Projeto Fly

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UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES ARQUITETURA E URBANISMO CARLA MOURA GOMES 11151503929

PROJETO FLY LABORATÓRIO ENTOMOLÓGICO COM BORBOLETÁRIO E COLMEIAS DE ABELHAS SEM FERRÃO

MOGI DAS CRUZES 2019


UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES ARQUITETURA E URBANISMO CARLA MOURA GOMES 11151503929

PROJETO FLY LABORATÓRIO ENTOMOLÓGICO COM BORBOLETÁRIO E COLMEIAS DE ABELHAS SEM FERRÃO

Trabalho apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo, como requisito de Conclusão do Curso da Universidade de Mogi das Cruzes.

Professor Orientador: Martha Rosinha

MOGI DAS CRUZES 2019


CARLA MOURA GOMES

PROJETO FLY Laboratório entomológico com borboletário e colmeias de abelhas sem ferrão

Trabalho apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo, como requisito de Conclusão do Curso da Universidade de Mogi das Cruzes.

Aprovado em.....................................................

BANCA EXAMINADORA

_______________________________ Componente da Banca

_______________________________ Componente da Banca

_______________________________ Componente da Banca


Dedico primeiramente a Deus, que criou tudo que existe, desde seres minúsculos há ecossistemas complexos e sincronizados que inspira a criação de novas realidades e possibilidades em nossa caminhada na arquitetura e urbanismo.


Agradeço A Deus primeiramente, a todos os meus professores que me permitiram chegar até aqui, compartilhando seus conhecimentos para que eu fosse uma profissional da arquitetura. Mas principalmente a Prof.ª Martha Rosinha e o Prof. Fernando Claret que me orientou neste trabalho de conclusão de curso.


"Aqueles que olham para as leis da Natureza como um apoio para os seus novos trabalhos colaboram com o Criador. �

(Antoni GaudĂ­)


RESUMO

O trabalho teve como objetivo mostrar a importância do convívio direto com a natureza de forma inusitada, introduzindo a conscientização sobre a importância da entomologia, que se estuda todas as vertentes dos insetos em seu âmbito geral, mais precisamente aos insetos polinizadores tais como as borboletas e abelhas sem ferrão silvestres da mata atlântica. Além disso, a introdução de um laboratório entomológico na região aumenta a valorização da área de pesquisa, mas também na possibilidade de incentivar pessoas a seguirem na carreira cientifica, sem dizer das colmeias que podem ser objeto de estudos, juntamente as borboletas que estarão no borboletário.

Palavras-chaves: Entomológico, Laboratório, Borboletário, Borboleta, Abelha Sem Ferrão, Arquitetura.


ABSTRACT

The objective of this work was to show the importance of direct coexistence with nature in an unusual way, inserting a consciousness about the entomology that developed as one of the most alive forms of the world wild stingless bees of the Atlantic Forest. In addition, the introduction of an entomological study in the region increases the value of the research area, but there is also the possibility of becoming a reader of drugs, and children can be studied, along with the proteins that are in the butterfly.

Keywords: Entomological, Laboratory, Butterfly, Butterfly, Stingless Bee, Architecture.


LISTA DE FIGURAS Figura 1 Modelo de aquário adaptado para ser um borboletário. ............................. 24 Figura 2- Museu Catavento – Borboletário. .............................................................. 25 Figura 3 Borboletário Mangal das Garças ................................................................ 26 Figura 4 - Parte interna do borboletário – Butterfly Word – EUA .............................. 26 Figura 5 Colmeia artificial ......................................................................................... 29 Figura 6 Colmeia de abelha sem ferrão ................................................................... 30 Figura 7 Colmeia de abelha sem ferrão natural........................................................ 30 Figura 8 - Laboratório entomológico da Universidade Caxias do Sul ....................... 33 Figura 9 - Borboletário/ 3deluxe ............................................................................... 34 Figura 10 – Borboletário/ 3deluxe ............................................................................. 35 Figura 11 – Borboletário/ 3deluxe ............................................................................. 35 Figura 12 – Borboletário/ 3deluxe jardim interno ...................................................... 36 Figura 13 – Borboletário/ 3deluxe parte interna ........................................................ 36 Figura 14 – Borboletário/ 3delux Brise ..................................................................... 37 Figura 15 – Borboletário/ 3deluxe............................................................................. 37 Figura 16 – Borboletário/ 3delux Implantação .......................................................... 38 Figura 17 – Borboletário/ 3delux – Corte A.A ........................................................... 39 Figura 18 – Borboletário/ 3delux - Corte B.B ........................................................... 39 Figura 19 – Jardim das Borboletas - Emilio Olivo + Rosa Julian .............................. 41 Figura 20 – Jardim das Borboletas - Criadouro ........................................................ 41 Figura 21 – Jardim das Borboletas - Emilio Olivo + Rosa Julian .............................. 42 Figura 22 – Jardim das Borboletas - Emilio Olivo + Rosa Julian – Circulação ......... 43 Figura 23 – Jardim das Borboletas - Emilio Olivo + Rosa Julian .............................. 43 Figura 24 – Jardim das Borboletas - Emilio Olivo + Rosa Julian .............................. 44 Figura 25 – Jardim das Borboletas - Emilio Olivo + Rosa Julian – Tenda ................ 44 Figura 26 – Jardim das Borboletas - Emilio Olivo + Rosa Julian .............................. 45 Figura 27 – Jardim das Borboletas - Emilio Olivo + Rosa Julian – Área Externa ..... 45 Figura 28 – Jardim das Borboletas - Emilio Olivo + Rosa Julian – Área de preservação............................................................................................................... 46 Figura 29 – Jardim das Borboletas - Emilio Olivo + Rosa Julian – Planta Baixa Geral .................................................................................................................................. 47 Figura 30 – Jardim das Borboletas - Emilio Olivo + Rosa Julian – Planta Baixa Borboletário ............................................................................................................... 48


Figura 31 – Jardim das Borboletas - Emilio Olivo + Rosa Julian – Planta Baixa do Laboratório ................................................................................................................ 49 Figura 32 - – Jardim das Borboletas - Emilio Olivo + Rosa Julian - Implantação ...... 50 Figura 33 – Jardim das Borboletas - Emilio Olivo + Rosa Julian – Elevação Norte.. 51 Figura 34 – Jardim das Borboletas - Emilio Olivo + Rosa Julian – Elevação Sul ..... 51 Figura 35 – Jardim das Borboletas - Emilio Olivo + Rosa Julian – Elevação Leste .. 52 Figura 36 – Jardim das Borboletas - Emilio Olivo + Rosa Julian – Corte A.A........... 52 Figura 37 – Jardim das Borboletas - Emilio Olivo + Rosa Julian – Corte B.B........... 53 Figura 38 – Jardim das Borboletas - Emilio Olivo + Rosa Julian – Corte C.C .......... 53 Figura 39 - Mangal das Garças ................................................................................ 54 Figura 40 - Mangal das Garças – Implantação Ilustrada .......................................... 55 Figura 41 - Mangal das Garças ................................................................................ 55 Figura 42 - Mangal das Garças - Borboletário .......................................................... 56 Figura 43 – Borboleta do Mangal das Garças .......................................................... 56 Figura 44 - Mangal das Garças – Parte interna do Borboletário............................... 57 Figura 45 - Mangal das Garças – Parte interna do Borboletário............................... 57 Figura 46 – Laboratorio Biokilab/ Taller Básico de Arquitetura ................................. 59 Figura 47 – Laboratorio Biokilab/ Taller Básico de Arquitetura ................................. 59 Figura 48 – Laboratorio Biokilab/ Taller Básico de Arquitetura – Parte Interna ........ 60 Figura 49 – Laboratorio Biokilab/ Taller Básico de Arquitetura – Parte Interna ........ 60 Figura 50 – Laboratorio Biokilab/ Taller Básico de Arquitetura – Parte Externa ....... 61 Figura 51 - Laboratorio Biokilab/ Taller Básico de Arquitetura – Parte Externa ........ 61 Figura 52 Laboratorio Biokilab/ Taller Básico de Arquitetura – Parte Externa .......... 62 Figura 53 – Laboratorio Biokilab/ Taller Básico de Arquitetura – Planta Baixa ......... 62 Figura 54 – Laboratorio Biokilab/ Taller Básico de Arquitetura – Cortes A.A e B.B .. 63 Figura 55 – Laboratorio Biokilab/ Taller Básico de Arquitetura – Corte C.C ............. 63 Figura 56 – Laboratorio Biokilab/ Taller Básico de Arquitetura – Implantação .......... 64 Figura 57 – Humedal – TAAR – Taller de Arquitectura de Alto Rendimiento ........... 65 Figura 58 – Humedal – TAAR – Taller de Arquitectura de Alto Rendimiento ........... 66 Figura 59 – Humedal – TAAR – Taller de Arquitectura de Alto Rendimiento ........... 66 Figura 60 – Humedal – TAAR – Taller de Arquitectura de Alto Rendimiento – Sistema de captação de água ................................................................................... 67 Figura 61 – Humedal – TAAR – Taller de Arquitectura de Alto Rendimiento – Ventilação natural...................................................................................................... 68


Figura 62 – Humedal – TAAR – Taller de Arquitectura de Alto Rendimiento ........... 68 Figura 63 – Humedal – TAAR – Taller de Arquitectura de Alto Rendimiento .......... 69 Figura 64 – Humedal – TAAR – Taller de Arquitectura de Alto Rendimiento – Jardim Externo ...................................................................................................................... 70 Figura 65 – Humedal – TAAR – Taller de Arquitectura de Alto Rendimiento ............ 70 Figura 66 – Humedal – TAAR – Taller de Arquitectura de Alto Rendimiento – Planta Baixa Térreo .............................................................................................................. 71 Figura 67 – Humedal – TAAR – Taller de Arquitectura de Alto Rendimiento – Planta Baixa Térreo .............................................................................................................. 72 Figura 68 – Humedal – TAAR – Taller de Arquitectura de Alto Rendimiento – Fachada .................................................................................................................... 73 Figura 69 – Humedal – TAAR – Taller de Arquitectura de Alto Rendimiento – Estudo Volumétrico e Corte ................................................................................................... 73 Figura 70 – Humedal – TAAR – Taller de Arquitectura de Alto Rendimiento – Axonometria .............................................................................................................. 74 Figura 71 – Catalogo de borboletas e mariposas ..................................................... 76 Figura 72 – Catalogo de borboletas e mariposas ..................................................... 77 Figura 73 – Laboratório UMC ................................................................................... 77 Figura 74 – Museu Catavento .................................................................................. 79 Figura 75 – Estação Estudantes - Museu Catavento .............................................. 79 Figura 76 – Museu Catavento .................................................................................. 80 Figura 77 - Comprovante da visita – ingresso de entrada ........................................ 80 Figura 78 - Comprovante da visita – panfleto mostrando a planta setorizada ......... 81 Figura 79 - Informação de quantidade de visitação para cada atração .................... 82 Figura 80 - Exposição das mariposas e borboletas silvestres ................................. 82 Figura 81 - Exposição das mariposas e borboletas silvestres .................................. 83 Figura 82 - Exposição das mariposas e borboletas silvestres .................................. 83 Figura 83 - Exposição do ciclo de vida das borboletas silvestres ............................. 84 Figura 84 - Exposição do ciclo de vida das borboletas silvestres ............................. 84 Figura 85 - Exposição do ciclo de vida das borboletas silvestres ............................. 85 Figura 86 - Exposição do ciclo de vida das borboletas silvestres ............................. 85 Figura 87 - Exposição do ciclo de vida das borboletas silvestres ............................. 86 Figura 88 - Exposição do ciclo de vida das borboletas silvestres ............................. 86 Figura 89 - Exposição do ciclo de vida das borboletas silvestres ............................. 87 Figura 90 - Borboletário Catavento e Jardim ............................................................ 87


Figura 91 - Colmeia artificial de abelha sem ferrão .................................................. 88 Figura 92 - Colmeia artificial de abelha sem ferrão .................................................. 88 Figura 93 - Colmeia artificial de abelha sem ferrão .................................................. 89 Figura 94 - Colmeia artificial de abelha sem ferrão .................................................. 89 Figura 95 - Colmeia artificial de abelha sem ferrão .................................................. 90 Figura 96 - Colmeia artificial de abelha sem ferrão .................................................. 90 Figura 97 - Hotel de abelhas da Bee Care para abelhas que vivem individualmente .................................................................................................................................. 91 Figura 98 - Hotel de abelhas da Bee Care para abelhas que vivem individualmente .................................................................................................................................. 91 Figura 99 - Borboletário Catavento e Jardim ............................................................ 92 Figura 100 - Ante câmera para entrar no borboletário .............................................. 93 Figura 101 - Ovos das borboletas ............................................................................ 94 Figura 102 - Montante de potes com lagartas de borboletas. .................................. 94 Figura 103 - Lagartas sendo alimentadas ................................................................ 95 Figura 104 - Poço central com recipientes de pupas e lagartas coletadas ............... 95 Figura 105 - Pupas catalogadas ............................................................................... 96 Figura 106 - Borboleta Olho-de-coruja ..................................................................... 97 Figura 107 - Borboleta Olho-de-coruja .................................................................... 98 Figura 108 - Pé de Manacá de cheiro ....................................................................... 98 Figura 109 - Localização de Mogi das Cruzes no Brasil ........................................... 99 Figura 110 - Localização de Mogi das Cruzes no Estado de São Paulo .................. 99 Figura 111 – Estado de São Paulo - Índices Urbanos .......................................... 100 Figura 112 – Mogi das Cruzes – índices Urbanos .................................................. 103 Figura 113 - Localização do Terreno que haverá intervenção dentro da cidade de Mogi das Cruzes ..................................................................................................... 105 Figura 114 – Av. Francisco Rodrigues Filho e a Rod. Henrique Eroles .................. 105 Figura 115 – E.T.E. Estação de Tratamento de Esgoto ......................................... 106 Figura 116 – Estacionamento do Parque Centenário ............................................. 106 Figura 117 – Terreno com construções a demolir .................................................. 107 Figura 118 – Construções a demolir....................................................................... 107 Figura 119 – Terreno visto por satélite ................................................................... 108 Figura 120 – Terreno visto por satélite ................................................................... 108 Figura 121 – Distância das Universidades e o Terreno .......................................... 109


Figura 122 - – Orientação Solar – Verão ................................................................ 109 Figura 123 – Orientação Solar – Outono ................................................................ 109 Figura 124 – Orientação Solar – Inverno ................................................................ 110 Figura 125 – Orientação Solar – Primavera ........................................................... 111 Figura 126 - Ventilação predominante .................................................................... 111 Figura 127 – Setorização das áreas do entorno do terreno .................................. 112 Figura 128 – Fluxo Viário – Cor Vermelha: Alto fluxo; Cor Azul: Médio Fluxo; Cor Verde: Fluxo Baixo .................................................................................................. 113 Figura 129 – Fluxo viário ........................................................................................ 113 Figura 130 – Levantamento fotográfico do terreno ................................................ 114 Figura 131 - Zoneamento ....................................................................................... 115 Figura 132 – Espaço interno com Jardim ................................................................ 138 Figura 133 – Modelo de Brise de bambu ................................................................ 138 Figura 134 – Espaço de convivência com jardim ao centro ................................... 139 Figura 135 – Jardim ao centro do projeto ............................................................... 139 Figura 136 – Jardim vertical com lagoa artificial ..................................................... 140 Figura 137 – Laboratório com ventilação e iluminação natural............................... 140 Figura 138 – Cobertura transparente que permite a iluminação natural ................. 141 Figura 139 – Espaço com grande iluminação natural por meio de estrutura metálica e pele de vidro ......................................................................................................... 141 Figura 140 – Decks de Ligação .............................................................................. 142 Figura 141 - Perspectiva de calçada e o projeto ................................................... 142 Figura 142 – Área de reflorestamento .................................................................... 143 Figura 143 – Volumetria do mirante ....................................................................... 143 Figura 145 – Croqui da Elevação ........................................................................... 144 Figura 146 – Croqui de Implantação ...................................................................... 144 Figura 147 – Organograma .................................................................................... 145 Figura 148 – Setorização esquemática .................................................................. 146 Figura 149 - Organograma geral ............................................................................ 147 Figura 150 - Organograma Borboletário ................................................................. 147 Figura 151 - Organograma Administração ............................................................. 148 Figura 152 - Organograma Área de convivência .................................................... 148 Figura 153 - Organograma Laboratório Entomológico ........................................... 149 Figura 154 - Organograma Área Geral Privada ...................................................... 149


Figura 155 – Fluxograma ....................................................................................... 150


LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Análise dos Estudos de Caso ................................................................. 75 Tabela 2 – Tabela de Parâmetros Técnicos e Permissão do Uso segundo o Zoneamento Municipal ............................................................................................ 115 Tabela 3 – Tabela de Parâmetros Técnicos e Permissão do Uso segundo o Zoneamento Municipal ............................................................................................ 116 Tabela 4 – Permissão de Uso conforme a atividade .............................................. 116 Tabela 5 – Permissão de Uso conforme a atividade.............................................. 117 Tabela 6 – Programa de Necessidades .................................................................. 128


LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Cidade de São Paulo tem 12,2 milhões de habitantes ........................ 100 Gráfico 2 – Desemprego entre jovens no estado de São Paulo ............................. 101 Gráfico 3 – Desemprego entre jovens no estado de São Paulo ............................. 101


SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 19 2. BORBOLETÁRIO ............................................................................................... 22 2.1.

