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CAMILA ANDREIA DA SILVA
CONCEPÇÃO DE UM PARQUE LINEAR NO CÓRREGO RIBEIRÃO PRETO Projeto de pesquisa apresentado ao Centro Universitário Moura Lacerda para cumprimento das exigências parciais para a obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo sob a orientação da Prof.ª Me. Anelise Sempionato Souza Santos. NOVEMBRO 2017
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AGRADECIMENTOS Agradeço a DEUS em primeiro lugar, pois,
sei que sem a minha fé nele eu não teria percorrido toda essa trajetória com tanta força, paciência e determinação. Aos meus pais (Andréia e José), aos meus tios (Marco e Rogério) e a minha avó (Aparecida) que estiveram firmemente ao meu lado, sempre me incentivando a seguir em frente e a enfrentar os obstáculos que surgiram durante o caminho e, principalmente, por fazer do meu sonho o sonho deles. Aos amigos que levarei da faculdade para a vida: Débora, Isabela e Mônica, que foram fundamentais nesses cinco anos, compartilhando experiências e alegrias, mas em especial a Débora, pois esteve comigo desde o inicio e nos momentos mais difíceis me deu muita força e me encorajou a continuar. Á minha orientadora, Anelise Sempionato, a quem devo a conquista desse trabalho, pois, compartilhou comigo seu conhecimento e sempre me mostrou que seria possível. E a todo o corpo docente do Centro Universitário Moura Lacerda que me ensinaram tudo o que sei.
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SUMÁRIO
01. PLANO DE PESQUISA Apresentação
Introdução Objetivos
Metodologia
02. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Planejamento Ambiental
Sustentabilidade
Parque Linear
Infraestrutura verde
03.
ESTUDO DE CASOS
Corredor verde em Cali, Colômbia
Parque do Rio, Medellin
Parque Linear do Sapé,
04.
São Paulo
ESTUDO DA AREA
Estudo de caso: Ribeirão Preto Caracterização Territorial e demográfica Levantamentos de dados ambientais Delimitação territorial
Legislação Ambiental
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05.
O PROJETO
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01. PLANO DE PESQUISA APRESENTAÇÃO
A presente pesquisa referese ao Trabalho Final de Graduação do curso de Arquitetura e Urbanismo, o qual, aborda o tema “Parque Linear no córrego Ribeirão Preto-SP”, inserido na grade curricular da disciplina de Paisagismo da Faculdade Moura Lacerda. A abordagem deste tema deve-se à falta de manutenção de um trecho da Zona Sul e da Zona Sudeste da cidade de Ribeirão Preto, onde é visível a degradação da área verde existente, bem como a poluição do córrego Ribeirão Preto, além disso, a área é escassa de espaços para recreação e lazer.
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INTRODUÇÃO as
Desde o inicio do século XX, cidades vêm passando por vários
processos de modificações tanto na área rural quanto no centro das cidades e, o principal motivo dessa transformação no Brasil foi o crescimento da industrialização e modernização das atividades agrícolas. “Com as transformações ocorridas no Brasil posterior a políticas implementadas por Getúlio Vargas e Jucelino Kubitschek, aconteceu uma nítida transição nos cenários políticos e econômicos, passando de um país agrário exportador para um país urbano industrial”.
(SILVA,
2006,
p.
65).
Até a década de 1940, mais da metade da população vivia em áreas rurais e essa situação se opôs em 1980 quando os cidadãos migraram para as cidades.
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Desde o primeiro momento esse setor industrial foi liderado pela burguesia,
que buscava por mãos de obras baratas para fins mais lucrativos, ou seja, isso encadeou um aumento populacional, pois, os trabalhadores ganhavam por hora trabalhada então, de certa forma, forçavam os trabalhadores a morarem perto das fábricas, o raciocínio desta classe operária era que quanto mais perto morassem mais horas de trabalho eles teriam. E, ao longo desse tempo, essa situação vem se reproduzindo, principalmente em países subdesenvolvidos, onde o tratamento para o desenvolvimento da expansão urbana não é trabalhado de
forma
correta.
(Sposito,
2006)
O impacto da urbanização sobre o meio ambiente natural tem promovido uma segregação significativa entre o homem e a natureza, provocando vários problemas ecológicos como o efeito estufa, destruição da camada de ozônio, inversão térmica, desmatamento, escassez de recursos naturais e poluição nos rios, com o destino inapropriado de resíduos.
No que diz respeito aos recursos hídricos e ao cenário urbano consolidado, é possível que um parque linear consiga requalificar, em termos socioambientais, tanto os aspectos hídricos, quanto os vegetativos (alterados pela ação antrópica) ao mesmo tempo em que contribui com a qualidade de vida do ser humano?
A urbanização tem provocado impactos ambientais devido ao
crescimento populacional acelerado e isso vem modificando condições naturais de regiões onde essa população se instala, provocando um aumento expressivo de enchentes, deteriorando a qualidade da água nos rios e aumentando a produção de sedimentos.
Segundo Fendrich & Iwasa, 1998:
“A urbanização, como toda obra que interpõe estruturas pouco permeáveis entre o solo e a chuva, faz com que o escoamento seja incrementado e que a infiltração diminua, numa mudança de regime de escoamento localmente mais drástica do que aquela provocada pelo desmatamento.” (Fendrich & Iwasa, 1998)
A transformação da economia, com o processo de industrialização, resultou em modificações nas atividades econômicas e comerciais e, com isso, influenciaram nas apropriações de terras, pois, elas deixaram de ter valores habitacionais para valores lucrativos. Então, a partir desse momento, as indústrias passaram a se instalar nos fundos de vales, gerando a contaminação das águas e a degradação do solo. Entretanto, o agravamento dessa poluição se deu no século XX, quando surgem os automóveis. (Oliveira, 2006)
Alexandre Delijaicov explica, 2013:
“O problema
automóvel dos rios,
sacramentou o quando rodovias
urbanas foram instaladas, mais uma vez, ao longo de suas margens. O mais grave de todos os problemas, quando falamos da relação entre cidades e rios, é a visão mercantilista do solo urbano.” (Delijaicov, 2013)
O intuito de se propor um Parque Linear, além de melhorar os aspectos
ambientais da paisagem, visa recuperar a vitalidade da área com a recomposição da vegetação, obras de drenagens para controlar as cheias dos rios, saneamento ambiental para melhorar a qualidade das águas, proporcionar a recreação pública e incentivar o uso de transporte não motorizado. A necessidade de uma intervenção nessa área propondo um parque linear, está envolvendo a necessidade da revitalização do córrego Ribeirão Preto e da renaturalização de massa verde que está em seu entorno, tentando dar novamente vida para o local com mobiliários que possam fazer parte do lazer e do convívio das pessoas e, com isso, abranger outras regiões da cidade.
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OBJETIVOS
O objetivo inicial do projeto busca promover um Parque Linear em um recorte territorial do Córrego Ribeirão Preto,
a fim de realizar a revitalização dos aspectos ambientais bem como promover atividades
sociais
neste
trecho.
