Memorial Comunidade Agrícola Guarapiranga: A Casa Rural

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COMUNIDADE AGRÍCOLA GUARAPIRANGA:

A CASA RURAL


TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO Comunidade Agrícola Guarapiranga: A Casa Rural Camila Pereira da Silva

ORIENTADOR

Prof. Antonio Aparecido Fabiano Junior COORIENTADORA Profa. Dra. Vera Santana Luz BANCA EXAMINADORA Camille Bianchi Maria Eliza de Castro Pita Pontifícia Universidade Católica de Campinas Centro de Exatas, Ambientais e de Tecnologia Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Campinas, dezembro de 2016


COMUNIDADE AGRÍCOLA GUARAPIRANGA:

A CASA RURAL


Agradeço a Deus , por iluminar meu caminho atÊ aqui, e a todas as pessoas que ajudaram a me tornar uma pessoa melhor.


“Se planejamos para um ano, plantamos arroz, Se planejamos para dez anos, plantamos árvores, Se planejamos para cem anos, preparamos pessoas. ”

Proverbio chinês.



SUMÁRIO APRESENTAÇÃO 9 O INÍCIO 11 O TERRITÓRIO 13 O CONCEITO 17 O PROGRAMA 21 O EXEMPLAR 22 OS SISTEMAS 24 REFERÊNCIA DE PROJETO 34 REFÊRENCIA BIBLIOGRÁFICA 43



APRESENTAÇÃO Camila, o mato e a casa. O homem, a arquitetura, a natureza, o desenho e o desejo são partes do mesmo todo, personagens do mesmo sonho e instrumentos de formulação de novas questões sobre o espaço humano habitável capaz de dialogar com as coisas do mundo, questionando sua existência e negociando as suas formas de materialização. O homem, a arquitetura, a natureza, o desenho e o desejo aqui são feitos de água, terra, ar e madeira. Cada nó, cada encaixe, cada detalhe e cada escolha redesenha e entende o ato agrícola como valor político humano em busca da criação de um lugar como meio institucional e experimental de dar forma ao mundo. Homem, arquitetura, natureza, desenho e desejo são concebidos de forma complementar e indissociável. Todos nascem do território como chão, capazes de não só promover o encontro entre eles, mas de anunciar que eles - homem, arquitetura, natureza, desenho e desejo - são partes do mesmo sumo, sumos do mesmo fruto, frutos da mesma árvore, árvores que nascem e se relacionam com uma única terra. Afinal, o solo não tem como não amar o homem, a arquitetura, a natureza, o desenho e o desejo. Antonio Aparecido Fabiano Junior

9


SITUAÇÃO SÃO PAULO

N


O INÍCIO COMUNIDADE AGRÍCOLA GUARAPIRANGA: A CASA RURAL. Extremo Sul da região de São Paulo, Fundão do Jardim Ângela as margens da Represa do Guarapiranga se localiza: A Casa Rural. Casa, pois se trata de um projeto de habitação comum, coletiva, comunitária. Rural pois tem como premissa a restauração do cinturão agrícola em uma franja urbana. Deste modo este rural é urbano, possuindo necessidades específicas de urbano mas tendo uma dinâmica rural. Agrícola pois, por meio da implantação dos sistemas agroflorestais é possível manejar juntamente espécies agrícolas (agro) e arbóreas (florestais) e assim recriar uma “floresta” e garantir a proteção deste manancial tão importante. Desta maneira nas mesmas bases da proposta urbana este projeto se fundamenta no tripé da Requalificação, Recriação e Ressignificação. Requalifica por meio das novas infraestruturas. Recria a floresta. Ressignifica a relação homem-natureza. Habitação e cidade. Cidade e roça. Mato e homem. Na busca do caminho para construir uma cidade que seja crível vê-se a necessidade de superar a barreira dos limites, ou ao menos de entende-los para que a paisagem que seja anunciada, seja reconhecível desde a ação inicial do homem de morar e se relacionar com a terra para existir. 11 11


