CENTRO DE REABILITAÇÃO PARA DEPENDENTES QUÍMICOS NOVA ESPERANÇA Comunidade Terapêutica Feminina para a cidade de Ituporanga – SC Carla Cristina Weber / Trabalho de Conclusão de Curso Orientador / Gustavo Peters de Souza Arquitetura e Urbanismo / Unidavi
SUMÁRIO 1. Introdução.....................................................................................................................................01 1.1 Problema e Justificativa.............................................................................................................02 1.1.1 Objetivos Gerais......................................................................................................................05 1.2.1 Objetivos Específicos...............................................................................................................05 1.3 Delimitação do Tema..................................................................................................................05 1.3.1 Delimitação espacial................................................................................................................05 2. Referencial Teórico........................................................................................................................06 2.1 A dependência Química em mulheres.......................................................................................06 2.2 Comunidade Terapêutica............................................................................................................07 2.3 Psicologia Ambiental: Ambientes Restauradores.......................................................................08 2.4 Rotina na Instituição...................................................................................................................10 3. Estudos de Projetos Correlatos......................................................................................................11 3.1 Centro de Reabilitação Maggie’s.................................................................................................11 3.2 Centro de Reabilitação Cuiabá ...................................................................................................12 3.3 Centro de Reabilitação Espírito Santo ........................................................................................13 4. Diagnóstico da área de Implantação.............................................................................................. 14 4.1 Contextualização Regional..........................................................................................................15 4.1.1 Localização do terreno.............................................................................................................16 4.2 Análise do Entorno......................................................................................................................17 4.3 O terreno.....................................................................................................................................18 4.4 Condicionantes ambientais.........................................................................................................19 4.5 Skyline.........................................................................................................................................20 4.6 Legislação Geral e Específica do tema........................................................................................21 5. Conceito e Partido Geral................................................................................................................24 5.1 Partido........................................................................................................................................25 5.1.1 Mapa de modificações............................................................................................................26 5.1.2 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável............................................................................27 5.2 Programa de Necessidades........................................................................................................28 5.3 Zoneamento...............................................................................................................................28 5.4 Fluxograma.................................................................................................................................29 6. O projeto......................................................................................................................................30
A dependência de substâncias psicoativas [...] É considerada doença crônica, tal qual a hipertensão arterial e o diabetes, e como tal acompanha o indivíduo por toda sua vida. Como toda doença crônica, o tratamento é voltado para a redução dos sintomas, que afetam não apenas o paciente, mas toda a comunidade ao seu redor [...] (LEITE, 2000, p.2).
1. INTRODUÇÃO A dependência é um fenômeno de alta complexidade, com diversas variáveis envolvidas, levando em conta 03 fatores principais: a substância, com suas características químicas, o indivíduo com fatores genéticos e biológicos, e o ambiente, que exerce forte influência no indivíduo. Entre os maiores fatores de risco e danos à saúde está o uso de substâncias químicas. A dependência química é algo que se faz presente no mundo desde os primórdios, em ambos os gêneros, entretanto, estudos apontam que o número de mulheres usuárias vem aumentando em relação aos homens. Neste contexto, em Regime de Reabilitação Residencial observa-se a Comunidade Terapêutica: Centro de Reabilitação Nova Esperança (Cerene), uma entidade sem fins lucrativos, de reabilitação para dependentes químicos do sexo feminino, situado em Ituporanga - Santa Catarina, que desde 1989 já ajudou cerca de 10.000 dependentes químicos de diversos lugares do Brasil, com maior abrangência no Alto Vale do Itajaí, com programas de atendimento focados na
reintegração social. Todavia, a instituição encontra-se em estado precário, com poucos alojamentos estando estes irregulares à IN 009 do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina, além de infraestrutura médica inadequada, com espaços de lazer e reabilitação pequenos diante demanda.
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1.1 Problema e justificativa
O uso de drogas, lícitas e ilícitas é algo presente no
Segundo estudos do Instituto Nacional de Ciência e
Acerca dos usuários, o número de dependentes químicos
mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde
Tecnologia para Políticas Públicas de Álcool e outras Drogas
que prevalece é o masculino, entretanto, o número de mulheres
(OMS), o uso de substâncias psicoativas está entre os 20
(INPAD) a família é amplamente atingida, sendo geralmente a
vem aumentando. As drogas que aparecem de modo
maiores fatores de risco e danos à saúde. O Ministério da
responsável por identificar a dependência e a procura por
expressivo nos índices de consumo de drogas por mulheres, é
Saúde reconhece a dependência química como grave
ajuda, da qual, tem tempo relativamente alto. Na região Sul, o
a nicotina, álcool e antidepressivos – drogas lícitas –
problema de saúde pública e o conceitua como:
tempo médio para buscar ajuda é de cerca de 2 anos e 9 meses,
diferentemente dos homens com prevalência em drogas
sendo o tempo de consumo médio das drogas de 13,2 anos.
ilícitas.
“estado psíquico e algumas vezes físico resultante da
O consumo de cocaína entre mulheres tem crescido em
interação entre um organismo vivo e uma substância,
todo o mundo. Estima-se que 90% das usuárias de droga está
caracterizado por modificações de comportamento e
Tempo médio por região para buscar ajuda (meses).
em idade fértil, e nota-se que a prevalência do uso de drogas
outras reações que sempre incluem o impulso a utilizar a
lícitas ou ilícitas em gestantes também aumentou, o que traz
substância de modo contínuo ou periódico com a
grandes riscos para saúde da mulher (BOTELHO, A. P. M,
finalidade de experimentar seus efeitos psíquicos e,
2013).
algumas vezes, de evitar o desconforto da privação”.
Preferência no consumo de drogas por gênero
Segundo dados do II Levantamento Domiciliar sobre o Uso de Drogas Psicotrópicas no Brasil, realizado em 2005, 22,8% da população brasileira já fez uso de
Fonte: Adaptado por Autora de INPAD (2019).
Tempo médio de uso por região (anos).
alguma droga em sua vida. Entre as drogas mais usadas, temos o álcool. A sociedade convive, então, com a problemática dos dependentes químicos, causando danos, não somente aos usuários como também aos familiares. Fonte: Fernanda Valentin et al (2015). Fonte: Adaptado por Autora de INPAD (2019).
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Perfil dos usuários
1.1.1 A instituição
Certificado de Entidade Beneficiente de Assistência Social – CEBAS (filantrópica) com sede principal em Blumenau e outras 06 filiais: Palhoça, São Bento do Sul, Joinville, Curitiba, Lapa, sendo uma destas a de Ituporanga, uma Unidade Feminina, que tem ajudado desde 1989 cerca de 10.000 dependentes químicos de diversos
CERENE
É uma associação civil, de caráter privado, sem fins lucrativos, portador do
Fonte: Cerene (2019).
Sua importância para a região é voltada a saúde pública, todavia, nota-se precariedade e falta de
lugares do Brasil, com programas de atendimento focados nas mudanças instalações necessárias e de espaços adequados para a realização do tratamento terapêutico, comportamentais e na qualidade de vida dos dependentes e de seus familiares através acomodações às residentes e espaços de lazer e convivência, visto que suas instalações, foram dos pilares: espiritualidade, disciplina e trabalho. Acerca dos usuários, conforme
construídas sem planejamento prévio, não havendo projeto arquitetônico. figura a seguir, a média de idade é de 12 a 18 anos.
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1.1 Problema e justificativa
O Centro de Reabilitação Cerene, sofre então com déficits, como nos alojamentos, do qual se encontra pequeno diante da demanda das dependentes residentes, sendo as atividades realizadas também prejudicadas pela infraestrutura inadequada. A área de lazer, tem seu tamanho reduzido, sendo insuficiente para a demanda, tendo esta instalações provisórias, também a quadra esportiva descoberta, e
a piscina que de forma provisória são utilizadas. A arquitetura é geralmente concebida – projetada- e realizada-construída – em resposta a um conjunto de condições existentes. Essas condições podem ser de natureza puramente funcional ou podem também refletir, em graus variados, a atmosfera social, política e econômica (CHING, 1998, p. 09).
Verifica-se a necessidade de um Centro de Reabilitação que supra as necessidades dos usuários servindo como instrumento terapêutico contribuindo para o bem-estar do paciente e possibilitando sua reintegração social. Deste modo, observa-se a importância do Cerene e a necessidade de desenvolver um novo projeto para reimplantação do Centro de Reabilitação que possa atender as necessidades terapêuticas, criando espaços não apenas avançados tecnologicamente, mas que Fonte:Acervo da autora (2019).
também desenvolvam condições de convívio humano e ambientes menos apáticos, com soluções projetuais e arquitetônicas coerentes ao uso, objetivos e normas de
funcionamento.
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1.2 Delimitação do tema
1.1.1 Objetivo geral Desenvolver um novo projeto para o Centro de Reabilitação de Dependentes Químicos Nova Esperança - Comunidade Terapêutica Feminina, para a cidade de Ituporanga com ênfase no Alto Vale do Itajaí, visando reintegração social por meio da
O projeto a ser desenvolvido é uma entidade sem fins lucrativos, de reabilitação para dependentes químicos do sexo feminino, maiores de 12 anos. A entidade nomeada Centro de Reabilitação Nova Esperança (Cerene), é um projeto idealizado pela Missão Evangélica União Cristã, inserida pela Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil.
convivência entre os pares.
Para delimitação do número de pacientes levou-se em consideração a fila de espera, cerca de 25
Estudar o conceito de Psicologia Ambiental, com ênfase em Ambientes Restauradores evidenciando sua importância para a
5 dormitórios
ocorre a organização espacial dos ambientes de uma
43 pacientes 1. 5 dormitórios
Atuar na prevenção da dependência de álcool e outras drogas, e no atendimento do dependente e seus familiares, a partir de uma visão cristã de ser humano integral, buscando a reinserção social e uma melhor qualidade de vida.
1.2.1 Delimitação Espacial: Ituporanga
reintegração social. Compreender a partir de estudos de referência como
PROPOSTO .
