Guia Rápido de Produção Gráfica
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL DISCIPLINA DE PROCESSOS DE PRODUÇÃO GRÁFICA PROFESSORAS: PATRÍCIA HARTMANN PRISCILA ZAVADIL ALUNA: CAMILA GIACOMEL DA COSTA
SUMÁRIO PROCESSOS DE IMPRESSÃO 1. Relevografia 1.1. Flexografia 1.2. Tipografia
2. Permeografia 2.1. Serigrafia
3. Planografia 3.1. Offset Digital 3.2. Offset
4. Encavografia 4.1. Rotogravura
5. Eletrografia 5.1. Impressão Digital
6.Quadro Comparativo entre os Processos
MONSTRUÁRIO 1. Papéis Comuns 2. Papéis Especiais 3. Substratos diferenciados
ACABAMENTOS GRÁFICOS 1. Refile 2. Corte 3. Dobradura 4. Vinco 4. Tipos de Encardenação 5. Verniz 6. Plastificação 7. Laminação
PROCESSOS DE IMPRESSテグ
RELEVOGRAFIA É a impressão realizada mediante matriz em alto relevo. Os elementos que serão impressos ficam em relevo na matriz são entintados e assim imprimindo mediante pressão sobre o suporte.
FLEXOGRAFIA Processo de impressão direta originado dos EUA, por 1853. Utilizado muito para impressão de embalagens por apresentar custo baixo para grandes quantidades de impressão em suportes tridimensionais, irregulares e flexíveis como celofane, folhas metálicas, plásticos e vidros. As impressoras flexográficas utilizam um sistema similar ao tipográfico, contudo elas realizam praticamente todas etapas de acabamento como dobra, plastificação, recorte e colagem.
VANTAGENS: - Secagem rápida; - Ampla gama de suportes; - Borrachas com baixo custo, alta durabilidade e pode ser empregadas em diversos formatos; -Realiza quase todas etapas de acabamento na mesma máquina.
DESVANTAGENS: - Apresenta rendimento insatisfatório para impressão de meio-tons(retículas); - Baixa lineatura; - Contornos mal-definidos; - Ocorrência de squash.
FLEXOGRAFIA
TIPOGRAFIA Criado pelo Gutenberg (entre os anos de 1445 e 1453), é o método mais antigo de impressão direta, dominando a área da reprodução gráfica por quase cinco séculos. A impressão é composta por tipos (os pequenos blocos metálicos que contém um caracter em relevo, um por tipo). Montados lado-a-lado para compor o texto, assim formando a matriz para impressão. Já imagens são reproduzi das por clichês (traço ou meio-tom) ou de plástico ou metálicos.
A partir do século 19 os tipos móveis foram substituídos pela linotipo, de forma que as ramas (matriz) passaram a ser compostas por linhas inteiras, agilizando um pouco a reprodução de jornais, livros e revistas.
VANTAGENS: - Baixo custo unitário; - Boa para acabamentos de materiais e confecções com pouco texto.
DESVANTAGENS: - Desvantagem nas cores já que cada uma deve ser aplicada apos a outra secar totalmente; - Lentidão; - Impressão pouco homogênea; - Eventual presença de caracteres mal alinhados.
TIPOGRAFIA
PERMEOGRAFIA É a impressão realizada mediante uma matriz permeável. Tal que os elementos que serão impressos são formados por áreas permeáveis ou perfuradas da matriz.
SERIGRAFIA Também conhecido como silkscreen; é um sistema de impressão direta que utiliza uma tela permeável de finíssimos fios sintéticos(seda ou náilon), de modo que é possível imprimir em variados suportes: metais, cerâmica, tecido, plástico, vidro cartões, papéis ásperos. Principalmente usada para impressão de materiais para as sinalizações de ruas, rótulos de CD, papéis de parede, eletro-eletrônicos e reproduções de grande formato; também é usada de modo manual para impressão de cartazes ‘lambe-lambe’.
VANTAGENS: - Barato; - Aceita impressões em múltiplos suportes; - As telas podem ser reaproveitadas; - Enorme diversidade de texturas, densidade e tipos de tinta;
DESVANTAGENS: - Não é indicado para impressões com muita cores; - Pode-se conseguir uma impressão de baixa, média ou alta qualidade para pequenas e médias tiragens isso dependerá da densidade da tela, da mão de obra, da original a ser reproduzida e do equipamento; - É mais adequado e econômico se forem impressos os materiais em grandes quantidades.
