distribui por ele; não possui aquele programa mais “concetrado”. No Terreo percebemos que foram implantados programas mais voltados para uso Publico e de Vivencia. Temos a presença da Quadra como elemento pedagógico neste Terreo e alguns espaços de Serviço. A parte Administrativa também está localizada no Térreo, próxima ao Estacionamento. Temos também por toda a extremidade do Terreno a presença de um Jardim. Em se tratado da Circulação, a edificação apresenta Circulação Horizontal que, aqui no Terreo, caracteriza-se quase que pela mesma área de vivencia conforme podemos observar na leitura gráfica abaixo; e existe também a Circulação Vertical que proporciona acesso ao 1 Piso e se da através de duas Escadas e uma Rampa. Em se tratando dos Acessos principais identificou-se três portões, um para o estacionamento, destinado a professores e funcionários, outro acesso destinado a serviços/ funcionários e um portão de acesso para os alunos

ESTACIONAMENTO

ACESSO DE SERVIÇO RAMPA

ACESSO DE ALUNOS

LEGENDA SEMI PUBLICO/PEDAGÓGICO PUBLICO/VIVENCIA PRIVADO/ADMINISTRAÇÃO-SERVIÇO CIRCULAÇÃO VERTICAL CIRCULAÇÃO HORIZONTAL

PAVIMENTO TÉRREO

ACESSO A ESCOLA – VINDO DA RUA

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INTEGRANDO ESPAÇOS E PESSOAS ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO

ESCOLA PUBLICA EM VOTORANTIM – GRUPO SP

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PROGRAMA + CIRCULAÇÃO - ACESSOS

Diferentemente do Pavimento Térreo, o 1 Piso apresenta uma distribuição mais simples e linear do seu Programa. Neste Piso concentram-se os Espaços destinados ao uso e praticas pedagógicas. A circulação horizontal caracteriza-se por um corredor central que distribui o fluxo e a Circulação Vertical, como dito anteriormente é promovida através de Escada e Rampa.

CAIXA D’ÁGUA

RAMPA

LEGENDA SEMI PUBLICO/PEDAGOGICO CIRCULAÇÃO VERTICAL

CIRCULAÇÃO HORIZONTAL

1 PISO

QUADRA DE ESPORTES


CONSTRUÇÃO DE ESPAÇO DE ENSINO

ESCOLA PUBLICA EM VOTORANTIM – GRUPO SP

PROGRAMA + CIRCULAÇÃO - ACESSOS

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CORTES

CAIXA D’ÁGUA

RAMPA

BRISES

BRISES

BRISES

CAIXA D’ÁGUA

RAMPA

SEMI PUB/PEDAGOGICO

CIRCULAÇÃO VERTICAL

PUBLICO/VIVENCIA

PRIVADO/ADMINISTRAÇÃO-SERVIÇO


INTEGRANDO ESPAÇOS E PESSOAS ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO

ESCOLA PUBLICA EM VOTORANTIM – GRUPO SP

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ABERTURAS – ILUMINAÇÃO+VENTILAÇÃO

Aberturas e tratamento para Incidência de Luz do Sol foi algo muito bem resolvido neste projeto. A Escola conta um numero significativo de aberturas em seus espaços pedagógicos. A escola conta também com um elemento que é quase que uma marca de sua identidade e que são de muita utilidade para vedação e controle solar que são os Brises de madeira. As aberturas são de alumínio e vidro. Iremos utilizar a Planta do 1 Piso para esquematizar como funciona a questão da iluminação e ventilação pelo fato de que nesse Piso as aberturas apresentam uma relevância mais significativa. No Pavimento Térreo as aberturas são mais pontuais, inclusive pelo fato de que esse Piso é mais livre, quase não tendo muitos espaços fechados que necessitem de fato de aberturas.

c

Incidência da Luz (Sol).

JANELAS Portas

Janelas

Fechamentos/Brises

Ventilação Cruzada

BRISES


CONSTRUÇÃO DE ESPAÇO DE ENSINO

ESCOLA PARQUE DOURADO V – APAIACÁS ARQUITETOS

Ficha técnica: Arquitetos: Apaiacás Arquitetos Ano: 2007 Área construída: 3412 m² Área do terreno: 5044 m² Endereço: Ferraz de Vasconcelos, São Paulo Brasil Tipo de projeto: Educacional Status: Construído Materialidade: Concreto Estrutura: Concreto e Metal Equipe: Colaboradores: Acácia Furuya, Ana Claudia Massei, Carolina Klocker, Mario Tavares Moura Filho, Luis Fernando Correa Oliveira, Pedro Mauger Coordenador de Projeto: Mirela Geiger de Mello, Vânia Regina Pierri de Oliveira

APRESENTAÇÃO Durante o desenvolvimento do projeto, percebeu-se a importância de redesenhar a passagem então muito utilizada pela comunidade. Os arquitetos partiram de uma premissa: CARACTERIZAR A ÁREA COMO UM LUGAR DE CONVÍVIO E INTEGRAÇÃO DE USOS ENTRE AS ESCOLAS E O BAIRRO, DESTITUINDO-A DO ASPECTO DE “BECO”, E CONVERTENDO-A EM UM NOVO ESPAÇO PÚBLICO. Assim, foi proposta a remoção de uma quadra poli esportiva existente no terreno, para a área disponível próxima ao estacionamento da atual escola. Também se aprimoraram de um pátio não coberto e murado da mesma escola, espaço este não utilizado, para então projetar uma praça no centro da nova rua interna, criando assim um espaço de articulação entre as construções existentes e a nova edificação. A nova rua para pedestres terá um acesso em nível pela Rua David de Rogatis, enquanto que sua outra extremidade acessível pela Rua Américo Trucelli receberá uma escadaria com patamares intermediários tratados como pequenas praças arbóreas com espaços de estar. A escola projetada será disposta paralelamente à essa passagem, e terá uma quadra coberta aberta para a praça (espaço destinado não só aos alunos, mas também à comunidade nos finais de semana). Um auditório e centro de convívio serão implantados no lugar da antiga escola existente (uma construção provisória em fechamento de chapa metálica). Quadra existente, inserida em um grande conjunto de habitações sociais, onde há duas escolas pertencentes à FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação), com áreas de vazios residuais em estado de abandono que foram apropriados pela população como um caminho de pedestres, comunicando a Rua David de Rogatis em cota de nível 99.70, com a Rua Américo Trucelli, em cota de nível 87.00.

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INTEGRANDO ESPAÇOS E PESSOAS ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO

ESCOLA PARQUE DOURADO V

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RELAÇÃO COM LUGAR

LOCALIZAÇÃO Localiza-se a Rua David de Rogatis com Rua Américo Trucelli , na cidade de Ferraz de Vasconcelos - SP

No que diz respeito a Relação do Objeto com o seu entorno, percebe-se uma relação bastante especial deste projeto com a comunidade na qual está inserida. A Escola é praticamente “abraçada” pelas ruas e edificações ao seu redor, é como se não houvesse uma separação entre ela e o bairro, todos os elementos formam uma união completa. Inclusive, essa integração tão intensa era uma das premissas e objetivos dos arquitetos ao realizarem este Projeto. Foram criadas passagens que promovem o aceso a Escola direto da rua, e passagens que ligam uma rua a outra passando-se pela Escola. A intenção é que a Comunidade possa se apropriar da Escola de forma livre, quebrando aquela ideia de um espaço cheio de muros e grades, completamente fechado e inacessível pela população, como algo excluído e desconectado com o seu entorno, e com a sua comidade.

“Caracterizar a área como um lugar de convívio e integração de usos entre as escolas e o bairro, destituindoa do aspecto de “beco”, e convertendoa em um novo espaço público.”


CONSTRUÇÃO DE ESPAÇO DE ENSINO

ESCOLA PARQUE DOURADO V SISTEMA CONSTRUTIVO

MATERIALIDADE / ELEMENTOS DE FECHAMENTOS Em relação a Materialidade deste projeto, percebemos em larga escala o CONCRETO, inclusive no Sistema Construtivo. Nota-se também o uso de Coberturas Metálicas para o Telhado e Esquadrias constituídas em vidro e aço (pintados em amarelo). Diferentemente das outras Referencias, que optam por deixar as Escolas toda na cor de Concreto, sem uso de cores, nessa referencia os arquitetos utilizam-se de cores primarias como forma de acabamento em alguns locais pontais. As circulações são pintadas de vermelho, por exemplo, as Esquadrias de amarelo e algumas paredes de Azul. Foram utilizados também em grande quantidade como elemento de fechamento e de vedação Cobogós. Na imagem abaixo é possível visualizar vários dos elementos citados aqui.

 SISTEMA ESTRUTURAL DE CONCRETO PRÉ-MOLDADO  LAJES – VIGAS – PILARES – FUNDAÇÃO/ESTRUTURA  SISTEMA ESTRUTURAL COM PEÇAS PRE MOLDADAS PARA AGILIDADE E MAIOR RAPIDEZ NA EXECUÇÃO DA OBRA. ALÉM DE MAIOR LIMPEZA NA OBRA TAMBÉM

 ESSE SISTEMA CONSTRUTIVO GERALMENTE SE REPETE EM TODAS AS OBRAS DO FDE.

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INTEGRANDO ESPAÇOS E PESSOAS ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO

ESCOLA PARQUE DOURADO V

PROGRAMA + CIRCULAÇÃO - ACESSOS

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Para a distribuição dos ambientes foi prevista uma divisão em TRÊS PISOS, de forma a compatibilizar as recomendações da FDE para espaços escolares. No PISO INFERIOR, que dará acesso ao jardim, serão instaladas 11 salas de aula e duas salas de reforço, tendo estas circulações na parte externa do edifício (circulações varanda). JARDIM

JARDIM

LEGENDA SEMI PUBLICO/PEDAGÓGICO

CIRCULAÇÃO VERTICAL

PUBLICO/VIVENCIA

CIRCULAÇÃO HORIZONTAL

Planta Nível 99,70


CONSTRUÇÃO DE ESPAÇO DE ENSINO

ESCOLA EM CAMPINAS – UNA ARQUITETOS

PROGRAMA + CIRCULAÇÃO - ACESSOS

43 Em consequência do desnível existente no terreno de implantação do projeto, este terá naturalmente as áreas de uso comum – como refeitório, sanitários, administração, e, principalmente o pátio coberto e circulação vertical – colocados no piso intermediário, permitindo assim o acesso em nível pela rua de passagem através de passarelas; uma delas para uso dos alunos, convertendo o pátio num espaço de recepção dos mesmos, e a outra para uso público que ligará a rua à administração.