20 pacientes
.
1.1.2 Objetivos específicos
ATUAL
pacientes.
Por se tratar de um projeto real, implantado na SC 427, localizado no bairro Bela Vista Ituporanga/SC, será reimplantado visando abrangência no Alto Vale do Itajaí.
Comunidade Terapêutica para implementação do
Lapa
tratamento clínico. São Bento do Sul
Projetar ambientes menos apáticos, ajudando em
Curitiba
Joinville
aspectos físicos e psicológicos das residentes;
Revitalizar o entorno imediato e valorizar o
Ituporanga
potencial paisagístico existente.
Palhoça
Propiciar um aumento da segurança e contribuir com a implementação de infraestrutura urbana adequada.
Unidades de reabilitação Cerene em Santa Catarina e Paraná
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Fonte: Elaborado por autora (2019).
Blumenau
Unidade de Reabilitação Cerene Ituporanga
05
2. REFERENCIAL TEÓRICO Brasiliano Hochgraf, 2006:
2.1 A dependência química em mulheres
Na história da humanidade, é correto afirmar que o uso não fosse restrito apenas ao público De acordo com (DSM-IV-TR) a dependência é um fenômeno de alta masculino, entretanto, vê-se a escassez de pesquisa sobre o grupo feminino, do qual teve mais complexidade, com diversas variáveis envolvidas. Deste modo, não existe uma
visualização, apenas, com a reinvindicação de movimentos feministas nos anos de 1980. explicação que contemple todas as faces do problema, mas, analisa-se o problema da Historicamente, os padrões no uso de substâncias entre as mulheres têm variado e a dependência levando em conta 3 fatores: interpretação social deles também, o que provoca impacto não somente nas atitudes frente ao uso feminino quanto na disponibilização de programas e respostas ao tratamento. As pesquisas acerca das especificidades são fundamentais para o desenvolvimento e entendimento dos grupos, visto que está relacionado as barreiras para a busca do tratamento. A maior porcentagem das mulheres dependentes deixam de buscar ajuda devido: vergonha e culpa do seu comportamento; medo de perder a guarda dos filhos; dificuldade de encontrar local para deixar os filhos no período de tratamento; temor de ser julgada criminalmente, caso esteja em período gestacional; utilizarem a droga como forma de amenizar sintomas de depressão e O meio ambiente (cenário do dependente com a substância); a substância (com suas características químicas e fisiológicas); e o indivíduo (o mais complexo que
ansiedade; carência de recursos financeiros para encontrarem outras formas de prazer após o
dependerá de fatores genéticos, biológicos e psicodinâmicos para tornar-se um
tratamento.
dependente).
“Nessa perspectiva, a droga não é o foco da questão, mas sim os problemas que gera:
No Brasil, no II Levantamento Domiciliar realizado em 2005, verificou-se uma prevalência masculina para a dependência e o álcool, com proporção de 19,5% homens e
comportamentais e cognitivos, as dificuldades encontradas para se socializar, o afastamento aos
6,9% mulheres, entretanto, esse quadro se modifica comparado ao uso de
seus valores pessoais, além de déficits físicos como na realização de tarefas simples. O uso
benzodiazepínicos (fármaco de efeito ansiolítico), estimulantes e analgésicos, com o
abusivo de substâncias é um problema real de cunho físico e psicológico.
consumo de duas a três vezes maior em mulheres (CARLINI et al., 2006).
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2.2 Comunidade Terapêutica (CT’s)
Dentre os regimes de atendimento ao usuários de drogas as mais comuns
Outras CT’s começaram a surgir embasadas nas pioneiras, devido isto, viu-se
estão: Hospitalar, Residencial (Comunidade Terapêutica), Hospital-dia ou Regime
necessidade de criar normatizações com o objetivo de fornecer orientação para as
Ambulatorial.
existentes, como a FEBRACT (Federação Brasileira de Comunidades Terapêuticas),
As Comunidades Terapêuticas, então, são caracterizadas por um ambiente
fundada em 1990, e a implantação da RDC 29/2011 pela ANVISA (Agência Nacional de
residencial de sítio ou fazenda, onde os dependentes ficam internados por alguns
Vigilância Sanitária). No Brasil, sob influência dos movimentos Synanon e do Day Top
meses (de três a doze meses), baseando-se na autoajuda em que a convivência diária
Village, surgiram algumas fundações, conforme Figura a seguir.
promove bem como em questões ligadas à disciplina, ao trabalho, e a
espiritualidade, presente na maior parte das comunidades (PIMENTEL, 2015).
Mapa indicando as primeiras Comunidades Terapêuticas do Brasil
Maxwell Jones: As Comunidades Terapêuticas (CTs) começaram a ser instituídas no século XX por Maxwell Jones. Embasados nos estudos de Jones, outros grupos surgiram: 1. O grupo Oxford: Criado por volta de 1921, foi uma organização religiosa fundada por Frank Buchman, ministro evangélico luterano. Segundo De Leon (2014), trabalhavam com princípios cristãos, tendo seu foco voltado ao alcoolismo e problemas mentais. Idealizavam a ética do trabalho, honestidade, pureza, apoio mútuo e amor. 2. Alcoólicos Anônimos (AA): Fundado em 1935 por dois alcoólatras em
Fonte: NUTE UFSC (2010).
recuperação, Bill Wilson e Bob Smith, nos EUA. O movimento surgiu influenciado pelo grupo Oxford com a missão de curar outras pessoas. A partir disto nasceu os princípios, 12 passos e tradições que servem como amparo no processo de
recuperação. 3. Synanon: Os conceitos do programa se basearam no AA. Foi fundado em 1958 em Santa Mônica, EUA. Era baseado na ajuda mútua e tinham como preceitos fundamentais a confiança e o trabalho.
O Modelo Psicossocial das Comunidades Terapêuticas pressupõe que o indivíduo é o agente ativo na dependência e que o contexto social exerce influência no indivíduo, sendo assim, embasadas na convivência e relacionamento entre dois campos: o seu comportamento individual, e o seu comportamento com os que os rodeiam. Elena Goti (1997), afirma que a CT não se destina a todo tipo de dependente, e sim que ela deve ser aceita voluntariamente ficando com o residente a vontade de ser curado e com a equipe de apoiar e proporcionar ajuda.
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2.3 Psicologia Ambiental: Ambientes Restauradores A Psicologia Ambiental é uma subárea da psicologia, cujo estudo está relacionado ao homem e suas ações com o ambiente. Os primeiros estudos aconteceram em 1960, tendo como precursor o psicólogo Kurt Lewin.
Fonte: google (2019).
Cavalcanti e Elali: Para Cavalcante e Elali (2011), há três tipos de compreensão acerca da Psicologia Ambiental:
1) A percepção de que o homem é influenciado pelo meio em que vive, mas que também o mesmo é resultado de suas ações, propiciando o entendimento da relação de um ciclo constante de ação-reação, que
“A Psicologia Ambiental trata das inter-relações pessoa-ambiente, entendendo que há um intercâmbio dinâmico
inegavelmente acarreta em consequências.
entre os usuários e o meio. Em outras palavras, tanto os indivíduos agem sobre o ambiente, modificando-o, quanto há efeitos nas condutas humanas decorrentes do ambiente, ou seja, o ambiente construído influencia o
2) A constatação de que nossas ações refletem diretamente em nosso entorno,
atemporais
ou
imediatas,
exigindo
dos
indivíduos
comportamento do usuário.”
a
responsabilidade do processo realizado.
3) A investigação das ações humanas, das quais evidenciam as crenças e fundamentam a conduta do indivíduo.
Dessa forma, destaca-se o ser humano como uma unidade separada da natureza, mas correspondente a ela, entendendo, assim a importância da relação pessoa-ambiente, para que haja melhor interação e enfatizando como a ação de ambas refletem e influenciam na resposta da outra.
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2.3 Psicologia Ambiental: Ambientes Restauradores Stephen e Rachel Kaplan: Acerca da Teoria da Restauração da Atenção (ART), 1983, enfatizam que, após horas de concentração ou em exposição ao estresse o cérebro humano entra em fadiga, necessitando de um momento para descansar e poder retomar a atenção. Esta fadiga gera: irritabilidade, falta de habilidade para planejar, sensibilidade reduzida a sinais externos, controle pessoal reduzido e a probabilidade no aumento de erros em atividades que exigem atenção. Há quatro fatores propostos na ART que associam-se às propriedades do ambiente nos quais os seres humanos desencadeiam processos mentais ou estados que contribuem para as experiências restauradoras. Alguns aspectos podem surgir, como: mistério, coerência, ambientes preferidos, o afastamento para realizar algo diferente em um local novo e o afastamento como uma forma de escape. Segundo a Teoria, os processos fundamentais para a restauração:
1. Fascinação: Ligada a atenção involuntária e a beleza do cenário. É caracterizada por
estímulos esteticamente agradáveis e que permitam reflexão, sendo comum em ambientes naturais como, por exemplo, ver o pôr-do-sol ou observar o balanço dos galhos das árvores.
2. Afastamento: Envolve geograficamente e psicologicamente estar afastado de seu contexto atual, de sua rotina e cotidiano e se inserir em um ambiente novo, promovendo mudança nos pensamentos, sem estar relacionado às pressões e obrigações cotidianas.
3. Extensão: Ambiente físico coerente e planejado que possibilite exploração e interação dos indivíduos sendo suficiente para engajar a mente. “Não se refere necessariamente à extensão física, mas envolve o senso de pertença... assim como o conhecimento de que esse ambiente é
Fonte: google (2019).
rico e dá margem à futura exploração” (ALVES, 2011).
4. Compatibilidade: Refere-se ao encontro de objetivos e propósitos pessoais e o suporte do ambiente para determinadas atividades e as possíveis ações no ambiente. É uma relação recíproca entre ambiente e ser vivo, observando a complementaridade (GUNTHER, 2011).
