Santa Catarina comemora abertura de mercado japonês

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Santa Catarina comemora abertura de mercado japonês Depois de sete anos de negociação, carne suína catarinense abre as portas para um novo comércio por CARLA VIDO fotos FERNANDO WILLADINO; ASSESSORIA DE IMPRENSA 52

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Acima, da esquerda para direita: governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo; presidente da FIESC, Glauco José Côrte; secretário da agricultura João Rodrigues e o presidente do Sindicarne, Cléver Ávila

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nunciada no final de maio deste ano, a abertura do mercado japonês para compra de carne suína in natura catarinense foi a notícia mais comemorada não apenas pelo governo local, como por todas as autoridades brasileiras. A negociação – que demorou mais de 7 anos – teve como principal pré-requisito a questão sanitária, já que Santa Catarina é o único Estado livre de febre aftosa sem vacinação no país, status concedido pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE). Atualmente, o Japão é o maior importador de carne suína do mundo, com 1,2 milhão de toneladas anuais. Além de ser exigente com os cortes comprados, paga-se um valor maior pela mercadoria importada se comparado com outros países compradores de carne suína brasileira. No ano passado a exportação de carne suína catarinense ficou em quarto lugar no ranking dos produtos mais vendidos pelo Estado, um total de 207.772 toneladas – representando um

volume de 519 milhões de dólares em divisas. Com a abertura do mercado japonês para a compra da carne in natura, ainda este ano o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Rui Vargas, espera um volume para exportação de 30 mil toneladas. “Estimamos que o Brasil possa, a curto prazo, alcançar cerca de 10% das importações do Japão. No primeiro momento, vender para o mercado [japonês] representa 100 mil toneladas de carne suína/ano”. Para o presidente do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná (Sindicarne) Clever Pirola Ávila, a abertura do mercado foi uma conquista conjunta. “Todos – governo, indústria e produtor – alinhados, fizeram a diferença. O envolvimento dos produtores e das agroindústrias, através da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) e do Instituto Catarinense de Sanidade Animal (Icasa) atingiu alto grau de comprometimento”, completa Ávila.

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O mercado Para o especialista em comércio internacional e competitividade no negócio agroalimentício, Osler Desouzart, “ganhamos o direito de disputar o campeonato [exportação da carne suína] e a partir de agora temos que formar o time e disputar as partidas”. Em um clima mais descontraído, Desouzart explica que a exportação de carne suína está garantida por parte das nossas indústrias. “Confio nos nossos jogadores, ainda que tenham que enfrentar as eventuais inépcias da comissão técnica. O nosso time é bom apesar da comissão técnica dos

adversários também ser muito boa”. No ano passado a compra da carne pelo mercado japonês girou em torno de US$ 5,2 bilhões, e o país prefere importar o produto ao invés de produzi-lo. “O consumidor japonês dá preferência por cortes que representam ¼ da carcaça suína. Porque então produzir 4/4 utilizando recursos naturais que são escassos no Japão?”, questiona Desouzart. Em uma análise com números, o Japão lidera a lista dos cinco países que mais importam carne suína desde 2003, como pode Ser observado na tabela abaixo:

PAÍS

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

Japão

1.091

1.269

1.314

1.154

1.210

1.267

1.138

1.198

1.210

Rússia

707

614

752

835

894

1.053

845

880

930

México

371

458

420

446

451

535

678

687

630

China

124

137

48

53

182

709

270

415

550

Coreia do Sul

163

233

345

410

447

430

390

382

625

Fonte: USDA / Abipecs

Importação Mundial de Carne Suína - (Mil t - em equivalente-carcaça)

Em relação aos países que mais exportam carne suína, a liderança fica por conta dos Estados Unidos, que desde 2003 apresenta um cenário de exportação significante no mercado mundial.

