APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO
IETEV INSTITUTO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA EVANGÉLICA PREPARANDO OS SANTOS PARA O EXERCÍCIO DO MINISTÉRIO
“PREPARANDO OS SANTOS PARA O EXERCÍCIO DO MINISTÉRIO”
NO VO TESTAMENTO p.1
APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO
INSTITUTO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA EVANGÉLICA [1] ELABORAÇÃO: PROFESSORES DO IETEV REVISÃO TEOLÓGICA: BELº. CARLOS ANTÔNIO SANTOS DE NOVAIS (PÓS-GRADUANDO EM PSICOLOGIA PASTORAL) EDITORAÇÃO: BELº. PR. CARLOS ANTÔNIO SANTOS DE NOVAIS DIAGRAMAÇÃO: BELº. PR. GILMAR DOS SANTOS SILVA E PR. CARLOS ANTÔNIO SANTOS DE NOVAIS REVISÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA: BELº. PR. GILMAR DOS SANTOS SILVA DIRETOR PRESIDENTE DO IETEV: PRº. BELº. CARLOS ANTÔNIO SANTOS DE NOVAIS O IETEV: MINISTRA OS SEGUINTES CURSOS TEOLÓGICOS: BÁSICO EM TEOLOGIA BÍBLICA MÉDIO EM TEOLOGIA BÍBLICA BACHARELADO EM TEOLOGIA PASTORAL BACHARELADO EM MISSIOLOGIA CURSO BÍBLICO CLÍNICA PASTORAL CURSO – INTRODUÇÃO Á MISSÕES CURSO DE CUNHO LIVRE EM PSICANÁLISE CLÍNICA CURSO DE CUNHO LIVRE EM CAPELANIA HOSPITALAR CURSO DE CUNHO LIVRE EM JUIZ DE PAZ ECLESIÁSTICO CURSO AVANÇADO EM CAPELANIA CRISTÃ — ECLESIÁSTICA, HOSPITALAR, PRISIONAL, ESCOLAR, FAMILIAR, SOCIAL, URBANA, MISSIONÁRIA E FÚNEBRE.
1 - © 2010 D IREITOS RESERVADOS PELO IETEV – I NSTITUTO E DUCACIONAL DE T EOLOGIA EVANGÉLICA . D O EDITOR , V ITÓRIA DA CONQUISTA , BA. FEVEREIRO DE 2010. TODOS OS DIREITOS ESTÃO RESERVADOS AO IETEV. É PROIBIDA A REPRODUÇÃO DESTA OBRA , NO TODO OU EM PARTE , POR QUAISQUER MEIO , SEM PRÉVIA AUTORIZAÇÃO POR ESCRITO DO SEU AUTOR, QUER SEJAM POR E - MAIL , CARTA ETC . E STE MATERIAL É DE USO EXCLUSIVO DO IETEV, E PROTEGIDO PELA LEI Nº . 9.610 DE 12.01.1998, QUE REGULA DIREITOS AUTORAIS E DE COMPILAÇÃO DE OBRAS , SENDO TAMBÉM , PROIBIDA A SUA UTILIZAÇÃO EM OUTRO ESTABELECIMENTO DE ENSINO MISSIOLÓGICO E / OU TEOLÓGICO. PREVISTA NOS ARTIGOS
O QUE SUJEITARÁ 184 E 186 DO CÓDIGO PENAL, SALVO EM BREVES CITAÇÕES, COM A INDICAÇÃO DA FONTE .
O INFRATOR , NOS TERMOS DA LEI Nº
6.895,
DE
17/12/1980,
Á PENALIDADE
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O curso em geral visa uma preparação para o exercício da função de Teólogo, e lembre que quando falamos em ―teólogo‖ estamos usando esse título de forma genérica, a saber, tanto para homens como para mulheres. Da mesma forma a palavra: ―função‖ deve expressar um conteúdo mais profundo do que ENSINO DE QUALIDADE TEOLÓGICA COMPROMISSADO COM AS ESCRITURAS apenas um ministério ou pastorado. O (a) estudante deverá adquirir o conhecimento instrumental (ferramentas) que lhe proporcionarão uma capacitação de trabalho eficaz como Teólogo. Procuramos como corpo docente dar uma dedicação pessoal a cada um de nossos (as) alunos (as), tanto no início do estudo, quando as dificuldades pessoais do confronto com o estudo teológico são maiores, como mais tarde, quando desenvolve o confronto com a prática. Sabemos que a Revelação veio até nós por intermédio do testemunho humano registrado nas Sagradas Escrituras. O surgimento de tais escritos dista milênios de nossos dias. Sua compreensão exige conhecimentos históricos, lingüísticos e literários, sem os quais não haverá verdadeira atualização, mas apenas repetição de termos e frases que nada mais dizem ao homem de hoje. A aquisição de conhecimentos e métodos, requer uma dedicação intensiva e requer tempo em face da vastidão do campo informativo a ser abrangido. Deve ficar esclarecido desde o início que o (a) aluno (a) aprenderá a fazer uma clara distinção entre ―a verdade da fé‖ e ―a verdade da história‖, pois a verdade da fé, que pertence à dimensão existencial da vida, será chamada de certeza se nós a comparamos com o grau de ―verdade histórica‖ envolvida. Se elas são separadas, são também complementares, uma verdade não pode ser desvinculada da outra. Tendo estes fatos em mente, podemos compreender com clareza porque uma fé errada pode destruir o sentido natural da existência, enquanto que o julgamento da história, mesmo que esteja errado, não pode colocar em risco a existência. Por essa razão, os primeiros estudos de teologia são para aprender a fazer um julgamento criterioso, científico, honesto e descomprometido que levará a conciliar de maneira clara e compreensível a verdade da fé, sem detrimento da verdade da história. Cabe destacar ainda que, quando falamos em ―verdade da fé‖, não estamos incluindo nessa frase qualquer sistema de doutrina, pois a teologia faz justamente essa separação entre doutrina e fé, entre o que é essencial e o que é periférico. Razão pela qual a teologia pode ser inter-denominacional, ou seja, não interferir na doutrina da denominação religiosa. REGISTRO DE TEÓLOGO A conclusão do curso dá ao aluno o direito de registrar-se como TEÓLOGO. Pedindo sua filiação ao CRT – Conselho Regional de Teologia, CFT – Conselho Federal de Teologia, OTPB – Ordem de Teólogos e Pastores do Brasil, CPB – Conselho de Pastores do Brasil e CTVC – Conselho de Teólogos de Vitória da Conquista. De acordo com o Ministério do Trabalho, Portaria MTB 1.334/94 e Decreto Lei nº 76.900/75 – Teólogo – CBO Cód. 2631-15 – Profissional de Nível Superior.