SERIGRAFIA
PLANOGRAFIA Na planografia, não há qualquer relevo que determine a impressão: a matriz é plana e é através dos fenômenos físico-químicos de repulsão e atração que os elementos utilizados (tinta, água) se alojam nas áreas gravadas para sua reprodução no suporte (papel).
OFFSET DIGITAL Semelhante ao offset tradicional, o processo possui duas características básicas: a primeira é que a impressão não utiliza água; e a segunda que utiliza uma espécie de platesetters embutida no maquinário (que seria uma en- trada digital de dados – direto do computador para a impressora offset), sistema conhecido como CTP (computer-topress). O que mais destaca ela é o uso de chapas especiais(com áreas de fotopolímero e outras de borracha siliconada que torna a água desnecessária.
VANTAGENS: - Menor ganho de ponto; - Cores mais vibrantes e sutilezas de meios-tons mais nítidos; - Secagem rápida; - Acerto da máquina em menos tempo e conseqüentemente menos perda de papel; - Possível trabalhar com altas lineaturas.
DESVANTAGENS: - Ambientação com controle rigoroso de temperatura e umidade relativa do ar; - Chapas mais caras, o dobro das normais, assim como a tinta é a mais cara; -Custo alto.
OFFSET O offset faz uma impressão indireta, isto acontece pois a superfície da chapa onde está a imagem é lisa e tem pouca fricção com o material – o que poderia deixar a impressão borrada, para que não ocorra durante o processo isso, este realiza-se assim: primeiro pega-se uma chapa metálica que é preparada para se tornar foto-sensível. A área protegida daluz atrai a gordura. Depois a chapa é presa em um cilindro. Esse cilindro rola por um outro menor que contém a tinta. E essa tinta fica na imagem, enquanto o restante fica em “branco”. Um cilindro com uma blanqueta de borracha rola em cima do primeiro ci-lindro (com chapa já pintada). E a blanqueta então absorve melhor a tinta além de proporcionar uma melhor fricção ao papel. Com a imagem impressa na blanqueta, o papel passará então entre a blanqueta e um outro cilindro que fará a pressão. De forma que a imagem é transferida da blanqueta para o papel.
VANTAGENS: - Aceita todo tipo de papel e até alguns plásticos; - Boa qualidade para pequenas, médias e grandes tiragens; -Preços acessíveis e rapidez; -Bom rendimento no traço e fidelidade na reprodução;
DESVANTAGENS: - Reajustes freqüentes dos níveis de água e umidade para não borrar e manter a fidelidade na reprodução; - Decalagem, que é quando a imagem impressão numa folha gruda ou mancha outra pelo excesso de tinta viscosa.
OFFSET
ENCAVOGRAFIA Utilizando justamente o mecanismo inverso ao da relevografia, baseia-se numa matriz em baixo relevo. Os elementos que serão im- pressos são formados por sulcos em baixo relevo na matriz, que armazenam a tinta que será passada para o papel ou outro su- porte mediante a pressão.
ROTOGRAVURA Sistema de impressão direta, desenvolvivido na Alemanha por volta do século 19. A rotogravura tem como principal característica a velocidade de impressão extre- extremamente alta. Recomendado para os projetos gráficos de altas tiragens e que exige grande qualidade na impressão.
VANTAGENS: - Uma alta velocidade de impressão e com qualidade uniforme, a rotogravura imprimi nos mais diversos suportes: papel, papelão, tecido, metal (lataria); - Amplas tonalidades e um preto rico.
DESVANTAGENS: - Alto custo; - Viável apenas para grandes tiragens.
ROTOGRAVURA
ELETROGRAFIA A matriz é plana como nos processos planográficos, porém as áreas que impressas são determinadas, seja na matriz ou no próprio suporte, a partir de fenômenos eletrostáticos - e não físico-químicos. É o caso de processos como a impressão digital, a eletrofotografia e a xerografia. A terminologia para estes processos ainda não está cosolidada, sendo referidos também como processos digitais, eletrônicos, isso devido ao fato de que os originais se constituem em dados informatizados, via computador.
IMPRESSÃO DIGITAL Impressão feita de forma eletrônica. Através de impressoras laser, os arquivos de dados vão direto para o papel. O processo possibilita a impressão de trabalhos em pequenas quantidades, sem usar fotolitos ou chapas.
