PU1 - Operacao Matinhos

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OPERAÇÃO MATINHOS

PU1 DIAGNÓSTICO

UFC . CT . CAU Prof. André Lopes ____ Alana Dias; Camila Catunda; Camila Matos; Lia Aguiar

Justificativa O Centro do Fortaleza, sendo um dos bairros mais antigos da cidade, possui intenso fluxo de pessoas, concentra diversas atividades comerciais e grande quantidade de serviços. É notório, porém, o descaso no que diz respeito aos recursos naturais dessa região. A arborização pública é, no geral, bastante precária e a maior parte dos corpos d'água encontra-se aterrada ou poluída. Dessa forma, este trabalho tem como objetivo principal a otimização dos espaços públicos do Centro dando ênfase às praças e parques, já que possuem uma relevante área verde. Há interesse que haja conexão entre tais espaços, de modo que não sejam apenas intervenções pontuais, mas que formem um “percurso verde”. Também é proposta a requalificação do riacho Pajeú e das margens de seu percurso, de forma que ele readquira sua identidade. Com este trabalho, pretende-se contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas que moram ou utilizam o centro, criando espaços agradáveis de circulação e lazer, sem nos distanciar dos propósitos de preservação.

Integração das áreas verdes do Centro de Fortaleza, CE


ANÁLISE Diagnóstico geral das praças

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PRAÇA DA SÉ - Ocupação freqüente por meio de uma feira - Iluminação pública muito alta - Pouco arborizada - Piso e bancos degradados

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Praças

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Trecho do Riacho Pajeú

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PRAÇA DOS MÁRTIRES - Bom estado de conservação dos equipamentos - Boa iluminação pública - Vem passando por um processo de requalificação do uso, mas ainda é bastante “temida” no horário da noite, quando vira ponto de prostituição e venda de drogas.

Corpos D’água RIO O

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01 - Praça do Ferreira 02 - Praça dos Voluntários 03 - Parque da Criança 04 - Praça Coração de Jesus 05 - Parque das Esculturas 06 - Praça Colégio Justiniano Serpa (Filgueiras de Melo) 07 - Bosque Dom Delgado 08 - Praça da Sé 09 - Praça dos Mártires 10 - Praça dos Leões

BOSQUE DOM DELGADO - Em reforma - Mau integrado com o entorno - Ambiente agradável

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PARQUE DAS ESCULTURAS - Mau cheiro provocado pela poluição do Riacho Pajeú - Iluminação pública acima da copa das árvores - Nela funciona uma escola (Alba Frota)

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PRAÇA COLÉGIO JUSTINIANO SERPA -Potencialmente integrável - Aparentemente perigosa, em termos de furtos e violência urbana - Iluminação pública acima da copa das árvores

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PRAÇA CORAÇÃO DE JESUS - Nela funciona um terminal de ônibus - Boa acessibilidade para deficientes físicos - Bom estado de conservação dos equipamentos

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PARQUE DA CRIANÇA - Estado de conservação ruim em geral - Má acessibilidade para deficientes físicos ou visuais - Sede da Secretaria de Direitos Humanos - Mau aproveitamento do potencial da praça

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PRAÇA DO FERREIRA - Bom estado de conservação dos equipamentos - Pouca arborização - Boa acessibilidade para deficientes físicos e visuais

PRAÇA DOS LEÕES - Bem integrada a estabelecimentos comerciais - Má acessibilidade para deficientes físicos ou visuais - Grande fluxo de pessoas - Recorrentes casos de furtos

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ZONEAMENTO Zonas especiais e mapeamento dos usos

