criando filhos melhores para o mundo
jun 2018 | nº 33 | Belo Horizonte
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As dicas para
diminuir o enjoo NA ESTRADA
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férias de inverno! 6 sugestões de destinos em Minas para curtir o friozinho com a família
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Seções
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Primeiras palavras Nossos leitores www.canguruonline.com.br Missão Instagram Eles dizem cada coisa Moda, por Roberta Paes Canguru viu e curtiu Corrente do bem Mundo Kids Comprinhas Na Pracinha, por Flávia Pellegrini
Para curtir o friozinho: passeios em Minas com várias atrações para a família toda aproveitar as férias de julho
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Padecendo no Paraíso, por Bebel Soares Para ler com seu filho, por Leo Cunha Viagens, modo de usar, por Luís Giffoni Artigo, por José Aloysio Costa Val Filho Artigo, por Eduardo Augusto Crônica, por Cris Guerra
Reportagens 22
Diversão | Mães se reúnem em ensaio da Charanga das Padês para se desestressarem com as amigas
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Serviço | Cuidados para contratar uma babá que garanta segurança aos pequenos
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Férias | Destinos em Minas que têm boas atrações para o recesso escolar de inverno
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Saúde | Por que os enjoos acontecem com tanta frequência durante as viagens de carro
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Especial | O que rolou no 4º Seminário Internacional de Mães
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Ideias | Algumas perguntas para estimular o diálogo entre pais e filhos
No ritmo da amizade: charangueiras aproveitam ensaios musicais para descontrair
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Sucesso de público: edição 2018 do Seminário Internacional de Mães lotou Hotel Maksoud Plaza, em São Paulo
Nossa capa SOFIA, de 1 ano, é filha de Ana Karine Lorenzi e Rafael Batista Claudino. FOTO: GUSTAVO ANDRADE
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FOTOS: [1] [3] GUSTAVO ANDRADE; [2] VAGNER ROCHA
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FOTO: GUSTAVO ANDRADE
4primeiras palavras
Viaje para dentro do coração do seu filho QUASE TODA QUINTA-FEIRA, almoço fora com meu filho mais velho. Sei que ele valoriza esse nosso compromisso semanal – ele nunca falta. O que não significa que o rapazinho vá ao meu encontro querendo papo. De modo geral, ele chega com os fones no ouvido, ouvindo música ou acompanhando algum dos seus youtubers preferidos. Na última quinta de maio, porém, foi diferente. De repente, ele fez um comentário sobre o absurdo que era a gasolina ser vendida por até R$ 9 o litro. E completou: “Agora a mídia vai ter de mostrar o que está acontecendo de verdade no país”. Fiquei paralisada. Não, meu filho não é um jovem já saindo do ensino médio, às portas da faculdade. É um adolescente que acabou de completar 14 anos... Quer dizer, mal saiu das fraldas (aos meus olhos). Foi como se eu estivesse vendo pela primeira vez o meu menino. Sim, ele já tem ideias próprias sobre política, sobre a crise econômica do país, sobre como os jornalistas andam cobrindo esses temas na mídia tradicional. Parece que só eu não tinha percebido isso. Embora um monte de trabalho me esperasse no escritório, resolvi espichar o almoço – e aproveitar aquela oportunidade rara de puxar papo com meu adolescente (será que ele sabe que também sou jornalista e fiz parte, por duas décadas, da tal mídia tradicional que ele tanto critica?). Na correria do dia a dia, as conversas com os filhos entram num roteiro padrão: o da mãe chata. Já escovou os dentes? Já tomou banho? Já almoçou? Já trocou de roupa, menino? Como foi na escola? Como foi a prova? Sai do videogame! Vai para a cama! Sem a gente notar, não sobrou tempo para os diálogos que realmente importam. Na adolescência, é comum que os filhos se fechem, se distanciem dos pais. Mas, se o canal de comunicação foi bem construído lá na primeira infância, sempre vai haver uma brecha para retomar o diálogo, uma oportunidade que surge no meio de um almoço comum, no meio da semana. Nem sempre é fácil puxar a língua dos pequenos. Mas, nesta edição, a repórter Rafaela Matias dá dicas de como estimular o diálogo desde cedo. E as férias, que estão chegando por aí, são uma boa oportunidade para exercitar essa comunicação profunda entre pais e filhos. Na reportagem de capa de junho, damos boas sugestões para quem quer curtir uma folga com as crianças. Tenho certeza de que a viagem – para dentro do coração do seu filho – vai ser uma delícia. A minha foi. Deliciosa. E surpreendente.
Ivana e os filhos Pedro e Gabriel
Ivana Moreira, DIRETORA DE CONTEÚDO ivana@canguruonline.com.br
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Manchas na pele Canguru Estou muito encantada com o trabalho da Canguru. Parabéns. É incrível como, desde que me tornei mãe, há quase quatro anos, um novo mundo surgiu para mim. — Priscila Fagundes, de Penedo (RJ)
Seminário Internacional de Mães Amei a palestra do Marcio Atalla no Seminário Internacional de Mães [a quarta edição do evento aconteceu no dia 5 de maio, em São Paulo]. Daria para ficar a tarde inteira ouvindo-o falar, com bom humor, carisma e incentivo. Parabéns, estava tudo maravilhoso! Que venham mais seminários. — Priscila Pereira, de Limeira (SP) Chorei horrores na palestra de Roberta e Taís Bento. Roberta é um exemplo de superação, e sua filha é um exemplo lindo de amor!!! Foi muito edificante. — Juliana Beca, de São Paulo
Comemorações nas escolas Perdi meu pai com 10 anos, e era um sacrifício participar ou não participar (ficava a meu critério) das comemorações do Dia dos Pais na escola. No ano passado, um coleguinha da minha filha perdeu a mãe. Tenho uma amiga que é solteira e adotou uma filha sozinha. Por tudo isso, acho melhor uma comemoração com aqueles que participam da vida da criança! — Jane Gusmão Freitas, de Belo Horizonte
Enquete do mês Como você administra as brigas entre irmãos? ALGUMAS RESPOSTAS QUE RECEBEMOS:
Se forem discussões dentro dos limites do respeito, deixo os dois se resolverem. Se houver agressão (física, verbal, emocional etc.), intervenho. — Mary Persia, de São Paulo Faço uso da disciplina positiva. Deixo os três interagirem,
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Parabéns pela matéria “Marcas para toda a vida” [edição de maio da Canguru]. Minha filha de 3 anos tem uma doença de pele que manchou seu corpo. Como é importante esse trabalho de conscientização. Obrigada por trazerem esse tema para reflexão das famílias. — Samira Escandar, de São Paulo
Artigo de Cecília Antipoff Passei por uma situação com meu filho de 2 anos na igreja do bairro onde resido que me deixou ofendida e constrangida, não só pelo padre da paróquia como pelas pessoas que lá estavam. Lendo o artigo escrito por Cecília Antipoff [“O que houve depois que meu filho fez 2 anos?”, publicado na edição de Belo Horizonte em abril e no site da Canguru], pude pensar no quanto as pessoas não entendem as atitudes de uma criança e ainda nos julgam e criticam. Nós, pais, que procuramos evitar as birras nos ambientes públicos quando estas ocorrem, ficamos desconcertados e até nos retiramos. É importante compartilharmos que esta fase de transformação de nossos filhos é um bom sinal [como diz o artigo]. — Ludmila Gomes, de Belo Horizonte
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pois precisam aprender a argumentar, se colocar, negociar e se defender diante do outro. Quando a situação parte para a agressividade, intervenho tentando ser imparcial. É o desafio maior da educação dos meus trigêmeos de 4 anos neste momento! — Edna Rodrigues Arthuso
Eu e meu irmão brigávamos muito quando crianças, e hoje somos grandes amigos. Então, comparando com a minha criação, acho as briguinhas das minhas filhas supernormais e encaro como uma fase e um aprendizado para elas. — Júlio Perrotta, do Rio
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Criando filhos melhores para o mundo Conselho Editorial
» Cristina Moreno de Castro, Eduardo Ferrari, Guilherme Sucena, Ivana Moreira, Márcio Patrus, Suellen Moura e Thiago Barros Redação
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Design, Ilustração e Fotografia
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Novidade
Murilo Gun reforça o time de colunistas da Canguru A partir da próxima edição, influenciador passa a assinar textos sobre criatividade e aprendizagem (Criando Crianças Criativas)”, que já tiveram 7.000 alunos. Conversamos com Murilo sobre todas essas experiências e sobre suas ideias incríveis, que ele vai trazer para a revista já a partir da próxima edição. Você pode ler a entrevista na íntegra nosso site: www. canguruonline.com.br.
NA BANDNEWS FM, às terças e sextas-feiras, às 13h40, com reprise às 16h17, e também aos sábados e domingos, ouça a coluna de Ivana Moreira, diretora de conteúdo da Canguru. Ouça as gravações em www.canguruonline.com.br/radio.
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FOTO: DIVULGAÇÃO
AQUI VAI UMA supernovidade para os leitores! Para reforçar o lado paterno e criativo da plataforma Canguru, o influenciador Murilo Gun, pai de Maria Valentina, de 3 anos, passará a assinar uma coluna na revista já a partir do próximo mês. Ele também será o curador do conteúdo do Clube Canguru de julho. Para quem ainda não o conhece, Murilo foi um dos pioneiros da internet no Brasil. Ganhou dois prêmios iBest de melhor site pessoal, possui dois livros sobre o assunto e foi empresário por dez anos. Formado em administração, com MBA em gestão, largou a vida de empresário para se tornar comediante. Com seu show solo, Propaganda Enganosa (disponível na Netflix), viajou por todo o Brasil. Na TV, trabalhou como apresentador nos canais Comedy Central, SBT e Multishow. Em 2014, foi selecionado entre 80 empreendedores do mundo para o NASA Research Park, no Vale do Silício, para estudar inovações disruptivas na Singularity University. Atualmente, dá palestras e cursos sobre criatividade, inovação e empreendedorismo. Fora do Brasil, já apresentou sua teoria sobre criatividade no maior e mais antigo congresso de criatividade do mundo, nos Estados Unidos, além de Itália, Argentina e Suíça. Com base nessas experiências, criou os cursos on-line “Reaprendizagem criativa” e “Cri-cri-cri
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Quantas crianças comendo frutas! Elas – e os pais, que dão o exemplo e incentivam a alimentação saudável – estão de parabéns!
@kaminhoto Santo André (SP)
@greici_batista Duque de Caxias (RJ)
A pequena Ayla, de quase 3 aninhos, devorando uma manga.
@vantcastro São Paulo (SP)
João, de 2 anos, ataca uma maçã!
Próxima missão: Chega logo, Copa do Mundo! FOTOS: REPRODUÇÃO INSTAGRAM
A Copa 2018, na Rússia, começa no dia 14 de junho e vai até o dia 15 de julho. Que tal fotografar seus pequenos já no clima para o evento, com camisa de futebol, vuvuzelas e o que mais fizer parte da festa da sua família? Poste a foto no Instagram com a hashtag #canguruonline, e ela pode sair na próxima revista Canguru e em nossas redes sociais.
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Sophia, de quase 4 anos, prefere um morango.
