Sobreopai

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SOBRE O PAI Com comentários de

Pablo Esteban Bodoque – Primo de Juan Carlos Bodoque

Compreendendo a Manifestação Divina e algo mais sobre a natureza da Lei no Antigo Testamento 1


Welington Corporation A VIAGEM. Compreender a revelação de Deus no Velho Testamento é uma viagem transcendental que exige absoluta confiança em alguém admiravelmente desconhecido. Não é para gente descompromissada com as perguntas que realizará. Nem para os escandalizados com sua humanidade propositamente manifestada. Tal como Louis Neilmoris. Em seu livro intitulado “A verdade sobre a Bíblia...” com esses sutis ‘...’ ao final do titulo, Louis levanta as ‘inconsistências’, as contradições de Deus revelado nas Escrituras, seus estranhos

atos,

seus

arrependimentos,

seu

‘fascínio’

por

sacrifícios

sanguinolentos; Sua ‘santidade estranha’ que matava quem dele se aproximava sem o cuidado devido. As acusações de um deus “antropomorfizado” são corriqueiras em muitos círculos filosóficos e espiritualistas. Porém Louis não chegou nem perto do grau, numero e gênero de ‘inconsistencias’ que DEUS revela em suas ATITUDES no Velho Testamento. Elas serão listadas na parte posterior deste estudo. O Livro dos Espíritos de Alan Kardec reclama da ‘humanidade de Deus’ isso inúmeras vezes. Até transgredindo na acusação, quando diz que as Escrituras traduzem um Deus feito imagem do homem. Para tanto o redefinem como uma inteligência superior a tudo e sem forma ou aparência, aristotélico, porém significativamente DIFERENTE do que Ele nos apresenta na revelação de seus profetas. Há um mistério que os milhões de espíritos ao redor da terra (frase retirada da literatura...) não compreendem sobre Deus. E nunca compreenderão. Mas, que Davi, Isaias, Daniel, Moisés, Ezequiel e Salomão compreenderam. SOBRE O MUNDO Há um indisfarçável ódio humano a Deus, dissimulado em milênios de incredulidade, que moldou milhares de filosofias. Decerto que Deus não é uma figura bem-quista de milhões de seres humanos e se a eles fosse dada a oportunidade de anulá-lo da criação, o fariam sem remorso algum.

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O IMPIO Não o amam, não veneram, não compreendem suas leis e tem raiva de quem julga entender. Possuem invulgar e triste alcunha nas Escrituras, são denominados ímpios. A vida de impiedade é uma vida de vilania monótona. Uma vida cuja grande divagação é “não há deus” e ponto final. E de plena rejeição às coisas ditas espirituais. SOBRE A FICÇÃO RELIGIOSA E MÁGICA E que afunde na lama da ignomínia qualquer tipo de “realidade mágica”, ou espiritual, ou mítica. Seja tais ‘realidades mágicas’ os fantasma de Draugr, da saga Eyrbyggja, sejam as aparições nos castelos catalogadas no Ghost Club of Great Britain, fundado em 1862.

Seja isso “aparições de Maria”, como a virgem de Guadalupe em 1531 na cidade do México! E a prove-se isso, essa decepção com todo tipo de ‘crendice’ com os muitos falsos milagres FORJADOS pelo mundo afora, desvendados por detetives religiosos famosos tais como

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Sanal Edamaruku O cético é chamado de “caça-gurus” qual desmascarou mais de 300 charlatões, entre eles curandeiros, xamãs, adivinhos e médiuns. Caçador de mitos caçado pela Igreja Católica, até usando a justiça para perseguir Edamaruku por ele ter mostrado na TV a farsa que era o “milagre” das gotas d’água do pé de um crucifixo em Mumbai (uma canalização antiga de água estourada). Já não bastasse a credulidade de tantos! Como a ingenuidade da família imperial russa, os Romanov,

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Escutando por dĂŠcadas as mentirosas falcatruas do velho mago, Grigoriy Yefimovich Rasputin

(que tinha uma filha linda diga-se de passagem)

Que se perca no limbo da ignorância da religião tudo que ela representa! E junto dela o misticismo religioso! Essa distorcedora do bom-senso, essa 5


realizadora de virtudes infundadas, pregoeira desta suposta verdade universal, Deus, a qual jamais existiu – diria o ímpio, ou o incrédulo. Considerando para tal, a incoerência de uma eternidade e o absurdo do universo. E que morram todos em silencio, porque o final de tudo é só um abismo de escuridão e esquecimento já que a própria existência carece de sentido. Não há nada além do que os atentos olhos humanos e sua incomensurável e bela capacidade de imaginação possam urdir. Diria Pablo Esteban Bodoque, primo de Juan Carlos Bodoque de 31 Minutos, com depressão:

- Tudo é uma vasta fábula fruto de corações piedosos em busca de algum consolo místico numa sombra bruxuleante qualquer, já que nosotros já nascemos assim, meio que abandonados à própria e miserável vida desprovida de respostas. Porque na verdade não há nenhuma sabedoria infinita que seja capaz de nos conceder respostas.

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Não seria melhor ‘amarrar’ no mesmo saco a crendice, a superstição e a religião? E sendo assim, os profetas seriam somente bêbados e drogados, a profecia a

sorte de gente inundada da vã esperança de encontrar no futuro as respostas que não obteve no presente. E logo o sobrenatural, por sua vez, inclusive o BIBLICO é outro conto para criancinhas desavisadas não cometerem o crime da esperança. Assim pensam os ímpios. Ímpios não são dignos de confiança. Embora seja bom para manter seu status quo essa propagandeada independência. Essa liberdade de fazer o que se quer do jeito que se quer e independente dos meios para alcançar o que se quer, ainda que a custa da vida de qualquer que se coloque no caminho de seus desejos, já que sem Deus não há também essa tal de LEI divina, esse tal de Pecado e claro, um futuro e amedrontador juízo para quem despreze tais infundadas leis, supostamente tendo origem em algo que não existe. E que nem há de ser!

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- O transcendente que se exploda, porque afinal de contas essa conversinha fiada de que a eternidade influencia nesse tosco lugar que nós chamamos de terra e principalmente essa suposição de que há um ser de poder além da imaginação que gasta seu tempo com o ser humano e seus desvarios, isso é realmente uma coisa pouco inteligente. Claro que há um meio termo no doce exercício da impiedade. Temos O INCRÉDULO Há o incrédulo, que é diferente do ímpio, que odeia a Deus exagerada e continuamente, odiando o conjunto de qualquer disciplina espiritual e logo também a própria humanidade, essa humanidade cheia de ‘valores’ espirituais, que desconhece e tem raiva de quem conhece. O incrédulo não compreende a inexistência de um mundo espiritual. Não rejeita de modo cabal ao fantástico. Não é intolerante com as praticas religiosas. Só não as compreende. Porque só aceita aquilo que pode confrontar com seus conhecimentos, que pode estabelecer com a certeza de suas convicções, que podem ter origens tão diversificadas quanto á filosofia que um dia abraçou de bom grado. Qualquer que seja ela. Mas nas suas profundas meditações e suas inquietantes divagações ele sofre da mesma questão. Dentro dele grita a voz sinistra e amiúde, soturna e meio anasalada “não há Deus...Você sabe disso...”

E assim, claro, arrebalde, deixam de ser importantes os sinais, os prodígios, as maravilhas, o fantástico, o mágico e os tais dos profetas.

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O incrédulo rejeita aquilo que não entende e relega ao papel de mitologia qualquer aspecto sobrenatural.

O RELIGIOSO Temos ainda ao religioso. Este tem sua própria idéia sobre Deus. O religioso é o criador do Deus segundo sua fantasia. Ele molda a Deus à sua imaginação. Ele imagina os atos, a personalidade, os feitos da deidade.

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- Sem comentários. Ele cria os ritos, ele gera as leis ‘divinas’, ele se auto-consagra ao sacerdócio que teve inicio nele mesmo. Ele vasculha os céus e a terra em busca de ‘sinais’ que fortaleçam suas crenças, criadas por ele mesmo ou pelo grupo ao que se afiliou ou representa, ou tradições que ama, forjadas a partir da sua mentalidade, de seus sonhos humanos, contaminados pela sua cultura, pelos seus valores. O homem religioso gera deuses que protegem os preconceitos e até práticas injustas de suas gerações. As moças da Babilônia sacrificavam sua virgindade a um estranho, para com as moedas de pratas conseguidas entregassem uma oferta do templo de Tamuz. Os cananeus queimavam suas filhas no fogo, nos cerimoniais de Baal. Por toda parte erguiam símbolos eróticos em homenagem a divindades sexuais. Khajuraho é hoje um dos mais populares destinos turísticos na Índia, provavelmente pela presença do maior grupo de templos Hindus medievais, famosos pelas suas esculturas eróticas, onde serviu de capital religiosa à dinastia Hindu Rajput dos Chandelas, que controlou esta parte da Índia entre o século 10 e o século 12, os quais eram seguidores do culto tântrico.

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- O homem grรกvido de deuses dรก a luz a uns espectros. O que me deixa deprimido.

Lembro de um episรณdio de meu famoso primo, Juan Carlos Badoque em que estava com depressรฃo:

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Foto do famoso Juan Carlos Bodoque Porque acordar se tornaremos a dormir?

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- Crianças. O único conselho que eu posso vos dar é que a vida é uma miséria. Deixem a escola e vão para suas casas, deitem-se em suas camas e esperem a morte chegar.

Tulio Trivinho: - Que passa Juan! Animo hombre! O que está acontecendo? - Esse é o Problema Tulio. Nunca acontece nada. Todos os dias são iguais aos outros. Pra que alegrar-me se depois terei que ficar triste. Pra que irei, se depois terei que voltar... Para que começar se logo tudo terminará... Eu não sou um pessimista... Sou somente um otimista bem informado... Minha alma está triste e só. Triste como o silêncio e só como a lua... O QUE BUSCA A VERDADE A compreensão de Deus não é concedida para os ímpios. Nem aos religiosos. Nem aos incrédulos. Há um quarto tipo de pessoa a quem O Pai se dará a Conhecer. Aquele que busca a verdade. Por mais impraticável, inverossímil, incrível ou fantástica que possa ser tal ‘verdade’. São curiosos. Investigadores perspicazes e insistentes. E não se deixam levar pela multidão. E nem pela precipitação. Eles ponderam as coisas. As repensam, as re-imaginam, as confrontam com todas as suas profundas e VERDADEIRAS indagações. Porque são INTEGROS. Fazem perguntas querendo respostas.

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O INICIO DO DIÁLOGO O Pai que Jesus manifestou é essencialmente o Deus revelado no Velho Testamento. A realidade espiritual não necessita e nem se baseia em falsos milagres. Nem por isso o ENIGMA divino se desvenda sem certa dose de investigação. As Escrituras são espirituais, são verdadeiramente sobrenaturais, são verdadeiramente sábias. Ao contrário de Rasputin (que tinha uma filha muito linda, diga-se de passagem) que FINGIA ser o que não era e POSSUIR dons sobrenaturais que não tinha e possuir uma Sabedoria que jamais conheceu. O Espírito de Deus convocaria de bom grado ao detetive sobrenatural Sanal Edamaruku para averiguar as coisas que revela sobre si mesmo no Velho Testamento. Coisas que Louis Neilmoris não compreendeu. 14


A essência do Deus revelado nas Escrituras é maravilhosa e sublime ainda que declarada em meio de assustadoras contradições. Jesus afirma: Eu e o Pai somos Um. João proclama que Deus estava em Cristo reconciliando consigo ao mundo. O profeta afirma que Jesus era essencialmente o Senhor revelado no Velho Testamento quando diz “então virá o Senhor ao seu santo templo”. Ou quando o salmista proclama “e então serão ensinados por Deus”. Jesus não via outro que não seu Pai ao olhar as páginas do Velho Testamento. “Não crês que eu estou no Pai e que o pai está em mim?” Não via imperfeição na essência da Lei escrita ao afirma que “não viera para ab-rogar a Lei, antes cumpri-la”. O Deus que se mostra em cada página das Escrituras possui um propósito claro. E afirma que ele se cumpre em Jesus quando fala “Este é meu Filho Amado, a Ele eu ouvi”. A perplexidade diante dos atos divinos no Velho Testamento testará ao caráter daqueles que dele se aproximam. Há, ENTRETANTO, uma lógica oculta nos seus atos. E ELE POSSUI MOTIVOS SUPERIORES. O PAI não agirá que nem um doido varrido, vez ou outra, à toa. Não agiu inconsequentemente. Não contradirá, não importa o que realize no Antigo testamento, à sua natureza. Mesmo que não compreendamos tudo que ele fez, ou porque o fez, é impossível rejeitar sua essência. Seja como poeta "Caia como a chuva a minha doutrina; destile a minha palavra como o orvalho, como chuvisco sobre a erva e como chuvas sobre a relva." (Deuteronômio 32.2) Seja como profeta "Desde a antiguidade anunciei as coisas que haviam de ser; da minha boca é que saíram, e eu as fiz ouvir; de repente as pus por obra, e elas aconteceram." (Isaías 48.3) Seja como matemático "Quem mediu com o seu punho as águas, e tomou a medida dos céus aos palmos, e recolheu numa medida o pó da terra e pesou os montes com pesos e os outeiros em balanças,...?" (Isaías 40.12) Ou agindo como um BRUXO,

como uma AMALDIÇOADOR profissional. “Consumidos

serão de fome, comidos pela febre ardente e de peste amarga; e contra eles enviarei dentes de feras, com ardente veneno de serpentes do pó. Por fora devastará a espada, e por dentro o pavor; ao jovem, juntamente com a virgem, assim à criança de peito como ao homem encanecido.” Deuteronômio 32:19-23 15


A MANIFESTAÇÃO DA LEI. A PARÁBOLA DE BABA YAGA Nas lendas russas nos é apresentado a figura de uma bruxa. Baba Yaga. Baba Yaga é um ser sobrenatural que tem sua origem no folclore do leste europeu, mais precisamente na mitologia eslava, conhecida também como a bruxa Yaga. Ela é um ser sobrenatural, comumente retratada como uma mulher bastante idosa, com ossos salientes, olhos chamuscados como carvão em brasa e com cabelos de cardo saindo do seu crânio. Essa aparência repugnante caía-lhe como uma luva, com seu aspecto sombrio e sua personalidade caótica, cercada de mistérios e incertezas, geralmente de aparência feroz. Diferentemente das bruxas clássicas, Baba Yaga voa sempre em cima de um almofariz/caldeirão (ao invés de voar com a vassoura) e empunha sempre um pilão. Ela só utiliza a vassoura para apagar os seus rastros para não ser encontrada. Costuma morar nas profundezas de florestas em uma cabana velha, geralmente descrita como "a casa do pé de galinha", já que sua casa apresenta dois misteriosos pés de galinha em seus alicerces, por essa razão a casa está sempre em movimento. Na história de Vasalisa temos uma vaga ideia da figura aterrorizante: “Baba Yaga no seu caldeirão desceu sobre Vasalisa, aos gritos. - O que você quer? - Vovó, vim apanhar fogo - respondeu a menina, estremecendo. - Está frio na minha casa... o meu pessoal vai morrer... preciso de fogo. - Ah, sssssei - retrucou Baba Yaga, rabugenta. - Conheço você e o seu pessoal. Bem, criança inútil... você deixou o fogo se apagar. O que é muita imprudência. Além do mais, o que faz pensar que eu lhe daria uma chama? - Porque eu estou pedindo - respondeu rápido Vasalisa depois de consultar a boneca. - Você tem sorte - ronronou Baba Yaga - Essa é a resposta certa....”