• Aumentar potencial ecológico da área em questão; • Contribuir com sustentável;
a
METODOLOGIA
ETAPA EXPLORATÓRIA Essa etapa se direciona nos fundamentos de pesquisa para o desenvolvimento do trabalho, ou seja, se trata do aperfeiçoamento e entendimento das ideias para a explicação dos conceitos básicos do tema e para esse esclarecimento são
• Concepções e socioambientais Lineares;
• Parques Lineares;
etapa exploratória.
Dentro dos temas tratados na etapa anterior, cabem a eles os seguintes
e
ETAPA ANALÍTICA
• Infraestrutura Verde; ETAPA DESCRITIVA A etapa descritiva consiste em transcrevertodas as informações teóricas e conceituais obtidas na
benefícios Parques
• Referencias nacionais internacionais.
• Sustentabilidade;
• Referencias projetuais.
dos
• Funções, benefícios e tipologias da Infraestrutura Verde;
• Planejamento Ambiental;
• Requalificar aspectos hídricos e vegetativos que sofrem com impactos da expansão urbana;
do no
• As origens da Sustentabilidade Urbana;
tratados alguns assuntos específicos:
mobilidade
• Implantar tipologias de infraestrutura verde que vão contribuir com a melhoria da permeabilidade do solo, limpeza da água e aumento da biodiversidade.
• Conceito e Aplicabilidade Planejamento Ambiental cenário atual;
Para tais representações serão utilizadas imagens do Google Earth e imagens reais do local escolhido para ser feita a intervenção, que será no Córrego Ribeirão Preto- Ribeirão Preto/ SP e essas imagens irão contribuir para auxiliar no entendimento dos estudos de casos da área e para obter dados que auxiliam na elaboração projetual.
subcapítulos:
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02. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
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SUSTENTABILIDADE
PLANEJAMENTO AMBIENTAL
Os primeiros registros sobre a questão do planejamento ambiental foram datados no século XIX, quando surgiu a preocupação com a conservação das terras e a preservação dos recursos, pensando na questão do conforto e na distribuição dos espaços em relação à topografia da área e clima e, essas precauções foram pensadas devido a Revolução Industrial. (Franco, 2001)
O planejamento ambiental é um tema no qual aborda as questões físico-naturais e ações antrópicas, visando garantir o aperfeiçoamento na qualidade de vida das comunidades próximas e solucionar os problemas e conflitos existentes. Segundo Panzini (2001): “No contexto atual, o planejamento ambiental assume o papel estratégico de garantir a preservação e conservação dos recursos naturais e, consequentemente, garantir a sobrevivência da civilização.” (Panzini, 2001 apud Planejamento Ambiental, UEM)
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Segundo Meneghetti (2007) a paisagem é uma construção social que dará visibilidades locais à eventos, fazendo parte de processos que expressam as relações que se dão nos espaços e, conceituando este pensamento, Forman (1995) afirma que a paisagem é uma quantidade de territórios que são compostos por várias sequencias de ecossistemas que serão repetidos igualmente por toda a extensão.
Como um dos seus principais objetivos o Planejamento Ambiental anseia racionar o uso dos recursos naturais e sustentar a paisagem, considerando todos os aspectos que se direcionam à conservação e melhor utilidade dos espaços, sem que isso comprometa o uso de gerações futuras.
Partindo deste conceito, Pellegrino (2000) define que o planejamento ecológico da paisagem
são criações de soluções espaciais que são capazes de mover as mudanças dos elementos da paisagem, assim, as intervenções humanas serão compatibilizadas com a capacidade dos ecossistemas de absorção dos impactos, preservando o ciclo da vida.
Através do desenvolvimento econômico desenfreado e utilização dos recursos naturais como se fossem intermináveis, o planejamento ambiental viu necessidade de passar por diversas alterações no sentindo de compreender o que de fato é a paisagem, referente à aspectos estéticos e ecológicos. Com isso, Menghetti (2007) cita alguns métodos que foram utilizados por Olmsted, considerando a ação prática pela busca da identidade local, assim,
Olmsted desenvolveu em 1.864 o plano para
o Yosemite Valley na California, que foi considerado um exemplo de planejamento ecológico, ele desenvolveu um projeto de desenvolvimento da paisagem mas, também, para que fosse reconhecido as áreas de belezas naturais, em Riverside, Illinois, em 1968, projetou em um largo espaço aberto um recinto para recreação, preservando as várzeas dos rios e projetou um Parque Linear, conectando Chicago e Riverside, possibilitando uso para todos os residentes. Outros dois exemplos importantes foram Riverway Fens e o Emerald Necklace, os dois projetos resultam no sistema metropolitano de parques partindo dos aspectos hidrológicos e ecológicos, pensando na preservação na paisagem, na gestão de qualidade da água e na recreação.
A primeira vez em que o termo “Sustentabilidade” foi usado, foi na década de 80, por Gro Harlem Brundland, ex primeira ministra da Noruega. Quando era presidente de uma comissão da ONU, escreveu o livro Our Common Future que relacionava o meio ambiente com o progresso, no qual, escreveu em partes: “Desenvolvimento sustentável significa suprir as necessidades do presente sem afetar a habilidade das gerações futuras de suprirem as próprias necessidades.” (Relatório Brundland, 1987, ONU) Esse termo associa os aspectos econômicos, sociais, ambientais e culturais da sociedade, visam estabelecer formas de equilíbrio nas cidades ao longo do tempo, além disso, destinam-se a complementar as necessidades do atual momento sem que isso afete práticas futuras, de forma que não sejam esgotados os recursos
do
planeta.
(Boff,
2012)”
“Desenvolvimento Sustentável é aquele que atende as necessidades das gerações atuais sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atenderem a suas necessidades e aspirações.” (Relatório Brundland, 1987, ONU) A concepção de ser sustentável está diretamente ligada ao desenvolvimento econômico, fazendo com que haja uso racional dos meios naturais sem causar agressão e manter o equilíbrio entre o meio ambiente e as comunidades humanas, então, a condição para ser sustentável é necessário que seja economicamente viável, culturalmente aceita, socialmente justa
e
ecologicamente
correta.
“O termo Desenvolvimento Sustentável, quando abordado promove um amplo debate sobre as idéias de desenvolvimento e de sustentabilidade. Faz parte desta discussão a construção de um diálogo entre aspectos econômicos, políticos, sociais e ecológicos.” (Santos, 2014, pg. 12)
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PARQUE LINEAR
SUSTENTABILIDADE URBANA
Em decorrência desenvolvimento urbano
do não
planejado as ações antrópicas vêm degradando o meio ambiente ao seu redor, contaminando rios, poluindo ar e causando o desmatamento, com todo esse processo de destruição é imprescindível a inserção e o incentivo à ações sustentáveis para que favoreça as condições de vida e melhoras nos aspectos econômicos e sociais, dando progresso no reaproveitamento de alguns materiais que reduzem gastos com energia e água, conservando os recursos naturais.
I.
II.
Cultural: a questão cultural trata-se da conservação das culturas regionais.
III.
Ecológica: visa conservar o uso dos recursos não renováveis e conservar a produção de recursos renováveis, reduzindo substâncias poluentes.
