UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE

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Centro Universitário Estácio UNISEB Trabalho Final de Graduação Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo

Projeto de uma Unidade Básica de Saúde

Caderno de projeto do Trabalho Final de Graduação apresentado ao Centro Universitário Estácio UniSEB de Ribeirão Preto como parte dos requisitos para obtenção do grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo. Orientador: Prof. Roberto Luiz Ferreira

Ribeirão Preto,2016

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DEDICATÓRIA Dedico este trabalho às pessoas mais preciosas da minha vida, meus pais; que sempre estiveram presentes em todas as minhas conquistas.

AGRADECIMENTOS Em primeiro lugar agradeço a Deus por mais uma conquista pessoal, pelo amor demonstrado em cada etapa da minha vida. Pelo amparo em momentos difíceis e pela força para superá-los. Agradeço ao meus pais, que são meu alicerce, aos meus familiares, ao meu orientador e a todos que indiretamente participaram deste trabalho.

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IMAGEM DIGITALIZADA LASER

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“Não quero dizer que esse modelo seja o melhor, mas é nesse que nós estamos evoluindo”.

Lelé, João Filgueiras Lima

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DEDICATÓRIA I AGRADECIMENTOS II EPIGRAFE III Sumário IV

1. Introdução

1.1 Contexto histórico do surgimento dos primeiros edifícios hospitalares 1.1.2 Inovações 1.2 Setores da Saúde 1.2.1 Setor Secundário 1.3 UBS 1.3.1 O SUS 1.3.2 O SOMASUS 1.3.3 O SOMASUS NA UBS

2 Objetivos gerais

1.4.1 Objetivos específicos 1.5 Procedimentos metodológicos 1.5.1 Problemáticas do projeto e justificativa 1.5.2 Procedimentos metodológicos 1.6 Organização do caderno

3. Quadro de referência

2.1 Ribeirão Preto-SP 2.2 UBSs em Ribeirão Preto-SP 2.3 Escolha do local para projeto 2.3.1 Primeira opção 2.3.2 Local definitivo

4 Referencias projetuais

3.1 Estudo do entorno da área

5 Proposta projetual

4.1. As condicionantes do terreno 4.1.2. Primeira proposta 4.2 Documentação técnica da proposta final

5. Conclusão

5.1 Síntese das contribuições deste trabalho

6. Referências Bibiográficas

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.Introdução

Contexto histórico do surgimento dos primeiros edifícios hospitalares

1.2 Inovações :

Inicialmente, os “hospitais”, como usualmente chamamos hoje, tinham a função primordial de hospedarem peregrinos e viajantes, estando eles sadios ou não. O conceito de hospital que temos hoje se difere muito de um século atrás. Difícil imaginar como eram esses locais, tão comuns a nós atualmente, mas que outrora não havia nem denominação. É fácil indagar a organização do programa médico/hospitalar ou como eram os edifícios; se simples ou complexos; suas técnicas; se primárias ou especializadas...entre outros questionamentos que podemos ter a respeito do assunto. Se tratando de um trabalho de conclusão de curso voltado para área de Arquitetura e Urbanismo, vamos focar na sua organização, nos edifícios e até em alguns procedimentos associados aos mesmos.

As inovações dentro do desenvolvimento do que hoje entendemos comaarquitetura hospitalar, em resumo, foram as seguintes: No período compreendido como Idade Média, houveram inovações sanitárias, quanto ao tratamento de esgoto. Além disso, eles começaram a ter noções de ventilação e começaram a aplica-las de forma prática em sua arquitetura. Outra novidade nesta fase é que apenas a enfermaria romana permitiu que o paciente pernoitasse. (MIQUELIN,1992) No renascimento, A preocupação com a área sanitária fez com que houvesse, em sua arquitetura e planejamento, grande diferenciação da era medieval. Enquanto no medievalismo os hospitais se instalavam próximos aos cursos d’ agua ou sob os rios, encontramos nesta fase relevantes mudanças que trouxeram independência a esse tipo de instalação. (MIQUELIN,1992)

Os edifícios eram abadias e se situavam geralmente nas trilhas das cruzadas e tinham como principal elemento arquitetônico básico, a nave da igreja cristã, articulada em layouts de formato quadrado, fortemente influenciados pelos claustros. (MIQUELIN,1992)

Haviam cabines sanitárias junto aos leitos e um sistema de esgotamento dos efluentes para as fossas. O sistema de esgoto possuía um engenhoso dispositivo de autolimpeza que aproveita a pressão e volume das águas pluviais.

“Os edifícios citados, tinham a função de proteger as pessoas que estavam do lado de fora e não viam como prioridade a melhora dos pacientes que aguardavam sob custódia. No entanto, era deste modo que naturalmente eram conduzidos os enfermos”. (MIQUELIN,1992, página 27)

A Era Industrial, no âmbito da arquitetura, inaugurou uma linhagem da morfologia pavilhonar, que dispõe de edifícios monoblocos verticais de origem norte americana, o que não ocorria até então na época.

“Na Idade Média, esses poucos hospitais eram associados a morte, pois seu objetivo básico, além do hospedar, era confinar pessoas que estavam doentes e prepara-las para uma eventual morte. Surge-se a ideia de paciente, pois pacientemente essas pessoas aguardavam o curso dos acontecimentos”. (MIQUELIN,1992, página 27)

No Brasil, um exemplo de arquitetura Pavilhonar é a Santa Casa de Misericórida, São Paulo, capital, também reconhecida por ser referência no curso de medicina pela Faculdade USP. O edifício foi projetado pelo engenheiro italiano Luis Pucci.Foi inaugurado com menos de 150 leitos,chegando até mais de 1000 pacientes na década de 70. (MIQUELIN,1992)

Houveram vários momentos ao longo da história até se chegar ao conceito que temos hoje, de um edifício que atende e hospeda doentes e que visa recuperar o estado saudável de seus pacientes no menor prazo possível de tempo. (MIQUELIN,1992)

Na década de 80, após algumas crises econômicas, foram reduzidos para 700 o número de leitos e num processo não planejado, sucessivas reformas, o crescimento desde hospital- escola tornou-se desordenado, com inúmeras passagens subterrâneas de 1km que ligam um pavilhão a outro. O processo natural que houve com a Santa Casa, pode ser atribuído ao ensino, que multiplicou os edifícios departamentais estanque, duplicando serviços, recursos humanos e materiais. (MIQUELIN,1992)

Um dos grandes momentos da história da arquitetura hospitalar, é o de Florence Nightingale, uma enfermeira, que afirmou em 1859 “...embora pareça estranho, é importante estabelecer que a primeira condição para o funcionamento de um hospital é que ele não cause nenhum mal ao paciente”. (MIQUELIN,1992)

Por fim, após um século e meio, este pensamento veio se transformando e viu-se a possibilidade de salvar e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. (MIQUELIN,1992)

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Santa Casa de Misericórdia na década de 70 e após os anos 80; respectivamente.