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2.4 Rotina na Instituição Laborterapia* Atividades na horta, jardim, galinheiro Após visita ao local, elaborou-se a rotina das pacientes com ênfase nos horários vigentes na
Exercícios Físicos* Quadra descoberta, piscina
Instituição. Observa-se uma mescla entre trabalho, esportes, lazer, aulas e consultas médicas,
Espiritualidade* Grupos de Oração, Reunião AA, palestras
cronograma este com possibilidade de alteração em casos específicos.
Livre* Tempo para reflexão individual, horário para organização e lavagem das roupas, escolha das meninas para ajudar na cozinha.
Hora
Segunda
Terça
Quarta
Quinta
Sexta
Sábado
Domingo
06:30
Despertar
Despertar
Despertar
Despertar
Despertar
Despertar
Despertar
07:30
Espiritualidade
Espiritualidade
Espiritualidade
Espiritualidade
Espiritualidade
Espiritualidade
Espiritualidade
08:00
Laborterapia
Consulta psicológica
Laborterapia
Consulta médica
Laborterapia
Atividades ao ar livre
Culto
09:00
Laborterapia
Consulta psicológica e psiquiátrica
Laborterapia
Consulta médica
Laborterapia
Atividades ao ar livre
Culto
10:00
Livre
Consulta psicológica e psiquiátrica
Livre
Consulta médica
Livre
Atividades ao ar livre
Livre
12:00
Almoço
Almoço
Almoço
Almoço
Almoço
Almoço
Almoço
13:00
Atividades ao ar livre
Leitura livre
Aula de artesanato
Aula de música
Livre
Livre
Livre
14:00
Atividades ao ar livre
Leitura livre
Aula de artesanato
Aula de música
Livre
Visitas
Livre
16:00
Lanche
Lanche
Lanche
Lanche
Lanche
Lanche
Lanche
17:00
Exercícios físicos
Exercícios físicos
Exercícios físicos
Exercícios físicos
Exercícios físicos
Exercícios físicos
Exercícios físicos
19:00
Jantar
Jantar
Jantar
Jantar
Jantar
Jantar
Jantar
20:00
Espiritualidade
Espiritualidade
Espiritualidade
Espiritualidade
Espiritualidade
Espiritualidade
Espiritualidade
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Fonte: Elaborado por Autora (2019).
Quadro de horários diário
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3. ESTUDOS DE REFERÊNCIA 3.1 Centro de Reabilitação Maggie’s
Arquitetos Responsáveis: Foster + Pastner Área Construída: 730m². Ano de Construção: 2016. Localização: Manchester, Reino Unido
O Centro foi concebido para proporcionar uma “casa longe de casa”. Criado para oferecer sensação de acolhimento é comparado a
Composto pelos setores: íntimo, terapia e serviço. Seu Setor de Terapia é composto por salas, academia, estufa de flores e horta.
A edificação tem como materiais principais o vidro e a madeira, que compõem uma forma singular de fachada.
um local de refúgio onde as pessoas com algum tipo de câncer possam encontrar apoio emocional e prático. Fica próximo ao Hospital Chistie servindo de apoio a esta unidade de oncologia. Toda a edificação foi pensada para receber luz natural e estar em contato visual para a vegetação e jardim exterior. Para isto
trabalhando com um visual “limpo” e integrado. A estrutura é toda feita de madeira natural, partindo de um conceito de espinha central e linear com teto elevado para melhor recebimento de luz. As vigas e treliças são leves e ficam expostas com detalhes em trama na madeira.
Partindo de um conceito de espinha central, toda a estrutura é de madeira. Os pórticos tem tamanhos idênticos e são colocados de forma repetitiva.
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Os acessos na edificação foram marcados por rampas, cada qual em um lado, possibilitando, então, a chegada dos pedestres por ambos os lados.
11
Fonte: Elaborado por autora (2019).
esquadrias de vidros buscam interligar o espaço interno ao externo,
3. ESTUDOS DE REFERÊNCIA
Centro de Reabilitação Cuiabá
3.2 Centro de Reabilitação Cuiabá
Acadêmico Responsável: Lucas Amaral. Instituição de Ensino: Universidade de Cuiabá (UNIC). Área do Terreno: 8.908,84m². Área Construída: 5.073,62m². Ano de Desenvolvimento do Projeto: 2017. Localização: Jardim Ubirajara, Cuiabá – Brasil.
O projeto foi desenvolvimento para Requisito de Obtenção de Título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo, pelo acadêmico
Composto pelos setores: Administrativo, hospedagem, terapia e apoio logístico. Seu Setor de Terapia é composto por academia, sala de música e jogos, oficina, sala de terapia ocupacional, quadra de esportes e horta.
A edificação tem como materiais principais o vidro, concreto aparente e a madeira. O vidro remete a leveza, transparência, equilibrando com o uso do concreto aparente, trazendo peso na composição.
Lucas Amaral, no ano de 2017, pela Universidade de Cuiabá. A proposta foi desenvolvida com base na recuperação e bem-estar do indivíduo, onde os mesmos permaneceram internados recebendo tratamento físico e psíquico, com acompanhamento familiar.
Pátio Central. Seu Sul é ocupado por uma quadra esportiva. No Oeste e parte do Leste ficam inseridos o estacionamento, e para Norte encontram-se os dormitórios.
A edificação é toda feita em concreto armado, possibilitando uma flexibilidade na modulação.
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Os acessos na edificação se dão através de rampas e escadas. As entradas principais, são marcadas por escada acompanhadas de rampas devido maior declividade, já nas laterais apenas por rampas.
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Fonte: Elaborado por autora (2019).
No terreno, a edificação está voltada para seu interior, com um
3. ESTUDOS DE REFERÊNCIA 3.3 Centro de Reabilitação Espírito Santo
Acadêmica Responsável: Caroline Pimentel Instituição de Ensino: Instituição Federal Fluminense Área do Terreno: 19.811,26m². Área Construída: 1.392,94m². Ano de Desenvolvimento do Projeto: 2015. Localização: Coqueiro, Apiacá – ES / Brasil. O projeto foi desenvolvimento para Requisito de Obtenção de Título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo, pela acadêmica Caroline Pimentel, no ano de 2015, pelo Instituto Federal Fluminense.
Composto pelos setores: Administrativo, hospedagem, terapia e apoio logístico. Seu Setor de Terapia é composto por consultório, sala de atendimento coletivo e reuniões, centro de treinamento e academia, vestiário, sala de música, sala de estudos, salão de jogos, horta, sala de estar e vivência e capela.
A edificação tem como principais elementos de fachada a pedra natural e a madeira. Os materiais foram utilizados para remeter ao campo e a simplicidade.
O projeto trata de um centro de reabilitação designado Comunidade Terapêutica, idealizado devido à crescente busca por ajuda de familiares de dependentes químicos, implantado na cidade de Apiacá -
Situada em área rural, a edificação encontra-se isolada, sem vizinhos
imediatos. Situa-se de frente a uma rodovia – de trânsito rápido. Sua implantação acontece de modo afastado a rodovia com visuais para o rio e entorno Leste e Oeste. Sua fachada com telhado bangalô retrata a
Em alvenaria estrutural, o projeto foi elaborado sobre malha de 3x3m facilitando a coordenação modular.
simplicidade, transmitindo por meio também dos materiais aconchego
Tem acesso marcado por rampas e elemento vertical. O acesso principal se dá por meio da Guarita, sendo este o primeiro visual na chegada.
e serenidade.
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Fonte: Elaborado por autora (2019).
Espírito Santo / Brasil.
4. DIAGNÓSTICO
4.1 Contextualização Regional
Ituporanga, denominado na língua tupi como “cachoeira bonita”, é um município conhecido como a Capital Nacional da Cebola, situado na mesorregião do Vale do Itajaí, em
BRASIL – SANTA CATARINA
Santa Catarina - Brasil. Segundo censo do IBGE de 2018, a população de Ituporanga é estimada em 24.812 habitantes. A partir da colonização, tem como principal meio de renda a agricultura, sendo
ITUPORANGA
expressivo o cultivo da cebola e responsável por 12% do abastecimento nacional. Tem destaque ainda o fumo, milho e feijão além da criação de aves, bovinos e suínos. É banhado pelo Rio Itajaí do Sul, um dos dois rios que formam o Rio Itajaí-Açu. O município faz divisa com Chapadão do Lageado, Alfredo Wagner, Petrolândia, Aurora e
Imbuia. Ituporanga está situada a 26,9 km da cidade de Rio do Sul, cerca de 33 min de carro, esta considerada cidade polo. É um trajeto único, do qual ocorre pela Rodovia SC 350.
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4.1.1 Localização do terreno
Situado em Ituporanga, o terreno estudado, está inserido próximo à Rodovia SC 427, pertencendo ao Bairro Bela Vista, fora da Perímetro Urbano. Tem vizinhos imediatos os bairros Rio Areia, Centro e Alto Rio Novo, fazendo divisa com o município de Imbuia. O terreno escolhido para a implantação da Comunidade Terapêutica se dá pelo fato do mesmo deter atualmente a Instituição, além de possuir grandes potenciais paisagísticos, com grandes áreas com vegetação, além de estar posicionado estrategicamente no centro do município e distante de um grande adensamento, condizendo com a proposta de um local mais privativo, sendo acolhido pelos bairros ao seu redor.
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4.2 Análise do Entorno Sistema viário
Uso do solo As edificações nos lotes estão posicionadas de forma desordenada, com maior incidência nas margens das vias. O raio estudado é caracterizado de baixo adensamento, predominando espaços livres. Visto que o terreno encontra-se em Área Rural os espaços livres são em sua maioria lavoura, considerados com grande permeabilidade do solo, portando árvores de grande e médio porte.
Sistema de atividades
Os maiores fluxos de automóveis acontecem na Rodovia SC 427, visto que liga o centro a cidade de Ituporanga à Imbuia. O comércio também está setorizado ao longo desta via, trazendo assim, maior circulação de pessoas e automóveis. Em todas as vias, utiliza-se mão dupla. O cruzamento com maior fluxo é da via coletora para a Rodovia.