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No filme Spirited Away (Sen to Chihiro no Kamikakushi) “A viagem de Chihiro” (2001) Baba Yaga é representada por uma bruxa (Yubaba) pavorosa que julga as ações de Chihiro num vilarejo/um lugar de monstros e seres fantásticos. Numa das cenas quando bruxa percebe que seu “bebê monstro” foi “sequestrado” ela vai até seu mágico assistente Haku, que na aventura ajuda a Chihiro nas muitas ‘provas’ ao qual é submetida, sob o risco de perder sua liberdade. A cena assustadora revela a plenitude da ira da criatura, que se aproxima pavorosamente de seu criado, de coragem também, infinita. Haku sequer pisca.

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As coisas que foram ordenadas no Velho testamento nos assustarão. Deus agirá aos olhos de muitos de modo ‘louco’, e nos amedronta. Apavora-nos sua GRAVIDADE. Sua rudeza. Sua ASPEREZA. Questionamos por vezes, como essa “Baba Yaga” pode ser o Pai de Jesus CRISTO? “O que vendo o Senhor, os desprezou, por ter sido provocado à ira contra seus filhos e suas filhas; E disse: Esconderei o meu rosto deles, verei qual será o seu fim; porque são geração perversa, filhos em quem não há lealdade. A zelos me provocaram com aquilo que não é Deus; com as suas vaidades me provocaram à ira: portanto eu os provocarei a zelos com o que não é povo; com nação louca os despertarei à ira. Porque um fogo se acendeu na minha ira, e arderá até ao mais profundo do inferno, e consumirá a terra com a sua colheita, e abrasará os fundamentos dos montes. Males amontoarei sobre eles; as minhas setas esgotarei contra eles.” Deuteronômio 32:24,25 42 Embriagarei as minhas setas de sangue, e a minha espada comerá carne; do sangue dos mortos e dos prisioneiros, desde a cabeça, haverá vinganças do inimigo.

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O DEUS DO CONTRADITÓRIO Queria apresentar ao Pai. O Pai que Jesus Cristo anunciou ao mundo. Poucos percebem, mas quando Ele apresenta-se a nós a primeira vez em Genesis o faz numa tremenda solidão.

Numa aparente infinita tristeza diante de um cenário apocalíptico cósmico. Lemos em Genesis, no capitulo primeiro uma aparente passividade. Diante de um universo sem forma, vazio, decomposto POR ALGUMA RAZÃO o Espírito de Deus “paira” como um fantasma sem nome, sobre a face das águas.

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Se ocorreu alguma destruição, consequência de eventos que desconhecemos, não o sabemos. A primeira visão sobre DEUS, a primeira imagem divina nas Escrituras não o mostra manifestando PODER. Só veremos isso a partir do TERCEIRO VERSO. Essa aparição sobre um universo disforme é incompreensível. Já que Ele não é somente o construtor de tudo, (enfatizará veementemente nas Escrituras inúmeras vezes ser Ele não somente o construtor desse lúgubre reino

desabado como ao mesmo tempo seu imortal sustentador). Passado esse breve mal estar do início, não tão inicial assim, (O principio inteligível ao ser humano é mostrado em Genesis. O inteligível. Antes disso mesmo que o Senhor nos mostrasse não compreenderíamos. Porque não é inteligível para nós, não possuímos intelecto para tanto) as surpresas nos aguardam. O verso que abre as Escrituras é tão espetacular quanto o segundo que lhe dá continuidade. As cinco primeiras palavras no original são um colosso de simetria, um absurdo de relações numéricas e a incompreensível razão do uso de códice ternário.. (ADENDO)

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- Esse padrão matemático, oculto no hebraico original, nos assombra, mas não define nossa atitude diante daquele que nos será apresentado.

AS SUAS CONTRADIÇÕES SÃO INUMERÁVEIS.

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- Eu que o diga.

Deus descansa depois de criar todas as coisas como se nele houvesse

limitações... Ele concede vida ao homem (Adão) e o deixa num jardim com uma coisa (o fruto proibido) que pode destruir seu futuro e ainda o deixa sozinho diante de um ser de sabedoria desconhecida. Ele expulsa ao ser humano que ELE havia colocado para cuidar do jardim das delícias. Não bastava expulsar ao ser humano de uma dimensão de cuidado, faz o favor de colocar dois dos mais admiravelmente poderosos seres para impedir dois adolescentes de terem acesso a única coisa do universo que tinha a capacidade de impedir a morte. Testemunha a morte de um homem (Abel) que no texto anterior havia dito que lhe agradara e ainda marca o indivíduo que o matou com crime qualificado para protegê-lo da vingança que um dia sabia que ocorreria por causa de tal ato. Pouco depois verifica a degeneração do gênero humano e se arrepende dele. Ele se arrepende de algo que leva em si sua própria imagem. Impede que 23


haja uma unidade civilizadora e desfaz a unidade linguística, dividindo as famílias dando origem às nacionalidades, aos territórios e a divisão das nações. ELE GERA UM MUNDO DIVIDIDO! Contra todos os sonhos de John Lenon. A cada momento do Velho Testamento nos o veremos agir de modo absurdamente humano. Separa um gago como profeta, ordena que tome cuidado com o cajado o qual afirma fazer parte dos sinais que irá realizar. Não teima em zombar das divindades egípcias, não antes de ter tentado “matar” seu ÚNICO mensageiro, na cena com Zipora, antes SEQUER do inicio de sua missão! “Numa hospedaria ao longo do caminho, o Senhor foi ao encontro de Moisés e procurou matá-lo. Mas Zípora pegou uma pedra afiada, cortou o prepúcio de seu filho e tocou os pés de Moisés. E disse: -Você é para mim um marido de sangue!..." Ex. 4.24 Servo dito como fiel, que aparecerá INCLUSIVE um dia sobre o monte da transfiguração ao lado de Elias! Cujo cântico será lembrado em Apocalipse! Sujeito que DESTRUIU os primeiros, únicos e valiosíssimos ORIGINAIS da Lei SAGRADA que ELE entregou pessoalmente por revelação escrita pela SUA própria mão! E não foi repreendido... Como se aquilo não fosse NADA, ao ser quebrado pelas mãos do profeta irado! E então, em outro episódio o SENHOR QUE SARA, como é conhecido, torna a irmã de Moisés LEPROSA por sete dias! No dia em que Mirian se rebela contra Moisés e ainda diz que foi porque lhe “cuspiu no rosto”. Na cultura oriental de 4000 anos atrás, se uma filha se rebelasse contra o pai e lhe faltasse o respeito, ganhava uma cusparada na cara.

Ele que usou força jamais vista na terra

para libertar o povo que chama de “seu” da escravidão egípcia, se irrita de tal modo com seu comportamento devasso que fará uma proposta irrecusável ao seu profeta: - Sai da minha frente que eu vou fazer de você aquilo que prometi a Abraão e a esse povo vou matar e vai ser agora! Ele que condena a necromancia, se revelará a um bruxo! Ele que mudará a história com a libertação do povo do Egito ameaçará sua imediata extinção após uma tremenda rebelião. Ele que promete uma terra prometida para uma nação de escravos recém liberta, os faz andar como nômades em círculos por quarenta 24


anos. Na medida, que revela o sacerdócio institui uma religião de sacrifícios, para aceitação do pecador, ao mesmo tempo designa ao extermínio um conjunto de nações.

Ele que instituirá a verdade como base do

relacionamento humano!

Espera-se que ele haja com o rigor de uma divindade que jamais recue em sua palavra. Mas ele se retrata. Ele perdoa. Ele aceita por meio de uma Graça desconhecida pessoas que quebraram TUDO QUE ELE ORDENOU. Sansão vive uma vida degenerada. Desrespeita cada pedaço de seu nazireado.

E ainda

assim é ouvido em meio a sua humilhação. O fato é tão absurdo que os filisteus o capturaram com a certeza absoluta de que jamais receberia de volta as forças que possuía, porque o mundo de outrora não conheceu a misericórdia de uma DIVINDADE MAGOADA. Uma instancia do perdão de uma DIVINDADE OFENDIDA. O Pai desvirtua sentidos e encobre propósitos.

- Sempre. 25


Ele institui profetas e parece agir como um habitante do mundo de então, anacrônico diante de sua eternidade ao destinar ao anátema, nações inteiras. Quando vaticina a morte até de crianças e mesmo infantes a dura pena de extermínio, ao menos presumido.

- Eu acho isso demais. Até pra Deus.

Porém... Começamos a perceber uma história diferente dentro da aparente AMARGURA

de suas palavras. Nas entrelinhas de Juízes há ao contrário da ordem de destruição completa, incluindo a de populações civis, uma postura que a maioria

desconhece.

Nenhuma

completamente... anematizada.

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nação

debaixo

do

tal

anátema,

foi


- Isso eu num tinha percebido ainda. Exemplificando: Os Gileaditas montam uma comitiva para “enganá-lo” fingindo que são de uma nação longínqua e mesmo ‘ciente’ de quem são, permite que suas ordens sejam CONTRARIADAS, aceitando uma aliança com um povo ‘condenado’. Ele, dito ONISCIENTE, se deixa ENGANAR! E se a dureza da ordem fosse uma terminologia de guerra? Tal assassínio em massa, como é modernamente interpretado, jamais ocorreu em Juízes. Ele que é o SENHOR DA VIDA não vacilará em estender a mão contra 180.000 soldados treinados, bárbaros e crudelíssimos, para proteger aquela cidade que diz que ama. Apaixonadamente luta pelo seu povo e a cidade de Jerusalém elege como amada. Chama a Israel de filho. Ele, sim ele, que concederá o poder de uma arma de destruição em massa nas mãos de um profeta, Elias, por uma invocação fará com que 100 homens caiam fulminados. (Quando o rei chateado com o fato de receber uma profecia

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sobre sua morte inevitável envia três grupos de soldados para capturar o profeta)

-

Essa parte eu acho legal. Quer

dizer... Ele, que apesar de sua justiça, não impedirá que um profeta cheio de poder amaldiçoe crianças que dele caçoam transformando poder divino em praga e arrancando um urso-monstro das profundezas da floresta para fazer dos moleques um conto de terror. Por sua palavra profética, plena e inspirada declarará que a idolatria de Judá é como o desejo das mulheres adulteras em busca de homens bem-dotados da capital Assiria! Por sua ordem Isaias andará nu por três anos! Por sua ordem Jeremias não se casará!. Por sua ordem Oséias desposará uma menina de programa na qual ele consumirá seus recursos inúmeras vezes para trazê-la do covil de seu cafetão. Por seu poder Ezequiel ficará paralisado como uma estátua de cera por 24 horas. Na época da transição do deserto, nem havia se iniciado direito o tal sacerdócio quando as mulheres moabitas apresentaram a prostituição cultual. A prática do sexo sagrado. Uma religião cuja base era o orgasmo. 28


Eles trazem para dentro de Israel uma pratica que une devassidão às coisas sagradas. E junto de uma onda de prostituição que contamina a milhares, uma praga de enfermidades assola a Israel. Um casal de jovens, mesmo ciente de que aquilo era a causa da praga, desrespeita as ordens e foge em direção a uma tenda e dar por consumado o ato sexual. E são seguidas por um descendente da tribo de Levi que lá os pega em fragrante em pleno ato e ali mesmo, deitados, são atravessados por uma lança. E morrem fazendo sexo. E então a praga cessa. 1 Enquanto Israel estava em Sitim, o povo começou a entregar-se à imoralidade

sexual com mulheres moabitas, que os convidavam aos sacrifícios de seus deuses. O povo comia e se prostrava perante esses deuses. Assim Israel se juntou à adoração a Baal-Peor. E a ira do Senhor acendeu-se contra Israel. E o Senhor disse a Moisés: "Prenda todos os chefes desse povo, enforque-os diante do Senhor, à luz do sol, para que o fogo da ira do Senhor se afaste de Israel". Então Moisés disse aos juízes de Israel: "Cada um de vocês terá que matar aqueles que dentre os seus homens se juntaram à adoração a Baal-Peor". Um israelita trouxe para casa uma mulher midianita, na presença de Moisés e de toda a comunidade de Israel, que choravam à entrada da Tenda do Encontro. Quando Fineias, filho de Eleazar, neto do sacerdote Arão, viu isso, apanhou uma lança, seguiu o israelita até o interior da tenda e atravessou os 29


dois com a lança; atravessou o corpo do israelita e o da mulher. Então cessou a praga contra os israelitas. Ele parou com uma praga maldita pela morte de dois jovens amantes transpassados pela lança de um sacerdote! E ainda separará a tribo que tal feito realizou para o sacerdócio eterno. Sacerdócio eterno que terá FIM pela impiedade e inadimplência de dois corruptos sacerdotes da linhagem de Levi. DEUS ORDENA O ENFORCAMENTO DOS IDÓLATRAS de Baal Peor. E a praga cessa com a morte do casal desobediente morto. O Pai manifesta uma infindável gama de humores, emoções e sentimentos. ELE PULA COMO UM CABRITO, que é o significado da raiz de ‘exultar’ na língua hebraica. E exultarei em Jerusalém, e me alegrarei no meu povo; e nunca mais se ouvirá nela voz de choro nem voz de clamor. Isaías 65:19 Ele CLAMA - Não clama porventura a sabedoria, e a inteligência não faz ouvir a sua voz? Provérbios 8:1 A vós, ó homens, clamo; e a minha voz se dirige aos filhos dos homens. Provérbios 8:4 Ele convoca os homens a uma ELEGIA! Como uma CARPIDEIRA chefe convocando as outras para o serviço fúnebre! E o Senhor DEUS dos Exércitos, chamou naquele dia para chorar e para prantear, e para raspar a cabeça, e cingir com o cilício. Isaías 22:12 ELE CHORA! Ao olhar para o AMANHÃ! Ele pede que o CONSOLEM! Portanto digo: Desviai de mim a vista, e chorarei amargamente; não vos canseis mais em consolar-me pela destruição da filha do meu povo. Ele fala de alvoroço e confusão como se estivesse no meio da confusão: o 5 Porque dia de alvoroço, e de atropelamento, e de confusão é este da parte do Senhor DEUS dos Exércitos, no vale da visão; dia de derrubar o muro e de clamar até aos montes. Isaias 22 Porque Elão tomou a aljava, juntamente com carros de homens e cavaleiros; e Quir descobriu os escudos. E os teus mais formosos vales se encherão de carros, e os cavaleiros se colocarão em ordem às portas. E ele tirou a coberta de Judá, e naquele dia olhaste para as armas da casa do bosque. Isaías 22:6-8 ELE SE REVOLTA E SE REPUGNA Assim diz o Senhor DEUS dos Exércitos: Anda e vai ter com este tesoureiro, com Sebna, o mordomo, e dize-lhe: Que é que tens aqui, ou a quem tens tu aqui, para que cavasses aqui uma sepultura? Cavando em lugar alto a sua sepultura, e cinzelando na rocha uma morada para ti mesmo? Isaías 22:15,16 ELE EXPUSA, ELE DEMITE Eis que o Senhor te arrojará violentamente como um homem forte, e de todo te envolverá! Certamente com violência te fará rolar, como se faz rolar uma bola num país espaçoso; ali morrerás, e ali acabarão os carros da tua glória, ó opróbrio da casa do teu senhor. E demitirte-ei do teu posto, e te arrancarei do teu assento. Isaías 22:17-19 ELE CONCEDE A POSSE, E vesti-lo-ei da tua túnica, e cingi-lo-ei com o teu cinto, e entregarei nas suas mãos o teu domínio, e será como pai para os moradores de Jerusalém, e para a casa de Judá. E porei a chave da casa de Davi sobre o seu ombro, e abrirá, e ninguém fechará; e fechará, e ninguém abrirá. 30


Isaías 22:21,22 ELE DESCORTINA A HISTÓRIA revelando a origem dos povos. É esta, porventura, a vossa cidade exultante, cuja origem é dos dias antigos, cujos pés a levaram para longe a peregrinar? Isaías 23:7 ELE planeja a humilhação dos poderosos. Quem formou este desígnio contra Tiro, distribuidora de coroas, cujos mercadores são príncipes e cujos negociantes são os mais nobres da terra?