Na cidade que será local do objeto de estudo, Ribeirão Peto, temos a Fundação Maternidade Sinhá Junqueira, que tem capacidade para 120 leitos e 8.100m² construídos. O edifício retoma o modelo “torre-bloco”, organi zando as áreas de admissão e alta, pacientes externos, serviç os auxiliares de diagnóstico e de apoio logístico num bloco mais extenso de dois pavimentos. Corte A do Edifício Sinhá Junqueira

Fonte : Anatomia dos edifícios hospitalares, página 46

Seu programa hospitalar Fonte : Anatomia dos edifícios hospitalares, página 46

Fonte : Anatomia dos edifícios hospitalares, página 114.

Pré contemporânea A fase Pré ContemporâneaAo retomarmos as notas da enfermeira Florence Nightingale, uma das mais importantes inovações da história, vemos que suas maiores críticas aos hospitais em que residia era a falta de ventilação natural, de standares adequados a iluminação e a superlotação de leitos, não respeitando uma área (m²) mínima. A partir dessas observações, ela estabeleceu dimensões básicas para que tudo fluísse de forma favorável a melhora do paciente, com suficiente iluminação e ventilação. Basicamente, um salão longo e estreito com leitos dispostos perpendicularmente em relação às paredes perimetrais; um pé direito generoso e janelas altas entre um leito e outro de ambos os lados do salão garantiam ventilação cruzada e iluminação natural.(MIQUELIN,1992) “As instalações sanitárias ficavam numa das extremidades com ventilação em três faces do bloco. Locais para isolamento do paciente terminal, escritório da enfermeira chefe, utilidades, copa e depósito ocupavam o espaço intermediário entre o salão e o corredor de ligação com outros pavilhões. Um posto de enfermagem é implantado no centro do salão, onde ficava o sistema de calefação (quando existente) ou a lareira”. (MIQUELIN,1992, pagina 47)

A enfermaria Nightingale se tornará o modelo de internação a partir de 1867 por no mínimo 50 anos. (MIQUELIN,1992)

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de saúde, o SUS foi criado, em 1988 pela Constituição Federal Brasileira, para ser o sistema de saúde dos mais de 180 milhões de brasileiros. (Portal 1.3 Setores da Saúde da saúde ,2016) O setor da saúde, destinada à população está segmentada em três áreas A Política Nacional de Atenção Básica tem como prioridade a Rede de Atenção à Saúde, orientada pelos princípios da universalidade, acessibilide atendimento: dade, vínculo, continuidade do cuidado, integralidade da atenção, respon1) Atenção primária de Saúde (APS): Os médicos da saúde da família, sabilização, humanização, equidade e participação social. (Ministério da que executam trabalhos preventivos com uma população de determinado Saúde,2012) local. São programas educativos de mudanças de hábitos alimentares, “A Estratégia Saúde da Família (ESF) visa à reorganização da atenção básihigiene pessoal, campanhas de vacinação de crianças, idosos. A finalica no País, de acordo com os preceitos do Sistema Único de Saúde, e é tida dade é que os acompanhamentos dessas famílias de determinada região pelo Ministério da Saúde e gestores estaduais e municipais como estratégia de consigam a longo prazo adquirir esses novos hábitos e diminuir os riscos expansão, qualificação e consolidação da atenção básica por favorecer uma reorientação do processo de trabalho com maior potencial de aprofundar os prinde contaminações geradas por problemas sanitários do ambiente. 2) Atenção Secundária de Saúde (ASS): É uma unidade hospitalar pública destinada à população de uma microrregião do Estado, definidas pelo plano diretor da cidade que atendem ao SUS (Sistema Único de Saúde) e em alguns casos, planos de saúde. Nessas unidades são prestados atendimentos especializados como pediatria, obstetrícia, clínica médica, além de tratamentos continuados da saúde da família. Nestes locais, a população dos bairros vizinhos, podem e devem ser atendidas com consultas agendadas para diferentes especialidades (citadas anteriormente); exceto em casos emergenciais ou clínicos gerais. O horário de funcionamento dessas unidades são durante o dia e não 24hs, como em hospitais. A unidade básica de saúde ao qual vamos falar, se encaixa neste segmento secundário.

cípios, diretrizes e fundamentos da atenção básica, de ampliar a resolutividade e impacto na situação de saúde das pessoas e coletividades, além de propiciar uma importante relação custo-efetividade”.(Portal da Saúde,2016)

No programa deste estabelecimento/Unidade, sugere-se uma equipe multiprofissional (equipe de Saúde da Família – eSF) composta por, no mínimo: (I) médico generalista, ou especialista em Saúde da Família, ou médico de Família e Comunidade; (II) enfermeiro generalista ou especia lista em Saúde da Família; (III) auxiliar ou técnico de enfermagem; e (IV) agentes comunitários de saúde. Podem ser acrescentados a essa composição os profissionais de Saúde Bucal: cirurgião-dentista generalista ou especi alista em Saúde da Família, auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal. (Portal da Saúde,2016)

3) Atenção Terciária de Saúde (ATS): É uma unidade de saúde que oferece serviços ambulatoriais e hospitalares especializados de alta com1.3.2 O SOMASUS plexibilidade e está organizada em polos macrorregionais, que são os hospitais. O SOMASUS, Sistema de Apoio à Elaboração de Projetos em Investimentos de Saúde Unidades Básicas de Saúde (UBS) Conceito: são locais onde você pode receber atendimentos básicos e gratuitos nas áreas médicas de Pediatria, Ginecologia, Clínica Geral, Enfermagem, Ortopedia, Odontologia entre outros serviços especializados dependendo da Unidade. Entretanto, os principais são as consultas médicas, inalações, injeções, curativos, vacinas, coleta de exames laboratoriais, tratamento odontológico, medicação básica (farmácia) e encaminhamentos para outras especialidades médicas ou unidades hospitalares. 1.3.1 O SUS ,Sistema Único de Saúde O Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo. Ele abrange desde o simples atendimento ambulatorial até o transplante de órgãos, garantindo acesso integral, universal e gratuito para toda a população do país. Amparado por um conceito ampliado

O SOMASUS é uma ferramenta gratuita que orienta estados, municípios e instituições de saúde vinculadas ao SUS na elaboração de projetos de investimentos. É um elemento estratégico e facilitador do planejamento, da gestão e da organização da saúde pública, que visa garantir uma assistência humanizada e de qualidade à população brasileira. Ele foi criado com base na conhecida existência de deficiências e problemas na saúde do país, particularmente, na área de infraestrutura. Características como: população, demanda, perfil epidemiológico e recursos disponíveis, que devem estar presentes nos projetos de investimentos e geraram a necessidade de desenvolver mecanismos para auxiliar a tomada de decisões e a ampliação da oferta de saúde. Dentro da área da saúde, nos projetos, ele auxilia nos tipos e quantidades de equipamentos, materiais permanentes e suas especificações técnicas mínimas. Tipos possíveis de serviços de saúde e seus respectivos ambientes físicos. Dimensões mínimas necessárias a cada ambiente (SOMASUS,2016); É baseado nele, que faremos o projeto dentro do sugerido por este sistema -11-


público de saúde. 1.3.3 O SOMASUS e a UBS Temos como objetivos gerais criar uma Unidade Básica de Saúde em Ribeirão Preto-SP, Brasil, que atenda a população que está surgindo na área Leste da cidade, mais especificamente no bairro Candido Portinari. A finalidade é atender ao máximo número de famílias dos bairros circunvizinhos, influenciando fortemente na melhoria de suas qualidades de vida. Além disso, proporcionar através da arquitetura, conforto aos usuários deste serviço público de saúde.