PAÍS

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

Estados Unidos

779

989

1.209

1.359

1.425

2.110

1.857

1.916

2.246

U. Europeia - 27

1.140

1.302

1.143

1.285

1.286

1.727

1.415

1.754

2.000

Canadá

975

972

1.084

1.081

1.033

1.129

1.123

1.159

1.160

Brasil

603

621

761

639

730

625

707

619

582

China

397

537

502

544

350

223

232

278

260

Fonte: USDA / Abipecs

Exportação Mundial de Carne Suína - (Mil t - em equivalente-carcaça)

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ESPECIAL Com a entrada do Estado de Santa Catarina – que ano passado exportou entre 20% e 30% da carne suína brasileira – no mercado japonês, o cenário de exportação brasileira do produto é animador. A previsão para importação da carne pelo mercado nipônico é de mais da metade do consumo total que o país tem, como pode ser observado na tabela abaixo: Ano / Imports/ Consumo total 2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019

2020

2021

2022

49,7%

49,7%

49,8%

50,3%

50,6%

50,9%

51,2%

51,4%

51,7%

52,0%

52,2%

52,5%

Estado Sanitário Para o diretor do departamento de negociação sanitária do Ministério da Agricultura, Lino Colsera, as etapas feitas pelo governo – entre questionários enviados ao Japão, visita de autoridades japonesas a Santa Catarina e outras exigências – todas foram concluídas e as próximas etapas são comerciais. O diretor afirma ainda que o reconhecimento pela OIE é resultado do “esforço que o Estado vem adotando para os procedimentos futuros”. O Estado catarinense possui oito frigoríficos habilitados para exportar carne suína in natura ao mercado japonês (veja a listagem abaixo/

ao lado). O trabalho em conjunto do Icasa e da Cidasc reflete em anos de investimento – cerca de 10 milhões de reais por ano pelo Icasa – que resultaram na abertura do mercado chinês, norte-americano e, agora, japonês. O atual status sanitário do Estado de Santa Catarina é consequência de anos de trabalho e força-tarefa, que consolida a marca de erradicação da febre aftosa. Além disso, a abertura do mercado japonês para exportação da carne foi concretizada devido à estrutura da cadeia produtiva que o Estado apresenta.

FRIGORÍFICOS HABILITADOS PARA EXPORTAÇÃO Frigoríficos BRF: Campos Novos e de Herval D’Oeste Seara: Seara e de Itapiranga Pamplona: Rio do Sul e de Presidente Getúlio Aurora: Chapecó Sul Valle: São Miguel do Oeste

Exigências Em entrevista à Revista PorkWorld (leia a matéria completa na pág. 52), o vice-presidente da Coopercentral Aurora, Neivor Canton, afirma que “agora é somente a questão de adequação e treinamento da equipe para as exigências – diferença nos cortes – e com essa necessidade surge a oportunidade de agregar maior valor ao nosso produto”. Para se adaptar ao mercado nipônico, as indústrias catarinenses receberão ajustes nas plantas industriais, além de preparação dos profissionais para as necessidades dos cortes que o mercado pede. De acordo com Lino Colsera, as exigências sanitárias feitas durante a negociação se basearam principalmente no estado livre de febre

aftosa sem vacinação e também no atendimento das necessidades apontadas pela missão japonesa durante a visita ao Estado. “Durante esse processo [negociação], nós do Ministério ficamos em constante conversa com o Ministério Agrícola do Japão, foi necessário responder questionários, processar informações entre outras demandas das autoridades”. Para ele o tempo do acordo foi necessário para ajustar os detalhes. “Tratase de uma ação contínua que requer cuidados, já que o Japão quer se cercar de toda segurança sanitária possível. Já tivemos negociações mais longas entre os dois países”, enfatiza Colsera.

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Reflexos Para Neivor Canton, apontar os reflexos dessa abertura de mercado ainda é cedo. “Não conseguimos avaliar de imediato, porém, as perspectivas são as melhores possíveis. Pela primeira vez ingressaremos nossa carne

suína no Japão, um país altamente exigente, mas como nosso produto está entre os melhores do mundo, finalmente conseguimos”.

Próxima etapa Em evento realizado na sede da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), no começo do mês de junho, o presidente da Federação, Glauco José Côrte, ressaltou que o próximo passo é “trabalhar questões como o tipo de produto que o Japão vai demandar e o que precisa ser feito para aproveitar as oportunidades de negócio”. Para ele, a competitividade com os outros países tem que existir nos custos da ração, dos portos e do trabalho. “Apesar da abertura de mercado, não podemos ficar de braços cruzados”, completa. No final do mês passado,

o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, o secretário da Agricultura e Pesca, João Rodrigues e empresários da suinocultura estiveram no Japão para acompanhar a presidente Dilma Rouseff. O encontro teve como objetivo reunir empresários japoneses e o primeiro-ministro do país Shinzo Abe para formalizar a abertura do mercado.