O Senhor dos Exércitos formou este desígnio para denegrir a soberba de toda a glória, e envilecer os mais nobres da terra Isaías 23:8,9 Ele concede ordens, GESTICULANDO 1 Ele estendeu a sua mão sobre o mar, e turbou os reinos; o Senhor deu ordens contra Canaã, para que se destruíssem as suas fortalezas. Ele relembra os tempos da antiguidade 13 Vede a terra dos caldeus, ainda este povo não era povo; a Assíria a fundou para os que moravam no deserto; levantaram as suas fortalezas, e edificaram os seus palácios; porém converteu-a em ruína. Ele ordena a UIVAR! 14 Uivai, navios de Társis, porque está destruída a vossa fortaleza. Ele evoca a dança de uma Prostituta, o som de suas canções, seu vaguear a procura de homens ao redor da muralha de Tiro! 16 Toma a harpa, rodeia a cidade, ó prostituta entregue ao esquecimento; faça doces melodias, canta muitas canções, para que haja memória de ti. Ele imagina o resgate da fome e da pobreza dos oprimidos, ele VISUALIZA a libertação da pobreza dos seus amados, citando até detalhes de vestimentas que seja DURÁVEIS! 18 E o seu comércio e a sua ganância de prostituta serão consagrados ao Senhor; não se entesourará, nem se fechará; mas o seu comércio será para os que habitam perante o Senhor, para que comam até se saciarem, e tenham vestimenta durável. E ele é visto como um guerreiro bêbado que se ergue de um bar, com ira o machado em sua mão. Ele é aquele que ordena o nazireado e ainda que tendo um voto de nascimento completamente anulado, ouvirá um rebelde e honrará um vocação desonrada por sua própria determinação. De uma adultera (Betseba) culpada pela morte do marido, chamará a descendência de seu Filho Amado. Pelas mãos de um guerreiro mortal (Davi) comporá canções divinas. Pelas mãos de um soberano que se casou 900 vezes comporá um cântico que invoca a profundidade do amor, por uma ÚNICA MULHER . Ele GRITA. Ele DANÇA! Ele é aquele que entrará no rio Jaboque para lutar como um guerreiro contra um ser humano, que caminhará como um mensageiro divino no tempo de Juízes, que matará um nobre soldado por um gesto de gentileza estender as mãos para impedir que a arca caia! Em determinados momentos o Pai á se declara cansado de tanto se arrepender! Tu me deixaste — Oráculo do Senhor —, viraste-me as costas! Deite um murro e derrubei-te, cansei-me de ter piedade. Jeremias, 15:6 Depois de infindáveis DECEPÇÕES! 31


Ele arrependeu-se de ter feito o homem: O Senhor viu o quanto havia crescido a maldade das pessoas na terra e como todos os projetos de seus corações tendiam unicamente para o mal. Então o Senhor arrependeu-se de ter feito o ser humano na terra e ficou com o coração magoado. Gênese 6,5-6 Arrependeu-se novamente por ter escolhido e ungido Saul para ser rei de Israel: A palavra do Senhor veio a Samuel: “Arrependo-me de ter feito a Saul rei. Ele afastou-se de mim e não executou as minhas ordens”. Samuel entristeceu-se e clamou ao Senhor durante toda a noite. I Samuel 15:101 Arrependeu-se de CASTIGAR a Israel. Então o Senhor mandou a peste sobre Israel e caíram sete mil israelitas. Deus mandou um anjo a Jerusalém a fim de exterminá-la e, enquanto este a estava arruinando, Deus olhou e se arrependeu do mal que causou. Disse ao anjo exterminador: “Basta! Retira a tua mão”. Deus havia programado exterminar a cidade de Nínive, inclusive, determinando o prazo final: Jonas entrou na cidade e começou a andar. Caminhou um dia inteiro dizendo assim: “Dentro de quarenta dias Nínive será destruída!” Então ele proferiu o seu poema e disse: “Levanta-te, Balac, e ouve! Presta-me atenção, filho de Sefor: Deus não é homem para que minta, nem criatura humana para que se arrependa. Diz alguma coisa e não o faz, promete algo e não o cumpre? Números 23, 18-19 O rei Davi fez um censo em Israel a mando de...? Bem, há duas citações contraditórias a respeito disso: numa, fala que foi Javé quem ordenou a contagem: A ira do Senhor voltou a inflamar-se contra os israelitas; ele instigou Davi contra eles: “Vai, faz o recenseamento de Israel e de Judá”. II Samuel, 24:1 E em outra passagem, soubemos que essa inspiração veio do Diabo! Vejamos: Satã quis prejudicar Israel e para tal induziu Davi a recensear Israel. I Crônicas, 21:1. O Pai permite que relatem contradições nas tradições a seu respeito! O Pai jura por si mesmo! Ergue a mão como um árabe! Zomba dos demônios como num concurso de escárnio da antiguidade! Parte da sua palavra profética é zombaria... Ele revela suas ordens em poesia, em canto, em lamentações e elegias fúnebres... Sujeito

complicado

esse.

Esse

Deus

hebreu,

esse

que

Jesus

afirma

veementemente estar nele. Pertencer a Ele. Participar dEle. Obedecer. E confiar. 32


A COMPREENSÃO DO PAI Então, afinal, como compreendê-lo? Não havia no mundo de então a concepção de um Deus que não pudesse infundir o terror absoluto sobre o maligno. Não Creriam em nenhuma mensagem e nem na justiça de um deus que tratasse com indiferença ao perverso. As campanhas militares eram precedidas de consultas a oráculos e magos. Os movimentos dos exércitos eram precedidos de sinais e presságios sem os quais um general, fosse ele chinês ou romano, não levantaria um dedo contra o exército inimigo. Nenhum cerco de qualquer cidade era feito sem cerimonias e consagrações, libações e oferendas. Tanto a divindade que buscavam proteção quanto à divindade que queriam ‘comprar’, para que esta não apoiasse o grupo contra o qual lutariam. As deidades eram locais, geográficas, estavam conectadas geograficamente a terra a qual os povos pertenciam. Até mesmo ao túmulo dos antepassados, já que estes se transformavam em protetores dos clãs. A visão divina do mundo de então era profundamente ligada a mágica, e a morte. A morte reinava sobre a teologia mundial. Todos os povos eram regidos por divindades que representavam a destruição e a morte, fosse Hades para os gregos, fosse Kali para os hindus, fosse o primeiro homem morto que se tornou a encarnação da morte, como nas epopeias do Ramayana para a civilização pré-hindu. O medo dos deuses era a balança, o temor a capacidade de realizar desgraças, de amaldiçoar, de destruir. A essência dos holocaustos de toda a terra era absolutamente diferente da qualidade das ofertas catalogadas no sacerdócio LEVITA. Deuses irados não eram exceção. Eram regra. Os rituais da antiguidade seguiam rígidas regras. Porque se qualquer ato ritualístico não PRESCRITO pelas tradições sacerdotais da antiguidade, daquela determinada divindade, poderia acarreta o CAOS. Poderiam, ao invés de APLACAR suas índoles VOLUVEIS, gerar sua rejeição. Viver REJEITADOS por uma divindade, viver debaixo de uma OFENSA não era uma opção.

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Deus necessita revelar-se a um mundo mágico e religioso, cruel e temerário. Um mundo de crenças absurdas e de valores pavorosos. Viúvas queimadas vivas junto de seus falecidos marido. Crianças jogadas de penhascos por sacerdotes que neles encontrassem imperfeiçoes. Mulheres vendidas pelos pais como prostitutas sagradas que viveriam como amantes de milhares em nome de religiões depravadas.

E ele o faz com perfeição. Na justa medida de suas

depravações. Na tremenda indignação causada pelos atos humanos. As primeiras leis escritas de Atenas foram atribuídas ao governador Drácon, aparecendo em torno de 621 aC. Essas leis eram muito simples: qualquer crime era punível com morte. Assassinato? Pena de morte. Roubo de um repolho? Pena de morte. Vadiagem? Pena de morte. Havia uma espécie de lógica distorcida por trás disso. Drácon acreditava que mesmo o menor dos crimes era tão horrível e tão imperdoável que mesmo o menor dos criminosos não merecia menos do que a morte. As leis foram supostamente escritas com sangue em vez de tinta, mas ainda assim não duraram muito. O sucessor de Drácon, Sólon, revogou todas as leis, exceto a pena de morte por assassinato. As Doze Tábuas foram as primeiras leis escritas conhecidas em Roma, que datam de cerca de 450 aC. Nelas, uma criança que cometia o crime de simplesmente ter nascido deformado deveria ser morta. E a punição para o crime de ter nascido mulher era viver sob o olhar atento de um tutor, seja um pai ou marido. Cantar uma canção sobre alguém que não fosse verdade também era punível com morte, bem como lançar uma maldição sobre alguém. Roubar a cultura de outro agricultor significava que você estava destinado a ser sacrificado à deusa Ceres, enquanto que começar incêndios perto de casas significava que você deveria ser incendiado também. Nesilim era o nome que as pessoas que conhecemos como hititas deram a si mesmas. No auge de seu poder, o seu território incluía muito do que hoje é a Turquia e se estendia a Mesopotâmia. No Código de Nesilim, de 1.650 a 1.500 aC, implicava punição por bater em uma mulher livre com tanta força que provocasse um aborto. Se ela estivesse no final de sua gravidez. Os juristas sabiam que mulheres grávidas corriam o risco de serem espancadas até o aborto! Datadas entre 2.250 a 550 a.C, muitas leis da Mesopotâmia só foram recuperadas em fragmentos. Nelas se o marido deixasse a esposa, estava legalmente obrigado a pagar-lhe uma multa de um pouco de prata. Se a mulher o abandonasse, no entanto, deveria ser jogada em um rio. 34


A vingança era não somente a instituição da justiça da antiguidade como uma questão de indignidade não existir alguém que reivindicasse a morte de alguém. No passado feudal do Japão a classe samurais mantinha a honra de sua família, clã, ou senhor através do katakiuchi ( 敵討ち), ou assassinato vingativo Seria desonrar a memoria do morto. A vingança era uma obrigação divina. O morto não descansaria e nem permitiria que os vivos tivessem descanso se não fossem vingados. Essa tradição foi transportada de modo lúdico em varias situações da vida moderna e em especial nas atividades tais como os esportes. Jesus retira a vingança como regra milenar pré-estabelecida e sua doutrina e tão elevada que passados 2000 anos a sociedade não e capaz de exercê-la. Não ha um local da terra que não haja alguma instancia de jurisprudência. A sociedade contaminada pelo pecado se destruiria pela maldade sem o poder restritivo policial e de punição. A Lei revelada por meio de Moisés é imperfeita, e ainda assim é superior a todas as suas contemporâneas. Sendo que sua essência “amarás ao próximo como a ti mesmo” prescreve uma condição de igualdade e tratamento humano que é superior a todas as declarações em códigos vigentes. Não existe o verbo “amar” referente a pessoa humana em nenhuma declaração de direitos internacional. A disciplina imposta e relativa ao direito civil de uma nação. Como disciplinar um grupo heterogêneo que possui toda espécie de ser humano? Pessoas sem valores éticos ou morais, capazes de atos de traição e vilania, assassinos, feiticeiros, prostitutas, ladros, usurários. Adúlteros e falsários. Usam pesos e medidas falsificadas. Mulheres seriam abandonadas a uma vida de pobreza, substituídas por moças mais jovens, os pobres teriam as suas vestes leiloadas e deixadas nuas para morrer nas ruas no frio do inverno. As casas de prostituição do “povo escolhido” possuirão mocas escravizadas à maneira dos bordéis indianos. Pais verão seus filhos sendo vendidos como escravos por dividas jamais perdoadas. Haverá o acumulo de terras nas mãos de poucos. Seria proibida a crueldade com animais, Seria proibido o estupro das prisioneiras de guerra. O que não seria feito pelo Japão quando toma a cidade chinesa ou os combatentes nas cidades capturadas. O Pai escolheu um código de leis imperfeito. Estabeleceu punições esdruxulas aos nossos olhos, porém muito superiores em compaixão aos 35


códigos similares de sua época, num regime TRANSITÓRIO. A justiça da antiguidade é voltada a posse. Ela protege o bem. Ela vinga o dano, mas sua justiça não se estabelece com a ética. Ao ser confrontado com A Lei Jesus reestabelece seus preceitos. Vistes o que foi dito aos antigos... 38 Ouvistes que foi dito: Olho por olho, e dente por dente. 39 Eu, porém, vos digo que não resistais ao homem mau; mas a qualquer que te bater na face direita, oferece-lhe também a outra; 40 e ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa; 41 e, se qualquer te obrigar a caminhar mil passos, vai com ele dois mil. 42 Dá a quem te pedir, e não voltes as costas ao que quiser que lhe emprestes. Não existe e jamais existirá um Deus verdadeiro que não se ofenda com a maldade humana. Toda representação divina que RELEGA a crueldade humana como algo menor é FALSA. A primeira e importantíssima lição do Velho Testamento é que o PECADO GERA JUIZO. Gera desgraça, viola leis anteriores a Criação humana. O grito de revolta do PAI é PERFEITO na JUSTA medida da crueldade humana. Ele ABOMINA a maldade. É impossível deixar de ENXERGAR o GRAU de renuncia a tais práticas na boca dos profetas. E AGIU com o RIGOR devido. Não há Juizo manifesto sem misericórdia no Velho Testamento. E a mensagem divina é relegada como LIXO inumeráveis vezes.