IV.
Ambiental: tratase da capacidade de se autorrestaurar devido a decomposição dos poluentes.
V.
Territorial: qualifica-se na melhoria da qualidade urbana, qualificando regiões e desenvolvendo ambientalmente as áreas mais frágeis.
O termo sustentabilidade urbana sugere que as cidades sejam mais conscientes e ofereçam mais qualidade de vida para a sociedade e que, ao mesmo tempo, conserve o meio ambiente. Sachs (2002, p. 85-89) irá definir em oito perspectivas as dimensões da sustentabilidade, interiorizando
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as
necessidades
Social: relaciona-se com a igualdade social na distribuição de renda justa, com qualidade de vida digna e que todos tenham acesso aos recursos sociais fazendo com que todos tenham um crescimento equilibrado.
VI.
VII.
VIII.
Econômica: questão econômica equilibrado, desenvolvendo investimentos públicos e privados, capacitação de modernidade dos instrumentos de produção e tecnologia. Política Nacional: democracia e respeito aos direitos humanos, sendo de total responsabilidade do Estado a implementação de projetos nacionais com parceria com agentes ambientalistas. Política Internacional: garantia na paz entre as nações com precauções na gestão de ações ambientais, cooperando nas áreas financeiras, ciência e tecnologia internacional.
O contexto de sustentabilidade tem enfrentado diversas transformações
no que diz respeito ao meio urbano, então, tem-se como estratégia realizar um meio ambiente com novos conceitos de conforto, oferecendo um espaço público destinado a atividades
urbanas.
(Cunha,
2009)
Referindo-se a este contexto, Silva (2011) enfatiza que devido a crise ambiental e urbana, o conceito de sustentabilidade passou a ser visto como um processo mais prolongado em relação à qualidade de vida, complementando, Santos (2014) acrescenta dizendo que há possibilidades de correções desta atual situação por meio de planejamento das cidades com foco na preservação social, ecológica, econômica
e
política
das
Mantendo esse direcionamento é possível estabelecer definições como Cidades Sustentáveis, Estratégias Sustentáveis e Projetos Sustentáveis, dentre outros fatores que estejam conectados com a preservação e proteção ao meio ambiente. Partindo dessas considerações entende-se que é imprescindível que os elementos sociais e culturais estejam vinculados aos processos de estruturação da sustentabilidade ecológica, desta forma, a participação da sociedade se reflete em meios ecológicos equilibrados.
Os parques Lineares são obras estruturadoras de programas ambientais que fazem parte de uma intervenção urbanística que refere-se à recuperação de áreas verdes associadas às redes hídricas, especialmente aos que fazem parte do tecido urbano, tem como finalidade recuperar e dar proteção aos corpos d’água e fazer conexões de fragmentos de vegetação à espaços públicos. Com isso, se destinam à preservação dos recursos naturais e proporcionam para a população áreas para atividades culturais, lazer e novas rotas de locomoção não motorizadas como ciclovias e caminhos para pedestres, além de controlar enchentes e estabilizar as temperaturas climáticas.
cidades.
populacionais:
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As aplicações dos Parques Lineares servem para controlar o manejo das águas pluviais, podendo atuar no aumento da área de várzea dos rios através da desaceleração da vazão da água e para impedir a acomodação inapropriada de humanos nas áreas de proteções ambientais, além de propiciar espaços recreacionais criando corredores naturais por toda extensão dos rios, isso contribui também para a migração de espécies, auxiliam na qualidade e no equilíbrio do microclima, controlando a umidade do ar.
Para que seja implantando é necessário a aceitação por parte da população e, principalmente, é necessário a manutenção periódica que são feitos através dos serviços de gestões, isso garante que o Parque permaneça em boas condições de funcionamento evitando sua depredação.
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Para se planejar a implantação de um Parque Linear, deve-se levar em consideração vários aspectos socioambientais de cada área em especifico, principalmente, os de acessibilidade, contudo, outros fatores determinam sua criação, como os de rede de drenagem, criação de reservatório de controle de cheias, canaletas para a drenagem da água, dissipadores de energia e canalização.
CONCEPÇÕES E CONCEITOS PARQUES LINEARES
DE
Os parques lineares abordam várias
questões além dos cursos de águas, referem-se também à recuperações do meio ambiente nas bordas dos rios, dão a abertura de elaborações para espaços de entretenimento, também são ótimos para a migração e no resguardo de espécies e colaboram na sensação térmica.
Também são chamados de greenways e, mais especificamente, são áreas designadas à conservação e preservação dos recursos naturais e possuem a capacidade de interligar fragmentos florestais e outros elementos da paisagem, além disso, agregam funções de uso humano compondo princípios de desenvolvimento sustentável(Giordano,2004).
O conceito de Parque Linear vem sendo discutido desde o século XIX, quando surgiu para tentar resolver questões de planejamento urbano.
Friedrich (2007) esclarece que a principal função de um parque linear é garantir a permeabilidade do solo nas margens dos rios, permitindo a infiltração e deixando a vazão mais lenta durante as cheias. Nesta questão sobre os parques lineares são introduzidos pontos sobre as necessidades de proteger os recursos hídricos, reduzir os impactos causados pelas enchentes, preocuparse com a diversidade biológica, pensar em melhoramentos para a infraestrutura e fazer conectividades de áreas verdes com os cursos d’água. Como função, são criados para proteger os fundos de vale e preservar áreas verdes urbanas, evitam o assoreamento, diminuem o nível de poluição dos rios, melhoram a qualidade do ar deixando o nível de
umidade equilibrado, são capacitados em proteger matas ciliares e previnem a ocupação irregular, evitando os riscos de contaminação ambiental e de saúde.
O cenário atual comprova que a degradação ambiental está ligada ao avanço tecnológico e à utilização desenfreada dos recursos naturais e isso tem causado danos ao meio ambiente, principalmente nas áreas florestais e nos recursos hídricos, na área rural o maior dano é a falta de cuidado com o uso do solo e no meio urbano o principal problema está ligado a recarga natural dos sistemas hídricos que são consequências da
impermeabilização
do
solo.
Para tentar solucionar esse problema surge um método chamado Biologia da Conservação que tem como principais objetivos entender o que as ações antrópicas podem causar ao meio ambiente e desenvolver táticas de conservação de espécies.
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BENEFÍCIOS SOCIOAMBIENTAIS PARA O AMBIENTE URBANIZADO No que se refere aos parques lineares, seu principal fundamento está ligado aos manejos de águas pluviais e no aumento da área de várzeas dos rios, fazendo com que a vazão de água seja mais lenta durante as cheias dos córregos e contribuem, principalmente, para que não haja a ocupação irregular nas áreas de proteção ambiental.
Como benefícios, os parques ajudam no retardamento de escoamento, propiciando a recuperação dos fundos de vales e dos corpos d’água, melhoram a paisagem urbana e o microclima, mantendo a temperatura e a umidade do ar em equilíbrio, fazem conexões entre áreas verdes e promovem espaços culturais e de entretenimento.
