Revista PINUP

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Mordern Millie / Loja Vintaje a bola da vez / nas ruas - trás estampa poá sapatos oxford: como usar? - dicas importantes

edicão junho 2011


índice editorial Vintage é um termo que adquiriu um novo significado além do original. O termo acabou por representar o melhor de cada época. Assim convencionou-se chamar de vintage os produtos dos anos 20, 30, 40, 50, 60, 70 e recentemente, até mesmo dos anos 80, que adquiriram uma conotação de nobreza e tornaram-se referência no seu tempo. Para os colecionadores, quanto mais antigo melhor, não havendo necessariamente uma correlação com o número 20. Hoje o mais comum é só usar a palavra vintage para roupas usadas que sejam de grife. Que tenham marcado uma coleção importante ou que definam o estilo de uma época. O resgate da moda “pin-up” é um excelente exemplo de moda vintage. Roupas com tecidos propositalmente “desgastados” também são chamados vintage, justamente por ter uma aparência de usado, antigo. Xadrez, babados, bolhinhas e tudo que era da vovó é aproveitável. O estilo vintage transforma em referência o melhor de todas as décadas. Assim podemos dizer que tudo o que relembre os anos 60, 70 ou 80 pode ser denominado dessa forma, desde vestimentas até mobiliário.

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GARIMPO

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DESIGN

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COMO USAR

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COLEÇÃO

BOA LEITURA!

Universidade Federal de Pelotas Disciplina de Design Editorial Professora Ana Bandeira 5° Semestre | Design gráfico Camila Wohlmuth & Renata Araujo Edição n° 01 | junho 2011 Editor chefe: Camila Wohlmuth Diretor executivo: Renata Araujo Conselho editorial: Camila Wohlmuth Jornalista responsável: Renata Araujo Projeto gráfico: Camila Wohlmuth Redação e edição de textos: Renata Araujo Design: Camila Wohlmuth e Renata Araujo Colaboradores: Rosely Araujo e Lucia Wohlmuth Impressão: Palloti Distribuição: Wohlmuth’s Company

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PELAS RUAS


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leite moça

Mordern Millie i

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retro

Renata Araujo

Como ninguém deve saber, voltei das minhas férias no final de semana passado. Fui para Salem no estado de Oregon-EUA. Vocês devem imaginar o que uma viagem dessas provoca nas mulheres. Mas nada se compara ao frenesi que tomou conta de mim quando entrei em um lugar, na Washington Street, que vendia roupas vintage, do qual eu já tinha ouvido falar muito bem. O lugar era espetacular. O nome da bendita loja é Mordern Milli. Juro para vocês que, se soubesse que o acervo das roupas eram tão grande e tão legal, tinha tomado um calmante antes de ir. Só para vocês terem ideia do que estou falando: camiseta Chloé a 20 dólares, luvas de couro Marc Jacobs a 22 e cashmere da Diane Von Furstenberg a 30. Não consegui terminar de ver tudo, meu cérebro se desintegrou antes. As boas notícias são: dá para ver um pouquinho disso tudo no site deles e eles entregam no Brasil. HORÁRIO DE ATENDIMENTO Segunda a quarta 11-5:30 Quinta-feira e sexta-feira 08/11 Sábado 06/11

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DESIGN

z Camila Wohlmuth

CURIOSIDADES A Roupa Vintage é uma designação que é dada a roupa de outras eras. É normalmente classificada por décadas sendo uma expressão cultural de determinada era. Roupa Vintage é roupa produzida entre os anos 20 e os anos 80. Roupa anterior àquele período é considerada como antiguidade, enquanto que roupa usada posterior àquele período é designada como roupa em segunda-mão. Ao comprar Roupa Vintage preste especial atenção ao corte e ao estilo da peça. Diferentes épocas produziram diferentes cortes e estilos. Pergunte na loja se tiver curiosidade. Repare também na originalidade dos padrões. Tenha em atenção que muitas vezes as peças não têm etiqueta com tamanho. Experimentar a roupa acaba por ser a melhor parte da compra. Os sinais de uso que algumas peças apresentam muitas vezes significam que a roupa foi muito usada e adorada. Arrisque. Compre uma fatiota completa de uma determinada época para uma festa ou saída à noite. De certeza que receberá muitos elogios...