História do Borboletário ................................................................................................. 23

2.2.

Borboletário no Brasil ..................................................................................................... 23

2.3.

Modelos de Borboletário ................................................................................................ 24

3. COLMEIAS DE ABELHAS SEM FERRÃO ........................................................ 27 3.1.

História das colmeias no Brasil ..................................................................................... 27

3.2.

Modelos de Colmeias ...................................................................................................... 29

4. LABORATÓRIO DE PESQUISA ENTOMOLÓGICAS ....................................... 31 4.1.

História da área de pesquisa Entomológicas. .............................................................. 31

4.2.

Tipologia de laboratório de pesquisa entomológicas ................................................. 32

5. ESTUDO DE CASO............................................................................................ 34 5.1.

Borboletário – 3deluxe .................................................................................................... 34

5.2.

Jardim das Borboletas – Emilio Olivo + Rosa Julian .................................................. 40

5.3.

Mangal das Garças – Belém – PA – Brasil .................................................................... 54

5.4.

Laboratório Biokilab – Espanha .................................................................................... 58

5.5.

El Humedal – TAAR – Taller de Arquitectura de Alto Rendimiento ........................... 65

6. ANÁLISE SWOT DOS ESTUDOS DE CASO .................................................... 75 7. VISITA TÉCNICA ............................................................................................... 76 7.1.

Laboratório da Universidade de Mogi das Cruzes – 20 de fevereiro de 2019 ........... 76

7.2.

Borboletário do Museu Catavento – 16 de março de 2019 ......................................... 79

8. ÁREA DE INTERVENÇÃO ................................................................................. 99 8.1.

Localização ...................................................................................................................... 99

8.2.

Estado de São Paulo ..................................................................................................... 100

8.3.

Cidade de Mogi das Cruzes .......................................................................................... 102

8.4.

História de Mogi das Cruzes ........................................................................................ 104

8.5.

Terreno ........................................................................................................................... 105

8.5.1.

Análise do Terreno ...................................................................................................... 105

8.5.2.

Distância entre o terreno e as universidades .............................................................. 109

8.5.3.

Solar e Vento predominante ........................................................................................ 109

8.6.

Estudo Macro Ambiental .............................................................................................. 112

8.7.

Fluxo Viário .................................................................................................................... 113

8.8.

Levantamento Fotográfico ........................................................................................... 114

8.9.

Uso e Ocupação do Solo .............................................................................................. 114

9. LEGISLAÇÕES ................................................................................................ 118 9.1.1.

IBAMA.......................................................................................................................... 118

9.1.2.

CONAMA ..................................................................................................................... 120


9.1.3.

Código Sanitário .......................................................................................................... 120

9.1.4.

Bombeiros ................................................................................................................... 123

9.1.5.

NBR 9050 .................................................................................................................... 125

10.

PERFIL DO USUÁRIO ................................................................................... 127

11.

PROGRAMA DE NECESSIDADES ............................................................... 128

12.

ESQUEMAS ESTRUTURANTES .................................................................. 137

12.1.

Conceito ......................................................................................................................... 137

12.2.

Partido Arquitetônico .................................................................................................... 137

13.

CROQUIS....................................................................................................... 144

14.

AGENCIAMENTO .......................................................................................... 145

15.

SETORIZAÇÃO ............................................................................................. 146

16.

ORGANOGRAMA .......................................................................................... 147

16.1.

17.

Organograma de cada setor ......................................................................................... 147

FLUXOGRAMA .............................................................................................. 150 CONCLUSÃO ................................................................................................ 151 REFERÊNCIAS .............................................................................................. 152 ESTUDO PRELIMINAR ................................................................................. 159


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1. INTRODUÇÃO

Ao longo dos anos, o impacto ambiental tem aumentado drasticamente, usos excessivos de materiais naturais e o descarte desenfreado dos resíduos no meio ambiente interferem não somente no equilíbrio natural, mas também na vida de espécies importantes para a continuidade das gerações da flora nativa. E conforme o aumento populacional e a expansão urbana, os animais menos evidenciados saem em desvantagens, dentro deles encontra-se as borboletas e as abelhas. Que são parte vital para a reprodução da botânica, animais polinizadores que ajudam na troca genética da flora e na saúde da mesma, situação que vem sido impactada pela perda de seu habitat natural e por falta de conscientização desses animais menores. A importância do meio ambiente tem crescido em meio as mídias sociais e cada vez há mais introdução desse tema nas escolas e universidades, porém ainda apresentam deficiência. Uma maneira de diminuir essa deficiência é fazer com que o homem conviva um pouco com o meio natural, assim formando um vínculo afetivo e facilitando a conscientização da natureza mais precisamente com as borboletas e as abelhas. As abelhas e as borboletas são um do principal meio de polinização da flora, algumas espécies são tão especificas que se não existirem mais, não veremos mais flores ou frutos nascendo de forma natural. Por estarem na mesma classe, incesta, não costumam serem populares como os mamíferos, isso acarreta um abandono e a preservação se torna deficiente, trazendo um perigo para essas espécies, como a abelha sem ferrão, que se encontra em risco de extinção. O perigo não se encontra apenas no meio animal, mas também no meio científico, o Brasil possui baixo investimento na área de pesquisas cientificas e principalmente para os profissionais, que acabam se refugiando para o exterior, em países que investem em suas pesquisas e há um salário adequado. Sendo assim, o projeto não tem só a característica de preservação ambiental, mas também da área cientifica, em que o público terá convívio não somente com os insetos


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e a flora, mas com os espaços de pesquisa e um laboratório especifico para os curiosos, assim abrangendo para os cientistas licenciados e também os bacharéis que estarão catalogados e pesquisando os animais. Esse convívio pode trazer incentivos as futuras gerações de universitários em que poderão seguir na área cientifica e buscando cada vez a melhoria para a área e principalmente o reconhecimento dos cientistas brasileiros. A conscientização dos problemas ambientais é de extrema importância e para isso, o projeto tem como característica a instruir o público. De forma natural e lúdica, a introdução de um borboleteio acarreta visitações de curiosos e do público infantil, no qual o projeto contará não somente com ele, mas também com uma colmeia de abelhas sem ferrões, que estarão voando ao longo de todo o terreno e também haverá um centro de pesquisas para apoio a esses animais e principalmente para novos estudos biológicos e a catalogação deles.

 Centro de pesquisa O centro conterá algumas salas, incluindo laboratórios, áreas de catalogação dos insetos em que alunos das universidades possam usar juntamente com pesquisadores e cientistas. Em uma das salas será exclusiva para o uso público, onde junto com instrutores, poderão ter experiências cientificas e uma educação ambiental.

Borboletário

Por ser um edifício de contato direto com os insetos e flora nativa, o intuito do projeto é trazer uma experiência aos sentidos do usuário, despertando a concentração e a perspectiva para esses animais, já que são inofensivos e livres, isso fará com que o público se identifique e se entretenham com elas. 

Colmeia

Como o projeto contém uma característica natural, o paisagismo externo não será apenas ligado a estética visual, mas também as abelhas sem ferrão, onde as mesmas se alimentaram e polinizarão as flores que estiverem ao longo do terreno do projeto. Novamente a introdução do convivo do público com as abelhas é para que haja uma


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nova perspectiva a esses insetos, fazendo com que o usuário entenda sua importância para o meio ambiente. Além de mostrar a vida e as vertentes do convívio desses três temas, o trabalho tem a ideia de complementar o conhecimento sobre esses animais e a importância dos mesmos, para que assim a valorização não seja só por animais mamíferos, mas em todas as classes e de seus ecossistemas.


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2. BORBOLETÁRIO Além de serem bonitas por sua estrutura como borboleta, elas são indicativos de habitat qualitativo ou se possui alteração por poluição ou desequilíbrio ambiental, pois são animais sensíveis e muitas das espécies necessitam de alimento especifico para sobreviverem, além disso a borboleta só desova em determinadas floras e no seu período de larva ela consome grande parte dela, quando se transforma em borboleta é necessário outro pé, flor ou vegetação, para que a mesma se alimente, onde será sua desova também. São populares entre poetas e em metáforas, mostrando a grande metamorfose desses animais, em que a maior parte de sua vida é na forma de lagarta, em que se alimenta e cresce para poder se transformar em borboleta, mas (dependendo da espécie) a sua vida com sua exuberância é curta, permitindo poucos dias de voo e reprodução (muitas vezes copulam, desovam e morrem). “Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante. Do que ter aquela opinião formada sobre tudo Do que ter aquela opinião formada sobre tudo Eu quero dizer agora o oposto do que eu disse antes... Eu quero viver nessa metamorfose ambulante ...” (SEIXAS, cantor Raul – Metamorfose Ambulante de 1973)

A vontade de contato com a natureza induz o ser humano a criar meios para essa convivência, como zoológicos, aquários parques entre outros, além destes há o borboletário, em que basicamente é uma estrutura simples, muitas vezes já usadas como estufa e fora introduzido borboletas, iniciando um criadouro particular. Com o passar dos anos houve uma popularidade nesse tipo de exposição, iniciando borboletários particulares como atrativo turístico e de lazer, permitindo o contato direto com a flora e as borboletas, trazendo conscientização ambiental da importância desses polinizadores para o meio e fazendo com que o público tenha empatia com a classe insecta. “As borboletas são indicadores biológicos. A variação de quantidade e proporção das espécies pode mostrar se a qualidade do habitat está melhorando ou piorando” (FREITAS, Prof. André, Jornal UNICAMP 4 de março de 2007, p. 12)


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2.1. História do Borboletário A criação de um borboletário se deu a uma estufa desativada em Guernsey – ilha no Canal da Mancha, Grã Betânia, em que o Mr. David Lowe a alugou e introduziu borboletas vivas na estrutura, formando assim, em 1976, a primeira exposição de borboletas no mundo, na qual se tornou muito popular na Inglaterra, já que a população tem um grande afeto com estufas. Não há informações dessa popularização e nem indícios históricos anteriores.

2.2. Borboletário no Brasil Os borboletários nacionais possuem dois grupos, o privado e o público, em que os privados são financiados e conservados por colecionadores e apreciadores desses insetos. Já o público tem a intenção de estudos, conscientização ou apenas para o lazer de quem os visitam. Por ser um assunto na qual foi-se evoluindo privadamente e sem muito intuído institucional, não há outras informações datadas anteriormente ao ano de 2005. Em 2005 foi inaugurado o maior borboletário público no Brasil, localiza-se no Pará Belém, resultou-se de uma revitalização de uma área e 40.000m², que antes era uma área alagada de Aningas (vegetação nativa), criando então um parque ecológico, que está introduzido o borboletário. O maior borboletário privado é o Águias da Serra Na Capital de São Paulo, é considerado um Polo de Ecoturismo, pois está em uma área de proteção ambiental, incluindo áreas de conveniência e praça de alimentação, foi inaugurado pelo antigo prefeito Fernando Haddad em 2015. Também em 2015, foi inaugurado outro borboletário privado, em Porto Seguro – BA, contendo 3 viveiros, cada um com 300m², com uma área de voo de 900m², possuindo centenas de borboletas voando na extensão. Sem dizer dos pequenos borboletários que são introduzidos em pequenos parques e museus ao longo do país, são criadouros com pouca capacidade e com o objetivo de lazer e entretenimento.


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2.3. Modelos de Borboletário A estrutura de um borboletário é simples, muitas vezes um espaço com um pouco de folhas e agua são o suficiente, mas conforme a popularização destes, iniciou-se grandes espaços concentrando vegetações e passeios para que o observador possa transitar por dentre ele. Por isso os modelos variam entre si dependendo da quantidade de borboletas que conterá e se será algo caseiro ou de maior escala. Os modelos são:

Aquários

Muitos borboletários são de característica caseira, em que o admirador desses animais pega um aquário de peixes e o transforma em um micro habit, coleta ou compra uma lagarta de borboleta e a alimenta com folhas ou frutas e legumes (de acordo com a espécie) até ela fazer um casulo, logo após essa borboleta ficara sem alimentação até a sua transição de lagarta para borboleta, quando a mesma se transforma é solta ao meio ambiente. Uma forma de ajudar a preservar e aumentar a população de borboletas.

Figura 1 Modelo de aquário adaptado para ser um borboletário.

Fonte: Google imagens


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Geodesias

A estrutura geodésica tem como o encaixe de vários triângulos, formando uma esfera (forma mais comum) ou formas mais criativas e trabalhadas, por ser uma estrutura simples e resistente, o uso dessa estrutura também é utilizado como um borboleteio, onde a cúpula abriga as espécies juntamente com a flora que a alimenta, é possível que os visitantes entrem nessa estrutura e observar a vida desses animais.

Figura 2- Museu Catavento – Borboletário.

Fonte: Google imagens

Telas

A tela é o modelo mais utilizado, por ser uma tela sustentada por pequenas madeiras, a estrutura se torna móvel e de fácil ampliação, trazendo uma maior visitação pois pode conter um número elevado de espécies de borboleta, em que o usuário pode não só observar, mas caminhas por entre a flora e procurar os insetos, um estimulo a percepção e a curiosidade.


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Figura 3 Borboletário Mangal das Garças

Fonte: Site oficial do Parque Ecológico Mangal das Garças – Belém

Estufas

O primeiro borboletário foi em uma estufa desativada, já que a mesma é usada para produção e crescimento das flores, foi uma maneira instintiva de se criar borboletas no mesmo ambiente, havendo flora específica para a alimentação das lagartas, se terá um borboletário funcional, já que esses animais ajudam na reprodução das flores.

Figura 4 - Parte interna do borboletário – Butterfly Word – EUA

Fonte: Google Imagens


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3. COLMEIAS DE ABELHAS SEM FERRÃO As abelhas são uma das maiores polinizadoras naturais no meio ambiente, onde há flores em que só as abelhas as polinizam, como por exemplo flores angiospermas, em que há a necessidade de uma troca de pólen para a reprodução e criação de uma nova. A maioria das abelhas vivem de forma coletiva, onde possuem uma hierarquia em que estão as abelhas operarias, que fazem o trabalho de coleta de alimento, a rainha, que são únicas para cada colmeia, são responsáveis pela a reprodução da colmeia e os zangões que são os machos que copulam com a rainha para o aumento populacional da colmeia. Sua estrutura é simplicíssima e geométrica, são vários hexágonos onde cabem os ovos das abelhas e lá que se evoluem de lagarta a abelha. Sua alimentação determina que classe hierarca que a abelha se tornara, se forem alimentadas por geleia real, a larva se tornará uma rainha, se for alimentada por mais pólen e mel, se tornara operaria e os não fecundados, tornam-se zangões. Dependendo da flor ou arvore há especificas espécies de abelhas para polinizaremna, como orquídeas, maracujazeiro entre outras espécies, sendo assim a importância desses insetos, juntamente com as borboletas e pássaros são de ajudar na reprodução da flora, permitindo troca genética e também equilíbrio ambiental.