LEGENDA PUBLICO/VIVENCIA CIRCULAÇÃO VERTICAL

Planta Nível 96,47 PRIVADO/ADMINISTRAÇÃO-SERVIÇO

CIRCULAÇÃO HORIZONTAL

SEMI PUBLICO/PEDAGÓGICO ACESSO A ESCOLA – VINDO DA RUA


INTEGRANDO ESPAÇOS E PESSOAS ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO

ESCOLA PARQUE DOURADO V

PROGRAMA + CIRCULAÇÃO - ACESSOS

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No PISO SUPERIOR, separadas pelo vazio com pé direito duplo do pátio, serão instaladas, de um lado, salas de leitura, biblioteca e grêmio estudantil, e do outro mais 4 salas de aula convencionais. Estes volumes serão unidos pelas circulações varanda, que ao atravessarem o pátio se transformarão em passarelas permitindo a integração visual do piso superior com o intermediário (o pátio). CIRCULAÇÃO VERTICAL

LEGENDA CIRCULAÇÃO HORIZONTAL

SEMI PUBLICO/PEDAGÓGICO

Planta Nível 102,93


CONSTRUÇÃO DE ESPAÇO DE ENSINO

ESCOLA PARQUE DOURADO V

ABERTURAS – ILUMINAÇÃO+VENTILAÇÃO

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Incidência da Luz (Sol).

Portas

Janelas

Fechamentos/Cobogós

Ventilação Cruzada

Em se tratando de aberturas e elementos de fechamentos, este projeto conta com a presença de muitas janelas, principalmente nos espaços pedagógicos. Além das grandes aberturas, ainda possuem as janelas em fita, localizadas sobre altos peitoris, que promovem também a ventilação cruzada nos espaços. Como elemento de vedação foram colocados cobogós pouco depois das janelas, dessa maneira, a luz e o vento naturais não deixam de entrar nos espaços, porém, acontecem com mais serenidade, sem agredir muito os espaços.


03. O PROGRAMA DE NECESSIDADES “Todo o espaço que possibilite e estimule positivamente o desenvolvimento e as experiências do viver, do conviver, do pensar e do agir consequente, é um espaço educativo.”


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P R O G R A M A D E N E C E S S I D A D E S

INTEGRANDO ESPAÇOS E PESSOAS ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO

Neste Capítulo 03 será apresentado o Programa de Necessidades

que será implantado e executado no Projeto da Escola. O programa foi definido com base nos programas já instituídos pelo próprio FDE – Órgão que coordena a Construção de Escolas Estaduais no estado de São Paulo; com base também nas Leituras dos Projetos de Referencia (que também são projetos do FDE) e, o programa foi construído também com base no que vem sendo aprovado pelo Senado nos últimos anos, como aulas de teatro e dança nas escolas publicas, por exemplo. Nos veremos a seguir o que o FDE propõe de Programa e em seguida apresentaremos aqui o Programa definitivo para o Projeto da nova Escola. Esses programas do FDE que serão apresentados equivalem ao CICLO I e CICLO II ( 1 a 4 série e 5 a 8 serie, respectivamente).


CONSTRUÇÃO DE ESPAÇO DE ENSINO

CICLO II

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SALA PARA AULA/PRATICA DE DANÇA = 112 M² SALA PARA AULA/PRATICA DE TEATRO = 80 M² SALA PARA ARTES VISUAIS= 80 M²


INTEGRANDO ESPAÇOS E PESSOAS ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO

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DIREÇÃO/ADMINISTRAÇÃO AMBIENTE

QUANTIDADE

ÁREA M²

CARACTERIZAÇÃO

DIRETOR

01

9,72 m²

Direção e coordenação das atividades gerais da Escola

VICE-DIRETOR

01

12,96 m²

Direção e coordenação das atividades gerais da Escola em conjunto ou substituição do diretor

SECRETARIA

01

45,36 m²

Desenvolvimento de atividades administrativas; apoio funcional à direção; guarda e manipulação da documentação escolar e atendimento ao público

ALMOXARIFADO

01

16,20 m²

Estocagem de material de consumo de toda a Escola.

COORD. PEDAGOGICO

01

12,96 m²

Coordenação e planejamento das atividades de ensino; orientação aos professores e acompanhamento do processo de desenvolvimento dos alunos.

PROFESSORES

01

68,04 m²

Espaço coletivo de preparo do trabalho pedagógico, local de capacitação dos educadores e gestores, estar e guarda de objetos pessoais de professores.

COPA-PROFESSORES

01

16,20 m²

Preparo de lanche pelos professores.

182,00 m²

PEDAGÓGICO AMBIENTE

QUANTIDADE

ÁREA M²

CARACTERIZAÇÃO

SALA DE AULA

16

51,84 m²

Ambiente onde se desenvolvem as atividades de ensino e aprendizagem.

SALA DE RECURSOS

01

51,84 m²

Ambiente onde se desenvolvem as atividades complementares de ensino e aprendizagem para pessoas com deficiência.


CONSTRUÇÃO DE ESPAÇO DE ENSINO

BIBLIOTECA

01

77,76 m²

Atendimento às atividades curriculares como consulta e empréstimo de livros, leitura, pesquisa e trabalhos em grupo. Acervo de livros, revistas, jornais e outros meios de informação e comunicação, tais como jogos, mapas etc.

SALA DE INFORMATICA

01

77,76 m²

Inclusão digital e social dos alunos, professores e funcionários das escolas da rede publica Estadual.

DEPÓSITO

01

77,76 m²

Inclusão digital e social dos alunos, professores e funcionários das escolas da rede publica Estadual.

LAB. DE CIENCIAS

01

77,76 m²

Ambiente onde se desenvolvem as atividades de ensino e aprendizagem relacionas as áreas de ciências, através de aulas expositivas, demonstrações realizadas pelos professores, experimentos realizados individualmente ou em grupo pelos alunos.

SALA DE PREPARO

01

25,92 m²

Ambiente destinado a preparação de aulas a serem ministradas nos laboratórios, guarda de material e equipamentos específicos, guarda de experimentos de longa duração.

SALA DE USO MULTIPLO

01

25,92 m²

Ambiente flexível e versátil que permita o desenvolvimento de atividades diversas; seu uso é definido em função da proposta pedagógica da Escola.

SALA DE USO MULTIPLO

01

51,84 m²

Ambiente flexível e versátil que permita o desenvolvimento de atividades diversas; seu uso é definido em função da proposta pedagógica da Escola.

SERVIÇO AMBIENTE

QUANTIDADE

ÁREA M²

CARACTERIZAÇÃO

DEP. MAT. DE LIMPEZA

01

9,72 m²

Estocagem e manuseio de material de limpeza.

CONJ. SANIT. FUNCIONARIOS

01

12,96 m²

Banho, troca e guarda de roupas e pertences pessoais dos funcionários.

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INTEGRANDO ESPAÇOS E PESSOAS ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO

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VIVENCIA AMBIENTE

QUANTIDADE

ÁREA M²

CARACTERIZAÇÃO

COZINHA

01

32,40 m²

Preparo e distribuição de refeições e merendas; equipada com bancada para preparo de alimentos, bancada para higienização de utensílios, prateleiras, balcão de distribuição, e balcão de devolução abrindo diretamente para o refeitório

DESPENSA

01

19,44 m²

Guarda e estocagem de mantimentos; equipada de estrados e prateleiras.

REFEITÓRIO

01

155,52 m²

Local de refeição dos alunos, professores e funcionários. Poderá ser utilizado para reuniões, solenidades e festas da escola e da comunidade.

CANTINA

01

9,72 m²

Espaço para o preparo e venda de lanches para alunos, professores e funcionários; dotado de bancadas de apoio, prateleiras e balcão para atendimento, abrindo diretamente para o balcão.

CONJ. SANIT.ALUNOS

07

51,84 m²

Higiene pessoal.

CONJ. VEST. ALUNOS

01

51,84 m²

Higiene pessoal.

GREMIO

01

25,92 m²

Local para desenvolvimento de atividades recreativas, sociais e culturais dos alunos.

DEP. MAT DE ED FISICA

01

12,96 m²

Planejamento das atividades esportivas e recreativas. Guarda de material de Educação Física.

QUADRA COBERTA

01

12,96 m²

Desenvolvimento de atividades esportivas, jogos, exercícios físicos, festas e reuniões recreativas.

ESPAÇO DE CONVIVIO

01

200 m²

Destinado para descanso e recreação de alunos, professores e funcionários.

PÁTIO COBERTO

01

200 m²

Local de recreação dos alunos; atividades relacionadas a Educação Física; festas e eventos comunitários.


04. TECNOLOGIA+ MATERIALIDADE+ SISTEMA CONSTRUTIVO


INTEGRANDO ESPAÇOS E PESSOAS ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO

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TECNOLOGIAS + MATERIALIDADE+ SISTEMA CONSTRUTIVO

Com relação a TECNOLOGIAS E TECNICAS CONSTRUTIVAS, com base nas Leituras Projetuais e nos conhecimentos adquiridos sobre o Sistema FDE, podemos dizer que serão utilizados, até o presente momento: 1- SISTEMA PRE MOLDADO DE CONSTRUÇÃO – CONCRETO PRE MOLDADO 2- ESTRUTURAS E ELEMENTOS METALICOS PARA COBERTURAS 3 - VIDROS PARA ABERTURAS 4 - DIVISORIAS DE GESSO SISTEMA/ CONCRETO PRÉ MOLDADO 5 - BRISES 6 - ELEMENTOS VAZADOS / COBOGÓS

VIDRO + METAL

ESTRUTURA METALICA

ELEMENTOS VAZADOS/ COBOGOS

BRISES VERTICAIS


“ Eventualmente tudo se conecta – pessoas, ideias, objetos ... A qualidade das ligações é a chave para a qualidade por si só.”

05. O B J E T O

E A C I D A D E


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O O B J E T O E A C I D A D E

INTEGRANDO ESPAÇOS E PESSOAS ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO

Neste Capítulo será apresentado o Lugar e o Entorno do mesmo que foi escolhido para Implantação do Projeto. Apresentaremos e analisaremos aqui a Localização da Área na cidade e do seu Entorno; apresentaremos o Levantamento Morfológico do Entorno, no qual serão analisados dados como Uso e Ocupação do Solo, Sistema Viário, presença de Equipamentos Públicos, Áreas Verdes e Sistema de Lazer; Dados populacionais, de renda, de Domicílios, dentre outros. Serão analisados também informações morfológicas e territoriais relacionadas ao Terreno de Implantação, onde as Analises são mais pontuais. Em se tratando das Analises voltadas para o Terreno foram levantadas informações relacionadas as dimensões; elementos naturais como topografia, vegetação e orientação solar; informações sobre Legislação também foram levantadas.

A área escolhida para Implantação da futura Escola localiza-se no SETOR NORTE da cidade de Ribeirão Preto, no Bairro PARQUE DOS PINUS. Vários fatores foram analisados e levantados para a escolha do Local. Foram realizadas visitas na Secretaria da Educação do Estado, e no Departamento de Planejamento Urbano na Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto para conhecer os locais na cidade que possuem proposta de fato para a Implantação de futuras escolas. Com base nessas visitas e dados coletados uma das áreas apresentadas foi o Lote escolhido. Outro fator que contribuiu para a escolha do Terreno é o quanto essa área tem apresentado uma certa expansão de crescimento; ali nos últimos anos foram implantadas várias edificações verticais residenciais, gerando consequentemente um numero maior na população dessa área, e com isso, faz-se necessário que sejam implantadas novas escolas, uma vez que fica claro que a Escola mais próxima que existe não consegue comportar a demanda. Em se tratando da demanda, a responsável na Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, pela área de instituição de escolas na cidade , afirmou que a demanda é um dos fatores principais que influem na escolha dessas áreas, reforçando nosso argumento.