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GARIMPO

1937 Renata Araujo

A Nestlé aproveitou a “onda” vintage e lançou as latinhas especiais estilo retrô, daquelas que dá vontade de comprar todas. Em cinco anos morando sozinha, nunca havia comprado nenhuma. Numa só vez eu comprei todas: de 1937, 1946, 1957, 1970 e 1983. Ótima sacada da Nestlé, não? Embora o formato da lata, arredondada, não seja o da época, as adaptações ficaram bem interessantes. Ora contorno na tipografia, ora não. Ora adornos demais, ora não. Ora sem adorno algum… Enfim, é bem interessante como referência visual dessas décadas poder compará-las e encontrar as características de cada movimento ou pensar na “época” de cada latinha. Aliás, o que aconteceu em cada uma dessas décadas?

1946

1937A embalagem mantinha a cor original do produto – e

não branca como as atuais. Reparem nos adornos dos ícones do Rio 1922 e na tipografia utilizada. A década de 1930 começou sofrendo pela crise de 1929 dos EUA. Logo que começaram as invasões nazistas, a escola Bauhaus é fechada e os profissionais que lá trabalhavam vão para os EUA e Reino Unido.

1946 Um fato muito importante para o design nessa década

foi quando o presidente norte-americano Roosevelt fundou, em 1942, o Office of War Information (OWI), para informar sobre a Segunda Guerra Mundial em diversas mídias. Para isso foram contratados muitos designers e ilustradores. Começou a “Era de Ouro” das revistas, quando começaram a destacar o pós-guerra.

1957

1957 O movimento pós-guerra fica ainda mais forte na

intenção de aliviar as dores das perdas causadas esse período e divulgar a comunicação visual. No Brasil, mais precisamente na segunda metade da década, a Bossa Nova deu seus primeiros passos com Nara Leão, João Gilberto e toda a “turma” do Rio de Janeiro. Alexandre Wollner voltou da Escola de Ulm e estava pronto para mudar o rumo do design nacional.

1970 O movimento pós-guerra fica ainda mais forte na

intenção de aliviar as dores das perdas causadas esse período e divulgar a comunicação visual. No Brasil, mais precisamente na segunda metade da década, a Bossa Nova deu seus primeiros passos com Nara Leão, João Gilberto e toda a “turma” do Rio de Janeiro.

1970


VITRINE

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vitrine vintage i

z Camila Wohlmuth

Renata Araujo

Algumas marcas adotam o estilo retrô porque exercem fascínio até mesmo sobre os jovens, que, sempre em busca de novos estímulos, resgatam a linguagem estética e elementos visuais mais rebuscados de outras épocas para contrastar com a predominância da linguagem atual, mais minimalista. Mais importante e mais eficaz na transmissão de confiança ao consumidor, é a preocupação com a atualização das embalagens em termos sustentáveis. Com certeza, você conhece alguém que aprecia pão com patê de sardinha. Isso sem falar da impressionante autoridade que esses produtos têm — usar polvilho antisséptico para os pés é praticamente um conselho de avó. Quem vai duvidar? Por que alguns produtos continuam nas prateleiras após tanto tempo? Um dos fatores é o pioneirismo. Muitos dos produtos centenários que continuam ocupando as prateleiras dos pontos de venda foram novidades na época de seu lançamento — afirma a designer de produtos e professora substituta da Universidade de Brasília (UnB) Roberta Brack. Vejamos, então, uma seleção de produtos super fofos e super vintages:

COFRINHO Cofrinho de porcelana completamente vintage, lembrando os produtos pintados com tinta à óleo. É um luxo e muito simpático.

COLAR Colar tematizado com utencilios domésticos, em ouro e sob encomenda. Eles são feitos em ouro 14kt corrente com um fecho da lagosta.

COLHER DE CHÁ Conjunto de 12 colheres, estilo Art Nouveau em prata envelhecida “Magnolia 1951”, por Rogers.

JOGO Conjunto vintage Bingo faz as pessoas falarem. O complemento perfeito para sua noite de jogo e pode ser presente exclusivo.

ÓCULOS Clássico dos anos 50. É ouro pálido e tem prata nos aros. Existe uma flor, trabalhada no metal em folha de louros.

BOLSA Bolsa moldura artesanal feita com tecido de algodão de qualidade. O preenchimento é adicionado dentro das camadas de tecido para manter a forma.

LATA PARA CAFÉ Antique Vintage lata de café designed by Folgers. Tem o tamanho ideal e possui tampa.