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As profecias de Jeremias são queimadas levianamente pelo rei, após ouvi-las, mesmo sendo-lhe entregue por mãos de seus altos dignatários. Os profetas enviados para fazer com a nação se arrependa de atos de maldade de fazer tremer os tribunais de justiça da modernidade, são surrados, apedrejados, queimados vivos e até cortados ao meio. O que me lembra do comentário de outro Zaratrusta qualquer afirmando que o Velho Testamento é uma abominação. Qualquer homem que considere os atos divinos, centenas de vezes praticados nas Escrituras para a preservação humana e em PLENA e DECLARADA revolta contra a perversidade, anunciada por profetas que morreram por amor pela possibilidade de um mundo melhor, não é digno de conhecer ao Pai. Não é mencionado uma ou duas vezes em seus mandamentos os seus critérios de justiça. Não farás injustiça no juízo; não respeitarás o pobre, nem honrarás o poderoso; com justiça julgarás o teu próximo. Não andarás como mexeriqueiro entre o teu povo; não te porás contra o sangue do teu próximo. Eu sou o Senhor. Não odiarás a teu irmão no teu coração; não deixarás de repreender o teu próximo, e por causa dele não sofrerás pecado. Não te vingarás nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas 37


amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor. Levítico 19:15-18 Não há tal citação “amarás o teu próximo como a ti mesmo” em nenhum código jurídico do mundo. Tudo o que Ele faz não é fortuito, sem propósito. Ou por acaso. Em cada ato, em cada gesto, em cada contradição há um ECO, há uma voz CLARA, há uma direção.

Jó 38 1Então, eis que Deus respondeu a Jó do meio de um tufão e indaga: 2“Quem é este que busca turvar os meus desígnios com palavras sem conhecimento? 3Agora, pois, prepara-te como homem; porquanto Eu te questionarei, e tu me responderás!… A sua sabedoria divina faz um desesperado convite no livro de Provérbios: "Até quando vocês, inexperientes,

irão contentar-se com a sua inexperiência? Vocês, zombadores, até quando terão prazer na zombaria? E vocês, tolos, até quando desprezarão o conhecimento? 38


Se acatarem a minha repreensão, eu darei a vocês um espírito de sabedoria e revelarei a vocês os meus pensamentos. Vocês, porém, rejeitaram o meu convite; ninguém se importou quando estendi minha mão!

As Escrituras são doadas ao homem numa época de tremendas trevas espirituais.

Crianças são queimadas vivas em rituais de necromancia pelo

pedido de entidades espirituais. Homens invocam inescrupulosamente e repetidamente poderes que são tidos como fantasia pelo mundo moderno. Mas que não foram vistos como fantasia pelo nazismo. Doadas a uma humanidade desumanizada que ainda age com uma bestialidade que nos é inacreditável. Porém, a época da revelação do Torá, atos de crueldade humana são mais terríveis do que toda a imaginação de terror dos filmes dos últimos 50 anos. Campanhas de antigos reis indianos espalharam milhares de pessoas empaladas vivas, os assírios esfolaram vivos milhares de prisioneiros, as cidadelas eram assaltadas e grávidas eram rasgadas por desumanos soldados. As guerras do passado não possuíam os princípios cavalheirescos da China da antiguidade. Numa passagem famosa do livro Primaveras e Outonos de Confúcio lemos um episódio curioso ocorrido com o Duque Xiang de Song O duque de Song foi enfrentar as tropas de outro reino, Chu, as margens do rio Hong. Chegando lá, pegou o exército de Chu atolando-se na travessia do rio. As forças de Song já estavam alinhadas e prontas para um ataque magnífico, mas o duque nem se mexeu. Somente quando as tropas de Chu estavam alinhadas, refeitas e organizadas, os soldados de Song receberam ordem para atacar. O resultado foi que o exército de Song foi vencido, o duque Xiang foi ferido, e seus oficiais foram exterminados. Os oficiais e ministros restantes de Song foram cobrar do duque o seu fracasso, ao que ele respondeu: “um cavalheiro não ataca quem está ferido, nem quem é velho. Os antigos não atacavam quem estava no aperto. Eu, da minha parte, prefiro ver minha linhagem extinta, do que atacar alguém que não esteja pronto” Mais de dois mil anos depois, Maozedong, o 39


grande líder da China comunista, inspirado nesta história, costumava repetir em seus discursos, ou mesmo nas conversas mais íntimas, a frase “não somos o duque de Song” – para reafirmar, sempre, que em defesa de suas causas, ele estava disposto a atacar primeiro. Infelizmente pelos quatro cantos da terra o que se manifestou da índole humana, independente da civilização que fosse representada foi um elegia macabra. Porque a sua vinha é a vinha de Sodoma e dos campos de Gomorra; as suas uvas são uvas venenosas, cachos amargos têm. O seu vinho é ardente veneno de serpentes, e peçonha cruel de víboras. Deuteronômio 32:32,33 A palavra Algoz vem do árabe algozz, tribo de onde eram recrutados carrascos. A matança era uma constante e presente realidade dos povos da antiguidade. Tratar com a bestialidade humana nunca foi uma coisa fácil. Diria o Reddington de The Black List.

Ou diria o acrobata moribundo do capitulo sétimo de Zaratrustra. - O homem olhou receioso. “Se dizes a verdade — respondeu — nada perco ao perder a vida”.

- “Não passo de uma besta que foi ensinada a dançar a poder de

pancadas e de fome” O retrato incompleto, porém íntegro sobre o Pai que Cristo representou é inimaginávelmente mais complexo e profundo do que aparenta-nos. O Deus que será nos apresentado em alguns momentos nos soará como uma invenção humana. Mas essa visão efêmera, pretensa invenção humana, pretensa visão sobre Quem ele é ou deixa de ser, sofrerá mudanças profundas a cada ato, palavra e pensamento seus. A cada movimento divino de uma história única e 40


extraordinária. A história da Salvação é um plano, uma odisseia onde Deus se apresenta para uma nação como jamais se revelou a nenhuma outra. O Deus das Escrituras não é ausente. Não se esconde debaixo de rituais de magia destinado a poucos. Não institui uma religião de mistérios. Religião de mistério ou mistérios é uma forma de religião com arcanos, ou um corpo de conhecimento secreto. Nela, há um conjunto central de crenças e práticas de natureza religiosa que são reveladas apenas aos iniciados em seus segredos. As religiões de mistérios eram comuns na Antiguidade, sendo exemplos delas os mistérios de Elêusis, o orfismo, o pitagorismo, o culto à Ísis, o culto a Mitra e os gnósticos Os deuses da antiguidade exigiam sacrifícios humanos. O PAI declara NOJO diante de tais práticas! Ele as chama de ABOMINAÇÃO. Práticas que para ele são como a repugnância e o nojo humano diante da carne apodrecida. Ele igualmente manifesta uma INVULGAR repugnância sobre atos de malignidade e maldade. Ele não se curva diante dos padrões amaldiçoados da religiosidade reinante. Ele sempre age com INTEGRIDADE. Não é representado por uma história torpe e nem condena ao inocente em lugar do ímpio, nem age em proveito próprio. Não se vende e nem se compra. Não é conquistado se não de acordo com que ele estabelece como padrão. Por sua vez a representação dos deuses gregos é de uma bagunça inglória, de festins e de dramas cósmicos que só revelam na maioria da vezes desgraças nitidamente humanas. Na mitologia grega, Éris (grego antigo Ἔρις) é a deusa da discórdia. Filha dos reis do Olímpo, fora desprezada por sua mãe Hera por não ter muita beleza ; Éris então procurou companhia na Via Láctea lar dos titãs e outras deidades à fim de nobres disciplinas, sendo desposada pelo titã Éter, com o qual concebeu catorze filhos. Cada um deles dotado de um poder maligno o que a alcunhou como Mãe dos Males. Por sua parte Éris deu à luz a quatro meninos, o doloroso Ponos (desânimo e fadiga), Macas (batalhas), Limos (fome) e Orcos (calúnia e difamação); e à onze meninas: Lete (esquecimento), a chorosa Algea (tristeza), Hisminas (discussões e disputas), Fonos (dor e matança), Androctasias (devastações e massacres), Neikea (ódio), Pseudologos (longas mentiras), a Anfilogias (ambiguidades; dúvidas e traições), a Disnomia (desrespeito) e Até (insensatez) todos eles companheiros inseparáveis. Chamados pelos gregos de daemons; as Desgraças para os romanos. Conta Hesíodo que as deusas Hera, Atena e Afrodite haviam sido convidadas, juntamente com o restante do 41


Olimpo, para o casamento forçado de Peleu e Tétis, que viriam a ser os pais de Aquiles. Contudo, Éris fora desdenhada por conta de seu temperamento controvertido - A discórdia, naturalmente, não era bem-vinda ao casamento. Mesmo assim, compareceu aos festejos e lançou no meio dos presentes o Pomo da Discórdia, uma maçã dourada com a inscrição καλλίστη (kallisti, ou "à mais bela"), fazendo com que as deusas discutissem entre si acerca da destinatária. O incauto Páris, um pastor de rebanhos, príncipe de Troia, foi designado por Zeus para escolher a mais bela. Cada uma das três deusas presentes imediatamente procurou suborná-lo: Hera ofereceu-lhe poder político; Atena, habilidade na batalha; e Afrodite, a atual mulher mais bela mulher do mundo, Helena, esposa de Menelau de Esparta. Páris elegeu Afrodite para receber o Pomo, condenando sua cidade (Tróia), que foi destruída na guerra que se seguiu... Ele não estabelece juízo onde não há TRANSGRESSÃO. Não age movido pela indignidade e nem pela vaidade. Cada ato de julgamento depende de atos maldade humana. Arqueólogos, ao escavarem a área de Canaã, encontraram “grande quantidade de jarros contendo os despojos de crianças . . . que tinham sido sacrificadas a Baal [um deus importante dos cananeus]”. Ele acrescentou: “A área inteira se revelou como sendo cemitério de crianças recém-nascidas. . . . Era assim, praticando a licenciosidade como rito, que os cananeus prestavam seu culto aos deuses, e também assassinando seus primogênitos, como sacrifício aos mesmos deuses. Parece que, em grande escala, Sete nações canaanitas são condenadas ao extermínio. Porém a terminologia de anátema é um termo genérico. Toda fraseologia de guerra da antiguidade é EXAGERADA. As cidades invadidas e incendiadas da antiguidade sempre “QUEIMAM para TODO O SEMPRE”. Os reis sempre “destroem todos os seus inimigos”. Era uma BRAVATA que significava CONQUISTA. A terminologia de guerra da antiguidade não é DELICADA. Mas não significa a morte de crianças. E as vezes... nem de ninguém. Porém os filhos de Benjamim não expulsaram os jebuseus. Manassés não expulsou os habitantes de Bete-Seã, nem mesmo dos lugares da sua jurisdição; nem a Taanaque, com os lugares da sua jurisdição; nem os moradores de Dor, com os lugares da sua jurisdição; nem os moradores de Ibleão, com os lugares da sua jurisdição; nem os moradores de Megido, com 42


os lugares da sua jurisdição; e resolveram os cananeus habitar na mesma terra. Tampouco expulsou Efraim os cananeus que habitavam em Gezer; antes os cananeus ficaram habitando com ele, em Gezer. Tampouco expulsou Zebulom os moradores de Quitrom, nem os moradores de Naalol; porém os cananeus ficaram habitando com ele, e foram tributários. Tampouco Aser expulsou os moradores de Aco, nem os moradores de Sidom; como nem de Alabe, nem de Aczibe, nem de Helba, nem de Afeque, nem de Reobe; Porém os aseritas habitaram no meio dos cananeus que habitavam na terra; porquanto não os expulsaram. Tampouco Naftali expulsou os moradores de Bete-Semes, nem os moradores de Bete-Anate; mas habitou no meio dos cananeus que habitavam na terra; porém lhes foram tributários os moradores de Bete-Semes e Bete-Anate. E os amorreus impeliram os filhos de Dã até às montanhas; porque nem os deixavam descer ao vale. Também os amorreus quiseram habitar nas montanhas de Heres, em Aijalom e em Saalbim; porém prevaleceu a mão da casa de José, e ficaram tributários. E foi o termo dos amorreus desde a subida de Acrabim, desde a penha, e dali para cima Juízes 1:21-36

- OHHHHHHHHHHH! 43


As ordens divinas de tomada de Canaã, não importa a terminologia que use, é para a EXPULSÃO. Nações como aquelas não poderiam continuar a existir. DESTRUIR é o termo usado por um Deus indignado com o choro das crianças QUEIMADAS VIVAS. E subiu o anjo do SENHOR de Gilgal a Boquim, e disse: Do Egito vos fiz subir, e vos trouxe à terra que a vossos pais tinha jurado e disse: Nunca invalidarei a minha aliança convosco. E, quanto a vós, não fareis acordo com os moradores desta terra, antes derrubareis os seus altares; mas vós não obedecestes à minha voz. Por que fizestes isso? Juízes 2:1,2

Ele VIVE o presente. Os textos do Antigo Testamento são VIVENCIADOS, são frutos de uma relação próxima. Embora reportem tempos anteriores ao ser humano, atravessam histórias de gerações impactadas. Não são personagens lendários ou míticos que inspiram as tradições sacerdotais e proféticas das Escrituras. Os túmulos dos profetas assassinados e adornados a cada ano pelos religiosos culpados, ainda existentes na época de Jesus, dão a dimensão exata da distancia histórica que separa as tradições de seus autores. Todas as histórias dos brâmanes, nos livros sagrados do sânscrito, nas antigas lendas das divindades e heróis míticos chineses, tudo o que eles fazem... é contar

as

histórias de suas existências... Toda a glória divina dos milhões de deuses humanos é feita de lembranças... Construída de uma vida passada, de feitos ocorridos num passado longínquo, ressoam o eco de tremenda antiguidade, reverberam histórias passadas, manifestam cenas vividas, épocas que já não são. Ou ocorriam ou numa DIMENSÂO INVISVEL E INACESSIVEL AO HOMEM.

Sobretudo o Pai mostrava uma tremenda diferença de todo o panteão divino da antiguidade. Os deuses não tinham planos. Nem propósitos e nem voz. Nada revelavam sobre o amanhã. As sacerdotisas, as pitonisas, as interpretes dos oráculos, as adivinhas, as necromantes e místicas de toda sorte não traziam mais que PRESSÁGIOS sobre um futuro próximo humano. O Pai manifestava um plano, movia uma nação a uma terra prometida, anunciava um reino eterno, levantava profetas que anunciavam JUSTIÇA! Não se ufana em 44


aproximar-se, enquanto todo o restante do panteão divino mundial continuava mudo. A voz dos seus sacerdotes era sua voz. Mas uma voz sem alma. Porque da boca de Baal nunca adveio um futuro. Os deuses, quais retratos antigos, não manifestavam o novo. O inquietante, mágico, perene, pleno em desdobramentos. É ele que declara, no Velho Testamento, não para os israelitas, mas para o mundo inteiro as palavras da profecia abaixo. Em verdade, toda a bota de guerreiro usada no combate e toda a veste revolvida em sangue serão queimadas, como lenha no fogo. Porque, um menino nos nasceu, um filho nos foi concedido, e o governo está sobre os seus ombros. Ele será chamado Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno; e Príncipe da paz. Livro de Isaías. Capitulo nono. Proclamava a vinda de um Messias! Nenhum povo jamais falara antes de um regente mundial, que inaugurasse um tempo de paz! Porque todos os reis da antiguidade reivindicavam para si o status de descendência divina!. Anunciar o reino de Deus futuro equivaleria a renunciar a VOCAÇÂO DIVINA imediata dos reinos da antiguidade, significaria RENUNCIAR a LEGITIMIDADE e o DIREITO ao trono, em qualquer lugar da TERRA! Em qualquer civilização os soberanos careciam da legitimação de uma tradição qualquer que os unisse a uma vocação divina. Eram os deuses que estabeleciam as dinastias da antiguidade. O Deus de Israel anunciava uma dinastia NOVA. Global e universal. E INFINDA.