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INFRAESTRUTURA VERDE
A presença de espaços verdes no meio urbanizado causa uma reação positiva na população, uma vez que a procura por espaços de lazer e desenvolvimento de diversos tipos de atividades tem aumentando cada vez mais.
Contudo, para esse tipo de desenvolvimento é necessário que a população local seja um dos focos a serem atingidos, pois, serão eles que irão colaborar para a conservação do espaço.
Como embasamento, Fachin (2008) diz que os parques lineares apresentam funções diferentes, mas que estão relacionadas entre si, afirma que a questão social está conectada com as oportunidades de recreação que é possível proporcionar com essas áreas, já as questões educativas e culturais estão relacionadas com o que a área pode oferecer como ambiente de atividades.
Tem em vista a conservação da diversidade e a recuperação dos ecossistemas, contribuindo significativamente para o melhoramento das mudanças climáticas, reduzindo as catástrofes ambientais. Essa conservação da biodiversidade foi formulada através do uso correto do solo, se relacionando com outros fatores, como a agricultura, lazer e recreação e adaptações às alterações climáticas. (Santos, 2014)
Santos (2014) explica que o termo Infraestrutura Verde parte de acontecimentos históricos que a consolidaram para o planejamento ambiental e, para sua funcionalidade e aplicabilidade. Alguns termos devem ser considerados, como fazer a identificação de conceitos que dão direção ao tema, definir diretrizes para implantação de infraestruturas e compreender os benefícios do uso
das
infraestruturas
verdes.
De acordo com Rotermund (2012), o termo infraestrutura está associado à água, luz, ao sistema viário, que são prestados no meio urbano, ele interpreta esse tema como serviços prestados para espaços naturais ou planejados. Como complemento, Pellegrino (2006) alega que a palavra verde quando inserida com infraestrutura significa a contribuição dos sistemas ecológicos com os sistemas estruturais que fazem parte da cidade, o conjunto dessas ações contribuem para que o meio urbano tenha um bom desenho em termos de qualidade de vida, saneamento básico e saúde.
FUNÇÕES E BENEFÍCIOS Infraestrutura verde consegue proporcionar serviços ecossistêmicos que são fundamentais para obter a sustentabilidade urbana, seu principal objetivo é solucionar problemas de drenagem e, através das aplicações de infraestrutura verde, é possível planejar, monitorar e projetar posturas para impulsionar o meio de transporte limpo, melhorar o controle de enchentes e deslizamentos, diminuir o fluxo de escoamento de águas aumentando a rugosidade de uma área com vegetação e pode-se obter a purificação do escoamento dos rios através da sedimentação, filtração ou captação biológica.
(Santos,
2014,
pg.
32)
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TIPOLOGIAS DA INFRAESTRUTURA VERDE
A Ecological Society of America denota que as funções ecológicas são aquelas que estão associadas com os controles das variações climáticas, preservações da biodiversidade e limpeza nos cursos d’água. (Santos, 2014, pg. 32)
De acordo com Santos (2014), a composição da infraestrutura verde está totalmente entrelaçada com os ecossistemas naturais e artificiais e há um conjunto de itens que são capazes de sustentar componentes responsáveis pela evolução da existência, como os parques, os rios e as vias arborizadas e, que deve-se saber utilizar os sistemas de infraestruturas já existentes.
Os pensamentos de McMahon e Benedict (2006) dão ideias de como a implantação de infraestrutura verde pode suprir as necessidades de cada local, como por exemplo, em áreas rurais essa infraestrutura contribui na ideia de controlar o crescimento descontrolado em áreas inapropriadas, evitando problemas que estão associados à essas habitações irregulares, no ambiente urbano, eles associam benefícios ligados à saúde física e mental, propondo utilizações de áreas livres como áreas destinadas à recreações e nas áreas, onde se encontram os cursos d’água, a infraestrutura pode implantar sistemas que controlem as inundações em temporadas de cheias.
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Continuando com os mesmos pensamentos de McMahon e Benedict (2006) mostram quais são os benefícios que a infraestrutura verde pode proporcionar ao meio, essas vantagens são o enriquecimento da biodiversidade e do habitat, manutenções na paisagem urbana natural, melhoria na qualidade de vida em relação à saúde e incentivo nas
variedades
de
recreações.
As tipologias de infraestrutura verde são recomendas, principalmente, em áreas já urbanizadas e dependem, especificamente, das situações de cada região. A relevância de se aplicar a infraestrutura é de acrescentar mais recursos no planejamento ecológico da paisagem, mantendo e recuperando a finalidade dessa paisagem, proporcionando mobilidades alternativas para pedestres e ciclistas, prevenção de inundações, favorece o microclima local e da evidencia aos recursos naturais. (Santos, 2014) A palavra verde tem sido relacionada a tudo que seja benéfico para
Esclarecendo este assunto Benedict e McMahon (2006) e Bonzi (2015) referindo-se à infraestrutura verde, colocam que o verde engloba não só os elementos naturais referentes à vegetação, mas também aos rios e córregos.
O meio ambiente vem sofrendo muitos danos devido ao crescimento da urbanização e existem várias técnicas para reduzir os impactos ambientais que são causados pela ocupação urbana
e
essas
tipologias
são:
o meio ambiente, mas quando se pensa em arquitetura, a representação do “verde” teria uma relação com a vegetação.
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• JARDINS DE CHUVA:
São rasas depressões topográficas existentes ou afeiçoadas para receberem o escoamento da água pluvial, o solo geralmente é tratado por insumos que ajudam a aumentar sua porosidade, assim, as pequenas poças que são formadas pelos fluxos das águas se acumulam nas depressões e vão sendo infiltradas no solo. Sua função é reter e infiltrar as águas pluviais e ao mesmo tempo utilizar as plantas e microorganismos para retirar poluentes através de decomposição e filtração.
• CANTEIRO PLUVIAL:
Os canteiros são, basicamente, jardins de chuva mais compactos, que foram colocados em espaços urbanos e são utilizados no escoamento de edificações que ficam em seu arredor.
• PAVIMENTOS PERMEÁVEIS: São superfícies porosas que permitem a infiltração da água da chuva.
• BIOVALETA:
Também são semelhantes aos jardins de chuva mas se referem à depressões lineares que são preenchidas com vegetações e com elementos filtrantes, através desses elementos é que aumentam os escoamento e a limpeza da água da chuva.
• TELHADO VERDE:
com com
Eles apresentam uma cobertura vegetação que são tratadas compostos orgânicos e areia.
Sua função é absorver as águas das
chuvas e equilibram as variações climáticas. • CALÇADA ECOLÓGICA:
São calçadas com pisos drenantes com o plantio de vegetações, ela precisam ter inclinações direcionadas aos níveis de escoamento. Sua função é reter os resíduos e aumentar a recarga do lençol freático.
Sua função é reduzir o escoamento superficial.
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03. ESTUDO DE CASOS
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CORREDOR
VERDE
EM
CALI,
COLÔMBIA
Ao pensar na proposta desse projeto, foi analisado que as Zonas com maior desigualdade social eram as áreas que menos continham espaços livres e áreas verdes, então, pensando em um método de construir uma cidade mais sustentável, foi proposto um Corredor Verde que é uma oportunidade de estimular a junção do espaço urbano com os espaços naturais, assim, seria possível recuperar o meio ambiente e melhorar a qualidade de
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vida
em
Cali.