Conforme Figura, em relação às ruas em geral, a via arterial é a única com acostamento e asfalto, tendo esta 4 metros cada faixa de veículos e 1,5m de acostamento. A coletora, em sua parte asfaltada, é contemplada com 4m de vias para cada faixa, mas sem acostamento. A via local, tem uma largura variável ao longo de trechos, sendo a média de via de solo exposto 4 metros.
Centro de Reabilitação para dependentes químicos Nova Esperança
Fonte: Elaborado por autora (2019).
A área de abrangência destacada na Figura, mostra uma ocupação predominantemente residencial rural, com presença de celeiros para estocagem de cebola, principal cultivo agrícola da região. O único comércio da abrangência se concentra na Rodovia, uma cerealista, onde apresenta maior fluxo de carros e pessoas.
Carla Cristina Weber
16
4.2 Análise do Entorno Infraestrutura
Altura das Edificações
Na área de abrangência, é observada apenas Rede de Energia e vegetação de grande porte. As residências, utilizam o sumidouro, pois não há Rede de Esgoto e sem Rede de Água, utilizam de poços artesianos.
O raio de estudo tem maior concentração de edificações na parte Norte ao terreno, sendo a área considerada de baixa densidade. Conforme Figura, observa-se o predomínio de edificações térreas, sendo apenas uma edificação residencial com dois pavimentos.
Na área de abrangência existem dois pontos de ônibus, com uso apenas para locomoções de uma cidade para outra, Ituporanga à Imbuia, ou para alunos que esperam o escolar. De modo geral a locomoção da população de Ituporanga acontece através de automóveis particulares, devido à falta de transporte coletivo e espaços adequados como ciclovias ou equipamentos urbanos.
Centro de Reabilitação para dependentes químicos Nova Esperança
Fonte: Elaborado por autora (2019).
Transporte
Conforme Figura, podemos observar a sinalização das vias com maior incidência na Rodovia, sendo estas placas de velocidade, localidade, de ônibus e de controle dos fluxos, não havendo semáforo. No entorno imediato do terreno existem poucas placas, sendo todas estas com indicação de localidade. Indicado também na figura, o posteamento da Rede de Energia.
Carla Cristina Weber
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4.3 O Terreno O terreno é contemplado com área de 74.247,89m², com cotas representadas conforme Figura. Em O terreno situa-se à 8,5 Km do Hospital Bom Jesus de Ituporanga, levando aproximadamente 11 minutos de carro, com acesso facilitado ao centro da cidade de Ituporanga, visto necessidade de acompanhamento médico frequente devido
destinação de uso voltada a Saúde Pública. Percurso Hospital Bom Jesus
ORegional terreno para implantação do Centro de Reabilitação Contextualização relação à
estará em local com destaque para os visuais naturais. orientação solar e edificações existentes em seu entorno, não Ituporanga, denominado na língua tupi como bonita”, figura, é um pode-se observar a Chegando ao “cachoeira terreno, conforme existem edificações que possam interferir no conforto grande demanda de vegetação e o portal (Vista 1), hoje município como a Capital Nacional da Cebola, situado na térmico ou acústico, porém, ocupando boaconhecido parte do terreno existente, que demarca a entrada do Cerene. Dentro do encontra-se um maciço de árvores, com média aproximada olhando- Brasil. para osSegundo fundos,censo se observa o maciço de mesorregião do Vale do Itajaí, emterreno, Santa Catarina de 6m, exercendo influência no quesito sombreamento. O vegetação nativa, conforme vista 2 da figura. terreno situa-se entre a altitude de e 780m acima adopopulação mar, do760 IBGE de 2018, de Ituporanga estimada em 24.812 Um poucoé mais ao fundo, conforme vista 3, dentre como demarcado com as curvas de níveis a cada 10 metros algumas árvores, observa-se as lavouras, sendo estas habitantes. na Figura 104, o mesmo possuindo declividade para a predominantemente de cebola. Na vista 4, posicionando-se orientação Sul. próximo a via, o horizonte e a vegetação que agora A partir da colonização, tem como principal meiovê-se de renda a agricultura, Volumetria, terreno e entorno passa a estar distante do observador, estando em primeiro sendo expressivo o cultivo daplano cebola e responsável porpara 12% do do terreno, a vista 5 as roças. Com visual dentro mostra a lavoura atualmente existente, e um maciço de abastecimento nacional. Tem destaque ainda o fumo, milho e feijão além vegetação.
Fonte: Google Maps (2019).
da criação de aves, bovinos e suínos.
Visuais Terreno
Para chegar ao terreno, o acesso acontece pela Rodovia SC 427, que liga Imbuia a Ituporanga. Pode-se, então, acessar o terreno
É banhado pelo Rio Itajaí do Sul, um dos dois rios que formam o Rio
por duas vias: Acesso ao terreno
Itajaí-Açu. O município faz divisa com Chapadão do Lageado, Alfredo
Fonte: Elaborado por Autora (2019).
Na área do raio de abrangência, desnível total é de e Imbuia. Wagner,oPetrolândia, Aurora 22m, tendo o terreno inclinação total de 4,52%, sendo Ituporanga está situada a 26,9 considerado leve devido extensão do terreno. Na figura a km da cidade de Rio do Sul, cerca de 33 seguir, um corte topográfico demonstrando a declividade min de carro, esta considerada cidade polo. É um trajeto único, do qual aos fundos do terreno, e a aclividade em direção a Rodovia . ocorre pela Rodovia SC 350. Corte Topográfico AA'
Fonte: Elaborado por Autora (2019).
Centro de Reabilitação para dependentes químicos Nova Esperança
Fonte: Elaborado por Autora (2019). Fonte: Elaborado por Autora (2019).
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4.4 Condicionantes ambientais Acerca da insolação, elaborou-se um estudo com a Carta Solar, própria do município de Ituporanga, para posterior
Acerca da acústica da área, considerou-se a Rodovia SC 427, como a principal fonte de ruídos devido ao grande fluxo de veículos.. Analisando a temperatura média e a precipitação para o município de Ituporanga, conforme figuras a seguir, vê-se
análise e para que juntamente com as diretrizes possa se desenvolver um projeto coerente com seu uso, entorno e condicionantes ambientais. A seguir, a análise do terreno com as cartas solares, demonstrando os locais mais e menos ensolarados.
temperatura máxima diária média de 24ºC, sendo a mínima diária média de 16º C. Na mesma figura indica-se a precipitação média com 123,3mm. Sobre a ventilação, durante o dia, os ventos predominantes na cidade de Ituporanga são Noroeste, com segunda maior incidência
Estudo Solar
em Sudeste e então Sul. Durante a noite, predominam os ventos Sul e Sudeste.
Ventos predominantes noite e dia - Ituporanga
Fonte: Elaborado por Autora (2019). Fonte: Projetee (2018).
Com o estudo da Carta Solar, foi possível identificar dentre as estações do ano a quantidade de horas que o sol Temperatura e Precipitação
abrange e seu horário de incidência. Verifica-se, no inverno, uma maior incidência de sol na orientação Nordeste, contemplada com cerca de 08h e 20min de sol, sendo a com menor insolação a orientação Sudeste com 02h e 10min. Já no verão, a orientações com maior incidência são a Sudeste e Nordeste, ambas com 07h de sol, tendo Noroeste e Sudoeste o total de horas de 06h 40min, conforme Tabela. Quadro de horário de incidência Solar Orientação
Inverno Horário do Sol
Solar
Verão Total de horas
(h)
Fonte: Meteoblue (2019).
Centro de Reabilitação para dependentes químicos Nova Esperança
Horário
do
Sol (h)
Total
de
horas
NO
11:30 às 17:20
5h e 50min
12:00 às 18:40
6h e 40min
SO
14:00 às 17:20
3h e 20min
12:00 às 18:40
6h e 40min
SE
06:40 às 08:50
2h e 10min
05:00 às 12:00
07h00min
NE
06:40 às 13:40
08h e 20min
05:00 às 12:00
07h00min
Fonte: Elaborado por Autora (2019).
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4.5 Skyline No skyline observa-se a predominância de espaços vazios, ocupados em sua maioria com lavouras e vegetação, havendo poucas edificações, sendo o gabarito mais alto o das árvores. Na vista 1, se observa a mata mais densa, onde está localizada o atual Centro de Reabilitação. Na vista 2, de frente com o terreno, com roça de forma rasteira e nos fundos a presença de eucaliptos e, na vista 3, de forma lateral, o skyline é delimitado
1
pela vegetação.
De modo geral, o local é considerado de baixa
densidade, com o skyline composto pela mata de grande porte, contrastando com as lavouras que comportam vegetação rasteira. Indicação visuais
Fonte:Acervo da autora (2019).
2
3 Fonte: Elaborado por Autora (2019).
Centro de Reabilitação para dependentes químicos Nova Esperança
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20
4.6 Legislação geral e específica do tema
As seguintes diretrizes são fundamentais para o funcionamento de serviços relacionados aos dependentes
Sua taxa de ocupação é de até 10%, com um coeficiente de
químicos e servirão como base para o projeto arquitetônico do Centro de Reabilitação de Dependentes Químicos
aproveitamento máximo de 0,1, permitindo uso Residencial, Comercial
Nova Esperança, para a cidade de Ituporanga.
e Serviços, Institucional e Comunitário, Indústria de Pequeno, Médio e Grande porte de degradação ambiental, Pólo Gerador de Tráfego
Plano diretor
pesado e leve, Pólo Gerador de Ruído noturno e diurno.
O terreno localiza-se na MZR (Macrozona Rural) e na Zona ZR2 (Área Rural 2), conforme figura, que é
Comporta o tamanho de lote mínimo de 30.000m², tendo seus
destinada predominantemente ao uso agrícola. O Plano Diretor o descreve como área predominantemente de
afastamentos frontais com 12,5m, laterais e fundo com 5,00m e testada
produção primária, com baixa densidade habitacional, onde devem ser incentivadas as características rurais com
mínima sem medida pré-definida.
estabelecimento de critérios adequados de manejo do solo. Mapa de Zoneamento/Ituporanga
Tabela de Índices Urbanísticos referente a ZR2 (Zona Rural 2)
Fonte: Elaborado por Autora de AMAVI (2019).