O programa adotado pelo SOMASUS para o projeto da UBS X áreas mínimas que ele propoe X áreas a serem projetadas:

ÁREA MÉDIA SUGERIDA(M²)

ÁREA A SER PROJETADA(M²)

Sala de Att individualizado

11,35 M²

15,4m²

Sala de Educação em saúde

18,35M²

26,95m²

Sala de Imunização

13,90M²

15,4m²

Sala de armaz. E distribuição

10,80M²

12,55m²

Sala de relatório

11,70M²

15,4m²

Sala de prep. De paciente

11,35M²

15,4m²

Sala de serviços

8,65M²

11,55m²

Sala de curativos

10,80M²

11,55m²

Sala de reidratação

20,20M²

23,1m²

Sala de inalação individual

3,25M²

7,7m²

Sala de inalação coletiva

8,10M²

11,65m²

Sala de aplicação de medicamento

7,95M²

11,55m²

Cons. indiferenciado

11,35M²

15,4m² (3unidades)

Cons. Ginecologia

11,35M²

15,55m²

Cons. De serviço social

9,M²

11,55m²

Cons. De ortopedia

14,40M²

19,25m²

Cons. Oftalmologia

15,15M²

19,25m²

Cons. Odontológico individual

14,40M²

19,25m²

Cons. Odontológico coletivo

17,30M²

19,25m²

FLUXOGRAMA

Ações Básicas de Saúde

Enfermagem

Consultórios

Fonte: site da secretaria da saúde

O SOMASUS tem 4 volumes, para ambientes diferentes na área hospitalar. Ele da sugestões de layout, assim como medidas mínimas etc.

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2.

Objetivos específicos

Temos como objetivos específicos projetar uma UBS (Unidade Básica de Saúde), no bairro Candido Portinari, que ofereça aos usuários, conforto e qualidade no atendimento através do edifício, da arquitetura, desenvolvida em função dos fluxogramas médicos, funcionários e de pacientes. Além do mais, que seja possível a escolha de materiais mais favoráveis ao conforto térmico do local e de uma estrutura de cobertura que permita uma ventilação e iluminação mais natural e adequada às condições climáticas da cidade, que por sua consequência, contribuirá com o meio ambiente evitando desperdício de energia elétrica. O conforto visual através de jardins e uma área verde abrangente ao edifício, também faz parte do partido deste projeto.

2.1 Procedimentos Metodológicos 2.2 O problema do projeto e justificativa Encontramos ao longo do processo, uma busca incessante para o melhor local de implantação da nova UBS. Foram várias possibilidades estudadas e posteriormente descartadas por diversos motivos, o mais frequente foi a localização. Descobrimos que algumas UBSs já existentes, já abrangiam as áreas escolhidas e por este motivo, tivemos que abortar a ideia de planejamento no local. Isto é, devido ao fato de que, cada UBS, tem sua área de abrangência; bairros que ela tem por finalidade alcançar. Deste modo, todos os bairros abrangidos por uma UBS; já definidos pela secretaria da saúde com a prefeitura da cidade, devem ser considerados, com RARAS exceções. É neste momento que, na terceira tentativa a procura do o terreno para implantação, encontramos um alvo propenso e favorável a receber uma unidade nova. Um bairro novo em uma área de expansão na cidade. O bairro Cândido Portinari. De acordo com o plano diretor, as zonas de crescimento da cidade se delimitavam a preencher os vazios dentro do seu perímetro de abrangência municipal. No entanto, as ocupações territoriais, se direcionaram para a região sul da cidade, que por consequência, associou-se a especulação imobiliária, deixando essa área mais nobre, devido ao significativo aumento do seu valor imobiliário no mercado em relação as outras zonas da cidade. Mapa atual do município com identificação da área dentro do perímetro Urbano, Zona de Expansão Urbana e Zona Rural.

Fonte : Site do Planejamento Urbano de Ribeirão Preto. -13-


Os mapas mostram a evolução da mancha urbana, com destaque para o crescimento na região sul e posteriormente, para região Leste, o objeto do nosso estudo.

Fonte : Site do Planejamento Urbano de Ribeirão Preto.

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Neste mesmo sentido, a população de baixa renda, foi ocupando áreas mais desvalorizadas em relação ao mercado imobiliário, almejando uma melhor qualidade de moradia e de vida, mesmo em lugares mais distantes do “antigo” (quadrilátero central) e dos novos centros(aqueles que surgiram e propiciaram novas áreas de crescimento através de um comercio localizado fora da área central, como a Av. Professor João Fiusa, o Shopping Iguatemi, entre outros) urbanos de Ribeirão Preto. Por isso, ao chegarmos neste novo local, definido para o projeto, analisamos todas as UBSs já existentes, suas áreas de abrangência e constatamos que a UBS mais próxima deste bairro, é a unidade Carlos Chagas, no entanto, ela se distancia em muitos quilômetros da população do bairro de estudo. O mapa mostra a distância direta entre a UBS Carlos Chagas e o terreno escolhido, no entanto, se percorrermos o caminho convencional e mais adequado, pelas vias, observaremos que chegará a quase 6km de distância.

Local da nova UBS

3km de distancia

Considerando as novas constatações, procuramos o órgão público r’esponsável e nos comunicamos diretamente com a Responsável pela área do Distrito Leste da secretaria da saúde, Maria de Lourdes, onde enxergamos a possibilidade; mais que justificada; de implantarmos no bairro Cândido Portinari, a nossa proposta de uma UBS. O desejo de implantar no local, não apenas mais uma UBS, mas um edifício que fosse capaz de atender as necessidades de médicos, funcionários, pacientes e seus acompanhantes, de modo que ambos estivessem satisfeitos com a qualidade e o atendimento do local. M a s c o m o s e r i a i s s o ? Ao longo das pesquisas, foi avaliado que nem sempre o fluxograma do local correspondiam às atividades que ocorriam ali e que muitas vezes, se tornava caótico, como no caso relatado por um funcionário da área médica do Hospital da UNIUBE, em Uberaba-MG, em que o fluxo de médicos e pacientes se cruzavam e não apenas isso; ambos dividiam o mesmo espaço de circulação para o atendimento, que levam às salas; o que geram muitas reclamações por ambas as partes. Os médicos reclamam que não tem privacidade de sair das salas para ir aos sanitários ou mesmo comer, pois as pacientes os aguardam em frente às salas de atendimento e geram um desconforto quando este precisa sair, pelo fato de estar aguardando atendimento. Além de outros problemas gerados pelo fluxograma, como o da área de alimentação ser restrita a parte interna do edifício e em um local distante de todos os funcionários do hospital. Ainda tem a questão de os pacientes e seus acompanhantes estarem restritos a área de espera, sem poder se alimentar neste período que aguardam atendimento. Quando conseguem há toda uma burocracia para adentrar o local e se chegar a área de alimentação. Outro ponto, está relacionado a parte estrutural do edifício, ocorre que muitas vezes ela não está adequada a realidade do local, da cidade em que está implantado. No caso de Ribeirão Preto, uma cidade de altas temperaturas médias anuais, que requer um local que haja circulação do ar frequente, que seja bem ventilado e composto por materiais e técnicas construtivas que tragam este conforto térmico aos usuários.

