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Festival de música electrónica “menor” em Coimbra estreia-se em Fevereiro

dia uma “proposta muito emocional, de uma mulher trans, que chora e canta a sua própria história de vida”, realçou o curador do festival.

A música de Bella Báguena, que terá no “menor” a sua estreia absoluta no país, soa “como um lamento fundo e sincero de alguém que arrisca uma proximidade inquietante com quem a ouve, para poder contar a sua história com uma honestidade que pode ser brutal”, referiu a organização.

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Ofestival “menor” vai ter a sua primeira edição em Fevereiro, no Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV), em Coimbra, num programa centrado “no impulso inicial” que deu origem à música electrónica.

Entre 24 e 26 de Fevereiro, vão passar pelo TAGV, que produz o festival, Jonathan Uliel Saldanha, Bela Báguena ou KMRU e Aho Ssan, entre outros artistas, numa primeira edição que conta com estreias nacionais e encomendas.

“A programação, mais do que se focar na electrónica enquanto naipe de instrumentos e perímetro tecnológico, procura um espaço onde os que não têm lugar no cânone encontram o seu espaço de expressão”, disse o curador do festival, Alexandre Lemos. Segundo a organização, este é um festival que abraça o manifesto futurista “em defesa do novo”, assumindo um “compromisso com o desconhecido, a diferença e a diversidade”.

No primeiro dia do “menor”, Jonathan Uliel Saldanha, músico que dirige o grupo HHY & The Macumbas, propõe-se a construir uma peça sonora espetral, criada de raiz para a sala do TAGV, em que o próprio espaço servirá de instrumento.

Nesse mesmo dia de arranque, há uma estreia nacional da dupla que junta o artista queniano KMRU e “o alquimista francês Aho Ssan”, apresentando o disco “Límen”, criado durante a pandemia.

A 25 de Fevereiro, estará no TAGV o projecto Tropa Macaca, que junta André Abel e Joana da Conceição, estreando em Coimbra novas músicas e vídeos deste duo.

A artista espanhola Bella Báguena apresenta nesse mesmo

No último dia de festival, será apresentada uma peça encomendada pelo festival, a Cavernancia, projecto de Pedro Roque.

“O festival vai fechar com uma espécie de quase spa, de terapia depois de dois dias de muita música”, aclarou Alexandre Lemos.

Para o curador, a música electrónica serve “como uma palavra-passe” do festival para o impulso que está na origem dos primeiros instrumentos e composições de música eletrónica “e que continua a estar presente no trabalho de muitos artistas”.

“É o impulso de procurar o que ainda não foi feito, fora do cânone de aprendizagem da música instrumental. É o mesmo impulso que estava na construção das primeiras máquinas que permitiram fazer música que chamamos de eletrónica”, vincou.

Segundo Alexandre Lemos, há intenção de o festival realizar-se com uma periodicidade anual, no primeiro trimestre do ano.

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