PORTO - H

IDROANEL

LP DE V

A

AN E

RO P

L(MET

L

OLE F

- LO C A

L LUVIA

LINHA PROPOSTA

REPRES

TO POR

LIMITE JARDIM ÂNGELA

PORTO -

ANEL RODO

TELEFÉRICO

)

N SITUAÇÃO JARDIM ÂNGELA

O HID R


O TERRITÓRIO Fundão do Jardim Ângela. Um lugar que expressa tão bem a formação de uma periferia desigual; uma morfologia urbana proveniente de políticas deliberadas de segregação espacial e da ineficiência de um planejamento urbano capaz de se articular diante a voracidade das forças do mercado ou luta de classes, área exemplarmente excluída da cidade formal e de suas oportunidades sociais. Sua ocupação se deu ao longo dos dois principais eixos viários de acesso ao distrito, a Estrada do M’Boi Mirim e a Estrada da Baronesa, tendo a malha viária um papel importante na ocupação, densidade e uso do solo. O projeto se situa na região leste do Fundão, área ainda pouco urbanizada devido à dificuldade de acesso, feita somente pela Estrada da Cumbica, e ambientalmente muito frágil por conter várias nascentes primárias da represa.

N 13


ESTR A

L

FUN ICU LAR

- LOCA

A

TELEFÉ RICO

PORTO

MBIC A CU

DA D

ÁREA DE IMPLANTAÇÃO

N


Como elucidado no Projeto Urbano, um zoneamento na escala metropolitana propõe diretrizes no intuito de fortalecer as relações dos tecidos naturais v urbanos x rurais com a finalidade de congelar o espraiamento e crescimento urbano e relativizar a noção de propriedade como apropriação, onde nas áreas do cinturão agrícola as comunidades deverão conviver dentro do mesmo território partilhando a terra, habitando e cultivando para a autossuficiência bem como forma de renda. Para tanto, predica-se a transição gradual entre as relações de porcentagem de área permeável x área construída, na medida do afastamento em relação aos limites da área urbanizada consolidada até as frondes da área de preservação permanente da mata atlântica e serra do mar. O cinturão possui quatro setores que circundam o território urbano e se projetam incremento do uso do solo predominantemente rural onde moradia e agricultura andam juntas e o uso da terra é coletivizado de modo gradual. O projeto é um ensaio de uma área exemplar dessa configuração. 15


ESQUEMA DE IMPLANTAÇÃO MICRO


O CONCEITO O que significa morar em comunidade? Como é o morar coletivo? Até que ponto somos coletivos? O primeiro vislumbre que se enxergou foi o desejo de resistir através do questionamento e da revisão de termos justamente como coletivo, indivíduo, público, privado, trabalho, lazer, ócio, produção, densidade, custo, ideia, teoria e prática em uma escala experimental para que ela, por si, fosse instrumento capaz de formular novas questões e um novo imaginário sobre o espaço urbano contemporâneo, no qual essa mesma cidade, fonte histórica do assentamento e da mutação, deveria se fixar em duas pernas para a sua reestrutura: como espaço símbolo da convivência humana e como espaço símbolo da produção do alimento e sua troca. Para tanto, procurou-se pela história da nossa terra, olhando o sentido de comunidade nas configurações das aldeias indígenas que trazem em sua essência a natureza como estruturador físico e simbólico. Trazendo esse simbolismo da aldeia ancestral buscou-se estruturar a implantação de cada comunidade em forma circular,