UBS Carlos Chagas

O mapa destaca a distancia entre os dois locais no bairro Cândido Portinari

Fonte google maps

Temperaturas médias anuais de Ribeirão Preto-SP -15-


Fonte : Fonte: Nacional de Meteorologia ,2016

1.4.2.Procedimentos metodológicos 1.4.2.1.Pesquisa teórica Nossa pesquisa teórica foi voltada para os seguintes temas: Arquitetura Hospitalar, sua concepção inicial, sua estrutura física, organização espacial e tecnologias aplicadas às respectivas épocas de evolução até os dias atuais. Posteriormente, o programa de um hospital e mais especificamente, de uma UBS ; a área administrativa hospitalar; sua organização de trabalho interna e externa, voltada para médicos e funcionários e pacientes respectivamente. Além do mais, as normas da NBR 9050, referente a acessibilidade ; as normas RDC 050, de normas hospitalares. Por fim, utilizamos as normas propostas pelo governo, através dos volumes do SOMASUS, que sugerem modelos de diversos ambientes e seguimentos hospitalares. 1.4.2.2.Pesquisa documental A pesquisa documental feita é sobre a cidade e o local da implantação do projeto. Levantamos informações sobre as UBSs da cidade e do distrito Leste, onde abrange a área o a ser trabalhada. De maneira geral, mostramos mapas de uma área macro da cidade referente a hierarquia viária; acessos; topografia; hidrografia e vegetação. Por fim, os levantamentos do bairro e do terreno, de uso e ocupação do solo, mapa gabarito, declividade, topografia e vegetação.Além dos levantamentos em geral, fizemos fotos do terreno, leituras projetuais com temas relacionados ao nosso (tais como unidades hospitalares referência em conforto térmico; uma clínica cardiológica com uma circulação e fluxograma bem definido e uma UBS existente referência na região entre outros). 1.4.2.3.Pesquisa de campo A pesquisa de campo produziu fotos do terreno; uma visita a UBS da Castelo Branco, distrito leste; do hospital Ribeirânia; outra a secretaria da saúde, em busca de dados com a coordenadora do distrito leste de ribeirão Preto, Maria de Lourdes e por fim, uma ida ao Hospital da Uniube em Uberaba-MG, para conhecer sua estrutura e seu programa, fluxograma em detalhes. 1.5.Organização do caderno O caderno é organizado em 5 itens, são eles: -Introdução

-Quadro de referência

-Proposta projetual -Conclusão -Referências bibliográficas Na introdução explicamos o objetivo do trabalho, o tema, o caderno, a metodologia utilizada. No quadro de referências abordamos as teorias que embasam este trabalho, que neste caso vai desde a escolha do local a sua concepção e partido do projeto, que nesta etapa se encontram nas leituras projetuais. Na proposta projetual temos a explicação do projeto propriamente dito. As condições do local, as primeiras propostas, a evolução do desenho, a justificativa de cada escolha, o partido arquitetônico, entre outros. O item 4 é uma conclusão de todo o trabalho, e, por fim, o item 5 é onde se encontram todas as referências bibliográficas utilizadas para embasar este trabalho. 2. Quadro de referência 2.1 Ribeirão Preto-SP Em 1983, foi definida uma lei que estabelece a divisão territorial chamada de subsetor, que é delimitada por -16-


cursos d’ agua e pelas principais avenidas.

2.2 UBSs em Ribeirão Preto-SP

Destaque para área central da cidade e o Bairro Cândido Portinari, que iremos trabalhar. Fonte: Secretaria da Saúde,distrito Leste de Ribeirão Preto-SP

Ribeirão é separada por distritos Norte, Leste, Oeste e Sul na área da saúde. Fonte: Secretaria da Saúde,distrito Leste de Ribeirão Preto-SP

As suas zonas de abrangencia e seus bairros respectivamente: CENTRAL :UBS CAMPOS ELISEOS UBS JARDIM JOÃO ROSSI UBS VILA TIBÉRIO LESTE UBS Castelo Branco (MAIOR) UBS Bonfim Paulista UBS Jardim Juliana UBS Santa Cruz -17-


UBS São José UBS Vila Abranches

80 a 84 anos

0,64

75 a 79 anos

0,65

70 a 74 anos

0,96

65 a 69 anos

UBS Cândido Portinari (Proposta de Projeto)

1,29

60 a 64 anos

1,82

55 a 59 anos

2,46

50 a 54 anos

NORTE UBS Jardim AeroportoUBS MarincekUBS Quintino Facci I UBS Ribeirão Verde UBS Simioni UBS Vila Mariana UBS Valentina Figueiredo

15 a 19 anos

2,83 3,43 4,00 3,91

3,96

4,28

4,60

4,85

4,90

5,00 4,25

4,40 3,47

10 a 14 anos

3,47

3,20

5 a 9 anos 0 a 4 anos

OESTE UBS Dom Mielle UBS Ipiranga UBS Jardim Presidente Dutra UBS José Sampaio UBS Vila Recreio

2,26

3,66

35 a 39 anos

20 a 24 anos

1,62

3,57

40 a 44 anos

25 a 29 anos

1,27

2,98

45 a 49 anos

30 a 34 anos

1,25 0,94

2,82 2,70

3,09 2,75 2,70

NOTA: As faixas etárias da população atendida pelo distrito Leste Distrito que irá abranger a localização do projeto da nova UBS no bairro Candido Portinari. Predominam o atendimento de jovens de 25 a 29 anos e adultos de 30 a 34 anos pelas UBSs deste distrito.

2.3 Escolha do local para projeto

SUL UBS Adão do Carmo Leonel UBS Jardim Maria das Graças UBS Parque Ribeirão Preto

A escolha do local é algo crucial para o projeto funcionar, pois está relacionada diretamente aos futuros usuários; aos acessos através das vias até este local; o terreno e sua topografia; ao seu entorno entre outras condicionantes. 2.3.1 primeira opção

DESTAQUE para UNIDADE Castelo Branco,do distrito LESTE, uma das maiores da cidade. Localização : Rua Dom Luis do A. Mousinho, 3.300

Área da primeira proposta foi no Bairro Ribeirão Verde, posteriormente veio a ser a area do Cândido Portinari.