(Archdaily,
2016)
Esse projeto propõe aproveitar as margens da antiga linha férrea para recompor uma rede ecológica urbana, fazendo a integração social e espacial da cidade, equilibrando a conectividade com um corredor de transporte público limpo e propõe também fazer o reencontro das águas. (Archdaily, 2016)
O corredor Verde irá propor à cidade uma conexão longitudinal com um potencial de rede ecológica urbana, utilizando parques, ruas, espaços verdes, lagoas e rios como suporte de biodiversidade, os corpos d’água irão fazer junção com o espaço público e à rede ecológica, ajudando a enriquecer o ecossistema urbano. (Archdaily, 2016)
Além de proporcionar melhorias nos quesitos ambientais, o Corredor Verde, tem a função de integrar socialmente e espacialmente a cidade, fortalecendo o tecido social com programações comunitárias, melhorias no habitat com avanços nos bairros que possuem influências diretas, auxiliam na conservação e na geração de novas oportunidades de empregos, transformando as produções das industrias em produções limpas, incentivam a criação de novos espaços educacionais e culturais, além de reutilizar edifícios históricos e transformá-los em equipamentos que promovem cultura. (Archdaily, 2016)
Um fator fundamental que deve ser pensando é na conectividade do sistema de transporte de uma cidade e, na Cidade de Cali, foi pensado em um sistema de transporte limpo que busca articular os fluxos dos sistema natural com o sistema urbano, pensando nisso, deve-se pensar que a infraestrutura deve possibilitar um equilíbrio nas formas de locomoções, considerando, principalmente, os pedestres, ciclistas e à fauna. (Archdaily, 2016) O projeto visa melhorar os espaços públicos, renovando os setores mais adensados da cidade com equipamentos que geram oportunidades de recursos econômicos para as obras publicas, além de potencializar e reorganizar as centralidades, dando prioridades para a educação, comércio, serviços e culturas. (Archdaily, 2016)
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PARQUE
DO
RIO
EM
MEDELIN
Este projeto tem como principal objetivo fazer a conexão da cidade com o rio presente na área e o local definido para essa intervenção é uma área pública com principais eixos viários. (Constanza Cabezas, Archdaily, 2014)
O projeto prevê reestruturar a articulação da rede biótica por meio de articulações nos corpos d’água, nos vazios verdes e nas infraestruturas, possibilitando a permeabilização das áreas de vegetação, dando continuidade à estrutura vegetal natural e, com isso, possibilitar a redução dos impactos metropolitanos. (Constanza Cabezas, Archdaily, 2014)
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Com a recuperação do rio e a integração dele com a cidade será possível recuperar a qualidade do ar e da água, preservar as espécies nativas, proporcionar à população espaços para aprendizagem atraindo movimentos culturais para melhorar a qualidade do espaço público e oferecer a eles espaços desportivos. (Constanza Cabezas, Archdaily, 2014)
Os parâmetros utilizados para a criação deste projeto foi ter o Rio como um eixo estrutural, pois assim, dariam continuidade a hierarquia natural já existente para a criação do parque, além de recuperar os fluxos de água, equilibrando o sistema biótico da cidade e proporcionando aos cidadãos educação e zelo para manter o bom estado do lugar. (Constanza Cabezas, Archdaily, 2014)
Além de reestruturar e requalificar a área, o interesse final deste projeto é fazer a reconexão da biodiversidade e promover a conectividade ecológica por meio de gestões sustentáveis e da preservação da natureza. (Constanza Cabezas, Archdaily, 2014)
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PARQUE LINEAR DO SAPÉ, SÃO PAULO
O parque Linear do Sapé levou esse nome, pois, foi um projeto elaborado ao longo do córrego Sapé, ele faz parte do programa de São Paulo 100 Parques, que foi lançado em 2008, de acordo com este programa os parques lineares servem como mecanismos de prevenção de enchentes e, de acordo com a Secretaria do Verde e Meio Ambiente os parques definem caminhos de utilidade funcional ao público ao longo de todo o curso d’água com o objetivo de implantar métodos de infraestruturas para recuperar o meio ambiente e disponibilizar espaços para recreação. (Pizarro e Lino, LabVerde, 2012)
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O parque foi estruturado com verbas da Secretaria do Verde e Meio Ambiente, do Fundurb e por meio de Termos de Compensação Ambiental, como projeto de recuperação dos cursos d’água e fundos de vale, que foi proposto pelo Plano Diretor Estratégico de 2002. (Pizarro e Lino, LabVerde, 2012)
O córrego recebe diretamente o despejo da água pluvial através de encanamentos subterrâneos ou pelas canaletas superficiais e, com isso, a maior preocupação na requalificação do córrego é a tentativa de reduzir os impactos causados nas habitações pelas enchentes e, para evitar o risco de
contaminações, são utilizados estratos vegetais nas margens do parque linear que servem como filtragem da água poluída. (Pizarro e Lino, LabVerde, 2012)
O
Parque
Linear
também
está
inserido no Programa Córrego Limpo, que propõe reverter a degradação dos rios urbanos e intencionava dar utilização pública para a área que estava desocupada. A primeira fase de implantação do projeto foi iniciada em 2005 com uma extensão de 500m². A segunda fase, foi um processo de desapropriação e intervenção na Favela do Sapé, completando 2km de parque. (Pizarro
e
Lino,
LabVerde,
2012)
(Pizarro
e
Lino,
LabVerde,
2012)
O projeto manteve os córregos expostos nas extremidades e, no centro do parque, foram instalados equipamento de lazer com quadras poliesportivas, pistas de skate, playgrounds.
35
04. ESTUDO DA ÁREA
36
37
Parte das áreas hibridas de Ribeirão Preto estão inseridas no extremo Norte na Bacia Hidrográfica do Rio Pardo, abrangendo cerca de 77,6% da área municipal e no extremo Sul na Bacia Hidrográfica do Mogi-Guaçu, abrangendo
ESTUDO DE CASO: RIBEIRÃO PRETO – SP CARACTERIZAÇÃO TERRITORIAL E DEMOGRÁFICA
Neste capitulo será apresentado uma proposta de um parque linear em um córrego localizado no Município de Ribeirão Preto - SP. A principio serão apresentados dados do contexto urbano em que se encontra a área de intervenção, trazendo levantamentos sobre seus aspectos demográficos, ambientais e territoriais e, posteriormente, o desenvolvimento da pesquisa irá representar a delimitação territorial onde o objeto de intervenção será instalado.