Imagem 06: Localização do Lote. Fonte: PMRP

Imagem 05: Informações sobre o Terreno. Fonte: PMRP

Imagem 07: Localização do Lote. Fonte: PMRP

A seguir será apresentada a área e sua localização no contexto da cidade de Ribeirão através de imagens satélites do Google Maps, e posteriormente serão feitas as analises já citadas aqui, que nos ajudara na compreensão da escolha e entendimento de como funciona o dia a dia deste local e das pessoas ali residentes que serão as maiores beneficiadas com a criação do projeto.


CONSTRUÇÃO DE ESPAÇO DE ENSINO

L O C A L I Z A Ç Ã O DA Á R E A N A C I D A D E

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PARQUE DOS PINUS

Imagem 09: Área aproximada Parque dos Pinus – Fonte: Google Maps

Imagem 08: Mapa de Ribeirão Preto – Fonte: Google Maps

Setor Norte de RP

Região Central de RP Área de Implantação

Bairro Parque dos Pinus

Imagem 10: Área aproximada da área de Implantação da futura Escola. Fonte: Google Maps


INTEGRANDO ESPAÇOS E PESSOAS ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO LEITURA DO ENTORNO

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HIERARQUIA VIARIA FISICA Em se tratando de um contexto de conectividade da área com outras regiões importantes da cidade, como a Central e a Zona Sul ( regiões nas quais grande parte da população da nossa área de estudo se destinam para obter serviços e produtos de suas necessidades, uma vez que sabemos que a Zona Norte num geral apresenta uma certa deficiência no que se trata de comércios e serviços), esta conexão se da preferencialmente pela VIA EXPRESSA NORTE; Via Arterial da cidade responsável por essa conexão entre a Zona Norte com as demais Zonas da cidade. Existe também próximo a nossa área o Anel Viário de Ribeirão Preto, que também é utilizado pela população para deslocamento; muitas vezes utilizados quando o destino é a Zona Leste e Oeste.

1

4 3

2

Imagem 12 – Fonte: Google Maps VIA EXPRESSA NORTE

Pq dos Pinus

ANEL VIÁRIO

AVENIDA JOSÉ F. DE MELO NOGUEIRA AVENIDA JOAO BATISTA DUARTE

RUA JOSE ROBERTO ARANTES DE ALMEIDA

Na Imagem 20 ilustramos em um recorte mais amplo como ocorre a conexão do Bairro Parque dos Pinus com a região central da cidade. Na Imagem 21 aproximou-se essa área, detalhando mais essa conexão. Após a Via Expressa Norte, é necessário o acesso há mais duas vias de conexão arteriais para acessar o Bairro. Esse é o percurso geralmente quando feito por automóvel pessoa, em se tratando de transporte publico, o itinerário não é o mesmo; porém, a Linha T-788 EXPRESSO HEITOR RIGON faz esse mesmo caminho.

3

2 CENTRO

Imagem 11 – Fonte: Google Maps

1

4 Imagem 14 – Fonte: Google Maps

Imagem 13 – Fonte: Google Maps


CONSTRUÇÃO DE ESPAÇO DE ENSINO LEITURA DO ENTORNO

VIA ARTERIAL

HIERARQUIA VIARIA FISICA

VIA LOCAL

Com relação a Hierarquia Viária Física do Entorno da Nossa área detectamos, tanto no Entorno mais distante quanto no Entorno mais imediato duas modalidades de vias– Arterial e Local, no que se trata a dimensão física dessas vias. Claramente a predominância é de Vias Locais, com dimensões de 9 a 11 metros.

RODOVIA ALEXANDRE BALBO = 80 metros

As Vias Arteriais apresentam dimensões em torno de 25 metros, exceto, a Rodovia Alexandre Balbo que possui aproximadamente 80 metros. Vale ressaltar também que, a Via Expressa Norte, apresentada anteriormente é uma das Vias arteriais de grande importância dentro do nosso contexto com uma dimensão maior. Mais adiante veremos que, em se tratando de fluxo e funcionalidade das vias, existe nesse contexto também as Vias Coletoras, porem, no que se trata de característica física foram detectadas apenas Arteriais e Locais.

Vale ressaltar que a grande maioria das Vias Locais são de Mao Dupla. Mapa 01–Hierarquia Viária Física. Fonte: Autoria do Trabalho

VIA EXPRESSA NORTE

v

v

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INTEGRANDO ESPAÇOS E PESSOAS ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO ALTO FLUXO

LEITURA DO ENTORNO

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MÉDIO FLUXO

HIERARQUIA VIARIA FUNCIONAL Em se tratando da Funcionalidade e Fluxo das Vias notamos a presença de Vias de Alto Fluxo ( Arteriais), Médio Fluxo (Coletoras) e Baixo Fluxo (Locais). A predominância, assim como na Hierarquia Viária Física, é de Vias Locais, de Baixo Fluxo. Em relação as Vias Arteriais e de alto fluxo elas são as que fazem conexão dos bairros com os outros bairros, e dos bairros com outras zonas e regiões da cidade, inclusive a Central. As vias de Médio Fluxo e/ou Coletoras exercem o papel de coletar o fluxo das Vias Arteriais e distribuir para as vias locais, vias estas mais relacionados de fato com as moradias e interior dos bairros. Notamos claramente que nem sempre a Hierarquia Física e a Funcional se assemelham, muitas vezes, como é o caso desta área, muitas vias fisicamente locais possuem funcionalidade e fluxo de coletoras. Essas Vias Locais e Coletoras são de mão dupla. Notamos que as vias que envolvem o Lote da futura escola são: 1 local, 1 coletora e 1 arterial. Dessa maneira, será necessário a implantação de meios e mecanismos que diminuem de alguma forma o transito nessas vias para garantir a segurança das crianças e dos demais usuários pedestres da escola.

ÁREA DA ESCOLA E VIAS QUE A CIRCUNDAM. Mapa 02–Hierarquia Viária Física. Fonte: Autoria do Trabalho

BAIXO FLUXO

RODOVIA ALEXANDRE BALBO = 80 metros VIA EXPRESSA NORTE

v


CONSTRUÇÃO DE ESPAÇO DE ENSINO LEITURA DO ENTORNO

TRANSPORTE COLETIVO E MOBILIDADE Em se tratando de Transporte Coletivo, quatro são as Linhas de Ônibus utilizadas pelos moradores do Parque dos Pinus e Jardim Heitor Rigon ( bairros mais próximas e de mais impacto da nova escola). Essas linhas são : T-708 JARDIM HEITOR RIGON , T-780 PARQUE DOS PINUS, V-187 HEITOR RIGON HC e T-788 EXPRESSO HEITOR RIGON ( linha esta que circula somente em horários de pico, pela manhã, até as 8:00hr da manha e pela tarde a partir das 16:30hr até 19:00hr). Até metade de 2015 não existia ainda a Linha Parque dos Pinus, provavelmente, por conta da Implantação de novas moradias nessa área , um vez que, claramente, apenas as outras duas não seriam capaz de comportar a demanda.

De Segunda a Sexta-Feira o primeiro horário no bairro com destino ao Centro é as 04:50hr da manhã, e passam em um intervalo de meia em meia hora. O ponto de referencia é na Avenida Ernesto Guevara La Serna. O ultimo ônibus no bairro com destino ao centro é as 23:04hr. No Centro o ponto de referencia é na Rua Tibiriça, o primeiro ônibus é as 05:30hr e o ultimo as 23:20. No Centro também eles passam com um intervalo de trinta minutos entre um ônibus e outro.

Aos sábados o primeiro ônibus no bairro passa na referencia as 05:00hr e o ultimo as 23:15 com intervalo de trinta minutos até as 19:15, após esse horário o intervalo é de 40min entre um ônibus e outro. No Centro, o primeiro ônibus é as 05:40hr e o ultimo as 00:05, com os mesmos intervalos.

Aos domingos o primeiro ônibus no bairro passa as 05:00hr da manha, como nos sábados e os intervalos, tanto no bairro quanto no centro de um ônibus para outro é de 40 minutos o dia todo. O ultimo ônibus na referencia do bairro passa as 23:30. No centro o primeiro horário é as 05:38hr e o ultimo as 00:05.

60 De Segunda a Sexta-Feira o primeiro horário no bairro com destino ao Centro é as 05:30hr da manhã, e passam também em um intervalo de meia hora. O ponto de referencia é o mesmo que do T-708 Jardim Heitor Rigon, na Avenida Ernesto Guevara La Serna. O ultimo ônibus no bairro com destino ao centro é as 23:20hr. No Centro o ponto de referencia é na Rua Tibiriçá, o primeiro ônibus é as 05:43hr e o ultimo as 00:05 Aos sábados o primeiro ônibus no bairro passa na referencia as 05:14hr e o ultimo as 22:55 com intervalo de trinta minutos até as 15:35, após esse horário o intervalo é de 40min entre um ônibus e outro. No Centro, o primeiro ônibus é as 05:54hr e o ultimo as 23:35, com os mesmos intervalos. Aos domingos o primeiro ônibus no bairro passa as 05:20hr da manha, e os intervalos, tanto no bairro quanto no centro de um ônibus para outro é de 40 minutos o dia todo. O ultimo ônibus na referencia do bairro passa as 22:50. No centro o primeiro horário é as 05:58hr e o ultimo as 23:30.

A Linha Heitor Rigon – HC proporciona aos moradores dos bairros acesso direto ao Hospital das Clinicas. Antes dessa linha circular era necessário que os moradores fossem até o Centro da cidade e posteriormente pegar outro ônibus. Tanto de Segunda a Sexta, quanto de sábados, domingos e feriados o intervalo de um ônibus a outro é de 1hr05min. O ponto de referencia no bairro é na Rua Antônio Carlos de Pádua Rinhel. O primeiro horário é as no bairro é as 05h05min todos os dias da semana, e o ultimo as 23h20min. E no HC o primeiro é as 05h40min e o ultimo as 23h55min, também, todos os dias da semana. Em se tratando desta Linha, como o próprio nome já diz, ela é uma Linha Expressa, de acesso direto do bairro ao centro e vice-versa. Ele circula Segunda a Sexta-feira – No Bairro – Av. em apenas alguns horários como se pode perceber ME. Alfredo Pires no horário ao lado, e a via principal do seu trajeto é a Via Expressa Norte; como dito anteriormente, Segunda a Sexta-feira – Centro – R.Tibiriça via principal e de mais rápido acesso BairroCentro.