“[...] apesar da consciência dos produtores da necessidade destas abelhas para polinizarem suas culturas, o péssimo manejo de paisagem destas áreas, com a remoção das matas nativas que servem de local de abrigo, descanso e nidificação para estas abelhas, uso pesado de agroquímicos e falta de divulgação de formas de criação e manejo destas abelhas [...]” (FREITAS e PAXTON, 1996; 1998; MALERBO-SOUZA et al., 2003; MARCO JR. e COELHO, 2004)

3.1. História das colmeias no Brasil As abelhas são usadas desde a descoberta do Brasil, tribos indígenas já as utilizavam para medicina e alimento, pois o mel coletado era fonte energética, na qual era fundamental para caças e caminhadas de longa extensão. As tribos indígenas apenas extraiam o mel das colmeias, não se havia a criação delas.


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Nos meados do século 18, foram trazidas as abelhas europeias do tipo Apis, para o Brasil, pelos Jesuítas, na qual usavam a cera das colmeias, faziam velas a partir dessa matéria prima, já que as missas usavam muitas velas para atos religiosos, por usarem constantemente esse tipo de matéria prima, tinham grande técnica de criação, manutenção e extração das colmeias. A produção do mel no Brasil começou e houve uma ótima adaptação das abelhas europeias a extração foi bem-sucedida juntamente com os conhecimentos de criação dos europeus. Em 1950, pesquisadores da Unesp trouxeram abelhas africanas para estudarem, já que são bastante produtivas e também eram do tipo Apis, algumas delas acabaram escapando do laboratório e indo para áreas florestais, onde criaram uma colmeia e ocasionou o cruzamento dessa espécie com a europeia, gerando uma nova espécie, hibrida, as Apis melliferas, agressivas e com ferrões poderosos, elas são as maiores produtoras de mel e seus derivados no Brasil, pois elas são flexionáveis, podem se alimentar de várias plantas e são bem adaptáveis a temperaturas oscilantes, bem produtivas e ótimas polinizadoras, essa espécie tomaram grande proporção, sendo elas a maior espécie de abelhas no ecossistema brasileiro. Porém essa adaptação e intrusão da Apis melliferas, a nossa abelha nativas perderam espaço, sendo expulsas pela hibrida, não se sabe se algumas espécies podem terem sido extintas, gerando um impacto ambiental enorme, principalmente que a maior espécie usada na apicultura é feita pela Apis melliferas. Há mais de 400 espécies de abelhas sem ferrão ao longo da América do Sul e Central, muitas dessas não foram colmeias, andam solitárias e com sua alimentação restrita. Contudo, há abelhas sem ferrão que produzem mel, logo, formam colmeias, são as polinizadoras da região tropical, sua alimentação é da flora nativa, dependendo da preservação da mata em que estão localizadas e só sobrevivem no seu habit natural. Por esse motivo, iniciaram colmeias para exposição e preservação, como no museu do cata-vento, que possui um pequeno apiário, para a conscientização da importância da polinização e educação ambiental.


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3.2. Modelos de Colmeias Atualmente existem apenas dois modelos de colmeia, as artificiais e naturais, onde os naturais são de abelhas silvestres, com uma seleção natural e iniciando-se por uma rainha e aos poucos vai se construindo uma estrutura feita por abelhas operárias, totalmente orgânica. Já as colmeias artificiais são construídas para o uso de colmeias para a venda ou consumo de mel retirado da mesma, muitas vezes caseiro, mas no mundo todo a apicultura é bem popular para grandes indústrias de mel e produtos derivados da colmeia, onde a comercialização é constante para produtos orgânicos, remédios caseiros ou farmacêuticos. A estrutura desses modelos são: 

Colmeias Verticais

Esse tipo de sistema é muito utilizado por produtores de mel, são caixas de madeira, com pequenas divisórias, em que no meio dessas divisões há um pequeno espaço, para que as abelhas entrem, são divisórias removíveis, para poder retirar o mel e o favo, para venda ou apenas para uso próprio. São fáceis de manusear, adequam-se para abelhas da espécie Alpis e também abelhas sem ferrão. Figura 5 Colmeia artificial

Fonte: Google Imagens – Caixa de colmeia para abelhas sem ferrão

Colmeia natural

A abelha tem o instinto natural de seguir uma rainha, onde ela se pré-estabelece em um determinado local, casco de árvore, tronco seco ou pequenas aberturas, as vezes em locais naturais ou urbanos.


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Sua estrutura é completamente orgânica, feita por abelhas operarias e a maioria das vezes por fora a forma é irregular, mas internamente são vários hexágonos ou círculos geometricamente regulares e lá são depositados o mel, a geleia real e também as os ovos que consequente viram larvas. Com a urbanização as abelhas perderam seu espaço e tiveram que se adaptarem em locais civilizados, buscando se estabelecer como colmeia em forros, beirais, coberturas, pequenas aberturas e em edifícios abandonados, buscando alimento em jardins e pequenas concentração de arvores em meio urbano, mas também em alimentos doces e feiras.

Figura 6 Colmeia de abelha sem ferrão

Fonte: Google imagens

Figura 7 Colmeia de abelha sem ferrão natural

Fonte: Google imagens


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4. LABORATÓRIO DE PESQUISA ENTOMOLÓGICAS A entomologia estuda toda a classe insecta, ou seja, insetos em sua ampla diversidade, desde borboletas, a besouros, moscas, carrapatos, abelhas, formigas e entre outras espécies. Por estarmos em constante mudanças urbanas, a entomologia vem sendo essencial para o estudo ambiental e o seu controle, mas por ser uma área especifica é necessário um espaço destinado a tal singularidade, a maioria das vezes esses centros de pesquisa são encontrados em universidades agropecuárias ou ambientais. O estudo desses animais interfere diretamente na vida dos consumidores, pois esses insetos muitas das vezes podem trazer doenças para plantações e a pecuária, outros são essenciais para a polinização e o processo de troca genética de frutas, legumes e vegetais. Sem dizer que o estudo do comportamento de alguns destes animais, podem auxiliar no controle de epidemias e doenças, como dengue, doença de chagas entre outras, que são transmitidas por insetos e com a pesquisa pode-se iniciar um processo de controle, vacinações e formas de barrar essas transições. “[...] a causa principal ou o declínio e a extinção de insetos, pelo menos em populações locais, se não em espécies imigrantes, é a perda de seus habitats naturais. ” (GULLAN, Penny J.; CRANSTON, Peter S. Os insetos: um esboço de entomologia. John Wiley & Sons, 2014 – pg 18)

4.1. História da área de pesquisa Entomológicas. O conhecimento pelos insetos vê desde o início da civilização, onde o Egito Antigo, umas das civilizações pioneiras no mundo, já haviam pinturas e esculturas desses animais, como abelhas, besouros, gafanhotos entre outros. Porém, a ciência dos insetos (entomologia), só alavancou com Aristóteles, em que fez um trabalho de grande fidelidade ao grupo. Ao longo dos períodos, a ciência se tornou coadjuvante, no Império Romano, onde a prioridade era a conquista de terras, logo após a Idade Média, em que a religião prevalecia e a ciência era escondida ou dada como bruxaria, diminuindo a produtividade e o conhecimento. A ciência só se tornou protagonista na era


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Renascentista, em que o homem buscava fatos concretos para acontecimentos naturais e estudos dos seres vivos e a criação de uma classificação, essa era foi o berço da medicina, como também da biologia e do estudo entomológico. No Brasil, a pesquisa pela classe insecta iniciou no início do século XX, devido a pesquisadores estrangeiros que vieram ao Brasil e continuaram sua carreira no país. Dentre esses cientistas, o mais importante para o estudo entomológico brasileiro, foi o renomado Fritz Plaumann, em sua carreira no Brasil, Fritz percorreu 50 mil quilômetros da Mata Atlântica, na qual catalogou cerca de 80 mil exemplares de 17 mil espécies, onde 1.500 eram desconhecidas e 150 foram batizadas com o seu nome. Plaumann pesquisava e catalogava esses animais, em que o cientista criou armários artesanais com sistema próprio de climatização, em que atualmente estão em um museu que carrega seu nome, Museu Entomológico Fritz Plaumann, no Oeste de Santa Catarina, apelidada como “Terra das Borboletas”. Atualmente as Universidades Federais da área de Agronomia, possuem centros de pesquisas biológicas, como a USP Piracicaba, em que possui departamentos especializados de pesquisa entomológicas, em que cada departamento estuda espécies como borboletas, abelhas, ácaros entre outros. Em Santa Catarina, onde o pesquisados Fritz Plaumann residia, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) também contém departamento com essa linha de pesquisa, batizada com o nome do cientista.

4.2. Tipologia de laboratório de pesquisa entomológicas Laboratórios são espaços de pesquisa e análise científicos estruturados por materiais e objetos específicos. Por serem um espaço abrangente, há vários modelos de laboratórios em diversas áreas da ciência, como laboratórios clínicos, laboratórios de pesquisa na área da construção civil, laboratórios biológicos gerais e laboratórios biológico mais específicos, como por exemplo os laboratórios entomológicos. Por serem bem específicos a estrutura contém espaço de armazenagem de insetos, área de secagem, freezers, armários para guarda desses insetos catalogados e em seu âmbito geral, balcões com materiais comuns químicos, sendo assim a


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popularidade desses laboratórios são bem menores e são difíceis de serem encontrados. São encontrados em:

Universidades

As universidades são o meio principal para pesquisas cientificas, nelas encontram-se áreas variadas da ciência. Essas universidades contem laboratórios acadêmicos, onde o aluno se inscreve em uma iniciação cientifica, dependendo da linha de pesquisa o laboratório tem necessidades especificas, por isso algumas universidades criam departamentos para cada linha de pesquisa, agrupando-a de acordo com o tema geral, com uma infraestrutura e apoio de professores, mestres e doutores.

Figura 7 - Laboratório entomológico da FIMCA

Fonte: Google Imagens

Figura 8 - Laboratório entomológico da Universidade Caxias do Sul

Fonte: Google Imagens


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5. ESTUDO DE CASO 5.1. Borboletário – 3deluxe 

Ficha Técnica

Arquitetos: 3deluxe Interiores: 3deluxe, Germany Localização: Al Noor Island - Sharjah - Emirados Árabes Unidos Área: 230.0 m² 

Descrição do Projeto

O Projeto do Borboletário, encontra-se em um parque de 2,5 hectares, onde há um conjunto de edifícios e pavilhões temáticos, e o mesmo está localizado no Pavilhão das Borboletas. Figura 9 - Borboletário/ 3deluxe

Fonte: ArchDaily

Os arquitetos que assumiram projetar esses pavilhões, tinham como objetivo fazer com que os visitantes explorassem suas emoções, a intelectualidade e toda sua forma física, para isso tomaram medidas para que o projeto fosse interdisciplinar sem limitar a funcionalidade, trazendo consigo uma enorme quantidade de elementos estéticos, numerosas instalações e estruturas pequenas, trilha sonora e plantas exóticas.


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Figura 10 – Borboletário/ 3deluxe

Fonte: Krion

O pavilhão é constituído por um borboletário e área externa de lazer com mobiliários urbanos, o projeto consiste em uma arquitetura poligonal metálica, revestida com vidro, que com delicadeza divide o externo com o interno. Há aberturas zenitais orgânicas, que fazem com que as sombras da cobertura entrem juntamente com feixes de luz natural, enriquecendo a esfera naturalista em seu interior.

Figura 11 – Borboletário/ 3deluxe

Fonte: Krion

O Borboletário traz movimento, que são estabelecidos pelas paredes com sobreposições de sombras e projeções de plantas impressas e naturais, a cobertura se fluidifica com o solo e todo o contexto faz um conjunto orgânico com as cores das


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borboletas. O biótipo de floresta tropical abrange uma área de 230m² e apresentam 500 borboletas exóticas, vindas da Malásia duas vezes por semana, podem ser observadas desde lagarta até a sua metamorfose.

Figura 12 – Borboletário/ 3deluxe jardim interno

Fonte: ArchDaily

Por ser um ambiente artificial, as condições climáticas devem ser controladas, em média uma borboleta vive uma semana após a eclosão do casulo, e é de extrema importância para animal ser mantido em uma temperatura ambiente de em 26°C e uma umidade elevada. Figura 13 – Borboletário/ 3deluxe parte interna

Fonte: ArchDaily


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Figura 14 – Borboletário/ 3delux Brise

Fonte: ArchDaily

Figura 15 – Borboletário/ 3deluxe

Fonte: ArchDaily – Borboletário/ 3delux


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Implantação

Mobiliário Urbano Figura 16 – Borboletário/ 3delux Implantação

Espelho d’água

Fonte: ArchDaily


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Cortes Figura 17 – Borboletário/ 3delux – Corte A.A

Fonte: ArchDaily

Figura 18 – Borboletário/ 3delux - Corte B.B

Fonte: ArchDaily


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5.2. Jardim das Borboletas – Emilio Olivo + Rosa Julian 

Ficha Técnica

Arquitetos: Emilio Olivo, Rosa Julian Localização: Av. República de Argentina - Santo Domingo - República Dominicana Área: 720m² Ano do Projeto: 2014 Entomólogo: Kelvin Guerrero Paisagismo: Francina Lama de Barletta, Nicolas e Kelvin Guerrero

Programa de necessidades

Um laboratório de cuidados, tratamento e reprodução Uma loja de conveniências Jardim com trilhas Áreas de descanso Área de jogos e eventos

Descrição do Projeto

O Jardim Botânico Nacional e a Fundação Jardim das Mariposas fundaram um Borboletário, para ser um cenário de conscientização, sensibilização, educação e conservação da biodiversidade nativa, que diretamente auxilia no manejo sustentável, promovendo uma área artística, experimental e informativa para os visitantes.


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Figura 19 – Jardim das Borboletas - Emilio Olivo + Rosa Julian

Fonte: ArchDaily

O objetivo do projeto é conscientizar e encorajar a proteção e a preservação do meio ambiente e a biodiversidade, fazendo-o um exemplo de habitat de reprodução e conservação das borboletas nativas.

Figura 20 – Jardim das Borboletas - Criadouro

Fonte: ArchDaily


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O projeto traz autonomia ao visitante, onde o mesmo pode circular livremente em todos os espaços, mas também pode-se optar pela visitação guiada, em que o auxiliar irá caminhar ao longo do jardim, apresentando a diversidade de flora e animais locais, logo após entra-se na galeria de informações, em que são explicados rodos os processos de metamorfose da borboleta e informações complementares são determinados de forma interativa no laboratório.

Figura 21 – Jardim das Borboletas - Emilio Olivo + Rosa Julian

Fonte: ArchDaily


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Figura 22 – Jardim das Borboletas - Emilio Olivo + Rosa Julian – Circulação

Fonte: ArchDaily

O borboletário tem aproximadamente 6.600m², na qual 90% são de vegetação existente e explorações agrícolas para o desenvolvimento do jardim. Já os 10% restantes são destinados 200m² de área construída, como laboratório, loja, área de reprodução de borboletas e banheiros e 340m² são destinados ao pavilhão descoberto.

Figura 23 – Jardim das Borboletas - Emilio Olivo + Rosa Julian

Fonte: ArchDaily


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Figura 24 – Jardim das Borboletas - Emilio Olivo + Rosa Julian

Fonte: ArchDaily

Na área construída, foi utilizado como aço vegetal o bambu e a cana como material de cobertura, já no borboletário, utilizaram uma estrutura de ferro coberta e fechada com policarbonato.