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O novo. Para os reis da antiguidade a existência de um deus que falava TANTO com os homens era algo, por demais, sublime. Porque todos os outros eram quietos. Extremamente quietos. Lutavam os magos ardentemente por quaisquer palavras divinas que fosse, inventando os mais torpes atos religiosos para tal. Cortavam-se! Mutilavam-se! Os profetas de Baal gritavam, torturavam-se, sangravam abundantemente na frente de um único profeta do deus de Israel. Essa diferença de um Deus que tinha VOZ era tão evidente, tão contrastante que o salmista nos levará a essa exclamação sobre os deuses da antiguidade: “Tem Olhos, mas não veem, Tem boca, mas não falam!” Ao contrário do Espírito, que fala, e fala e fala. Discorre, discute, reclama, e vive com seu povo o dilema do dia a dia e sofre suas dores e suporta o fardo de sua convivência. E compartilha da morte de seus enviados ano após ano. Jeremias 7:25 Desde o dia em que vossos pais saíram da terra do Egito até hoje, enviei-vos todos os meus servos, os profetas, todos os dias; começando de madrugada, eu os enviei. Ele e diferente de Zeus sendo maior que ele que em dado momento recebe um pai. Ele e misericordioso demais. Tanto que as bandeiras manchadas com o sangue dos bandidos nazistas que incendiaram a sede do partido comunista serão consagradas a ‘entidades poderosas’ não a uma representação divina ‘fraca’ e exageradamente piedosa. Eles as consagram à deuses bárbaros e nórdicos. O Deus do VT é interpretado como fraco, piegas, por Friedrich Wilhelm Nietzsche que o rejeita veementemente por intermédio de seu personagem Zaratrusta. Ele não coopera para formar uma ideologia que crie um homem desprovido de compaixão. Sua continua indignação contra a injustiça o afasta de Brahma cujos trechos dos Vedas usarão sua criação humana cósmica para a manutenção das castas.

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Ele não pronuncia uma religião baseada na morte e paralisa uma gigantesca obra de manutenção de homenagens póstumas impactando em séculos no cronograma da construção das pirâmides que até hoje testemunham o fascínio dos egípcios pela morte... A ARTE CHINESA/JAPONESA E O RETRATO DIVINO

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A Arte Chinesa e a Cerimonia do Chá podem nos ajudar a entender a revelação do Pai no Antigo Testamento. A cerimônia do chá japonesa (chanoyu 茶 の 湯 , lit. "água quente [para] chá"; também chamada chadō ou sadō, 茶道 , "o caminho do chá") é uma atividade tradicional com influências do Taoísmo e Zen Budismo, na qual chá verde em pó (matcha, 抹 茶 ) é preparado cerimonialmente e servido aos convidados. O praticante de cerimônia do chá precisa ter conhecimento de uma ampla gama de artes tradicionais que são parte integral do chanoyu, incluindo o cultivo e variedades de chá, vestimentas japonesas (kimono), caligrafia, arranjo de flores, cerâmica, etiqueta e incensos — além dos procedimentos formais de seu estilo de chanoyu, que podem passar de uma centena. Assim, o estudo de cerimônia 48


do chá praticamente nunca termina.

As artes japonesas, assim como as

chinesas incorporam visões da vida, filosofias, metáforas, meditações sobre a espiritualidade, em cada detalhe. Os requintados cerimoniais da arte do chã incorporam a mesma complexidade das REPRESENTAÇÕES espalhadas em cada gesto de diversas atividades lúdicas.

Na arte do Oriente, o olho e a mão foram adestrados à custa de cópia de modelos que concentravam com exatidão a experiência pictórica dos séculos. Entretanto, as regras não tinham como meta a imitação externa das figuras, e sim captar o sentimento que anima a pincelada, cujo movimento organicamente controlado devia coincidir com o modelo. As suas tradicionais formas sociais, 49


os seus costumes mais mágicos que religiosos de aproximação do sagrado, tornam difícil a compreensão do fazer artístico na China. A estética da sua arte reúne todos estes elementos: simbolismo ideológico, extrema antiguidade, evolução particular e complicada dos conceitos artísticos, fundamento mágicoreligioso das suas crenças. Há, independentemente de qualquer teoria, um sentimento comum a todos os calígrafos. Eles acreditam que a sua arte é um caminho para outra realidade espaço-temporal, seja ela histórica, imaginativa, religiosa e, além disso, é um exercício que acreditavam conceder saúde e prolongar a vida. Explica-nos Tseng Yuho, era comum que um grande chefe de estado fosse, simultaneamente, um grande calígrafo. A Escrita Oracular (甲骨文 字 ), também consistia no recurso a pictogramas, gravados, por exemplo, em carapaças de tartarugas, com o objetivo de comunicar com o sobrenatural. Os caracteres decorativos (ligados à escrita do Selo ( 篆書)) cumpriam funções mágicas, isto é, os chineses criam possuírem o poder de realizar o que as suas palavras prometiam. A filosofia da escrita chinesa está interligada com o seu desenvolvimento pelo correr dos séculos. A Caligrafia foi, ao longo da história, ganhando cada vez mais aspectos formais e abstratos Num breve resumo da história da escrita, verificamos que esta na pré-história, entre 5000 a.C e 2000 a.C, começou por cumprir funções mágico-utilitárias, inaugurando a fase dos pictogramas, denominados de Inscrições Pré-Históricas (上古文字).

(carapaça de tartaruga) 50


Esta fase veio a ser substituída por outra chamada de Escrita Oracular ( 甲骨文 字 ) A partir de 500 a. C e até à primeira grande unificação da China, levada a cabo pela dinastia Qin ( 220-206 a. C), desenvolve-se a Escrita do Selo ( 篆書)17, sobretudo a mais antiga, a do Selo Grande (大篆)

Este tipo de escrita é ainda bastante pictórico, no entanto, já foi sujeito a algumas formalizações óbvias e, por isso, a par da Escrita do Selo Grande coexistem as Inscrições Pictóricas propriamente ditas ( 象 彩 文 ) na época da dinastia Qin, com a unificação do império, a caligrafia volta a ser submetido a novo processo de abstração, é mais uma vez regularizada, para cumprir funções sociais. Inaugura-se o período do Selo Pequeno (小篆),

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caracterizado por uma escrita quase despida de elementos pictóricos. a escrita utilizada para fins mágico-decorativos, ou para fins estritamente religiosos, ( 飾 文符書 ) era, ainda, essencialmente picTorálista e evoluiu a partir da Escrita do Selo. Surge então entre os séculos segundo e terceiro da nossa era a Escrita Regular(楷書).

Esta é ainda denominada a Escrita Verdadeira (眞書) e o seu padrão quadrado e regular, tem sido utilizado, até hoje, na China. No tempo dos Han vai surgir outro estilo caligráfico denominado de Rascunho (草書)

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numa das suas manifestações mais radicais, pode atingir movimentos perfeitamente delirantes, selvagens mesmo,

e por isso, foi batizado com o nome de Cursivo ou Rascunho Selvagem ( 狂草). o estilo Corrente (行書), ou de ação, que se terá desenvolvido durante as dinastias Qin, ou seja, entre 265 e 420, e que é uma mistura dos estilos Regular e de Rascunho.

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Contém estilos mais visíveis, os mais antigos, que poderiam ser, continuando a aprofundar esta filosofia do corpo, os seus sentidos — e estamos a pensar nos pictogramas do início do sistema escrito chinês, especialmente nas Inscrições Pré-Históricas, na Escrita Oracular e na do Selo, donde deriva a Escrita MágicoReligiosa. A Escrita Decorativa (飾文) surgiu em força no final da dinastia Zhou e teve um período de grande desenvolvimento até às dinastias Han. Estes caracteres decorativos por cumprirem funções mágicas, isto é, por possuírem

o poder de realizar o que as suas palavras prometem, são muito utilizados tanto pelas religiões budista e taoísta, como pela população em geral. Os caracteres decorativos andam sobretudo ligados à escrita do Selo ( 篆 書 ), podendo ser encontradas noutros estilos caligráficos, ou associadas a técnicas específicas, como a magnífica técnica Voando Branco (飛白), escrita frequentemente com uma só pincelada.

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Esta técnica, muito usada no budismo esotérico, é muito popular porque os chineses acreditam que: Os escritos mágicos redigidos em Voando Branco têm um poder especial no mundo sobrenatural. Há, finalmente a Escrita Mágico-Religiosa propriamente dita, muito utilizada nos círculos do budismo e do taoísmo populares. Ao contrário da Escrita Decorativa, apresentada em estilos essencialmente pictóricos e de fácil acesso a um chinês alfabetizado, a escrita mágico-religiosa recorre, frequentemente, a grafos secretos, e, portanto, tende a assumir a forma dum estilo esotérico que possui códigos especiais para os três reinos filosóficos: o céu, representado por círculos; a terra, por quadrados e o homem, por todo o tipo de formas naturais, de serpentes a pássaros. Os escritos denominados de Religiosos ( 符 ) têm por finalidade, tal como a maioria dos Escritos Decorativos: Curar; Chamar a riqueza, a longevidade, em suma, afastar a má fortuna e atrair a boa sorte. A escrita mágica, geralmente na forma escrita, chama-se fu (符) quando usada para rezas ou maldições, geralmente na forma oral, é chou ( 咒 ). Parece-me importante reter que o povo do dragão acredita mesmo no poder efetivo da escrita: basta ter um rolo na parede com alguns caracteres ou frases auspiciosas para se estar protegido ou, o mesmo é dizer, em comunicação com os poderes invisíveis do universo. Em suma, no universo de meditação das artes chinesas há detalhes escondidos que revelam um universo de significados ora mágicos, ora filosóficos, ora espirituais. A ligação entre o mundo divino e o humano, representados de infindáveis maneiras na síntese da cerimonia do chá, desde o modo com que o

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calígrafo esboça um traço nas louças escritas,

até o modo como a moça

acende o incenso.

O ESTRANHO observa e não entende NADA. Porque não distingue os símbolos. Deus apresenta-se para nós no Velho Testamento que inclui significados e significantes que incorporam uma tremenda necessidade de MEDITAÇÃO. A PALAVRA ESCRITA nos mostra o Pai que possui traços que se tornam incompreendidos se contemplados de modo IMCOMPLETO. 56


Há mistérios bíblicos escondidos em Deus, que só podem ser compreendidos plenamente através de CRISTO.

"A revelação do mistério que desde tempos eternos esteve oculto" (Rm. 16:25). "Deus descobriu-nos o mistério de sua vontade, segundo o seu beneplácito que propusera em si mesmo de tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra" (Ef. 1:9 e 10). "O mistério manifestado pela revelação...o mistério de Cristo, o qual noutros séculos não foi manifestado aos filhos dos homens, como agora tem sido revelado pelo Espírito aos seus santos apóstolos e profetas, a saber, que os gentios são co-herdeiros e de um mesmo corpo e participantes da promessa em Cristo pelo evangelho; ...e demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério que desde os séculos esteve oculto em Deus ...para que agora pela Igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus" (Ef. 3:2 a 10). "O mistério que esteve oculto desde todos os séculos e em todas as gerações e que agora foi manifesto aos santos aos quais Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós" (Cl. 1:26 e 27). "O mistério de Deus - Cristo, em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência" (Cl. 2:2 e 3). 57


Pablo Esteban Bodoque - Impressionante. Há uma caligrafia divina, real, mágica e inspirada, o que a cultura chinesa imaginou de suas palavras, se cumprem em CRISTO. Jesus é como a caligrafia chinesa vestida da glória imaginada pelos seus artistas. Cristo que está OCULTO em cada ato do Pai no Antigo Testamento. Tudo que o Pai fará na antiguidade tem um propósito. Tem uma razão de ser. Traduz uma verdade, uma consequência espiritual. Os acusadores de Deus desprezam voluntariamente suas admoestações. Sua vocação para tratar com veemência ao absurdo humano. Ele olha para o abismo das trevas humanas, e propõe ser louco o suficiente para salvá-lo. Zaratrusta proporia, claro, algo diverso: “Mais elevado que o amor ao próximo é o amor ao longínquo, ao que está por vir, mais alto ainda que o amor ao homem coloco o amor às coisas e aos fantasmas”. O Pai emoldurou o amor ao Próximo de tal modo que a síntese do Velho Testamento em dois princípios é este: “Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro 58


mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas” (Mateus 22:37-40) A SOMBRA As coisas que foram escritas no Antigo Testamento não tem finalidade nelas mesmas. Elas Reverberam a eternidade e os tempos futuros. Hebreus 10:1 "Porque, tendo a lei a sombra dos bens futuros e não a imagem exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam." Quando da boca de seres humanos imperfeitos saem expressões vingativas, Deus olha além do mundo humano. Ele vê ao inferno, ele enxerga aos demônios. Toda MALDIÇÃO do ANTIGO TESTAMENTO possui uma FINALIDADE. Ela aponta não para o ser humano. Elas ultrapassam os tempos de guerra na qual foram expressas. Elas vão além da poesia da morte tangível, das cenas nas quais nasceram, ultrapassam os limites do visível e declaram a maldição para os demônios. O que lembra outra reclamação de Zaratrusta: -“Ai! Existe tanta ansiedade pelas alturas!”

Juan Carlos Bodoque Zaratrusta A voz divina do Pai ANSEIA pela manifestação das coisas CELESTIAIS. É fácil ver a Deus, mais que em qualquer texto religioso da terra, na boca de Cristo. 59


47 Jesus viu Natanael vir ter com ele, e disse dele: Eis aqui um verdadeiro israelita, em quem não há dolo. Disse-lhe Natanael: De onde me conheces tu? Jesus respondeu, e disse-lhe: Antes que Filipe te chamasse, te vi eu, estando tu debaixo da figueira. Natanael respondeu, e disse-lhe: Rabi, tu és o Filho de Deus; tu és o Rei de Israel. Jesus respondeu, e disse-lhe: Porque te disse: Vi-te debaixo da figueira, crês? Coisas maiores do que estas verás. E disse-lhe: Na verdade, na verdade vos digo que daqui em diante vereis o céu aberto, e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem. O RETRATO DIVINO O PAI no Velho Testamento não é compreendido pela dimensão jurídica de seus Escritos. Ele abraçou voluntariamente a imperfeição jurídica quando teve que tratar com o ser humano a nível CIVIL. O que era para o judeu um corpo de leis civis para nós é uma canção. Neles, nos judeus acontecia o literal para que a essência da lei, que é espiritual, pudesse ser apreendida, exemplificada. As relações entre a Palavra Escrita e as Leis Divinas que regem todas as coisas são estabelecidas

não

pela

sua

LITERALIDADE

antes,

pela

sua

REPRESENTATIVIDADE. Além do que, os bens ali representados são superiores, perdem as limitações legais, espirituais e miraculosas ali impostas. A essência da Lei é DEUS e tudo que ele representa é PLURAL.