VANTAGENS: - Ausência de custos fixos; - Acerto de máquina tem custo insignificante; - Boa para baixas tiragens; - Prazos pequenos para a finalização da produção; - Permite alterações de layout in line, ou seja ao obter-se a prova da impressão, é possível na própria impressora corrigir erros sem necessitar o reinício do trabalho.
DESVANTAGENS: - O inconstante gerenciamento de cores; - A qualidade de impressão inferior aos processos tradicionais; - Restrição nos suportes possíveis de se trabalhar.
IMPRESSテグ DIGITAL
médio
médio
rápido
rápido
suportes usados para imprimir
poucos
amplos
amplos
médios
médios
rápido
grande
pode ser todas
boa
boa
boa
grande
grande
grande
grande
pequena
ruim
boa
média
nitidez das imagens e lineatura
mediana
diversidade de cores
rápido
rápido
custo
médios
tempo de secagem
amplos
impressão digital
offset
offset digital
rotogravura
serigrafia
tipografia
flexografia
QUADRO COMPARATIVO ENTRE OS PROCESSOS
-$ -$ -$ +$ +$ -$ +$
MOSTRUÁRIO
ACABAMENTOS GRテ:ICOS
REFILE O refile é conhecido como os cortes feitos na borda do papel necessários para a finalização do impresso. Podendo ser realizado em diversas etapas da produção. Ele possui diversas funções, de acordo com a etapa na qual ocorre. Após a saída da impressora, é utilizado para primeiro eliminar as margens e marcas de impressão,como sangria e marca de corte, reproduzidas na folha de entrada em máquina. Pode ser feito também o refile em lâminas (folhas) soltas, para separar as diversas unidades impressas e deixá-las do mesmo tamanho, em impressos paginados, como livros, revistas, jor- nais, para deixar as folhas iguais, pois feito a encadernação dos cadernos ou dobradura, as folhas podem estar de tamanhos diferentes. E por fim para definir o formato definitivo do impresso, já na etapa final do acabamento.
CORTE O termo corte, ou corte especial, usado para aqueles acabamentos que necessitam de lâminas e específicas, não podendo ser produzidos nas guilhotinas comuns (como é o caso do refile, sendo que esse corte precisa de uma chapa especialmente para aquele impresso específico). Em geral é um recurso muito usado na confecção de embalagens, que necessitam de cortes específicos que realizem a produção das abas e de todo o fechamento que a embalagem necessita. Pode ser usado também como recurso expressivo para a valorização de layouts, inclusive com a inclusão de formas vazadas no papel, como por exemplo, cartões de visita, folders, cartazes. Trata-se de um acabamento caro, pela necessidade da fabricação de uma lâmina de aço com o formato desejado, e único, que é fixada sobre um suporte de madeira: a faca de corte.
REFILE
CORTE
DOBRADURA Para a dobradura necessita-se levar em conta a gramatura do papel para a detreminação das dobras. Existem as dobras comuns como as paralelas (abas viradas para o mesmo lado), as sanfonadas (abas viradas em lados diferentes) e as cruzadas (umas dobra se sobrepþe a outra, ortogonalmente). Em casos mais complexos, as vezes necessita-se que o processo seja manual, aumentando prazo de entrega e custo.
VINCO O processo do vinco é bem simples. Ele é aplicado ao papel para facilitar seu manuseio ou a realização de dobras. Por exemplo, no primeiro caso, ele é utilizado principalmente em capas de brochuras com lombada quadrada, por exemplo de livros, permitindo a abertura da capa sem forçar o papel, sem fazer com o papel sobre ou estrague a encadernação do mesmo.
Pode ser usado também em papéis de maior gramatura, quando queremos fazer um material específico, como, por exemplo, um folder com 3 dobras, é necessário que os vincos fiquem bem marcadas e o papel não “quebre”.
TABELA DE DOBRADURAS
TIPOS DE ENCARDENAÇÃO Ato de juntar folhas de forma que seja mais fácil manuseá-las, geralmente usa-se o método para garantir que páginas avulsas com algum conteúdo em comum não se percam ou estejam juntas para uma consulta. É a última parte do acabamento dos impressos paginados. Ele é dividido em diversos tipos: BROCHURA - Os cadernos são costurados na lombada em forma de acabamento, e colados a uma capa mole normalmente em com papel grosso, ou apenas colados e fresados (sem costura). CANOA - Canoa ou Dobra é a encadernação usada em revistas e panfletos na qual os cadernos são grampeados. ESPIRAL – As folhas são furadas atra- vés de uma máquina, os furos são redondos, sendo inserida uma capa de plástico transparente na frente e uma capa plástica de cor opaca.