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KWELL® - permetrina 1% INDICAÇÃO: Tratamento contra a infestação por piolhos e lêndeas (ovos de piolhos). M.S. 1.3764.0154. Produto registrado e fabricado por Aspen Pharma Indústria Farmacêutica Ltda. SAC: 0800 026 23 95 / sac@aspenpharma.com.br - JAN/2018
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POR Cristina
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A lua
com
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ouco
!
RAFAEL, 5 anos, filho de Cynthia Aguilar Paulino e Fabiano Cancela, ao observar a lua minguante.
No trabalho pra Copa do Mundo, aprendi que o México dá injeção.
Mam ã dece pcion e, fiquei ado queb por v rado ocê t a ta er cesto . Só e mpa do m para stou eu d que fi que c izendo onsc iente .
LUCAS, 4 anos, filho de Renata Vieira e Luis Felipe Araújo Vieira.
ERICK, 7 anos, filho de Daniela Schindler Souto e Gelisson Alves Souto Schindler.
Papai do céu nos dá os irmãozinhos pra gente brincar!
VINÍCIUS, 5 anos, rebatendo o irmão gêmeo Rafael, que não queria brincar. Eles são filhos de Lessandra Nunes Duarte e Marcos Paulo da Silva Balsa.
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Se seu filho também diz pérolas, envie a frase para o e-mail redacao@canguruonline.com.br.
FOTOS: ARQUIVO PESSOAL
LUCCA, de 3 anos, é filho de Ludmila Cotta e Henrique Pena. Ele confundiu o nome do país com “médico”
Quando eu crescer, quem vai ser meu pai e minha mãe? O vovô e a vovó?
apresenta
BASTA QUE AS temperaturas caiam um pouco para que tosses, chiados e espirros comecem a se manifestar com mais frequência. Isso porque algumas doenças respiratórias, como resfriado, gripe, alergia, asma e pneumonia, têm a sua incidência aumentada nesta época do ano. De acordo com o médico Dr. Adelino Melo, assessor científico do Grupo São Marcos, o tempo seco e frio deixa as mucosas mais sensíveis, o que favorece o aparecimento desses problemas. Além disso, as pessoas tendem a passar mais tempo em ambientes fechados e pouco ventilados para se aquecer, o que aumenta o risco de transmissão de vírus e bactérias. Os tratamentos de cada uma das doenças são variados, e é indicado procurar um médico assim que surgirem os primeiros sintomas para que seja feito um diagnóstico preciso e sejam indicados os melhores medicamentos. A prevenção, por outro lado, possui
pontos em comum. Hidratar-se corretamente, higienizar as mãos com frequência, evitar levar as mãos ao nariz, aos olhos e à boca e evitar contato próximo com pessoas nitidamente doentes são algumas das orientações. No caso da gripe, a vacinação também está entre os cuidados preventivos mais indicados. O Dr. Adelino Melo explica ainda que todos podem ser afetados pelas doenças nesta época do ano, mas quem já é sabidamente alérgico terá mais manifestações e precisa ter atenção redobrada aos cuidados. Sobre as doenças respiratórias, os mais afetados são as pessoas dos grupos de risco de ter complicações por influenza, como crianças, idosos, gestantes e pessoas com doenças crônicas. “Alguns sinais aos quais devemos ficar atentos, especialmente no caso das crianças, são febre alta de início súbito, tosse, dor de garganta, dor de cabeça, prostração, sinais de falta de ar e chieira”, afirma Dr. Melo.
Aproveite a melhor parte do inverno sem gripe, vacine-se.
Friozinho, ler um livro
curtir a família... J U N H O 2 01 8 .
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LOGGIA
Responsável técnico: Dr. Cláudio M. M. Cerqueira - CRM MG 6888
FOTO:SHUTTERSTOCK
Atenção à saúde no inverno
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Camuflado Disfarçar, dissimular e esconder. O Exército passou a usar camuflagem em campo de batalha para não ser visto em meio à vegetação. Muito usado no streetwear, o camuflado chegou ao universo infantil mudando as formas e, principalmente, as cores, deixando tudo mais leve. Confira como algumas peças ficam muito fofas usando esse padrão de estampa que é tão fashion. Mas, se for pra combater algo, que seja a preguiça, para que os pequenos possam se divertir muito!
DINO
Blusa de moletom com bolso canguru da Livy Malhas. Olha que legal a estampa com os dinossauros repetidos e coloridos. De 1 a 10 anos.
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PREPARADO O pequeno João Goulart de Oliveira, de 4 anos, veste uma jaqueta quentinha e estilosa.
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E não é que até os gatinhos se camuflaram nesta linda batinha da PUC de tecido de algodão? De 2 a 14 anos.
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FLORES
No meio da floresta sempre tem lindas flores, né? Batinha ombro a ombro de tecido da Hering. De 1 a 10 anos.
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STREETWEAR
Casaco de moletom com capuz e bolso canguru da Fuzarka. Todo estampado, bem comprido, com pegada streetwear. De 5 a 12 anos.
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FOTO: ARQUIVO PESSOAL
PELÚCIA
Cheia de glamour, esta jaqueta de pelo sintético ficou maravilhosa na estampa camuflada com tons rosa da Lilica Ripilica. De 2 a 12 anos.
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Tênis Asics Pre-Bouder 2PS. Linda estampa camuflada com rosa, cinza e amarelo. Arrasaram!! Tamanhos 26 ao 33.
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Nada melhor do que as Tartarugas Ninjas combatendo o mal. Moletom da Marlam de 4 a 10 anos.
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O QUE ESTÁ ROLANDO DE ÚTIL, DIVERTIDO OU CURIOSO NA WEB E NAS REDES SOCIAIS [2]
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Não engula o choro SE UMA CRIANÇA está chorando muito mais que o normal, é importante que o adulto acenda o sinal de alerta: alguma coisa de errado pode estar acontecendo ou ter acontecido a ela. É esse o cerne da campanha que foi lançada em maio pelo governo do Paraná e viralizou nas redes sociais. Lembrando que o dia 18 de maio foi o Dia Nacional de Enfrentamento ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. As duas animações que foram feitas para a campanha Não Engula o Choro mostram crianças passando por situações de perigo até encontrarem alguém para contar o problema. Assista aos vídeos e veja a tabela com os sinais de violência, divididos por faixa etária, no link bit.ly/NãoEngulaOChoro.
Nada de tapa A Prefeitura de Macapá, capital do Amapá, também fez sucesso nas últimas semanas com uma ação emocionante sobre agressão a mulheres. “No mundo das crianças, não se bate em mulher”, conclui o vídeo da campanha, que mostra meninos se recusando a darem um tapa em uma menina. O melhor é ver os motivos que eles vão elencando, com toda a pureza que, infelizmente, não é vista entre muitos adultos – só no ano passado, mais de 3.500 mulheres foram vítimas de violência nessa cidade, que tem 474 mil habitantes. Assista ao vídeo em bit.ly/NadaDeTapa.
IMAGENS: [1][2] DIVULGAÇÃO; [3][4] REPRODUÇÃO
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Álbum nunca fotografado Mais um vídeo que mexeu com nossos corações. A marca de produtos para bebês Dermodex fez álbuns de fotos mostrando como seria a infância de crianças que foram adotadas tardiamente se elas já estivessem no novo lar desde o nascimento. Tanto os pais adotivos quanto os pequenos se desmancham em lágrimas ao verem o resultado. “Afinal, eles já eram uma família. Só faltava se conhecerem”, repete o vídeo, que traz uma bela mensagem de incentivo à adoção de crianças com mais de 7 anos – que são 92% do contingente à espera de uma família, mas escolhidos por apenas 9% dos pais pretendentes. Assista em bit.ly/AlbumNuncaFotografado.
POR Gabriela
Willer
Sessão Azul: inclusão e lazer para crianças com autismo
COLEÇÃO Livros para para ler em fam’lia e na escola
PREPAREM A PIPOCA porque o filme já vai começar. Salas de cinema diferenciadas, em que o público pode andar, cantar, falar e se expressar durante as exibições, em um ambiente pra lá de confortável para as crianças com autismo e seus familiares, é o que garante a Sessão Azul. Em dezembro de 2015, após acompanharem as dificuldades e os desafios das famílias no convívio social, as psicólogas Caroline Salviano e Bruna Manta, especialistas em Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), criaram o projeto, cuja proposta é promover a socialização e o lazer desses grupos nos cinemas, e, mais recentemente, em outros espaços culturais, como teatros. Nos cinemas, as salas são adaptadas com filmes sem trailers comerciais, luzes levemente acesas, som mais baixo, temperatura agradável, além do fato de a plateia poder se expressar livremente, garantindo um ambiente acolhedor, levando em consideração os diferentes aspectos sensoriais das crianças com o transtorno. Inicialmente, os filmes eram focados apenas na categoria infantil. Atualmente, em fase de testes, estão sendo realizadas sessões periódicas destinadas à faixa etária de adolescentes e jovens adultos. Aos poucos, a iniciativa, que começou em alguns cinemas do Rio de Janeiro, foi sendo ampliada para mais seis Estados – São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás, Paraná e Santa Catarina –, além do Distrito Federal.
CONHE‚A OUTROS TêTULOS DA COLE‚ÌO
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Eu n‹o tenho medo ¥ O livro da gratid‹o O livro da mam‹e ¥ O livro da paz O livro da vov— ¥ O livro do adeus O livro do papai ¥ O livro do vov™ O livro eu te amo ¥ Otto vai dormir Otto vai ˆ praia ¥ Somos um do outro SAIBA MAIS E VEJA ONDE SERÃO AS PRÓXIMAS SESSÕES EM
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POR Cristina
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é o tempo que o Brasil vai levar para que todos os estudantes sejam considerados PROFICIENTES EM LEITURA ao final do terceiro ano do ensino fundamental, se continuar no ritmo atual. O cálculo é do movimento Todos Pela Educação.
Moreno de Castro e Rafaela Matias
Dormir seguro
Cotidiano escolar ALGUNS DOS PRINCIPAIS desafios vividos pelos professores do ensino básico em escolas de todo o Brasil estão reunidos e resumidos em narrativas de 22 diretores, coordenadores e professores no livro Desafios Reais do Cotidiano Escolar Brasileiro, recém-lançado. O projeto foi coordenado por Katherine Merseth, que é professora sênior da Escola de Educação da Universidade de Harvard, em parceria com o Instituto Península – organização que trabalha para aprimorar [1] a formação de professores – e o Instituto Singularidades. O livro traz casos reais seguidos de questões para reflexão e para discussão. Há, por exemplo, a história de uma mãe que exigiu que o filho não participasse da “hora do brinquedo” porque ele só queria brincar de bonecas e o dilema da diretora dessa instituição, em São Paulo. Há ainda desafios relacionados a bullying, questões raciais, mudanças nas propostas pedagógicas das escolas, violência no ambiente escolar e muito mais. Leitura obrigatória para todos que se interessam pela melhoria da educação em sala de aula. O livro pode ser baixado gratuitamente, em português e inglês, pelo link bit.ly/desafios_escola.
