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Cartão Nacional de Voluntário vai permitir identificar quantos voluntários existem em Portugal

em dezembro, aquando do Dia Internacional do Voluntariado (05), ainda está em fase de testes. De acordo com a directora da ENTRAJUDA, “vamos deixar passar 6 meses até podermos fazer uma avaliação”.

Quantos voluntários existem, em Portugal? Que tipo de colaboração é prestada? Quantas horas exercem de trabalho voluntário? Obter respostas para estas questões é o propósito do novo Cartão Nacional de Voluntário, uma iniciativa da associação ENTRAJUDA, que pretende gerir e registar o trabalho voluntário praticado a nível nacional.

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“Em Portugal, há muito voluntariado ligado às mais variadas causas, no entanto, como não há métricas, acabamos por ser o país da Europa onde as estatísticas revelam que há menos voluntariado”, explica a fundadora da ENTRAJUDA, Isabel Jonet, em declarações ao “Campeão das Províncias”. A mesma responsável admite estar convicta de que “não é bem assim” e de que “há muito voluntariado, contudo, é muito informal e não é cotado”.

Para o lançamento do Cartão Nacional de Voluntário, a associação convidou a Imprensa Nacional-Casa da Moeda a desenvolver uma aplicação que, em breve, estará disponível. Esta ferramenta vai permitir que todas as instituições registem os seus voluntários, obtendo estatísticas agregadas do voluntariado em Portugal. À aplicação vai estar ainda associado o “Portal do Voluntário”. “Quando o voluntário entra na App, - e através do seu registo -, ficamos a saber quantas horas de serviço foram prestadas e em que tipo de entidades”, revela Isabel Jonet.

A criação do Cartão Nacional de Voluntário conta com a participação da Confederação Portuguesa de Voluntariado e a CASES – Cooperativa António Sérgio para a Economia Social. Apesar do projecto ter sido apresentado

Valorizar o voluntariado

Acreditando que, actualmente, “há mais voluntariado, sobretudo, de pessoas mais novas”, Isabel Jonet não tem dúvidas de que o Cartão Nacional de Voluntário trará consigo uma maior valorização para com os voluntários do nosso país. “O passo seguinte é haver algum tipo de premiação do tempo de trabalho voluntário. Isso vai permitir que mais pessoas queiram ser voluntárias”, sublinha.

A mesma responsável salienta, assim, a importância de cuidar dos voluntários, uma realidade que a pandemia por covid-19 veio reafirmar quando se instalou no país e no mundo. A esse respeito, afirma que “a pandemia fez com que o trabalho do voluntário fosse valorizado em alguns sectores e isso foi muito visível”. Todavia, alerta para a “necessidade que há de continuarmos a olhar pelos nossos voluntários e de lhes darmos a devida importância”, remata.

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