WIRE-O - Utiliza o suporte feito em aço, que normalmente é realizado em formas de quadrado ou retângulo, muito utilização para elaboração de agendas, calendários, apostilas e cadernos escolares. Possui um acabamento mais sofisticado e detalhado do material. Permite também a utilização de várias gramaturas de papéis e outros tipos de materiais, como PVC, laminas plásticas entre outros. COM COLA E COSTURA - As folhas são unidas em cadernos na dobra de formato aberto e só então são reunidas lado a lado com uso da cola. Resistente e com mais custo é destinando para impressos grandes. COM TELA - O de maior custo e resistência, inclui além de cola, uma tela para unir todos cadernos. Devido ao aperfeiçoamento dos adesivos, só é usando em edições de luxo ou grandes publicações.
VERNIZ São aplicados somente em papéis como couchê liso, fosco, adesivo, cartão, supremo, duplex e triplex. UV TOTAL – protege e propicia alto brilho ao impresso, mantendo-o menos sujeito a arranhões causados por atrito e outros, indicado para serviços que tenham a duração de circulação de curto e médio prazo. UV FOSCO – sua textura protege e reduz os reflexos da luz, mantendo a qualidade original do impresso. UV LOCALIZADO – destaca objetos ou áreas no impresso, causando um efeito clássico. É indicado para serviços com imagens, logos e outros que tenham a necessidade de destaque. UV LOCALIZADO HIGH GLOSS - super brilho reflete a sensação de relevo nos impressos. É indicado para utilização com reservas de alta qualidade.
LAMINAÇÃO Produz alto brilho a peça gráfica, deixando mais resistente e protegendo-a de arranhões, estouros e quebra de fibras do papel. Indicado para serviços de alta manipulação como livros, catálogos, etc. São aplicadas somente em papéis como couchê liso, fosco, adesivo, cartão, supremo, duplex e triplex. LAMINAÇÃO A FRIO - Os equipamentos de laminação a frio são os mais baratos. Oferece várias opções de filmes: polipropileno, poliéster, policarbonato ou vinil, podendo ser do tipo permanente com alta ou baixa adesão, reposicionáveis, com ou sem proteção UV. LAMINAÇÃO A QUENTE - Os equipamentos são os mais caros. Laminações a quente são essenciais para uma verdadeira encapsulação, pois há uma fixação forte entre os materiais e o impresso pode ser manuseado após o processamento.
PLASTIFICAÇÃO O processo de plastificação consiste em revestir o papel ou cartão impressos com uma película de plástico aplicada sob pressão e calor. Essa operação tem como finalidades melhorar a aparência e proteger a folha impressa (aumentando a resistência ao atrito, servindo como barreira à umidade, resistência à gordura etc). A plastificação é utilizada em diversos produtos gráficos, como capas de livros, revistas, catálogos e manuais. Os filmes de polipropileno ou de polietileno aplicados nesse processo podem ser brilhantes ou foscos. Para um acabamento diferenciado temos como alternativa os filmes metalizados, perolizados, holográficos etc.
LAMINAÇÃO, PLASTIFICAÇÃO E VERNIZ
REFERÊNCIAS BAER, Lorenzo. Produção Gráfica. São Paulo: SENAC São Paulo, 1999 OLIVEIRA, Marina. Produção Gráfica para designers. Rio de Janeiro: 2AB, 2000 Lunardelli, Américo A.; Rossi Filho, Sérgio Acabamento: Encadernação e enobrecimento de produtos impressos, SP, 2004. VILLAS-BOAS, André. Produção gráfica para designers. Rio de Janeiro: 2AB, 2008. BANN, DAVID. Novo manual de Produção Gráfica. 2012
FICHA TÉCNICA DO GUIA CAPA: papel paraná 600g/m² e adesivado com papel couchê TIPOGRAFIA: Urania Czech Regular/ Myriad Pro PÁGINAS INTERNAS: papel report 360º 75g/m² papel offset 180g/m²
Camila Giacomel da Costa