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO TEÓLOGO "O QUE ESCREVE E ESTUDA SOBRE TEOLOGIA"[2] O QUE É SER UM TEÓLOGO? O teólogo é aquele que estuda teologia que significa o estudo de Deus, conceito criado por filósofos gregos. Porém foi no cristianismo que o assunto se transformou em objeto de estudo, sobretudo das religiões judaico-cristãs. Como não é possível estudar diretamente um objeto que não vemos e não tocamos, estuda-se Deus a partir da sua revelação. QUAIS AS CARACTERÍSTICAS NECESSÁRIAS PARA SER UM TEÓLOGO? Para ser um teólogo é necessário ter vocação e conhecimentos religiosos, interesse em leitura. O conhecimento de outras línguas também é desejável. Outras características interessantes são:
Boa Memória Saber Utilizar o Texto Bíblico Habilidade para Escrever Capacidade de Organização Curiosidade Gosto pelo Debate Gosto pela pesquisa e pelos Estudos Disciplina Senso Crítico QUAL A FORMAÇÃO NECESSÁRIA PARA SER UM TEÓLOGO? Para ser um teólogo é necessário ter concluído o Ensino Médio e ter diploma de graduação em curso superior em Teologia. O curso tem duração de quatro anos e sua composição curricular é livre, a critério de cada instituição de ensino, podendo obedecer a diferentes tradições religiosas. Porém, algumas das disciplinas básicas são: Introdução à Filosofia, Antigo Testamento, Novo Testamento, Grego, Hebraico. O profissional que quiser trabalhar em Instituições de ensino o mestrado é obrigatório. Para poder exercer a profissão é necessário ser portador da carteira de identidade profissional expedida pelo Conselho Regional competente. PRINCIPAIS ATIVIDADES
Realiza liturgias, celebrações, cultos e ritos Dirigir e administrar comunidades Formar pessoas segundo preceitos religiosos das diferentes tradições Orientar pessoas Realizar ação social junto à comunidade Pesquisar a doutrina religiosa (investigação científica) Transmitir ensinamentos religiosos Consultoria 2 - FONTE : D ICIONÁRIOS M ICHAELIS
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO Dar aulas em cursos universitários Estudar e analisar as diversas religiões do mundo e sua influência sobre o homem do ponto de vista antropológico e sociológico Explicar de que forma as crenças, com o decorrer do tempo e da história modificam ou eternizam as maneiras do homem interagir na sociedade. ÁREAS DE ATUAÇÃO E ESPECIALIDADES O teólogo pode atuar em diferentes áreas: Igrejas, organizações não governamentais, congregações cristãs, creches, orfanatos, escolas, asilos, hospitais, presídios e magistério de primeiro e segundo grau. MERCADO DE TRABALHO O mercado de trabalho para o teólogo está em grande crescimento. O perfil desse profissional atualmente está mudado. Hoje em dia, além dos padres, pastores, também estão no mercado profissionais que concluíram o curso com o interesse em aumentar sua cultura geral e sua cultura religiosa. Além das crescentes oportunidades em igrejas, instituições de ensino, organizações eclesiásticas, ONGs, etc., assim, o teólogo assessor, coordena e dirige atividades em sindicatos, movimentos sociais, escolas, instituições de promoção humana, orfanatos e agremiações partidárias. Recentemente, as corporações (Exército, Marinha, Aeronáutica e Polícia Militar) têm realizado concursos e permitido que clérigos protestantes realizem cuidado pastoral de capelania nos quartéis. É uma profissão com grandes oportunidades de trabalho. CURIOSIDADES Teologia em seu sentido literal é o estudo sobre Deus (do grego theos, "Deus‖, logos, "palavra", por extensão, "estudo"). No Cristianismo isto se dá a partir da revelação de Deus na Bíblia. Por isso, também se define "teologia" como um falar "a partir de Deus" (Karl Barth). Este termo foi usado pela primeira vez por Platão, no diálogo A República, para referir-se à compreensão da natureza divina por meio da razão, em oposição à compreensão literária própria da poesia feita por seus conterrâneos. Mais tarde, Aristóteles empregou o termo em numerosas ocasiões, com dois significados: da revelação e da experiência humana. Estes dados são organizados no que se conhece como Teologia Sistemática ou Teologia Dogmática. CBO - CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DE OCUPAÇÕES A Classificação Brasileira de Ocupações - CBO, instituída por portaria ministerial nº. 397, de 9 de outubro de 2002, tem por finalidade a identificação das ocupações no mercado de trabalho, para fins classificatórios junto aos registros administrativos e domiciliares. Os efeitos de uniformização pretendida pela Classificação Brasileira de Ocupações são de ordem administrativa e não se estendem as relações de trabalho. Já a regulamentação da profissão, diferentemente da CBO é realizada por meio de lei, cuja apreciação é feita pelo Congresso Nacional, por meio de seus Deputados e Senadores, e levada à sanção do Presidente da República. Por meio desta publicação o Ministério do Trabalho e Emprego - MTE disponibiliza à sociedade a nova Classificação Brasileira de Ocupações - CBO, que vem substituir a anterior, publicada em 1994. Desde a sua primeira edição, em 1982, a CBO sofreu alterações pontuais, sem modificações estruturais e metodológicas. A edição 2002 utiliza uma nova metodologia de classificação e faz a revisão e atualização completas de seu conteúdo.
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO PALAVRA DO REITOR/DIRETOR Estamos vivendo tempos de fome espiritual, onde heresias têm procurado se instalar no seio da Igreja; Deus levantou o projeto para um grande avivamento espiritual. Não basta apenas termos talentos naturais ou compreensão das conseqüências das crises que o mundo atravessa. Precisamos, exercer influências com nosso testemunho perante os que dispomos a ensinar a Palavra de Deus. É muito importante porque nos dará ampla visão da teologia Divina, atrairá futuros líderes ao aprendizado e criará um ambiente mais espiritual na nossa Igreja (Koinonia). Aprendizados errados geram desastres e resistência à Obra de Deus. Somente o correto de forma correta leva ao sucesso, na consciência e submissão ao Espírito Santo que rege a igreja. Temos que combinar estratégias de ensino com o nosso caráter revelado em nossas vidas; devemos incentivar a confiança dos alunos na Escritura, com coerência e potencial. Temos capacidade, em Deus, de mudarmos o mundo, começando do mundo interior das consciências humanas dos alunos, que se tornarão futuros evangelizadores capacitados na Bíblia. Tome esta certa decisão: Estude, antes, o material, reúna seus alunos, apresente os planos de aula, dê um tempo para refletirem, divulgue a doutrina, em conjunto, como facilitador do processo educacional, tranqüilize e encoraje os outros a fazerem parte de novas turmas. Não preguemos a verdade para ferirmos os outros ou para destruir, mas para ajudar e corrigir as almas, com amor, esperando que Deus lhes conceda o entendimento do Reino dos Céus. CONHEÇA OS QUATRO PILARES DA EDUCAÇÃO: 1) APRENDER A CONHECER: Tenha a humildade de saber que não sabes tudo; Seja competente, compreensivo, útil, atento, memorizador e informe o assunto de forma contextualizada com a realidade atual. 2) APRENDER A FAZER: Seja Preparado para ministrar as aulas, conhecendo a matéria previamente, estimulando a criatividade dos alunos, preparando-os para a tarefa determinada de Jesus de serem discípulos. 3) APRENDER A VIVER JUNTOS: Estimule a descoberta mútua entre os alunos da Palavra de Deus, em forma de solidariedade, cooperativismo, promovendo auto-conhecimento e auto-estima entre os alunos, na solidariedade da compreensão mútua; o objetivo do curso não é apenas ter conhecimento, mas ―ser cristão‖. 4) APRENDER A SER: Resgate a visão holística (completa) e integral dos alunos, preparando-os para integrarem corpo, alma e espírito com sensibilidade, ética, responsabilidade social e espiritualidade, formando juízo de valores, levando-os a aprenderem a decidir por si mesmos, com a ajuda do Espírito Santo. Lembrem-se de que a primeira impressão é a que fica marcada na consciência. Temos que ser perceptivos, hábeis para lidar com as dúvidas, sem agressões, procurando soluções com base bíblicas sem fundamentalismo de usar textos sem contextos por pretextos de posicionamentos individuais. Estimule os alunos, com liberdade de pensamento para terem respostas. Tome comum a mensagem, filtrando os resultados no bom-senso. Seja amável, compreensivo, sincero, sem ter uma visão exclusivista do seu ponto de vista, em detrimento da Palavra de Deus, que sempre é o referencial. Agradecemos a Deus, aos amados Líderes e aos alunos por seu interesse em nosso curso teológico. Deus vos abençoe. BONS ESTUDOS COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO ANTES DE COMEÇAR A ESTUDAR ESTA APOSTILA ÀS VEZES ESTUDAMOS MUITO E APRENDEMOS OU RETEMOS POUCO OU NADA DO ASSUNTO ESTUDADO. ISTO EM PARTE ACONTECE PELO FATO DE ESTUDARMOS SEM UMA ORDEM OU MÉTODOS DEFINIDOS DE ESTUDO. EMBORA SUCINTA, A ORIENTAÇÃO QUE ORA LHES PASSAMOS A EXPOR ABAIXO, SER-LHE-Á EM MUITO ÚTIL.
SIGA AS SEGUINTES ORIENTAÇÕES: 1. BUSQUE A AJUDA DIVINA POR MEIO DA ORAÇÃO ORE A DEUS, PARA QUE ELE, POR MEIO DO SEU ESPÍRITO SANTO POSSA ILUMINAR A SUA MENTE. DAR-LHE GRAÇAS E SUPLIQUE HUMILDEMENTE A SUA DIREÇÃO E ILUMINAÇÃO DO ALTO. DEUS PODE VITALIZAR E CAPACITAR AS NOSSAS FACULDADES MENTAIS QUANTO AO ESTUDO DE SUA SANTA E INERRANTE PALAVRA, BEM COMO, ASSUNTOS AFINS E LEGÍTIMOS. NUNCA EXECUTE QUALQUER TAREFA DE ESTUDO OU TRABALHO, SEM ANTES ORAR AO DEUS ALTÍSSIMO. 2. PERSEVERANÇA NÃO DESANIME DIANTE DAS PRIMEIRAS DIFICULDADES, CONTINUE EM FRENTE E SEJA UM VENCEDOR, POIS OS VENCEDORES NUNCA DESISTEM; E, OS DESISTENTES, NUNCA VENCEM. 3. AUTO-DISCIPLINA, SEJA ORGANIZADO AO ESTUDAR TENHA CONSTÂNCIA NO ESTUDO DIÁRIO DAS LIÇÕES, ARRUME SUA AGENDA SEMANAL, RESERVE TEMPO PARA O QUE VOCÊ ACHA IMPORTANTE, E ASSIM, A) AO PRIMEIRO CONTATO COM O TEXTO A SER ESTUDADO, PROCURE OBTER UMA VISÃO GLOBAL DA MESMA, ISTO É, COMO UM TODO. NÃO FAÇA APONTAMENTOS, NÃO PROCURE REFERÊNCIAS BÍBLICAS. PROCURE, SIM, DESCOBRIR O PROPÓSITO DA MATÉRIA EM ESTUDO, ISTO É, O QUE DESEJA ELA COMUNICAR-LHE. B) PASSE ENTÃO AO ESTUDO DE CADA LIÇÃO, OBSERVANDO, A SEQUENCIA DOS TEXTOS QUE A ENGLOBAM. AGORA SIM, Á MEDIDA QUE FOR ESTUDANDO, FAÇA ANOTAÇÕES NO CADERNO DESTINADO PARA ISSO. MAS, PRESTA ATENÇÃO: SE ESTE CADERNO FOR DESORGANIZADO, NENHUM BENEFÍCIO PRESTARÁ. C) AO FINAL DE CADA TEXTO, PROCURE RECOMPOR, DE MEMÓRIA SUAS DIVISÕES PRINCIPAIS, CASO TENHA ALGUMA DIFICULDADE, VOLTE AO TEXTO. O APRENDIZADO É UM PROCESSO METÓDICO E GRADUAL. NÃO É ALGO AUTOMÁTICO EM QUE SE APERTA UM BOTÃO E A MÁQUINA TRABALHA. ANOTAÇÕES
4. AS
ANOTAÇÕES DEVEM SER FEITAS NO PRÓPRIO MANUAL ESPECIALMENTE PARA TAL INTENTO, NÃO CONFIE NA MEMÓRIA.
