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Coimbra promove campanha de sensibilização para a saúde mental

tratamento, e promover a saúde mental e o bem-estar”.

A campanha apresenta quatro factos que pretendem sensibilizar a comunidade para a depressão e a ansiedade e para a procura de ajuda: “Depressão não é ‘fita’ nem ‘falta de vontade”; “Ansiedade. Alguma é natural. Demasiada é um problema”; “Depressão: entre 80 e 90% das pessoas que recebem ajuda recuperam”; e “Ansiedade não é motivo de vergonha ou culpa”.

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A campanha vai realizar-se com a afixação de cartazes e de mupis na cidade e a divulgação nos suportes digitais do município e nas redes sociais. Esta iniciativa enquadra-se no Plano Municipal de Saúde, mais concretamente no Eixo “Educação e Literacia para a Saúde” e na acção que prevê a realização de campanhas de sensibilização associadas à promoção da saúde e prevenção da doença.

ACâmara Municipal de Coimbra tem até 30 de Maio a decorrer uma campanha de sensibilização para a saúde mental, com especial enfoque na depressão e na ansiedade.

A iniciativa, que conta com a colaboração da Ordem dos Psicólogos Portugueses, pretende transmitir várias mensagens no âmbito da literacia em saúde psicológica, bem como informar das linhas de apoio psicológico disponíveis, como a do SNS24 e da SOS Estudante. A campanha, que vai estar em curso nos mupis da cidade e nos meios de comunicação municipais, pretende dar início a várias actividades enquadradas nesta temática, no cumprimento da Estratégia Municipal de Saúde de Coimbra.

Esta campanha de sensibilização para a saúde mental pretende, pois, promover a literacia em saúde psicológica, consciencializar a população para a temática da saúde mental, disponibilizar recursos de resposta no âmbito da saúde mental, bem como cumprir a Estratégia Municipal de Saúde de Coimbra e o Objectivo de Desenvolvimento Sustentável 3: Saúde de Qualidade, com a meta “Até 2030, reduzir num terço a mortalidade prematura por doenças não transmissíveis via prevenção e

Importa, pois, lembrar que os casos de doença mental estão a aumentar a nível mundial, sendo que a Organização Mundial de Saúde (OMS) “estima que esta condição possa causar 1 a 5 anos de vida vividos com incapacidade, o que se traduz em 10% da carga global de doença”. “A doença mental afecta a vida dos cidadãos nas suas mais variadas vertentes, como a escola, a actividade profissional, as relações com a família e amigos e a capacidade de participar na comunidade”, alerta a OMS, salientando que segundo o World Mental Health Report, “em 2019 1 em cada oito pessoas no mundo (13%) vivia com doença mental, sendo que os casos de depressão e ansiedade poderão ter crescido em 25% com a pandemia da Covid-19”.

Ora, Portugal não é excepção e também tem assistido ao aumento dos casos de doença mental. “As perturbações do foro psiquiátrico apresentam uma prevalência de 22,9% no nosso país, o segundo maior da Europa, e representam 11,8% da carga global das doenças em Portugal, superiormente às doenças oncológicas (10,4%) e apenas sendo ultrapassada pelas doenças cérebro-cardiovasculares (13,7%). Portugal é ainda o segundo país da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económicos (OCDE) com maior consumo de medicamentos antidepressivos, tendo este valor crescido desde 2019”, segundo informação da OCDE.

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