com uma setorização em anéis graduais da mata plena para o vazio habitado, parafusados pelos pontos cardeais ao território , como eixos organizadores de passegens e permanências. Em relação a configuração radial, o primeiro anel é formado por uma agrofloresta “sucessionais biodiversa”, a mata plena; o segundo anel formado pelo morar + quintal agroflorestal, o morar na mata; e o terceiro destinado a tudo que é essencialmente coletivo, o grande rossio tendo seu centro configurado por um vazio pleno. Em correspondencia aos pontos cardeais, o sul é sempre livre de edificações, pois nada deve manter-se no passado; o norte ocupado com tudo que é essencialmente coletivo, já que este é o futuro; e o leste-oeste deve ser destinado as casas, uma vez que tudo deve permanecer em equilíbrio. A partir dessas diretrizes foram propostos percursos de acesso, áreas comuns e espaços íntimos que receberam desenhos autônomos que respeitaram particularidades de cada território como declividade, orientação solar, predominância dos vento e paisagem envoltória. 17


ESQUEMA DE IMPLANTAÇÃO MACRO

N


“Temos que aceitar a dignidade do trabalho seja ele qual for porque o trabalho não é uma coisa servil, é algo que exprime a alma da pessoa”

Nise da Silveira 19


O PROGRAMA

20

O PROGRAMA MACRO:

O PROGRAMA MICRO

10 Comunidades: Cada creche terá até 24 crianças 1 Cerâmica + Creche e cada ensino fundamental até 1 Mercenária + Creche 80 crianças. 1 Tecelagem + Creche 3 Ensino Fundamental +Creche 1 UBS +Creche 1 Vidro + Creche 1 Reciclados + Creche 1 Ferreiro + Creche 5 Armazéns de estocagem e higieniz ação dos produtos agrícolas 5 Conjuntos de lazer com pequena mercearia 1 Pequena Infra para Feira 1 Grande Infra para Centro Comunitário próximo ao porto 1 Caixa d’água para abastecimento de todo conjunto (300000l), Localizada no ponto mais alto juntamente com uma estação de tratamento para potabilização da água proveniente de represa.

- Em cada comunidade terão até 12 Famílias com 5 membros = 60 Pessoas - Em cada comunidade: X casas coletivas, 1 creche, 1 ateliê, 1 lavanderia coletiva , 1 cozinha Coletiva, 1 administração , áreas comum de estar coletivo e áreas destinadas a cultivo geração de energia, e tratamento de águas cinzas e negras e compostagem. - Em cada casa terá: 2 quartos por família , 1 banheiro por família , 1 pequena cozinha coletiva e áreas comuns de estar cobertas e descobertas.

QUANTITATIVOS

•ÁREA TOTAL DE IMPLANTAÇÃO GERAL: 40Ha •ÁREA DE CADA COMUNIDADE: 3,1Ha › 1,9Ha de AGROFLORESTA › 1,2Ha do NÚCLEO DE MORADIA ›ÁREA CONSTRUÍDA EM MÉDIA DE 1600m² •ÁREA COLETIVA GERAL: 9Ha •TOTAL DE HABITANTES: 600 •DENSIDADE POPULACIONAL: 15Hab/Ha •TAXA DE OCUPAÇÃO TOTAL: 4%


FUN ICU LAR

O

A

EF

A A

UBS FR

A

A

EF T

SEM ESC.

IA LOV

R

CD

C IC

CR

M

A

EF

IMPLANTAÇÃO MACRO

DA REP RESA

DA REPRE S

CUMBICA V

F

O INÍM NÍVEL M

A DA RAD

M MÁXI NÍVEL

EST

CC

PORTO LOCAL LEGENDA: A - Armazem CC - Centro Comunitário CD - Caixa d’água CR - Cerâmica EF - Ensino Fundamental F - Feira

FR- Ferreiro M - Marcenaria R - Reciclados T - Tecelagem V - Vidro - Área de lazer/esporte e comercio - Clareira de implantação das comunidades - Agrofloresta

N 21


O EXEMPLAR

22


NÍVEL MÁ

FLORESTA NATIVA AGROFLORESTA

ESTR

A CUM AD A D

ARM

XIM O CICL DA REP OVIA RESA

M AZE

BICA

FEIRA

ACESSO VIA DE TERRA

IMPLANTAÇÃO MICRO SEM ESC.