(APOSTILA)
OU EM UM CADERNO Á PARTE, RESERVADO
5. PESQUISA AO SE DEPARAR COM UM ASSUNTO APARENTEMENTE DIFÍCIL, NÃO PASSE POR CIMA, PESQUISE O MÁXIMO QUE PUDER SOBRE O ASSUNTO, E SANE SUAS DÚVIDAS. 6. TENHA ESTES MATERIAIS DE AUXÍLIO SEMPRE Á MÃO ALÉM DA MATÉRIA A SER ESTUDADA, SE POSSÍVEL, TENHA Á MÃO AS SEGUINTES FONTES DE CONSULTA E REFERÊNCIA. ► BÍBLIA. SE POSSÍVEL EM MAIS DE UMA VERSÃO OU TRADUÇÃO; (ARA, ARC, AVR, ACF, BLH, BJ, TEB, NVI, VFL, BOC). ► LÉXICOS E DICIONÁRIOS BÍBLICOS E TEOLÓGICOS (SE POSSÍVEL TAMBÉM DO TIPO HEBRAICO/PORTUGUÊS/GREGO) ► ATLAS BÍBLICA; ► CONCORDÂNCIA BÍBLICA; ► LIVROS TEOLÓGICOS, DEVOCIONAIS ETC. ► CADERNO DE APONTAMENTOS INDIVIDUAIS. HABITUE-SE A SEMPRE TOMAR NOTAS DE SUAS AULAS, ESTUDOS, MEDITAÇÕES E ATÉ MESMO DE FRASES NA RUA QUE POSSAM TE SERVIR COMO ILUSTRAÇÃO PARA MENSAGENS. 7.
CONHEÇA MAIS DA MATÉRIA VERIFIQUE A BIBLIOGRAFIA NO FINAL DAS APOSTILAS; CONSULTE NA INTERNET VISITE BIBLIOTECAS EVANGÉLICAS EM INSTITUIÇÕES ACADÊMICAS CRISTÃS VISITE MUSEUS (SE HOUVER EM SUA CIDADE) PARTICIPE SEMPRE DE ESCOLAS BÍBLICAS ADQUIRA BONS LIVROS TEOLÓGICOS
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BACHARELADO EM TEOLOGIA PASTORAL
TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO APOSTILA COMPILADA PELO PROF. CARLOS ANTÔNIO SANTOS DE NOVAIS [3]
CARLOS A NTONIO SANTOS DE N OVAIS 3 - CAPELÃO PELA E SCOLA I NTERNACIONAL DE M INISTÉRIOS, ESTEM BRASIL E PELA FACULDADE DE T EOLOGIA SEPHER E LOAH – FATESE, DF E PÓS-G RADUANDO EM CAPELANIA H OSPITALAR , T EÓLOGO , PSICANALISTA C LÍNICO , PROFESSOR DE T EOLOGIA COM FORMAÇÃO B ÁSICA EM T EOLOGIA PELO STPLM – B RASÍLIA , DF. M ÉDIO E B ACHAREL EM T EOLOGIA B ÍBLICA PELO ITCEU – BA, B ACHAREL EM A DMINISTRAÇÃO E CLESIÁSTICA – FATEFINA (EAD) B ACHARELADO EM M ISSIOLOGIA PELO SEMINÁRIO I NTERDENOMINACIONAL K ERIGMA D IDACHÉ , B ACHAREL EM T EOLOGIA PASTORAL – FACULDADE DE T EOLOGIA E L SHADAI , PÓS-G RADUANDO EM PSICOLOGIA E A CONSELHAMENTO CRISTÃO - FACULDADE DE T EOLOGIA E L SHADAI , LICENCIATURA EM C IÊNCIAS DA R ELIGIÃO – I NSTITUTO DE T EOLOGIA LOGOS, PÓS G RADUAÇÃO EM T EOLOGIA – I NSTITUTO DE T EOLOGIA LOGOS, CAPACITAÇÃO M ISSIONÁRIA – A MME E VANGELIZAR – POÇOS DE CALDAS – MG, 2005, CURSOU O S 38 E STUDOS DO I NSTITUTO B ÍBLICO B ERÉIA – RJ, T EOLOGIA EM CLÍNICA PASTORAL – E SCOLA DE T EOLOGIA R HEMA – E STER E PELA T HEOLOGIA O NLINE O PEN U NIVERSITY , I NTRODUÇÃO Á FORMAÇÃO PASTORAL – E SCOLA DE T EOLOGIA R HEMA – E STER , I NTRODUÇÃO Á M ISSÕES – E SCOLA DE T EOLOGIA R HEMA – E STER , CURSO DE E SCATOLOGIA B ÍBLICA – CPAD, CURSO DE FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO DE O BREIROS – CFPO – A SSEMBLÉIA DE D EUS – BA, C APACITAÇÃO P ASTORAL P ELA SEPAL , I GREJA B ATISTA P ENIEL – BA, D IRETOR DO DEPMAD – D EPARTAMENTO DE M ISSÕES DAS A SSEMBLÉIAS DE D EUS NA B AHIA , 2006, M EMBRO DA O RDEM DE T EÓLOGOS E PASTORES DO B RASIL E CONSELHO DE PASTORES DO B RASIL, 2010, E XPERIÊNCIA COM R ÁDIO : A PRESENTADOR DO PROGRAMA NOVAS DE A LEGRIA – R ÁDIO CLUBE DE CONQUISTA – AM, A PRESENTADOR DOS PROGRAMAS NOVAS DE ALEGRIA E TEOLOGIA EM FOCO (CTVC) – R ÁDIO M ELODIA CONQUISTA – 87,9 FM, PARTICIPA COMO D EBATEDOR – R ÁDIO M ELODIA CONQUISTA – 87,9 FM, PALESTRANTE NOS SEGUINTES ASSUNTOS: R ELACIONAMENTOS – NAMORO , NOIVADO , CASAMENTO E SEXUALIDADE Á LUZ DA B ÍBLIA, GUERRA E SPIRITUAL – “O CORAÇÃO DO H OMEM ”, O CAMPO DE B ATALHA ONDE T UDO COMEÇA . CARGOS, FUNÇÕES E A TIVIDADES D ESEMPENHADAS : FUNDADOR DO D EPARTAMENTO DE M ISSÕES DAS A SSEMBLÉIAS DE D EUS – BA, P ROFESSOR DA E SCOLA B ÍBLICA D OMINICAL – A SSEMBLÉIA DE D EUS – 1997 A 2010 – BA, P ROFESSOR DO M ÉDIO E B ACHARELADO DO I NSTITUTO T EOLÓGICO NO C ENTRO E VANGELÍSTICO U RBANO – ITCEU, 2005 A 2008 – BA, PROFESSOR DA E SCOLA T EOLÓGICA E L SHADDAI – ETES, A SSEMBLÉIA DE D EUS – 2010 – BA, SECRETÁRIO E PROFESSOR DA E SCOLA T EOLÓGICA DO M INISTÉRIO DE SANTO A MARO – ETEMISA, A SSEMBLÉIA DE D EUS – 2010 – BA, P ROFESSOR DE T EOLOGIA C ONTEMPORÂNEA , T EOLOGIA DO A NTIGO T ESTAMENTO , C RISTOLOGIA E E VANGELHOS DO INSTITUTO T EOLÓGICO QUADRANGULAR – ITQ, BA, PROFESSOR DE H OMILÉTICA NA E SCOLA DE PROFETAS – EP E NO SEMINÁRIO T EOLÓGICO T HOMPSON , JUIZ DE PAZ E CLESIÁSTICO – FILIADO AO CFJE – C ONSELHO FEDERAL DE JUÍZES E CLESIÁSTICOS DO B RASIL, 2 º VICE -PRESIDENTE DO CTVC – CONSELHO DE T EÓLOGOS DE VITÓRIA DA CONQUISTA – 2013/2015.