Figura 25 – Jardim das Borboletas - Emilio Olivo + Rosa Julian – Tenda

Fonte: ArchDaily


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Figura 26 – Jardim das Borboletas - Emilio Olivo + Rosa Julian

Fonte: ArchDaily

A vegetação, a agua e a natureza dos materiais são criadas para a utilização correta, buscando uma expressão naturalista, sem estilo determinado e uma estética especifica, mas sim um espaço natural, utilizando ventilação cruzada e iluminação natural e energias renováveis, fazendo-o um edifício sustentável e um exemplo de espaço público ambientalmente correto.

Figura 27 – Jardim das Borboletas - Emilio Olivo + Rosa Julian – Área Externa

Fonte: ArchDaily


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Figura 28 – Jardim das Borboletas - Emilio Olivo + Rosa Julian – Área de preservação

Fonte: ArchDaily


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Planta Baixa

Figura 29 – Jardim das Borboletas - Emilio Olivo + Rosa Julian – Planta Baixa Geral

Fonte: ArchDaily


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Planta Baixa Borboletário

Figura 30 – Jardim das Borboletas - Emilio Olivo + Rosa Julian – Planta Baixa Borboletário

Fonte: ArchDaily


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Planta Baixa – Tenda e Laboratório

Figura 31 – Jardim das Borboletas - Emilio Olivo + Rosa Julian – Planta Baixa do Laboratório

Sanitário Laboratório Tenda rio rio rio

Fonte: ArchDaily


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Implantação

Figura 32 - – Jardim das Borboletas - Emilio Olivo + Rosa Julian - Implantação

Fonte: ArchDaily


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Cortes

Figura 33 – Jardim das Borboletas - Emilio Olivo + Rosa Julian – Elevação Norte

Fonte: ArchDaily

Figura 34 – Jardim das Borboletas - Emilio Olivo + Rosa Julian – Elevação Sul

Fonte: ArchDaily


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Figura 35 – Jardim das Borboletas - Emilio Olivo + Rosa Julian – Elevação Leste

Fonte: ArchDaily

Figura 36 – Jardim das Borboletas - Emilio Olivo + Rosa Julian – Corte A.A

Fonte: ArchDaily


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Figura 37 – Jardim das Borboletas - Emilio Olivo + Rosa Julian – Corte B.B

Fonte: ArchDaily

Figura 38 – Jardim das Borboletas - Emilio Olivo + Rosa Julian – Corte C.C

Fonte: ArchDaily


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5.3. Mangal das Garças – Belém – PA – Brasil

Descrição do Projeto

O projeto do borboletário está introduzido no parque ecológico, em que foi criado pelo Governo do Pará em 2005, em que o local é resultado de uma revitalização, cerca de 40.000m² as margens do Rio Guamá. A área em que o parque foi instituído, estava alagado com um extenso anigal, uma vegetação invasora que possui benefícios ao parque, em que possibilita outras espécies nascerem no local, como buriti, açaí entre outras e também faz um sombreamento na área.

Figura 39 - Mangal das Garças

Fonte: Mangal das Garças – Web Site Oficial

No parque a preocupação da preservação da vegetação foi um dos pilares fundamentais do projeto, já que a flora característica do local é a várzea do estuário amazônico. A entrada no parque é gratuita, exceto nos espaços de visitação monitorada, como o Farol de Belém, o Viveiro das Aningas, o Memorial Amazônico da Amazônia e o Borboletário José Márcio Ayres, escolas públicas, grupos de terceira idade e entidades sociais podem agendar as visitas a esses espaços. O parque funciona de terça-feira a domingo das 9hrs até 18hrs.


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Figura 40 - Mangal das Garças – Implantação Ilustrada

Fonte: Mangal das Garças – Google Imagens

Figura 41 - Mangal das Garças

Fonte: Google Imagens

O borboletário homenageia o cientista paranaense José Márcio Ayres, o espaço abriga cerca de 5.000 de borboletas, sendo 16 espécies diferentes, entre elas 4 são espécies fixas, em que se reproduzem o ano todo e 12 sazonais, duram entorno de 1 a 3 meses, dependendo da espécie. Dentre essas espécies estão a borboleta olho de coruja - caligo illoneus, ponto de laranja - anteosmenippe, Júlia - dryas iulia, brancão - ascia monusti e battus - battus polydamas.


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Figura 42 - Mangal das Garças - Borboletário

Fonte: Mangal das Garças – Google Imagens

O espaço possui 1.350m², intitulado como um dos borboletário mais importantes da América Latina. A visitação se inicia no criadouro, em que o processo é autossustentável, todos os dias os funcionários retiram as plantas hospedeiras (onde as borboletas desovam) e fazem a captação dos ovos, cerca de 500 ovos, que de 3 a 5 dias ocorre a eclosão das lagartas e cerca de 45 dias depois a lagarta entra no processo de pupa e depois de um certo tempo, sai a borboleta.

Figura 43 – Borboleta do Mangal das Garças

Fonte: Mangal das Garças – Web Site Oficial

Na parte interna do borboletário há vegetações especificas para cada espécie, cascatas e espelhos d’água e a tela que encobre a estrutura, faz com que a luz natural entre de forma controlada, mantendo a temperatura necessária e a ventilação natural.


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Figura 44 - Mangal das Garças – Parte interna do Borboletário

Fonte: Google Imagens

Figura 45 - Mangal das Garças – Parte interna do Borboletário

Fonte: Google Imagens


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5.4. Laboratório Biokilab – Espanha 

Ficha Técnica

Localização: 01510 Miñano Mayor, Álava - Espanha Arquitetos: Taller Básico de Arquitetura Arquitetos Responsáveis: Javier Pérez Herreras e Javier Quintana De Uña Área: 3.428 m² Ano do Projeto: 2010

Programa de necessidades

Bloco 1 Duas pequenas salas Uma sala de espera Sanitários Bloco 2 Um único laboratório, com espaço aberto Sanitários

Descrição do Projeto

O projeto envolve formas simples e frias, sendo ele um par de caixa de concreto sustentado com estrutura metálica. O terreno tem uma leve declividade e a estrutura cria um nível plano aos laboratórios, permitindo que as caixas se interliguem por uma pequena ponte.


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Figura 46 – Laboratorio Biokilab/ Taller Básico de Arquitetura

Fonte: ArchDaily

Em cada parede das caixas, contém uma única janela quadrada ou porta. A janela é toda de vidro, não é utilizada pata ventilação do edifício, mas sim para a integração com o externo, são janelas grandes, deixadas pata que o público de fora contemple o que ocorre dentro do laboratório, mas também que os usuários e funcionários do mesmo possam visualizar a paisagem.

Figura 47 – Laboratorio Biokilab/ Taller Básico de Arquitetura

Fonte: ArchDaily


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Figura 48 – Laboratorio Biokilab/ Taller Básico de Arquitetura – Parte Interna

Fonte: ArchDaily

Figura 49 – Laboratorio Biokilab/ Taller Básico de Arquitetura – Parte Interna

Fonte: ArchDaily


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A implantação é simples, sem elementos paisagísticos e somente acessos para os edifícios. O enfoque está na estrutura metálica que tem formato de cruz, pintada de vermelho e possui iluminação para o cruzamento das vigas metálicas, atraindo todo o olhar do observador, mostrando uma sensação de gravidade e leveza., já que dependendo do ângulo, é possível ver a continuidade da paisagem por entre a sustentação dos blocos.

Figura 50 – Laboratorio Biokilab/ Taller Básico de Arquitetura – Parte Externa

Fonte: ArchDaily

Figura 51 - Laboratorio Biokilab/ Taller Básico de Arquitetura – Parte Externa

Fonte: ArchDaily


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Figura 52 Laboratorio Biokilab/ Taller Básico de Arquitetura – Parte Externa

Fonte: ArchDaily

Planta Baixa - Setorizada

Figura 53 – Laboratorio Biokilab/ Taller Básico de Arquitetura – Planta Baixa

Fonte: ArchDaily


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Cortes Figura 54 – Laboratorio Biokilab/ Taller Básico de Arquitetura – Cortes A.A e B.B

Sala de Trabalho Sala de Espera

Fonte: ArchDaily

Figura 55 – Laboratorio Biokilab/ Taller Básico de Arquitetura – Corte C.C

Sala de Sanitário Trabalho Circulaçã o rio Fonte: ArchDaily


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Implantação

Figura 56 – Laboratorio Biokilab/ Taller Básico de Arquitetura – Implantação

Rampa de acesso ao edifício

Fonte: ArchDaily


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5.5. El Humedal – TAAR – Taller de Arquitectura de Alto Rendimiento 

Ficha Técnica

Arquitetos: TAAR – Taller de Arquitectura de Alto Rendimiento Arquitetos responsáveis: Carlos Ruiz Galindo e Isaac Cielak Grynberg Localização: Calle 5 de Mayo 300 - Sta Maria Ahuacatlan - 51200 Valle de Bravo - México Área: 791 m² Ano do Projeto: 2013

Descrição do Projeto

O projeto El Humedal é designado para estudos ambientais, onde documenta e processa todos os assuntos que prosseguem da floresta e dos pomares, para conhecimento dos benefícios do ecossistema e os seus recursos.

Figura 57 – Humedal – TAAR – Taller de Arquitectura de Alto Rendimiento

Fonte: ArchDaily


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O edifício gera 100% dos seus recursos que necessita para seu funcionamento, usando os princípios de não desperdício e net-zero, conformando um ciclo de uso e ressuo.

Figura 58 – Humedal – TAAR – Taller de Arquitectura de Alto Rendimiento

Fonte: ArchDaily

Figura 59 – Humedal – TAAR – Taller de Arquitectura de Alto Rendimiento

Fonte: ArchDaily – Humedal


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O sistema de captação da agua da chuva consegue reutilizar 130.000 litros usando para parte interno, e também possui tratamento de esgoto, onde são utilizadas plantas de tratamento, geram compostos das fezes humanas e de podas das florestas.

Figura 60 – Humedal – TAAR – Taller de Arquitectura de Alto Rendimiento – Sistema de captação de água

Fonte: ArchDaily


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O partido arquitetônico é baseado na arquitetura local, usando uma alta porcentagem, de materiais locais e materiais reciclados, selecionados por características termo estéticas e de mesmo modo toda a funcionalidade do projeto provem da orientação solar e da ventilação predominante, aumentando a eficiência energética e gerando conforto ambiental de maneira natural e sustentável.

Figura 61 – Humedal – TAAR – Taller de Arquitectura de Alto Rendimiento – Ventilação natural

Fonte: ArchDaily

Figura 62 – Humedal – TAAR – Taller de Arquitectura de Alto Rendimiento

Fonte: ArchDaily


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Sendo assim, o projeto não é só funcional, mas também estético, a maneira em que o paisagismo se conecta a toda a floresta e pomares já existentes faz com que o usuário se conecte a essa atmosfera natural e ecossistêmica, aumentando a produtividade e deixando o ambiente mais livre e relaxante.

Figura 63 – Humedal – TAAR – Taller de Arquitectura de Alto Rendimiento

Fonte: ArchDaily


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Figura 64 – Humedal – TAAR – Taller de Arquitectura de Alto Rendimiento – Jardim Externo

Fonte: ArchDaily

Figura 65 – Humedal – TAAR – Taller de Arquitectura de Alto Rendimiento

Fonte: ArchDaily


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Planta Baixa Térreo

Figura 66 – Humedal – TAAR – Taller de Arquitectura de Alto Rendimiento – Planta Baixa Térreo

Fonte: ArchDaily


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Planta Baixa – Superior

Figura 67 – Humedal – TAAR – Taller de Arquitectura de Alto Rendimiento – Planta Baixa Térreo

Fonte: ArchDaily


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Fachada

Figura 68 – Humedal – TAAR – Taller de Arquitectura de Alto Rendimiento – Fachada

Fonte: ArchDaily

Programa e corte Figura 69 – Humedal – TAAR – Taller de Arquitectura de Alto Rendimiento – Estudo Volumétrico e Corte

Fonte: ArchDaily


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Axonométrica

Figura 70 – Humedal – TAAR – Taller de Arquitectura de Alto Rendimiento – Axonometria

Fonte: ArchDaily


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6. ANÁLISE SWOT DOS ESTUDOS DE CASO

Tabela 1 – Análise dos Estudos de Caso

Fonte: Autora


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7. VISITA TÉCNICA 7.1. Laboratório da Universidade de Mogi das Cruzes – 20 de fevereiro de 2019 A Universidade de Mogi das Cruzes contém uma ampla quantidade de cursos, incluindo biologia, curso que estuda todos os seres vivos e matérias orgânicas e inorgânicas, abrangendo o ambiente, a biodiversidade e suas classificações. Uma das salas contém animais empalhados, no formol e conservados em caixas de madeira lacrada com vidro, em que os estudantes vão até as salas para observar, abrir e estudar os animais, um desses animais são as borboletas, em que na sala de laboratório contém um armário onde as borboletas estão catalogadas e conservadas juntamente com mariposas.

Figura 71 – Catalogo de borboletas e mariposas

Fonte: Acervo pessoal


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Figura 72 – Catalogo de borboletas e mariposas

Fonte: Acervo pessoal

Nesta mesma sala, há balcões com microscópios e banquetas, para que os estudantes possam fazer suas pesquisas, além do armário em que estão os insetos catalogados, possui outros armários com materiais químicos e instrumentos de laboratório guardados para uso.

Figura 73 – Laboratório UMC

Fonte: Acervo pessoal


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No centro tem uma área restrita, somente para os professores e os responsáveis pelas salas dos laboratórios, lá tem armários com produtos para limpeza de equipamentos uma pia grande para lavagem dos equipamentos e computadores. A sala tem espaço para cerca de 16 alunos para uso dos microscópios, mas por ter números elevados de estudantes por semestre, os professores usam grupos de 3 pessoas para cada microscópio, deixando o local apertado e aumentando índices de acidentes. Porém, se o uso for de acordo com o espaço projetado o layout das bancadas são bem distribuídas e a sala tem boa iluminação e ventilação natural.


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7.2. Borboletário do Museu Catavento – 16 de março de 2019 O Museu Catavento Cultural e Educacional foi construído para ser um espaço interativo de ciência de forma instigante para crianças, jovens e adultos, inaugurado em 2009, um espaço público e de fácil acesso, funcionando de terça-feira a domingo, incluindo feriados, das 9hrs ás 17hrs.

Figura 74 – Museu Catavento

Fonte: Google Imagens

O museu encontra-se na Cidade de São Paulo na Av. Mercúrio do Parque Dom Pedro II, é possível ir de carro onde o próprio museu contém estacionamento pago ou de trem-metrô. Da estação de trem estudantes até o metrô Dom Pedro II dura cerca de 2hrs, com uma caminhada de 10 minutos da estação de metrô Dom Pedro II até o Museu. Figura 75 – Estação Estudantes - Museu Catavento

Fonte: Google Maps


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Figura 76 – Museu Catavento

Fonte: Google Imagens

Ao entrar no Museu o visitante pode usufruir de alguns artefatos do Museu que estão na área externa gratuitamente, se o mesmo quiser visitar a parte interna do Museu, deve ir até a entrada do edifício e entrar na fila de compra dos ingressos. O ingresso é custeado no valor de 10 reais, deficientes, crianças, idosos e estudantes pagam meia, 5 reais, no balcão teve ser comprovado com RG e/ou carteirinha da determinada classificação.

Figura 77 - Comprovante da visita – ingresso de entrada

Fonte: Acervo pessoal


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Na própria entrada é possível a retirada de um guia impresso, mostrando todas as atrações e mapa do museu, localizando cada setor de apresentações e exposições.