Serviços prestados À população : Atendimento Básico:Clínica Médica Pediatria Ginecologia e Obstetrícia Odontologia Enfermagem Assistência Farmacêutica Vacinação Teste do Pezinho Planejamento Familiar Assistência Domiciliar Atendimento de Especialidades:Serviço Social Fonoaudiologia Psicologia Ambulatório de Saúde Mental Ambulatório de Moléstias Infectocontagiosas Centro de Testagem e Aconselhamento Fonte: google maps,2016. -18-


2.

Referencias projetuais

2.1

Rede Sarah Kubitschek

A rede Sarah Kubitschek é uma homenagem à mulher de Juscelino Kubitschek, que desde a época em seu governo em MG, ela já possuía uma entidade filantrópica –Associação das Voluntárias do Estado de Minas Gerais. Quando Juscelino assumiu a presidência, a entidade ganhou reconhecimento nacional e passou a ser responsável pelos hospitais públicos de atendimento a pessoas carentes. (Wikipedia) Foi instituída a lei n° 8246 que criou a APS –Associação das Pioneiras Sociais- serviço social autônomo, de direito privado e sem fins lucrativos (RIBEIRO,2004). O objetivo da APS, é dar retorno ao imposto pago por qualquer cidadão, em forma de um atendimento médico de qualidade e gratuito, formando e qualificando profissionais de saúde, desenvolvimento tecnológico de pesquisa cientifica (LIMA,1999 apud RIBEIRO 2004). Para isso, ela se estabeleceria em todo território nacional, como de fato aconteceu. Os hospitais da rede Sarah, tem como objetivo a reabilitação e o o atendimento de vítimas de politraumatismos e problemas locomotores. A primeira unidade foi em Brasilia-DF, seguindo-se posteriormente por ->Belém-PA ->Fortaleza-CE ->Rio de Janeiro –RJ ->São Luis-MA. As redes Sara

->Belo Horizonte –MG -> Macapá –AP ->Salvador –BA

especialmente nos estados da região nordeste do país e em Brasília, cuja construção acompanhou. Apesar de ter nascido, crescido e se formado no Rio de Janeiro, passou a maior parte da vida adulta em Brasília A obra arquitetônica de Lelé caracteriza-se especialmente pela busca da raciocuja construção acompanhou. Apesar de ter nascido, crescido e se formado no Rio de Janeiro, passou a maior parte da vida adulta em Brasília e em Salvador. É conhecido popularmente por Lelé. (Wikipedia) Sua atuação junto a rede Sarah , foi de comandar o Centro de Tecnologia da Rede Sarah (CTRS), onde desenvolveu os projetos e a execução dos novos hospitais da rede. Trabalhando para a CTRS, também desenvolveu projetos de mobiliário hospitalar, entre os quais destaca-se uma cama-maca móvel utilizada bastante pelos hospitais da rede. Com a CTRS, trabalhou ainda na construção de sedes do Tribunal de Contas da União em diversas cidades, como Salvador, Aracaju, Cuiabá, Teresina, Vitória e Belo Horizonte. nalização e da industrialização da arquitetura. Durante sua trajetória chegou a propor métodos e processos de pré-fabricação de elementos construtivos inéditos no país JUSTIFICATIVA DA ESCOLHA DO PROJETO: Os fatores que me levaram a escolher este projeto,foram todos os fatores que permeiam o conforto ambiental, principalmente por se tratar de uma região de clima quente e úmido como o Rio de Janeiro e principalmente as soluções empregadas por Lelé para trazer uma comodidade e qualidade de vida para os usuários do hospital. Como veremos a seguir, foi genial suas ideias e estratégias e é isto que nos chama a atenção. LOCALIZAÇÃO: Rio de Janeiro -RJ

A rede Sarah do Rio de Janeiro, será nosso objeto de estudo de referência.

Unidade SarAh no RIO DE jANEIRO

O arquiteto

João da Gama Filgueiras Lima foi um arquiteto brasileiro, cuja obra é reconhecida especialmente pelo conjunto de projetos que desenvolveu junto -19-

DIRETRIZES Apesar deste projeto, em especial, ter características particulares do terreno e local, as redes Sarah em geral, tem um padrão a seguir : -Um sistema horizontal com áreas de tratamento e de internação integradas a espaços verdes.


-Criar iluminação natural para todas as áreas do hospital, com exceção do centro cirúrgico e salas de equipamentos técnicos que não são recomendadas iluminação natural, apenas artificial, -Criar sistemas alternativos de ventilação natural e ar condicionado, privilegiando o primeiro. -Criar na cota 2m, um pavimento técnico evitando aterros onerosos. * Neste projeto aumentar o potencial dos espaços internos em função da complexibilidade, ainda mais com a demanda que irá absorver de toda região sul do país. Destacar a flexibilidade a mudanças no layout do refeitório e fisioterapia. Para atender a essas diretrizes, foram projetadas grandes coberturas com pés direitos variáveis superiores a 8m, formando sheds, que são independentes da organização dos ambientes internos. Os tetos planos, foram construídos com peças basculantes de policarbonato, guarecidas de caixilhos metálicos. O espaço entre os pés-direitos, maiores de 4m, fazem um grande espaço ventilado e um difusor de luz solar que penetra entre os sheds. Nos hospitais da rede Sarah, observa-se uma organização por grupos de similaridades, interligados por jardins. No caso desta rede em especial, a organização acontece em 4 blocos: Serviços

A figura ilustra os sheeds

Fonte : Archdaily

Detalhe dos sheds na cabertura.

Os tetos planos, foram construídos com peças basculantes de policarbonato, guarecidas de caixilhos metálicos. O espaço entre os pés-direitos, maiores de 4m, fazem um grande espaço ventilado e um difusor de luz solar que penetra entre os sheds. Nos hospitais da rede Sarah, observa-se uma organização por grupos de similaridades, interligados por jardins. No caso desta rede em especial, a organização acontece em 4 blocos: Serviços Técnicos, Serviços Gerais, Internação e bloco do centro de estudo, Residência médica e auditório. Fonte : Archdaily

VENTILAÇÃO Levando em consideração o clima marcante da cidade do Rio de Janeiro, por ser quente e úmido, foi preciso adotar uma estratégia diferente das executadas nos outros hospitais da rede Sarah. O arquiteto Lelé, propõe um sistema de ventilação flexível, com três alternativa para o controle de ventilação e iluminação naturais de cada ambiente. As esquadrias localizadas no teto, fazem os sistemas serem independentes entre si.

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A figura ilustra a entrada do vento através da cobertura, permeando os As figuras abaixo mostram como o a iluminação natural entra no ambiente através dos sheds e como esse ar se dissipa posteriormente. ambientes e saindo pelos sheds.