38
A cidade de Ribeirão Preto situa-se no sentido nordeste do Estado de São Paulo, tendo distância de
aproximadamente 316 km da capital. As vias de acesso à cidade de Ribeirão Presto são vastas, permitindo que seja fácil a comunicação com outras cidades, tendo como redes viárias a Rodovia Antônio Machado Sant’ana (SP 225); Rodovia Atilio Balbo (SP 322); Via Anhanguera (SP 330); Rodovia Carlos Tonanni (SP 333) e a Rodovia Candido Portinari (SP 334) (Santos, 2014). Ribeirão Preto se caracteriza pelo seu clima tropical úmido, tendo verões quentes e chuvosos com temperaturas acima dos 23°C e pluviosidades acima dos 250 mm, os invernos são secos e com temperaturas
médias e precipitações inferior à 30 mm, contudo, essas classificações sofrem variações de acordo com cada área da cidade, Guzzo (1999) apud Santos (2014, p. 77) afirma que tais classificações são características de cada relevo, cobertura vegetal e massas de ar de cada região, que resultam em resultados distintos. Entretanto, Troppmair (2004) apud Santos (2014) diz que as temperaturas de 32°C e 33°C no verão e as temperaturas de 13°C e 14°C no inverno, são consequências das massas polares, massas tropicais do nordeste e das ondas de calor do noroestes (Santos, 2014).
22,4% e nela insere-se o espaço rural.
A imagem, representa o mapa de distribuição hídrica no território municipal
de
Ribeirão
Preto.
Segundo Guzzo (1999) apud Santos (2014), a nascente do córrego Ribeirão Preto situa-se no município de Cravinhos e é um dos principais afluentes do Rio Pardo, o córrego recebe as águas de outras nascentes de municípios vizinhos como o Córrego Tanquinho, Retiro Saudoso, Laureano, Monte Alegre,
Em 1905, outro relatório foi apresentado por Floriano Ribeiro Leite, referente a obras de embelezamento e saneamento, terminando assim, o calçamento da Rua General Osório e construção da ponte. Em 1927, a Prefeitura Municipal apontou outro documento feito pelo Prefeito Joaquim Camilo de Moraes Mattos referindose sobre a execução de obras de canalização do córrego Ribeirão Preto até a junção com o córrego do Retiro.
Visa Alegre e Campos (Santos, 2014).
Desde 1890, o córrego Ribeirão Preto passou por reformas, na tentativa de prevenir enchentes no local, que ocasionavam inundações do bairro República até a rua José Bonifácio, acarretando graves danos aos habitantes daquela região. De acordo com Cruz (1979), foi apresentado um relatório, em 1897, sobre Investimentos em garantias Sanitárias pelo Dr. Joaquim Estanislau da Silva Gusmão, que visava uma obra de saneamento do córrego, retificando e alargando o leito do córrego, aterramento das margens e drenagens.
O município de Ribeirão Preto localiza-se na área de recarga do Aquífero Guarani que é sua principal fonte de abastecimento, o aparecimento deste recurso natural está na parte Nordeste do município, fazendo com que essa área tenha um controle ambiental maior, restringindo o uso e ocupação do solo. Conforme a CETESB/DAEE (1997) apud Santos (2014), Ribeirão Preto é considerada uma área critica em termos de contaminação de água subterrânea por conta desse recurso natural, sendo necessário cuidados para que não haja contaminação por 39 resíduos industriais (Santos, 2014).
LEVANTAMENTO
DE
DADOS
A área de intervenção se situa entre a região da Zona Oeste que engloba os bairros Jardim Delboux, Jardim Maria Gorethi, Parque Ribeirão e Jardim Marchesi e a Zona Sul que abrange os bairros Alto da Boa Vista, Vila Santa
Conforme o censo de 2010, a população do bairro Vila Virginia, subsetor Oeste 1 (0-1) de Ribeirão Preto, a representação masculina é de 9.500 habitantes e a feminina com
Teresinha e Jardim Francisco Gugliano.
Homens
Mulheres
Imagem: Representação do Subsetor Oeste 1 (0-1)de Ribeirão Preto.
40
de
jovem/adulto
(População,
2010).
10.638 habitantes (População, 2010).
LEGENDA:
Área proposta para a intervenção. Imagem: Mapa do Municipio de Ribeirão Preto com a indicação da área onde será feita a proposta do projeto de um Parque Linear. Fonte: Adaptado pela autora, Google Maps, 2017.
O gráfico abaixo representa a faixa etária do bairro Vila Virginia, sendo estimado a maior concentração
Intervenção do Parque Linear Jardim Maria Goretti Vila Virginia Vila Guiomar Imagem: Área de intervenção e indicação do bairros Fonte: Adaptado pela autora, Google Maps, 2017.
Fonte: População, 2010.
De acordo com o censo de 2010, a população do bairro Jardim Maria Goretti e Vila Guiomar, subsetor Oeste 3 (0-3) de Ribeirão Preto a representação masculina é de 7.046 habitantes e a feminina com 7.497
Imagem: Gráfico representando a faixa etária da população do Subsetor Oeste 1 (0-1)de Ribeirão Preto.
Fonte: População, 2010, gráfico adaptado pela autora.
habitantes
(População,
2010).
LEGENDA: Homens
Mulheres
Imagem: Representação do Subsetor Oeste 3 (0-3)de Ribeirão Preto. Fonte: População, 2010.
41
O gráfico abaixo representa Através dos dados levantados, a faixa etária do bairro Jardim verifica-se que o entorno da área de Maria Goretti e Vila Guiomar, sendo intervenção possui um grande fluxo estimado a maior concentração de de veículos, tendo por predominância jovem/adulto
(População,
A Imagem indica as vias principais, coletoras e as vias locais:
Os bairros no entorno da área são regiões com grande fluxo de veículos e pedestres, pois, são bairros com maiores adensamentos, contudo, as vias coletores conseguem dar suporte a esta demanda de movimentação, adequando a movimentação para as vias locais.
2010). as vias coletoras que transferem esse fluxo de automóveis para as vias locais dos bairros vizinhos, esse grande fluxo de movimentação dos automóveis acontece por conta da Avenida Pio XII que se conecta com a Avenida Professor João Fiusa, fazendo cruzamento
com
a
Avenida
Caramuru.
Via principal Imagem: Gráfico representando a faixa etária da população do Subsetor Oeste 3 (0-3)de Ribeirão Preto. Fonte: População, 2010, gráfico adaptado pela autora.
42
Via local Via coletora Imagem: Mapa de Traçado Físico. Fonte: Elaborado pela autora, 2017.
residenciais fechados, a existência de comércios e serviços se concentram na Av. Caramuru e entre os bairros, conseguindo atender as necessidades dos moradores. Foram encontradas poucas áreas institucionais, as que possuem são Escolas Estaduais e Igrejas. De acordo com o levantamento, os lotes são adensados e quase não há presença de lotes vazios ou em construções. Na região existem poucos espaços de áreas verdes e as praças existentes estão degradadas e sem condições de uso. A Zona Sudoeste se caracteriza por ser uma região menos prevalecida, é um setor onde se concentra uma população de classe C
LEGENDA:
Área de intervenção
Através dos levantamentos feitos no entorno, foi possível analisar que a predominância da área é residencial, principalmente, por condomínios
LEGENDA:
Área de intervenção
Alto fluxo
e D, os bairros possuem poucos instrumentos de uso populacional, as residências são mais adensadas, com uma metragem de lotes menores e com ocupação total do loteamento.