INTEGRANDO ESPAÇOS E PESSOAS ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO

LEITURA DO ENTORNO

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HIERARQUIA VIARIA FUNCIONAL MAPA C/ TRAJETO DA LINHA T-708 JD HEITOR A PARTIR DA RUA JAVARI ( VINDO DO CENTRO COM DESTINO AO BAIRRO)

MAPA C/ TRAJETO DA LINHA T-780 PQ. DOS PINUS APARTIR DA RUA JAVARI ( VINDO DO CENTRO COM DESTINO AO BAIRRO)

MAPA ESQUEMATICO DO ITINERARIO GERAL DAS LINHAS

Jd. Heitor Rigon

Marincek

Jd. Presidente Dutra

1 2 Vila Albertina

Campos Elíseos

Vila Tibério

Mapa 03 – Fonte: Camila Duarte

Inicio do Trajeto a partir da Rua Javari (contexto analisado – Ônibus vindo do Centro com destino ao Bairro)

Mapa 04 – Fonte: Camila Duarte

Imagem 15– Fonte: Camila Duarte

PONTOS DE ONIBUS MAIS PROXIMOS AO TERRENO DA FUTURA ESCOLA

1

2

Fim do Trajeto com base no contexto analisado. A partir desses pontos o Onibus já esta saindo do Bairro e voltando para o centro. O trajeto se repete até o “inicio” do trajeto ( Rua Javari – nosso ponto de partida nesse caso). Ilustração representativa do Terreno

Imagem 16– Fonte: Google Maps

Imagem 17– Fonte: Google Maps


CONSTRUÇÃO DE ESPAÇO DE ENSINO

LEITURA DO ENTORNO

USO DO SOLO

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No contexto da Leitura do Entorno, nosso primeiro tópico analisado foi o Uso do Solo, e como ele acontece nos bairros mais próximos que circundam o Terreno da futura Escola. Neste Mapa analisamos uma área mais ampla, que podemos chamar também como área de abrangência da nossa escola.

Mapa 05 – Uso do Solo Geral: Fonte: Autoria do Trabalho

Terreno de Implantaçã o

10 bairros foram analisados, incluindo o bairro de implantação da Escola. Percebemos que o uso é predominantemente Residencial; o que está em Construção será futuramente Residencial também. Esta área de analise nos últimos anos tem sofrido uma grande influencia do Mercado Imobiliário, e isto explica a Implantação de tantos Edifícios Residenciais sendo construídos. Não existem mais espaços para construção de Moradias Térreas e Unifamiliares, por isso agora o investimento nas moradias verticais. Com base nessa grande concentração de moradias, concluímos também que existe um numero considerável de pessoas, com a construção das novas moradias principalmente, o que justifica o quanto a Construção de uma Escola nesta área seria importante e realmente necessário.


INTEGRANDO ESPAÇOS E PESSOAS ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO

LEITURA DO ENTORNO

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USO DO SOLO Ainda sobre a análise em relação ao Mapa de Uso do Solo, podemos notar que existe uma grande concentração de Áreas Verdes no Entorno de nosso Terreno. Áreas verdes ou que, pelo menos, deveriam ser realmente áreas verdes e Áreas de Preservação Permanente, uma vez que notamos também a forte presença de córregos bem próximos a nossa área de Implantação. Muitas dessas áreas encontram-se degradas, porém, se recuperadas podem contribuir e interagir positivamente com nosso projeto. Muito próximo do lote tem uma antiga represa e uma vasta área verde, que provavelmente serão levadas em consideração na hora de se pensar no Projeto.

Em se tratando das Moradias, que são a predominância desta área analisada, podemos dizer que a grande parte delas são mais simples, características de uma população de Renda Média-Baixa; bastante característico também de grande parte de Moradias na Zona Norte da cidade. Veremos melhor esta questão dos domicílios e suas características mais a frente, no nosso Levantamento Social.

Imagem 19: Moradias na área de entorno. Rua Attílio Perticarrari. Fonte: Google Maps.

Terreno de Imp. Imagem 18: Terreno e Área Verde próxima. Fonte: Google Maps.

Imagem 20: Moradias na área de entorno. Rua Attílio Perticarrari. Fonte: Google Maps.

Como dito anteriormente, nesta área vem sendo construídas várias edificações residenciais verticais, e esta imagem retrata um, de alguns dos empreendimentos nesta área. Imagem 21: Área Verde próxima ao terreno. Fonte: Google Maps.

Imagem 22: Edificações Residenciais Verticais. Av. Ernesto Guevara Lã Serna


CONSTRUÇÃO DE ESPAÇO DE ENSINO

LEITURA DO ENTORNO

USO DO SOLO

Neste mapa apresentamos o Uso do Solo de um entorno mais imediato e uma área mais aproximada ao nosso Lote. A analise aqui já não foi feita mais por predominância, mas, por lote. Notamos ainda assim uma grande concentração de uso residencial e, também, de muitos lotes vazios. Voltados para a Avenida Principal do bairro Parque dos Pinus temos alguns comércios e serviços locais, porém, são estabelecimentos que fazem com que ainda a população deste local precise buscar em outros pontos da cidade o que necessitam para satisfazer suas necessidades. Em se tratando da relação desses estabelecimentos com a futura escola não notamos uma grande significância ou impacto, nada que interfira muito ou diretamente na vida deles. A vantagem desses pontos é pelo certo movimento e fluxo que geram, proporcionando uma certa segurança aos alunos no momento que estão indo para a escola ou passando por essa avenida durante o trajeto.

Terreno de Implantaçã o

Mapa 06– Uso do Solo Aproximado: Fonte: Autoria do Trabalho

Imagem 23: Av. Ernesto Guevara Lã Serna .Fonte: Google Maps.

Imagem 24: Av. Ernesto Guevara Lã Serna .Fonte: Google Maps.

Imagem 25: Av. Ernesto Guevara Lã Serna Fonte: Google Maps.

64


INTEGRANDO ESPAÇOS E PESSOAS ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO

LEITURA DO ENTORNO

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OCUPAÇÃO DO SOLO - GABARITO

Neste mapa apresentamos a Ocupação do Solo – Gabarito, que trata dos números de pavimentos das edificações. Através deste mapa podemos perceber que no entorno mais imediato da nossa área, a predominância é de moradias térreas e alguns poucos sobrados. Não existe nenhum grande edifício que possa ter um grande impacto visual, de sombreamento ou de algum outro efeito sobre nossa futura escola. Existem sim nessa região edificações residenciais verticais com aproximadamente 5 pavimentos, porém, a sua localização não causa impacto direto algum sobre nosso Lote. Terreno de Implantaçã o

Através das Imagens 18 e 19 podemos perceber o que foi dito anteriormente, em relação a predominância de edificações horizontais neste entorno imediato. Na Imagem 19 temos as edificações da Rua do nosso Lote, e podemos ver como não existe nenhum edifício vertical que venha provocar algum impacto na futura edificação.

Mapa 07– Ocupação do Solo – Gabarito. Fonte: Autoria do Trabalho

Terreno de Imp.

Imagem 26: Rua Palmiro Bim. Fonte: Google Maps.

Imagem 27: Rua Rua Attílio Perticarrari. Fonte: Google Maps.


CONSTRUÇÃO DE ESPAÇO DE ENSINO

LEITURA DO ENTORNO

EQUIPAMENTOS PUBLICOS

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1 BAIRRO PARQUE DOS PINUS

3

2

1 – EMEF PROF. PAULO FREIRE 2 – EMEF NELSON CAJADO 3 – E.E VEREADOR JOSE BOMPANI 4 – E.E PROF IRENE DIAS RIBEIRO Mapa 08: Equipamentos Públicos. Fonte: Site da PMRP

4


INTEGRANDO ESPAÇOS E PESSOAS ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO

LEITURA DO ENTORNO

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EQUIPAMENTOS PUBLICOS Através deste Mapa podemos visualizar a Localização dos Equipamentos Públicos nos bairros próximos a área da nossa Futura Escola; a quantidade desses equipamentos e a classificação e tipo dos mesmos, e através disso perceber o quanto eles interferem e auxiliam na vida desta população. Notamos que grande parte desses Equipamentos do Mapa são escolas, dos diferentes graus de Ensino, porem a predominância são de Pré-Escolas e Creches. Temos nas proximidades duas Escolas de Ensino Fundamental (1Grau) e duas Escolas de Ensino Fundamental e Ensino Médio juntos. Porém, são 4 escolas para atender a uma quantidade considerável de bairros e, temos também a questão que já foi bastante abordada aqui neste trabalho que diz respeito a Implantação de diversos novos edifícios residenciais nas proximidades da Futura Escola, o que ilustra e reforça mais ainda o quanto se faz necessária a Implantação de uma nova Escola nessa região. Essas escolas já se mostram insuficientes através dos números, são basicamente 4 Escolas para um numero de 15 bairros; grande e o numero de jovens que precisam matricular-se em escolas mais próximas ao Centro, por possuírem um numero maior de vagas, para que possam dar continuidade nos seus estudos. Muitos alunos desse bairro não conseguem vagas nessas escolas. Além das Escolas, Creches e Pré Escolas já comentadas acima, nota-se a presença de alguns outros equipamentos que atendem essa população dentro deste recorte; são eles 3 Unidades Básicas de Saúde e 4 Centros Comunitários.

2

1

Imagem 28– Escola Municipal Prof.Paulo Freire – Bairro Jardim Heitor Rigon. Fonte: Google Maps

Imagem 29– Escola Municipal Nelson Machado – Bairro Jardim Herculano Fernandes. Fonte: Google Maps

4

3

Imagem 30– Escola Estadual Vereador Jose Bompani. – Bairro Valentina Figueiredo. Fonte: Google Maps

Imagem 31– Escola Prof. Irene Dias Ribeiro – Bairro Geraldo Correa de Carvalho. Fonte: Google Maps


CONSTRUÇÃO DE ESPAÇO DE ENSINO

LEITURA DO ENTORNO

SISTEMA DE LAZER – AREAS VERDES No Entorno da Nossa Área pode-se perceber desde o Mapa de Uso e Ocupação do Solo uma presença muita grande de Áreas Verdes ou áreas que deveriam ser destinadas de fatos a Áreas Verdes e Áreas de Lazer, porém encontram-se degradadas e em péssimo estado na grande maioria dos casos. Estas áreas possuem sua importância, e possuem um impacto muito grande nessa região, pois como podemos visualizar no Mapa elas possuem grandes dimensões; dessa forma é impossível que elas passem Desapercebidas do Nosso Levantamento. Outro fator que nos impulsionou a fazer um Levantamento mais detalhado destas Áreas Verdes foi pelo fato de que, as áreas mais próximas da futura Escola em especial, caracterizadas pelos números 1, 2, 3, 4, 5 e 6 no Mapa podem futuramente, após 1 receberem tratamento adequado e Revitalização integrar-se de alguma forma 3 com a Escola e, também, proporcionar uma ligação/ conexão da Escola com os bairros próximos. A área 5, por exemplo, se tratada e revitalizada pode vir a transformar-se em um Parque Linear que conecta os moradores do Jardim Heitor até a Escola de forma mais direta e rápida, sem necessidade de se fazer todo um contorno para que ter acesso a Escola. Na próxima pagina serão apresentadas Imagens de cada 2 5 uma dessas áreas, mostrando seus atuais estados e condições (em grande parte degradadas)

3

1 1

1 0 9 8

1 4

CÓRREGOS

68

6

7

ÁREAS VERDES

Mapa 09: Áreas Verdes. Fonte: Autoria do Trabalho.