N 23


NÍVE L

XIM

A REP OD

VIA

CICL O

RESA

IVA

TA

CASA 3

FLOR AGR ESTA N OFLO AT RES

CAS

A1

CASA COMUM

CASA 2

LEGENDA:

Vortex Circulo de Bananeiras Tanque de Evapotranspiração Composteiras Áreas de permanência coletiva Áreas molhadas Áreas de suporte Áreas intimas Áreas de ofício

PLANTA SETORIZAÇÃO SEM ESC.

N


NÍVE L

XIM

A REP OD

VIA

CICL O

RESA

IVA

FLOR AGR ESTA N OFLO AT RES

TA

PLANTA SEM ESC.

N 25


CRECHE

APOIO

CAS A

1

GRANDE VARANDA

AMPLIAÇÃO PLANTA SEM ESC.


BANHEIRO

FORNO

ADM

COZINHA

ATELIÊ

ATELIÊ LIVRE

FORNO

CASA COMUM

CASA 2

N 27


CORTE 1 SEM ESC.

CORTE 2 SEM ESC.

CORTE 3 SEM ESC.


29



31



33



35


OS SISTEMAS O sistema estrutural da proposta é em madeira compondo uma grelha estrutural de 3,5x3,5m, com pilares contínuos compostos de três fases, a primeira fase aérea onde vence o desnível do terreno, a segunda com uma altura de 2,2m, e a terceira parte é a que dá a caída do telhado, nas casas 1,2 e3 o telhado se configura em forma de borboleta e na casa comum com apenas uma água. Optou-se pela vedação de piso em laminas de madeiras em todas as áreas coletivas, e todas as regiões molhadas optou-se por uma laje de alvenaria armada. As vedações de paredes também são feitas por alvenaria, esta desenvolvida pela comunidade projetada.

LAJOTA CERÂMICA ARMADURA VEDAÇÃO MASTIQUE VIGA PRINCIPAL LAJOTA CERÂMICA ARMADURA VIGA SECUNDÁRIA

Os telhados utilizam telhas feitas por meio de restos de tubos de pasta de dentes, produzido também nas comunidades.

DETALHE CONSTRUTIVO DA LAJE DE PISO


PILAR COMPOSTO 2 perfis de 5x10cm

VIGA COMPOSTA 2 perfis de 5x20cm VÍNCULO METÁLICO VIGAxPILAR

DETALHE CONSTRUTIVO DOS ENCAIXES VIGAxPILAR 37


1.00 0.60

0.30 0.20

0.70

0.20 3.50

0.10

3.20

3.10 2.40

0.40

2.40

2 3

2.40

0.30

0.40

0.20

4

5

DIM. VARIÁVEL 0.40

SESSÃO ESTRUTURAL DOS VÍNCULOS CASA 1,2 e 3

1

0.06


TELHADO TERMO-ACÚSTICO TERÇA VIGA PRINCIPAL CALHA

FORRO DE MADEIRA VIGA DE CONTRAVENTAMENTO

0.50

0.60

0.87

1.14

0.77

1.30

1.20

0.20

2.40

0.10

3.90

3.64

3.37

3.10

VIGA PRINCIPAL LAJE CERÂMICA VIGA SECUNDÁRIA REGUAS DE MADEIRA

1.40

1.04

2.40

0.20

2.40

2.20

0.02 0.05

0.10

0.10

0.20 DIM. VARIÁVEL

FUNDAÇÃO

SESSÃO ESTRUTURAL CASA COMUM 39


SISTEMA DE GERAÇÃO DE ENERGIA

Quantitativos: Casa 1 – 7000kWh (40 placas fotovoltaicas) Casa 2 – 5000kWh (30 placas fotovoltaicas) Casa 3 – 5000kWh (30 placas fotovoltaicas) Casa Comum – 10000kWh (120 placas fotovoltaicas) 6 Geradores Vortex – 1 a cada 2 famílias