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No Brasil, a principal causa de morte acidental de crianças de até 1 ano é a sufocação. Segundo dados da Criança Segura, organização que atua no Brasil desde 2001 com campanhas para prevenir acidentes de crianças, em 2015 611 bebês dessa faixa etária morreram por sufocação no país. Outro dado assustador: enquanto o número de mortes por acidentes com crianças de 0 a 14 anos caiu 31% de 2001 a 2015, os casos de sufocação aumentaram 7% no mesmo período. Uma boa notícia é que esse tipo de morte pode ser evitada em 90% dos casos com adoção de medidas simples de prevenção, como estas:
1. 2.
Berços devem ser certificados pelo INMETRO;
Grades de proteção devem ser fixas e com distância entre elas de até 6 cm;
3.
Bebês devem dormir em colchão firme, de barriga para cima, com os bracinhos para fora;
4.
Colchão deve estar bem preso ao berço e sem qualquer embalagem plástica;
5.
Todos os brinquedos, travesseiros, cobertores, protetor de berço e qualquer outro objeto macio devem ser removidos do berço quando o bebê estiver dormindo;
6.
Adultos devem evitar dormir com bebês.
A Criança Segura lançou uma nova campanha, com três vídeos para conscientizar as famílias sobre o assunto. Assista em www.canguruonline.com.br.
eu já fui
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FOTOS: [1] DIVULGAÇÃO; [2] PIXABAY; [3] REPRODUÇÃO / INSTAGRAM
Fernanda Souza Fernanda Souza já voou. Ela cresceu como atriz, brilhou nos palcos dos teatros Brasil afora e se consagrou como uma das apresentadoras mais bem-pagas da tevê nacional. Mas nunca deixará de ser lembrada pelo papel que revelou seu talento 20 anos atrás, na novela Chiquititas, exibida pelo SBT: Mili. Considerada a protagonista da trama, a personagem era uma menina meiga e divertida, que foi parar no orfanato Raio de Luz por uma tramoia de seu maldoso avô materno, com o objetivo de afastá-la da mãe. Pouco antes de completar dois anos de atuação, a pequena Fernanda Souza foi convidada pela Rede Globo para trabalhar na novela Andando nas Nuvens, em 1999. Desde então, a atriz tem acumulado sucessos como Mirna, da novela Alma Gêmea (2005), Carola, de O Profeta (2006), e Isadora, da série Toma Lá, Dá Cá (2007-2009). Nos últimos anos, Fernandinha deu uma pausa na teledramaturgia para se dedicar à sua peça solo, Meu Passado Não Me Condena, que está em cartaz há quatro anos e faz a sua turnê de despedida pelo país, e ao seu programa no Multishow, Vai, Fernandinha, no qual já recebeu estrelas como Sandy, Giovanna Ewbank e Anitta. Em meio à rotina atribulada, Fernanda Souza vive sua vida de casada com o cantor de pagode Thiaguinho e compartilha em suas redes sociais momentos de diversão e romantismo com o parceiro.
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EDIÇÃO Cristina
Moreno de Castro
Atividades mil Um dos móveis mais úteis para crianças na primeira infância é a mesa de atividades, ideal para colocar no quarto ou na sala. Ali dá para brincar de massinha, colorir, pintar e, aos poucos, começar a fazer as tarefas escolares que chegam depois de certa idade. Sem contar que é um bom lugar para os lanchinhos com os amigos!
PARA QUEM GOSTA DE DESIGN Mesa, cadeirinha e banquinho, em formato ergonômico, já pode ser usado por bebês a partir do momento em que conseguem ficar sentados sozinhos
1.608,00
R$ www.noos.com.br/linha-completa
PARA O LANCHINHO Mesa com duas cadeiras, em design de X, para dar mais estabilidade; a partir de 2 anos
999,90
R$ www.dedobrinquedo.com.br
PARA AS TURMINHAS MAIORES FOTOS: DIVULGAÇÃO
Mesa em madeira maciça com tampo de MDF, que vem com quatro cadeiras de madeira
539,91
R$ www.schumann.com.br
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PARA OS CONSTRUTORES Mesa vem com duas cadeiras e 42 blocos de montar; a partir de 3 anos
95,91
R$ www.submarino.com.br
PARA OS ARTISTAS Mesa de plástico com apoio para criação, além de canetinhas, giz, tinta, folhas de papel e a cadeirinha do artista; a partir de 3 anos
93,10
R$ www.shoptime.com.br
FOTOS: DIVULGAÇÃO
PARA OS PEQUETITINHOS Smart table com melodia, engrenagens e peças giratórias, indicada para bebês a partir de 18 meses
169
R$ www.dafiti.com.br * Preços pesquisados em maio de 2018. A Canguru não se responsabiliza pela alteração de preços ou pela falta de produtos. Imagens ilustrativas. J U N H O 2 01 8 .
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4Diversão Diversão
Confraria de
mães ritmistas Charanga das Padês reúne 40 mulheres que aproveitam os ensaios para desestressar com as amigas
FOTO: BRUNA TASSIS
POR Juliana
Sodré
“UM LUGAR PARA extravasar os estresses da vida”: é assim que, resumidamente, Bebel Soares, fundadora do grupo de mães Padecendo no Paraíso, define a Charanga das Padês. Criada dentro do grupo junto com a relações públicas Ana Andrade, a charanga surgiu para ser um
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bloco de Carnaval para crianças e famílias numa época em que Belo Horizonte não tinha entrado de cabeça na folia e, já no primeiro ano, em 2014, reuniu 4.000 pessoas na Praça da Savassi. “A gente saía de Belo Horizonte para poder passar
um Carnaval legal, mas, com filho pequeno, desisti de ir para o Rio e dei a ideia de criar o grupo”, conta Ana Andrade. Em menos de dois meses, elas conseguiram reunir 15 membros e, com autorização da prefeitura, se apresentar na cidade – evento que vem se repetindo desde então, sempre no último domingo antes do Carnaval oficial da cidade. Atualmente, a Charanga das Padês reúne 40 membros, e há uma lista de espera para aumentar o grupo. Os ensaios são mensais ou de acordo com a demanda de shows. Sim, porque hoje elas já participam de uma série de eventos muito além do Carnaval, como reuniões corporativas e festas na cidade. Para se tornar “charangueira”, como elas dizem, não é exigido um conhecimento prévio de música, pois o objetivo principal é a confraternização de mães. Os ensaios são verdadeiras confrarias. “Mais do que a banda em si, o grupo é a amizade, a ajuda mútua e a troca de experiências. É como uma terapia”, diz Marina Silva, que toca surdo. O filho dela, Rafael, de 8 anos, também virou “músico” e toca na Charanguinha, um grupo criado para as crianças. Mais do que ritmistas, as integrantes são amigas. “Se
alguém me pergunta o que eu faço por mim, eu respondo: toco na Charanga. Ali é o nosso momento, é o nosso escape mesmo”, diz a odontopediatra Luciana Quintão, que toca caixa desde o início do ano. O grupo é sustentado por uma mensalidade de R$ 60, que cobre os gastos para mestres, equipamentos musicais, músicos e aluguéis de espaço para ensaio quando necessário. Cada ritmista compra seu instrumento, que pode variar de R$ 60, como é o caso do tamborim, até R$ 400, no caso do surdo. ASSISTA AO VÍDEO DE UM DOS ENSAIOS DA CHARANGA: www.canguruonline.com.br.
TEM INTERESSE? Para se tornar integrante da charanga, é desejável, mas não obrigatório, que você faça parte do Padecendo no Paraíso, hoje com 8.500 mães. É preciso preencher um formulário no site do grupo (charangadaspades.com.br) e entrar na fila de espera.
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4Serviço
Quem cuida do tesouro da gente Ao recorrer a uma babá, alguns cuidados devem ser tomados para garantir a segurança dos pequenos
ILUSTRAÇÃO: ALINE USAGI
POR Rafaela
Matias
MUITOS PAIS OPTAM por deixar os pequenos aos cuidados exclusivos de uma babá quando saem para trabalhar, porque não encontram um berçário adequado, preferem esperar mais tempo até inserir a criança em uma escola ou, ainda, por não ter parentes que possam se encarregar de seus filhos durante o expediente. O problema é que a contratação da profissional exige cautela para garantir a segurança da criança e o seu bom desenvolvimento. Para o médico José Martins Filho, professor da Unicamp e membro da Academia Brasileira de Pediatria, é preciso que a profissional tenha uma boa referência e que haja um período de experimentação, para que os pais possam observar a adaptação da criança e a maneira como se dão os cuidados. “O ideal é que, na primeira semana, os pais fiquem em casa para acompanhar e observar a cuidadora. Jamais devem deixar a criança sozinha com a babá durante esse período de experiência”, orienta. Autor do livro A Criança Terceirizada – Os Descaminhos das Relações Familiares no Mundo Contemporâneo, o pediatra defende ainda que, se a profissional for escolhida da maneira correta e a vigilância dos pais for constante, a babá pode ser uma opção melhor que escolas ou creches, do ponto de vista médico, especialmente para crianças de
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até 2 anos. “Nessa idade, a imunidade delas ainda está se formando, e, por isso, observamos vários problemas de saúde em crianças que vão à escola, como febres, diarreias, resfriados e tosses. Nesse aspecto, a babá é uma opção melhor que a creche”, defende. De acordo com a médica Laís Valadares, presidente do Comitê de Primeira Infância da Sociedade Mineira de Pediatria, é muito importante que o pequeno se identifique com o funcionário e que a escolha seja a mais definitiva possível, pois o rodízio de cuidadores pode causar danos emocionais. “As crianças precisam de referência. Se for para trocar constantemente a figura cuidadora, é melhor optar pelo berçário ou pela creche”, afirma. Além disso, a médica diz que, quanto menor a criança, melhores
devem ser suas cuidadoras, não só do ponto de vista técnico, mas também afetivo. “Ao contratar uma babá, os pais devem dar muito valor às referências e acreditar na própria intuição. Temos visto excelentes profissionais, mas também há casos de maus-tratos, inclusive em creches. É preciso ficar atento aos sinais subjetivos apresentados pelas crianças”. Entre esses indícios estão irritabilidade ou apatia, transtorno do sono, choro exacerbado na saída dos pais, recusa para ir ao colo da cuidadora, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, atraso da linguagem, adoecimento, cefaleia e transtornos gastrointestinais. A psicóloga Luciana de Abreu Pereira, cofundadora do aplicativo Click Babá, que ajuda a conectar pais e cuidadoras, ressalta também a importância de observar se os valores da babá coincidem com os da família. “Lembre-se de que essa pessoa vai passar boa parte do tempo com seu filho, por isso é importante que os valores pessoais da profissional sejam similares aos dos pais”, afirma. Para fazer a contratação, Renata Simonetti, diretora da Alô Babá, agência especializada em cursos e contratação de babás, indica que os pais solicitem a carteira de trabalho e peçam uma declaração de antecedentes criminais e os contatos de antigos empregadores. Mas atenção: é preciso se certificar de que as referências sejam reais, e não simuladas. “Cerca de 30% das babás que passam pela seleção da agência indicam telefones falsos de ex-patrões, que na verdade são amigos ou parentes da candidata. É preciso fazer um trabalho de investigação, em programas como o do Serasa, para checar quais são os telefones corretos dos antigos empregadores”, diz. Além disso, ela afirma que uma boa babá precisa cuidar de tudo que é da criança, incluindo roupas, quarto, comida, lanche, dever de casa e recreação. “Na agência, damos cursos de nutrição, entretenimento, primeiros socorros, ética e comportamento. Existem muitas profissionais qualificadas no mercado”, acredita.