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INSTITUTO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA EVANGÉLICA – FUNDADO EM 09 DE FEVEREIRO DE 2010 [ 4] BACHAREL EM ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA PELA FACULDADE DE TEOLOGIA E FILOSOFIA NACIONAL. BACHAREL EM TEOLOGIA PASTORAL PELA FACULDADE DE TEOLOGIA EL SHADAI PÓS-GRADUANDO EM PSICOLOGIA PASTORAL PELA FACULDADE DE TEOLOGIA EL SHADAI BACHAREL EM TEOLOGIA BÍBLICA PELO INSTITUTO TEOLÓGICO NO CENTRO EVANGELÍSTICO URBANO CAPACITAÇÃO ECLESIÁSTICA PELA ESCOLA DE PREPARAÇÃO TEOLÓGICA PARA OBREIROS TEOLOGIA EM CLÍNICA PASTORAL PELA ESCOLA DE TEOLOGIA RHEMA JUIZ DE PAZ ECLESIÁSTICO PELO CONSELHO FEDERAL DE JUÍZES ECLESIÁSTICOS DO BRASIL MÉDIO EM MISSIOLOGIA PELA ESCOLA DE TEOLOGIA RHEMA PSICANÁLISE CLÍNICA PELA FACULDADE DE TEOLOGIA EL SHADAI CAPELÃO PELA ESCOLA INTERNACIONAL DE MINISTÉRIOS CAPELÃO PELA FACULDADE DE TEOLOGIA SEPHER ELOAH FILIADO A OTPB – ORDEM DE TEÓLOGOS E PASTORES DO BRASIL CPB – CONSELHO DE PASTORES DO BRASIL CTVC – CONSELHO DE TEÓLOGOS DE VITÓRIA DA CONQUISTA ELABORAÇÃO: PROFESSORES DO IETEV REVISÃO TEOLÓGICA: BELº. CARLOS ANTÔNIO SANTOS DE NOVAIS (PÓS-GRADUANDO EM PSICOLOGIA PASTORAL) EDITORAÇÃO: BELº. PR. CARLOS ANTÔNIO SANTOS DE NOVAIS DIAGRAMAÇÃO: BELº. PR. GILMAR DOS SANTOS SILVA E PR. CARLOS ANTÔNIO SANTOS DE NOVAIS REVISÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA: BELº. PR. GILMAR DOS SANTOS SILVA DIRETOR PRESIDENTE DO IETEV: PRº. BELº. CARLOS ANTÔNIO SANTOS DE NOVAIS O IETEV: MINISTRA OS SEGUINTES CURSOS TEOLÓGICOS: BÁSICO EM TEOLOGIA BÍBLICA MÉDIO EM TEOLOGIA BÍBLICA MÉDIO EM TEOLOGIA MISSIONÁRIA BACHARELADO EM TEOLOGIA PASTORAL BACHARELADO EM MISSIOLOGIA CURSO BÍBLICO CLÍNICA PASTORAL CURSO – INTRODUÇÃO A MISSÕES CURSO DE CUNHO LIVRE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICANÁLISE CLÍNICA CURSO DE CUNHO LIVRE PÓS-GRADUAÇÃO EM CAPELANIA HOSPITALAR CURSO DE CUNHO LIVRE EM JUIZ DE PAZ ECLESIÁSTICO CURSO AVANÇADO EM CAPELANIA CRISTÃ — ECLESIÁSTICA, HOSPITALAR, PRISIONAL, ESCOLAR, FAMILIAR, SOCIAL, URBANA, MISSIONÁRIA E FÚNEBRE. 4 - I NSTITUTO FUNDADO POR CARLOS ANTÔNIO SANTOS DE NOVAIS EM 2010.
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO SOBRE A PRESENTE OBRA TEOLÓGICA JURÍDICO As nossas apostilas seguem algumas orientações jurídicas especificas. As quais os nossos estudantes, leitores e divulgadores de nossos trabalhos deverão obedecer, sob pena de prejuízo á ambos. PLÁGIO O plágio é o ato de assinar ou apresentar uma obra intelectual de qualquer natureza (texto, música, obra pictórica, fotografia, obra audiovisual, etc) contendo partes de uma obra que pertença à outra pessoa sem colocar os créditos para o autor original. No ato de plágio, o plagiador apropria-se indevidamente da obra intelectual de outra pessoa, assumindo a autoria da mesma. SOBRE OS DIREITOS AUTORAIS Art. 46: Não constitui ofensa aos direitos autorais: III – a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer obra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, na medida justificada para o fim a atingir, indicando-se o nome do autor e a origem da obra.[5] COMO EVITAR O PLÁGIO? Para evitar acusação de plágio quando se utilizar parte de uma obra intelectual na criação de uma nova obra recomenda-se colocar sempre créditos completos para o autor, seguindo as normas da ABNT, especialmente no caso de trabalhos acadêmicos onde normalmente se utiliza a citação bibliográfica. O PLÁGIO NO BRASIL No Brasil o plágio é considerado crime e sua principal referência é a lei 9.610. Todavia, a lei 9.610 é voltada para a proteção de obras comerciais. Segundo essa lei seria possível copias "pequenos trechos", o que é inadmissível em um trabalho acadêmico. Para fins de trabalho acadêmico é mais adequado seguir-se as normas da ABNT, que não admitem exceções para textos copiados. COMO UTILIZAR TRECHOS DESTE MATERIAL. Se você quer usar alguns dos nossos materiais, você deverá escrever no final de seu trabalho ou nas notas de rodapés o seguinte: 1) Autor (Nome do autor), o qual estará disponibilizado nas notas de rodapé e/ou na bibliografia no final de cada apostila); 2) Fonte (Nome da Apostila, do Compilador e do IETEV – Instituto Educacional de Teologia Evangélica). Este material é de USO EXCLUSIVO do IETEV, e protegido pela Lei nº. 9.610 de 12.01.1998, que regula direitos autorais e de compilação de obras, sendo também, proibida a sua utilização em outro estabelecimento de ensino missiológico e/ou teológico. O que sujeitará o infrator, nos termos da lei nº 6.895, de 17/12/1980, á penalidade prevista nos artigos 184 e 186 do Código Penal, salvo em breves citações, com a indicação da fonte, como dito acima. 5 - FONTE : B IBLIOGRAFIA CONSULTADA E ADAPTADA INTERNET: W IKIPÉDIA E
WWW . PLANALTO . GOV . BR / CCIVIL _03/ LEIS /L9610. HTM
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APOSTILA DE ESTUDO TEOLÓGICO ―PREPARANDO OS SANTOS PARA O EXERCÍCIO DO MINISTÉRIO‖ APRESENTAÇÃO [6][7]
TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO A HISTÓRIA DO POVO DE DEUS DESDE O INÍCIO
ESTA APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO FOI ELABORADA PARA O INSTITUTO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA EVANGÉLICA – IETEV, POR MEIO DE UM VASTO MATERIAL TEOLÓGICO DISPONÍVEL NO MERCADO ACADÊMICO, E SENDO ASSIM, FORAM SELECIONADAS AS MAIORES AUTORIDADES DO MUNDO TEOLÓGICO PARA DAR MAIOR CREDIBILIDADE AO TEMA PROPOSTO. AO FINAL, NAS FONTES BIBLIOGRÁFICAS, CITO AS OBRAS QUE FORAM UTILIZADAS NESTA APOSTILA. MINHA CONTRIBUIÇÃO, FORA ESSES PEQUENOS ACRÉSCIMOS, FOI BASICAMENTE FORMATAR E SINTETIZAR ALGUNS TEXTOS. DEVE-SE PERCEBER QUE MEU OBJETIVO É CONTRIBUIR COM A CAPACITAÇÃO DOS CRISTÃOS, NO USO DAS DIVERSAS FERRAMENTAS, PARA QUE ASSIM, POSSA CHEGAR AO PLENO CONHECIMENTO DA LEI DE DEUS E INTERPRETAR A BÍBLIA DE FORMA CORRETA E CONSEQÜENTEMENTE FAVORECER Á APLICAÇÃO DOS CONHECIMENTOS ADQUIRIDOS COM VISTA A APRIMORAR SEU SERVIÇO PARA O REINO DE DEUS. C. A. NOVAIS
TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO A HISTÓRIA DO POVO DE DEUS DESDE O INÍCIO VITÓRIA DA CONQUISTA , BA
2010/2015 6 - CAPA, DESIGNER GRÁFICO, ARTE, FORMAÇÃO, COMPILAÇÃO, EDITORAÇÃO, NOTAS DE RODAPÉ - BELº . CARLOS ANTÔNIO SANTOS DE NOVAIS. 7 - LEMBRE-SE: “A TODOS QUE ACREDITAM QUE O ÚNICO CAMINHO PARA O APRENDIZADO, SEJA A ÂNSIA DE APRENDER E, COMPREENDER, QUE NADA APRENDEU”
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©2005, DE CARLOS ANTÔNIO SANTOS DE NOVAIS ©2010, CEDIDO POR CARLOS ANTÔNIO SANTOS DE NOVAIS AO INSTITUTO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA EVANGÉLICA TÍTULO DO ORIGINAL: ■ TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO ■ TODOS OS DIREITOS RESERVADOS POR MC – LIVROS E PUBLICAÇÕES LTDA RUA VISCONDE DE MAUÁ, 86 - GUARANI CEP:.45002-160 – VITÓRIA DA CONQUISTA, BA TEL:. (77) 3083-0471 - CLARO FIXO (ANTIGO VÉSPER) (77) 8827-7591