Reúne sempre muitas

dimensões. Ela é legal, mas também é profética, ela estabelece costumes na antiguidade, mas também é sombra de bens futuros, ela une Lei, Profecia e Sacerdócio, junto com a Poesia e o Ludico. Não bastasse isso ainda estabelece Princípios Espirituais reconhecidos por Cristo como sendo aqueles que regem aos homens, anjos e demônios. Porque a essência das Escrituras se traduz também em PODER, manifestos pela fé. As Escrituras são sempre, independente da interpretação lhe concedida, um manual de fé. A fé, por sinal, é uma das portas de entrada no universo escondido da Palavra Escrita. Sinestesia é uma figura de estilo ou semântica que designa a união ou junção de planos sensoriais diferentes. Tal como a metáfora ou a comparação por símile, são relacionadas entidades de universos distintos. Sinestesia, como figura de linguagem, é o cruzamento dos sentidos, a qualidade de um sentido atribuído a outro, expressão típica de uma determinada categoria de poetas. Quanto mais sentidos cruzados em apenas um sintagma, ou sob uma única conjunção sensorial, mais rica será a frase ou poesia 60


sinestésica. Ela designa συν- (syn-) uma condição de

"união" ou "junção" e

-αισθησία (-esthesia) "sensação" é a união de planos sensoriais diferentes: Por exemplo, o gosto com o cheiro, ou a visão com o tato. O termo é usado para descrever uma figura de linguagem e uma série de fenômenos provocados por uma condição neurológica. Para algumas pessoas números e letras representam mais que símbolos aritméticos ou tipográficos – Um 6 ou um “a” podem evocar texturas, cores e até mesmo sabores. Todo grande mnmonico ou artista da memória foi sinestésico. A sinestesia se estende para domínios além da linguagem, da percepção e da memória. Na pintura Salvador dali fala da FLUIDEZ do tempo derretendo relógios.

Em Cântico dos Cânticos leremos: 1:3 Lereiakh shemaneikha tovim shemen turak shemekha al-ken alamot ahevukha: SUAVE É O AROMA DOS TEUS UNGÜENTOS; COMO O UNGÜENTO DERRAMADO (ÓLEO PERFUMADO) É O TEU NOME; POR ISSO AS VIRGENS (JOVENS, DONZELAS) TE AMAM.

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Unguento era o uma mistura de ervas que eram utilizadas para cura de feridas. Há um jogo com as palavras unguento e nome, que possuem uma sonoridade próxima em hebraico, sem, shem. É a raiz hebraica de onde vem nosso termo em português “Semente”. O unguento da antiguidade era uma coisa muito cara, rara, preparada em lugares especiais, segundo técnicas que eram passadas somente às famílias médicas que os preparavam. Os verso 1 e 2 são cheios de lirismo.

E riquíssimos em poesia. Concedem-nos uma vaga noção sobre a

inteligência de Salomão, concedida por DOM DO PAI. O Deus que se revela no Antigo Testamento nos dá uma idéia sobre sua Própria Sabedoria e sobre a PROFUNDIDADE das ESCRITURAS por meio de um único verso. Salomão brinca com SINESTESIA. Sinestesia é uma figura de linguagem, em termos literários, quando nós misturamos os sentidos, olfato, visão, audição, gustação, para expressar uma realidade, nós concedemos a qualidade de um gosto depurado há um sentimento, a honra nós comparamos ao perfume, a beleza, algo visual, nós concedemos sonoridade. Expressamos humores, sentimentos ou sensações em forma de sentidos. O amor é delicioso como um doce, o ódio é amargo como o fel, a ternura é doce como o mel. Uma atitude pode ser tão hedionda que é podre, repugnante, cheira mal. As Escrituras são repletas de sinestesia literária, que concedem expressividade às palavras de modo especial. A sinestesia pode ultrapassar os limites literários e possuir aspectos psicológicos e espirituais. Superinteressante expressa a experiência de uma mulher com sinestesia psicológica. “A sinestesia é uma característica genética herdada dos pais que faz com que um ser humano experimente mais de uma sensação com base no mesmo estímulo. Palavras, números, sons e vozes ganham cores, cheiros, sabores e até personalidades. Parece obra de ficção, mas é apenas fruto de um cérebro um pouquinho diferente.” http://super.abril.com.br/cotidiano/11-mulher-sinestesica-732716.shtml A sinestesia parece estar por trás da memória das chamadas savants, pessoas de memória prodigiosa e de grande habilidade com números.

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TESLA é um bom exemplo da sinestesia e intelectualidade. Ele visualizava em sua mente os inventos que produziria, antes de iniciar a construí-los. A eletricidade em corrente alternada é herança dele. Esse verso começa a desvendar os mistérios da sabedoria de Salomão e por HERANÇA, a divina. Ao vermos o que o Espírito de Deus realizou nele na noite em que se manifestou numa visão e lhe concedeu o dom de Palavra de Sabedoria, temos uma VAGA NOÇÃO do que QUALIFICA o Velho Testamento como revelação divina. Ta'amim O Antigo Testamento é POESIA. Significa que possui MÉTRICA na maior parte dos seus trechos e em ESPECIAL nos ditos proféticos. Nos enunciados das leis. Ele tem uma identidade musical tão soberba que é CANTADO pelos rabinos. Lei (Torá): Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Profetas (Neviim): Primeiros Profetas: Josué, Juízes, Samuel e Reis. Últimos Profetas: Isaías, Jeremias, Ezequiel e O Livro dos Doze. Escritos (Ketubin): Livros Poéticos: Salmos, Provérbios e Jó. Os Cinco Rolos: Cantares de Salomão, Rute, Lamentações, Eclesiastes e Ester. Livros Históricos: Daniel, Esdras e Neemias e Crônicas. Os textos massoretas possuem marcas de cantilação. O uso das marcas de cantilação são de uso corrente pelo menos, desde o nono ao décimo século a.C. Esta foi a era do Massoretas, escribas meticulosos de Tiberíades, Jerusalém e Babilônia, que trabalharam para estabelecer um texto preciso e comum, assim como sua vocalização e cantilena para a leitura na Sinagoga. Essa musicalização é chamada de TA’AMIN. A tradição da ta'amim pelo qual a Torá é para ser cantada, é tão antiga quanto a própria Torá.

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AS ESCRITURAS possuem a natureza de uma canção. Ela é um ode, um cântico. A interpretação de um cântico não é tarefa intelectual. Ela não pode prescindir da sensibilidade e da humanidade de quem o ouve e por ele é sensibilizado para sua compreensão. “Para os teóricos do século XVII, como Mersenne e Descartes, o movimento se dava no momento em que a música se concretizava com o fundamento da natureza dela; entendendo-se por natureza o mundo natural e sobrenatural. Em outras palavras à música recairia, através de suas leis naturais - que movem os afetos – conectar o universo natural com a alma. Existiria uma razão interna da música, logo, leis para a sua realização – contraponto exuberante seria uma exteriorização dessas leis. A expressão na música pode estar presente no mundo musical das mais variadas formas, tais como no que se refere aos andamentos (termos, significados e os mais usados na composição musical)” ESSA IDENTIDADE É PROPOSITAL.

Prof. Diósnio Machado Neto “Em nosso entender, achamos que é sinónimo de expressão, tudo o que da música advir em termos emocionais, sensitivos, estéticos e artísticos, os quais consigam mexer com a sensibilidade do ser humano (sensível) predisposto a aprender, a observar e a participar na arte, vivendo-a intensamente nos seus infinitos recantos expressivos e emocionais como ouvinte praticante. Expressar é ir mais longe. É estar para além da técnica, do aspecto frio e mecânico que uma composição nos pode mostrar, em suma, é aquilo que acrescenta em termos de códigos de leitura emocional e à percepção imediata do literato ou do leigo em música. A música pode levar-nos a sentir algo inesperado, assim como pode provocar em nós lembranças longínquas, entre outros aspectos, tem a capacidade de nos fazer viajar no 64


infinito mundo da percepção, da imaginação e da sensação, através da sua brutal forma expressiva e marcadamente inspiradora para todos.

A IMPERFEIÇÂO DA LEI Há uma gigantesca mudança de paradigma na lei anunciada por Cristo. A lei do Velho Testamento é nitidamente CIVIL. Ela e dada ao homem natural. Será dela que se derivará grande parte do direito moderno. As instancias de Direito do VT. soam exatamente similares as diretrizes humanas que regem as relações humanas no direito internacional. O mundo das gentes, raças, tribos, povos e nações são regidos por um código imperfeito que reflete a sua imperfeição moral. Os reflexos jurídicos do reconhecimento da imperfeição humana aparecem em todos os cantos. Vejam as regras processuais, por exemplo: “Confiássemos na infalibilidade dos juízes, certamente as regras relativas à necessidade de fundamentação judicial seriam diferentes - ou sequer existiriam. A essência da lei de Cristo e tão elevada que não se cumpre no homem atual e nem na humanidade como ela se apresenta. Só é passível de ser exercida pelo homo pneuma pelo “homem espiritual” aquele que é arguido a Nicodemos, o que nasceu de novo, o que foi regenerado pelo poder do Espirito. 65


João 3.3

Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.

AINDA SOBRE O PAI O Velho Testamento testemunha uma coisa inacreditável. Deus presente na terra dos homens. O TABERNÁCULO representava isso. Deus é separado da maldade, da injustiça, da opressão e do mal. Os espiritualistas proclamam a INEXISTENCIA do mal. Parte deles. Os ocultistas reconhecem a existência de poderes que desejam usar a raça humana para os seus propósitos. O Nazismo é um exemplo profundo, próximo, do significado de um mundo mergulhado em práticas espirituais abominadas pelo Velho Testamento. Como um Deus de SANTIDADE poderia conviver com homens que invocam as trevas? O Velho Testamento está diante de um abismo de poderes antagônicos. O celestial presente na terra da sombra e da escuridão. Anjos são avistados por Jacó, por Moisés, por Abraão, por Davi, por Ezequiel, por Daniel, por Gideão, por Josué. Enquanto vigorasse a LEI, enquanto quisessem ter acesso a Deus, enquanto quisessem desfrutar das bênçãos oriundas do mistério divino, estariam debaixo de DURISSIMAS ORDENS. Algo maior que imaginamos estava em jogo. Não compreendemos a natureza divina. Nem os riscos de uma aproximação a Ele em DELITO. Porque o SENHOR, teu Deus, é fogo que consome , é Deus zeloso Deuteronômio 4.24. 66


A voz do SENHOR despede chamas de fogo - Salmo 29.7. E logo nos volta mente a cena assustadora que revela a plenitude da ira da criatura, que se aproxima pavorosamente de seu criado, de coragem tambĂŠm, infinita. Aquela cena onde Haku sequer pisca.

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Como dizia, “As coisas que foram ordenadas no Velho testamento nos assustam. Deus age de um modo ‘louco’, e nos amedronta. Apavora-nos sua GRAVIDADE. Sua rudeza. Sua ASPEREZA. Questionamos por vezes, como essa “Baba Yaga” pode ser o Pai de Jesus CRISTO?” Porque não estamos diante de um mundo normal. E porque o que está sendo DITO não está sendo dito por um RELIGIOSO. Ou por um Mago. As leis que emanam dele REGEM a Criação. Ele é o Senhor dos anjos, que se aproximou de uma terra inundada pela pratica de coisas demoníacas. Aquelas pessoas estavam presas num mundo de mentira, debaixo de uma falsa religião. E haviam sido escolhidas numa geração única para provarem poderes celestiais como nenhuma geração da terra jamais provou.

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Apareceu-lhe o Anjo do SENHOR numa chama de fogo, no meio de uma sarça; Moisés olhou, e eis que a sarça ardia no fogo e a sarça não se consumia... Vendo o SENHOR que ele se voltava para ver, Deus, do meio da sarça, o chamou e disse: Moisés! Moisés! Ele respondeu: Eis-me aqui! - Êxodo 3.2-4. O SENHOR ia adiante deles, durante o dia, numa coluna de nuvem, para os guiar pelo caminho; durante a noite, numa coluna de fogo , para os alumiar, a fim de que caminhassem de dia e de noite - Êxodo 13.21. O aspecto da glória do SENHOR era como um fogo consumidor no cimo do monte, aos olhos dos filhos de Israel - Êxodo 24.17 (Levítico 9.24; Deuteronômio 4.12; 2º Crônicas 7.3; Salmo 50.3) Deus possui uma natureza que destrói o ser que dele se aproxima em pecado. A morte proclamada na Lei é transitória. Todo homem sofrerá um tempo futuro de REAVALIAÇÃO. A morte física das condenações da LEI é TRANSITÓRIA. Os apóstolos compreenderam as contradições da LEI e as DESGRAÇAS ocorridas, embora reais e fantasmagoricamente terríveis, como SOMBRAS de realidade muito maiores e permanentes.

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Na cena em que sacerdotes Nadabe e Eliu se rebelaram contra ORDENAÇÕES divinas e DESREIPEITARAM, afrontaram, negaram anos de revelações dadas por intermédio de um profeta, ao qual APESAR DE RECONHECEREM como verdadeiro, quiseram SUBSTITUIR. Por vaidade humana.

Eles morrem por um poder celestial que desce sobre eles como raios e os consome. A terra se abre como num conto de terror e leva tudo o que possuem. Tenda, gados, cavalos, mulas, posses e familiares. Crianças morrem numa hecatombe que consome centenas de metros de terra. 70


Não é possível a coincidência de um tremor que se abatesse sobre um único clã no meio de milhares de tendas de um acampamento.

Não é possível compreender o Antigo Testamento sem considerar sua PLURALIDADE. Suas CAMADAS de revelação, as INTENÇÔES DIVINAS grafadas em métrica e poesia, metodicamente compostas, interligadas e conectadas. O Pai é a LEI e a POESIA, seus atos são ao mesmo tempo ORDENAÇÕES e canções. 71


É o Senhor dos anjos vivendo em meio a malignidade humana de um mundo de gente idólatra, religiosa e supersticiosa. A LEI não pode ser considerada sem o canto das estrelas... “Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus jubilavam?” Não podemos considerar suas atitudes sem considerar que ELE conhece as estrelas por seu nome... “Levantai os olhos e observai as alturas: Quem criou tudo isso? Foi aquele que coloca em marcha cada estrela do seu incontável exército celestial, e a todas chama pelo nome. O seu poder é incalculável; inextinguível a sua força, e, por isso, nenhum desses corpos celestes deixa de atender prontamente”. Ou dos mistérios que declara quando nos fala de lutas contra poderes invisíveis que acontecem antes da criação humana... e de forças que já não existem mais... Com tua força fendeste o mar, e despedaçaste, sobre as águas, as cabeças dos monstros marinhos. Esmagaste as cabeças do Leviatã e o serviste de alimento aos habitantes do deserto.