SISTEMA DE AQUECIMENTO DE ÁGUA

Quantitativos: Casa 1 – 1 cx de 5000l Casa 2 – 1 cx de 3000l Casa 3 – 1 cx de 3000l Casa Comum – 2 cx de 5000l


ENERGIA

ÁGUA

A energia utilizada nas comunidades será proveniente ou da energia solar ou mecânica. 1/3 da energia será de painéis fotovoltaicos instalados nos telhados 2/3 da energia será dos geradores Vortex. Os geradores de energia Vortex utilizam os ventos para geração de energia porem estes não utilizam pás eólicas, mas uma haste que vibra com os ventos gerando uma energia mecânica. Ambos sistemas geram energia, um térmica e outro mecânicas, que são transformados em energia elétrica e armazenados em baterias de carga corrente depois é feita a transformação para carga alternada para utilização nas comunidades.

Toda água utilizada nas comunidades é proveniente da Represa, tendo uma caixa d’água geral onde há uma pequena estação de tratamento e potabilização e distribuída. Nas comunidades as caixas d’águas serão instaladas junto as áreas molhadas de cada pavilhão. O aquecimento da água será feito por meio do sistema de garrafas pets desenvolvido pelo José Albino Alano, que será instalado nos telhados dos pavilhões.

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SISTEMA DE TRATAMENTO DE ÁGUAS NEGRAS TANQUE DE EVAPOTRANSTIPRAÇÃO

Quantitativos: Largura x Profundidade x Nº de moradores = 2 X1 x Y Casa 1 – Área de tratamento = 60m³ Casa 2 – Área de tratamento = 30m³ Casa 3 – Área de tratamento = 30m³ Casa Comum – Área de tratamento = 120m³

SISTEMA DE TRATAMENTO DE ÁGUAS CINZAS


TRATAMENTO DE EFLUENTES ÁGUAS NEGRAS -Tanques de Evapotranspiação Seu funcionamento consiste a partir do recebimento do efluente dos vasos sanitários, que sofre uma decomposição microbiana da matéria orgânica, mineralização de nutrientes, absorção e evapotranspiração da água por espécies vegetais de crescimento rápido e alta demanda por água (bananeiras, taioba). Em síntese, é um sistema fechado e ecológico que transforma os resíduos humanos em nutrientes e que trata a água envolvida, devolvendo-a ao meio ambiente na forma de vapor, através da transpiração das folhas. Esse sistema evita a poluição do solo, dos lençóis freáticos, rios e mares.

ÁGUAS CINZAS -Filtro de Carvão Ativado e Circulo de Bananeirs Água de reuso da chuva – passa por um filtro de areia e brita e depois é transferido para um reservatório onde é feita uma purificação com carvão ativado, que clarifica e remove de odores depois é destinado para uma cisterna de abastecimento das águas servidas da casa. Círculo de bananeiras – águas servidas da casa são destinadas à uma caixa de gordura depois é destinado as áreas com as plantas de folhas largas em especial a bananeira onde essas águas servem de composto orgânico para as bananeiras e a água retorna ao ciclo na forma de vapor.

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Ilustração: Patrícia Yamamoto


AGRÍCOLA “Agroflorestas sucessionais biodiversas são sistemas com uma grande diversidade e densidade de espécies e de grupos funcionais. Por meio delas, busca-se uma similaridade com a dinâmica e com o funcionamento da floresta nativa local[...]. Nela, cada planta ajuda a criar a outra que nascerá a seguir (a chamada sucessão ecológica). A evolução do sistema ocorre desde um estágio inicial, com plantas rústicas e de crescimento rápido. Estas dão espaço a outras espécies de ciclo mais longo, transformando gradualmente a área em um sistema com porte maior e com mais complexidade[...]. Em cada momento, cada planta ocupa o seu “andar” (estrato). Ou seja, plantas com tamanhos diferentes ocupam vários níveis de altura dentro do consórcio. Plantar árvores com distintas alturas e ritmos de crescimento estimula a cooperação, no lugar da competição por luz. Desse modo, um maior número de plantas pode ocupar a mesma área. Vale ressaltar que as plantas iniciais produzem alimentos e criam melhores condições de solo e de clima. Além disso, ajudam a cultivar as espécies mais exigentes de ciclos de vida mais longo. ” 45