Santa Catarina em números* Santa Catarina é pioneira na exportação de carne suína e o maior Estado exportador No ano de 2012 exportou 207.772 toneladas e obteve divisas de US$ 519 milhões

criadores praticam a suinocultura tecnificada e fazem parte do sistema de produção integrada

toneladas/ano é a produção total de carne suína

fêmeas suínas é o plantel permanente reprodutivo no campo

de cabeças/ano é o total do abate inspecionado de suínos nas agroindústrias catarinenses

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Presidente da Fiesc, Glauco José Côrte durante encontro em Santa Catarina

Repercussão

Veja a seguir a repercussão sobre a abertura deste novo mercado com as pessoas mais influentes do setor 58

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“Temos que ter a garantia da produção estável no momento, qualificando cada vez mais os sistemas produtivos para que possamos crescer com estabilidade nos próximos anos”, presidente da Associação Catarinense dos Criadores de Suínos.

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abertura do mercado japonês diminui a dependência do mercado ucraniano e russo, o que resultou em mais uma opção de exportação. Em relação aos negócios da Alltech, esta é uma oportunidade, uma vez que este mercado exige alguns conceitos que a Empresa já possui. Como exemplo, a substituição da ractopamina por uma opção natural com resultados consistentes sem nenhuma restrição mercadológica ou ambiental. Outro ponto forte da Alltech é o programa de rastreabilidade de minerais orgânicos, evitando a presença de metais pesados e dioxina, que têm uma grande importância em países orientais”, gerente nacional de suínos da Alltech, Júlio Acosta.

“A

abertura do mercado japonês para exportação de carne suína de Santa Catarina é uma conquista marcante, mesmo que este fato não resulte em aumento expressivo das exportações no curto prazo. É um reconhecimento de qualidade da produção brasileira de carne suína por um país que não é apenas o maior importador mundial desse produto, mas também é uma referência como “Mercado Premium”, pelas suas exigências por qualidade e pela consistência nas negociações com seus fornecedores. Os negócios da Agroceres, principalmente a Agroceres Multimix e a Agroceres PIC, se beneficiarão indiretamente, em razão do fortalecimento da cadeia da carne suína brasileira”, diretor-presidente da Agroceres, Fernando Pereira. julho 2013 / edição 77 59

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abertura do mercado Japonês para carne suína brasileira vai ajudar na redução da dependência de mercados tradicionais, como Rússia e Ucrânia, e também estimular a melhoria do produto brasileiro em resultado do foco desse mercado em qualidade. Entretanto, o crescimento da suinocultura brasileira depende muito mais do crescimento de consumo interno do que da abertura de mercados fora do país. O reflexo para a TOPIGS dependerá de dois fatores: do volume real que o Brasil irá conquistar no mercado Japonês e também da especificação técnica dos produtos que o Brasil irá suprir o mercado”, diretor geral TOPIGS, Jóster Macedo.

m boa hora surge essa oportunidade para nosso país enriquecer sua minguada pauta de exportações, lastreada hoje, quase exclusivamente em “commodities”. A total falta de competitividade dos nossos produtos manufaturados provocada pelas políticas econômicas equivocadas, câmbio desfavorável, falta de investimento em infraestrutura logística, burocracia, regulação excessiva, má gestão pública e a forma equivocada e ideológica com que vem sendo tratadas nossas relações internacionais nos últimos dez anos, vem definhando nossa participação no comércio global. Mais uma vez o demonizado agronegócio nacional, um oásis econômico dentro do país, busca e alcança alternativas, alicerçadas em atividades produtivas marcadas pela eficiência e inovação. É, sem dúvida, uma conquista da suinocultura brasileira, que deverá se refletir em toda sua cadeia produtiva trazendo alento e novas oportunidades ao setor, visto que, o Japão é o principal importador mundial de carne suína com US$5,1 bilhões/ano, cerca de 31% do mercado mundial. Estamos apenas colocando um pé nesse grande mercado com expectativa de vendas de US$ 100 a US$ 200 milhões/ ano. Para que se tenha uma ideia do porte e da importância do mercado japonês, só os Estados Unidos vendem a eles US$ 2,1 bilhões ano . A Sanphar será uma das empresas mais beneficiadas, já que desde sua fundação tem como foco, os mercados suinícola e avícola. Sem dúvida, é uma excelente notícia para esses tempos tão carentes de boas novas na área econômica”, diretor titular da Sanphar, José Nunes Filho.