USO INSTITUCIONAL

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USO CORMECIAL USO MISTO EDUCAÇÃO SAÚDE HABITAÇÃO

A área escolhida para estudo se encontra, quase na sua totalidade, numa Zona de Ocupação Preferencial 1 (ZOP 1), essa caracteriza-se pela presença de imóveis não utilizados e subutilizados e por isso destina-se a uma dinamização e ocupação do solo. Dentro dessa zona prevê-se também a ampliação e recuperação de equipamentos e espaços públicos (que seria o foco deste trabalho). Nesse espaço, integra-se também uma Zona Especial de Dinamização Urbanística e Socioeconômica (ZEDUS). Elas procuram promover a utilização de terrenos subutilizados no território em questão com o objetivo econômico, em áreas adequadas em infraestrutura urbana e mobilidade. Com isso propõe-se a elaboração de projetos que tenham o objetivo de melhorar as condições de mobilidade e acessibilidade à zona. Boa parte dos sítios escolhidos encontrase numa Zona Especial de Preservação do Patrimônio Paisagístico, Histórico, Cultural e Arqueológico. Dentro dessas áreas procurase preservar, valorizar, proteger e monitorar o patrimônio. Procura-se incentivar essas áreas para o lazer, turismo, serviços, etc. de forma que estimule o valor cultural desses lugares pela população. É primordial garantir, também, que o patrimônio tenha uso compatível com as edificações e o paisagismo no seu entorno.

PRAÇAS E PARQUES INDUSTRIAL

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MACROZONA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL

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Através do mapa é possível perceber que a maior parte da área escolhida tem como principal uso o comercial, que identifica atividades econômicas que tem como função específica a troca de bens. Áreas de uso misto também são constantes e identificam atividades econômicas que tenham como função específica a prestação de serviços de qualquer natureza, podendo servir também como moradia. Em toda a área encontram-se alguns pontos de usos institucionais, sendo em sua maioria, edifícios com atividades voltadas para o aspecto social, cultural, artístico e de lazer. Da mesma forma é possível encontrar alguns pontos de uso educacional e de saúde. Quase não há áreas com uso habitacional. Os pontos marcados como praças e parques são os que nos focamos nesse trabalho. Com a nossa proposta alguns dos usos apresentados no mapa seriam modificados, todos com a intenção de uma melhoria na qualidade da vida nessa área, tornando os espaços mais agradáveis e saneados.


MOBILIDADE Vias, fluxos e concentração

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Via coletora

Via para tráfico exclusivo de pedestres

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Via para tráfico exclusivo de pedestres

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Imagem indicando as vias de pedestres existentes em trechos das ruas Guilherme Rocha, Gen. Bezerril, Liberato Barroso e Pedro Borges.

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Apesar de haver um intenso uso do Centro por pedestres, apenas em pouquíssimos casos este tipo de fluxo é orientado. Sendo assim, a mobilidade destes é prejudicada à medida em que os percursos, demasiadamente orgânicos, provocam, dentre outros problemas, a falta de legibilidade dos caminhos e prejudicam a permeabilidade das diferentes regiões.

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Percurso ideal de integração das áreas

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Massas verdes

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Área de concentração de pessoas

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PATRIMÔNIO Levantamento histórico-cultural do Centro

Parque das Crianças

Gráficos e imagens Gill Sans regular 10pt com espaçamento 1. Parágrafo justificado pela esquerda. Vista do Hotel Excelsior a partir da Praça do Ferreira

Praça do Colégio Justiniano Serpa

Praça dos Leões

Theatro José de Alencar

N 1. Parque das Crianças 2. PMF / Secretaria das Finanças 3. Praça da Polícia (dos Voluntários) 4. Delegacia de Polícia 5. Praça do Ferreira 6. Farmácia Oswaldo Cruz 7. Cine São Luís 8. Hotel Excelsior 9. Caixa Econômica Federal (Palacete Ceará) 10. Academia Cearense de Letras (Palácio da Luz) 11. Igreja do Rosário 12. Le Escale (antiga APLUB) 13. Museu do Ceará (antiga Assembléia Provincial) 14. Praça dos Leões 15. Centro de Referência do Professor 16. Praça da Sé 17. COELCE (Soc. União Cearense / Correios) 18. Associação Comercial (antigo Palace Hotel) 19. Passeio Público (Praça dos Mártires) 20. Muralhas da Fortaleza de N. S. da Assunção 21. Restaurante da FEBEMCE (antigo Hotel Central) 22. PMF - Palácio do Bispo 23. Teatro São José


DIRETRIZES Orientação geral do projeto

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Este projeto tem como premissa favorecer a integAV. PAIO

ração das principais áreas verdes do Centro, facil-

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itando a navegabilidade dos pedestres e a legibili-

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dade do espaço.

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julgado necessário para a manter a padronização RUA

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também a criação de novos espaços onde for

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tinuidade visual, quanto pela de linguagem. Haverá

dos percursos.

