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CMC recebe doação de documentos sobre o mestre Lourenço Chaves d’Almeida

ACâmara Municipal de Coimbra (CMC) vai analisar e votar hoje, dia 8 de Maio, a aceitação da doação do acervo documental composto por um conjunto de desenhos de trabalhos do mestre Lourenço Chaves d’Almeida, bem como correspondência, fotografias, notas sobre obras, artigos de jornais, escritos seus e diplomas. Lourenço Chaves d’Almeida foi um dos mais célebres artistas de ferro forjado. Nascido em Lamego, em 1876, exerceu a sua actividade em Coimbra, onde residiu até ao fim dos seus dias, em 1952.

Lourenço Chaves d’Almeida não se tratou de um simples ferreiro ou mesmo de um vulgar artista do ferro forjado, mas de um homem de elite, com uma apreciável cultura e apurada sensibilidade para a arte em geral, lê-se na informação que vai para apreciação, na sequência da proposta de doação de José Machado Lopes. Entre as numerosas obras de Lourenço Chaves d’ Almeida, destacam-se o Lampadário/Chama da Pátria (Mosteiro da Batalha), o Lectus Pompeiano (Veva de Lima), o Relicário (Afonso Lopes Viera) e o lustre da CMC.

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Os serviços municipais justificam a aceitação desta doação por Lourenço Chaves d’ Almeida tratar- se de uma figura notável, que viveu e laborou em Coimbra e que o seu acervo documental permite dimensionar a promoção e difusão da sua vida e obra, é de valor inestimável para o estudo e compreensão da sua estreita relação com António Augusto Gonçalves, cujo espólio também se encontra na Biblioteca Municipal de Coimbra. Entende-se, ainda, que o espólio agora doado é, igualmente, de valor inestimável para a compreensão e estudo da sua ligação a outros vultos notáveis do seu tempo e contribui para a valorização da história e cultura da cidade de Coimbra.

Lourenço Chaves d’ Almeida contactou com parte da elite intelectual e política do seu tempo, nomeadamente, Joaquim Teixeira de Carvalho (Quim Martins), Afonso Lopes Vieira, Belisário Pimenta, Bissaya Barreto, Marechal Gomes da Costa e, mais estreitamente, como seu discípulo, com António Augusto Gonçalves, vulto da cultura e história conimbricense, tendo mesmo desempenhado funções na Escola Livre das Artes do Desenho, no Museu Machado de Castro e como Mestre das Oficinas de Serralharia Mecânica da Escola Brotero.

ACâmara Municipal de Coimbra (CMC) vai analisar e votar hoje, dia 8 de Maio, a abertura do procedimento administrativo com vista à elaboração do Regulamento Municipal de Protecção de Entidades de Interesse Histórico e Cultural ou Social Local, para enquadrar o apoio da

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