Fonte : Archidaily Fonte : Archidaily

ILUMINAÇÃO

INFLUENCIA DAS CORES E TEXTURAS

Todos os tipos de iluminação zenital ou pela cobertura provêm uma iluminação uniforme e com características significativamente diferentes da As características dos materiais como: textura, densidade, cor é uma importante resposta térmica, psicológica e acústica dos fechamentos. Eles permiiluminação lateral. (ROBBINS,1996, pagina 87) tem a passagem de vento e luz sem comprometer o controle de acesso ou delimitação de espaços ou áreas restritas. Também pode ser um elemento SHEDS importante em ambientes de transição. A iluminação por sheds pode ser uma ótima alternativa para iluminar Em cada projeto é possível observar obras de artistas plásticos, como Athos Bulção, que trazem um estimulo psicológico aos pacientes e criam ambienáreas de uso interno como ambulatórios e hospitais. A luz proveniente do topo é a técnica natural mais fácil de ser integrada tes mais agradáveis. 47 a iluminação artificial. Além do mais, permitem a passassem e saída do ar Observem as imagens ao lado, a primeira do lado superior, separa ambiente quente através das aberturas da cobertura. externo de interno e a segunda utiliza-se do elemento na área interna, delimitando um controle de acesso e passagem de luz. Fonte : Archidaily

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SISTEMA CONSTRUTIVO Estrutura usada no Hospital Sarah

fonte Archidaily

AREA VERDE DO EDIFICIO A influência da vegetação natural do terreno, tende a melhorar a temperatura e absorver parte da insolação, esfriando através da evaporação. (OLGYAY,1998 P.51) Os jardins no hospital integram os 4 blocos, deixando os ambientes que neles permeiam mais agradáveis e com mais conforto térmico, visto que a cidade tem altas temperaturas. Há uma área livre entre o bloco de internação e o bloco de serviços, que servem para atividades de fisioterapia ao ar livre.

Fonte : Archidaily

Fonte Archdaily

A estrutura do piso técnico é constituída de vigamento metálico, vencendo vãos de 2,50m; 3,125m; 3,75m ou 5m e apoiado em pilares também metálicos, que recebem as cargas das lajes, pré-fabricadas com argamassa armada, com 0,625m de largura e comprimentos variáveis de 250m, 3,125m ou 3,75m. Essas lajes possuem armação de incorporação ao contra piso armado executado após sua montagem. Todos do hospital são totalmente flexíveis. Os pilares suportam as vigas dos tetos, são fixados sobre o piso acabado em porcelanato. As instalações correm em geral no piso técnico. Os circuitos elétricos destinados à iluminação se distribuem em canaletas visitáveis nas vigas dos tetos. As divisórias em argamassa armada são duplas, ou seja, duas peças isolados entre si com calços de borracha, de modo a se obter o melhor isolamento termo acústico entre os dois ambientes contíguos. A estrutura do piso técnico é constituída de vigamento metálico, vencendo vãos de 2,50m; 3,125m; 3,75m ou 5m e apoiado em pilares também metálicos, que recebem as cargas das lajes, pré-fabricadas com argamassa armada, com 0,625m de largura e comprimentos variáveis de 250m, 3,125m ou 3,75m. Essas lajes possuem armação de incorporação ao contra piso armado executado após sua montagem. Todos do hospital são totalmente flexíveis. Os pilares suportam as vigas dos tetos, são fixados sobre o piso acabado em porcelanato. As instalações correm em geral no piso técnico. Os circuitos elétricos destinados à iluminação se distribuem em canaletas visitáveis nas vigas dos tetos. As divisórias em argamassa armada são duplas, ou seja, duas peças isolados entre si com calços de borracha, de modo a se obter o melhor

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isolamento termo acústico entre os dois ambientes contíguos.

2.2 HOSPITAL HISHAM A. ALSAGER CARDIOLOGICA Localização: Sabah Medical Region,Kuwait Arquitetos: Nasser B. Abulhasan, Joaquin Pérez-Goicoechea Fonte de pesquisa: Site Archdaily

Fonte archdaily

O Corredor-varanda da área de internação tem abundancia na iluminação natural em sua cobertura em formato de arco e feita de policarbonato transFonte Archdaily lúcido, e com sistema mecanizado de abertura. Imagens do corredor-varanda do Hospital

INTRODUÇÃO Edifícios médicos são geralmente vistos como espaços com conotações negativas, especialmente quando se refere a centros de reabilitação onde os pacientes permanecem por longos períodos de tempo. Portanto, no processo de concepção do Hisham A. Alsager Cardiac Center, era mudar essa percepção e para construir um espaço positivo, aquele que é capaz de agir como um hub para a atividade social, em vez de apenas um centro médico.

Fonte archdaily

“Neste ponto , o primeiro elemento a considerar foi o exterior do edifício ( incluindo o volume e a sua relevância,uma vez que é o primeiro ponto de ligação entre o paciente , centro médico e ao meio ambiente . Em vez de tratar o volume geral como um mero recipiente de funções, arquitetos AGI desenvolveu uma proposta que é formalmente semelhante a uma das infra-estruturas sociais e culturais. Um volume acentuado que contém duas grandes aberturas vermelhos na fachada , estes convidar o acesso ao edifício e sugere ao visitante o que vai encontrar no interior . A pedra folheados fachada fornece a proteção necessária para as duras condições meteorológicas do Kuwait e garante um desempenho altamente sustentável, com baixa manutenção”. (Archdaily)

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“O coração deste projeto está presente na concepção do átrio central: a de três andares de altura espaço de cor vermelha, no qual as áreas de espera e circulações aberto a. Vários pátios fornecer o espaço com luz natural para experimentar a arquitetura espaçosa, em contraste com salas mais pequenas que são normalmente encontrados neste tipo de edifícios. Os pacientes mover de e para este espaço central (a fonte de luz e vida), como glóbulos vermelhos fazer, e são recebidas nas clínicas e diferentes departamentos para ser colocado de volta no


“O coração deste projeto está presente na concepção do átrio central: a de três andares de altura espaço de cor vermelha, no qual as áreas de espera e circulações aberto a. Vários pátios fornecer o espaço com luz natural para experimentar a arquitetura espaçosa, em contraste com salas mais pequenas que são normalmente encontrados neste tipo de edifícios. Os pacientes mover de e para este espaço central (a fonte de luz e vida), como glóbulos vermelhos fazer, e são recebidas nas clínicas e diferentes departamentos para ser colocado de volta no sistema circulatório, uma vez re-oxigenado. medicina cardiovascular, a sua base, e até mesmo a estética de suas ferramentas têm sido usados para escrever um roteiro arquitectónico que nos permite propor um tipo diferente de construção de cuidados de saúde, com uma atitude experimental, que leva em conta as necessidades específicas dos usuários (pacientes e trabalhadores) na tentativa de tornar a sua estadia no hospital como mais fácil possível”. (Archdaily)

Observa-se além da textura externa do edifício, os brises e as separações dos pavimentos através de “rasgos” e o uso do vidro; muito interessantes, permitindo a passagem de luz natural e ventilação para os ambientes

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Fonte Archdaily

Outros projetos : O projeto do grupo LE1650/A2Design,em especial, sobre uma área aberta; sugeriu uma ideia para area de alimentação particular no bloco de apoio aos funcionários.