“O principal motivo [da abertura do mercado] é ser uma região livre de febre aftosa sem vacinação”, Cônsul Geral do Japão, Yoshio Uchiyama. 60

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mercado Japonês é o maior importador mundial de carne suína e possui, reconhecidamente, um dos mais elevados padrões de controle sanitário em todo o mundo. A liberação por aquele país à carne suína in natura, originária de Santa Catarina, é motivo de comemoração. O Brasil passa agora a disputar o mercado japonês com os Estados Unidos, Europa e Canadá, que detém cerca de 90% das importações que superam 1 milhão de toneladas/ano. As boas notícias não param por aí, pois certamente a abertura dada pelo Japão à carne suína brasileira, facilitará as negociações para abertura de outros mercados, como Coréia do Sul, Europa e México. Parabéns à ABIPECS e ao MAPA pela grande conquista”, presidente Phibro Brasil, Stefan Nihailov.

“Temos que ter a garantia da produção estável no momento, qualificando cada vez mais os sistemas produtivos para que possamos crescer com estabilidade nos próximos anos”, presidente da Associação Catarinense dos Criadores de Suínos, Losivanio Luiz Lorenzi.

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abertura do mercado Japonês é uma das principais conquistas da história da suinocultura brasileira. Costumo dizer para os meus amigos que exportar para o Japão é quase como receber um selo de qualidade, já que este mercado é um dos mais exigentes do mundo e pouquíssimos países estão habilitados como fornecedores. Além disso, este fato serve de incentivo para continuarmos trabalhando na qualidade da nossa suinocultura que ainda tem bastante espaço para melhorar. Fizemos uma cesta de três pontos, mas o jogo ainda não acabou. Para a Agriness o reflexo desta conquista aparece de diversas formas. Acredito que a principal seja o reforço que é dado na questão da necessidade de se ter gestão e informação no campo. Ninguém consegue exportar para mercados exigentes se não apresentar um controle eficiente do processo produtivo, que demonstre garantias de rastreabilidade e segurança alimentar. E isso só é possível com metodologias e sistema confiáveis de gestão, que é a especialidade da Agriness”, sóciodiretor da Agriness, Everton Gubert. julho 2013 / edição 77

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stamos comemorando na realidade o início de um trabalho a ser feito de forma intensa, que é entender de forma o que é o mercado japonês e quais são as demandas de seus produtos”, presidente Sindicarne, Clever Pirola Ávila.

“Santa Catarina tem todas as condições de ocupar um lugar no mercado mundial de carne suína”, presidente Sistema Fiesc, Glauco José Côrte.

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ste passo importante relativo a abertura do Mercado japonês à carne suína proveniente de Santa Catarina é uma grande conquista para nosso segmento e para o País. O Japão é o maior importador de carne suína no mundo e agora cabe a nós ganhar espaço nessa fatia de mercado, que sabe ser extremamente exigente, mas que também pratica preços mais elevados. Teremos competição com EUA, Canadá e importantes países Europeus, mas a capacidade de compra do mercado japonês é muito grande. Acredito que conquistas como esta beneficiarão tanto a indústria quanto o mercado interno dos produtores de suínos. A medida que a indústria conquistar espaços no mercado japonês toda a cadeia será beneficiada”, gerente de mercado da MSD Saúde Animal, Leonardo Burcius.

“O

Japão é o maior importador mundial de carne suína in natura, totalizando US$ 5,1 bilhões em 2012, equivalente a 1,2 milhão de toneladas, o que representa um terço das compras mundiais, em valor. No ano passado, o Brasil vendeu o produto para 63 mercados, totalizando US$ 1,5 bilhão (cerca de 580 mil toneladas). (Fonte - Secretaria da Agricultura e Pesca - SC). Gostaríamos de parabenizar o estado de Santa