1 2


INTEGRANDO ESPAÇOS E PESSOAS ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO

LEITURA DO ENTORNO

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SISTEMA DE LAZER – AREAS VERDES 1

TERRENO

1

2

Imagem 34– Rua: Attillio Perticarrari. Fonte: Camila Duarte. Imagem 32 e 33– Rua: Attillio Perticarrari. Fonte: Camila Duarte.

3

Imagem 35– Rua: Leandro Baldim. Fonte: Google Maps.

4

Imagem 37– Rua: José Roberto Arantes de Almeida. Fonte: Camila Duarte.

Imagem 36– Rua: Basílio Oriente. Fonte: Google Maps.

7

6

Imagem 38– Rua: Attillio Perticarrari. Fonte: Camila Duarte.

5

Imagem 39– Rua: Antonio Galão. Fonte: Google Maps.

8

Imagem 40– Avenida Maestro Alfredo Pires. Fonte: Camila Duarte.

Através destas imagens podemos perceber (assim como no Mapa) o quanto é grande e significativo o numero de Áreas Verdes na região onde ira ser implantado o Projeto da Escola. Notamos o quanto grande parte dessas áreas encontram-se degradadas e mal utilizadas. Muitas delas encontram-se devastadas e invadidas por grama, sendo quase que impossível passar por elas. O problema dessas áreas tão mal utilizadas e mal abandonadas é que, além de perderem a oportunidade de ser um local de lazer e utilidade para a população, acabam por tornar essa região mais perigosa também. As Imagens de 31 a 37 ilustram as áreas mais próximas e de maior impacto ao nosso Terreno e, futura escola.


CONSTRUÇÃO DE ESPAÇO DE ENSINO

LEITURA DO ENTORNO

SISTEMA DE LAZER – AREAS VERDES

70

9

Imagem 41– Rua Antônio Carlos de Pádua Rinhel. Fonte: Camila Duarte.

9

Imagem 42– Rua Antônio Carlos de Pádua Rinhel. Fonte: Camila Duarte.

11

11

Imagem 44- Rua Adilio Mosca. Fonte: Camila Duarte

12

Imagem 46- Rua Sebastião Dutra de Oliveira. Fonte: Google Maps

10

Imagem 43- Rua Adilio Mosca. Fonte: Google Maps

Essas imagens ilustram Áreas Verdes um pouco mais distantes do nosso Terreno, porém na mesma região. Elas nos reforçam o quanto essas áreas são amplas, não só em quantidade, mas em dimensões territoriais Imagem 45- Rua Sindicalista Luís Antônio Correa. Fonte: Google também. Muitas deles ficam ao redor de Córregos, Maps caracterizando-se por Áreas de Preservação Permanente 13 provavelmente. São áreas que com certeza precisam de manutenção e revitalização, para tornar essa região mais agradável e segura para seus usuários.

Imagem 47- Rua José Alcantara. Fonte: Google Maps

CAMPO DE FUTEBOL DO BAIRRO JD HEITOR RIGON


INTEGRANDO ESPAÇOS E PESSOAS ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO

LEITURA DO ENTORNO

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A nossa Área de Implantação da Escola localiza-se, segundo o Mapa de Macrozoneamento da cidade de Ribeirão Preto na ZUP – Zona de Urbanização Preferencial. Esta Zona caracteriza-se por ser uma zona composta de áreas dotadas de infra-estrutura e condições geomorfológicas propicias para a urbanização , onde são permitidas densidades demográficas médias e altas; incluindo as áreas internas ao Anel Viário, exceto aquelas localizadas nas áreas de afloramento do arenito Botucatu – Pimboia, as quais fazem parte já da ZUR – Zona de Urbanização Restrita.

LEGISLAÇÃO

GABARITO Gabarito Básico de 10 metros, podendo ser ultrapassado na ZUP, desde que atenda as restrições previstas para esta lei e desde que não esteja dentro de nenhuma exceção da Lei. COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO Na ZUP o coeficiente de aproveitamento é de até 5x a área do Terreno. No terreno escolhido, portanto = 5.820 x 5 = 29.100 M² DENSIDADE POPULACIONAL Na ZUP a Densidade Populacional Liquida Máxima permitida é de até 2.000 habitantes/hac. TAXA DE OCUPAÇÃO A taxa de ocupação é de 70% para usos residenciais e 80% para usos não residenciais; respeitados os recuos e a taxa de solo natural desta lei. SOLO NATURAL PERMEAVEL Na ZUP – 5% para lotes com área de até 400m² 10% para lotes acima de 400m² até 1000m² 15% para lotes com mais de 1000m² RECUO DAS DIVISAS BAIRROS JD. HEITOR RIGON E PARQUE DOS PINUS – LOCALIZADOS NA ZUP.

Mapa 10: Zonas de Ribeirão Preto. Fonte: Site da PMRP.

Gabarito Baixo- 4m Frontal: 0 ou 4 metros Laterais : Gabarito Básico – 10m Frontal: 0 a 5 metros Laterais: 2 metros

LEGENDA ZUP – ZONA DE URBANIZAÇÃO PREFERENCIAL ZUC – ZONA DE URBANIZAÇÃO CONTROLADA ZUR – ZONA DE URBANIZAÇÃO RESTRITA

ZMT – ZONA DE URBANIZAÇÃO RESTRITA APP – ÁREA DE PRESERVAÇAO PERMANENTE

Acima do Básico Frontal: H = 3 (L+R) Laterais: R= H/6 – maior ou igual a 2 metros, onde: R- Dimensão dos recuos H- Gabarito do Edifício


CONSTRUÇÃO DE ESPAÇO DE ENSINO

LEITURA DO ENTORNO

1

VETOR DE EXPANSÃO

2

Nota-se fortemente no Entorno da nossa área, mais especificamente nos Bairros Parque dos Pinus e Jardim Heitor, nos últimos anos um crescimento significante de moradias verticais , que caracterizam-se por empreendimentos do CDHU e Vitta Residencial. Notamos a presença de 3 desses edifícios habitacionais já existentes e ocupados, 2 em fase de finalização, próximo da entrega aos moradores e 2 em processo de construção. São no total 7 edifícios residenciais distribuídos em 4 grandes áreas no nosso Entorno (como demarcadas no Mapa ao lado). Esse “boom” de construções ocorreu nos últimos dois anos e todos esses 1 4 empreendimentos foram construídos praticamente no mesmo tempo. Uma das explicações para esse fenômeno é o fato, notável, de que não existem mais na cidade de Ribeirão Preto espaços para construções de loteamentos, nem verticais, tampouco horizontais. Pelo fato então de que nessa área 3 existiam esses espaços disponíveis para construção, a Especulação Imobiliária rapidamente viu nisso a oportunidade de criar novos negócios e habitações. Devido a construção e implantação dessas edificações o numero da população aumentou significativamente nessa área. Sabemos que antes mesmo desses empreendimentos as escolas já existentes nessa região não eram suficientes para atender a 4 2 2 demanda, com a implantação de tantos edificios residenciais torna-se ainda mais necessário 1 3 a criação de uma nova escola.

Com essa expansão da população foi colocada uma linha nova de ônibus para circular para atender a demanda da população. Ampliação e criação de novos equipamentos públicos, como Escolas, por exemplo, são igualmente necessários e importantes.

RUA JOSE DE ALCANTARA AV. ERNESTO GUEVARA LA SERNA

3

RUA PALMIRO BIM

4

RUA CARLOS CESAR TONELO

Mapa 11: Novos Conjuntos de Moradias Implantados na Área. Fonte: Autoria do Trabalho.

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INTEGRANDO ESPAÇOS E PESSOAS ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO

LEITURA DO ENTORNO

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VETOR DE EXPANSÃO

1

1

Imagem 48- Rua Palmiro Bim. Fonte: Google Maps

Imagem 51- Av. Ernersto Guevara La Serna . Fonte: Camila Duarte

3

2

Imagem 52- Rua Carlos César Tonelo. Fonte: Camila Duarte

Imagem 53- Rua José de Alcântara: Camila Duarte

4

3

Imagem 54- Rua José Alcantara. Fonte: Camila Duarte

Imagem 50- Rua Carlos César Tonelo . Fonte: Camila Duarte

Imagem 49- Rua Palmiro Bim. Fonte: Camila Duarte

2

2

Imagem 55- Rua José Alcantara. Fonte: Camila Duarte

4

Imagem 56- Rua José Alcantara. Fonte: Camila Duarte


CONSTRUÇÃO DE ESPAÇO DE ENSINO LEITURA SOCIAL

PIRAMIDE ETARIA SUBSETOR NORTE 6 (N-6)

POPULAÇÃO

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SUBSETOR NORTE - 6 – (N-6)

HOMEN S

SUBSETOR NORTE – 7 – (N-7)

2446 = MULHERES DE 5 A 14 ANOS 2602 = HOMENS DE 5 A 14 ANOS

2446 2602

MULHERES

2446 = MULHERES 2602 = HOMENS

1152 1123

1322 1124

1502 1100

Gráfico 01– Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010

PIRAMIDE ETARIA SUBSETOR NORTE 7 (N-7) Imagem 57– Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010

Um dos assuntos de grande importância e relevância a ser analisado neste trabalho, principalmente por se tratar de um trabalho que tem o intuito de propor o Projeto de um Equipamento Publico, são os dados relacionados a População. Os gráficos ao lado demonstram, segundo dados do IBGE de MULHERES HOMEN 2010, a faixa etária residente nos bairros que compõem as nossas analises desde o inicio deste S trabalho, que são agrupados em Subsetor Norte 6 e Subsetor Norte 7. Os gráficos trazem informações da faixa etária até 100 anos ou mais, e podemos visualizar essa média nos mesmos. Porém, tendo em vista que nossa escola será uma Escola de Ensino Fundamental, que tem como publico alvo crianças de 6 a 14 anos, e foi nessa faixa etária que focamos nesta analise. No Mapa temos a somatória total da quantidade de crianças do sexo feminino (em vermelho) e masculino (em azul) na faixa etária de 5 a 14 anos. Notamos que é um numero bastante alto, e somando os números dos dois subsetores chegamos em um valor de 3598 meninas e 3725 meninos, um total de 7323 crianças. Vale ressaltar que esses dados são do Censo de 2010, ano no qual ainda muitos dos novos empreendimentos verticais, discutidos anteriormente neste trabalho, ainda nem estavam sendo 1502 implantados. Desta maneira, podemos concluir que esse numero chega a ultrapassar o numero de 1100 7323 crianças, o que nos deixa claro que as 4 escolas publicas de Ensino Fundamental dessa região da cidade não conseguem mesmo atender a demanda, reforçando ainda mais a importância da criação Gráfico 02– Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010 de uma nova Escola.