Fonte Archdaily

Fonte Archdaily

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4.

Mapa gabarito

Proposta projetual

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A proposta projetual se sustenta baseada nos projetos de referência e seus pontos chaves como conforto termico, iluminação natural, transparências, jardins internos entre outros. Além do que já foi citado sobre um fluxograma, mais eficiente em relação ao programa da unidade. E por fim, delimitar de forma discreta e ordenada, a separação do fluxo e area de pacientes e médicos.

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4.1. As condicionantes do terreno O bairro Cândido Portinari, se situa na zona Leste da cidade de Ribeirão Preto. Seu acesso se da principalmente pela Rodovia Anhanguera e posteriormente por uma avenida e pela rua Jocomoto Granzoto,de frente ao terreno do projeto. Por ser um bairro relativamente recente, predominam residências, de apenas um pavimento, com raras exceçoes de comércio nas avenidas; grandes barracões.Podemos constatar também que existem muitas áreas ainda não ocupadas e algumas em construção em seu entorno. Como mostra o mapa a seguir. Mapa do uso e ocupação do solo

O terreno: tem um desnivel pequeno de apenas 3 metros. Foi feito um leve talude, que devido sua grande extensão de área,é quase imperceptível. O lote está inserido em uma área de preservação, no entanto não está muito bem amparada de cuidados. A vegetação é rasteira.

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LEGENDA

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Gabarito de até 1 pavimento


Predominancia dos ventos e iluminação natural Mapa abrangendo a área para demonstrar sentido dos ventos e do sol.

A imagem ao lado mostra um esquema do sentido do sol nascendo e se pondo e o sentido dos ventos. Além disso, o relevo de 3m ,quase imperceptível devido a extensão do terreno.

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Algumas imagens do terreno. Esta primeira seria colhando para a fachada norte dele ; a segunda para o lado leste e a Ăşltima para o lado oeste; respectivamente.

Fonte : Google maps, 2016 -27-


4.1.2. Primeiras propostas A primeira proposta foi baseada no principal desafio, separar os fluxo de médicos e pacientes, de modo que um não sobreponha a atividade do outro. além de propor atendimentos em ambientes de tamanho adequados ; fluxos de circulação e atendimentos que funcionem para as respectivas atividades de médicos, funcioários e pacientes. Ao mesmo tempo, dispor o edificio a uma arquitetura que traga conforto térmico para todos os usuários. A IDEIA Inicialmente tentei pensar em uma aarquitetura dividida, funcionarios x pacientes...no entanto não encontrei nenhuma referencia crucial. Minha inspiração se deu em algo fora da arquitetura, a biologia. Pensnado na época do ensino médio, me lembrei de alguns sistemas mais complexos digestivos de alguns animais, e fui pesquisar em meus livros algo que sugererisse uma separação de situações, entre A E B, por exemplo. Foi quando estudando, encontrei um que , me sugeriu de maneira primaria ; uma setorização de atividades e que ao longo do processo, fui desenvolvendo e aperfeiçoando aquela primeira iniciativa. Este sistema digestivo dividia entre a ingestão do alimento ; a fase de digestão e por fim, do sistema excretor.

Através de alguns croquis escaneados, é possível ter uma noção da proposta de dividir espaços(funcionáriosx pacientes) e priorizar um espaço central para os consultórios (imagem da esquerda). A outra imagem da direita sugere que se mesclem as áreas em comum, mas que se mantenham separados ainda seus fluxos.

fonte: arquivo pessoal

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Foi constatado no primeiro projeto alguns questionamentos, como o espaço central estar exagerado para a finalidade de seu uso, as distancias e o fluxograma que o paciente passaria ate chegar aos consultórios (longas distancias), entre outros. Algumas imagens dos estudos feitos em cima deste projeto inicial e em seguida a proposta final será apresentada. O plano de massas inicial:

Croqui do edificio - Fonte : arquivo pessoal

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O plano de massas se baseia em um bloco principal contendo os consultórios, apoio aos pacientes como uma lanchonete, banheiros, e salas de espera.O apoio aos funcionários e o apoio aos pacientes são separados, assim como seus fluxos dentro da unidade; o que é um diferencial do projeto.O bloco será permeado por paisagens verdes sempre que possível, através da integração dos materiais como vidro e ambiente natural e modificado (paisagismo) . Levando em consideração que o terreno ao lado é uma área de preservação ambiental, seria interessante propor um projeto paisagístico afim de que a população desfrute desta área atualmente abandonada e sem cuidados.

Apoio pacientes Bloco principal - consultórios Apoio Funcionários

CONSULTORIOS A. APOIO FUNCIONARIOS/MEDICOS B. APOIO PACIENTES C. A. COMUM REFEIÇÃO/LAZER -29-


IMPLANTAÇÃO DO PROJETO

DETALHES COBERTURA - VENTILAÇÃO- SHEEDS

Imagnes do archcad

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4.2 Documentação técnica da proposta final Conforme as referências projetuais que foram inseridas aqui e que de alguma forma estarão presentes no conceito do projeto elaborado; quero detacar alguns caminhos que foram usados para se chegar ao final do trabalho. Algumas normas de acessibilidade e de vigiliancia que foram adotadas no projeto, são de suma importancia, portanto destacarei as principais. NBR 9050 Como foi amplamente comentado neste caderno, o terreno não tem grandes desníveis, por isso um leve talude foi feito na implantação. Além disso, o edificio por ser terreo, não teve grandes mudanças; a não ser aquelas obrigatórias e sugeridas que dão livre acesso aos deficientes de modo geral. Vale apenas detacar alguns pontos chaves básicos que seguimos no projeto. Sabe-se que o cadeirante, tem uma limitação de espaço e que portanto, todas as áreas de circulação devem ter medidas mínimas que permitam o acesso deste ao local. vide

norma

,

medidas

mínimas

SANITÁRIOS Como é sabido, os sanitários para deficientes físicos também tem suas variações de um sanitário comum. Ele requer um espaço maior, devido ao espaço de rotação do cadeirante, que deve ser de no mínimo 1,20 para manobras; além das barras que permitem com que ele se desloque com mais independencia pelo sanitário, entre a cadeira e o caso, pia e box. Assim, como em todos ostrabalhos projetuais, tomamos este cuidado, lembrando sempre das normas e medidas em todos os aspectos. vale resaltar algumas imagens ilustrativas do que foi dito :

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As imagens mostram as areas de transferencia para bacia sanitaria e como o cadeirante se desloca atraves das barras de apoio. Muito importantes, mas que já entra num detalhe de projeto executivo.

As imagens destacam as medidas mínimas nos sanitários, assim como as aberturas.

Na área de atendimento, como recpção, vale resaltar que o cadeirante tem que ter um local próprio, devido seu alcance ser menor e a mesa tem q ser mais baixa. Vide planta de layout em anexo.