Figura 78 - Comprovante da visita – panfleto mostrando a planta setorizada

Fonte: Acervo pessoal

Logo após de comprar o ingresso, o visitante tem direito a duas atrações, sendo elas a sala de Nanotecnologia, Laboratório de Química, Monte dos Sábios (parede de escala), Do Macaco ao Homem, se liga no Lego, Viagem ao Fundo do Mar, Aventura no Sistema Solar, Estúdio de TV, Visita Histórica, Dinos do Brasil, O mundo do Perfume e o Borboletário, essas atrações são monitoradas e com uma determinada capacidade de público por seção, cada uma delas tem uma duração de 20 a 50 min cada. Já o restante do museu é completamente aberto, sem precisar de entrar na fila e se cadastrar nas atrações disponíveis em que o usuário escolher.


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Figura 79 - Informação de quantidade de visitação para cada atração

Fonte: Museu Catavento – Web Site Oficial

Assim que é validada sua atração, o visitante pode usufruir das exposições abertas até o horário da seção da atração escolhida. O borboletário fica na seção vida, apresentando várias exposições de animais vivos e imagens, vídeos e interatividade.

Figura 80 - Exposição das mariposas e borboletas silvestres

Fonte: Acervo pessoal


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Figura 81 - Exposição das mariposas e borboletas silvestres

Fonte: Acervo pessoal

Figura 82 - Exposição das mariposas e borboletas silvestres

Fonte: Acervo pessoa


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Figura 83 - Exposição do ciclo de vida das borboletas silvestres

Fonte: Acervo pessoal

Figura 84 - Exposição do ciclo de vida das borboletas silvestres

Fonte: Acervo pessoal


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Figura 85 - Exposição do ciclo de vida das borboletas silvestres

Fonte: Acervo pessoal

Figura 86 - Exposição do ciclo de vida das borboletas silvestres

Fonte: Acervo pessoal


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Figura 87 - Exposição do ciclo de vida das borboletas silvestres

Fonte: Acervo pessoal

Figura 88 - Exposição do ciclo de vida das borboletas silvestres

Fonte: Acervo pessoal


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Figura 89 - Exposição do ciclo de vida das borboletas silvestres

Fonte: Acervo pessoal

Depois de passar pelo setor vida, podemos acessar o pátio envolto pela edificação, onde está o Borboletário e o jardim que contem colmeias de abelhas sem ferrão.

Figura 90 - Borboletário Catavento e Jardim

Fonte: Acervo pessoal


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No jardim há uma variedade de flora, para as abelhas que possuem colmeia e para o hotel das abelhas, um mobiliário estruturado com madeiras perfuradas para abelhas que geralmente que vivem individualmente e só precisam de um local para ficarem, pois não vivem coletivamente em colmeia.

Figura 91 - Colmeia artificial de abelha sem ferrão

Fonte: Acervo pessoal

Figura 92 - Colmeia artificial de abelha sem ferrão

Fonte: Acervo pessoal


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Figura 93 - Colmeia artificial de abelha sem ferrĂŁo

Fonte: Acervo pessoal

Figura 94 - Colmeia artificial de abelha sem ferrĂŁo

Fonte: Acervo pessoal


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Figura 95 - Colmeia artificial de abelha sem ferrĂŁo

Fonte: Acervo pessoal

Figura 96 - Colmeia artificial de abelha sem ferrĂŁo

Fonte: Acervo pessoal


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Figura 97 - Hotel de abelhas da Bee Care para abelhas que vivem individualmente

Fonte: Acervo pessoal

Figura 98 - Hotel de abelhas da Bee Care para abelhas que vivem individualmente

Fonte: Acervo pessoal


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O borboletário é feito por uma estrutura geodésica metálica coberta com tenda, em que gerando iluminação e ventilação natural. A umidade continua adequada por causa das vegetações do entorno e da parte interna do borboletário.

Figura 99 - Borboletário Catavento e Jardim

Fonte: Acervo pessoal

Para entrar no borboletário o visitante tem que passar por uma ante câmera para que as borboletas não escapem, então todos visitantes entram pela primeira porta, depois ela é fechada e logo após é aberta a segunda porta que dá direto ao jardim do borboletário.


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Figura 100 - Ante câmera para entrar no borboletário

Fonte: Acervo pessoal – Porta secundária

Ao entrar no borboletário, o visitante é monitorado por duas funcionárias e cuidadoras, onde explicam o processo de metamorfose das borboletas, levando-nos até ao poço tampado ao centro do jardim. No poço as funcionárias nos apresentam os ovos das borboletas coletados nas vegetações do jardim interno em que a borboleta as depositam e depois é nos mostrado as lagartas, que também são coletadas e transferidas para um recipiente transparente com papel toalha no fundo, pois em sua transformação elas começam a umidificar seu corpo para que ocorra a sua metamorfose de lagarta a pulpa. Os recipientes são divididos por datas e controlados diariamente, até que a lagarta se torne pupa.


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Figura 101 - Ovos das borboletas

Fonte: Acervo pessoal

Figura 102 - Montante de potes com lagartas de borboletas.

Fonte: Acervo pessoal


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Figura 103 - Lagartas sendo alimentadas

Fonte: Acervo pessoal

Logo após a amostragem das lagartas, a monitora apresenta o outro passo da metamorfose, a pupa, em que são coletadas do recipiente e catalogadas por datas em um painel suspenso no centro do poço fechado. Lá elas ficam cerca de 30 a 40 dias até que vire borboleta e saia voando pelo jardim interno do borboletário.

Figura 104 - Poço central com recipientes de pupas e lagartas coletadas

Fonte: Acervo pessoal


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Figura 105 - Pupas catalogadas

Fonte: Acervo pessoal

Depois das explicações e da apresentação da metamorfose, o visitante pode ficar livre para observar o jardim e as borboletas. No borboletário existe atualmente duas espécies, a borboleta olho de coruja - caligo illoneus e a branquinha – Ascia monuste, existe cerca de 30 borboletas atualmente. Como o clico de vida da borboleta é pequeno a reprodução e a reposição deve ser constantes, juntamente com a reposição da vegetação do jardim interno, já que as borboletas se alimentam destas. Uma das funcionárias relatou que houve um problema no controle das espécies, e a terceira espécie que havia no borboletário era a borboleta manacá – Methona themisto, que por falta de reposição do manacá de cheiro essa espécie findou seu ciclo e não se reproduziu, pois, e elas só depositam seus ovos no pé de manacá e se alimentam do mesmo. Depois que se torna borboleta é necessário outro pé de manacá


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para que a borboleta deposite seus ovos e continuando o ciclo, porém o museu não conseguiu repor a tempo a implantação dessa flora no jardim e a espécie veio a findar.

Figura 106 - Borboleta Olho-de-coruja

Fonte: Acervo pessoal

Por ter poucas espécies e uma quantidade menor de borboletas a visitação se torna monótona, o visitante consegue observar mais as plantas e arvores do jardim que as próprias borboletas.


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Mas o interessante é que cada pé ou arbusto tem sua identificação, trazendo informação sobre a flora nativa brasileira.

Figura 107 - Borboleta Olho-de-coruja

Fonte: Acervo pessoal

Figura 108 - Pé de Manacá de cheiro

Fonte: Acervo pessoal


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8. ÁREA DE INTERVENÇÃO 8.1. Localização

Figura 109 - Localização de Mogi das Cruzes no Brasil

Mogi das Cruzes

Fonte: Google Imagens

Figura 110 - Localização de Mogi das Cruzes no Estado de São Paulo

Fonte: Google Imagens


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8.2. Estado de São Paulo O Brasil é o maior país da América Latina e dentre eles o que possui maior nível de desenvolvimento, onde o berço da economia está localizado no Estado de São Paulo. O estado possui o território de 248.219 km² e 45,5 milhões de habitantes e equivale a 21,8% da população do país inteiro.

Gráfico 1 – Cidade de São Paulo tem 12,2 milhões de habitantes

Fonte: g1

Figura 111 – Estado de São Paulo - Índices Urbanos

Fonte: IBGE


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Além de ter um território mediando comparado ao restante dos estados, São Paulo possui muitos emigrantes, vindos do norte e nordeste do país, pois o estado tem um desenvolvimento maior, com mais possibilidades de emprego, estudo e de carreira profissional, mas ao longo dos anos, a superlotação acarretou juntamente com a crise econômica no país, um nível de desemprego por todo o estado, incluindo a cidade de São Paulo, diminuindo o desenvolvimento socioeconômico.

Gráfico 2 – Desemprego entre jovens no estado de São Paulo

Fonte: G1

Gráfico 3 – Desemprego entre jovens no estado de São Paulo

Fonte: G1


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8.3. Cidade de Mogi das Cruzes

Mogi das Cruzes lidera o ranking da melhor cidade do Alto Tietê para se viver, e numa contagem de 5.500 municípios brasileiros, chega a 7º lugar, segundo levantamentos de dados do IBGE e da ONU, com base de dados de 2010, e conforme desempenho municipal averiguado vem sendo um dos principais focos de investimentos.

Embasada pela proximidade da cidade de São Paulo, margeada pelas Serra do Itapeti e Serra domar, de vegetação farta. Próxima as cidades de calmaria e cidades litorâneas, possibilitando os moradores a uma maior qualidade de vida e bem-estar pela localização e infraestrutura. Cidade antiga, formada pelos bandeirantes, à utilização de circulação por meio de carroças e hoje pelos automóveis. As ruas projetadas ao centro são com menor espaçamento, gerando hoje intenso trafego viário, uma das preocupações impostas nas bases do planejamento da cidade para soluções de melhorias.

Em 1991, o primeiro censo demográfico sobre população conta com 273.175 habitantes e sua última contagem em 2010, Mogi das Cruzes chega a seus 387.779 habitantes, sendo 357.313 em área urbana e 30.466 em área rural. O crescimento de 41,95% desde o primeiro censo se mostra num crescente, principalmente nos últimos anos da contagem, pela denominada cidade universitária, traz muitos novos moradores, por vezes temporários, mas que por vezes muitos acabam residindo por sua característica de cidade próxima a ampla vegetação e com amplo crescimento e oportunidade. Hoje se contabiliza, conforme dados da prefeitura uma média de 500.000 habitantes, dado passado pelo antigo prefeito Marco Bertaiolli em 2014.

Com área aproximada de 712,541km², no bioma da mata atlântica seu uso e ocupação do solo são bastante diversificados, com estudo e levantamento feitos através da Emplasa, percebe-se que a área urbanizada caracterizada por ruas e edificações de uso residencial, comercial ou serviços, com quadras parcialmente e completamente ocupadas com edificações concluídas ou em construções, sendo uma área de 39,53km² (5,54%) da área total territorial de Mogi das Cruzes. E a importante área de mata (vegetação densa, cujas copas se toquem e arvores com porte superior a 5


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metros), área de capoeira (vegetação secundaria que sucede à derrubada das florestas, com arvores de pequeno a médio porte da vegetação que antes ali existiam e de espécies que invadem as áreas devastadas, podendo ser arbustivos até arbóreo, porem com arvores finas e compactamente dispersas), e área de vegetação de várzea (vegetação de composição variável que sofre influência dos rios, estando sujeita a inundações periódicas, na época de chuvas), com 298,04 km² (equivale a 59,53% de Mogi das Cruzes) o que compõe o cenário verde da cidade, que em contrapartida, em quanto à mancha urbana se dispersa, a área verde diminui.

Figura 112 – Mogi das Cruzes – índices Urbanos

Fonte: IBGE

Os parâmetros técnicos e permissão limitam os usos em unifamiliar, multifamiliar, equipamento e infraestrutura de baixo risco ambiental, lazer e recreação e conservação ambiental, porém quando verificado os lotes, há edificações irregulares, verticalização próximo a Serra do Itapeti, fora do contexto determinado pelos parâmetros que se fazem presente, por conta da grande especulação imobiliária e amplo crescimento da região, descaracterizando do que foi pressuposto em lei da LOUOS.

O Rio Tietê que passa pela cidade faz parte da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê Cabeceiras, que em totalidade conta com 1889 km² de área de drenagem. O trecho de Mogi não faz parte do sistema produtor Alto Tietê (SPAT) que abastece a Região


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Metropolitana de São Paulo (RMSP), que conta com o sistema de cascata e tem como objetivo diminuir os poluentes e nutrientes indesejáveis causados pelo setor agrícola no percurso do rio, estratégia interessante até para os trechos que não servem como abastecimento, mas tem como finalidade reduzir os poluentes.

8.4. História de Mogi das Cruzes Em meados do ano de 1560, a busca pelo ouro começa em Mogi das Cruzes, liderado pelo bandeirante Braz Cubas, as margens do antigo Rio Anhembi, hoje o Rio Tietê. Quando Gaspar Vaz Guedes, bandeirante paulista abriu caminho de acesso à cidade de São Paulo, possibilitando o início do povoado, que foi elevado a Vila em 1611, com o nome de Vila de Sant’Anna de Mogi Mirim e oficialmente em 1º de setembro se oficializa. Mogi é derivado de Boigy, que vem de M’Boigy, que significa “Rio das Cobras”, uma denominação que os índios deram a um trecho do Tiête; “Cruzes” surgiu através do costume dos povoadores em nomear marcos com “cruzes”, para indicar os limites das cidades. Mogi fora anexado no distrito de Itaquaquecetuba em 1838, posteriormente anexado no distrito de Arujá, elevado a condição de cidade em 1855. Consecutivamente, os subdistritos de Poá, Suzano, Sabaúna foram anexados ao município de Mogi das Cruzes. Desde então foram muitas modificações de idas e vindas de subdistritos, se transformando em cidades e na última datada de 2005 o município se constitui de oito distritos: Mogi das Cruzes, Biritiba-Ussu, Brás Cubas, Cezar de Souza, Jundiapeba, Quatinga, Sabaúna e Taiaçupeba.


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8.5. Terreno

Figura 113 - Localização do Terreno que haverá intervenção dentro da cidade de Mogi das Cruzes

Fonte: Google Earth

8.5.1. Análise do Terreno O terreno em que o projeto será introduzido encontra-se em Mogi das Cruzes, São Paulo – Brasil, na Rod. Henrique Eroles e a Av. Francisco Rodrigues Filho ao lado do Parque Centenário e da Estação de Tratamento de Esgoto – E.T.E.

Figura 114 – Av. Francisco Rodrigues Filho e a Rod. Henrique Eroles

Fonte: Acervo pessoal


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Figura 115 – E.T.E. Estação de Tratamento de Esgoto

Fonte: Acervo pessoal

Figura 116 – Estacionamento do Parque Centenário

Fonte: Acervo pessoal


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O local era usado por uma balada sertaneja, mais conhecido como Vaca Louca, que atualmente está funcionando no terreno do lado. O terreno está à venda e possui construções a demolir e uma ampla área de vegetação rasteira e um perfil topográfico plano. Figura 117 – Terreno com construções a demolir

Fonte: Acervo pessoal

Figura 118 – Construções a demolir

Fonte: Acervo pessoal


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Uma área de 22.965m², o terreno está próximo ao Rio Tietê e a área de proteção ambiental – APA, além disso, a localização do terreno facilita o acesso de estudantes universitários, já que a Universidade de Mogi das Cruzes e o Centro Universitário Brás Cubas estão próximas e a Fatec também.

Figura 119 – Terreno visto por satélite

Fonte: Acervo pessoal

Figura 120 – Terreno visto por satélite

Fonte: Acervo pessoal


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8.5.2.