1322 1124


INTEGRANDO ESPAÇOS E PESSOAS ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO LEITURA SOCIAL

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RENDA – PRINCIPAIS ATIVIDADES ECONOMICAS

Com base nessas informações concluímos que a predominância nesta área é de uma população de Renda mais baixa, e isso reforça a importância da Implantação de uma Escola Publica nessa região, pelo fato de que a população não apresenta condições de colocar seus filhos em escolas particulares e nem condições para ter gastos com locomoção para escolas mais distantes de suas casas.

SEGURANÇA

Imagem 59 – Índices de Violência em RP – Fonte: Jornal A Cidade

Imagem 58: Renda Per Capita nos setores censitários de 2010. Fonte: IBGE. Autor: André Celarino

Através deste mapa de Renda consultado no site do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) podemos perceber, aproximando com um “zoom” a nossa área de estudo que, predominam ali, segundo Censo de2010, uma população com uma renda per capita de 152,00-562,00 primeiramente, e secundariamente, uma renda de de 583,00 a 719,00. Claramente nota-se uma que a população caracteriza-se por ser uma população de renda mais baixa e mais carente. Em se tratando das principais atividades econômicas, como analisado nos Mapas de Uso do Solo percebemos que existem pouquíssimos estabelecimentos de comércio e serviço na região, o que nos revela que a população residente desta área são contratadas/empregadas por empresas e empregadores que concentram-se nas Zonas Centrais e Sul da cidade.

JD HEITOR RIGON / PQ. DOS PINUS

Um dos assuntos de grande relevância a ser analisado no que se trata de Levantamento Social é a SEGURANÇA. Através desta Reportagem do Jornal A Cidade conseguimos visualizar os índices de morte na cidade de Ribeirão Preto. Mortes essas causadas por assassinatos e outras causas relacionadas a violência. Através da Imagem mais aproximada podemos perceber que, felizmente, nos Bairros Jardim Heitor Rigon e Parque dos Pinus não existem índices de violência, apenas em bairros próximos, como o Orestes Lopes e Adelino Simioni. Essa informação é relevante pelo fato de que, é extremamente positivo para um local onde ira ser implantada uma escola que não existam grandes índices de violência, assaltas e/ou roubos. Pode-se dizer que esta região é tranquila em relação a violência; mais um ponto positivo e de justificativa para a Implantação da Escola no Terreno escolhido para ela.


CONSTRUÇÃO DE ESPAÇO DE ENSINO LEITURA DO TERRENO

ÁREA VERDE

TERRENO

RUA ATILLIO PERTICARRARI

LOCALIZAÇÃO - DIMENSOES

AV ERNESTO GUEVARA LA SERNA

Imagem 60: Localização do Lote. Fonte: PMRP

TERRENO

AV ERNESTO SERNA

GUEVARA

Imagem 61: Localização do Lote. Fonte: Google Maps

R. ATILLIO PERTICARRARI

IMAGENS DO TERRENO

Como já dito anteriormente neste trabalho, o Terreno no qual será Implantado nosso Projeto está localizado no Bairro Parque dos Pinus, na Zona Norte da Cidade de Ribeirão Preto. Ele é um Terreno de esquina e as duas vias que o circundam são: a Rua Attillio Perticarrari e a Avenida Ernesto Guevara La Serna. Ele é um Lote destinado a Área Institucional, mais especificamente a uma Escola Estadual de Ensino Fundamental (uma das razoes pelas quais ele foi o Lote escolhido) Possui um formato um pouco irregular, e tem uma área total de 5820 m².

Imagem 62: Fonte: Camila Duarte

LA

Imagem 63: Fonte: Camila Duarte

Imagem 64: Fonte: Camila Duarte

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INTEGRANDO ESPAÇOS E PESSOAS ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO LEITURA DO TERRENO

TOPOGRAFIA + ELEMENTOS NATURAIS + ORIENTAÇÕES

ORIENTAÇÃO SOLAR

TOPOGRAFIA

ORIENTAÇÃO NORTE

ORIENTAÇÃO LESTE

ORIENTAÇÃO OESTE

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ORIENTAÇÃO SUL

O Terreno da futura Escola não é muito ingrime. Ele possui aproximadamente apenas 5 metros de declividade e, tendo em vista o fato dele ser um terreno de grandes dimensões essa declividade é suave e provavelmente não sera algo que vai gerar grandes problemas na hora de propor as soluções projetuais. Grandes operações de Corte e Aterro poderão ser evitadas diante desta Topografia.

Imagem 65: Fonte: Camila Duarte

ELEMENTOS NATURAIS

Imagem 66: Fonte: Camila Duarte

Imagem 67: Fonte: Camila Duarte

Imagem 68: Fonte: Camila Duarte

Imagem 69: Fonte: Camila Duarte

Através da Planta esquemática ao lado podemos visualizar quais são as orientações solares e suas incidências no Terreno. É importante ter conhecimento delas para entender quais serão as fachadas que precisarão de mais atenção e cuidado. O programa também é influenciado diante dessas Orientações. Sabemos que a Orientação Leste, por exemplo, costuma ser a mais problemática, desta maneira, não é qualquer parte do Programa que pode ser implantada nela, por exemplo. Não existem edificações com numero de pavimentos significativos que possam interferir na sombra ou na incidência de luz solar nessa futura edificação. Um tópico muito importante a ser levado em consideração com relação ao Terreno são os elementos naturais/ vegetações que existem na divisa e até mesmo dentro do Terreno. A Escola será implantada em uma área “colada” com uma área de Pinheiros e áreas verdes, e esses elementos deverão ser levados em consideração o tempo todo no Projeto e, inclusive, poderão ser incorporados na composição da Escola


CONSTRUÇÃO DE ESPAÇO DE ENSINO LEITURA DO TERRENO

LEGISLAÇÃO PARA ESCOLAS / DIRETRIZES FDE

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INTEGRANDO ESPAÇOS E PESSOAS ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO LEITURA DO TERRENO

79

LEGISLAÇÃO PARA ESCOLAS / DIRETRIZES FDE


“De fato é sabido que o ambiente escolar é um dos espaços mais importantes na formação do individuo. Ali se desenvolvem as primeiras relações com outras pessoas, e fazer desse espaço um lugar querido e memorável, no qual é sentido prazer de estar é a tarefa do Arquiteto.” Camila Duarte.

06. O

P R O J E T O


O + I T E C O N C

81

P A R T I D O

INTEGRANDO ESPAÇOS E PESSOAS ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO

O Conceito para o Projeto desta futura Escola Publica de Ensino Fundamental é promover uma INTEGRAÇÃO entre a Escola com o seu Entorno e com a População Usuária. Não se tem a pretensão de “fechar” essa escola através de altos muros ou diversas grades, mas sim promover um espaço de uso geral da população local. A proposta de integrar também o Espaço/ Terreno da Escola com seu Entorno é a proposta da Criação de um Parque Linear que parte da Escola e chega até o Bairro vizinho Jardim Heitor Rigon, que visa também requalificar e recuperar Áreas Verdes degradadas no Entorno imediato da Escola (veremos essa proposta mais explicada logo abaixo nesta Prancha). Além da Integração da entre INTERNO E EXTERNO, Terreno e Entorno, fazem parte do Conceito uma Escola que promova total Integração entre crianças e adolescentes sem deficiência com crianças e adolescentes com alguma deficiência; um espaço que possibilite integralmente por qualquer tipo de pessoa. ACESSIBILIDADE + INCLUSÃO em suma, são fatores que compõem fortemente o Conceito deste Projeto; por mais que sejam obrigatórios por Lei, muitas vezes não são respeitados, ou são feitos o mínimo, no que se trata de concepção Projetual para que esses requisitos sejam respeitados, e a intenção é que nesta Escola o projeto atenda o máximo possível as necessidades de qualquer pessoa com deficiência que venha se utilizar deste espaço escolar. Para concluir o Conceito, pretende-se também neste Projeto promover a maior INTEGRAÇÃO possível entre ESPAÇOS PEDAGÓGICOS com ESPAÇOS DE VIVENCIA, com a intenção de quebrar essa ideia e sentimento de prisão que muitas vezes remete a Sala de Aula e os Espaços Escolares.

O PARTIDO – meios e técnicas – pelas quais será possível conceber e alcançar meu Conceito, propõe o uso de GRANDES ABERTURAS e ELEMENTOS DE FECHAMENTOS MAIS TRANSPARENTES (dentro, sempre, das possibilidades que o FDE me possibilita) para que se possa promover a Integração entre INTERNO E EXTERNO. A promoção de Acessibilidade e Inclusão será realizada com base na Legislação NBR 9050 e demais Normas Técnicas que buscam a inserção da pessoa com deficiência nos espaços. Para promoção da Sustentabilidade tem-se a intenção de utilizar da forma mais ampla possível ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO NATURAL para os espaços, Técnicas que promovam a GERAÇÃO DE ENERGIA SOLAR (dentro das possibilidades), dentre outros mecanismos para que a concepção do objeto seja o menos agressivo ao meio ambiente possível. O partido para Integração dos Espaços Pedagógicos se da através da concepção Projetual em si, e veremos isto melhor na parte deste Trabalho que traz os Estudos + Evolução da Proposta + Plano de Massas e, através do Estudo Preliminar em si.


CONSTRUÇÃO DE ESPAÇO DE ENSINO

O P E R A Ç Ã O

U R B A N A

CÓRREGOS ÁREAS VERDES PERIMETRO DESTINADO A FUTURO PARQUE + PARQUE LINEAR NOVOS ACESSOS ACESSO ATUAL

ÁREA DA ESCOLA

Como dito anteriormente em alguns momentos neste Trabalho, será realizado uma Operação Urbana que visa propor a integração da Escola com o seu Entorno, e, também, a integração de dois bairros que sofrerão mais impacto e ao mesmo tempo mais serão beneficiados com a criação da futura Escola – PARQUE DOS PINUS (Bairro no qual esta localizado o Terreno) e JARDIM HEITOR RIGON. Esses dois bairros são separados por extensas áreas verdes que encontram-se em estados bastante degradados (como visto e apresentado no Levantamento), e a proposta do parque é que essas áreas não mais separem, mas unam, esses dois bairros através da criação de um Parque Linear, que também vai recuperar e requalificar essas áreas. Inclusive, existe uma Via de Acesso atual (em amarelo no esquema acima) que une os dois bairros. Com a criação do Parque novas vias serão possibilitadas e não haverá mais a necessidade do usuário/pedestre fazer um “contorno” e um trajeto de mais de 1km para acessar a futura escola. E, a criação deste Parque beneficiará também as Vistas e os espaços em geral da nossa escola. Proporcionara mais conforto térmico e visual.