Fonte NBR9050 -32-


RAMPAS Como já foi citado, o projeto tem relevo suave, no entanto, em todos os acessos ao edifico tem rampas, assim como faixas de pedestre e passeio até os carros. Além disso, em todas as saídas, é possivel passar com veículo para buscar um paciente ou deixa-lo, assim como funcionarios e médicos. Tem uma cobertura com acesso para veiculos e sinalizações para isso como será possível ver nas imagens. ACESSOS Imagens ilustrativas das normas NBR9050 mostrando o acesso ao edificio. As vagas prioritárias se situam proximas a entrada.

Fonte NBR9050

Outra norma importante, principalmente na área hospitalar, é a RDC050. Ela sugere em diversos setores da saúde, medidas para garantir a salubridade do local, prevenir infecções através de residuos hospitalares infecciosos, entre outros. Algumas medidas básicas sugeridas estão relacionadas, Às medidas mínimas de circulação e abertura(portas); ventilação , através de pé-direito mais altos; iluminação, quanto mais melhor ; cuidados com manutenções de pisos, paredes, pisos antederrapantes; materiais contaminados ; residuos descartaveis ; sinalizações ; padronização visual entre outros.

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4.3

Proposta Projetual

A imagem mostra algumas mudanças relativas ao primeiro projeto. Como na própria implantação, onde o estacionamento e os caminhos mudam bastante, principalmente por conta dos acessos; pois agora temos um acesso de entrada para o paciente e saída. E outro acesso, de entrada e saída de funcionários. É possível observar como o relevo ficou suave, quase imperceptível como foi citado. O primeiro acesso e estacionamento a esquerda da imagem é destinado a circulação apenas de pacientes e acompanhantes. Visto que, do outro lado, do lado direito, é destinado exclusivamente aos médicos e funcionários e ambos não tem ligação. Em todos os acessos do bloco de apoio do paciente é possível observar um local de espera(caso o paciente esteja aguardando alguem ir busca-lo) , sob uma cobertura que o protege do sol e da acesso ao veículo se aproximar da porta. As faixas de pedestre e os caminhos, visam priorizar o pedestre e não o veículo.

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PRODUCED BY AN

ATIONAL PRODUCT

Corte do Sheed

PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT

Vidro iluminação indireta

Terça metalica

Vidro ventilação

Brise metálico

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Assim, como nos projetos de referenca de Lelé, os sheeds nesse trabalho foram detaque para o edificio através da cobertura tivesse uma iluminação indireta adequada e uma ventilação favorável a realidade da cidade de Ribeirão Preto. Os sheeds do bloco central,tem o pé direito mais alto que a da ala dos consultórios.Vide em cortes anexos. A imagem maior, mostra a cobertura e seu sistema de ventilação através dos brises e de iluminação indireta. Detalhes do lado esquerdo da folha .

Laje Impermeabilizada

Telha térmica - chapa dupla trapezoidalde aço pré fabricada com isolamento térmico com poliuretano

Forro de gesso

Materialidade sugerida, estrutura metálica e vidro. A cobertura no centro do edifcio central está no sentido do vento, favorecendo a ventilação interna.

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FACHADA OESTE

Na fachada Oeste temos a saida de pacientes, proximo a farmácia a a sala de vacinas. A materialidade dos blocos de apoio de pacientes e funcionários são de estrutura aparente de tijolinho a vista e do bloco central tem revestimento neutro. A cobertura se estende em 2m além das paredes, com a finalidade de sombrear a fachada de vidro, onde há circulação e espera da recepção. A laje arredondada, acompanha o passeio do veículo na via interna.

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FACHADA NORTE A fachada Norte mostra a mesma materialidade referencia do edificio, de estrutura aparente de tijolinhos a vista e revestimento neutro do blococentral, assim como a fachada de vidro e o beirao estendido. é possível ver o detalhe da cobertura que destoa da ala dos consultório por ter sentido direferente e pé direito mais alto das demais.

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FACHADA LESTE É a fachada do bloco de apoio aos funcionários(estrutura aparente-tijolo a vista) e sua circulação pelo corredor da fachada de vidro.

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FACHADA SUL A fachada sul mostra apenas o corredor de circulação interna do paciente para os consultórios.

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IMPLANTAÇÃO A implantação mostra os acessos através da rua Jacomo Natal Granzotto. Os acsssos são separados, de pacientes e funcionários. Foi sugerido um paisagismo no local devido ao fato do terreno ter situado ao lado de uma área verde, destinada pela prefeitura. Poderia ser proposto um projeto paisagistico para área ao lado afim de que conversem com o projeto e favoreça a população do bairro com uma área ambiental.

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DETAQUE ENTRADA DE PACIENTES E SAÍDA

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DETAQUE ENTRADA DE PACIENTES E SAÍDA MAIS DETALHADO

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DETAQUE SAÍDA DE PACIENTES

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DETAQUE SAÍDA DE PACIENTES MAIS DETALHADO

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DETAQUE ENTRADA E SAÍDA DE FUNCNIONÁRIOS

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DETAQUE ENTRADA E SAÍDA DE FUNCNIONÁRIOS MAIS DETALHADO

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5.

Conclusão

Como diria a citação de Lelé, não tenho a pretenção de que este seja o melhor modelo, mas foi em cima dele que eu evolui. Como pessoa e como mulher, nestes cinco anos, cresci e amadureci muito. Entendi que todos os mesres tem total abrangencia e autoridade sobre nós, afinal são mestres e acima de tudo, amigos. Me despertei na área hospitalar com uma eletiva oferecida na grade do curso e me apaixonei. Me apaixonei pelas regras, detalhes desta arquitetura e este trabalho só me acrescentou em pesquisas e conhecimento. Só tenho agradecer o privilégio que foi estar com vocês todos os dias nestes cinco anos, amigos, colegas, mestre e acima de tudo educadores.

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6.

Referências Bibliográficas:

PRINCIPAIS REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS Livro: MIQUELIN, Lauro Carlos - Anatomia dos edifícios Hospitalares GOULART,1997 Disertação PerenJl(pdf) CAMPOS,Juarez de Queiroz - Planejamento Hospitalar,1995

Sites: Archidaily Prefeitura de Ribeirão Preto-SP IBGE Wikipedia Repósio Institucional Unesp Unaerp – normas abnt Digital library USP FSP-USP –artigos publicados/teses FURGS–artigos publicados/teses G1 Notícias Redes Sarah Kubtischek de Hospitais Jusbrasil A2arquiteturanatal Hospital Arquitetura Google maps Wivinchesterhospital Pucrs Mackenzie Secretaria da saúde Portal da saúde Ministerio do Planejamento Uniube Universidade do Paraná SUS SOMASUS A enfermagem Anvisa Legislação: NB9050 RDC050

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CAMILA GIMENES TEIXEIRA NATURAL DE FRANCA-SP, 25 ANOS ESTUDANTE DE ARQUITETURA E URBANISMO DA TURMA DE 2012 - 2016

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