Fonte: Elaborado por Autora de AMAVI (2019).
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Código de Obras - LEI COMPLEMENTAR N° 026, de 27 de novembro de 2009 O presente Código acerca do tema com destinação a Saúde Pública, visto que acarretará em internação a médio prazo na Comunidade Terapêutica, destacam-se Seções Normatizadoras que deverão ser utilizadas estando estas especificadas no Código de Obras
O programa de necessidades da Comunidade Terapêutica terá de ser desenvolvido a partir da RDC nº 29, de 30 de junho de 2011 da ANVISA. De acordo com a Resolução “O principal instrumento terapêutico a ser utilizado para o tratamento das pessoas com transtornos decorrentes de uso, abuso ou dependência de substâncias psicoativas deverá ser a convivência entre os pares, nos termos desta Resolução”. As instituições que, em suas dependências, ofereçam serviços assistenciais de saúde ou executem procedimentos de
do município. Seção XI - dos Compartimentos (Art. 101): Os compartimentos podem ser de Permanência Prolongada ou Transitória e devem
RESOLUÇÃO - RDC Nº 29, DE 30 DE JUNHO DE 2011
natureza clínica deverão observar, as normas sanitárias relativas a estabelecimentos de saúde, levando em conta: a)
Seção I - Condições Organizacionais: A Instituição deve possuir licença atualizada, possuir documentação com designação de sua atividade, possuir profissional que responda pelas questões operacionais e portar fichas com o
obedecer aos limites mínimos dimensionados para cada tipo de
histórico individual dos pacientes;
utilização, conforme figura. b) Dimensões mínimas / Compartimento de Permanência
Seção II - Gestão de Pessoal: Manter recursos humanos em tempo integral e promover ações para capacitação da equipe;
c)
Seção III - Gestão de Infraestrutura, da qual normatiza os seguintes setores e ambientes, conforme Tabela. Normatização de Setores e Ambientes. SETORES
AMBIENTES
Alojamento
• Dormitório Coletivo; • Banheiro. • Sala de Atendimento Individual;
Reabilitação e Vivência
• Sala de Atendimento Coletivo; • Área para realização de oficinas de trabalho; • Área para realização de atividades laborais; • Área para prática de atividades desportivas. • Sala de acolhimento de residentes, familiares e visitantes;
Administrativo
• Sala administrativa; Fonte: Código de Obras do Município de Ituporanga (2009).
• Área para arquivo das fichas dos residentes;
Consequente no Código de Obras, outras Seções estão vigor e
• Sanitários para funcionários (ambos os sexos).
devem compor o projeto:
• Cozinha coletiva;
Apoio Logístico
• Refeitório;
a)
Seção XIII, dos Mezaninos;
• Lavanderia coletiva;
b)
Subseção III, da Instalação de Elevadores;
• Almoxarifado;
c)
Seção XIX, dos Depósitos de Lixo;
• Área para depósito de material de limpeza;
d)
Seção XX, dos Reservatórios de Água;
e)
Seção XIX, dos Estacionamentos;
Centro de Reabilitação para dependentes químicos Nova Esperança
• Área para abrigo de resíduos sólidos. Fonte: Elaborado por Autora de ANVISA (2011).
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NBR 9050 – Acessibilidade a Edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos A NBR 9050 é extremamente importante no sentido de incluir e integrar a população, oferecendo as pessoas maior facilidade de mobilidade, de qualidade de vida e de acesso à serviços básicos. Esta norma estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados quando do projeto, construção, instalação e adaptação de edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos às condições de acessibilidade. Levando em consideração o uso de Saúde Pública, analisa-se a importância de toda a Normatização, tendo como principais pontos:
IN 009 CBMSC – Instrução Normativa – Sistema de Saída de Emergência
A Instrução Normativa 009 do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina faz uso de atribuições legais para o Sistema de Saídas de Emergência. Visando o uso de Saúde Pública, para o desenvolvimento do projeto aplicam-se exigências de toda a IN. De acordo com o uso e o tema acerca da Saúde Pública, os parâmetros utilizados serão acerca de acessos, caminhamentos. De modo geral: Anexos serão utilizados compondo as diretrizes, conforme classificação da Comunidade Terapêutica – Hospitalar sem internação e sem restrição de mobilidade-. A figura abaixo, demonstra o tipo e a quantidade de escadas que terão de estar inclusas no projeto.
Corredores Devem ser dimensionados de acordo com o fluxo de pessoas, assegurando uma faixa livre de barreiras ou obstáculos. As larguras mínimas para corredores em edificações e equipamentos urbanos são: 0,90 m para corredores de uso comum com extensão até 4,00 m; 1,20 m para corredores de uso comum com extensão até 10,00 m; 1,50 m para corredores com extensão superior a 10,00 m; 1,50 m para corredores de uso público;
ANEXO C/ Tipo e Capacidade de Passagem das Saídas de Emergência
Rampas Para calcular a inclinação da rampa, utiliza-se a fórmula: I= h x100 / C. Portas As portas, inclusive de elevadores, devem ter um vão livre mínimo de 0,80 m e altura mínima de 2,10 m. Em portas de duas ou mais folhas, pelo menos uma delas deve ter o vão livre de 0,80 m. Precisam ter condições de serem abertas com um único movimento e suas maçanetas devem ser do tipo alavanca, instaladas a uma altura entre 0,90 m e 1,10 m. Quando localizadas em rotas acessíveis, recomenda-se que as portas tenham na sua parte inferior, inclusive no batente, revestimento resistente a impactos provocados por bengalas, muletas e cadeiras de rodas, até a altura de 0,40 m a partir do piso. Sanitários Nos locais de serviços de saúde que comportem internações de pacientes, pelo menos 10%, com no mínimo um dos sanitários em apartamentos devem ser acessíveis. Recomenda-se, além disso, que pelo menos outros 10% sejam adaptáveis. Circulação Externa Calçadas e passeios devem ser livres, sem degraus, comportando a inclinação mínima de 8,33% para ser considerada acessível. A inclinação transversal de calçadas, passeios e vias exclusivas de pedestres não deve ser
Fonte: IN 009 CBMSC (2019).
superior a 3%. Eventuais ajustes de soleira devem ser executados sempre dentro dos lotes. Calçadas, passeios e vias exclusivas de pedestres devem incorporar faixa livre com largura mínima recomendável de 1,50 m, sendo o mínimo admissível de 1,20 m e altura livre mínima de 2,10 m. Escadas As dimensões dos pisos e espelhos devem ser constantes em toda a escada, atendendo às seguintes condições: a) pisos (p): 0,28 m < p < 0,32 m; b) espelhos (e) 0,16 m < e < 0,18 m; c) 0,63 m < p + 2e < 0,65 m. A largura das escadas deve ser estabelecida de acordo com o fluxo de pessoas, conforme ABNT NBR 9077. A largura mínima recomendável para escadas fixas em rotas acessíveis é de 1,50 m, sendo o mínimo admissível
Em resumo, normatizações visam tornar mais simples não somente o dia a dia de pessoas com mobilidade reduzida, como idosos e gestantes, mas está presente no cotidiano da população sendo de extrema importância no sentido de promover bem estar, incluir e tornar autônomos PCD’s, oferecendo ergonomia, maior facilidade de mobilidade, resultando em ambientes humanizados e com acessos funcionais.
1,20 m.
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5. CONCEITO E PARTIDO GERAL Conceito = Renascer O ciclo da flor Para tornar possível o objetivo em comum, o Cerene tem como pilares A flor passa por transformações e adaptações até chegar o período em que desabrocha e norteadores: vira uma linda flor. Em algumas estações do ano como o inverno ela pode vir a murchar ou em casos extremos perder a vida, mas assim que chega a primavera se restabelecem e voltam a 1:
espiritualidade
trabalhada
pela
entidade
não-governamental
Missão
florir, o que acontece também com as pacientes que buscam formas de reintegração social, Evangélica União Cristã (MEUC) da qual faz parte, por meio de acompanhamento passando por um processo de renascimento. médico, terapia e palestras.
2: convivência gerada a partir do cotidiano do grupo e da troca de experiências buscando identidade, cidadania e responsabilidades, resgatando o conceito de autonomia, que até então era dominado pela dependência química.
RENASCER
3: acolhimento na criação de ambientes restauradores tendo como foco principal
acolhimento
convivência
recursos naturais presentes no terreno, além de iluminação, insolação, ventilação, espiritualidade
topografia, apropriando-se de formas, materiais e cores gerando melhorias psicológicas e físicas às residentes.
Fonte: Elaborado por Autora de Google (2019).
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5.1 Partido
SIMPLICIDADE Facilita a leitura e percepção dos espaços
Conexão interior e exterior.
de
Permeabilidade visual e integração ambiental
proporcionar simplicidade visual por meio de
por meio de materiais translúcidos, como o
ambientes abertos, gerando sensação de
vidro.
Dispor
os
setores
com
o
intuito
amplitude.
PERMEABILIDADE VISUAL Permitindo a percepção do entorno natural
Organização Centralizada. De acordo com Ching, esta organização consiste em espaços secundários voltados ao redor de um espaço central.
Fonte: Elaborado por autora (2019).
UNIDADE Utilização de linguagem uniforme para entendimento do projeto
Desenvolver ambiente de trabalho em grupo como
hortas
incentivando
a
socialização,
responsabilidade, individualidade e o contato humano com a natureza.
HORIZONTALIDADE Semelhança com o gabarito do entorno
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25
Fonte:Acervo da autora (2019).