82


INTEGRANDO ESPAÇOS E PESSOAS ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO

LOCALIZAÇÃO Como já foi apresentado neste trabalho no Capitulo anterior, a área escolhida para Implantação do Projeto da Escola localiza-se no Subsetor Norte de Ribeirão Preto, no bairro Parque dos Pinus. Vários foram os fatores determinantes para esta escolha, dentre elas podemos citar o fato de, aquele Terreno já estar destinado para projetos de Instituições de Ensino e, também, pela questão da expansão que vem ocorrendo naquela região nos últimos anos. Foram e estão sendo construídos (ao mesmo tempo, inclusive) vários conjuntos de moradias, verticais, e isso nos mostra que, a única escola mais próxima existente naquele entorno em breve não terá como comportar essa quantidade de futuros usuários. Na verdade, já hoje, muitos jovens que ali residem precisam procurar vaga em outro Colégio, pela insuficiência de vagas no mesmo bairro.

O Programa de Necessidades, como apresentado no Capitulo 03 deste trabalho foi divido em quatro subgrupos – Pedagógico, Administrativo, Serviço e Vivencia. Esse programa foi distribuído em QUATRO PAVIMENTOS e TRÊS BLOCOS juntamente com a Circulação e Áreas Permeáveis. E sobre esta distribuição do Programa na planta trataremos a seguir.

OS TRES BLOCOS BLOCO 01 QUADRA

M O R I A L

BLOCO 01

BLOCO 03

BLOCO 02

M E

83

J U S T I F I C A T I V O

PROGRAMA DE NECESSIDADES

Neste Bloco estão concentrados todos os espaços administrativos e de recepção ao publico; possui também importantes espaços de vivencia e uma parcela (a menor) de espaços pedagógicos. Este Bloco possui três pisos. Os espaços administrativos e de recepção estão localizados nele por terem acesso direto da via publica.

BLOCO 02

No Bloco 02 foram locados os Espaços Pedagógicos que também poderão ser utilizados pelo publico em horários especiais, já que uma das propostas é a de promover uma maior relação entre a Escola e a comunidade. Espaços como Sala de Informática, Sala de dança, Auditório e Biblioteca poderão ser utilizados pela comunidade e concentram-se neste Bloco. Ele está próximo da Quadra também por esta razão. Também conta com 3 pisos, e está no mesmo nível que o Bloco 01. BLOCO 03 Composto unicamente por Espaços Pedagógicos privados (Salas de aula, Laboratórios, etc) e Sanitários para alunoa.


CONSTRUÇÃO DE ESPAÇO DE ENSINO

PISO INFERIOR l NIVEL -4,85 / -2.00

ACESSOS E CIRCULAÇÕES

Neste nível concentram-se grande parte dos espaços de vivencia da Escola. Foram locados nele Pátio, Refeitório, Cozinha, Cantina e Sanitários. No Bloco 03 neste nível encontram-se salas de aula. A Quadra também foi implantada nele. Por serem espaços muito abertos e nos quais os alunos precisam de bastante liberdade decidiu então loca-los no neste nível que é o mais baixo e de certa forma mais “protegido”, por mais que a Escola seja bastante aberta e integrada com o seu entorno. Além dos fechamentos com alguns gradis este nível possui os muros de arrimo, o que o torna um pouco mais restrito.

A Escola conta com 3 Acessos, dois no nível da Rua ( um para alunos e um para professores e funcionários) e um terceiro acesso direto do Parque.

TÉRREO l NIVEL 0.00 / +2.85 Por este Pavimento estar no Nível da Rua nele foram implantados os espaços administrativos e espaços de recepção ao publico, como a Secretaria, por exemplo, para que desta forma a comunidade tenha um acesso facilitado a esses espaços, que na maioria das vezes são os procurados por pais e demais pessoas quando vão até a Escola. Nele também encontram-se espaços pedagógicos nos Blocos 02 e 03.

Em se tratando da Circulação, a escola conta circulações horizontais, que se dão por largos corredores que percorrem toda a escola em todos os pisos, que possibilitam o acesso aos ambientes, e , possui também 3 escadas e 2 elevadores para promover acesso de um nível a outro, que compõem a circulação vertical da edificação. Os elevadores foram colocados para garantir acessibilidade a pessoas com mobilidade reduzida, já que na escola não foi implantada nenhuma rampa.

VEGETAÇÃO E PAISAGISMO

PISO 01 l NIVEL 4.85 / +7.70

Em se tratando de Vegetação e áreas permeáveis em geral na Escola, pode-se notar no projeto que foi dada grande importância para estes espaços. Foram implantados áreas permeáveis por toda a Escola, sem contar o fato de a mesma estar toda integrada com o Parque que existe nas suas imediações. Além das áreas permeáveis temos no projeto, ao lado de um dos elevadores, se repetindo em todos os pisos um amplo jardim e, também, a Horta localizada no 02 Piso, no Bloco 03. O Estacionamento também conta com a presença de muitas arvores.

Nestes níveis foram implantados espaços pedagógicos e sanitários para darem assistência aos espaços de ensino.

ESPAÇOS DE CONVIVIO

PISO 02 l NIVEL 12.55 Existente somente no Bloco 03 é composto, como todo o Bloco, por ambientes pedagógicos (Laboratório, Sala de Preparo e Uso Múltiplo) e contempla também uma pequena horta, para criar uma relação entre os elementos naturais. É uma forma também de criar atividades fora das salas de aula.

Foram definidos espaços de convívio por toda a Escola, em todos os pisos. Amplos espaços de circulação possibilitam também a possibilidade de estar para contemplação dos níveis inferiores nestes corredores. E a Escola conta, como já é usual, com o Pátio Coberto + Área de Convívio, resultando em um espaço no Nivel Inferior de mais de 300 m². para espaço de convívio também. Esta presente na Implantação, que pode possibilitar também a vivencia, um Playground.

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INTEGRANDO ESPAÇOS E PESSOAS ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO

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ABERTURAS E FECHAMENTOS

SISTEMA CONSTRUTIVO

Em se tratando deste assunto, podemos dizer que poucas são as paredes em alvenaria na Escola. A grande maioria (exceto as dos Sanitários, Vestiários, Escadas e Elevadores) são na verdade fechamentos. Os internos são em sua maioria de gesso e os externos são em grande parte, como pode ser visto no Projeto compostos de vastas e grandes aberturas. São elementos de fechamentos que podem ser articulados sem grandes dificuldades conforme a necessidade dos usuários, uma vez que a estrutura em Concreto Pré Moldado é independente.

 SISTEMA ESTRUTURAL DE CONCRETO PRÉ-MOLDADO

Optou-se pela colocação de grandes aberturas por toda a Escola para promover o máximo possível (sempre de maneira funcional) a Integração entre Interno e Externo e, também, para garantir de forma eficaz Iluminação e Ventilação Natural. Na face voltada para as Salas de Aula foram colocados brises verticais de fora a fora, brises que se movem de maneira rotacional conforme a necessidade em relação a incidência de sol e ventos, para garantir o máximo de conforto possível nesses ambientes de maior permanência dos alunos. E, por fim, em se tratando dos fechamentos, foram utilizados como espécies de guarda corpo muretas com 1,20m de altura feitas de elementos vazados (cobogós)

 LAJES – VIGAS – PILARES – FUNDAÇÃO/ESTRUTURA  SISTEMA ESTRUTURAL COM PEÇAS PRE MOLDADAS PARA AGILIDADE E MAIOR RAPIDEZ NA EXECUÇÃO DA OBRA. ALÉM DE MAIOR LIMPEZA NA OBRA TAMBÉM

 ESSE SISTEMA CONSTRUTIVO GERALMENTE SE REPETE EM TODAS AS OBRAS DO FDE.

TOPOGRAFIA E NIVEIS Para que espaços administrativos e de recepção ao publico (como Secretaria, por exemplo), fossem implantados no nível da rua (+0.00) foi feito um corte no Terreno, de forma a serem implantados os Blocos 01 e 02 e a Quadra no nível -4,85 (nível mais baixo do terreno existente) e, para que o corte fosse menor, o Bloco 03 foi implantando no nível -2.00, tendo assim um nível de diferença entre ele e os outros de 2,85m. Esse desnível pode ser vencido facilmente por uma escada que da acesso ao mesmo tempo para ambos os blocos, não havendo necessidade de ir até o piso inferior para subir tudo novamente para que se possa acessar o nível de diferença. Essa diferença de níveis foi proposta também para que o Bloco 03, onde estão concentradas as salas de aula e laboratórios ficasse mais privada e de uso mais exclusivo de alunos e professores.


CONSTRUÇÃO DE ESPAÇO DE ENSINO

E V O L U Ç Ã O

P R O J E T U A L Para que o Projeto chegasse no resultado atual vários estudos foram produzidos. Para composição destes estudos foram feitos croquis, estudos em AutoCad, estudos volumétricos e maquetes de estudo. A ideia sempre foi a de promover através do Projeto o máximo possível de Integração entre os espaços, e entre o Equipamento e a Comunidade; mas muitas modificações foram feitas pelo caminho até aqui. E através de imagens a seguir veremos como se deu essa evolução projetual.

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INTEGRANDO ESPAÇOS E PESSOAS ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO

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CONSTRUÇÃO DE ESPAÇO DE ENSINO

P E R S P E C T I V A S

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INTEGRANDO ESPAÇOS E PESSOAS ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO

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CONSTRUÇÃO DE ESPAÇO DE ENSINO

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INTEGRANDO ESPAÇOS E PESSOAS ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO

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CONSTRUÇÃO DE ESPAÇO DE ENSINO

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INTEGRANDO ESPAÇOS E PESSOAS ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO

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CONSTRUÇÃO DE ESPAÇO DE ENSINO

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INTEGRANDO ESPAÇOS E PESSOAS ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO

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R E F E R E N C I A S “Ninguém é tão sábio que não tenha nada a aprender, e nem tão tolo que não tenha algo pra ensinar.”