-A grande verdade é que se você parou por dois minutos para ver a barra de download de um arquivo da internet... E ficou ali olhando... olhando... até o 72


download terminar... Talvez não seja virtuoso o suficiente para julgar a perfeição moral divina. O Antigo Testamento é semelhante a poesia de Manoel de Barros. “A poesia está guardada nas palavras – é tudo que eu sei. Meu fado é o de não saber quase tudo. Sobre o nada eu tenho profundidades. Não tenho conexões com a realidade. Poderoso para mim não é aquele que descobre ouro. Para mim poderoso é aquele que descobre as insignificâncias (do mundo e as nossas). Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil. Fiquei emocionado. Sou fraco para elogios.” Tratado geral das grandezas do ínfimo, Manoel de Barros Eis Deus, o Pai, ao qual Zaratrusta não conheceu porque não quis prestar atenção no Deus do Velho Testamento. “Eu só poderia crer num Deus que soubesse dançar” Assim Falava Zaratustra – Friedrich Nietzsche O profeta Sofonias declarou Sofonias 3:17 diz: “O Senhor teu Deus está no meio de ti, poderoso para te salvar, Ele se deleitará em ti com alegria, calar-se-á por seu amor, regozijar-se-á em ti com júbilo”. A palavra Alegria=Rinnah (Strong 07440) significa “dar brados de júbilo, aclamar, aplaudir fortemente com triunfo; cantar”. Literalmente: Deus dançará sobre o seu povo, jubilara, dará brados de vitória com alegria. Exultará. E CANTARÁ”. O que Friedrich Nietzsche não sabia é que o Deus que ele abomina é também aquele com quem ele sonhava. Que não só será visto um dia por todos os seres CANTANDO. Como também, DANÇANDO. Segundo o doutor Levi Leonido: 73


Segundo STOKOE e HARF (1987), expressão corporal é uma linguagem, através da qual o ser humano expressa sensações, emoções, sentimentos e pensamentos com seu corpo. Para LABAN (1978), a dança é um dos meios através do qual todos os povos expressam sua cultura, sua relação com a natureza e com os homens. Segundo GARAUDY (1980), também existem outras qualificações para dança, entre elas as de que a “dança não é apenas uma arte, mas um modo de viver” , ou aquela que “dança é um modo de existir”, onde se interliga com aspectos da vida cotidiana como, religião, trabalho, festas, a morte e o amor”, sendo assim, “a dança é então um modo total de viver o mundo” (p.13). A Expressão Corporal, resgata e desenvolve todas as possibilidades humanas, (corpo e psique), encerradas no movimento corporal, (BRIKMAN, 1989). NANNI (1995) complementa afirmando que “Dança é a expressão da harmonia universal em movimento” (p.1), o que se assemelha à idéia de BEJART (apud GARAUDY, 1980), para quem “a dança é uma das raras atividades humanas em que o homem se encontra totalmente engajado: corpo, espírito e coração “ ( p.8) Segundo ELLMERICH (1964), a dança é um ritmo mudo, é a música visível. GARAUDY (1980) expressa sua contribuição neste sentido, apontando que “dançar é vivenciar e exprimir, com o máximo de intensidade, a relação do homem com a natureza, com a sociedade, com o futuro e com seus deuses”

Se isso tudo compreende a gama de significados e representações da dança, e se é verdade que Deus dançará, então eu pondero que isso é o suficiente para a compreensão de QUEM é o Deus que se manifesta nas Escrituras.

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- CONTUDO... Ainda há uma PROVA FINALISTICA DO EXCEPCIONAL CARATER DE DEUS E se tudo isso ainda fosse o suficiente para indefinir o caráter de Deus no Antigo Testamento, temos a prova final. Dentro do livro mais criticado e abominado de todos os livros do Velho testamento. No livro de Levitico. Quando o Pai transtorna o sentido da religião. Fazendo algo tão absurdo como belo. Tão incoerente, tão louco que não nos dá chance se não de ficarmos aturdidos. A ordália da mulher acusada de adultério. Ordália era um tipo de prova judiciária usada para determinar a culpa ou a inocência do acusado por meio da participação de elementos da natureza e cujo resultado é interpretado como um juízo divino. Números 5:11-31 Falou mais o Senhor a Moisés, dizendo: Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando a mulher de alguém se desviar, e transgredir contra ele, De maneira que algum homem se tenha deitado com ela, e for oculto aos olhos de seu marido, e ela o tiver ocultado, havendo-se ela 75


contaminado, e contra ela não houver testemunha, e no feito não for apanhada, E o espírito de ciúmes vier sobre ele, e de sua mulher tiver ciúmes, por ela se haver contaminado, ou sobre ele vier o espírito de ciúmes, e de sua mulher tiver ciúmes, não se havendo ela contaminado..., Então aquele homem trará a sua mulher perante o sacerdote, e juntamente trará a sua oferta por ela; uma décima de efa de farinha de cevada, sobre a qual não deitará azeite, nem sobre ela porá incenso, porquanto é oferta de alimentos por ciúmes, oferta memorativa, que traz a iniqüidade em memória. E o sacerdote a fará chegar, e a porá perante a face do Senhor. E o sacerdote tomará água santa num vaso de barro; também tomará o sacerdote do pó que houver no chão do tabernáculo, e o deitará na água. Então o sacerdote apresentará a mulher perante o Senhor, e descobrirá a cabeça da mulher; e a oferta memorativa, que é a oferta por ciúmes, porá sobre as suas mãos, e a água amarga, que traz consigo a maldição, estará na mão do sacerdote. E o sacerdote a fará jurar, e dirá àquela mulher: Se ninguém contigo se deitou, e se não te apartaste de teu marido pela imundícia, destas águas amargas, amaldiçoantes, serás livre. Mas, se te apartaste de teu marido, e te contaminaste, e algum homem, fora de teu marido, se deitou contigo, Então o sacerdote fará jurar à mulher com o juramento da maldição; e o sacerdote dirá à mulher: O Senhor te ponha por maldição e por praga no meio do teu povo, fazendo-te o Senhor consumir a tua coxa e inchar o teu ventre. E esta água amaldiçoante entre nas tuas entranhas, para te fazer inchar o ventre, e te fazer consumir a coxa. Então a mulher dirá: Amém, Amém.

Depois o sacerdote escreverá estas mesmas maldições num livro, e com a água amarga as apagará. E a água amarga, amaldiçoante, dará a beber à mulher, e a água amaldiçoante entrará nela para amargurar. E o sacerdote tomará a oferta por ciúmes da mão da mulher, e moverá a oferta perante o Senhor; e a oferecerá sobre o altar. Também o sacerdote tomará um punhado da oferta memorativa, e sobre o altar a queimará; e depois dará a beber a água à mulher. E, havendo-lhe dado a beber aquela água, será que, se ela se tiver contaminado, e contra seu marido tiver transgredido, a água amaldiçoante entrará nela para amargura, e o seu ventre se inchará, e consumirá a sua coxa; e aquela mulher será por maldição no meio do seu povo. E, se a mulher se não tiver 76


contaminado, mas estiver limpa, então será livre, e conceberá filhos. Esta é a lei dos ciúmes, quando a mulher, em poder de seu marido, se desviar e for contaminada; Ou quando sobre o homem vier o espírito de ciúmes, e tiver ciúmes de sua mulher, apresente a mulher perante o Senhor, e o sacerdote nela execute toda esta lei. E o homem será livre da iniqüidade, porém a mulher. levará a sua iniqüidade.

Números 5:11-31 Essa é a mais bruxuleante de todas as cenas do Velho testamento.

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Ela é uma versão absolutamente MÁGICA de ordálio; um ritual de maldição, de contaminação, de destruição e de vergonha. Começa com uma família em

decomposição, uma esposa que cometeu um ato de adultério ou não, sendo exposta a um ritual publico de humilhação, sendo exposta a uma situação 78


tipicamente machista e de acordo com os códices vigentes de toda a terra. O elo mais fraco da sociedade, desamparada da proteção do único que pode lhe conceder amparo, o marido, é colocada a mercê de uma realidade mágica, um poder que poderá DESFIGURÁ-LA para sempre, tocando nos dois bens mais preciosos de uma mulher oriental da época, sua BELEZA e sua capacidade de ser mãe. O que está por detrás da cortinada não é um Deus amoroso, é antes um poder cruel que independente das razões que lhe levaram a pecar, ou a trair, a transformaria num PÁRIA, numa mulher abandonada, humilhada, rechaçada. Não seria aceita por seus pais, seu marido receberia imediato direito ao benefício de uma carta de divórcio. Ela traria em seu corpo a marca de uma tragédia familiar que por vergonha quis ocultar e que agora tornaria bem publico e motivo de chacota eterno.

Ou não. O Deus do Antigo Testamento, condenado por suas contradições, o Pai, se revela em toda sua plenitude neste ritual. Querem saber quem é Deus? Querem entender o Velho testamento? Bem vindos ao final dessa apostila. 79


Tudo é feito de modo SOLENE, declarada na LEI, revestido de SACRALIDADE. Envolvido num manto de mistério e em tradições SACERDOTAIS eternas, dadas como orientação PERPETUA, com ordem de ser realizada pelo mais SAGRADO dos homens de Israel, pelo Sumo-Sacerdote dentro do lugar da terra considerado como mais sagrado, o tabernáculo. E ali, no lugar onde toda a nação é chamada para o PERDÃO dos pecados, uma possível pecadora não obterá o DIREITO a remissão dos pecados, antes foi CONVOCADA através do ciúme doentio, para um ritual de CONDENAÇÃO. E aqui desvenda-se o mistério... Descartes discorre sobre o ciúme: “O ciúme é uma espécie de temor, que se relaciona com o desejo de conservarmos a posse de algum bem; e não provém tanto da força das razões que levam a julgar que podemos perdê-lo, como da grande estima que temos por ele, a qual nos leva a examinar até os menores motivos de suspeita e a tomá-los por razões muito dignas de consideração”. A combinação de amor, ciúme e tragédia, que sempre pontuou as crônicas policiais.. O Mada (Mulheres Que Amam Demais Anônimas), que existe há 18 anos no Brasil, acolhe mulheres que se encontram em relações destrutivas. “Ter ciúme é uma característica comum de todas nós, mas apenas algumas apresentam um quadro de ciúme patológico”, diz uma integrante do grupo. Seguindo uma versão adaptada dos 12 passos do grupo Alcoólicos Anônimos (AA), as mulheres do Mada, que possui mais de 30 pontos de encontro pelo País, procuram evitar os comportamentos destrutivos, um dia de cada vez. “Através do depoimento das outras mulheres, consigo aprender algo sobre mim mesma e manter sob controle meus sentimentos.” A mesma filosofia move o grupo de apoio aos ciumentos patológicos do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas (HC), em São Paulo. O serviço é gratuito e destinado a homens e mulheres. “O objetivo é melhorar a autoestima e ajudar a controlar o comportamento de ciúme daqueles que buscam ajuda”, explica Mônica Zilberman, coordenadora do projeto. “Não falamos em ‘cura’ até porque não se trata de uma doença em si, mas de um sintoma que pode estar exacerbado até em pessoas sem transtorno psiquiátrico.” O ciúme doentio era uma força tão poderosa na antiguidade que as Escrituras lhe PERSONIFICARAM. “E o espírito de ciúmes vier sobre ele”. 80


Havia algo tão sinistro neste sentimento que afetava o ser humano como um todo, também ESPIRITUALMENTE. Como um poder demoníaco. E em alguns momentos, será exatamente assim. Doca Street e Dorinha Duval, Eloá Pimentel e Lindenberg Alves, Sandra Gomide e Antonio Pimenta, Janken Evangelista e Ana Claudia, Djalma Veloso e Ana Alice, Nercia Nakashima e Mizael Bispo, Diego Moisés Cândido e Francisca Joelma, Sérgio Estorãos e Zulmira Tarmamade, Ana Maria Laurete e Romário Luiz, Marcos Kitano e Elize Kitano evidenciam o ponto de envolvimento maligno que tal situação pode ocasionar.

Em fevereiro de 2007, Lisa Nowak - casada e mãe de tres filhos - foi acusada de tentativa de sequestro, roubo de carro e destruição de evidências, em Orlando (Flórida). A astronauta foi atrás de Colleen Shipman,

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engenheira da agĂŞncia, por estar namorando William Oefelein,

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astronauta e piloto da missão STS-116 da nave Discovery, que foi ao espaço em dezembro de 2006 e vértice do triângulo amoroso. Ela empreendeu uma viagem alucinante de carro, saindo de Orlando ao Texas sem parar (mais de 2 mil quilômetros). Levando apenas disfarces na bagagem, Nowak usou até fraldas geriátricas para não precisar interromper a viagem. Assim que chegou, a astronauta tentou sequestrar Shipman -- que conseguiu escapar.

A mulher cuja acusação é fruto do ciúme doentio, será conduzida a um “tribunal divino”. O marido ‘traido’ quer a confirmação da ‘suspeita’ e está disposto a ver a terrível pena proposta pela maldição, cumprida, para vergonha ETERNA da acusada, que não teve a ‘sorte’ de ser pega em fragrante, já que a lei a condenaria de imediato a morte ao adultero pego em fragrante. Há uma condenação declarada que será INVALIDADA no instante em que o ciumento marido entrar no santuário. Ele trás consigo uma OFERTA. Começa a aqui o plano. Ela é declarada como MEMORIAL DE CULPA. Mas toda oferta possui o caráter de CONCILIAÇÃO. O marido revoltado oferece um punhado de farinha seca cheia de ódio. Mas o fez diante de DEUS. E não é a OFERTA DELE. É POR ELA. Ele a trás por ELA, ele a oferece por ELA. A OFERTA antecede a MULHER. E é colocada DIANTE DO SENHOR. O Sacerdote então prepara a ‘água amarga’ com o pó que é feito de cinzas do chão do santuário. O que ele produz é água com cinzas que por muitos anos na antiguidade será utilizado para fazer LIXIVIA – Uma espécie de água sanitária feita a partir de cinzas, com alto poder germicida. A lixivia ainda é produzida na atualidade, leva 83


dias para ser confeccionada. A água cinza era somente a mistura inicial do processo, sua única propriedade era a de ter o gosto amargo. Mas não produzia nenhum tipo de mal ao organismo. Era feia, era cinza, e tinha a aparência horripilante. Quanto mais límpida a água, mais pura, mais bem tratada, mais considerada no Oriente. Até a água barrenta das cheias do Jordão são consideradas como “sujas e imundas’ pelo general Naamã que o compara as águas dos rios de sua região natal. O marido estava olhando atentamente a confecção a tal ‘poção de envenenamento’ uma porcaria preta, algo que AOS SEUS OLHOS certamente TINHA PODER de AMALDIÇOAR.

Aquela coisa medonha, com certeza absoluta, aos olhos deles, produziria um efeito qualquer. ANTES de dar a dita ‘porcaria’ à moça acusada, ele a fazia recitar as ‘palavras da maldição’. Depois para dar mais solenidade ainda as ESCREVIA num rolo.