GUARDANAPOS DE PAPEL Lindos guardanapos de papel com impressões diferenciadas e papel duplo. Dimensões: 20x20cm.

FILMADORA Original Fotografia Bell Howell Art Print 8x10 câmera de vídeo Keystone Vintage, preta e cinza. Único dono.


sapatos oxford: como usar?

pernas pra que te quero? z Camila Wohlmuth

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z Camila Wohlmuth

Renata Araujo

O Oxford é um sapato fechado, de amarrar, que ganhou esse nome porque virou febre entre os estudantes da Universidade de Oxford, na Inglaterra, no século 17. Durante muito tempo esse sapato foi associado aos homens, ao conservadorismo e ao tradicionalismo. Mas ele voltou com uma interpretação completamente nova e com versões femininas, permitindo até uns saltos altos de vez em quando. O que é mais legal nele é que podemos balancear o ar masculino dele com peças bem delicadas, como estampas florais discretas, vestidos leves e saias evasês acima do joelho. Ele também super combina com acessórios vintage, daqueles que acabamos de tirar do armário da vovó, sabe? Aqueles que podemos encontrar muito facilmente em bons brechós. Já que é moda de inverno, aí vão nossas dicas:

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MANIA DE COLEÇÃO

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COMO USAR?

Renata Araujo

O mundo dos colecionadores é incrível. É comum que pessoas que colecionem alguma coisa façam de tudo por uma peça rara. Tudo mesmo: é como uma obseção. Em nossas andanças por aí, descobrimos um simpático senhor que tem por hobby colecionar bicicletas antigas. Devemos admitir que suas peças são realmente amáveis e diferenciadas, mas o que Alcides Moreira faz por suas bicicletas não é qualquer um que faria, não! Em entrevista à revista PinUp, ele admitiu já ter pago “os olhos da cara” por uma bicicleta caindo aos pedaços: PinUp: Quando e como o senhor teve a ideia de colecionar bicicletas? R: Em meu aniversário de 25 anos, ganhei uma miniatura de bicicleta, a qual sempre imaginei em tamanho real. Anos depois, passando por uma feira de objetos antigos, me deparei com exatamente o mesmo modelo, porém nas proporções em que eu sonhava. A partir daí, não exitei em comprar o que viesse pela frente! PinUp: E o que o senhor já fez de mais absurdo para adquirir alguma peça da sua coleção? R: Certa vez, descobri através dos classificados de um jornal do estado do Pará que numa cidadezinha do interior estava à venda uma bicicleta de modelo raríssimo e em ótimo estado de conservação. Não me contive, pois sabia que tal oportunidade seria única. Viajei 40 horas de ônibus até lá, fiz a compra e pra voltar tive de pedir caronas na estrada. Demorei 2 dias e meio para retornar à minha casa, mas valeu a pena. Outra vez, optei por vender minha televisão nova para comprar uma bicicleta modelo 1908.


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PELAS RUAS

a bola da vez nas ruas

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z Camila Wohlmuth

Renata Araujo

Vemos pelas ruas das cidades tantas opções de tecidos, estampas e estilos que fica até difícil decidir o que comprar e o que usar no dia a dia. Os hits da estação são, sem sombra de dúvidas, as estampas como pied de poule, petit pois e florais, bem como looks com todas elas misturadas! Nos anos 50, a mulher dona de casa e, ao mesmo tempo, esposa fiel e mãe zelosa, necessitava ter seu ego nas alturas e também exaltar sua feminilidade. Sendo assim, os vestidos de cintura alta e marcada com estampas de bolinhas foram os carros chefe dessa época. O poá, em especial, é romântico e vintage, sendo uma aposta certeira que volta a imperar em combinações espertas. Uma peça em poá é considerada peça chave do armário feminino nos dias de hoje e é por isso que não podemos deixar de mostrar o que está rolando nas ruas do mundo inteiro quando o assunto é ESTAMPA POÁ:

PARIS Os escarpins rosas dão o toque sexy.

SÃO PAULO Vestidinho super confortável e delicado

PARIS Pretinho quase básico, com elemento poá

LONDRES Saia poá com camisa

TÓQUIO Open Boot é um hit da moda, ainda mais de poá.

LONDRES Ar cool no mix de poá com camisa caramelo

FLORÊNCIA Combinação de poá com azul e cores nude

TÓQUIO Um scarpin sempre vai bem.



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