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conexão entre eles, que ocorrerá tanto pela con-

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ampliação de parques e praças já existentes e da

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A criação de “percursos verdes” se dará através da

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talecer não apenas sua identidade mas a da região

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por uma série de melhorias, com o objetivo de for-

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áreas de interferência é o riacho Pajeú, que passará

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Outro elemento que terá grande relevância nas

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Praças

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como um todo. RIO

Trecho do Riacho Pajeú a céu aberto

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Vias com traffic calming


TÓPICOS Desenvolvimento das diretrizes de projeto

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1. Alterações nas vias: converter vias asfaltadas em de calçamento ou limitar a passagem de veículos automotores no chamado “percurso verde”, de forma a priorizar os pedestres. AV.

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Vias onde aplicaremos traffic calming Praça que será criada em integração com o Parque das Esculturas e o Riacho Pajeú

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Estacionamento recuado

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Percursos verdes

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8. Homogeneização da linguagem dos corredores de ligação: uniformizar os mobiliários urbanos e as espécies arbóreas dos “percursos verdes”, com a finalidade de manter um padrão que leve a um rápido reconhecimento dos locais.

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7. Arborização das margens: promover a continuidade visual do riacho e protegê-lo contra a poluição.

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6. Tentativa de deixar o riacho Pajeú a céu aberto na área de intervenção: fortalecer a identidade do riacho através do aumento de sua visibilidade e da criação de corredores verdes.

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4. Despropriação de mercados e estacionamentos / Criação de um único estacionamento. 5. Operação de limpeza do riacho Pajeú: despoluir o riacho e recuperar a sua fauna original.

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3. Criação de “percursos verdes”: caminhos arborizados que produzem um ambiente agradável, tanto de estar quanto de circulação, a ser utilizado por moradores e frequentadores do Centro e que conecta alguns dos principais espaços públicos da região.

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2. Novo projeto de sinalização: facilitar a localização dos espaços, identificando-os, indicando seus acessos e apontando seus equipamentos. Adaptação das praças e calçadas às novas leis de acessibilidade: implementação de rampas e pisos táteis, nivelamento e alargamento das calçadas, utilização de recursos que facilitem a locomoção, desde que de acordo com as normas.

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Corredores verdes às margens do Riacho


MASTERPLAN Etapas da intervenção com foco na primeira

1ª etapa da intervenção: estacionamento quiosques anfiteatro

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pista de ciclismo

quadras poliesportivas pça. de alimentação

pista de corrida

bicicletário 1ª etapa - praça das pontes. 2ª etapa - 25 de março. 3ª etapa - bosque dom delgado. 4ª etapa - sé.

riacho Pajeú

5ª etapa - voluntários. praças

biblioteca ao ar livre

percurso verde

O projeto de intervenção envolve as principais praças do Centro e tem como principal intenção interliga-las de maneira a melhorar a permeabilidade e a navegabilidade da área. A intervenção foi dividida em 5 etapas, dentre as quais, a primeira é um grande parque no centro das praças que cria um ambiente agradável e com vários equipamentos destinados tanto às pessoas que ali frequentam como as que esperamos atrair com a implantação deste parque. Para dividir o parque em áreas relativamente iguais, transferimos a Rua Melvin Jones e utilizamos, tanto ela quanto a Rua dos Pocinhos, em ‘traffic calming’ , usando paralelepipedos e reduzindo o espaço para transição de carros a um por rua. Foi criado em todo um parque um percurso de passeio às margens do riacho Pajeú, com bastante arborização e bancos dispostos embaixo das árvores. Além do parque, nessa etapa, temos também a criação de um percurso verde que interliga às praças.


ÁREA APROXIMADA zonas e detalhes

detalhe ponte

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detalhe ponte (planta e corte)

zona de entretenimento zona de esportes zona cultural O Parque das Pontes é dividido em três zonas diferentes, sendo uma delas mais voltada aos esportes, com equipamentos como quadras poliesportivas e pistas de ciclismo e de corrida. A outra zona é mais voltada ao entretenimento com um anfiteatro, uma praça de alimentação, alguns quiosques de suporte e um estacionamento com capacidade para mais ou menos 100 carros. Já a zona cultural tem como principal equipamento uma biblioteca ao ar livre, com quiosques que guardam os livros. e alguns outros de suporte.

detalhe percurso verde

detalhe percurso verde (planta e corte)


DETALHAMENTO dos equipamentos

detalhamento: banco

detalhamento: poste de iluminação pública

detalhamento: quiosque


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