Antes da escolha Veja as dicas de Luciana de Abreu Pereira, cofundadora do aplicativo Click Babá, e Renata Simonetti, diretora da Alô Babá, para fazer uma contratação certeira:
1. Faça uma entrevista, verifique o período de experiência e peça referência a antigos empregadores, sempre se certificando de que os telefones passados pela candidata são confiáveis; 2. Estabeleça um contrato de trabalho justo para os dois lados em termos de carga horária, salário e responsabilidades que são pertinentes à função; 3. Defina a rotina da criança ou bebê em conjunto com a babá e seja flexível, reconhecendo o que a pessoa faz de bacana e chamando a atenção quando necessário de maneira clara, assertiva e respeitosa; 4. Faça o que a legislação pede, registrando em carteira a profissional e assegurando os demais direitos trabalhistas. No portal eSocial, do governo federal, é possível encontrar todas as informações necessárias; 5. Solicite os documentos necessários para o registro, como carteira profissional (nova e antigas, se a pessoa tiver), RG, comprovante de endereço (preferencialmente em nome da pessoa), PIS, CPF e, se tiver filhos, cópia das certidões de nascimento; 6. Prefira profissionais capacitadas, que se qualificaram, fizeram cursos e apresentam certificações. O interesse em se tornar uma profissional melhor provavelmente trará mais segurança aos pequenos; 7. Se não estiver confortável com a babá, substitua. Faça o desligamento conforme previsto em lei e não se estenda em explicações, mas seja respeitosa. Você tem que estar segura e tranquila ao sair de casa e deixar seus filhos. Ter alguém que não está satisfazendo os objetivos da sua família só traz mais estresse e pressão para todos os membros; 8. Ela é uma profissional, portanto merece respeito, cordialidade e carinho, mas não é membro da família. O tempo médio de permanência de uma babá é de 2 anos, então crie uma relação de afeição, mas tenha em mente que um dia ela vai embora. J U N H O 2 01 8 .
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4Férias
Pé na estrada Conheça seis localidades mineiras que reúnem ótimas atrações para as famílias curtirem nas férias de inverno POR Juliana
FOTO: GUSTAVO ANDRADE
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Sodré e Rafaela Matias
SE NAS FÉRIAS de dezembro as piscinas e as praias saltam aos olhos, no recesso de julho as baixas temperaturas podem ser um convite a um passeio por montanhas e ladeiras de Minas. A Canguru selecionou alguns destinos no Estado para curtir em família nesta época do ano em que a gente só consegue lembrar de lareira, chocolate
quente e visuais deslumbrantes de inverno. Tem trajetos históricos em Diamantina e Tiradentes, esportes radicais na cidade de Monte Verde, cenários insólitos nas grutas próximo a Sete Lagoas e passeios de maria-fumaça de Ouro Preto a Mariana, além de intensas programações culturais como as que vão ocorrer em Araxá. Confira.
OURO PRETO
MELHORES HOSPEDAGENS PARA QUEM VIAJA EM FAMÍLIAS
Distância da capital: 96 km Principal acesso: BR–356
De acordo com viajantes que fizeram avaliações no site TripAdvisor
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Hotel Pousada do Arcanjo R. S. Miguel Arcanjo, 270, S. Cristóvão, Ouro Preto Tel.: (31) 3551-4121 www.arcanjohotel.com
Hotel Solar do Rosário Rua Getúlio Vargas, 270, Rosário, Ouro Preto Tel.: (31) 3551-5200 www.hotelsolardorosario.com
Pousada Clássica Rua Conde de Bobadela, 96, Centro, Ouro Preto Tel.: (31) 3551-3663 www.pousadaclassica.com.br
Pousada Casa Dos Contos Rua Camillo de Brito, 31, Centro, Ouro Preto Tel.: (31) 3551-1148 www.pousadacasadoscontosop.com.br
Grande Hotel de Ouro Preto Rua Sen. Rocha Lagoa, 164, Centro, Ouro Preto Tel.: (31) 3551-1488 www.grandehotelouropreto.com.br
O passeio de maria-fumaça que leva até Mariana, cidade vizinha, é um dos preferidos da criançada. Além da experiência de andar no antigo transporte, o destino final também é cheio de atrações. A Mina da Passagem é uma das mais famosas e reúne resquícios da exploração do ouro em Minas Gerais. Um pequeno vagão que era usado pelos mineiros leva os turistas a mais de 120 m de profundidade e passeia por entre salões, túneis e lagos subterrâneos. Em julho, também acontece o Festival de Inverno promovido pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), que, neste ano, será entre os dias 6 e 22. O evento sempre tem apresentações artísticas e culturais para todas as idades, oficinas, contação de histórias e exposições. A programação é divulgada no site festivaldeinverno.ufop.br.
FOTOS: [2] GUSTAVO ANDRADE; [3][4] WWW.PELASESTRADASDEMINAS.COM.BR
Além dos passeios tradicionais, a cidade oferece tesouros escondidos que prometem agradar às famílias que passam pelo local. Situada em um terreno extremamente montanhoso e acidentado, a cidade foi a primeira capital de Minas Gerais e guarda, ainda hoje, partes importantes da história. Por isso, o município foi classificado como Cidade Monumento Nacional em 1933. Em 1980, a Unesco declarou Ouro Preto como Patrimônio Cultural da Humanidade. Repleta de museus, igrejas e monumentos, a cidade oferece alguns destinos que não podem ficar de fora do tour em família. Entre eles estão o Museu da Inconfidência, a Praça Tiradentes e a Igreja de São Francisco de Assis. A cidade abriga ainda o Parque da Serra do Ouro Branco, que atrai turistas em busca de caminhadas, passeios de bicicleta ou de um tempo para admirar a paisagem.
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SETE LAGOAS Distância da capital: 76 km Principal acesso: BR–040 Bem pertinho da capital, a viagem a Sete Lagoas mais parece uma visita a um bairro distante. Mas o local guarda riquezas que a cidade grande deixou que se perdessem. Entre elas, a Gruta Rei do Mato merece destaque. O local foi transformado em 2009 em Unidade de Conservação de Proteção Integral, com intuito de proteger o sítio arqueológico, seus ecossistemas e patrimônios arqueológico e paleontológico. A visitação turística da caverna é feita de segunda a segunda, das 9h às 16h, e conta com infraestrutura com bilheteria, auditório, galeria com exposição de pintura rupestre, banheiros e estacionamento. A idade mínima para realização do passeio é 6 anos. A Serra Santa Helena também é uma ótima opção para as famílias que querem passear pela cidade. Localizado em um dos pontos mais altos, a 7 km do centro, o lugar atrai, principalmente aos domingos, moradores, turistas e pessoas em busca de descanso e uma bela vista. Além da Capela de Santa Helena, onde fiéis se reúnem para rezar ou apreciar a arquitetura, o espaço é utilizado para a prática de atividades físicas, voos livres de parapente e trilhas. É comum encontrar crianças jogando bola ou soltando pipa no local. No entorno das sete lagoas que dão nome à cidade, especialmente da Lagoa Paulino, as famílias podem encontrar bares e restaurantes com espaço kids, além de pedalinhos em forma de cisne que divertem a criançada. Ainda no perímetro urbano, as famílias visitam o Centro Cultural Nhô-Quim Drummond, mais conhecido como “Casarão”. Ele abriga hoje as memórias do trapalhão Zacarias, que faleceu em 1990 e deve ganhar, ainda neste ano, um memorial completo em sua homenagem.
MELHORES HOSPEDAGENS PARA QUEM VIAJA EM FAMÍLIA De acordo com viajantes que fizeram avaliações no site TripAdvisor
San Diego Veredas Sete Lagoas Avenida Pref. Alberto Moura, 21.500, Eldorado, Sete Lagoas − Tel.: (31) 3779-8300 www.nobilehoteis.com.br
Tulip Inn Sete Lagoas Avenida Pref. Alberto Moura, 21.001, Jardim Arizona, Sete Lagoas − Tel.: (31) 3775-5350 www.tulipinnsetelagoas.com
Atlas Hotel Av. Cel. Altíno França, 324, Centro, Sete Lagoas Tel.: (31) 3775-8800 www.hotelatlas.com.br
Hotel Vila Serrana Rua Paulo Frontin, 799, Centro, Sete Lagoas Tel.: (31) 3776-4422 www.hotelvilaserrana.com.br
Real Hotel Praça Martiniano Carvalho, 6, Canaan, Sete Lagoas − Tel.: (31) 3773-3301 www.realhotel.com.br
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ARAXÁ Distância da capital: 362 km Principal acesso: BR–262
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MELHORES HOSPEDAGENS PARA QUEM VIAJA EM FAMÍLIA De acordo com viajantes que fizeram avaliações no site TripAdvisor
Tauá Grande Hotel e Termas de Araxá Rua Águas do Araxá, s/n, Barreiro, Araxá Tel.: (31) 3236-1900 www.tauaresorts.com.br
Hotel Nacional Inn Previdência Araxá Av. do Contorno, 80, Estância do Barreiro, Araxá Tel.: (34) 3669-8888 www.nacionalinn.com.br
Plaza Inn Flat Araxá Rua Calimério Guimarães, 180, Centro, Araxá Tel.: 0800 283 5111 www.alliahotels.com.br
Fenix Hotel Araxá Av. José Ananias de Águiar, 5.145, Conjunto Hab. Boa Vista, Araxá − Tel.: (34) 3669-6650 www.fenixhoteis.com.br
Hotel Pousada Dona Beja Av. Min. Olavo Drummond, 45, São Geraldo, Araxá − Tel.: (34) 3201-3000 www.hoteldonabeja.com.br
FOTOS: [5] PREFEITURA DE ARAXÁ / DIVULGAÇÃO; [6] DIVULGAÇÃO TAUÁ; [7] ASSOCIAÇÃO DE HOTEIS E POUSADAS DE MONTE VERDE (AHPMV) / DIVULGAÇÃO
Essa viagem é para famílias que curtem pegar estrada. Mas as horas de carro valerão a pena quando a cidade apresentar suas relíquias, como a fonte Dona Beja, que tem a água mais radioativa do Brasil. Os pais podem ficar tranquilos: ela não é perigosa. Pelo contrário. Localizada entre rochas vulcânicas, dizem que a água mineral que brota na gruta atua no corpo como desintoxicante e agente hipotensivo. O Mirante do Cristo é outra atração da cidade, situado no alto de Santa Rita, de onde se tem uma visão panorâmica de Araxá. A estátua do Cristo tem aproximadamente dez metros de altura, e a seus pés há placas com trechos da prece publicada pelo Correio de Araxá, em 1966. Ao redor do monumento, ficam instalações e equipamentos do Parque de Lazer José do Pinho. Por lá, podem ser encontrados playground, churrasqueira, lanchonete e sorveteria. Maior atração turística de Araxá, o Complexo do Barreiro é famoso pelo poder medicinal de suas águas e da lama. A 5 km do centro, o local é ideal para o lazer e descanso e está rodeado por colinas e muito verde. Ele apresenta características vulcânicas e passou por transformações geológicas profundas nos últimos 80 milhões de anos. Entre os dias 27 de junho e 1º de julho, a cidade recebe ainda a sétima edição do Fliaraxá, festival literário que será realizado no Tauá Grande Hotel de Araxá. Na programação (www.fliaraxa.com.br), há apresentações teatrais, oficinas e brincadeiras para toda a família.