Baixo fluxo Médio Fluxo Imagem: Mapa de Traçado Funcional. Fonte: Elaborado pela autora, 2017.
43
A população que ocupa a Zona Sul e a gleba Central são predominantemente de classe A e B, são áreas que possuem mais propostas de uso pessoal, como parques e praças. Seus loteamentos não são tão adensados, a metragem do terreno é bem maior e com menos ocupação.
O envolto da parte mais ampla encontra-se com cerca de arame e com vegetações altas e mal cuidadas. Essa área possui uma concentração de massa verde nativa extensa, sendo elas de médio e alto porte e grande presença de matos, conforme mostra a Imagem 37 e 38, percorrendo essa área encontra-se sistemas de recursos hídrico presente, porém, esses são fatores que estão em total degradação por conta dos impactos cons-
De acordo com as pesquisas realizadas onde localiza-se á área de intervenção, consta que toda a extensão possui cerca de 702,94 m², ao longo de todo o território nota-se que a área está em total abandono, pois, as ruas que dão acesso as moradias irregulares não possuem pavimentações e estão cobertas por entulhos e matos encobrindo a área.
1
2
3
4
5
6
7
8
9
tantes causados pelas ações antrópicas.
LEGENDA: Serviço Comércio Habitação Institucional
44
Imagem: Mapa de Uso e Ocupação do Solo. Fonte: Elaborado pela autora, 2017.
9
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4 1
2
8
7 5
6
45
DELIMITAÇÃO TERRITORIAL PARA O DESENVOLVIMENTO DA PROPOSTA DE UM PARQUE LINEAR: FATORES RESOLUTIVOS PARA ESCOLHA DA ÁREA DE INTERVENÇÃO
A área está localizada na Av. Professor João Fiusa, seguida pela Avenida Pio XII e o principal objetivo da intervenção é realizar a requalificação da
vegetação
e
a
renaturalização
do
curso
de
água
presente
no
local.
Essa intervenção prevê a revitalização de margens do rio de forma que acelere o ritmo do escoamento evitando cheias no local, além disso, iria contribuir para a renaturalização em suas margens. A ideia é que haja uma política de ocupação em suas margens mais apropriada, possibilitando a despoluição do rio.
E, para que essa transformação aconteça, é necessário pensar nos planejamentos de urbanização e paisagismo, nos programas de proteção e no plano diretor da cidade. Com base nisso, o processo de revitalização irá criar em seu entorno estratégias para a revitalização da área. Segundo Binder apud Alarcon (2009), do Departamento Estadual de Recursos Hídricos:
A área de intervenção, segundo o Artigo 4 º da Lei Complementar número 2157/2007 - Parcelamento do Solo,
encontra-se na macrozona ZPM - Zona de Proteção Máxima: V - ZPM - Zona de Proteção Máxima: composta pelas planícies aluvionares (várzeas); margens de rios, córregos, lagoas, reservatórios artificiais e nascentes, nas larguras mínimas previstas pelo Código Florestal (Lei Federal Nº 4771) e pelo Código do Meio Ambiente do Município; áreas cobertas com vegetação natural demarcadas no mapa do Anexo II; e demais áreas de preservação que constem do Zoneamento Ambiental, do Plano Diretor e do Código do Meio Ambiente. (Parcelamento do Solo, 2007)
“O desafio é recuperar os cursos d’água que sofreram modificações profundas sem colocar em risco as zonas urbanas e vias de transporte, e sem causar desvantagem para a população. Para isso, os engenheiros envolvidos devem elaborar um plano que leve em conta as particularidades de cada caso, e que se articule aos demais planos territoriais e programas regionais. “(Binder apud Alarcon, 2009, pg. 03)
46
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
Imagem: Mapa de Macrozoneamento. Fonte: Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, 2007.
Para que pudesse ser implantado o projeto nessa área, ele deverá atender os parâmetros exigidos no Artigo 106 da Lei 13430/2002, que diz respeito ao Programa de Recuperação Ambiental de Cursos D’ Água e Fundos de Vale: Art. 106 - Fica instituído o Programa de Recuperação Ambiental de Cursos D’Água e Fundos de Vale compreendendo um conjunto de ações, sob a coordenação do Executivo, com a participação de proprietários, moradores, usuá’rios e investidores em geral, visando promover transformações urbanísticas estruturais e a progressiva valorização e melhoria da qualidade ambiental da Cidade, com a implantação de Parques Lineares contínuos e caminhos verdes a serem incorporados ao Sistema de Áreas Verdes do Município.
47
É explicado os objetivos deste Programa de Recuperação Ambiental de Cursos D› Água e Fundos de Vale no Artigo 107 da Lei 13430/2002, onde determinam: § 1º - Parques Lineares são intervenções urbanísticas que visam recuperar para os cidadãos a consciência do sítio natural em que vivem, ampliando progressivamente as áreas verdes. § 2º - Os caminhos verdes são intervenções urbanísticas visando interligar os Parques da Cidade e os Parques Lineares a serem implantados mediante requalificação paisagística de logradouros por maior arborização e permeabilidade das calçadas. (Plano Diretor Estratégico dos Elementos Estruturais, 2002)
48
I - Ampliar progressiva e continuamente as áreas verdes permeáveis ao longo dos fundos de vales da Cidade, de modo a diminuir os fatores causadores de enchentes e os danos delas decorrentes, aumentando a penetração no solo das águas pluviais e instalando dispositivos para sua retenção, quando necessário; II - Ampliar os espaços de lazer ativo e contemplativo, criando progressivamente Parques Lineares ao longo dos cursos d’água e fundos de vales não urbanizados, de modo a atrair, para a vizinhança imediata, empreendimentos residenciais; III - garantir a construção de habitações de interesse social para reassentamento, na mesma sub-bacia, da população que eventualmente for removida;
entorno e a área de intervenção são:
IV - Integrar as áreas de vegetação significativa de interesse paisagístico, protegidas ou não, de modo a garantir e fortalecer sua condição de proteção e preservação;
à
•
AIS 1 – Área Especial de Interesse Social I
•
AIS 2 - Área Especial de Interesse Social II
Essas duas assentamentos
são destinadas habitacionais de
população de baixa renda. • Áreas de Uso Misto
V - Ampliar e articular os espaços de uso público, em particular os arborizados e destinados à circulação e bem-estar dos pedestres;
• AEPU – Área Especial para Parque Urbano • AQC – Área Especial do Quadrilátero Central
VI Recuperar áreas degradadas, qualificandoas para usos adequados ao Plano Diretor Estratégico; IX - Construir, ao longo dos Parques Lineares, vias de circulação de pedestres e ciclovias. (PMSP apud Siqueira, 2002, Art. 107)
As áreas especiais que abrange o
• ABV – Área Especial do Boulevard • APR – Área Especial Predominantemente Residencial • Áreas com Restrições do Loteador.
