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OUVIR MÚSICA CLÁSSICA DE OLHOS VENDADOS

Apresidente da Direcção da Orquestra Clássica do Centro (OCC), Emília Martins, desafia o público a assistir de olhos vendados aos espectáculos programados para este ano, de forma a perceber e conhecer as di- ficuldades sentidas pelos invisuais.

O desafio foi lançado na apresentação da programação para os próximos três meses, que decorreu na sede da OCC, no Pavilhão Centro de Portugal, em Coimbra, e que contempla uma parceria com a Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO).

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“Vamos dar início à colaboração com a ACAPO com o concerto de dia 25 de Março, onde vamos interpretar compositores que ficaram invisuais, al- guns deles no final da sua vida. O convite é para que as pessoas que possam vir assistir possam por vendas nos olhos e entrar na sala, percebendo e conhecendo as dificuldades de alguém que é invisual”, explicou.

De acordo com Emília

Martins, este é um convite válido para o concerto “Ouvir sem Ver”, bem como para “outros ao longo do ano”.

Neste espectáculo, que terá lugar no Pavilhão Centro de Portugal, em Coimbra, será feita a apresentação e estreia de obras encomendadas no ano passado a jovens compositores (Prémio Francisco Martins 2022), sob o tema “Refugiados”.

A programação, de Fevereiro a Abril, inclui ainda a inauguração da exposição “Os Direitos Humanos das Crianças”, com fotografias da fotojornalista ucraniana Julia Kochetova, que decorreu esta tarde.

Ainda em Fevereiro, a presidente da Direcção da Orquestra Clássica do Centro destacou o espectáculo de dia 26, também ele no Pavilhão de Portugal, onde vai ser interpretada a “Canção da Terra”, de Mahler. “Terá comentários de Carlos Fiolhais e apresentação de dois grandes solistas:

Marco Alves dos Santos e Patrícia Quinta”, informou. Em Março, o destaque vai para o concerto dedicado a António Fragoso, um compositor português natural de Cantanhede, programado para o dia 11.

Para 15 de Abril está prevista a participação da Orquestra Clássica do Centro na 17.ª edição do Springfestival de Malta, cujo programa será apresentado em Coimbra, no dia 13.

Segundo Emília Martins, os espectáculos dos próximos três meses enquadram-se num programa pensado a quatro anos, para o qual receberam um financiamento de cerca de 300 mil euros, da Direcção-Geral das Artes.

Intitulado “A Terra em IV Andamentos”, este programa será executado de 2023 a 2026, sendo este primeiro ano dedicado aos “Direitos dos Seres Vivos VS Morte”. O ano de 2024 será dedicado à “Desconstrução”, 2025 à “Terra - o Feminino” e 2026 à “Vida”.

Cna Assinala 45 Anos Na Escola Agr Ria

AConfederação Nacional da Agricultura (CNA) celebra o 45.º aniversário no próximo domingo, dia 26, na Escola Superior Agrária de Coimbra, iniciativa que inclui, a partir das 10h00, a apresentação dos resultados do projecto “Valorizar a Agricultura Familiar” e uma sessão, a partir das 11h00, com a participação do Presidente da República. A seguir ao encontro realizar-se-á um almoço de confraternização dos agricultores e agricultoras e de todos os amigos da CNA e associações filiadas.

A 26 de Fevereiro de 1978 nascia, em Coimbra, a CNA, no Encontro das Organizações da Lavoura e dos Agricultores do Minho, Douro, Trás-os-Montes e

Beiras (e delegações de outras regiões) que aprovou a Carta da Lavoura Portuguesa e criou organização dos pequenos e médios agricultores, dos compartes e do mundo rural.

A CNA reafirma que “melhor estaria a agricultura se os sucessivos governos tivessem ouvido a sua voz, cumprindo a Carta da Lavoura e as propostas que ao longo destes anossempre com os agricultores - continuam a discutir, a actualizar e a reclamar”.

“Com a agricultura familiar há soluções para os problemas da produção agrícola e da alimentação, com a adopção das 12 Medidas Urgentes para Salvar a Agricultura Nacional”, considera a CNA.

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