Mas antes de

qualquer coisa ele COLOCAVA A OFERTA NA MÃO da ACUSADA. Uma coisa SANTIFICADA. Ela não soltaria a OFERTA ACEITA, feita por ELA, enquanto durasse o tal ritual. Então ele a faz recitar as palavras ‘mágicas’. E as escreve em um rolo. Num livro QUE PERMANECERIA NO SANTUÁRIO. E depois as APAGA. ELE APAGA AS PALAVRAS DA MALDIÇÂO! COM A PRÓPRIA ÁGUA QUE É DITO QUE TERÁ PODER. O tal livro de maldições era uma cópia em branco de coisa alguma. Toda maldição nele escrita fora apagada antes de produzir uma impressão continua. Só tinha MANCHAS borradas de algo que não podia ser lido. Os nomes das mulheres lá escritos também foram APAGADOS. Não serviria de EVIDENCIA após alguns anos, e toda a cena ocorrida ficaria apenas na

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MEMORIA do sacerdote que com o passar dos anos também esqueceria o nome da moça que um dia foi acusada... Somente após ter APAGADO a maldição o sacerdote daria para ela a ‘água amarga’ enquanto ela PERMANECIA TENDO EM SUAS MÃOS a OFERTA por sua VIDA. A oferta só seria retirada de sua mão após beber a água. Essa OFERTA será MOVIDA diante de Deus num gesto que é o mesmo da CONSAGRAÇÃO dos sacerdotes. E depois colocada sobre o ALTAR. E queimada um punhado sobre ele. Todos esses gestos são para SANTIFICAÇÃO, para ESQUECIMENTO e perdão de faltas outrora cometidas. Somente após isso ela beberá pela segunda vez e depois se não TIVER COMETIDO ERRO, será imputada como INOCENTE e será abençoada. Só que o pecador só é considerado pecador até que OFEREÇA o holocausto, o sacrifício, a oblação ou a oferta. Uma vez REALIZADA A OFERENDA, ele é considerado JUSTIFICADO. A moça, independente te ter cometido o erro ou não, a LUZ do rito sacerdotal, uma vez aceita a oferta não poderia ser tido como CULPADA. Deus declarando isso por meio de uma revelação, propôs uma FARSA! O ritual de condenação é uma FRAUDE! É um rito de SANTIFICAÇÃO disfarçado de CONDENAÇÃO! Na verdade usou a favor do pecador as LEIS DO SANTUÁRIO... e como ninguém conhece melhor suas leis que ele mesmo...não há tribunal canônico do mundo que possa condená-lo por absolver antes de julgar... Ele usou de suas LEIS para mudar a condenação em justificação, mas o faz de modo tão sutil que TRANQUILIZA e APLACA o FUROR HUMANO, já que aos olhos do ciumento, Deus não seria capaz tal ‘trapaça’ para justificar a infiel. O Pai trabalha com as regras que ele mesmo pré-estabeleceu no sacerdócio. Para impedir que a mulher oriental pereça pela força do ciúme doentio. Nada é mais parecido com um ritual de magia que a o ritual das águas amargas e nada é mais maravilhosamente protetor que tal humilhante ritual... de acusação! Que caráter é esse, um “Deus” que usa de inteligência para impedir crimes passionais? Que Deus é esse que aparentemente ‘transgride’ suas próprias leis para impedir a morte de uma mulher, adultera? É o mesmo que é revelado na NATUREZA.

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Salmo 65:8-13: “Tu visitas a terra, e a refrescas; tu a enriqueces grandemente com o rio de Deus, que está cheio de água; tu lhe preparas o trigo, quando assim a tens preparada. Enches de água os seus sulcos; tu lhe aplanas as levas; tu a amoleces com a muita chuva; abençoas as suas novidades. Coroas o ano com a tua bondade, e as tuas veredas destilam gordura. Destilam sobre os pastos do deserto, e os outeiros os cingem de alegria. Os campos se vestem de rebanhos, e os vales se cobrem de trigo; eles se regozijam e cantam. “ Nunca VEREMOS em toda a história do Velho testamento uma única mulher amaldiçoada pelas águas amargas.

Ele, Deus Pai, o Senhor, possui a essência da bellissima cena em que Jesus se assenta no solo e escreve com uma vara, quando é colocado como JUIZ de uma jovem pega em fragrante adultério. E a preserva.

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Welington JosĂŠ Ferreira

ADENDOS 87


Os hebreus (assim como os gregos) não possuíam sinais para representar os números, e por isso usavam letras do alfabeto. Eles criaram um sistema de numeração usando as 22 letras do seu alfabeto, da seguinte forma: as letras eram numeradas de 1 a 10, de 10 a 100 e de 100 a 400. Assim sendo, todas as palavras hebraicas e gregas possuem um valor numérico escrito no original hebraico com 7 palavras e exatamente 28 letras, que é 4 x 7, e é também a soma dos 7 primeiros algarismos (1+2+3+4+5+6+7. O versículo divide-se em duas porções iguais: As três primeiras palavras (NO PRINCIPIO CRIOU DEUS) possuem exatamente 14 letras (2 x 7); e as últimas palavras (OS CÉUS E A TERRA) também. Os três substantivos do texto (DEUS, CÉUS E TERRA) possuem ao todo 14 letras (2 x 7): E o restante também tem 14 letras). A segunda parte do versículo divide-se em duas partes iguais: a primeira parte (OS CÉUS) contém exatamente 7 letras; a segunda parte (E A TERRA) também contém 7 letras Ivan Panin analisado cuidadosamente o texto hebraico de Gênesis 1: 1 e descobriu um incrível fenômeno de múltiplos de sete que não puderam ser explicados por acaso. Gênesis 1: 1 foi composto por sete palavras hebraicas contendo um total de 28 cartas. Em toda a Bíblia, o número sete aparece repetidamente como um símbolo de perfeição divinas-os 7 dias da criação, Deus descansou no sétimo dia, os sete igrejas, os sete selos, as sete trombetas, etc. No total, Panin descobriu 30 códigos distintos envolvendo o número 7 neste primeiro versículo da Bíblia

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Uma lista parcial das de setes encontra-se em Gênesis 1. 1 O número de palavras hebraicas = 7 2 O número de letras é igual a 28 (7x4 = 28) 3 As 3 primeiras palavras hebraicas traduzidas "No princípio Deus criou" tem 14 letras (7x2 = 14) 4 Os últimos quatro palavras em hebraico "os céus ea terra" tem 14 letras (7x2 = 14) 5 O quarto e quinto palavras têm sete letras 6 As palavras sexto e sétimo tem 7 letras 7 As três palavras-chave: Deus, o céu ea terra têm 14 letras (7x2 = 14) 8 O número de letras em palavras os quatro restantes também é 14 (7x2 = 14) 9 A palavra mais curta no versículo é a palavra do meio com 7 letras 10 O valor numérico hebraico dos primeiros, médio e última letra é de 133 (7x19 = 133) 11 O valor numérico Hebraica de primeira ea última letra de todas as sete palavras é 1393 (7x199 = 1393) O valor dos 3 substantivos (DEUS + CÉUS + TERRA) é 777

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A imperfeição moral humana se soma a dimensão imperfeita de sua intelectualidade. A ciência às vezes é muito burra. A ciência é muda. Não tem voz. Nada sabe sobre a existência humana. Nem sobre o amanhã. Ela só sabe o que vê. Só transmite o que percebe. A ciência humana só descreve a vida presente em toda sua glória. Ela não cria e nem gera, somente investiga o que É. O que HÁ. Trabalha com ferramentas pré-existentes e nada mais. Zaratrusta reclamava...”Podes proporcionar a ti mesmo teu bem e o teu mal, e suspender a tua vontade por cima de ti como uma lei? Podes ser o teu próprio juiz e vingador da tua lei?” Vedas coleção de antigos textos Shruti possuem o Râmâyana e o Mahâbhârata, anteriores e superiores, em originalidade e beleza, à Ilíada e à Odisséia. Eles são escritos em poesia e em métrica baseados numa poesia inspirada a um sábio de nome Valmiki. Conta a tradição que Valmiki foi um salteador, o qual assaltava e matava pessoas para sustentar a família, quando teve um encontro com um sábio que o faz repensar a vida. Ele se isola numa floresta para meditar por décadas, (a tradição aponta milênios) e ao se levantar cresceram formigueiros ao seu redor. Sai da floresta para se banhar no Ganges quando vê um casal de pombas brincando. Repentinamente vê uma delas ser morta por uma flechada. Ao ver a pomba viva circulando ao redor da morta ele olha revoltado para o caçador e grita: "Não encontrarás descanso nos longos anos da Eternidade , porque mataste um

pássaro apaixonado e insuspeitoso.". Seus versos são escritos numa métrica de trinta e duas sílabas chamada de Anustubh, e dai faz uma poesia contando a história e epopeia de um homem a quem julga perfeito, Rama, e de sua tremenda luta para resgatar Sita, esposa belíssima raptada por uma antiga criatura. As tradições espirituais abraçadas pelos Indianos são descritas na forma de um verso, do coração de um poeta emocionado.

Essa é a grande característica das Escrituras. Versos que se

originam numa canção. Ezequiel 8:7-11 declara “ A terra pranteia e se murcha; o mundo enfraquece e se murcha; enfraquecem os mais altos do povo da terra. Na verdade a terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto têm transgredido as leis, mudado os estatutos, e quebrado a aliança eterna. Por isso a maldição tem 90


consumido a terra; e os que habitam nela são desolados; por isso são queimados os moradores da terra, e poucos homens restam.” Examina o pano de fundo celestial, as questões espirituais que envolvem o mundo de então. A GRAVIDADE das maldições divinas do Antigo Testamento reflete a URGENCIA para tratar a alma humana, antes que já não houvesse como impedir a DESGRAÇA que tais atos trariam ao mundo. “O temor, e a cova, e o laço vêm sobre ti, ó morador da terra.” A “BRUXA” o JUIZO incontornável estava entoando seu cântico de morte.

E será que aquele que fugir da voz de temor cairá na cova, e o que subir da cova o laço o prenderá; porque as janelas do alto estão abertas, e os fundamentos da terra tremem. De todo está quebrantada a terra, de todo está rompida a terra, e de todo é movida a terra. De todo cambaleará a terra como o ébrio, e será movida e removida como a choça de noite; e a sua transgressão se agravará sobre ela, e cairá, e nunca mais se levantará. Dois mundos estão em evidencia. O Terreno e o Celestial. As Escrituras não tratam somente com o ser humano. Ela é escrita em três vozes. Ela é sempre ternária. Ela atravessa as fronteiras do cotidiano, estabelecendo leis que sempre interferem em três esferas. A humana, a angelical e a demoníaca. Ou no mínimo, sempre infere as esferas mundanas e a esfera espiritual. E será que naquele dia o Senhor castigará os exércitos do alto nas alturas, e os reis da terra sobre a terra. Isaías 24:17-21

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Enchia-se de devassidão a cidade amada, arrancavam-se as filhas das mães ainda na fase de amamentação pagarem as dividas e é como um juiz inflamado por justiça que condenará a Jerusalém a destruição.

Não bastasse tais atos nos nobres, nas autoridades, nos homens de estirpe, poderosos, intelectuais, mercadores. A gravidade do Antigo Testamento é reflexo da atitude sacerdotal corrompida. “E levou-me à porta do átrio; então olhei, e eis que havia um buraco na parede. E disse-me: Filho do homem, cava agora naquela parede. E cavei na parede, e eis que havia uma porta. Então me disse: Entra, e vê as malignas abominações que eles fazem aqui. E entrei, e olhei, e eis que toda a forma de répteis, e animais abomináveis, e de todos os ídolos da casa de Israel, estavam pintados na parede em todo o redor. E estavam em pé diante deles setenta homens dos anciãos da casa de Israel, e Jaazanias, filho de Safã, em pé, no meio deles, e cada um tinha na mão o seu incensário; e subia uma espessa nuvem de incenso.” Até quando Deus faz profecias de xingamento de caráter sexual, como em Jeremias, há uma história sinistra por detrás da aparente ‘grosseria’. E disse-me: Filho do homem, levanta agora os teus olhos para o caminho do norte. E levantei os meus olhos para o caminho do norte, e eis que ao norte da porta do altar, estava esta imagem de ciúmes na entrada. Ez 8.5 Ezequiel

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…19 Apesar de tudo, ela ia multiplicando sua lascívia e libertinagem cada vez mais, à medida que se lembrava dos dias da sua juventude, quando iniciou sua vida de prostituição no Egito. 20 Oolibá se apaixonou loucamente por homens voluptuosos, cujos membros sexuais eram semelhantes aos de jumentos, e cuja ejaculação era como a de cavalos. 21 Assim desejaste reviver toda a luxúria da tua mocidade, quando os egípcios apalpavam os teus seios e acariciavam todo o teu corpo para desvirginá-la. Ele trata a nação de ISRAEL como uma sem-vergonha, uma safada, uma ordinária! Como se ela fosse devassa e ninfomaníaca.

Mas não é de uma

‘mulher’ ou das ‘moças’ das cidades israelitas que Ele está falando. É uma terrível parábola sobre a situação moral de todo um povo. Os cultos sexuais viraram modismo. Os prostíbulos disfarçados de ‘casas de adoração’ enchiam a 92


terra. Junto com eles a escravidão sexual, meninas e meninos vendidos para satisfação de pedófilos em nome de crenças herdadas do EGITO! A situação ficou tão grave que fizeram obeliscos gigantescos, em forma de ‘falo’ ou figuras fazendo sexo e as EDIFICARAM DENTRO do santuário. Colocaram um símbolo erótico em alguma região do templo de Salomão. Próximo ao ALTAR. Atrás de uma porta. Quando abriam a tal porta, a imagem era visível do altar onde faziase os sacrifícios diários. Sacrifícios em busca de SANTIDADE. Na cena de sua missão! “Numa hospedaria ao longo do caminho, o Senhor foi ao encontro de Moisés e procurou matá-lo. Mas Zípora pegou uma pedra afiada, cortou o prepúcio de seu filho e tocou os pés de Moisés. E disse: -Você é para mim um marido de sangue!..." Ex. 4.24 A estrutura do universo espiritual é revelado aos poucos, há um PROCESSO REVELACIONAL acontecendo em todo o Antigo Testamento. E que continua até hoje. Deus continua se revelando a nós. Para o hebreu da antiguidade todo ato sobrenatural acontece a partir do Senhor. Eles escrevem atos feitos por anjos ou por demônios, realizados por Deus. Na teologia do Antigo Testamento Deus faz o bem e o mal, ele abençoa e destrói, ele vivifica e também opera a morte, sendo o agente DIRETO, tanto da cura como da enfermidade. Eles não conhecem germes, bactérias, vírus. Não sabem o que são espíritos malignos e muito menos sua relação com as coisas divinas. Despejam nas ‘costas’ de Deus toda atitude sobrenatural. A morte era algo também um acontecimento espiritual, ninguém poderia morrer sem interferência de um agente espiritual, sem a manifestação de um poder que arrancasse o sopro divino concedido ao homem. Por isso há textos com DUPLA atribuição. Ora Deus, ora o diabo. Muitas vezes não sabem precisar a origem da operação espiritual.

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