5.1.1 Mapa de modificações
Casa do Pastor: de alvenaria encontra-se em bom estado de
Casa do Zelador desprovido de importância arquitetônica.
conservação.
v
Atual garagem: encontra-se em estado precário,
Área de festas pequena diante demanda, com
sem pintura.
instalações inacabadas. LEGENDA A demolir A manter
O entulho gerado será
Encontra-se distante da unidade de alojamento, Alojamento fora das Normativas do Corpo de Bombeiros
reutilizado,
visando
minimizar
impacto
ambiental.
precária e pequena diante demanda do Centro.
contendo pouco alojamentos.
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5.1.2 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
Utilização de Entulhos
Sistema foltovoltáico
Compostagem
Utilização do entulho de demolição de blocos que se encontram
Utilização do sistema foltovoltáico, uma fonte de energia limpa,
Utilização da compostagem, um sistema doméstico que acarreta
em má condições, utilizando-os como agregado graúdo para
autossuficiente e renovável, de modo a suprir a necessidade da
na diminuição do lixo orgânico e nos gases do efeito estufa, pelo
concreto não estrutural e para base da pavimentação da via,
Instituição Cerene.
processo do lixo ao adubo orgânico.
minimizando impactos ambientais gerados pelo entulho.
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5.2 Programa de Necessidades SETORES
Alojamento
5.3 Zoneamento
COMPARTIMENTO
MOBILIÁRIO
ÁREA ( M²)
Dormitório Coletivo
Cama, roupeiro
32
Convivência
Sofá, pufs,
175
Dormitório - plantão
Cama, roupeiro
32
Sala de Atendimento Individual
Mesa armário, divã
55
Sala de Atendimento Coletivo
Tapetes
165
Sala de música
Mesas, cadeiras
70
Sala de Artesanato
Mesas, cadeiras
120
Sala de Estudo
Mesas, cadeira, armário
70
Lavatório
Pia
10
Almoxarifado
Depósito
10
Convivência
Bancada, cadeira, lareira
175
Sala Clínico Geral
Mesa, armário
30
Sala de Atendimento psicológico
Sofá, cadeira, mesa
27
Sala de Atendimento psiquiátrico
Sofá, cadeira, mesa
27
Enfermaria
Mesa, armário
50
Horta
-
900
Galinheiro
-
25
Quadra de Esportes Coberta (16x27)
-
820
Sanitário Feminino
-
35
Depósito
Mobiliário esportivo
10
Quadra vôlei Descoberta (18x9)
-
162
Auditório
Cadeiras
215
Sanitários
Pia
40
Estufa
Vasos, flores
170
Piscina
-
215
Vestiário, sanitário
Pia
35
Academia
Equip. de Ginástica
200
Hall, recepção
Cadeiras, mesas
50
Sala administrativa
Mesa, cadeira
40
Sala para Arquivo
armários
16
Sala para Reunião
Mesa, cadeira, armário
55
Sanitário Feminino
Pia, sanitário
30
Sanitário Masculino
Pia, Sanitário
30
Sendo a proposta de criar um espaço de renascimento e acolhimento para 45 usuárias, o zoneamento foi disposto de modo a levar em conta topografia e condicionantes ambientais e climáticas.
15 dormitórios*
Reabilitação
Vivência
Administrativo
Apoio Logístico
Co1zinha coletiva
Geladeiras,
freezer,
Próxima a edificação, na entrada, encontra-se o estacionamento, do qual facilita a chegada dos familiares e possibilita acesso fácil ao serviço e a possíveis emergências quando necessário ambulância, neste mesmo bloco fica localizado o setor administrativo, com hall e recepção além das atividades desenvolvidas na reabilitação e apoio logístico. Na parte externa situa-se a quadra poliesportiva coberta, com sanitários, havendo outras quadras descobertas para que as residentes possam usufruir e ter momentos de esporte, de grande importância para a qualidade de vida e reabilitação. No entorno, ainda, foram implantadas árvores e bancos para momentos de convivência, além do auditório e estufa.
Com visão para vegetação e para vivência encontra-se o setor de alojamento, do qual, devido topografia encontra-se em local mais reservado. Vegetação implantada
Pomar
Bosque
100
mesas, bancada Vestiário
Roupeiro
20
Panificação
Mesas, cadeiras
70
Refeitório Coletivo
Mesas, cadeiras
Lavanderia Coletiva
Máquina
de
180 lavar,
75
Percurso pedestres Percurso veículos Visão entorno
tanque Secos
Armários
10
Frios
Armários
10
Frescos
Armários
12
Depósito Material de Limpeza
Armários
20
Abrigo de resíduos sólidos
-
10
Estacionamento
-
1100
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Residência pastoral
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Vegetação existente
Estacionamento
Área de convivência
28
5.4 Fluxograma
A setorização da edificação é dividida em: 1: Setor Administrativo: Recepção/Hall, sala administrativa, sala para arquivo, sala de reunião, sala clínico geral, sala de atendimento psicológico, enfermaria e sanitários.
2: Setor Apoio Logístico: Cozinha coletiva, vestiário, panificação, refeitório coletivo, lavanderia coletiva, almoxarifado, DML, frescos, frios, secos, recebimento e estacionamento. 3: Setor de Vivência: Horta, galinheiro, pomar, quadra de esportes, piscina, academia, orquidário, sanitários e auditório. SALA INDIVIDUAL
4: Setor de Alojamento: Dormitório, sanitários e convivência. 5: Setor de Reabilitação: Sala de atendimento individual, sala de atendimento coletivo, sala de artesanato, lavatórios, depósito,
ALOJAMENTO
sala de música, convivência e sanitário.
ACADEMIA
CONVIVÊNCIA
SALA COLETIVA
QUADRA
PISCINA SECOS
SANITÁRIOS COZINHA
MÚSICA
REFEITÓRIO
FRIOS FRESCOS
GALINHEIRO
ESTUDO HORTA
CONVIVÊNCIA
POMAR
PANIFICAÇÃO SANITÁRIOS
SERVIÇO - SAÚDE
VESTIÁRIO
ENFERMARIA
PRAÇA CENTRAL
SALA DE ARTESANATO
LAVANDERIA
ATENDIMENTOS
RECEPÇÃO
HALL
ADMINISTRAÇÃO
ARQUIVO
AUDITÓRIO
LAVATÓRIO
DEPÓSITO
SANITÁRIOS
REUNIÃO
ACESSO PEDESTRES
ESTACIONAMENTO
Conexão
Setor administrativo
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Apoio logístico
PEDESTRES
DML
RECEBIMENTO
ORQUIDÁRIO
ESTACIONAMENTO
Alojamento
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Reabilitação
Vivência
29
6. O PROJETO
Planta de Situação
Rota mais rápida do centro de Ituporanga ao Cerene de carro: 7,9km – 9 minutos
Rodovia SC-427
Rua ‘A’
Rota mais rápida do centro de Ituporanga ao Cerene de bicicleta: 7,9km – 50 minutos
Planta de Situação Esc: 1/5000
192,02
Zoom terreno Sem escala
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30
6. O PROJETO 6.1 Diretrizes Urbanísticas Estado da via atual Além de implantação de pavimentação a rua frontal ao terreno, é proposto a revitalização do entorno imediato. Implementação de árvores, iluminação, dando sequência ao posteamento já existente, sistema de água, esgoto e drenagem, além de calçadas acessíveis com piso
Fonte: Acervo da autora (2019).
intertravado, sinalização viária e mobiliário urbano.
-
Gabarito de Via Existente: Aprox. 4m Sem pavimentação Sem sistema de drenagem, esgoto e água Rede de energia até certo percurso.
LEGENDA 1. Rede de água 2. Rede de Esgoto 3. Rede de drenagem 4. Passeio com piso podotátil 5. Área de serviço 6. Ciclofaixa
7. Via 8. Lixeira 9. Sinalização 10. Postes 11. Arborização passeio: Pata de Vaca 12. Faixa elevada de pedestres
GABARITO DA RUA TOTAL: 16 metros PAVIMENTAÇÃO DA VIA E PASSEIOS - Piso Intertravado
Percurso a ser revitalizado
10
11
12
7
8
6
4m
5
2m
2 3
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9
Carla Cristina Weber
Fonte: Elaborado por autoria, 2019.
1
2m 1m 4m
4
1m 2m
31
Varanda
6.1.1 Diretrizes projetuais
Edificação existente: Casa do pastor
Praça central
Visão vegetação e convivência
Pilotis
Segundo pavimento: Em caso de ampliação
Plano Diretor: Área do terreno: 74.247,89m² Recuo frontal: 12,5m Recuo fundos: 5m Tx de ocupação: 10% IA: 0,10
Edificação: Área total edificação: 6.207,89m² Tx de Ocupação: 8,36 % ÍA: 0,08 Fonte: Elaborado por autora (2019).
Meditação entre vegetação
Eixos de Circulação
Centro de Reabilitação para dependentes químicos Nova Esperança
Utilização da topografia
Elemento água
Carla Cristina Weber
32
Cenário Atual
6.2 Especulação teórico prática
Mapa de uso do solo Sem escala A área de abrangência destacada, mostra uma ocupação predominantemente
Com a implementação de um novo Centro de reabilitação e com toda infraestrutura a ser
residencial rural. O único comércio da abrangência se concentra na Rodovia, uma cerealista,
implantada seu entorno tende a valorizar, favorecendo o aparecimento de novas residências
onde apresenta maior fluxo de carros e pessoas, estando a Comunidade Terapêutica distante
e/ou comércios próximo a edificação
do centro urbano.