97

R E F E R E N C I A S

INTEGRANDO ESPAÇOS E PESSOAS ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050: acessibilidade de pessoas portadoras de deficiência a edificações espaços, mobiliários e equipamento urbano. Rio de Janeiro: ABNT, 2014 BELTRAME, B.M e MOURA,S.R.G. Edificações Escolares: Infra-Estrutura Necessária ao Processo de Ensino e Aprendizagem Escolar. São Paulo,2016. BUITONI, C.S. Mayumi Watanabe Souza Lima: A Construção do Espaço para a Educação. Tese de Mestrado – Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, 2009. CARVALO, T.C.P. Arquitetura escolar inclusiva: construindo espaços para educação infantil, 2008. Dissertação de Mestrado – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2008. FIEGENBAUM, J. Acessibilidade no contexto escolar: tornando a inclusão possível. Trabalho de Conclusão do curso (Especialização) – Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2009. FILHO, T.A.G. Tecnologia para uma Escola Inclusiva: Apropriação, Demandas e Perspectivas, 2009. Tese de Doutorado – Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2009. KOWALTOWSKI, K.C.C.D. Arquitetura Escolar – o projeto do ambiente de ensino. São Paulo, 2009. LIBONATI, F.P. Arquitetura escolar acessível: a essência da participação e socialização do aluno com deficiência. São Paulo, 2013 MELATI, S.P.P.C. A Arquitetura escolar e a prática pedagógica, 2004. Tese de Mestrado – Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Joinville, 2004. RIBEIRO, L.S. Acessibilidade para Inclusão na Escola: Princípios e Praticas. Feira de Santana, 2011 Sem Autor. Acessibilidade. Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos das Pessoas com Deficiência, Distrito Federal. Disponível em: <http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/acessibilidade-0>. Acesso em 14 nov.2015. <http://www.archdaily.com.br/br/01-3326/fde-escola-parque-dourado-v-apiacas-arquitetos>



RUA PALMIRO BIM

RUA ATILLIO PERTICARRARI

AVENIDA ERNESTO GUEVARA LA SERNA

RU

A

H

ER C

ILI

A

RU

A

RE

JU

ESC 1:1000

N

N

AT O

B. S.

Q

U

EI RA

BU

LG AR E

LL I


D

C

ACESSO 03 ATRAVES DO PARQUE

E -04

14

15

PARQUE

PLAYGROUND

13

-4.85

12

AREA PERMEAVEL

08

TELHA TERM.GALVANIZADA INCL. 10%

07

+2.00

06

-3.00

05

PARQUE

E

E -02

10 +2.15

RUA ATILLIO PERTICARRARI

-4.15

TELHA TERM.GALVANIZADA INCL. 10%

09

TELHA TERM.GALVANIZADA INCL. 10%

+0.00

E

11

-4.00

+17.40

02

TELHA TERM.GALVANIZADA INCL. 10%

-2.00 AREA PERMEAVEL

AREA PERMEAVEL

TELHA TERM.GALVANIZADA INCL. 10%

B

+22.40

A

01

+9.70

ESTACIONAMENTO

+14.70

03

TELHA TERM.GALVANIZADA INCL. 10%

04

E - 03

B

A +9.70

ACESSO PRINCIPAL 02 - ALUNOS

ACESSO PRINCIPAL 01 - PROFESSORES E PAIS

-1.00

PONTO DE ONIBUS

AVENIDA ERNESTO GUEVARA LA SERNA

E -01

ESC 1:200 D

C


D

E -04

14

15

C 12

13

PLAYGROUND

-4.00

GREMIO ESTUD

ARQUIBANCADA

-4.85

S

SAN FUNC MASC

DEPOSITO MAT DE ED FISICA

11

BRISES

10

SAN FUNC FEM

VEST FEM

09

-4.83

SALA DE AULA

E

E

-2.00

VEST MASC -4.83

QUADRA SANIT MASC

-4.85

SANIT MASC

-4.83

SANIT FEMIN

SALA DE AULA

SANIT FEMIN

E -02

-3.00

-2.00 ARQUIBANCADA

E - 03

-5.25

DECK

SALA DE AULA -2.00

-4.85

S ELEVADOR

B

B PATIO COBERTO/ AREA DE CONVIVO -4.85

SALA DE AULA -2.00

ELEVADOR

S

-2.00 SANIT MASC SANIT MASC

SANIT FEMIN

COZINHA -4.85

A

REFEITORIO

SANIT FEMIN

CANTINA -4.85

-4.85

-1.98

A

DISPENSA

LIXOS

-1.00

E -01

PISO INFERIOR NIVEL -4.85 / -2.00 ESC 1:200 D

C


D 12

13

14

15

C

E -04

ARQUIBANCADA

11

BRISES

09

10

S

SALA DE AULA

E

E

SALA DE AULA +2.85

ARQUIBANCADA

06

E -02

07

08

+2.85

E - 03

05

-5.25

SALA DE AULA

04

+2.85

S + 0.00 ELEVADOR

SANIT MASC

B

AUDITORIO/ APRESENTACOES TEATRAIS

SANIT FEMIN

03

SANIT FEMIN

PALCO

+ 0.00 +0.00

B

SALA DE AULA

SANIT MASC

02

+2.85

SANIT MASC SANIT MASC SANIT FEMIN

DIRETOR ALMOX

SANIT FEMIN

+2.83

01

ESTACIONAMENTO

ELEVADOR

S

SANIT MASC

+0.00

SANIT ACESSIVEL

+0.00

SALA DE PROFESSORES

+0.00

A

COORDEN PEDAGO

+0.00

+0.15

SECRETARIA +0.00

+0.00

A

VICE DIRETOR +0.00

SANIT FEMIN

PONTO DE ONIBUS

TERREO NIVEL 0.00 / +2.85 ESC 1:200

E -01 D

C


E -04 D

D BRISES

BRISES S

S

SALA DE AULA +7.70

E

E HORTA

E -02

E -04

E - 03

+7.70

E -02

C SALA DE AULA

USO MULTIPLO +12.55

SALA DE AULA +7.70

S

SALA DE PREPARO

+4.85

+12.55 ELEVADOR

SANIT FEMIN

SANIT MASC

B SANIT FEMIN

BIBLIOTECA

LAB DE INFORMATICA

LAB DE INFORMATICA

+4.85

+4.85

+4.85

B

B

B

SALA DE AULA SANIT MASC

LAB DE CIENCIAS

+7.70

+12.55

ELEVADOR

S

ELEVADOR

S

E - 03

SANIT MASC

SANIT MASC

SANIT MASC

SANIT MASC

+4.85

SANIT FEMIN

A

SANIT MASC

SANIT FEMIN

SANIT FEMIN

SALA DE AULA

SALA DE AULA

SALA DE AULA

SALA DE AULA

+4.85

+4.85

+4.85

+4.85

SANIT FEMIN

+7.68

SANIT FEMIN

SANIT FEMIN

+12.53

SANIT MASC

D

01 PISO NIVEL +4,85 / +7.70 ESC 1:200

E -01 D

C

02 PISO NIVEL +12.55 ESC 1:200

E -01


+19.40 SISTEMA CONSTRUTIVO PILAR E VIGA

+17.40

+12.55

+9.70

+7.70

+4.85

SANITARIO

SALA DE AULA

SALA DE AULA

SALA DE AULA

SALA DE AULA

GESSO

+2.85

LT

+0.00

LT

+0.00

ALMOX

SALA DOS PROF

SANITARIO

COORD PED

VICE DIRET

SECRETARIA

-2.00

-4.85

COZINHA

DESPENSA

REFEITORIO

CANTINA

CORTE A-A ESC 1:200

+19.40 SISTEMA CONSTRUTIVO PILAR E VIGA

+9.70

+12.55

LAB DE CIENCIAS

RESERVATORIO

+17.40

CASA DE MAQUINAS

GESSO

GESSO

+7.70

SALA DE AULA

+4.85

SANITARIO

LAB DE INFORMATICA

BIBLIOTECA

SANITARIO

LAB DE INFORMATICA

+2.85

SALA DE AULA

+0.00

SANITARIO

LT

SANITARIO

LT

AUDITORIO

+0.00

-2.00

SALA DE AULA

-4.85

PATIO COBERTO

CORTE B-B ESC 1:200

RESERVATORIO

+9.55

CONDUTOR

+5.30

GESSO

+2.00

+4.85

SANITARIO

SANITARIO

GESSO

RESERVATORIO

LT

+0.00

SANITARIO

SANITARIO

0.00

GESSO

LT

-4.85

CORTE C-C ESC 1:200

GREMIO ESTUDANTIL

DEP MAT DE ED FISICA

VESTIARIO

VESTIARIO

SANITARIO

SANITARIO

PATIO COBERTO

COZINHA

-4.85


+22.80

+19.55 RESERVATORIO

+17.40

GESSO

USO MULTIPLO

SALA DE PREP

SALA DE AULA

SALA DE AULA

SALA DE AULA

SALA DE AULA

SALA DE AULA

SALA DE AULA

SALA DE AULA

SALA DE AULA

SALA DE AULA

GESSO

+12.55

SANITARIO

+7.70 SANITARIO

+2.85

SANITARIO

LT LT

SALA DE AULA

SALA DE AULA

SALA DE AULA

SALA DE AULA

-2.00

SANITARIO

CORTE D-D ESC 1:200 +17.40

HORTA

+12.55

+7.70 SALA DE AULA

+2.15 SALA DE AULA

+2.85

+0.00 GESSO

SALA DE AULA

VEST MASC

-4.85

CORTE E-E ESC 1:200

ESC 1:175

QUADRA POLIESPORTIVA COBERTA

-2.00


ESC 1:175

ESC 1:175

ESC 1:175


15 14 12

13

PLAYGROUND

GREMIO ESTUD

BRISES SAN FUNC MASC

S

SAN FUNC FEM

10

DEPOSITO MAT DE ED FISICA

11

ARQUIBANCADA

09

VEST FEM

VEST MASC

SALA DE AULA

QUADRA SANIT MASC SANIT MASC

SANIT FEMIN

SANIT FEMIN ARQUIBANCADA

SALA DE AULA

DECK

-5.25

-4.85

SALA DE AULA

S ELEVADOR

PATIO COBERTO/ AREA DE CONVIVO

SALA DE AULA

-4.85 ELEVADOR

S

SANIT MASC SANIT MASC

SANIT FEMIN

COZINHA

REFEITORIO

DISPENSA

LIXOS

LAYOUT PISO INFERIOR NIVEL -4.85 / -2.00

ESC 1:200

CANTINA

SANIT FEMIN


15 14 13 12 BRISES

11

ARQUIBANCADA

09

10

S

07

08

SALA DE AULA

ARQUIBANCADA

06

SALA DE AULA

05

-5.25

04

SALA DE AULA

S + 0.00 ELEVADOR

SANIT MASC

AUDITORIO/ APRESENTACOES TEATRAIS

SANIT FEMIN

03

SANIT FEMIN

PALCO

SANIT MASC

02

SALA DE AULA

ELEVADOR ELEVADOR

S

01

+ 0.00

SANIT MASC

SANIT MASC SANIT MASC

ALMOX

SANIT ACESSIVEL

+0.00

SALA DE PROFESSORES

COORDEN PEDAGO

SECRETARIA VICE DIRETOR

SANIT FEMIN

LAYOUT TERREO NIVEL 0.00 / +2.85 ESC 1:200

SANIT FEMIN

DIRETOR

SANIT FEMIN


BRISES

BRISES S

S

SALA DE AULA HORTA

SALA DE AULA

USO MULTIPLO

SALA DE AULA

S

SALA DE PREPARO ELEVADOR

SANIT FEMIN

SANIT MASC

LAB DE INFORMATICA SANIT FEMIN

LAB DE INFORMATICA

BIBLIOTECA SANIT MASC

LAB DE CIENCIAS

SALA DE AULA

ELEVADOR

S

ELEVADOR

S

+4.85

SANIT MASC SANIT MASC

SANIT MASC

SANIT MASC

+4.85

SANIT FEMIN

SANIT MASC

SANIT FEMIN

SANIT FEMIN

SALA DE AULA

SALA DE AULA

SALA DE AULA

SANIT FEMIN

SANIT FEMIN

SANIT FEMIN

+12.53

SALA DE AULA

SANIT MASC

LAYOUT 02 PISO NIVEL +12.55 ESC 1:200 LAYOUT 01 PISO NIVEL +4,85 / +7.70 ESC 1:200


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