Distância entre o terreno e as universidades Figura 121 – Distância das Universidades e o Terreno

Fonte: Google Earth Pro

8.5.3. Solar e Vento predominante

Figura 122 - – Orientação Solar – Verão

Fonte: Site Sei Onde Figura 123 – Orientação Solar – Outono


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Fonte: Site Sei Onde

Figura 124 – Orientação Solar – Inverno

Fonte: Site Sei Onde


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Figura 125 – Orientação Solar – Primavera

Fonte: Site Sei Onde

Figura 126 - Ventilação predominante

Fonte: Acervo pessoal


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8.6. Estudo Macro Ambiental

Figura 127 – Setorização das áreas do entorno do terreno

Fonte: Acervo pessoal

Terreno Residencial Escolar Comercial Balada Estacionamento Infraestrutura Parque


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8.7. Fluxo Viário

Figura 128 – Fluxo Viário – Cor Vermelha: Alto fluxo; Cor Azul: Médio Fluxo; Cor Verde: Fluxo Baixo

Fonte: Google Earth Pro

Figura 129 – Fluxo viário

Fonte: Site Sei Onde


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8.8. Levantamento Fotográfico

Figura 130 – Levantamento fotográfico do terreno

Fonte: Acervo pessoal

8.9. Uso e Ocupação do Solo

Cada área de Mogi das Cruzes possui seu próprio zoneamento, dentro dessas zonas há índices específicos de ocupação do solo, como uma maneira de equilibrar níveis de elevações em determinadas áreas, a preservação de áreas verdes, preservação de espaços comerciais e industriais, dividindo a cidade em setores para um melhor funcionamento, para um fluxo de transportes eficiente e a diminuição de tumultos urbanos, dentre outros vários benefícios. Sendo assim, o terreno escolhido para a introdução do projeto tem limites relevantes para o planejamento do projeto arquitetônico. A zona do terreno é a ZUC2 – Zona de uso controlado 2 com proximidade a área de proteção ambiental e zonas residenciais e comerciais.


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Como o projeto é um conjunto de centro de pesquisas e borboletário, pelo Anexo IV Permissão de uso segundo atividade o projeto se enquadra em duas categorias o de C - 1 – Pesquisa e desenvolvimento experimental em ciências físicas e naturais e a K - 2 – Apicultura e Criação de outros animais não especificados anteriormente, encaixando nos critérios urbanísticos da zona do terreno escolhido.

Figura 131 - Zoneamento

Fonte: Site da Prefeitura de Mogi das Cruzes

TERRENO

Tabela 2 – Tabela de Parâmetros Técnicos e Permissão do Uso segundo o Zoneamento Municipal

Fonte: Site da Prefeitura de Mogi das Cruzes


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Tabela 3 – Tabela de Parâmetros Técnicos e Permissão do Uso segundo o Zoneamento Municipal

Fonte: Site da Prefeitura de Mogi das Cruzes

Tabela 4 – Permissão de Uso conforme a atividade

Fonte: Site da Prefeitura de Mogi das Cruzes


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Tabela 5 – Permissão de Uso conforme a atividade

Fonte: Site da Prefeitura de Mogi das Cruzes

Área do Terreno – 22.965m² TO (Taxa de Ocupação) – 9.186m² 22.965 - 100% X

- 40%

(22.965 . 4 ) / 10 = 9.186 Cab. (Coeficiente de Aproveitamento) – 57.412,50 m² - 6 andares 22.965 . 2,5 = 57.412,50 / 9.186 = 6,25


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9. LEGISLAÇÕES 9.1.1. IBAMA O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (IBAMA) é um órgão protetor e regulador de recursos naturais, da fauna e da flora nativa. Além de conter várias diretrizes de uso, exploração e controle, o IBAMA também combate crimes ambientais, como desmatamento irregular, contrabando de animais exóticos e nativos e controle de recursos industriais. Na normativa IBAMA N° 7, de 30 de abril de 2015 há instruções de uso de fauna silvestres nativas, sendo ela abrangente a espécies desses animais, no Artigo 2 da norma, é apresentado várias classes de animais e no inciso VI é apresentado a classe dos animais que serão apresentados no projeto ART 2 VI - Fauna silvestre nativa: todo animal pertencente a espécie nativa, migratória e qualquer outra não exótica, que tenha todo ou parte do seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos limites do território brasileiro ou águas jurisdicionais brasileiras;

Já no Artigo 3 da normativa, estão subdivididas as formas legais de concentração desses animais em espaços públicos e privados e o inciso V e X são as classificações mais próximas ao Borboletário e as Colmeias de Abelhas sem Ferrão.

ART 3 V- Criadouro científico para fins de conservação: empreendimento de pessoa jurídica, ou pessoa física, sem fins lucrativos, vinculado a plano de ação ou de manejo reconhecido, coordenado ou autorizado pelo órgão ambiental competente, com finalidade de criar, recriar, reproduzir e manter espécimes da fauna silvestre nativa em cativeiro para fins de realizar e subsidiar programas de conservação e educação ambiental, sendo vedada a comercialização e exposição; X - Jardim zoológico: empreendimento de pessoa jurídica, constituído de coleção de animais silvestres mantidos vivos em cativeiro ou em semiliberdade e expostos à visitação pública, para atender a finalidades científicas, conservacionistas, educativas e socioculturais. § 1º Os empreendimentos das categorias a que se refere o caput devem estar cadastradas no Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Naturais - CTF e autorizadas no Sistema Nacional de Gestão de Fauna – Si Fauna. § 2º As categorias de empreendimentos estabelecidas neste artigo estão correlacionadas com os códigos das Atividades do CTF descritas no Anexo I desta Instrução Normativa. § 3º Os empreendimentos cujas categorias não estejam previstas neste artigo deverão apresentar ao órgão ambiental proposta de adequação a uma das categorias vigentes no prazo de 180 (cento e oitenta) dias a partir da vigência desta Instrução Normativa. ”


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Pelo Artigo 5 da norma, não há necessidade de autorização para a apresentação e uso cientifico de abelhas nativas

Art. 5º Não são sujeitos à obtenção das autorizações mencionadas no artigo anterior, os seguintes casos: III - criações de insetos para fins de pesquisa ou de alimentação animal, desde que já existentes na área do empreendimento, exceto quando se tratar de espécies da fauna silvestre brasileira pertencentes à lista nacional de espécies ameaçadas de extinção, ou de espécie pertencente à lista estadual da Unidade da Federação em que se localiza o empreendimento V - Meliponicultores que mantenham menos de cinquenta colmeias de abelhas nativas, conforme resolução Conama nº 346, de 16 de agosto de 2004; Parágrafo único. A inexigibilidade das autorizações referida no caput não dispensa a atividade ou empreendimento da inscrição no Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais e do licenciamento ambiental, quando exigível pelo órgão competente, e nem de outros atos administrativos necessários para a sua implantação e funcionamento.

Já o Borboletário, por ser um espaço que conterá grande número de borboletas, criadouro e a exposição destes, será necessário a apresentação do projeto arquitetônico e outras medidas para a autorização do espaço.

Art. 10. Para a análise da solicitação de Autorização de Instalação para os empreendimentos das categorias descritas nos incisos I, II, V, VI, VII e VIII do art. 3º, o projeto técnico deverá ser composto por : I - projeto arquitetônico, contendo: a) planta de situação, planta baixa e planta de cortes em escala compatível com a visualização da infraestrutura pretendida; b) memorial descritivo das instalações especificando piso, substrato, barreira física, abrigos e ninhos, sistemas contrafuga, sistemas de comedouros e bebedouros, sistemas de resfriamento e aquecimento quando necessários, dimensões dos recintos e equipamentos, dados sobre espelho d´água se a espécie exigir, etc.; c) cronograma de implantação do empreendimento; d) identificação dos recintos de acordo com as espécies pretendidas com indicação da densidade máxima de ocupação por recinto; e) medidas higiênico-sanitárias estruturais.


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9.1.2. CONAMA Conforme a normativa do IBAMA sobre abelhas nativas, o CONAMA permite o uso de abelhas para alguns afins, dentro delas as disposições que se encaixam no projeto estão no capitulo I no Art. 2° no inciso I e II, que são eles: CAPÍTULO I Art. 2o Para fins dessa Resolução entende-se por: I - Utilização: o exercício de atividades de criação de abelhas silvestres nativas para fins de comércio, pesquisa científica, atividades de lazer e ainda para consumo próprio ou familiar de mel e de outros produtos dessas abelhas, objetivando também a conservação das espécies e sua utilização na polinização das plantas; II - Meliponário: locais destinados à criação racional de abelhas silvestres nativas, composto de um conjunto de colônias alojadas em colmeias especialmente preparadas para o manejo e manutenção dessas espécies.

9.1.3. Código Sanitário

Os espaços edificados contém uma gama de regulamentação de metragem, iluminação e ventilação natural, onde podemos encontrar no Código Sanitário de cada estado brasileiro, como o projeto está localizado no estado de São Paulo, as diretrizes para o projeto são as seguintes:

CAPÍTULO Insolação, Ventilação e Iluminação

II

Artigo 39 - Para fins de iluminação e ventilação natural, todo compartimento deverá dispor de abertura comunicando-o diretamente com o exterior. § 1.º - Excetuam-se os corredores de uso privativo, os de uso coletivo até 10,00 m de comprimento, poços e saguões de elevadores, devendo as escadas de uso comum ter iluminação natural direta ou indireta. § 2.º - Para efeito de insolação e iluminação, as dimensões dos espaços livres, em planta, serão contadas entre as projeções das saliências, exceto nas fachadas voltadas para o quadrante Norte; CAPÍTULO VII Locais de Reunião - Esportivos, Recreativos, Sociais, Culturais e Religiosos

SEÇÃO III Cinemas, Teatros, Auditórios, Circos e Parques de Diversões de uso público


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Artigo 130 - As salas de espetáculos e auditórios, serão construídos com materiais incombustíveis. Artigo 131 - Só serão permitidas salas de espetáculos no pavimento térreo e no imediatamente superior, ou inferior, devendo em qualquer caso, ser assegurado o rápido escoamento dos espectadores. Artigo 132 - As portas de saída das salas de espetáculos, deverão obrigatoriamente abrir para o lado de fora, e ter na sua totalidade a largura correspondente a 1 cm por pessoa prevista para lotação total, sendo o mínimo de 2,00 m por vão. Artigo 133 - Os corredores de saída atenderão ao mesmo critério do artigo anterior. Artigo 137 - Os camarins deverão ter área não inferior a 4,00 m² e serão dotados de ventilação natural ou por dispositivos mecânicos. Parágrafo único - Os camarins individuais ou coletivos serão separados para cada sexo e servidor por instalações com bacias sanitárias, chuveiros e lavatórios na proporção de 1 conjunto, para cada 5 camarins individuais ou para cada 20,00 m² de camarim coletivo. Artigo 138 - As instalações sanitárias destinadas ao público nos cinemas, teatros e auditórios, serão separadas por sexo e independentes para cada ordem de localidade. Parágrafo único - Deverão conter, no mínimo, uma bacia sanitária para cada 100 pessoas, um lavatório e um mictório para cada 200 pessoas, admitindose igualdade entre o número de homens e o de mulheres.

CAPÍTULO Locais de trabalho

IX

SUBSEÇÃO Iluminação

III

Artigo 175 - Em todos os locais de trabalho deverá haver iluminação natural ou artificial, apropriada à natureza da atividade. § 1.º - A área para iluminação natural de um local de trabalho deve corresponder, no mínimo, a um quinto da área total do piso. § 2.º - Para a iluminação artificial, quando justificada tecnicamente, deverão ser observadas as normas previstas na legislação sobre higiene e segurança do trabalho. Artigo 176 - A iluminação deve ser adequada ao trabalho a ser executado, evitando-se o ofuscamento, reflexos fortes, sombras e contrastes excessivos.

SUBSEÇÃO Ventilação

IV

Artigo 177 - Os locais de trabalho deverão ter ventilação natural ou artificial que proporcionem ambiente compatível com o trabalho realizado. § 1.º - A área total das aberturas de ventilação natural dos locais de trabalho deverá ser, no mínimo, correspondente a dois terços da área iluminante natural.


122

§ 2.º - A ventilação artificial será obrigatória sempre que a ventilação natural não preencher as condições e conforto térmico a juízo da autoridade competente.

SUBSEÇÃO Instalações Sanitárias

VI

Artigo 181 - Os locais de trabalho terão instalações sanitárias separadas, para cada sexo, e dimensionadas por turno de trabalho, nas seguintes proporções: I - uma bacia sanitária, um mictório, um lavatório e um chuveiro para cada 20 empregados do sexo masculino; II - uma bacia sanitária, um lavatório e um chuveiro para cada 20 empregados do sexo feminino. Parágrafo único - Será exigido um chuveiro para cada 10 empregados nas atividades ou operações insalubres, nos trabalhos com exposição a substâncias tóxicas, irritantes, alergizastes poeiras ou substâncias que provoquem sujidade e nos casos em que haja exposição a calor intenso. Artigo 182 - Os compartimentos das bacias sanitárias e dos mictórios deverão ser ventilados para o exterior não poderão ter comunicação direta com os locais de trabalho nem com os locais destinados às refeições; e deverá existir, entre eles, antecâmaras com abertura para o exterior. Artigo 183 - As instalações sanitárias deverão atender aos seguintes requisitos: I - piso revestido de material resistente, liso, lavável e impermeável, inclinado para os ralos, os quais serão providos de sifões; II - paredes revestidas de material resistente, liso, impermeável e lavável, até a altura de 2,00 m, no mínimo;

SUBSEÇÃO Vestiários

IX

Artigos 192 - Junto aos locais de trabalho serão exigidos vestiários separados para cada sexo. § 1.º - Os vestiários terão área correspondente a 0,35 m² por empregado que neles deva ter armário, com o mínimo de 6,00 m²; § 2.º - As áreas para vestiários deverão ter comunicação com as de chuveiros, ou ser a estas conjugadas.

SUBSEÇÃO Refeitórios

X

Artigo 193 - Nos estabelecimentos em que trabalhem mais de 30 empregados é obrigatória a existência de refeitório, ou local adequado a refeições, atendendo aos requisitos estabelecidos nesta Subseção. Parágrafo único - Quando houver mais de 300 empregados é obrigatória a existência de refeitório com área de 1,00 m² por usuário, devendo abrigar de cada vez 1/2 do total de empregados em cada turno de trabalho.


123

TÍTULO Normas Gerais de Edificações

II

CAPÍTULO Dimensões Mínimas dos Compartimentos

I

Artigo 35 - Os compartimentos deverão ter conformação e dimensões adequadas à função ou atividade a que se destinam, atendidos os mínimos estabelecidos neste Regulamento e em suas Normas Técnicas Especiais. Artigo 36 - Os compartimentos não poderão ter áreas e dimensões inferiores aos valores estabelecidos nas normas especificas para as respectivas edificações de que fazem parte, e, quando não previsto nas referidas normas específicas, aos valores abaixo:

II - Salas para escritórios, comércio ou serviços: 10,00 m²; X - Vestiários: 6,00 m²; XI - Largura de corredores e passagens: b) em outros tipos de edificação: quando de uso comum ou coletivo, 1,20 - quando de uso restrito, poderá ser admitida redução até 0,90 m.

m;

II -

nas edificações destinadas a comércio e serviços: a) em pavimentos térreos, 3,00 m; b) em pavimentos superiores, 2,70 m; c) garagens, 2,30 m.

IV -

em locais de trabalho: a) indústrias, fábricas e grandes oficinas, 4,00 m, podendo ser permitidas reduções até 3,00 m, segundo a natureza dos trabalhos; b) outros locais de trabalho, 3,00 m podendo ser permitidas reduções até 2,70 m, segundo a atividade desenvolvida. V - em salas de espetáculos, auditórios e outros locais de reuniões, 6,00 m, podendo ser permitidas reduções até 4,00 m, em locais de área inferior a 250 m²; nas frisas, camarotes e galerias, 2,50 m. VI - em garagens, 2,30 m;

9.1.4. Bombeiros

As diretrizes de emergência apresentam-se nas medidas de segurança dadas por normativas do Corpo de Bombeiros e NBR’s que dizem as seguintes obrigatoriedades:

Deve existir uma escada de emergência a cada 50m. As portas para rotas de fugas devem ser abertas para o lado de fora. Escadas encasuladas devem possuir ventilação permanente inferior. É exigido um reservatório de água superior e outro inferior. Deve ser usado para incêndio o mesmo reservatório de consumo normal.