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SANTOS DE NOVAIS, CARLOS T EOLOGIA DO NOVO T ESTAMENTO VITÓRIA DA CONQUISTA –– BAHIA: MC – PUBLICAÇÕES LTDA, 2010. TÍTULO DO ORIGINAL: TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO APOSTILA DE Nº 43 – © 2010/2015 ESTUDO E ENSINO TEOLÓGICO 1. TÍTULO. APOSTILA TEOLÓGICA — 000.43
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O Cristianismo, desde o seu início, focalizou principalmente a pessoa de Cristo, antes que os seus ensinos. Essa pessoa sempre ocupou o primeiro plano, o que muito natural, especialmente nas epístolas do apóstolo Paulo, onde se encontram doutrinas tão maravilhosas acerca da pessoa de Cristo. Isto, porém, em nada pode diminuir a grandeza do corpo de doutrinas que Cristo mesmo ensinou. Este exame ligeiro das idéias que constituem o mundo intelectual e religioso em que Jesus esteve, mostraram quão ingrata era a terra em que Ele havia de lançar as sementes do verdadeiro Reino de Deus. Não é de admirar, pois, o não ser compreendidas pelo povo. Novo Testamento (do grego: Διαθήκη Καινὴ, Kaine Diatheke) é o nome dado à coleção de livros que compõe a segunda parte da Bíblia cristã, cujo conteúdo foi escrito após a morte de Jesus Cristo e é dirigido explicitamente aos cristãos, embora dentro da religião cristã tanto o Antigo Testamento (a primeira parte) quanto o Novo Testamento são considerados, em conjunto, Escrituras Sagradas. Os livros que compõe essa segunda parte da Bíblia foram escritos a medida que o cristianismo era difundido no mundo antigo, refletindo e servindo como fonte para a teologia cristã. Essa coleção de 27 livros influenciou não apenas a religião, a política e a filosofia, mas também deixou sua marca permanente na literatura, na arte e na música. O Novo Testamento é constituído por uma coletânea de trabalhos escritos em momentos diferentes e por vários autores. Em praticamente todas as tradições cristãs da atualidade, o Novo Testamento é composto de 27 livros. Os textos originais foram escritos por seus respectivos autores a partir do ano 42 d.C., em grego koiné, a língua franca da parte oriental do Império Romano, onde também foram compostos. A maioria dos livros que compõe o Novo Testamento parece ter sido escrito por volta da segunda metade do século I.
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO DECLARAÇÃO DE FÉ A expressão ―credo‖ vem da palavra latina ―credo‖, oriunda do verbo credere, crer, que apresenta a mesma grafia e cujo significado é ―eu creio‖, expressão inicial do credo apostólico -, provavelmente, o mais conhecido de todos os credos: ―Creio em Deus Pai todo-poderoso...‖. Elaborado de acordo com a ortodoxia ensinada pelos apóstolos, seria reformulado no ano 700 a.D. [8] Esta expressão veio a significar uma referência à declaração de fé, que sintetiza os principais pontos da fé cristã, os quais são compartilhados por todos os cristãos. Por esse motivo, o termo ―credo‖ jamais é empregado em relação a declarações de fé que sejam associadas a denominações específicas. Estas são geralmente chamadas de ―confissões‖ (como a Confissão Luterana de Augsburg ou a Confissão da Fé Reformada de Westminster). A ―confissão‖ pertence a uma denominação e inclui dogmas e ênfases especificamente relacionados a ela; o ―credo‖ pertence a toda a igreja cristã e inclui nada mais, nada menos do que uma declaração de crenças, as quais todo cristão deveria ser capaz de aceitar e observar. O ―credo‖ veio a ser considerado como uma declaração concisa, formal, universalmente aceita e autorizada dos principais pontos da fé cristã. O Credo tem como objetivo sintetizar as doutrinas essenciais do cristianismo para facilitar as confissões públicas, conservar a doutrina contra as heresias e manter a unidade doutrinária. Encontramos no Novo Testamento algumas declarações rudimentares de confissões fé: A confissão de Natanael (Jo 1.50); a confissão de Pedro (Mt 16.16; Jo 6.68); a confissão de Tomé (Jo 20.28); a confissão do Eunuco (At 8.37); e artigos elementares de fé (Hb 6.1-2). O IETEV professa o seguinte Credo alicerçado fundamentalmente no que abaixo se segue:
8 - D ICIONÁRIO T EOLÓGICO , COM DEFINIÇÕES ETIMOLÓGICAS E LOCUÇÕES LATINAS. CLAUDIONOR CORRÊA DE A NDRADE.
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Em um só Deus, eternamente subsistente em três pessoas: O Pai, Filho e o Espírito Santo (Dt 6.4; Mt 28.19; Mc 12.29). Na inspiração verbal da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé normativa para a vida e o caráter cristão (2Tm 3.14-17). Na concepção virginal de Jesus, em sua morte vicária e expiatória, em sua ressurreição corporal dentre os mortos e sua ascensão vitoriosa aos céus (Is 7.14; Rm 8.34 e At 1.9). Na pecaminosidade do homem que o destituiu da glória de Deus, e que somente o arrependimento e a fé na obra expiatória e redentora de Jesus Cristo é que pode restaurá-lo a Deus (Rm 3.23 e At 3.19). Na necessidade absoluta do novo nascimento pela fé em Cristo e pelo poder atuante do Espírito Santo e da Palavra de Deus, para tornar o homem digno do Reino dos Céus (Jo 3.3-8). No perdão dos pecados, na salvação presente e perfeita e na eterna justificação da alma recebidos gratuitamente de Deus pela fé no sacrifício efetuado por Jesus Cristo em nosso favor (At 10.43; Rm 10.13; 3.24-26 e Hb 7.25; 5.9). No batismo bíblico efetuado por imersão do corpo inteiro uma só vez em águas, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, conforme determinou o Senhor Jesus Cristo (Mt 28.19; Rm 6.1-6 e Cl 2.12). Na necessidade e na possibilidade que temos de viver vida santa mediante a obra expiatória e redentora de Jesus no Calvário, através do poder regenerador, inspirador e santificador do Espírito Santo, que nos capacita a viver como fiéis testemunhas do poder de Cristo (Hb 9.14 e IPe 1.15). No batismo bíblico no Espírito Santo que nos é dado por Deus mediante a intercessão de Cristo, com a evidência inicial de falar em outras línguas, conforme a sua vontade (At 1.5; 2.4;10.44-46; 19.1-7). Na atualidade dos dons espirituais distribuídos pelo Espírito Santo à Igreja para sua edificação, conforme a sua soberana vontade (ICo 12.1-12). Na Segunda Vinda premilenial de Cristo, em duas fases distintas. Primeira - invisível ao mundo, para arrebatar a sua Igreja fiel da terra, antes da Grande Tribulação; segunda - visível e corporal, com sua Igreja glorificada, para reinar sobre o mundo durante mil anos (lTs 4.16. 17; ICo 15.51-54; Ap 20.4; Zc 14.5; Jd 14). Que todos os cristãos comparecerão ante o Tribunal de Cristo, para receber recompensa dos seus feitos em favor da causa de Cristo na terra (2Co 5.10). No juízo vindouro que recompensará os fiéis e condenará os infiéis (Ap 20.11-15). E na vida eterna de gozo e felicidade para os fiéis e de tristeza e tormento para os infiéis (Mt 25.46).