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MONTE VERDE Distância da capital: 480 km Principal acesso: BR–381, sentido São Paulo Localizado no Sul de Minas, Monte Verde é um distrito de Camanducaia (MG). Conhecida pelas baixas temperaturas e arquitetura de estilo europeu, a região fica no meio da Serra da Mantiqueira e também é chamada de “Suíça Mineira”. No inverno, a temperatura pode chegar a -10ºC, fato que ajuda a alimentar o toque europeu da região. Com natureza exuberante, Monte Verde oferece uma série de passeios e atrativos que agradam a pessoas de todas as idades. Tem galerias com lojas diversas para compras, passeios a cavalo, charretes, jipe, quadriciclo, motos, avião e bike, patinação no gelo, trilhas e cachoeiras, entre outras atrações. O passeio do pinheiro velho, por exemplo, é uma caminhada que sai da avenida principal do distrito e leva os turistas para uma atitude de 1.560 m, onde há um aeroporto e um mirante. De lá, é possível fazer fotos com belas paisagens e vislumbrar a araucária mais antiga da cidade, com cerca de 500 anos. Para os que curtem esportes mais radicais, no centro da cidade é possível contratar passeios de rafting, podendo descer as corredeiras do Rio Jaguari, que corta a região com botes infláveis, num dos cinco melhores trechos de rafting do Brasil, com corredeiras e cachoeiras de até oito metros de altura. Os passeios com guias permitem aos visitantes acesso a lugares aos quais talvez não chegariam sozinhos. Outra atração é o city tour que permite um conhecimento mais geral da vila, também com auxílio de guias, passando por pontos turísticos, construções locais,
MELHORES HOSPEDAGENS PARA QUEM VIAJA EM FAMÍLIA De acordo com viajantes que fizeram avaliações no site TripAdvisor
Pousada Villa D'Amore Rua das Constelações, 609, Monte Verde Tel.: (35) 3438-1398 www.villadamore.com.br
Pousada Carícia do Vento Rua Parelha, 128, Centro, Monte Verde Tel.: (35) 3438-2828 www.pousadacariciadovento.com.br
Pousada Suíça Mineira Av. Monte Verde, 1.950, Centro, Monte Verde Tel.: (35) 3438-2842 www.pousadasuicamineira.com.br
Kuriuwa Hotel Rua do Bosque, 309, Jardim das Montanhas, Monte Verde − Tel.: (35) 3438-1959 www.kuriuwahotel.com.br
Hotel Saint Michel Avenida Sol Nascente, 365, Monte Verde Tel.: (35) 3438-2390 www.saintmichel.com.br criatórios de peixes, fábricas de chocolate, mirante, entre outras atrações. Nesse passeio, o turista pode ver curiosidades como um motor a vapor, o mesmo das locomotivas, que abastecia o sistema de energia da vila, que foi fundada por um casal de imigrantes da Letônia, até 1969.
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TIRADENTES Distância de BH: 192 km Principal acesso: via BR–040 e BR–383
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MELHORES HOSPEDAGENS PARA QUEM VIAJA EM FAMÍLIA De acordo com viajantes que fizeram avaliações no site TripAdvisor
Pousada Boutique Oratório Rua Herculano José dos Santos, 97, Alto da Torre, Tiradentes − Tel.: (32) 3355-2232 pousadaoratorio.com.br
Pousada Pequena Tiradentes Av. Gov. Israel Pinheiro, 670, Tiradentes Tel.: (32) 3355-1262 pequenatiradentes.com.br
Pousada Vivenda Rua José Batista de Carvalho, 39, Parque das Abelhas, Tiradentes − Tel.: (32) 3355-1982 pousadavivenda.com.br
Pousada Don Quixote R. Francisco Pereira Morais, 69, Tiradentes Tel.: (32) 3355-1929 pousadadonquixote.com.br
Solar da Ponte Largo das Mercês, s/n, Tiradentes Tel.: (32) 3355-1255 solardaponte.com.br
FOTOS: [8][9] WWW.PELASESTRADASDEMINAS.COM.BR; [10][11] PREFEITURA DE DIAMANTINA / DIVULGAÇÃO
A pequena Tiradentes tem inúmeros motivos para ser um bom passeio em família. A cidade, além de histórica, é conhecida por receber diversos festivais culturais (de cinema, fotografia, gastronomia, teatro e música, para citar alguns). Tombada pelo Instituto Nacional de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o IPHAN, Tiradentes possui um dos conjuntos mais bem-preservados da arte barroca no Brasil. Localizada na região do Campo das Vertentes, cujos municípios integram a trilha dos Inconfidentes, Tiradentes tem ladeiras de pedras cravadas por escravos da época da exploração do ouro – uma marca da cidade, inclusive –, uma verdadeira viagem através da história do país. São inúmeras igrejas, museus e monumentos. Tem também um passeio em uma centenária maria-fumaça que leva à São João del-Rei, cidade vizinha também muito rica em história. Outro passeio que merece ser feito na vizinhança é pelo pequeno distrito de Bichinho, onde é possível ter acesso a uma variedade rica de artesanato e ver a famosa “Casa Torta”, um espaço lúdico e interativo que as crianças adoram visitar. Em junho e julho deste ano já estão programados o Bike Fest Tiradentes (de 20 a 24 deste mês), o Encontro de Congado (29 de julho) e atrações musicais de jazz e blues (datas variadas). A cidade é pequena, aconchegante e com ótimas opções de passeio. Vale uma pesquisa sobre os inúmeros acontecimentos para garantir ainda mais a diversão de acordo com os gostos culturais da família.
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DIAMANTINA Distância de BH: 296 km Acesso pela via BR–040/BR–135 e BR–259 Diamantina é daquelas cidades que todo mineiro que se preze tem que conhecer. O passeio por lá leva a trechos relevantes da história mineira. A cidade ganhou fama com a descoberta de pedras preciosas no século XVIII e por suas personalidades ilustres, como Chica da Silva e o ex-presidente Juscelino Kubitschek. O título de Patrimônio Cultural da Humanidade, concedido pela Unesco em 1999, colocou a cidade no cenário mundial e atrai apreciadores da arquitetura barroca. Localizada em meio à Serra do Espinhaço, Diamantina é recheada de grutas e cachoeiras que também atraem visitantes. Outro ponto marcante da cidade são as festas culturais, como as serestas que deram origem à vesperata – um verdadeiro concerto noturno ao ar livre. As bandas de música reúnem uma multidão na Rua Quitanda, em dois sábados por mês, de abril a outubro. Durante a vesperata, as sacadas dos sobrados e dos casarões são tomadas por músicos que complementam a apresentação das bandas, muitos com trajes típicos da época do Brasil Colônia. Quem visita Diamantina costuma dizer que por ali a impressão é que o tempo parou, com trilhas, caminhos de pedras, ladeiras, casarões, história e costumes de uma época que poucos lugares no país conseguem reviver com tanta peculiaridade.
MELHORES HOSPEDAGENS PARA QUEM VIAJA EM FAMÍLIA De acordo com viajantes que fizeram avaliações no site TripAdvisor
Pousada Vila do Imperador Rua do Rosário, 71, Diamantina Tel.: (38) 3531-3061 pousadaviladoimperador.com.br
Pousada Capistrana Rua Campos Carvalho, 35, Diamantina Tel.: (38) 3531-6560 pousadacapistrana.com.br
Estância do Salitre Hotel Fazenda Estrada Extração, em frente à Gruta do Salitre, Diamantina − Tel.: (38) 3531-1526 estanciadosalitre.com.br
Diamante Palace Hotel Av. Silvio Felício dos Santos, 1.050, Bom Jesus, Diamantina − Tel.: (31) 97577-8518 diamantepalace.com.br
Hotel Tijuco R. Macau de Baixo, 211, Diamantina Tel.: (38) 3531-1022 hoteltijuco.com.br
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4Saúde
Viagem sem enjoo Você sabe por que algumas crianças se sentem mal dentro do carro? Entenda o problema e veja como prevenir
ILUSTRAÇÃO: DEPOSITPHOTOS
POR Rafaela
Matias
ENFIM, FÉRIAS! MALAS no carro, músicas selecionadas, lanchinhos preparados. Tudo certo para mais uma viagem em família. Mas basta colocar o pé na estrada para as reclamações sobre enjoo começarem. Será que é frescura? O que leva as crianças a passarem mal com tanta frequência dentro dos automóveis? A ciência explica. Em 2017, a Ford Europa encomendou uma pesquisa, com a participação de especialistas de diversos países em doenças do movimento, para estudar as causas que levam as pessoas a sentirem enjoo dentro dos carros. Uma das conclusões foi que crianças e adolescentes são as principais vítimas do problema, que afeta “cerca de dois terços das pessoas em algum momento”, segundo um trecho do documento divulgado pela empresa. O motivo? De acordo com a médica Mariane Franco, presidente do Departamento de Pediatria Ambulatorial da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), trata-se, na verdade, de uma doença chamada cinetose, caracterizada como “mal do movimento”, que atinge principalmente crianças entre 2 e 12 anos. Adultos, especialmente aqueles que têm enxaqueca, também podem ser afetados pelo problema, provocado por desencontros entre os sinais que o cérebro recebe dos olhos e do labirinto, no ouvido. “Os principais sintomas são náuseas, desconforto físico, salivação excessiva, tonturas, dor de cabeça e vômitos”,
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explica Mariane. E não é apenas no carro que as manifestações acontecem. “Qualquer coisa que provoque um movimento expressivo, como barcos e motos, também pode desencadear o mal-estar”, explica. No estudo realizado pela Ford, outros fatores, além da doença, foram citados como agravantes. Passar longos períodos com a cabeça baixa jogando videogame ou assistindo a filmes, por exemplo, aumentou as chances de sentir enjoo entre pessoas de todas as idades. Os passageiros adultos que ficaram olhando para telas durante um curto percurso demoraram em média apenas dez minutos para começarem a se sentir mal. Além disso, o estudo mostra que um trajeto mais suave, com menos freadas bruscas ou mudanças repentinas de velocidade, ajuda a diminuir a sensação de náusea, além de economizar combustível. “O enjoo no carro é um problema complexo. É uma reação natural a um estímulo antinatural e não tem cura, mas é possível aliviar os sintomas”, explica o professor Jelte Bos, da TNO Sistemas de Percepção e Cognição, em Soesterberg, na Holanda, um dos participantes da pesquisa encomendada pela Ford (veja no quadro um guia com orientações para prevenir o enjoo dentro dos automóveis). Um alerta importante da médica Mariane Franco é que os pais nunca devem automedicar seus filhos para evitar que o enjoo aconteça. “Todos os remédios devem
ser prescritos pelos médicos da criança. Um otorrinolaringologista ou um pediatra podem prescrever a medicação adequada para estabilizar os sintomas da doença, além de indicar exercícios de equilíbrio que ajudam nesse processo”, arremata.