124

Distância máxima entre os extintores deve ser 10m. Cada extintor atenderá 100m² Nos cinemas, a cabine de projeção estará separada de todos os recintos adjacentes por meio de portas corta-fogo leves e metálicas. As lotações máximas dos salões diversos, desde que as saídas convencionais comportem, serão determinadas admitindo-se, nas áreas destinadas a pessoas sentadas, 1 pessoa para cada 70cm² e, nas áreas destinadas a pessoas em pé, 1 para cada 40cm², não serão computadas as áreas de circulação e “halls”. O cabo de descida ou escoamento dos para-raios deverá passar distante de materiais de fácil combustão e de outros onde possa causar danos. É necessário para-raios em edificações e estabelecimentos industriais ou comerciais com mais de 1.500m² de área construída. As saídas de edificações deverão ser sinalizadas com indicação clara do sentido de saída. As portas dos locais de reunião abrirão sempre no sentido do trânsito de saída. As portas de passagens deverão ter uma largura mínima de 90cm. As portas com duas folhas deverão ter 1,40m no total, sendo cada folha com 70cm. Os hidrantes terão suas saídas com adaptação para junta” “STORZ”, de 63mm ou 38mm, de acordo com o diâmetro da mangueira exigida. A altura do registro do hidrante será, no mínimo, de 1m e no máximo de 1,50m do piso. Os hidrantes serão pintados em vermelho de forma a serem localizados facilmente. Os hidrantes serão dispostos de modo a evitar que, em caso de sinistro, fiquem bloqueados pelo fogo. Os hidrantes poderão ficar no interior do abrigo das mangueiras ou externamente ao lado deste. Cada pavimento deve dispor de sistema de ventilação permanente (natural ou mecânico) e ter declive nos pisos de, no mínimo, 0,5 % (meio por cento) a partir do poço dos elevadores ou rampa de acesso. Na área destinada ao estacionamento de veículos, bem como nas rampas de acesso, quando houver, a iluminação será feita utilizando-se material elétrico (lâmpadas, tomadas e interruptores) blindados e a prova de explosão. Será admitida iluminação comum na fachada e no poço da escada”


125

9.1.5. NBR 9050

A norma NBR 9050 apresenta diretrizes e metragens para que os espaços sejam dimensionados e equipados devidamente para atender deficientes físicos, sendo as seguintes considerações:

Considera-se o módulo de referência a projeção de 0,80 m por 1,20 m no piso, ocupada por uma pessoa utilizando cadeira de rodas

Os pisos devem ter superfície regular, firme, estável e antiderrapante sob qualquer condição, que não provoque trepidação em dispositivos com rodas (cadeiras de rodas ou carrinhos de bebê). Admite-se inclinação transversal da superfície até 2% para pisos internos e 3% para pisos externos e inclinação longitudinal máxima de 5%. Inclinações superiores a 5% são consideradas rampas e, portanto, devem atender a 6.4. Recomenda-se evitar a utilização de padronagem na superfície do piso que possa causar sensação de insegurança (por exemplo, estampas que pelo contraste de cores possam causar a impressão de tridimensionalidade) Recomenda-se prever uma área de descanso, fora da faixa de circulação, a cada 50 m, para piso com até 3% de inclinação, ou a cada 30 m, para piso de 3% a 5% de inclinação. Para inclinações superiores a 5%, ver 6.5. Estas áreas devem estar dimensionadas para permitir também a manobra de cadeiras de rodas. Sempre que possível devem ser previstos bancos com encosto nestas áreas. A inclinação das rampas, deve ser calculada segundo a seguinte equação: i = h x 100 c

Onde: i é a inclinação, em porcentagem; h é a altura do desnível; c é o comprimento da projeção horizontal.


126

As rampas devem ter inclinação de acordo com os limites estabelecidos na tabela 5. Para inclinação entre 6,25% e 8,33% devem ser previstas áreas de descanso nos patamares, a cada 50 m de percurso.

As portas, inclusive de elevadores, devem ter um vão livre mínimo de 0,80 m e altura mínima de 2,10 m. Em portas de duas ou mais folhas, pelo menos uma delas deve ter o vão livre de 0,80 m.

As portas de sanitários, vestiários e quartos acessíveis em locais de hospedagem e de saúde devem ter um puxador horizontal, associado à maçaneta. Deve estar localizado a uma distância de 10 cm da face onde se encontra a dobradiça e com comprimento igual à metade da largura da porta.


127

10. PERFIL DO USUÁRIO

O Centro de pesquisa e o Borboletário é tão somente um espaço de lazer e entretenimento, mas também para uso científico para realização de pesquisas entomológicas e de ciências biológicas e naturais. Por isso o público que o frequentará será dividido em dois tipos, o público geral e o público específico.

Público Geral

Como o Borboletário será um espaço de lazer e descoberta juntamente com o laboratório de experiência lúdico e o espaço de conveniência, o público que o frequentará será de âmbito geral, incluindo crianças de todas as idades, adolescentes, jovens, estudantes, deficientes, adultos e idosos. Possibilitando com que todos os cidadãos da região e turistas aproveitem os espaços de convivência e entretenimento de maneira que traga diversão e conscientização.

Público Específico

Os laboratórios e todo o espaço administrativo, será de uso restrito aos funcionários, pesquisadores, professores e estudantes das áreas biológicas, como o projeto tem o objetivo de incentivar e melhorar o espaço científico, os estudantes universitários poderão usar, com supervisão técnica, os laboratórios para fins acadêmicos, aumentando a produtividade de iniciações científicas e um espaço adequado e exclusivo para esse trabalho.


128

11. PROGRAMA DE NECESSIDADES

Tabela 6 – Programa de Necessidades

Setor

Área

Quant .

1

Condicion Ambiente

Atividade

Layout

antes ambientais

Jardim das borboletas

Exposição e observação das borboletas

Ventilação Mobiliários e paisagismo

600m²

natural e iluminação com controlada

Quant. de pessoas

300 borboletas 30 pessoas +3 funcionários

Ventilação artificial e

Apresentação 1

Sala de

da vida das

Cadeiras

apresentação

borboletas de

Telão e Som

iluminação 45m²

com

30 pessoas

controlada

forma interativa

Pé direito de 3m

Borboletário

Pública

Ventilação

1

Prateleiras,

artificial e iluminação

30 pessoas

com

+3 funcionários

Sala de

Controlar a

Cadeiras

controle e

metamorfose

Balcões e

criadouro

das borboletas

Computador

controlada

es

Pé direito

15m²

de 3m

Cuba, Vaso 3

Sanitários

7m²

Ventilação

1 sân.

e

Higiene

sanitário,

p/ cada iluminação

pessoal

espelhos e

20

natural

Toalheiro

pessoa

Pé direito

s

de 3m

100


129

Ventilação e

Mesas, 2

Sala de

Laboratório

bancos e

experimento

interativo

materiais de

30m²

laboratório

iluminação

30 pessoas

artificial

+3

controlada

funcionários

Pé direito de 3m

Interatividade,

1

Área de exposição

explicações e

Televisões,

Ventilação

conscientizaçã

telas

e

o da

interativas,

iluminação

importância da

mesas,

ciência e da

bancos e

Pé direito

entomologia e

materiais de

duplo

animais

laboratório

70 m²

natural

50 pessoas

preservados Laboratório

Pública

Ventilação

Bancos,

e

Apresentação e Telão, mesa 1

Auditório

palestras

de som,

ambientais

computador

70 m²

1

Foyer

Cadeiras,

espera e

mesas,

exposições as

suporte de

apresentações

banner e

do auditório

esculturas

artificial

50 pessoas

Pé direito

e projetor

Espaço de

iluminação

de 6m

Ventilação e 70 m²

iluminação natural

50 pessoas

Pé direito de 6m

Balcão, 1

Balcão de

Informações

cadeiras e

informações

adicionais

computador es

2m²

-

-


130

Balcões,

Ventilação

banquetas,

e

capela,

4

Laboratório Geral

Pesquisas de

armários,

assuntos

pias e

diversos

materiais de

15m²

laboratório e

Pesquisas

Específico

entomológica

artificial ou

e3

natural (a

estudantes

depender)

em cada

de 3m

segurança

Laboratório

5 cientistas

Pé direito

chuveiro de

4

iluminação

Balcões,

Ventilação

banquetas,

e

capela,

iluminação

armários,

artificial ou

pias e

15m²

natural (a

materiais de

depender)

laboratório e

Pé direito

chuveiro de

de 3m

6 cientistas e4 estudantes em cada

segurança Restrita Ventilação

2

Armários,

e

Espaço de

balcões,

iluminação

Sala de

armazenament

banquetas,

catalogação

o dos insetos

prateleiras e

catalogados

20m²

4

artificial ou funcionários natural (a

e8

materiais de

depender)

estudantes

laboratório

Pé direito de 3m

Ventilação

Armários,

1

Sala de

Secagem,

freezers,

armazenagem

congelamento,

balcões,

e preparo de

separação e

banquetas,

insetos para

preparo para a

prateleiras e

catalogação

catalogação

materiais de laboratório

e iluminação 10m²

5

artificial ou funcionários natural (a

e3

depender)

estudantes

Pé direito de 3m


131

Geladeira, Área de 1

Copa

refeições rápidas

microondas, cafeteira,

6m²

-

16m²

Ventilação

1 sân.

e

-

mesa e cadeira

Cuba, Vaso 3

Sanitários

Higiene

sanitário,

pessoal

espelhos e

20

natural

Toalheiro

pessoa

Pé direito

s

de 3m

4m²

-

Limpeza de 1

DML

materiais e pano de chão

p/ cada iluminação

231 pessoas

Armário, tanque, prateleiras e

2 funcionários

secadora Prateleiras, armários,

Depósito para 1

materiais químicos

Espaço de

mesas,

armazenament

cadeiras,

o de materiais

computador

químicos

es e

2 10m²

-

funcionários - controle

geladeira de laboratório Depósito de 1

resíduos comuns

Espaço de armazenament o de resíduos

Lixeiras

4m²

-

-

6m²

-

-

comuns Lixeiras e Espaço de

Depósito de 1

resíduos químicos

armazenament o de resíduos químicos usados pelo laboratório

tanques de armazenam ento de resíduos líquidos químicos e/ou inflamáveis


132

Área de armazenament 1

Sala de

o de

equipamentos

equipamentos específicos do laboratório

Área de

9

Sala de

limpeza dos

limpeza de

equipamentos

equipamentos

usados pelo laboratório Área de

1

Sala de

impressão e

impressão e

copias de

cópias

documentos e pesquisas

Armários, prateleiras, gaveteiros, mesas,

2 10m²

-

cadeiras e

funcionários - controle

computador es Pias, autoclaves, estufas, geladeiras e

6m²

-

6m²

-

2 cientistas

materiais de laboratório Impressoras copiadoras, computador

2 funcionários

e armários

Ventilação

Recepção

Mesas,

e

Registro e

cadeiras,

iluminação

marcação de

computador

horário

es e

artificial

telefones

Pé direito

6m²

natural ou

2 funcionários

de 3m Pública Ventilação Administrativo

e

Sala de espera

Área de espera

Cadeiras,

para

televisão e

atendimento

bebedouros

iluminação 10m²

natural ou

5 pessoas

artificial Pé direito de 3m

Restrita

1

Sala de Direção

Mesa, Administrativo

cadeiras, computador

12m²

Ventilação e iluminação

1 funcionário e 2 pessoas


133

telefones e

natural ou

armário

artificial Pé direito de 3m

Ventilação

2

Sala Administrativa

Administrativo

Mesa,

e

cadeiras,

iluminação

1

natural ou

funcionário

es, telefones

artificial

e 2 pessoas

e armário

Pé direito

computador

6m²

de 3m

Ventilação Sala de 2

execução de serviços

Administrativo

administrativos

Mesa,

e

cadeiras,

iluminação

computador

5,5m²

natural ou

es, telefones

artificial

e armário

Pé direito

5 funcionários e3 estudantes

de 3m

Ventilação

Mesa,

e

cadeiras, 2

Sala de Reuniões

Administrativo

televisão, telefone e

iluminação 10m²

Pé direito

gavetas

de 3m

Ventilação

Armários,

e

impressora Arquivo

Administrativo

e computador es

20 pessoas

artificial

balcão com

1

natural ou

20m²

iluminação natural ou artificial

2 funcionários controle


134

1

Almoxarifado geral

Administrativo

Computador

Ventilação

es,

e

armários,

iluminação

mesas,

20m²

artificial

cadeiras e

Pé direito

prateleiras

de 3m

2 funcionários - controle

Impressoras

1

Sala de

Impressão e

impressão e

cópias de

cópias

documentos

, copiadoras, computador

Pé direito 6m²

de 3m

2 funcionários

es, mesas e cadeiras

Área de 1

controle de

Administrativo

funcionários

Ponto de funcionários

Cuba, Vaso 3

1

Sanitários

Copa

DML

Pé direito de 3m

7m²

Ventilação

1 sân.

e

Higiene

sanitário,

Pessoal

espelhos e

20

natural

Toalheiro

pessoa

Pé direito

s

de 3m

Ventilação

micro-

e

ondas,

rápida

cafeteira,

material e pano de chão

p/ cada iluminação

Geladeira,

Alimentação

Limpeza de 1

4m²

6m²

iluminação natural

mesa e

Pé direito

cadeiras

de 3m

-

55

-

Tanque, secadora, prateleira e armário

3m²

-

2 funcionários


135

1

Depósito de limpeza

Guarda de materiais de limpeza

Armários, prateleiras e carrinhos de

3m²

-

-

limpeza

Ventilação

Sala de controle do borboletário

Controle, inspeção e manutenção do Borboletário

Computador

e

es, mesas,

iluminação

2

natural ou

funcionários

telefone e

artificial

- controle

armário

Pé direito

cadeiras,

6m²

de 3m

Ventilação e

Sala de 1

controle do Laboratório

Controle, inspeção e manutenção do Laboratório

Computador

iluminação

es, mesas,

natural ou

2

artificial

funcionários

cadeiras,

6m²

telefone e

- controle

armário Pé direito de 3m

Ventilação

1

Refeitório

Espaço de

Mesas,

alimentação

cadeiras e

coletiva

televisões

e 150m²

iluminação natural

291 pessoas

Pé direito de 3m

Área Geral de funcionários

Restrita Cubas, Banhos, 1

Vestiários

trocagem de roupas, higiene pessoal

Ventilação

vasos sanitários, armários, bancos, chuveiro e espelhos

e 20m²

iluminação

cada

natural Pé direito de 3m

-


136

Área de

2

Espaço Relax

jogos,

Ventilação

esteiras de

e

Área de

yoga,

iluminação

entretenimento

cadeiras

e descaso

massagead

Pé direito

oras, divãs,

de 3m

15m²

natural

30 pessoas

mesas e banquetas Plantação, 2

Horta

colheita e manutenção das vegetação

Cestas, armário e

3m²

-

10 pessoas

mangueira Fogões,

2

Cozinha coletiva

micro-

Ventilação

ondas,

e

Área de

geladeiras,

iluminação

10 pessoas

preparo de

forno

natural

+3

alimentos

elétrico,

Pé direito

funcionários

armários e

de 3m

10m²

panelas elétricas

2

Despensa

Espaço de

Prateleiras,

guarda de

geladeira e

alimentos

freezer

Fonte: Acervo Pessoal

6m²

-

30 m²


137

12. ESQUEMAS ESTRUTURANTES 12.1.

Conceito

Palavras chaves: Dinâmico, Transparência, Experiência, Orgânico e Natural.

