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Políticos sem vergonha
que não existe. E para existir junto do Largo do Rato, seria necessário a legitimidade eleitoral. Todos sabemos que não existem presidentes interinos e muito menos vice-presidentes sem presidente, que apenas podem exercer funções delegadas. Ignoram que na queda do presidente também caem as delegações.
Num artigo publicado o Professor Doutor Campos e Cunha ex-ministro das Finanças afirma “que a política nacional está dominada por políticos sem vergonha. O semvergonhismo como ideologia, como estratégia e como garantia de sucesso na política…”.
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Também fico envergonhado e chocado ao tomar conhecimento que o governo anunciou a intensão de instalação de um novo Tribunal Central Administrativo e Fiscal em Castelo Branco. Não se trata de bairrismo, apenas e só a constatação da ostracização de Coimbra, no silêncio dos deputados e do PS, eleitos por o distrito de Coimbra.
A Distrital do PS nada diz por-
Na Concelhia nada se diz e quando nada se diz tem a vantagem de não errarem, pelo menos podem tentar o carreirismo político, são muitas as dificuldades do mercado de trabalho. Assim vai a política do PS em Coimbra na caminhada do “desastre”.
Apesar de uma Moção aprovada na Comissão Política Distrital de Coimbra, em que o presidente da Mesa é deputado, até hoje nem o PS nem os deputados do PS nada fizeram para a transferência do Tribunal Constitucional e Supremo Tribunal para Coimbra. Mesmo a Entidade para a Transparência, responsável pela fiscalização de património e interesses dos políticos e altos cargos públicos, aprovado em 2019, na prática, não foi ainda instalada em Coimbra.
Exigir-se-ia aos deputados eleitos pelo distrito de Coimbra cumprirem a deliberação da Comissão Política Distrital, de junto do grupo parlamentar assumirem iniciativas para a descentralização de Lisboa para a Coimbra, do Tribunal Constitucional e Supremo Tribunal. Até hoje nada fizeram. Mas, a contrastar, assistimos a uma subserviência ao governo no desmantelamento do Hospital dos Covões e integração no HUC, bem como o desmantelamento do Hospital de Cantanhede e Rovisco Pais com integração no “monstro” CHUC. Lá diz o ditado que “pior cego é aquele que não quer ver”. Como refere Campos e Cunha, o senvergonhismo vai fazendo o seu percurso. A inversão desta realidade passa pela alteração da lei eleitoral. A votação tem de ser em pessoas em vez de listas ordenadas pelos partidos. E as juventudes partidárias têm de ser escolas de seleção de valores e não dos espertos, dos mais hábeis na tática da traição e dos mais useiros na falta de palavra, com honrosas exceções. Subscrevo muitas das palavras de Campos e Cunha, inclusive que se selecionaram os mais sem-vergonha que hoje dominam a política portuguesa.
Acredito no arrependimento dos sem vergonha, recordo os bons momentos de convívio de um grande Homem que conheci, aqui presto a minha homenagem, o Engº. Alfredo Freire Rebocho, que segundo S. Mateus “Só o pecado redime”.