Centro de Reabilitação para dependentes químicos Nova Esperança
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33
Cobertura
1
6
4
2 8 1 3
1
1
8
8 7 LEGENDA COBERTURA
5 1
8
1
Indicação queda 1. Telha isotérmica i:5% 2. Cobertura retrátil i:2% 3. Pérgola 4. Placa fotovoltáica 5. Torre elevador 6. Fibrocimento i: 25% 7. Reservatório inferior
8. Torre caixa d’água
Planta de Cobertura Esc: 1/750
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Modulação Estrutural
Os blocos de maneira geral utilizaram materiais convencionais: - Laje: concreto armado - Parede: alvenaria convencional - Pilares: em concreto armado
Ginásio anexo a bloco 02 Sistema com vigas em madeira laminada colada Fechamento externo: alambrado metálico Vão utilizado entre vigas de madeira: 6m
Bloco 01 Laje em concreto armado Parede: Alvenaria Convencional Pilares: Concreto armado Vão máximo entre pilares: 6,5m
Bloco 02 Laje Nervurada aparente Parede: Alvenaria Convencional Pilares: Concreto Armado Vão máximo utilizado 13m
Bloco 03 Laje Nervurada aparente Parede: Alvenaria convencional Pilares: Concreto Armado Vão máximo entre pilares: 13m
Planta Baixa nível 0 Sem escala
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38
Modulação Estrutural
Bloco 06 Laje em concreto armado Parede: Alvenaria Convencional Pilares: Concreto armado
Bloco 05 Laje nervurada aparente Parede: Alvenaria Convencional Pilares: Concreto armado Vão máximo entre pilares: 13m Bloco 04 Laje em concreto armado Parede: Alvenaria Convencional Pilares: Concreto armado
Planta Baixa nível 3 Sem escala
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Cortes aproximados
TELHA ISOTÉRMICA : 5%
+3,20
+0,15
+0,00
CIRCULAÇÃO
DML
PRAÇA DESCOBERTA
RECEBIMENTO
Corte A’ aproximado Esc: 1/200
0 1
2
3 4
5
2
3
4
5
TELHA ISOTÉRMICA : 5%
+3,35
+0,03 -1,30
PALCO
-0,85 AUDITÓRIO
HALL
-1,00
VARANDA / ORQUIDÁRIO
ESPELHO D’ÁGUA
Corte A” aproximado Esc: 1/100
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0
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1
40
Corte / Detalhe / Perspectiva GINÁSIO Viga de madeira laminada colada
Fechamento alambrado metálico
Calha aparente Cobertura Retrátil i: 2% Guia Superior Viga de madeira laminada colada Tirante de aço Duto para escoamento de água Calha embutida
Perspectiva explodida
Sistema de cobertura retrátil
Vigas de madeira laminada colada
Fechamento alambrado metálico Pilares de concreto
Arquibancada
Viga baldrame Base de concreto
Sapata
Detalhe 01 Esc: 1/75
Areia
Brita Terra
Det. 01 +9,00
+6,45
+3,30
+0,20 QUADRA COBERTA
+0,15 SANITÁRIO
Corte BB’ Esc: 1/150
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ACADEMIA
VARANDA
0
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1
2
3
4
5
41
Corte aproximado GINÁSIO/ Detalhe construtivo / perspectiva explodida
Galinheiro LEGENDA 1. Incubação: 2,51m² 2. Reprodução: 2,51m² 3. Terminação: 17,42 4. Cria: 2,51m² 5. Recria: 2,51m² FIBROCIMENTO I:25%
4
1 3
2
5 REP.
TERMINAÇÃO
RECRIA
Corte Esc: 1/75 Planta baixa Galinheiro Esc: 1/150
Detalhe Esc: 1/75
Corte Galinheiro Esc: 1/150
Fachada Sem escala
Detalhe 02 Esc: 1/50 Det. 01 Det. 02 TELHA ISOTÉRMICA : 5%
+6,35
+3,00
+3,20 VARANDA
DORM. 09
DORM. 10
VARANDA
+0,00 HORTA
Corte CC’Corte aproximado Esc: Esc: 1/150 1/150
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0
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1
2
3
4
42
5
Cortes
+11,30
+8,15 MEDITAÇÃO INDIVIDUAL
+8,00
Corte CC aproximado Esc: 1/150
0
1
2
3
4
TELHA ISOTÉRMICA : 5%
+6,65
+3,00
+3,15 MEDITAÇÃO COLETIVA
Corte DD’ Esc: 1/150
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0
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1
2
3
4
5
43
5
Dormitório PCD
LEGENDA 1. Dormitório duplo: 27,87m² 2. Sanitário PCD: 6,30 m² 3. Varanda: 14,04m²
1
0,90cm
1,50m
2
3 Isométrico Sem escala Planta dormitório PCD Área Total: 51,50m² Esc: 1/50
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Dormitório
LEGENDA 1. Dormitório triplo: 28,27m² 2. Sanitário: 3,00m² 3. Lavatório externo: 1,81m² 4. Varanda: 14,04m²
2
3 1
4
Planta dormitório Área Toral: 51,50m² Esc: 1/50
Isométrico Sem escala
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Materialidade Fachadas
Pintura branca
Esquadrias em alumínio preto Concreto aparente
Bloco 06
Bloco 03
Brise de madeira
Nas fachadas dos blocos foram utilizados materiais em seu estado puro: madeira e concreto aparente aliando-se a utilização dos vidros, promovendo permeabilidade visual com o entorno. Levando em conta as grandes esquadrias obtém-se como estratégia o uso de brises ou vegetação em locais com maior incidência solar. Madeira laminada colada Concreto aparente
Brise de madeira vertical Esquadria em alumínio preto Bloco 02
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0
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1
2
3
4
5
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Materialidade Fachadas
Esquadrias de alumínio preto
Concreto aparente
Pintura branca
Painel Ripado
0
1
2
3
4
5
Bloco 05
Brise móvel de madeira - horizontal Painel Ripado
0
Bloco 01 e 04
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3
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5
Perspectivas Externas
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Perspectivas Externas
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Perspectivas Internas
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS A dependência química é um tema amplamente abordado em todo o mundo, porém, no Brasil ainda são desconhecidas as Comunidades Terapêuticas. O presente trabalho consiste, então, no estudo, diagnóstico e proposta de
uma Comunidade Terapêutica já existente denominada Cerene localizada em Ituporanga - SC, com base nos estudos da Psicologia Ambiental e Ambientes Restauradores, levando em conta as normas exigidas pela ANVISA. Buscou-se analisar e por meio de estudos contemplar as reais necessidades das dependentes. A partir de embasamento teórico e projetos de referência, tomouse possível o conhecimento sobre a temática das drogas e história das Comunidades Terapêuticas, possibilitando a visão de como a arquitetura interfere no comportamento humano e sua importância na vida das pessoas, além de questões conceituais e de cunho projetual. Visando melhorias arquitetônicas e de qualidade de vida às usuárias, o novo projeto proposto ao Cerene teve o intuito de sanar as necessidades das usuárias possibilitando a elas condições para reabilitação e reintegração social. Além disso, também se propôs melhorias em âmbito urbanístico, potencializando a área exterior e revitalizando o entorno imediato por meio do conceito de renascimento. De modo geral observou-se que o ambiente construído e o ambiente natural estão diretamente ligados as atitudes humanas, tornando a principal expectativa do
A arquitetura não só pode, como salva vidas. (Autor desconhecido)
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projeto a de proporcionar qualidade de vida e segurança as usuárias garantindolhes acolhimento e reintegração social por meio da arquitetura.
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8. REFERÊNCIAS AMARAL, Lucas. Centro de Reabilitação de Dependentes Químicos. 65 f. TCC (Graduação) – Curso de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de Cuiabá (UNIC), Cuiabá, 2017. BARROS, Carla Laiane de Almeida. Centro de Reabilitação para Dependentes Químicos: Uma arquitetura que transforma. 121 f. TCC (Graduação) – Curso de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal de Roraima, Roraima, 2018. BRASIL. Inpad. Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Para Políticas Públicas de Álcool e Outras Drogas (Inpad). Levantamento Nacional de Família dos Dependentes Químicos. Disponível em: <http://inpad.org.br/lenad/resultados/cocaina-e-crack/resultados-preliminares/>. Acesso em: 11 abr. 2019. BRASIL. Justiça e Segurança Pública.. Governo Federal. Comunidades Terapêuticas. Disponível em: <https://www.justica.gov.br/sua-protecao/politicas-sobre-drogas/comunidades-terapeuticas>. Acesso em: 02 abr. 2019. CARLINI, E. A.. I Levantamento domiciliar sobre o uso de drogas psicotrópicas no Brasil: estudo envolvendo as 107 maiores cidades do país, 2001. São Paulo: CEBRID, 2002. CHING, Francis D. K. Arquitetura: forma, espaço e ordem. 2. ed. São Paulo, SP: Martins Fontes, 2008. COLIN, Silvio. Uma introdução à arquitetura – Rio de Janeiro, RJ; Editora UAPÊ, 2000. DE LEON, George. A Comunidade Terapêutica: Teoria, Modelo e Método. Ed. Loyola, 2003. FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE COMUNIDADES TERAPÊUTICAS (Brasil). Comunidades Terapêuticas. Disponível em: <http://febract.org.br/portal/comunidades-terapeuticas/>. Acesso em: 27 mar. 2019. FIDALGO, Thiago Marques; PAN NETO, Pedro Mário; SILVEIRA, Dartiu Xavier da. Abordagem da Dependência Química. Disponível em: <https://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/1/casos_complexos/Vila_Santo_Antonio/Complexo_12_Vila_Abordagem_dependencia.pdf>. Acesso em: 20 mar. 2019. FRACASSO, Laura. Comunidades Terapêuticas: Histórico e Regulamentações. Aberta Senad. Disponível em: <http://www.aberta.senad.gov.br/medias/original/201706/20170605-134703-001.pdf>. Acesso em: 10 mar. 2019. GEOGRAFO, Pedro. As aldeiras e a organização dos territórios indígenas: Povos indígenas do Brasil. 2013. Disponível em: < https://geographo.webnode.com.br/products/as-aldeias-e-aorganiza%C3%A7%C3%A3o-dos-territorios-indigenas/>. Acesso em: 20 jun. 2019. GIKOVATE, Flávio. Drogas: opção de perdedor. 5. ed. São Paulo: Moderna, 1993. GRESSLER, Sandra Christina; GÜNTHER, Isolda de Araújo. Ambientes Restauradores: Definição, histórico, abordagens e pesquisas. 2013. 495 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Psicologia, Universidade de Brasília, Brasília, 2013. MOSER, Gabriel. Psicologia Ambiental. 2016. Disponível em:< http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-294X1998000100008/>. Acesso em 10 jun. 2019. PIMENTEL, Caroline Silva. Anteprojeto Arquitetônico de uma Comunidade Terapêutica para Dependentes Químicos no Município de Apiacá – ES: A influência da arquitetura sobre o bem-estar físico e psicológico dos indivíduos. 132 f. TCC (Graduação) - Curso de Arquitetura e Urbanismo, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense, Rio de Janeiro, 2015. 133
REIS, Antonio. Repertório, análise e síntese: Uma introdução ao projeto arquitetônico. UFRGS. TIBA, Içami. Anjos caídos: como prevenir e eliminar as drogas na vida do adolescente. 9. ed. São Paulo: Gente, 1999.