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO ABREVIATURAS REMISSIVAS E TEOLÓGICAS[9] A.C. - ANTES DE CRISTO. (COLOCADO APÓS O NÚMERO)
A.D. - ANUM DOMINUM (NO ANO DO SENHOR; DEPOIS DE CRISTO) ARA - ALMEIDA REVISTA E ATUALIZADA ARC - ALMEIDA REVISTA E CORRIGIDA AT - ANTIGO TESTAMENTO BV - BÍBLIA VIVA BLH - BÍBLIA NA LINGUAGEM DE HOJE C. - CIRCA, CERCA DE, APROXIMADAMENTE, (CERCA DE, MAIS OU MENOS EM ) CAP . - CAPÍTULO; CAPS . - CAPÍTULOS , CF. – CONFER, CONFERE, COMPARE. (CONFIRA) D .C. - DEPOIS DE CRISTO. ( COLOCADO APÓS O NÚMERO)
ED. EDITOR E.G. - EXEMPLI GRATIA (POR EXEMPLO).
FIG. - FIGURADO. FIG. - FIGURADO; FIGURADAMENTE , GR . - GREGO HB. - HEBRAICO I . E. ID EST (ISTO É).
IBB - IMPRENSA BÍBLICA BRASILEIRA KM - SÍMBOLO DE QUILOMETRO LIT . - LITERAL, LITERALMENTE .
LXX - SEPTUAGINTA (VERSÃO GREGA DO AT) M - SÍMBOLO DE METRO .
MSS - MANUSCRITOS NT - NOVO TESTAMENTO NVI - NOVA VERSÃO INTERNACIONAL OP. CIT. OPUS CITATUM (OBRA CITADA) P. - PÁGINA. 9 - E NCONTRAM - SE AQUI AS ABREVIATURAS REMISSIVAS E TEOLÓGICAS COM AS QUAIS O ESTUDANTE DEVE SE FAMILIARIZAR.
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO REF. - REFERÊNCIA; REFS. - REFERÊNCIAS S. SEGUINTE SS. - E OS SEGUINTES (ISTO É, OS VERSÍCULOS CONSECUTIVOS DE UM) CAPÍTULO ATÉ O SEU FINAL. POR EXEMPLO: IP E 2.1SS, SIGNIFICA IPE 2.1-25). SÉC. - SÉCULO (S). V. - VERSÍCULO; VV. - VERSÍCULOS, VER – VEJA VIZ. VIDELICET (A SABER) VOL. VOLUME VOLS . VOLUMES BLH - A BÍBLIA NA LINGUAGEM DE HOJE BVN - BÍBLIA VIDA NOVA BOC - BÍBLIA EM ORDEM CRONOLÓGICA NDITNT - NOVO DICIONÁRIO INTERNACIONAL DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO PMS - EDIÇÃO IMPRENSA BÍBLICA BRASILEIRA ENT - EXPOSIÇÃO DO NOVO TESTAMENTO ARA - EDIÇÃO ALMEIDA REVISTA E ATUALIZADA ARC - EDIÇÃO ALMEIDA REVISTA E CORRIGIDA GED - F. W. GINGRICH E F. W. DANKER, LÉXICO DO N. TESTAMENTO GREGO-PORTUGUÊS LRS - LIÇÕES DE RETÓRICA SAGRADA MDC - MANUAL DO CULTO NCB - O NOVO COMENTÁRIO DA BÍBLIA NDB - O NOVO DICIONÁRIO DA BÍBLIA NTI - O NOVO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO PB - A PREGAÇÃO BÍBLICA PEB - PEQUENA ENCICLOPÉDIA BÍBLICA PES - O PREPARO E ENTREGA DE SERMÕES EIBB - P. MOREIRA DA SILVA, HOMILÉTICA – A ARTE DE PREGAR O EVANGELHO “A VERDADEIRA MANEIRA DE SERMOS LUDIBRIADOS É JULGARMO -NOS MAIS INTELIGENTES QUE OS OUTROS”
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO APRESENTAÇÃO Esta Apostila Teológica de TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO, é parte integrante de uma série de outras apostilas que compõem a GRADE CURRICULAR do curso da nossa Instituição de ENSINO TEOLÓGICO PRESENCIAL e DIGITAL DISTANCE LEARNING (EAD). Este riquíssimo material se propõe a ser um instrumento de pesquisas e estudos. Embora de forma concisa, ela objetiva fornecer informações contundentes, nos vários aspectos, quer sejam, teológicos, científicos, históricos, antropológicos, sociológicos etc.
Esta obra teológica destina-se a pastores, evangelistas, pregadores, professores da escola bíblica dominical, obreiros, cristãos em geral e aos alunos dos nossos cursos – BACHARELADO EM TEOLOGIA PASTORAL / MISSIOLÓGICA /PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICANÁLISE CLÍNICA / PÓS-GRADUAÇÃO EM CAPELANIA HOSPITALAR / CAPELANIA CRISTÃ AVANÇADA / JUIZ DE PAZ ECLESIÁSTICO E OUTROS do Instituto Educacional de Teologia Evangélica – IETEV, podendo, outrossim, ser utilizado com grande préstimo por pessoas interessadas numa formação de qualidade teológica. Finalmente, exprimo meu reconhecimento e gratidão aos professores que participaram de minha formação, que me expuseram a teologia bíblica enquanto discípulo e aos meus alunos que contribuíram estimulando debates e pesquisas. Não posso deixar de agradecer também àqueles que executaram serviços dos mais diversos e tarefas congêneres, colaborando, assim, para a concretização desta obra. PROFº. PR. CARLOS ANTONIO SANTOS DE NOVAIS DIRETOR PRESIDENTE DO IETEV 2º VICE-PRESIDENTE DO CTVC – 2012/2015
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO INSTITUTO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA EVANGÉLICA — IETEV PROGRAMA PEDAGÓGICO DA DISCIPLINA TEOLÓGICA PROGRAMA DE DISCIPLINA DISCIPLINA: TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO CURSO: BACHARELADO EM TEOLOGIA PASTORAL PROFº.: CARLOS ANTONIO SANTOS DE NOVAIS EMENTA
OJETIVO
CONTEÚDO PROGRÁTICO
METODOLOGIA Aulas expositivas, dialogais e, sobretudo, ministrativas. Recursos: Utilização da lousa, giz, caneta e outros materiais adicionais. Leituras de textos Bíblicos selecionados e apostila; Reflexões, diálogos, debates e exercícios práticos em dupla ou grupos maiores e exercícios de fixação de conteúdo. AVALIAÇÃO Provas e Avaliações aprovadas com nota superior a 7.0 Participação e Fixação de Conteúdo Pesquisa dirigida (Interpretação e aplicação). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO ABORDANDO O NOVO TESTAMENTO O Novo Testamento forma a Parte II da Bíblia. É ele uma antologia de vinte e sete livros de várias dimensões, mas tem somente um terço do volume da Parte I, o Antigo Testamento. (Antigo e Novo Testamento são designações cristãs, e não judaicas, pois os judeus só aceitam como Escritura os livros do Antigo Testamento.) Isso é compreensível, todavia, pois o Antigo Testamento cobre um período de milhares de anos de história, mas o Novo Testamento menos de um século. A fração do século I d.C., coberta pelo Novo Testamento, foi o período crucial durante o qual, em conformidade com as crenças cristãs, começaram a ter cumprimento as profecias messiânicas, foi realizado o divino plano da redenção dos homens, por intermédio do encarnado Filho de Deus, Jesus Cristo, e o novel povo de Deus, a Igreja, se formou e tudo isso estribado sobre o novo pacto, segundo o qual Deus se ofereceu para perdoar os pecados daqueles que crêem em Jesus Cristo, em virtude de Sua morte vicária. ―Novo Testamento‖ quer dizer, de fato, ―Novo Pacto‖, em contraste com a antiga aliança (de acordo com a qual Deus perdoava transgressões à vista de sacrifícios de animais, à guisa de antecipação provisória daquele verdadeiramente adequado sacrifício de Cristo). O vocábulo ―testamento‖ transmite-nos a idéia de uma última vontade, e um testamento que só passa a ter efeito na eventualidade da morte do testador. Assim é que o novo pacto entrou em vigor em face da morte de Jesus (ver Hebreus 9:15-17). Escrita originalmente em grego, entre 45-95 d.C., a coleção dos livros do Novo Testamento é tradicionalmente atribuída aos apóstolos Pedro, João, Mateus e Paulo, bem como a outros antigos autores cristãos, João Marcos, Lucas, Tiago e Judas. Em nossas Bíblias modernas, os livros do Novo Testamento não estão arranjados na ordem cronológica em que foram escritos. Exemplificando, as primeiras epístolas de Paulo foram os primeiros livros do Novo Testamento a ser escritos (com a única exceção possível da epístola de Tiago), e não os evangelhos. E mesmo o arranjo das epístolas paulinas não segue a sua ordem cronológica, porquanto Gálatas (ou talvez I Tessalonicenses) foi a epístola escrita bem antes daquela dirigida aos Romanos, a qual figura em primeiro lugar em nossas Bíblias pelo fato de ser a mais longa das epístolas de Paulo; e entre os evangelhos, o de Marcos, não o de Mateus, parece ter sido aquele que primeiro foi escrito. A ordem em que esses livros aparecem, por conseqüência, é uma ordem lógica, derivada somente das tradições cristãs. Os evangelhos estão postos em primeiro lugar porque descrevem os eventos cruciais da carreira de Jesus. Entre os evangelhos, o de Mateus vem apropriadamente antes de todos devido à sua extensão e ao seu íntimo relacionamento com o Antigo Testamento, que o precede imediatamente. (Mateus amiudadas vezes cita o Antigo Testamento e principia com uma genealogia que retrocede ao mesmo.) Ato contínuo encontra-se a triunfal colheita da vida e do ministério de Jesus, no livro de Atos dos Apóstolos, uma envolvente narrativa do bem sucedido surgimento e expansão da Igreja na Palestina e daí por toda a Síria, Ásia Menor, Macedônia, Grécia e até lugares distantes como Roma, na Itália. (No ato mesmo de sua composição, o livro de Atos foi a segunda divisão de uma obra em dois volumes, Lucas-Atos.) Bastam-nos essas idéias quanto aos livros históricos do Novo Testamento. As epístolas e, finalmente, o livro de Apocalipse, explanam a significação teológica da história da redenção, além de extraírem dai certas implicações éticas. Entre as epístolas, as de Paulo ocupam o primeiro lugar - e entre elas, a ordem em que foram arranjadas segue primariamente a idéia da extensão decrescente, levando-se em conta a grande exceção formada pelas Epístolas Pastorais (I e II Timóteo e Tito), as quais antecedem a Filemom, a mais breve das epístolas paulinas que chegaram até nós.