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Catarina por essa brilhante conquista, uma vez que é o único estado livre de febre aftosa sem vacinação com reconhecimento pelo OIE, no Brasil. As ações público-privadas implementadas em SC, mostram o quanto é importante as instituições trabalharem juntas em prol de um bem comum. O trabalho realizado entre a Defesa Sanitária do estado juntamente com as agroindústrias e produtores tornaram possível esse reconhecimento, servem de exemplo para que outras federações do Brasil trabalhem na busca desse mesmo status. Para nós da DSM Produtos Nutricionais Brasil Ltda, essa abertura de mercado gera uma expectativa muito positiva. Somos líderes no segmento de nutrição mundial, estamos diretamente ligados as grandes agroindústrias no mercado brasileiro. Com certeza isso trará para toda a cadeia produtiva (agroindústrias, fornecedores, produtores) e mercado brasileiro como um todo uma melhor estabilidade para o segmento de produção de suínos, que historicamente tem sofrido muito. Estamos torcendo muito para que os embarques ocorram, as expectativas de volumes se concretizem e tragam para toda cadeia produtiva agregação de valor, pois é importante nunca perdermos o foco - que negócios somente são sustentáveis, quando geramos valor a todos os envolvidos”, gerente de vendas mercado suínos, Rogério Balestrin.

“Temos uma previsão de aumentar as exportações em R$ 1 bilhão. Essa abertura do Japão facilita a entra em outros países”, governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo.

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Japão é o maior importador mundial de carne suína, eles importam sozinhos mais que o dobro que o Brasil exporta, ou seja, é um cliente extremamente necessário para quem quer ser um importante player no mercado mundial da carne suína. Considero que a abertura do mercado japonês é a uma das notícias mais relevantes que nosso setor recebeu nos últimos anos. Temos que fazer um bom trabalho para manter esta porta aberta e fazer desta oportunidade uma porta de acesso à outros mercados. A Avicultura brasileira é um bom exemplo, pois 69% do volume exportado em 2012 foi para 11 países, enquanto que na Suinocultura, 73% do volume exportado foi apenas para 4 destinos. Isso é muito prejudicial para o negócio, pois ficamos nas mãos de poucos clientes e o impacto é gigantesco quando um deixa de comprar (vide exemplos recentes da Rússia e Ucrânia). Para crescermos consistentemente, temos que diversificar o destino da nossa carne, aumentar nosso portfólio de clientes. A Bayer deseja ver o suinocultor brasileiro cada vez maior e mais forte, pois acreditamos que cresceremos junto com o mercado. Por isso, realizamos ações e investimentos que favoreçam o crescimento da Suinocultura Brasileira”, médico veterinário Bayer Saúde Animal, Luiz Felipe Lecznieski.

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abertura do Japão à carne suína brasileira é um marco para o nosso país. Por muitos anos, os produtores brasileiros investiram muito para adaptarem-se às exigências sanitárias, ao controle de resíduos e a padronização de produtos exigidas pelo maior e mais criterioso importador de suínos do planeta. A Farmabase se sente muito orgulhosa por fazer parte dessa cadeia produtiva que finalmente tem reconhecimento internacional merecido. Parabenizo a todas as pessoas e empresas envolvidos nessa vitória!”. Paulo Machado – presidente da Farmabase julho 2013 / edição 77

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abertura do maior mercado importador é auspiciosa e desafiadora. Auspiciosa pela demanda física, desafiadora pelas exigências de qualidade, controle do processo e tecnologia. Fatores que serão mais um incentivo ao desenvolvimento, expansão e crescimento da suinocultura brasileira. Além disso, representará uma grande mudança positiva na percepção do mercado internacional com relação à qualidade da suinocultura brasileira, abrindo as portas de outros mercados. Para a M.Cassab representa mais uma confirmação de que sua estratégia de investimento nesta área com estrutura de vendas, apoio técnico, portfólio completo e laboratórios, está certa e será um diferencial de garantia para nossos clientes” diretor superintendente do Grupo M.CASSAB, Fernando Abrantes.

Linha do tempo

1993

2001

Anunciada a abertura do mercado do Japão à carne suína de Santa Catarina.

Anunciada a abertura do mercado da China à carne suína de Santa Catarina.

Última ocorrência de febre aftosa em Santa Catarina.

2007

Neste ano, Santa Catarina suspendeu a vacinação contra a doença, preparando-se para reivindicar à OIE o status de área livre de aftosa sem vacinação.

2011

2012

2013

Em 23 de fevereiro, a Comissão Técnica da OIE (Organização Internacional de Saúde Animal) aprova, em Paris, o reconhecimento de Santa Catarina como área livre de aftosa sem vacinação. Em 25 de maio, a decisão técnica é homologada na assembleia geral da OIE.

Anunciada a abertura do mercado dos Estados Unidos da América à carne suína de Santa Catarina.

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