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IMPLANTAÇÃO
TEORIA DA RESTAURAÇÃO DA ATENÇÃO (TRA).
Segundo Stephen e Rachel Kaplan há quatro fatores propostos na ART que associam-se às propriedades do LEGENDA ambiente nos quais os seres humanos desencadeiam processos mentais ou estados que contribuem para as 1.
Estacionamento serviço e saúde: 06 vagas
2.
Bloco de atividades + refeitório + adm + conivência
3.
Estacionamento público geral: 60 vagas/08 vagas PCD
a Teoria, os processos fundamentais para a restauração: EXTENSÃO, AFASTAMENTO, COMPATIBILIDADE,
4.
Atividades ao ar livre
FASCINAÇÃO.
5.
Auditório + orquidário
6.
Espelho d’água
7.
Sociabilização
8.
Pista de caminhada
9.
Galinheiro
Trilha
experiências restauradoras. Alguns aspectos podem surgir, como: mistério, coerência, ambientes preferidos, o
Entre a vegetação implantada e existente está a trilha que tem aproximadamente 550m de extensão. Visa o senso de pertença, o contato direto a natureza, ligado ao processo de EXTENSÃO.
afastamento para realizar algo diferente em um local novo e o afastamento como uma forma de escape. Segundo
Bloco 06: Meditação individual
ÍNDICES URBANÍSTICOS
ÍNDICES URBANÍSTICOS
• Aliado a psicologia ambiental o ambiente foi pensado para ajudar a aliviar o estresse do dia a dia, contribuindo para que as pacientes consigam se conectar consigo mesmas. O espaço está diretamente ligado ao processo de AFASTAMENTO.
Área do terreno: 74.247,89m² Tx de ocupação permitida: 10% IA permitida: 0,10
Área construída: 6.207,89m² Tx de Ocupação: 8,36 % ÍA: 0,08
10. Escada + rampa Bloco 04: Alojamentos
11. Piscina + academia cobertas
• Contando com 15 dormitórios o bloco é contemplado com espaço verde central, buscando a conexão com o verde e com a água.
12. Ginásio coberto 13. Quadras descobertas 14. Alojamentos 15. Espaço de meditação coletivo
Bloco 02: Piscina + academia + ginásio coberto
16. Trilha: 550m de extensão • O espaço foi pensado voltado a prática de exercícios físicos, visto importância para a reabilitação e a saúde das pacientes. Conta com o ginásio, academia e piscina coberta possibilitando permeabilidade visual do entorno.
17. Espaço de meditação individual 18. Residência pastoral existente 19.
Pomar
20. Canteiros horta 21. Abrigo de gás 22. Abrigo de lixo (em projeção)
Galinheiro 17
• Segundo estudos uma importante ferramenta para a reabilitação é o contato com outros seres. Deste modo o galinheiro induz a responsabilidade, promovendo recuperação e individualidade das pacientes.
23. Abrigo de resíduos sólidos (em projeção) 24. Bicicletário
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
9
16 18
25. Placa solar fotovoltáica
10
26. Compostagem 27. Reutilização de entulhos para fundamento
8
25
12
LEGENDA PAVIMENTAÇÃO
14 26
Piso intertravado caminhos
13 12
Piso intertravado via
11 15
Ciclofaixa
7
Espelho d’água 20
7
21
6 19
16
LEGENDA VEGETAÇÃO SÍMBOLO
5 1
Forração grama esmeralda
NOME Vegetação de grande porte implantado
22 23
3
Vegetação existente no terreno
4
2
Jerivá – Syagrus romanzoffiana
24
Laranjeira - Citrus X sinensis 27
Goiabeira - Psidium guajava
Implantação humanizada Esc: 1/650
Pitangueira - Eugenia uniflora Casa Pastoral
Bloco 05: Bloco de meditação coletiva
• Edificação mantida, devido uso privado. Foi integrado ao Cerene de forma a ter acesso interno pela trilha.
• O bloco é voltado a meditação em grupo, com aulas de ioga, buscando conexão interior. É contemplado com deck voltado ao pôr-do-sol, levando em conta o processo de FASCINAÇÃO.
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Bloco 01: Bloco de convivência + adm + reabilitação
Bloco 03: Auditório + orquidário
• Bloco de recepção. Conta com espaços de atividades laborais, refeitório, administração e enfermaria. É contemplado com uma praça central descoberta com vegetação e bancos ao ar livre levando em conta aspectos de centralidade e COMPATIBILIDADE.
• Espaço voltado a reunião de pessoas, com palestras e cultos aliado ao cultivo de flores que permeiam o auditório, além de ser comtemplado com espelho d’água, visando importância desta nos ambientes restauradores.
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Tangerina - Citrus reticulata
34
PLANTA BAIXA nível 0 Bloco 01: 2116,17m² 1. Enfermaria: 49,62m² 2. Atendimento clínico geral: 30,06m² 3. Atendimento psicológico: 27m² 4. Atendimento psiquiátrico: 27m² 5. Recepção: 49,91m² 6. Administrativo: 39,32m² 7. Arquivo: 15,58m² 8. Sanitário Feminino: 29,05m² 9. Sanitário Masculino: 29,05m² 10. Reunião: 55,53m² 11. Depósito: 10,05m² 12. Lavatório: 10,50m² 13. Sala de artesanato e pintura: 119,21m² 14. Convivência: 166,24m² 15. Escada comum: 6,77m² 16. Elevador: 3,96m² 17. Sala de música: 69,87m² 18. Sala de estudo: 69,87m² 19. Refeitório: 188,17m² 20. Cozinha: 80,35m² 21. Panificação: 73,37m² 22. Secos: 10,69m² 23. Frios: 9,51m² 24. Frescos: 11,57m² 25. Recebimento e higienização: 31,73m² 26. DML: 18,27m² 27. Hall serviço: 6,12m² 28. Vestiário: 11,57m² 29. Lavanderia: 63,77m² 30. Sanitário: masculino e feminino serviço: 6m² 31. Depósito de resíduos sólidos: 4,63m² 32. Lixo: 4,50m² 33. Praça descoberta: 600m² 34. Sanitário PCD: (Tamanho variável)
Bloco 02: 1682,04m² 1. Varanda: 257,10m² 2. Academia: 226,40m² 3. Sanitários: 31,64m² 4. Piscina: 208,17m² 5. Chuveiros: 22,16m² 6. Sanitário: 22,16m² 7. Quadra coberta: 861,35m² 8. Sanitário PCD (tamanho variável)
B 1
B 2
G
1
B 3
Bloco 03: 554,87m² 1. Hall: 36,60m² 2. Auditório: 150,67m² 3. Palco: 59,04m² 4. Sanitário feminino: 11,80m² 5. Sanitário masculino: 11,80m² 6. Orquidário: 264,23m² 7. Sanitários PCD: 3,09m²
7 6 +0,20
8 5 G
Galinheiro: 32,96m²
4 -1,20
8 B 2
3
-1,00
+0,15 1
2
3,00
Rampa i: 8,33%
16
9 20
15 19
B 1
22
34
17
18
14
8
6
21
23
5 24
7
-1,00 25
27
B 3
Rampa i: 8,33%
26
2
3
AA’
7
28
30
1 4
13
29
33
32 31
0,00 12
1
2
3
4
5
+0,15
6
7
8
34 34
9
11
10
Acesso serviço (privado)
Acesso pedestres
Acesso veículos (público)
0
5
10
15
20
25
RAMPA I:8,33%
Corte AA’ Esc: 1/400
BLOCO 03
Centro Universitário para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí
-1,00
0,00 ESTACIONAMENTO
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BLOCO 01
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SERVIÇO
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PLANTA BAIXA nível +3
+8,00
1
2
1 2 +11,00
B 6 +8,00 1 2
Rampa i:8,33%
Rampa i:8,33% 0,00
Bloco 04: 1288,49m² B 1. Área de convivência: 202,27m² 4 2. Dormitório plantonista: 24,53m² 3. Enfermaria de emergência: 8,45m² 4. Dormitório PCD + sanitário (2 leitos): 33,82m² 5. Dormitório (3) leitos: 33,82m² 6. Circulação: 285,13m² 7. Varanda: 196,60m² 8. Elevador: 3,96m² 9. Escada comum: 6,77m²
5 Rampa i:8,33%
5 5
5 5 7
5 5
Bloco 05: 321,46m² 1. Estar: 73,21m² 2. Sanitários: 12,16m² 3. Sanitário PCD: 3,15m² 4. Meditação: 167,43m² 5. Varanda: 56,15m²
5
B 5
6
5
5 5 2 3
Bloco 06: 75,19m² (04 blocos) 1. Meditação individual: 48,99m² 2. Varanda: 20,60m²
B 6
4
+3,15
7
4
B 5
5
5 B 4
DD
4 3
+3,00
1
2 +3,20 1
Rampa i:8,33%
8 0
5
10
15
20
9
25
8,00 BLOCO 06 3,20
Corte CC’ Esc: 1/400
Centro Universitário para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí
BLOCO 04 0,00
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-1,00
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