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO A mais longa das epístolas não-paulinas, aos Hebreus (cujo autor nos é desconhecido), aparece em seguida, depois da qual vêm às epístolas Católicas ou Gerais, escritas por Tiago, Pedro, Judas e João. E por fim, temos o livro que lança os olhos para o futuro retorno de Cristo, o Apocalipse, livro esse que leva o Novo Testamento a um mui apropriado clímax. Mas, por qual razão estudaríamos tão antigos documentos como esses contidos no Novo Testamento? A razão histórica disso é que, no Novo Testamento, descobrimos a explicação do fenômeno que é o cristianismo. E a razão cultural é que a influência do Novo Testamento tem permeado a civilização ocidental de tal maneira que ninguém poderia ser tido por bem educado a menos que conheça o conteúdo do Novo Testamento. E a razão teológica é que o Novo Testamento é aquela narrativa divinamente inspirada sobre a missão remidora de Jesus neste mundo, sendo ainda o padrão de crenças e de práticas da Igreja. E, finalmente, a razão devocional é que o Espírito Santo utilizasse do Novo Testamento a fim de conduzir pessoas a um vivo e crescente relacionamento com Deus, através de Seu Filho, Jesus Cristo. Todas essas são razões suficientes! INTRODUÇÃO A TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO O Cristianismo, desde o seu início, focalizou principalmente a pessoa de Cristo, antes que os seus ensinos. Essa pessoa sempre ocupou o primeiro plano, o que muito natural, especialmente nas epístolas do apóstolo Paulo, onde se encontram doutrinas tão maravilhosas acerca da pessoa de Cristo. Isto, porém, em nada pode diminuir a grandeza do corpo de doutrinas que Cristo mesmo ensinou. Este exame ligeiro das idéias que constituem o mundo intelectual e religioso em que Jesus esteve, mostraram quão ingrata era a terra em que Ele havia de lançar as sementes do verdadeiro Reino de Deus. Não é de admirar, pois, o não ser compreendidas pelo povo. Novo Testamento (do grego: Διαθήκη Καινὴ, Kaine Diatheke) é o nome dado à coleção de livros que compõe a segunda parte da Bíblia cristã, cujo conteúdo foi escrito após a morte de Jesus Cristo e é dirigido explicitamente aos cristãos, embora dentro da religião cristã tanto o Antigo Testamento (a primeira parte) quanto o Novo Testamento são considerados, em conjunto, Escrituras Sagradas.[10] Os livros que compõe essa segunda parte da Bíblia foram escritos a medida que o cristianismo era difundido no mundo antigo, refletindo e servindo como fonte para a teologia cristã. Essa coleção de 27 livros influenciou não apenas a religião, a política e a filosofia, mas também deixou sua marca permanente na literatura, na arte e na música.[11] O Novo Testamento é constituído por uma coletânea de trabalhos escritos em momentos diferentes e por vários autores. Em praticamente todas as tradições cristãs da atualidade, o Novo Testamento é composto de 27 livros. Os textos originais foram escritos por seus respectivos autores a partir do ano 42 d.C.,[12] em grego koiné,[13] a língua franca da parte oriental do Império Romano, onde também foram compostos. A maioria dos livros que compõe o Novo Testamento parece ter sido escrito por volta da segunda metade do século I.[14] Fazem parte dessa coleção de textos as 13 cartas do apóstolo Paulo (maior parte da obra, escritas provavelmente entre os anos 50 e68 d.C),[15] os evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João (narrativas da vida, ensino e morte de Jesus Cristo, conhecidos como os Quatro Evangelhos), Atos dos Apóstolos (narrativa do ministério dos Apóstolos e da história da Igreja primitiva) além de algumas epístolas católicas menores escrito por vários autores e que tem com conteúdo instruções, resoluções de conflito e outras orientações para a igreja cristã primitiva. 10 - GEISLER, NORMAN E NIX, W ILLIAM. I NTRODUÇÃO BÍBLICA . SÃO PAULO : VIDA, 2006. PÁG . 5 E 6. 11 - LASSUS, JEAN. A A RTE CRISTÃ . E CCLESIA . PÁGINA VISITADA EM 23 DE JUNHO DE 2010. 12 - ROBINSON, JOHN. R EDATING THE NEW T ESTAMENT . W IPF & STOCK PUBLISHERS, 2000. 13 - LINDEBERG. CARTER . U MA BREVE HISTÓRIA DO CRISTIANISMO . SÃO PAULO : LOYOLA , 2008. PÁG . 26 14 - KENT, G RENVILLE E RODIONOFF, PHILIP . O CÓDIGO D A VINCI E A B ÍBLIA : SERIA O CRISTIANISMO A MAIOR FRAUDE DA HISTÓRIA ?. T ATUÍ : CPB, 2006. PÁG . 52 E 53. 15 - BOCK, D ARRELL L. Q UEBRANDO O CÓDIGO D A VINCI . O SASCO : NOVO SÉCULO, 2004. PÁG . 117.