5 DICAS PARA EVITAR O PROBLEMA EM CRIANÇAS E ADULTOS
» Sente-se, de preferência, no banco da frente ou no meio, quando estiver no banco de trás, para poder enxergar a estrada à frente; » O motorista deve dirigir de modo suave e, sempre que possível, evitar freadas e acelerações bruscas e passar sobre buracos; » Distraia quem estiver passando mal – até cantar em família pode ajudar; » Não há problema em beber refrigerante ou comer biscoitos, mas evite tomar café; » Use um travesseiro ou um suporte para evitar que a cabeça balance; » Ligue o ar-condicionado ou abra as janelas para manter a circulação de ar fresco na cabine. Fonte: estudo encomendado pela Ford Europa
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Por uma maternidade mais leve 4º Seminário Internacional de Mães lotou o Maksoud Plaza Hotel em dia de emoções e descontração POR Luciana
Ackermann
UM SÁBADO REPLETO de amor, afeto, entusiasmo, alegria, emoção, descontração e muita informação de altíssima qualidade. Assim foi o clima do 4º Seminário Internacional de Mães, que reuniu 1.011 pessoas no Maksoud Plaza Hotel, em São Paulo, no dia 5 de maio, e teve a Canguru como uma das organizadoras. Com o tema “Por uma maternidade mais leve”, a plateia do evento reuniu representantes de 16 Estados brasileiros, entre eles Amazônia, Pará, Maranhão, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e, claro, São Paulo. As mães dominaram, correspondendo a 93% das inscrições – 72 pais também marcaram presença (veja mais no infográfico).
Tantas emoções: público deu risadas mas também foi às lágrimas durante o evento
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Mediado pela diretora de conteúdo da Canguru, Ivana Moreira, o seminário recebeu profissionais que são verdadeiras referências em suas áreas: a inglesa Lorraine Thomas, pioneira mundial em coaching para pais e diretora da Parent Coaching Academy; a chef Rita Lobo, apresentadora e empresária que, há anos, defende a “comida de verdade”; Marcio Atalla, especialista em qualidade de vida e saúde e criador do Medida Certa; Roberta e Taís Bento, mãe e filha, respectivamente, empresárias e autoras do livro Socorro, Meu Filho Não Estuda; além de Laís Bodanzky, diretora, e Maria Ribeiro, atriz, do premiadíssimo filme Como Nossos Pais. Foi uma imersão profunda ao rico, desafiador e transformador mundo da maternidade. Cada palestrante, com seu jeito próprio, esmerou-se em compartilhar preciosos conhecimentos que resultaram de estudos, pesquisas e viagens, além de observações sutis, sensíveis e delicadas de situações corriqueiras na rotina familiar. Lorraine Thomas, que já foi consultora da Walt Disney em obras como Divertida Mente, destacou, em diversos momentos, a importância de ensinar os filhos a gerenciarem as diferentes emoções, com doses de resiliência, respiração profunda e exercícios de relaxamento. Outra proposta dela foi a valorização das capacidades, das habilidades e das qualidades dos filhos e das próprias mães. “Se nós queremos que nossos filhos foquem os valores e as habilidades que eles têm, é importante que a gente também faça isso. Qual é a sua força? O que
Sucesso de público: Seminário atraiu 1.011 pessoas de 16 Estados brasileiros em dia cheio de emoções
Moderadora: Ivana Moreira, diretora de conteúdo da Canguru, foi uma das organizadoras do evento e comandou o palco
aprendizado dos filhos, a dupla Roberta e Taís Bento encantou a plateia. A começar pelo emocionante depoimento de Roberta, que nasceu com paralisia cerebral por causa de complicações no parto e contrariou todos os diagnósticos e prognósticos médicos – de que não ouviria, não falaria, não andaria e teria sérios problemas de aprendizagem. “Graças aos estímulos corretos que recebi dos meus pais, meu cérebro criou rotas alternativas. Eles nunca colocaram limites para eu me desenvolver”. Formada em letras, Roberta tornou-se especialista
Mãe e filha: Roberta e Taís Bento arrancaram lágrimas das mães com depoimento emocionante sobre aprendizado
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FOTOS: GUSTAVO ANDRADE E DANIELA ALMEIDA
seus filhos falariam bem de vocês? Façam esse exercício e reflitam”, propôs Lorraine, complementando com um dos pilares da disciplina positiva: “O comportamento que recebe atenção é repetido. Não grite. Valorize o que é positivo. Nos momentos em que a criança estiver em uma situação desconfortável, preocupada, relembre alguma atividade em que ela tenha se saído bem”, disse a pesquisadora, que ainda apontou o fracasso como uma verdadeira oportunidade de aprendizado. Seguindo na direção de como melhorar o
em aprendizagem com especializações em universidades internacionais de renome. A mamãe Maria Rita dos Santos foi às lágrimas com o relato. “Acho que entendi o quanto é fundamental estimular o potencial das crianças. Espero conseguir colocar em prática tudo que tenho aprendido aqui”, disse a paulista de Campinas, que pegou a estrada cedinho e foi só elogios ao seminário. Roberta e Taís ainda apresentaram três dicas poderosas para pais ajudarem os filhos a aprenderem melhor a partir de resultados de pesquisas na área da neurociência cognitiva: exercícios físicos, sono e revisão do conteúdo ensinado. Verificou-se que as atividades esportivas fazem com que cérebro produza novos neurônios, aumentando as conexões entre eles. Durante o sono ocorre autolavagem das toxinas produzidas naturalmente pelo cérebro: “Dormir pouco ou dormir mal deixa o cérebro cheio de lixo andando no meio dos neurônios, impedindo conexões, e faz com que o aluno não lembre o que estudou”, resume Taís. Roberta ainda chamou atenção para o fato de as crianças dormirem cerca de duas horas a menos que as de gerações passadas devido à falta de cansaço físico e à superexposição a internet e TV. Vale mexer na quantidade de sono da criança, acrescentando 15 minutos por semana, o que resultará em uma hora a mais ao longo de um mês com a mudança gradual.
Sedentarismo e obesidade Outro palestrante que cativou mamães, papais, vovós
Importância do brincar: Marcio Atalla destacou que as crianças devem se movimentar em jogos por pelo menos uma hora por dia
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“Comida de verdade”: Rita Lobo defendeu que cozinhar é uma ferramenta contra a obesidade em casa
e titias foi Marcio Atalla, que falou sobre a importância da atividade esportiva para a saúde e o desenvolvimento cognitivo das crianças. Ele fez um importante alerta: “No Brasil, de cada cinco crianças, quatro são sedentárias. Das nossas crianças, 78% não conseguem fazer o mínimo de movimento que a OMS recomenda, que é brincar uma hora por dia”. Para modificar esse cenário, Atalla pediu que pais e mães incluam na rotina dos filhos brincadeiras lúdicas, divertidas, que propiciem o movimento, como pular corda, jogos com bolas, além de fazer o controle de equipamentos eletrônicos. No Brasil, as crianças passam cerca de cinco horas e meia nos computadores, o que é grave. Na Finlândia, apontada como o país que tem o melhor ensino do mundo, os alunos se movimentam durante as aulas, segundo Atalla. Não se trata de algo para combater o sedentarismo, não. Fazem isso porque a criança aprende melhor: “Estudos mostram que, ao ficar sentado, há diminuição na oxigenação e perda da atenção. Em estado de alerta, aprendem melhor”. Para pais e mães sedentários, enfatizou que mais importante é ter regularidade, não intensidade. “O sedentarismo hoje é fator de risco para todas as doenças. Por favor, mudem o estilo de vida de vocês e de seus filhos”, alertou. Já Rita Lobo transbordou seu amor pelo ato de cozinhar e defendeu a “comida de verdade”, assim como o nosso brasileiríssimo arroz com feijão. “Aprender a cozinhar é bom para todas as pessoas, fundamental para quem tem filhos pequenos que ainda não são capazes de fazer escolhas. Tudo pode, exceto os ultraprocessados”,
se o filho vai levar um prato de doce ou salgado para a festa junina da escola?”, questionou, complementando que também as mulheres devem encarar essa batalha de passar o bastão aos pais para dividir essas tarefas, reconhecendo que não é algo fácil. Para Laís, esse novo feminismo é muito bacana porque, mais do que discurso, “vivemos a prática de uma mulher ser solidária a outra mulher”, que ela nunca havia vivido antes. Ela também elogiou o seminário, por oferecer um lugar de fala, de compartilhar sentimentos. Então, já sabem, né? Até 2019, mamães. Pioneira em coaching para pais: Lorraine Thomas destacou importância de gerenciar as emoções e ter resiliência
QUE PLATEIA É ESTA Veja o perfil do público do evento:
93%
MULHERES
1.011 PARTICIPANTES DE 16 ESTADOS
ESTADO CIVIL CASADAS DIVORCIADAS
16% 6% 5% 73%
ENROLADAS SOLTEIRAS
17%
NÚMERO DE FILHOS
3% 8%
1 FILHO 2 FILHOS 3 FILHOS DE 4 A 7 FILHOS SEM FILHOS
16% Bate-papo descontraído: Laís Bodanzky e Maria Ribeiro encerraram evento com conversa sobre feminismo e empoderamento
DE MULHERES GRÁVIDAS
7%
HOMENS
41% 31%
Fonte: organização do evento
afirmou a chef, que deu a dica de focar a pior refeição da casa e ir fundo nela como a primeira medida a ser tomada para melhorar a rotina alimentar de uma família. “A cozinha deve ser um lugar vivo, de afeto, um espaço para alimentar as relações não só com nutrientes. Cozinhar é uma ferramenta contra a obesidade”, afirmou. Para encerrar com chave de ouro, a descontração deu o tom ao bate-papo entre Laís Bodanzky, cineasta, Maria Ribeiro, atriz, e a jornalista Ivana Moreira. Elas falaram sobre feminismo, machismo, maternidade, desejo, trabalho, carreira, e a construção de uma sociedade mais equilibrada, igualitária e livre. Maria avaliou como um exercício diário e muito novo perceber que não precisa ficar tudo na conta das mulheres. “A vida inteira, eu olhei a agenda de escola sozinha e achava natural, era daquele jeito que minha mãe fazia. Agora que estou me dando conta. Por que as mulheres que têm que decidir
ESTADOS DE ORIGEM AM, PA, MA, MT, DF, GO, RN, PE, BA, PR, SC, RS, RJ, ES, MG E SP.