REFERÊNCIA DE PROJETO ARQUITETOS: Sebastián Calero e Daniel Moreno Flores LOCALIZAÇÃO: Carrizal, Equador ÁREA: 209.08 m² ANO PROJETO: 2015


47



ARQUITETOS: Ben Vielle, Michael Banney e Amy L’Estrage (M3 Architecture) LOCALIZAÇÃO: LOT 3 Rykers Rd, Cape Tribulation QLD 4873, Australia ANO PROJETO: 2014

49



51


ARQUITETOS: Fernando Forte, Lourenço Gimenes e Rodrigo Marcondes Ferraz (FGMF Arquitetos) LOCALIZAÇÃO: Serra da Mantiqueira, Minas Gerais, Brasil. ÁREA: 3123,0m² ANO PROJETO: 2007


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COMUNIDADE AGRÍCOLA GUARAPIRANGA: A CASA RURAL


REFÊRENCIA BIBLIOGRÁFICA “Cape Tribulation Home / M3 architectura” 09Dec 2015. ArchDaily. Disponível em: <http://www.archdaily.com/778506/cape-tribulation-home-m3-architecture/>. Acessado em: 9 ago. 2016 “Casa Grelha / FGMF Arquitetos”. [Grid House / FGMF Arquitetos] 01 Jan 2012. ArchDaily Brasil. Disponível em: <http://www.archdaily.com.br/18458/casa-grelha-fgmf>. Acessado em: 20 out. 2016 FRANCO, José Tomás. “Experiência pedagógica na Argentina: novas possibilidades de construção com alvenaria armada” [Experiencia pedagógica en Argentina: nuevas posibilidades de construcción con Ladrillo Armado] 27 Jun 2014. ArchDaily Brasil. Disponível em: <http://www.archdaily.com.br/br/623140/experiencia-pedagogica-naargentina-novas-possibilidades-de-construcao-com-alvenaria-armada>. Acessado em: 20 out. 2016 GONÇALVES, Pedro Kawamura; PODADERA, Diego; ALVES, Suzana Marques. Desenvolvimento Rural Sustentável: Agroecologia e Sistemas Agroflorestais. Iniciativa Verde, São Paulo, 2014. Disponível em: <http://www.iniciativaverde.org.br/biblioteca-nossas-publicacoes.php>. Acessado em: 20 ago. 2016 LABORATÓRIO DE HABITAÇÃO E ASSENTAMENTOS HUMANOS DA FAUUSP. Programa Bairro Legal: plano de ação habitacional e urbano, diagnóstico jardim Ângela. São Paulo, 2003. Disponível em: <http://www.ispcv.org.br/store/Bairro_Legal_-_Relatorio_de_Diagnostico11113028994.%20Jardim%20Angela>. Acessado em: 28 fev. 2016 “Residência em Carrizal / Daniel Moreno Flores + Sebastián Calero” [Casa em el Carrizal / Daniel Moreno Flores + Sebastián Calero] 07 Set 2016. ArchDaily Brasil. Disponível em: <http://www.archcaily.com.br/br/794597/residencia-em-carrizal-daniel-moreno-flores-plus-sebastian-calero>. Acessado em: 15 set. 2016 Imagens de satélite e mapas fonte: <http://www.geosampa.prefeitura.sp.gov.br> Fonte: Florence 55


OBRIGADA!


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