Natureza, espaço que habita toda a biodiversidade e abriga vários ecossistemas, o maior modelo de funcionalidade e estética que existe, por isso tudo que fora criado, desenhado, representado, desde os primórdios da humanidade, se referem ao convívio do homem com o natural. Atualmente a necessidade do uso de recursos naturais mostra a dependência do homem para com a natureza. Porém, o uso desenfreado e a falta de consciência os recursos naturais estão correndo grande risco de esgotamento e com ele toda a flora e fauna. Por isso os meios de conscientização são colocados em prática. A arquitetura pode auxiliar essa conscientização por meio de espaços estruturados para convivo com a natureza, proporcionando conscientização e lazer. Em razão disso, o projeto tem como identidade o uso do natural como ponto central, induzindo o usuário a descobrir seu espaço em meio a natureza, de forma respeitosa, dinâmica e experimental, mas sem perder a essência arquitetônica de funcionalidade e estética. Para isso o uso da paisagem e da transparência faz com que o edifício se conecte com o exterior.

12.2.

Partido Arquitetônico

A arquitetura é rica em movimentos e modelos arquitetônicos que difere diretamente na vida do homem, em que cada estilo é uma maneira de expressão da atual situação política, socioeconômica ou cultura. Atualmente o Brasil vem passado por desastres e acidentes ambientais, como o rompimento da barreira de Mariana – MG e Brumadinho – MG, esses crimes que foram causados por descaso, falta de consciência ambiental dos responsáveis, isso


138

indiretamente faz com que a população brasileira venha iniciar um processo de desatenção com a natureza e consequentemente sofrendo mais desastres caudados por falta de reciclagem, uso consciente de materiais e descarte correto de materiais não-orgânicos. Em vista disso a construção desse projeto terá características arquitetônica biomimética, usando a transparência e aberturas protegidas com brises para uma melhor eficiência energética e conforto para o usuário.

Figura 132 – Espaço interno com Jardim

Fonte: Pinterest – Arquitetura Biomimética

Figura 133 – Modelo de Brise de bambu

Fonte: Pinterest – Brises


139

O uso de jardim internos e verticais são uma maneira de manter o contato do usuário com o exterior, juntamente com espelhos d’agua internos, recriando um habitat natural sem interferir na função do edifício.

Figura 134 – Espaço de convivência com jardim ao centro

Fonte: Pinterest – Arquitetura Biomimética

Figura 135 – Jardim ao centro do projeto

Fonte: Pinterest – Arquitetura Biomimética


140

Figura 136 – Jardim vertical com lagoa artificial

Fonte: Pinterest – Arquitetura Biomimética

Para o laboratório não terá tanta divergência, a trasparencia e ventilação por claraboias e grandes aberturas para manter a eficiencia energetica, mas juntamente a integração do exterior como paisagem ao funcionário.

Figura 137 – Laboratório com ventilação e iluminação natural

Fonte: ArchDaily – Humedal – TAAR – Taller de Arquitectura de Alto Rendimiento


141

O uso dos materiais faz parte do contexto do projeto, o uso de estrutura metálica em conjunto com alvenaria possibilita a criação de formas orgânicas e geométricas, característica estética existente no projeto.

Figura 138 – Cobertura transparente que permite a iluminação natural

Fonte: Pinterest – Arquitetura metálica

Figura 139 – Espaço com grande iluminação natural por meio de estrutura metálica e pele de vidro

Fonte: Pinterest – Arquitetura metálica


142

Para a parte externa dos edifícios, haverá decks de ligação para os outros anexos, passando por cima da uma lagoa artificial, trazendo uma amplitude visual e uma circulação horizontal atrativa.

Figura 140 – Decks de Ligação

Fonte: ArchDaily – Humedal – TAAR – Taller de Arquitectura de Alto Rendimiento

Além de partidos diretamente ligados ao projeto arquitetônico, o projeto terá mudanças urbanísticas, como o aumento da calçada da fachada do terreno, onde encontra-se totalmente degradada e um tamanho inadequado, menor do que o necessário.

Figura 141 - Perspectiva de calçada e o projeto

Fonte: Acervo pessoal


143

Ao fundo do terreno, haverá uma parcela destinada a reflorestamento, que trará uma maior taxa de permeabilidade, mas também alimentará o nível de biodiversidade e também um espaço para as abelhas retirarem suas alimentações e fazerem a polinização. Figura 142 – Área de reflorestamento

Fonte: Acervo pessoal

Além disso, haverá um mirante, em que visualmente interligará o projeto com o entorno, já que ao lado direito do terreno está o parque centenário, do lado esquerdo com relação a rua, está o Vaca Louca e a Av. para Cezar de Souza e ao fundo, do terreno, estará o reflorestamento.

Figura 143 – Volumetria do mirante

Fonte: Acervo Pessoal


144

13. CROQUIS Figura 144 – Croqui da Elevação

Fonte: Acervo pessoal

Figura 145 – Croqui de Implantação

Fonte: Acervo pessoal


145

14. AGENCIAMENTO

Figura 146 – Organograma

Fonte: Acervo Pessoal


146

15. SETORIZAÇÃO

Figura 147 – Setorização esquemática

Fonte: Acervo Pessoal


147

16. ORGANOGRAMA

Figura 148 - Organograma geral

Fonte: Acervo Pessoal

16.1.

Organograma de cada setor

Figura 149 - Organograma Borboletรกrio

Fonte: Acervo Pessoal


148

Figura 150 - Organograma Administração

Fonte: Acervo Pessoal

Figura 151 - Organograma Área de convivência

Fonte: Acervo Pessoal


149

Figura 152 - Organograma Laboratรณrio Entomolรณgico

Fonte: Acervo Pessoal

Figura 153 - Organograma ร rea Geral Privada

Fonte: Acervo Pessoal


150

17. FLUXOGRAMA

Figura 154 – Fluxograma

Público Privado

Fonte: Acervo Pessoal


151

CONCLUSÃO

Nos quase 5 anos de faculdade, muitos professores e alunos sempre questionam e introduzem ideias ambientais, como, novos materiais, projetos sustentáveis, as novas tecnologias e entre outros assuntos. Porém, a demonstração da importância ambiental vai além de projetos sustentáveis, onde também possui sua importância, mas a criação de espaços que possam trazer mais conscientização ao usuário. Ao longo deste trabalho, é perceptível que a importância de uma criação de um espaço público, que possua interação do usuário com o meio ambiente é fundamental para ambos os lados, principalmente quando o assunto é sobre insetos, muitas vezes subjugados e de pouca visibilidade por protestantes e ONG’s, essa classe possui a mesma importância que mamíferos, aves e outros. Por isso, com esse projeto de um laboratório específico para estudos entomológicos e a junção do borboletário e colmeias de abelha sem ferrão, consegue transmitir a notoriedade dessa classe que são responsáveis pela reprodução de flores, árvores, frutas e além disso nos dá muita matéria prima, como mel, própolis, geleia real e outros. Sendo assim, a conscientização não precisa ser somente por viés comuns, como protestos, aulas de educação ambiental, panfletos e anúncios, mas a conscientização pode e deve ser vivida, por isso a interação do homem e natureza é a essência para uma qualidade ambiental.


152

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153

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159

ESTUDO PRELIMINAR


2.30

4.43

4.43 3.60

2.44

3.14

5.60

3.13

3.18

San. Fem. 3.18

3.13

3.28 Lanchonete

Despensa

2.00

Lanchonete

San. Masc.

San. PCD 2.50

4.10

9.00

7.81

Ante-câmara

2.80

6.00

7.81

Praça de alimentação

8.00

9.00

4.55

Exposição

5.00

4.55 Circulação

Sala de apresentação

8.15

Sala de criadouro e controle

9.00

4.85

9.00

Circulação

9.00

Sala de Experiências

San. Fem.

Lagoa artificial com vegetação aquática

Foyer

5.75

9.00

5.00

2.43

3.10

9.00

3.10

Borboletário

4.85

8.00

8.00

Circulação

2.43

Circulação Circulação

San. Masc.

Auditório

15.00

8.00

8.00

25.00

Sala de Experiências

9.00

9.00

PROJETO PRELIMINAR

1/7 1:100


2.30

4.43

4.43 3.60

2.44

3.14

5.60

3.13

3.18

San. Fem. 3.18

3.13

3.28 Lanchonete

Despensa

2.00

Lanchonete

San. Masc.

San. PCD 2.50

4.10

9.00

7.81

Ante-câmara

2.80

6.00

7.81

Praça de alimentação

8.00

9.00

4.55

Exposição

5.00

4.55 Circulação

Sala de apresentação

8.15

Sala de criadouro e controle

9.00

4.85

9.00

Circulação

8.00

8.00

Circulação

9.00

Sala de Experiências

5.75

9.00

3.10

4.85

San. Fem.

Lagoa artificial com vegetação aquática

Foyer

5.00

2.43

3.10

9.00

Borboletário

2.43

Circulação Circulação

San. Masc.

Auditório

15.00

8.00

8.00

25.00

Sala de Experiências

9.00

9.00

PROJETO PRELIMINAR

1/3 1:100


7.93

3.20

6.81

8.65

Arquivo ADM

Recepção

Sala de ADM

Laboratório entomológico

Laboratório entomológico

Laboratório entomológico

Sala de catalogação

3.00

Sala de impressão e cópias

Sanitário

5.00

Sala de armazenagem e preparo de insetos

4.00

5.00

4.00

4.15

Sanitário

3.34

3.89

2.00

5.00

3.00

5.00

3.00

5.00

3.15

5.00

5.00

3.00

Laboratório entomológico

6.00 6.00

3.10 5.00

3.89

5.00

Sala de controle do Borboletário

3.48

6.00

6.15

Sala de ADM

Sala de Direção

3.34

3.89

Sala de ADM

8.00

6.15

5.00

2.00

Sala de reunião

4.00

DML 4.00

6.15

Almoxarifado

4.00

4.00

2.95

Deposito de materiais quimícos

6.15

9.62

4.00

Vestiário Fem.

Deposito de materiais químicos

3.89 1.50

Ponto 4.04 4.00

6.15

Vestiário Masc.

1.70

Lagoa artificial com vegetação aquática 4.00

Deposito

2.00

7.55

DML

3.55

4.00 1.70

4.61

3.00

4.00

Copa

Sala de controle do Laboratório

5.80

2.05

2.00

Sala de equipamentos

5.00

4.15

Sala de limpeza de materiais

5.00

2.00

Sala de catalogação 5.00

3.00

Sala de armazenagem e preparo de insetos

5.00

3.00

Laboratório 5.00

3.00

Laboratório 5.00

3.00

Laboratório 5.00

Sala de reunião

Laboratório 5.00

3.48

3.89

Sala de execução de serviços ADM

PROJETO PRELIMINAR 4.04

Caixa D'agua

Jardim

Horta

2/7 1:100


6.15

3.00

4.00

Copa

Almoxarifado

Sala de controle do Laboratório

4.00

4.00

6.15

2.95

Deposito de materiais quimícos

9.62

4.00

Vestiário Fem.

3.89 1.50

Ponto 4.04 4.00

6.15

Vestiário Masc.

1.70

Lagoa artificial com vegetação aquática 4.00

Deposito

4.04

Horta

Jardim

Lagoa artificial com vegetação aquática

Vestiário Fem.

Espaço Relax Despensa

4.85

9.80

Cozinha Coletiva

Refeitório

Circulação

4.35

3.15

2.50

Cozinha Coletiva 5.66

5.66

5.66

Espaço Relax Despensa

Vestiário Masc.

5.66

Lagoa artificial com vegetação aquática

Horta

14.10

2.50

5.66

3.15

5.66

4.35

5.66

5.66

2.00

7.55

DML

3.55

1.70

4.00

4.85

PROJETO PRELIMINAR

3/7 1:100


Guia rebaixada

Guia rebaixada

Brise de bambu

Via de Carga e Descarga

Lagoa artificial com vegetação aquática

Lagoa artificial com vegetação aquática

Lagoa artificial com vegetação aquática

Lagoa artificial com vegetação aquática

Lagoa artificial com vegetação aquática

Área de Reflorestamento

N

PROJETO PRELIMINAR

4/7 1:100


CONSIDERAÇÕES: PÉ DIREITO: 4M LAJE: 15CM TELHADO: TELHA COLONIAL E ESTRUTURA DE MADEIRA DECK: MADEIRA REFLORESTADA BRISE: BAMBU LAGOA ARTIFICIAL: - 1M AO NIVEL DO DECK

CORTE ESQUEMÁTICO - A.A

CORTE ESQUEMÁTICO - B.B

PROJETO PRELIMINAR

CORTE ESQUEMÁTICO - C.C

5/7 1:100


8.53

4.75

Garita

2.30

2.44

4.43

4.43

5.60

3.14

3.60

3.13

3.18

San. Fem. 3.18

3.13

Lanchonete

Despensa

2.00

Lanchonete

San. Masc.

3.28

4.10

San. PCD 2.50

7.81

Ante-câmara

2.80

6.00

7.81

Praça de alimentação

8.00

9.00

9.00

4.55

Exposição

5.00

4.55 Circulação

Sala de apresentação

8.15

Sala de criadouro e controle

9.00

4.85

9.00

Circulação

9.00

Sala de Experiências

3.10

9.00

Lagoa artificial com vegetação aquática

Foyer

9.00

5.00

2.43

5.75

San. Fem.

Borboletário

3.10

4.85

8.00

8.00

Circulação

2.43

Circulação Circulação

San. Masc.

Auditório 25.00

Sala de Experiências

8.00

8.00

15.00

9.00

9.00

Via de Carga e Descarga

N 7.93

3.20

6.81

8.65

Arquivo ADM

Recepção

Sala de ADM 6.00

6.00

Laboratório entomológico

Laboratório entomológico

Laboratório entomológico

Laboratório

Laboratório

Laboratório

Laboratório

3.00

5.00

4.00

Sala de catalogação

5.00

4.00

Sala de impressão e cópias

Sanitário

4.15

Sanitário

3.34

3.89

2.00

Sala de armazenagem e preparo de insetos

5.00

3.00

Laboratório entomológico

5.00

3.00

5.00

3.15

5.00

3.00

5.00

3.10 5.00

3.89

5.00

Sala de controle do Borboletário

3.48

6.00

6.15

Sala de ADM

Sala de Direção

3.34

3.89

Sala de ADM

8.00

6.15

5.00

2.00

Sala de reunião

4.00

DML 4.00

6.15

Almoxarifado

4.00

6.15

2.95

Deposito de materiais quimícos

4.00

9.62

4.00

Vestiário Fem.

Deposito de materiais químicos

3.89

Ponto 4.04

1.50

4.61

4.61

Deposito de materiais

5.80

3.00

4.00

Copa

Sala de controle do Laboratório

5.80

2.05

2.00

Sala de equipamentos

5.00

4.15

5.00

2.00

Sala de limpeza de materiais

5.00

3.00

Sala de catalogação

5.00

3.00

Sala de armazenagem e preparo de insetos

5.00

3.00

5.00

3.00

5.00

Sala de reunião

5.00

3.48

3.89

Sala de execução de serviços ADM

4.00

6.15

Vestiário Masc.

1.70

Lagoa artificial com vegetação aquática 4.00

Deposito

4.04

Caixa D'agua

Horta

Jardim

Lagoa artificial com vegetação aquática

Vestiário Fem.

Espaço Relax Despensa

4.85

9.80

Cozinha Coletiva

Refeitório

Circulação

4.35

Área de Reflorestamento

3.15

2.50

Cozinha Coletiva 5.66

5.66

Espaço Relax Despensa

Vestiário Masc.

5.66

Lagoa artificial com vegetação aquática

Horta

14.10

2.50

5.66

3.15

5.66

5.66

4.35

5.66

Cisterna

5.66

Biodigestor

7.55

DML 2.00

Casa de Maquinas

3.55

1.70

4.00

4.85

PROJETO PRELIMINAR

6/7 1:100


FACHADA

FACHADA INFERIOR

ELEVAÇÃO LATERAL DIREITA

PROJETO PRELIMINAR

ELEVAÇÃO LATERAL ESQUERDA

7/7 S/E











































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