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Cenas do seminรกrio POR Gustavo
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Andrade e Daniela Almeida
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4Ideias
Boa pergunta! 20 sugestões de questões que os pais podem fazer aos filhos para estimular o diálogo de forma agregadora e consciente POR Rafaela
Matias e Aline Usagi
VOCÊ JÁ TEVE a impressão de que os diálogos com seu filho não estão levando a lugar algum? No caminho de volta da escola, você pergunta como foi a aula e ele diz “legal”. Pergunta o que ele aprendeu de novo, e ele responde: “Não lembro”. E de qual professora ele mais gosta? “Todas”, solta o pequeno. Pode até ser que o seu filho seja de poucas palavras, mas talvez você é que não
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esteja fazendo as perguntas certas. Para dar uma força, a equipe da Canguru elaborou 20 questões que podem te ajudar a estimular o pensamento do seu pequeno e conhecer um pouco mais sobre ele. Não deixe de anotar as respostas para reler com ele no futuro e garantir bons momentos de diversão. Vamos conversar?
Qual foi a coisa mais legal que já aconteceu na sua vida?
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Como seria o dia perfeito para você?
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Qual é a brincadeira mais legal do mundo?
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Existe algum lugar na sua escola que você considere só seu?
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Qual professor que você quer ser quando crescer?
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Você já teve um sonho maluco? Como foi?
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Com quem você gosta de conversar quando está triste?
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Não deixe de compartilhar as melhores respostas com a gente! Quem sabe o seu filho sairá na próxima edição da revista, na seção Eles dizem cada coisa?
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O que gostaria de fazer e que não faz porque tem medo?
Qual é a regra (da casa ou da escola) que você nunca esquece? Você concorda com ela?
Se você fosse um superherói, como você salvaria o mundo?
Qual é a sua parte favorita do dia?
O que você mais ama na nossa casa?
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Do que você sente vergonha?
O que você gosta de fazer que te deixa mais feliz?
Tem algum amigo que você queria ter sempre por perto?
O que torna uma pessoa boa ou má?
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O que você faz muito bem e pode ensinar aos outros?
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Qual foi a coisa mais importante que você já aprendeu até hoje?
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E o que você mudaria, se pudesse?
Qual é o seu maior objetivo neste ano? J U N H O 2 01 8 .
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4na pracinha
Praça Marília de Dirceu
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na o passeio muito agradável a qualquer hora do dia. Que tal aproveitar o próximo fim de semana para curtir o lugar? Aproveite e passeie a pé com as crianças pelo bairro. Procurem por árvores frutíferas – será que ainda encontramos? –, observem as mais diversas plantas e flores, sigam o caminho das formigas, parem e observem as plantas que nascem entre o concreto, ouçam os ruídos da cidade e os cantos dos pássaros, atentem-se para o cheiro das coisas. Richard Louv, autor de A Última Criança na Natureza, afirma que “a natureza na cidade é a natureza em sua forma mais obstinada”, e te convidamos a notá-la.
QUER CONHECER? R. Marília de Dirceu, s/n Lourdes (no encontro das ruas Curitiba e Felipe dos Santos)
O Na pracinha é um movimento que incentiva o brincar na infância, próximo à natureza e em todo lugar. A ação promove eventos brincantes pela capital mineira, e suas idealizadoras, Flávia Pellegrini e Miriam Barreto, são autoras do guia Beagá pra Brincar. Na Canguru, a publicitária Flávia compartilha dicas de passeios e brincadeiras em família. www.napracinha.com.br
FOTO: TANTO MAR FOTOGRAFIA
VOCÊ SABIA QUE a Praça Marília de Dirceu, na verdade, se chama João Luiz Alves? Localizada no bairro Lourdes, um dos mais charmosos da nossa cidade, a pracinha muitas vezes passa despercebida por muitas pessoas que cruzam a região diariamente. Ela acabou ficando assim conhecida em homenagem à amada do escritor e inconfidente Tomás António Gonzaga. Inaugurada na década de 30, tem um ar nostálgico e cara de interior, com a presença do coreto, dos bancos e das mesas de jogos. O parquinho fica em um espaço de areia e é frequentado pelas crianças moradoras da região pelas manhãs. Muito arborizada, essa pracinha tor-
UM DIA ALMOÇO com dragões, noutro dia almoço com Harry Potter e a Pedra Filosofal e janto com Percy Jackson. Aqui é assim. Difícil fazer meu filho largar os livros. Muita gente me pergunta como eu consegui fazê-lo gostar de ler nesta era digital. Não foi de um dia para o outro que aqui surgiu um pequeno leitor. Desde novinho ele ouvia histórias antes de dormir. Quando era bebê, era uma, duas histórias enquanto mamava. Foi crescendo, e começamos a ler livros. Passamos para três livros por noite. Depois três capítulos de livros mais grossos. Então ele aprendeu a ler e começou a devorar gibis, que têm letra em caixa-alta e linguagem simples. À noite ainda líamos para ele. Um dia, o tio Leo mandou o primeiro livro da coleção Como Treinar Seu Dragão. Líamos à noite. Mas ele não conseguia esperar a noite seguinte e começou a ler sozinho durante o dia. Já lia livrinhos mais finos nessa época. Mas os de capítulos estavam por nossa conta. E foi assim que ele passou a devorar histórias sozinho. Já foram muitas coleções: Como Treinar Seu Dragão, Percy Jackson, e agora está começando Harry Potter.
E os eletrônicos? Há um ano demos um celular para ele. Estava com 8 anos, morando longe da família, e achamos que seria legal ter um WhatsApp para conversar com os parentes. Mas junto acabaram entrando os joguinhos, o vício e as alterações de humor. “Larga esse celular, menino!” Não conseguimos achar um ponto de equilíbrio, acabei guardando o aparelhinho. A gente sempre pode voltar atrás nas decisões. Ele tem computador, mas só usa para a aula de programação. YouTube? Nem pensar! TV, só para filmes, sem comerciais, e nos fins de semana. Preferimos continuar incentivando a leitura. Nada mais estimulante que um bom livro.
Bebel Soares e o filho Felipe
Pode parecer totalmente fora da realidade, mas, olha, eu trabalho com mídias sociais, não largo o celular. Ele faz aula de robótica há quase três anos, começou a programação e, em breve, estará fazendo seus próprios programas. As outras coisas serão introduzidas aos poucos, na hora certa e com supervisão. Ele tem a vida toda para isso. Se você gosta de incentivar a leitura e quer ver sugestões de livros, confira no Instagram a hashtag #livrosdopipe.
Bebel Soares é fundadora da plataforma de apoio a mães Padecendo no Paraíso. Na Canguru ela fala sobre educação, saúde, alimentação, sexo, inclusão e viagens. www.padecendo.com.br
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FOTO: DEPOSITPHOTOS
Como incentivar a leitura na era digital
FOTO: MOACYR LOPES JUNIOR / MALAGUETA
4padecendo no paraíso
FOTO: GUSTAVO ANDRADE
4para ler com seu filho
Girafa: modos de usar PARA AS CRIANÇAS, tudo parece muito maior do que é na realidade. Quando a gente cresce, aquele quintal imenso da nossa memória se revela um pequeno pátio. O escorregador da pracinha, que dava até medo, agora é inofensivo. Aquela estrada interminável acaba logo ali. No olhar do adulto, tudo diminui. Com exceção das girafas. Elas continuam
leo cunha e os filhos, Sofia e André
imensas, lindas, atraentes, desengonçadas. Não é à toa que as crianças adoram girafas. E os escritores de literatura infantil sabem disso muito bem! Eu mesmo já publiquei dois livros sobre elas: O Sabiá e a Girafa e Lições de Girafa. Mas, na coluna deste mês, quero falar de outros dois livros que eu adoro.
O recém-lançado Cinco Girafas no Espaço, de Caio Riter, aposta no humor e no absurdo, o que, cá entre nós, tem tudo a ver com um bicho tão engraçado e inusitado. É a história da girafa Maria Olália, astronauta solitária, que viaja pelo espaço e encontra outras para lhe fazerem companhia: Maria Beatriz, Maria Eduarda, Maria Carolina e Maria Helena. Juntas, as cinco Marias vão fazer um carnaval pelo céu afora, com muitas rimas e surpresas. Livro perfeito pra ler (e rir) junto com uma criança. SOBRE OS AUTORES: Caio Riter, gaúcho, é escritor e professor, com dezenas de livros para crianças e adolescentes, vários deles premiados. Lúcia Brandão, paulista, é ilustradora com trabalhos publicados em jornais, revistas e livros. CINCO GIRAFAS NO ESPAÇO Texto de Caio Riter, ilustrações de Lúcia Brandão. Editora Biruta, 2017.
Em Girafa Não Serve pra Nada, José Carlos Aragão cria um personagem encucado com a serventia das coisas. Para que serve isto e aquilo? Um relógio? Uma galinha? Um ovo? Aos poucos, vai descobrindo (ou inventando), até que chega justamente à girafa. Um bicho tão diferente serviria para quê? Talvez para trocar estrela queimada? Com humor, imaginação, poesia e até um pouco de melancolia, o livro nos leva a pensar sobre a curiosidade infantil e como é fascinante esse período da vida em que todo o mundo vive para descobrir.
GIRAFA NÃO SERVE PRA NADA Texto de José Carlos Aragão, ilustrações de Graça Lima. Editora Paulinas, 2000.
Leo Cunha publicou mais de 60 livros, como Cachinhos de Prata (Ed. Paulinas), Um Dia, um Rio (Pulo do Gato) e Só de Brincadeira (Positivo). Recebeu os principais prêmios da literatura infantil brasileira, como Nestlé, FNLIJ e Jabuti. leocunha@canguruonline.com.br
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IMAGENS: DIVULGAÇÃO
SOBRE OS AUTORES: José Carlos Aragão, mineiro, é escritor, dramaturgo, publicitário, artista plástico e um sujeito bem divertido. Graça Lima, carioca, é ilustradora e designer, uma das mais premiadas do país.
FOTO: GUSTAVO ANDRADE
4viagens, modo de usar
Pico da Bandeira
de engarrafá-lo para usar depois, num dia de trânsito maluco, enquanto levamos os filhos à escola. O Pico da Bandeira pode ser alcançado pelo Espírito Santo, através da cidade de Dores do Rio Preto, numa rota menos extensa, porém muito íngreme, desafio apenas para os bem-treinados. A caminhada pelo lado mineiro, a partir de Alto do Caparaó, é mais tranquila, além do fato de essa cidade oferecer todo o suporte necessário, desde a acomodação até os equipamentos. O trajeto dura em torno de oito horas, sem afobação. Como fica dentro de um Parque Nacional, não há bares ou restaurantes na trilha, portanto água e comida devem ser levadas na mochila. Existem dois lugares para acampar: Tronqueira e Terreirão, este a 2.300 m. Às vezes,
há superlotação de barracas. Portanto, para pernoitar, uma reserva deverá ser feita com antecedência no site do parque (www.icmbio.gov.br/ parnacaparao). Se subir à noite, contrate um guia. É mais seguro, e ele lhe dará preciosas informações sobre a área. No mais, é partir para a conquista dessa montanha que, por muito tempo, foi considerada a mais alta do Brasil. Depois da aventura, pais e filhos levarão vida afora as saborosas lembranças de uma grande aventura.
