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Cidadãos por Coimbra querem ver discutidas soluções urbanísticas e de mobilidade

Omovimento Cidadãos por Coimbra (CpC) apelou, esta segunda-feira, a uma participação da cidade na discussão pública do Plano de Pormenor da estação ferroviária, que vai decorrer na próxima semana com a participação de Joan Busquets.

O arquitecto catalão é responsável pelo projecto que estabelece as bases do Plano de Pormenor da construção da nova Estação de Coimbra-B, que foi apresentado em 18 de Janeiro nos Paços do Concelho.

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Em conferência de Imprensa, o coordenador do CpC, Jorge Gouveia Monteiro, apelou a uma discussão alargada do estudo urbanístico do topo norte da cidade e das novas soluções de mobilidade, numa reunião agendada para 24, às 14h30, no auditório do parque tecnológico iParque.

O dirigente salientou que são precisas “boas soluções”, porque “o que vier a acontecer junto à futura estação intermodal, que abrange todos os meios de transporte, pode modificar muito esta zona da cidade e a sua ligação ao centro”.

Sem antecipar as suas propostas, que remeteu para a discussão pública do dia 24, Gouveia Monteiro frisou que é preciso “um grande debate para se chegar a decisões acertadas” de como se vai conseguir “uma redução drástica dos automóveis na zona da rotunda do Almegue e na Casa do Sal, que é um ponto essencial”.

“Como é que vamos poupar o Choupal e as margens do rio [Mondego] e garantir que as intervenções respeitam esse património valiosíssimo da cidade, e como é que vamos tratar toda a malha urbana do topo norte da cidade como centro da cidade e não um emaranhado de viadutos e de acessos, com semáforos e congestionamentos”, questionou. No entanto, o CpC deixou hoje claro que não concorda com a construção de uma nova travessia rodoviária sobre o Mondego por não ver “fundamento produzido” para que seja construída, face às “preocupações que existem actualmente”.

“Parece muito mais importante que haja boas ligações sobre as travessias do rio para garantir a ligação entre as duas margens, do que travessias rodoviárias”, ressalvou Gouveia Monteiro, salientando que a sociedade está confrontada com “urgências climáticas que não se compadecem com o levar o carro a todo o lado, a todo preço e custo”.

Adelino Gonçalves, do CpC, lamentou que em 18 de Janeiro tenha sido apresentado as bases do estudo urbanístico com um nível de detalhe “que não se compreende” por ter sido feito antes do processo de participação preventiva para que a cidade se pronunciasse.

O debate “que está para acontecer é um saudável momento em que a cidade pode manifestar-se sobre o que quer para o seu futuro, numa área do centro da cidade que, de facto, pode tirar partido de uma infraestrutura muito importante que vai chegar à cidade”.

“Podemos tirar partido desse investimento para qualificar esta área central da cidade” que vai do Vale de Coselhas até ao Choupal e à Avenida Fernão Magalhães, acrescentou Adelino Gonçalves, que apontou outras soluções para se evitar a construção de uma nova ponte rodoviária.

Salientando que a futura estação intermodal é um “investimento estratégico para a cidade, que através dos comboios de alta velocidade vai ficar mais “próxima de todo o país”, o dirigente do Cpc lamentou que até hoje a Câmara de Coimbra não se tivesse pronunciado de “como tirar partido das vantagens que vão ser geradas ou como nos defendermos de alguns prejuízos que também possam advir”.

Em síntese, Adelino Gonçalves salientou que o debate de 24 de Maio será a oportunidade de discutir todas estas situações, embora devesse ter sido “feito antes de começar a elaboração do plano”.

“Não faz sentido dizer que se está a agora a chamar a cidade quando o nível de detalhe do Plano de Pormenor é de tal ordem, que adivinho uma falta de disponibilidade muito grande da Câmara Municipal para rever o que quer que seja do que está decidido”, sublinhou.

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