Como
foi
apresentado
nos
levantamentos, a área tem a presença de um curso d’água natural, que levou o nome de Córrego Ribeirão Preto e, segundo o Capitulo II – Áreas de Preservação Permanente, Seção I – Da Delimitação das Áreas de Preservação Permanente, Art. 4º do Código Florestal, Lei Federal nº 12651 do ano de 2012, incluída pela Lei nº 12.727/2012, exigem que: I - As faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de: a. 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros de largura; b. 50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água que tenham de 10 (dez) metros a 50 (cinquenta) metros de largura;
Imagem: Mapa de Áreas Especiais. Fonte: Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, 2007.
49
c. 100 (cem) metros, para os cursos d’água que tenham de 50 (cinquenta) metros a 200 (duzentos) metros de largura; d. 200 (duzentos) metros, para os cursos d’água que tenham de 200 (duzentos) metros a 600 (seiscentos) metro de largura;
Assim, o Novo Código Florestal, estabelece normas sobre a proteção e preservação da vegetação, dos recursos hídricos, da biodiversidade e do solo. (Presidência da Republica, 2012). De acordo com a Lei nº 1261/12, a largura da faixa da APP será determinada conforme a largura e o comprimento do curso d’água, conforme apresentado na Imagem:
Mas como mostra a Imagem, o limite da APP não é respeitado, de acordo com o Código Florestal, pelas edificações presentes na margem do Córrego Ribeirão Preto, deixando a área em situações caóticas pela quantidade de entulhos encontrados pelo descuido do solo.
e. 500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água que tenham largura superior a 600 (seiscentos) metros; II – As áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima de: a. 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o corpo d’água com até 20 (vinte) hectares de superfície, cuja faixa marginal será 50 (cinquenta) metros; b. 30 (trinta) metros, em zonas urbanas;
Imagem: Área de preservação permanente de acordo com a largura do curso d’água. Fonte: Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, 2007. Imagem: Vista por satélite da área onde edificações na APP,margens do Córrego Fonte: Google Maps, adaptado pela autora 2017.
50
se encontram as Ribeirão Preto.
51
04. O PROJETO
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53
IMPLANTAÇÃO GERAL PROJETO
O principal fundamento para a escolha desta área são, principalmente, suas caracteristicas fisicas, levando em conta sua topografia, o curso d’água e a vegetação nativa existente, tendo por objetivo promover a requalificação
do Córrego Ribeirão Preto e seu entorno, á medida que os sitemas de Parques Lineares são capacitados para a reestruturação de áreas degradadas, estabelecendo harmonia e equilibrio entre o meio ambiente e a população.
A relação da área com seu entorno se dá diante da possibilidade de estabelecer conexões entre as áreas que cercam o Córrego, criando espaços que oferecerão educação ambiental, atividades físicas e de lazer e mobilidade sustentável, como percurso para pedestre e ciclofaixas, além disso, garante estratégias que ajudarão a equilibrar os impactos ambientais e solucionar problemas ligados ao solo, a vegetação, ao Córrego e a poluição da área. Para o parque linear, foi estruturado entradas com fácil acesso, sendo possivel entrar pela Av. João Fiusa, Av. Caramuru e pela Rua João Rossiti,
como será apresentado no Plano de Massas que será apresentado mais a frente. A implantação foi estruturada através de soluções que fossem objetivas e funcionais, possibilitando resoluções para as necessidades físicas do ambiente e para as necessidades pessoais da populalação e, para isso, o projeto irá se adequar nas questões naturais do terreno, promovendo atraves desse conjunto, visibilidade harmonica na paisagem.
54
A proposta do parque linear é ter espaços onde a população pratique atividades fisicas, utilizando as quadras poliesportivas, o campo de futebol, pista de skate, academia ao ar livre e a pista de caminhada, além de oferecer áreas verdes para descanso e lazer e playgrounds para as crianças, o parque também oferecerá atrações culturais no centro de enventos que será criado. A disposição setorial do parque será dividida da seguinte forma:
55 ESCALA: 1/2500
CORTE 01
CORTE 02
CORTE AA ESC.: 1/2500
CORTE BB ESC.: 1/2500
PLANTA BAIXA SITUAÇÃO SEM ESCALA
56
CORTE AA ESC.: 1/2500
CORTE BB ESC.: 1/2500
PLANTA BAIXA SITUAÇÃO SEM ESCALA
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CORTE 03
CORTE AA ESC.: 1/2500
CORTE BB ESC.: 1/2500
PLANTA BAIXA SITUAÇÃO SEM ESCALA
58
59
DETALHAMENTOS
60
DETALHAMENTOS
61
DETALHAMENTOS
ESPECIFICAÇÕES DOS MOBILIÁRIOS POSTE DE ILUMINAÇÃO
- Ferro galvanizado para proteção dos agentes atmosféricos, o sistema de iluminação é composto por módulo solar com lâmina de vidro,células solares semicondutoras à base de silício, controlador de carga, bateria e inversor. - De 3m à 4m de altura. Módulo solar geralmente quadrado ou retangular.
ESPECIFICAÇÕES DE MOBILIDADE BANCO PARA DESCANSO - Madeira plástica
0,50m altura do chão, 0,70m de comprimento e 0,50m de largura.
- Filtro de ar de automóvel ecológico. - 0,50m de altura do chão, 0,70m de comprimento e 0,50m de largura.
BEBEDOURO
BICICLETÁRIO
- Aço inox. - 1m de largura,0,75m de altura P.N.E e 1m de altura.
62
LIXEIRA
PISTA DE CAMINHADA/ CORRIDA - Piso emborrachado de poliuretano. - 2m de largura.
CICLOFAIXA
- Particulas sintéticas de luminóforos que emitem a energia captada pela luz solar. - 6m de largura.
- Aço inox fundido. - Máximo 0,50 altura do chão.
de
63
ESPECIFICAÇÕES DOS EQUIPAMENTOS ACADEMIA AO AR LIVRE - Eucalipto.
ESPECIFICAÇÕES DAS VEGETAÇÕES PLAYGROUND - Madeira plástica.
PISTA DE SKATE
- Concreto e terá a função de coletar a água da chuva. - 15m x 30m.
LANCHONETE
- Container. - 6m x 3m.
QUADRA POLIESPORTIVA - Pedra com asfalto, pedrisco,lama a s f á l t i c a , resina incolor e resina colorida. - 10m de largura e 20m de comprimento.
SANITÁRIO
- Banheiro de containers ecotransportáveis. - 6m banheiro feminino, 4m banheiro masculino e P.N.E.
Pata de vaca (Bauhinia variegata) 6 a 9m, 9 a 12m
Ipê Roxo (Tabebuia Impetiginosa) 6 a 9m.
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Aroreira Alecrim de campinas vermelha(Schinus (Holocalyx balansae terebinthifolius) Micheli) 5 a 10m. 10 a 25m.
Ipê Amarelo (Tabebuia Alba) 6 a 9m.
Ipê Branco (Tabebuia Roseo-alba) 6 a 9m.
Pitangueira (Eugenia uniflora) 6 a 12m.
Jaboticabeira (Myciaria cauliflora) 4 a 12m.
Mangueira Aceloreira (Malpighia (Mangifera Indica) emarginata) 35 a 40m. 2 a 6m.
Amoreira (Morus nigra) 3 a 12m.
Jerivá (Syagrus Romanzoffiana) 6 a 12m.
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