Luís Giffoni é cronista, romancista e palestrante. Autor de 26 livros, tem nas viagens uma de suas paixões. Nelas aprende a diversidade do mundo e das pessoas, experiência que acaba traduzindo em suas obras. Neste espaço, dá dicas sobre como aproveitar o mundo com os pequenos. giffoni@canguruonline.com.br
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FOTO: IGOR TIBIRIÇÁ MENDES / WIKIPEDIA
AS CHUVAS SE foram, o inverno chegou, é tempo para uma saudável caminhada. Se sua família gosta de pôr o pé na estrada, curte uma aventura de verdade e está em boa forma física, aqui vai uma dica: conquistar o terceiro pico mais alto do Brasil, o da Bandeira, na divisa entre o Espírito Santo e Minas Gerais, no Parque Nacional do Caparaó. Ele tem quase 3.000 m de altitude, a subida não é difícil, o pôr do sol (ou o nascente) no cume marca a memória da gente, a temperatura cai abaixo de zero à noite, e a oportunidade de integração entre pais e filhos é imperdível. Há, ainda, a beleza do lugar. Numa vista de 360°, as montanhas se sucedem a perder de vista, e o verde predomina. O prazer de estar lá em cima, num dos picos mais isolados das Américas (altitude semelhante só se encontra na Bolívia, a mais de 2.000 km de distância), compensa o esforço. A vegetação, às vezes estranha, às vezes explodindo em cores, constitui um espetáculo à parte. Os bichos também. Vi por lá um beija-flor tão minúsculo que mais parecia uma abelha. Ou teria sido uma abelha fantasiada de beija-flor? Diversas cachoeiras da região revigoram nosso corpo. À noite, o céu tem dez vezes mais estrelas que em São Paulo, Rio ou BH. O ar puro e frio nunca viu poluição. Dá vontade
Luís Giffoni
Qualidade de vida para crianças com paralisia
MUITAS CRIANÇAS PODEM ter a infância comprometida devido a doenças neurológicas congênitas, como é o caso da espasticidade ocasionada pela paralisia cerebral. Mas existem tratamentos que oferecem qualidade de vida e dão esperança às famílias. A paralisia cerebral é um dano que ocorre no cérebro da criança antes, durante ou depois do nascimento. Esse dano pode levar a vários problemas, entre eles os motores. E muitas podem desenvolver a espasticidade. Essa doença é um distúrbio de controle muscular que é caracterizado por músculos tensos ou rígidos e uma incapacidade de controlar esses tecidos. A criança que sofre com espasticidade pode andar, tem capacidade mental para fazer esse movimento, mas não consegue caminhar, porque as pernas são tão duras que não conseguem trocar os passos. Existem situações muito graves de crianças com comprometimento cognitivo que têm espasticidade generalizada. Elas não conseguem sentar ou deitar, não ganham peso e têm deslocamentos do esqueleto, além de luxação do quadril e da coluna. A participação do médico, do fisioterapeuta, do terapeuta ocupacional, do fonoaudiólogo e de outros profissionais, além da família, é de grande valor para a busca de um tratamento seguro e rápido. A espasticidade não tem cura, mas um controle rigoroso pode auxiliar na função e na qualidade de vida do paciente. A toxina botulínica, conhecida como “botox”, é uma aliada ao tratamento e pode ser usada em casos em que a espasticidade é focal. Quando é generalizada, a indicação é fazer cirurgias, entre elas a rizotomia dorsal seletiva, realizada na coluna.
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A mudança nas crianças é perceptível e consoladora para os profissionais e os familiares que as acompanham de perto Após exposição na parte posterior da coluna, um pequeno corte é feito nas raízes sensitivas onde termina a medula, o que diminui a sensibilidade e, consequentemente, a resposta motora que chega ao cérebro, como a tensão, e retrai a espasticidade nos membros inferiores. O tratamento ajuda a criança por evitar complicações ortopédicas, mas também por melhorar a qualidade de vida e, quando possível, promover o ganho de função motora. A mudança nas crianças é perceptível e consoladora para os profissionais e os familiares que as acompanham de perto. Elas começam a fazer movimentos que, para muitos, são simples, como andar e poder abrir as pernas para que a higienização seja feita. É um conforto para todos e um novo mundo a ser descoberto por elas. Mas é importante a continuação das terapias físicas. A cirurgia é indicada a partir dos 2 anos, quando a espasticidade começa a se desenvolver. Quanto antes se impedir seu desenvolvimento, mais benefícios a criança vai ter pelo resto da vida.
José Aloysio Costa Val Filho é médico formado pela Faculdade de Medicina da UFMG e mestre em cirurgia pela UFMG. Possui especialização em neurocirurgia infantil. É expresidente da Sociedade Mineira de Neurocirurgia e da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia Pediátrica. Membro da International Society for Pediatric Neurosurgery.
FOTO: THIAGO BOTELHO
4artigo | José Aloysio Costa Val Filho
FOTO: ARQUIVO PESSOAL
4artigo | Eduardo Augusto
Horário nobre
HOUVE UM TEMPO em que os pais se preocupavam com a televisão. Muitos a chamavam de “babá eletrônica”, numa época em que ainda era possível assistir a programas legais, inspiradores e leves. O pai chegava em casa exausto e acionava logo o controle remoto, geralmente em busca de algo que pudesse aliviar as duras batalhas da vida. A TV hoje parece não incomodar tanto. Ela foi substituída por intermináveis ondas de cliques, curtidas, selfies, aplicativos da moda, repetitivas mensagens de WhatsApp e incansáveis reclamações do cenário político no Facebook. Há quem proteste porque não temos mais tempo para comer juntos, saborear um bom prato ou simplesmente contemplar uma bela paisagem pra guardar na memória. Registros se acumulam nos dispositivos. Há quem fique conectado o tempo todo e, ao olhar para os lados, descubra que outros fazem o mesmo. Vi outro dia mãe e filha com celulares nas mãos. Elas não se olhavam nem se falavam. A pequena devia ter só uns 4 anos. Tive vontade de dizer à mãe: “Vai passar muito rápido! Aproveite este tempo com sua criança!”. Mas não tive coragem! Afinal, é só olhar para os lados... Assusta saber que talvez estejamos deixando de prestar atenção ao mais essencial: uma graça, um sorriso, um olhar. Uma flor, alguém que caminha feliz por nada. Um céu límpido numa manhã fria ou mesmo a calma outonal de mais uma estação. Por que há tanto barulho, por que estamos deixando a sala de jantar tão vazia? Por que estamos deixando as novas gerações nesse mergulho virtual quase sem fim, sem nada fazer? Não, peraí! Vem cá, vamos conversar, sair, passear, desenhar, voar! Respirar! Dá uma sensação enorme de que antes o tempo passava mais devagar... Não desanimemos de todo com diagnósticos e prognósticos sombrios. Melhor será deixar por algum tempo as crianças distantes das telas que piscam sem cessar, da novela das oito, das propagandas enganosas e cheias de truques. Melhor será celebrar a vida, encontrar os amigos, beijar a esposa, o marido, namorar. Melhor será brincar com os filhos, escutá-los, conhecer suas histórias, se aproximar, trazendo-os
A TV hoje parece não incomodar tanto. Ela foi substituída por intermináveis ondas de cliques, curtidas, selfies para mais perto, quem sabe tomando uma deliciosa sopa juntos, em família. Quem sabe, saindo um pouco para ver o luar. Isso, sim, é ter um horário nobre.
Eduardo Augusto é mineiro de Ouro Preto e mora em Belo Horizonte há 17 anos. Casado com Ana e pai de Clara, de 11 anos, Eduardo é escritor e cronista, com diversos textos publicados em sites, jornais e revistas. Em 2014 lançou seu primeiro livro infantil, Marioleia, a Pulguinha que Gostava de Ler (editora Impressões de Minas). Prepara um livro de crônicas para 2018. Além disso, é educador parental certificado em disciplina positiva pela Positive Discipline Association.
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FOTO: FLÁVIO DE CASTRO
4crônica
Territórios cris guerra e o filho, francisco
O CAFUNÉ DE dedos longos durante seus telefonemas idem. A sopa de legumes que eu dava um jeito de preparar à noite, a fim de roubar sua atenção durante o seu tempo com meu pai em frente à TV. Os domingos na Feira Hippie, a pretexto de comprar roupas para a minha boneca Susi. As sobremesas quentes, as feitas de banana — ou as sobremesas quentes feitas de banana. Essas eram nossas pequenas salas de estar, onde eu e minha mãe nos refestelávamos, agarradas a um afeto quente e justo. Com espaço suficiente, mas sem qualquer vão por onde pudesse passar uma corrente fria de vento. Para lá o amor sempre dava um jeito de fugir e se aconchegar, mesmo que por curtos períodos. Naqueles territórios, falávamos nossa própria língua. Carregada de sotaque e compreendida sem esforço, mesmo em baixo tom de voz. Nossos lugares de encontro, onde jamais faltou assunto ou restou constrangimento. Se somos cinco filhos, cada um de nós teve uma mãe diferente, mesmo que ela fosse uma só. E um mesmo homem foi pais diversos para seus filhos, como somos pessoas únicas para cada um dos nossos afetos. São os mapas que traçamos em conjunto, ou as linhas pontilhadas que deixamos de reforçar. Em cada família restam limites duvidosos, para os quais se adivinham vizinhanças nem sempre amigáveis. Roraimas inteiros de poucas afinidades e baixa densidade de afeto. Construir territórios não é uma arte óbvia. Entre mãe e filho, são sagradas essas terras de encontro. Eu e Francisco frequentamos o disco Universo ao Meu Redor, de Marisa Monte, que eu costumava cantar e dançar para fazê-lo dormir. Uma década depois, basta um trajeto mais longo de carro ao seu lado para que eu comece logo a cantar. Ele adormece rápido, não importando o cansaço ou a hora. Universo é a nossa casa de
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praia, com um mar azul ao redor. Permanece fechada por meses, mas se abre para temporadas memoráveis, em que enfrentamos felizes os acessos de espirro dos primeiros instantes. Saímos dali irremediavelmente abastecidos para mais algum tempo de estrada.
Entre mãe e filho, são sagradas essas terras de encontro Territórios afetivos são capazes de transportar o coração para os ouvidos, ou para a boca, quem sabe até diretamente para o diafragma, que se contorce na gargalhada. Passei a vida sonhando conquistar terras de afeto em meu pai, como quem joga uma partida de War. No fim do jogo, uma virada-surpresa. Enquanto ele convalescia, meus longos cafunés preenchiam as tardes de silêncio, amortecendo o eco da desesperança. Foi o que nos restou dialogar. Plantar lugares de encontro é firmar laços de ternura. O cultivo é de longo prazo: há que se conhecer o terreno, adivinhar a incidência de luz, irrigar no tempo certo, suportar os caprichos do clima. Talvez o único investimento que de fato seja herança. Sólidos patrimônios amorosos que me envaideço de declarar. Um verdadeiro inventário de amor para a vida.
Cris Guerra é publicitária, escritora e palestrante. Fala sobre moda e comportamento em uma coluna na rádio BandNews FM e a respeito de muitos outros assuntos em seu site www.crisguerra.com.br. Na Canguru, escreve sobre a arte da maternidade. crisguerra@canguruonline.com.br
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