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO Por fim, o Apocalipse do apóstolo João. Nem todos esses livros foram aceitos imediatamente pela Igreja. Alguma dessas cartas foram contestadas na antiguidade (antilegomena)[16], como Apocalipse de João e algumas Epístolas Católicas menores (II Pedro, Judas, Tiago, II e III João).[17] Entretanto, gradualmente eles se juntaram a coleção já existente que era aceita pelos Cristãos, formando o cânone do Novo Testamento. Outros livros, como o Pastor de Hermas, a epístola de Policarpo, as de Inácio e as de Clemente (I e II Clemente), circularam na coleção antiga de livros que era aceita por algumas comunidades cristãs. Porém, esses livros foram excluídos do Novo Testamento pela Igreja primitiva.[18] Curiosamente, apesar do Cânone do Antigo Testamento não ser aceito uniformemente dentro do cristianismo (católicos, protestantes, ortodoxos gregos, eslavos e armênios divergentes quanto aos livros incluídos no Antigo Testamento), os 27 que formam o Cânon do Novo Testamento foram aceitos quase que universalmente dentro do cristianismo, pelo menos desde o século III. As exceções são o Novo Testamento da Igreja Ortodoxa da Etiópia, por exemplo, que considera autêntico o Pastor de Hermas (séc. II) e a Peshitta, Bíblia da Igreja Ortodoxa Síria, utilizada por muitas Igrejas da Síria, que não inclui o Apocalipse de João na lista de livros inspirados. [19] O FUNDO HISTÓRICO DO NOVO TESTAMENTO Um estudo adequado da Bíblia não pode ser feito sem uma consciência aguda das diferenças nas atitudes e estruturas políticas, culturais e religiosas que existem entre o Velho e o Novo Testamentos. Supor-se-ia, logicamente, um certo desenvolvimento durante os 400 anos que decorreram entre os dois livros; mas as várias mudanças observáveis devem ser explicadas. É necessário, portanto, voltar-se, na história, até o tempo entre os dois Testamentos, a fim de se apreciar mais completamente a situação pressuposta no Novo Testamento. Algumas coisas que são aceitas como verdadeiras, no Novo Testamento, para as quais é necessária uma explicação, são as seguintes: 01. A situação política (domínio romano, as divisões da Palestina). 02. A dispersão judaica (judeus em cada cidade principal do Império Romano). 03. Uma sociedade urbana. 04. A língua (grego e aramaico; hebraico limitado aos eruditos). 05. Exclusivismo judaico. 06. Ênfase sobre a Tora. 07. O sinédrio. 08. A sinagoga e a escola. 09. Seitas religioso-políticas (saduceus, fariseus, essênios, escribas, zelotes, herodianos, zadoqueus). 10. Literatura extra-canônica (apócrifos e pseudo-epígrafos). 11. Tradição oral. 12. Fim da idolatria. 16 - A NTILEGOMENA (EM GREGO : ΑΝΤΙΛΕΓΟΜΈΝΑ ), SÃO OS ESCRITOS CRISTÃOS QUE SÃO " DISPUTADOS " OU , LITERALMENTE , AS OBRAS EM QUE HÁ ALGUÉM QUE " FALOU CONTRA ". E STE GRUPO É (" ESPÚRIOS OU " REJEITADOS") E SE OPÕE AOS "H OMOLOGOUMENA " (" ESCRITOS ACEITOS ", COMO OS E VANGELHOS CANÔNICOS ). O S ANTILEGOMENA OU ESCRITOS SOB DISPUTA FORAM AMPLAMENTE LIDOS NO C RISTIANISMO PRIMITIVO E INCLUEM OBRAS MUITO CONHECIDAS COMO A E PÍSTOLA DE T IAGO, A E PÍSTOLA DE JUDAS , SEGUNDA E PÍSTOLA DE P EDRO, A SEGUNDA E T ERCEIRA E PÍSTOLA DE J OÃO, O A POCALIPSE , O EVANGELHO DOS H EBREUS, OS A TOS DE PAULO , O PASTOR DE H ERMAS, O A POCALIPSE DE PEDRO, A E PÍSTOLA DE B ARNABÉ E O D IDAQUÊ 17 - GUEDES, I VAN (09 DE JULHO DE 2008). O S LIVROS QUESTIONADOS E /OU A NTILEGOMENA . BLOG R EFLEXÃO B ÍBLICA. PÁGINA VISITADA EM 23 DE JUNHO DE 2010. 18 - GEISLER, NORMAN E NIX, W ILLIAM. A E XTENSÃO DO CÂNON DO NOVO T ESTAMENTO IN I NTRODUÇÃO BÍBLICA . SÃO PAULO : VIDA, 2006. PÁG . 119-122. 19 - RIBEIRO, JÚNIOR (22 DE FEVEREIRO DE 2009). W.A. O S APÓCRIFOS DO NOVO T ESTAMENTO . PORTAL G RAECIA A NTIQUA . PÁGINA VISITADA EM 23 DE JUNHO DE 2010. DISTINTO DOS NOTHA
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21.
Doutrina explícita da ressurreição. Doutrinas de anjos, demônios, etc. Publicanos e pecadores (Ame-ha-Aretz). Filosofia judaico-alexandrina. Interesse no apocalíptico. Samaritanos. Monogamia estrita. Sacerdócio corrupto. Messianismo político.
A abordagem a ser feita, neste estudo do fundo histórico, será ao longo de três linhas: a história política, as instituições e as seitas religiosas, e a literatura do período. A HISTÓRIA O Velho Testamento encerra-se com os filhos de Israel sob a dominação dos persas. No Novo Testamento, a Palestina é subserviente aos romanos. A história política que denota esta mudança incide em quatro partes: o período persa, o período grego, o período macabeu ou hasmoneu (o período da independência) e o período romano. CENÁRIOS DE ANTECEDENTES POLÍTICOS, CULTURAIS E RELIGIOSOS HISTÓRIA POLÍTICA INTERTESTAMENTÁRIA E DO NOVO TESTAMENTO O PERÍODO GREGO A história do Antigo Testamento se encerrou com o cativeiro que a Assíria impôs ao reino do norte, Israel, com o subseqüente cativeiro babilônico do reino do sul, Judá, e com o regresso, à Palestina, de parte dos exilados, quando da hegemonia persa, nos séculos VI e V a.C. Os quatro séculos entre o final da história do Antigo Testamento e os primórdios da história do Novo Testamento compreendem o período intertestamentário (ocasionalmente chamados "os quatrocentos anos de silêncio", devido ao hiato, nos registros bíblicos, e ao silenciamento da voz profética). Durante esse hiato é que Alexandre o Grande se tornou senhor do antigo Oriente Médio, ao infligir sucessivas derrotas aos persas, quando das batalhas de Granico (334 a.C.), Isso (333 a.C.) e Arbela (331 a.C.). A cultura grega, intitulada helenismo, há tempos se vinha propagando mediante o comércio e a colonização gregos, mas as conquistas de Alexandre proveram um impulso muito maior do que havia antes. O idioma grego tornou-se a língua franca, a língua comumente usada no comércio e na diplomacia. Ao aproximar-se a época do Novo Testamento, o grego era a língua comumente falada nas ruas até da própria Roma, onde o proletariado indígena falava o latim, mas onde a grande massa de escravos e de libertos falava o grego. Alexandre fundou setenta cidades, moldando-as conforme o estilo grego. Ele e os seus soldados contraíram matrimônios com mulheres orientais. E assim foram misturadas as culturas grega e oriental. Ante o falecimento de Alexandre, com a idade de trinta e três anos (323 a.C.), seus principais generais dividiram o império em quatro porções, duas das quais são importantes no pano-defundo do desenvolvimento histórico do Novo Testamento, a porcão dos Ptolomeus e a dos Selêucidas. O império dos Ptolomeus centralizava-se no Egito, tendo Alexandria por capital. A dinastia governante naquela fatia do império veio a ser conhecida como os Ptolomeus. Cleópatra, que morreu no ano 30 a.C., foi o último membro da dinastia dos Ptolomeus.
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO O império selêucida tinha por centro a Síria, e Antioquia era a sua capital. Alguns dentre a casa ali reinante receberam o apodo de Seleuco, mas diversos outros foram chamados Antíoco. Quando Pompeu tornou a Síria em província romana, em 64 a.C., chegou ao fim o império selêucida. Premida entre o Egito e a Síria, a Palestina tornou-se vítima das rivalidades entre os Ptolomeus e os Selêucidas. A princípio os Ptolomeus dominaram a Palestina por cento e vinte e dois anos (320-198 a.C.). Os judeus gozaram de boas condições gerais durante esse período. De acordo com uma antiga tradição, foi sob Ptolomeu Filadelfo (285-246 a.C.) que setenta e dois eruditos judeus começaram a tradução do Antigo Testamento hebraico para o grego, versão essa que se chamou Septuaginta. No começo foi feita a tradução do Pentateuco, e mais tarde foi feita a tradução das porções restantes do Antigo Testamento. A obra foi realizada no Egito, aparentemente em benefício de judeus que compreendiam o grego melhor que o hebraico; e, contrariamente à tradição, provavelmente foi efetuada por egípcios, e não por judeus palestinos. O numeral romano LXX (pois setenta é o número redondo mais próximo de setenta e dois) tornou-se o símbolo comum dessa versão do Antigo Testamento. As tentativas dos Selêucidas para conquista da Palestina, quer por invasão quer por alianças matrimoniais, deram em fracasso, até que Antíoco III derrotou o Egito, em 198 a.C. Entre os judeus surgiram duas facções, "a casa de Onias" (pró-Egito) e "a casa de Tobias" (pró-Siria). Antíoco IV ou Epifânio (175-163 a.C.), rei da Síria, substituiu ao sumo sacerdote judeu Onias III pelo irmão deste, Jasom, helenizante o qual planejava transformar Jerusalém em uma cidade grega. Foi erigido um ginásio com uma pista de corridas adjacente. Ali rapazes judeus se exercitavam despidos, à moda grega, para ultraje dos judeus piedosos. As competições de corredores eram inauguradas com invocações feitas às divindades pagãs, e até sacerdotes judeus chegaram a participar de tais acontecimentos. O processo de helenização incluía ainda a freqüência aos teatros gregos, a adoção de vestes do estilo grego, a cirurgia que visava à remoção das marcas da circuncisão, e a mudança de nomes hebreus por gregos. E os judeus que se opunham à paganização de sua cultura eram chamados Hasidim, "os piedosos", o que a grosso modo equivale a puritanos. Antes de desfechar a invasão do Egito, Antíoco Epifânio fez a substituição de Jasom, seu próprio escolhido para o sumo sacerdócio, por Menelau, um outro judeu helenizante, o qual oferecera a Antíoco um tributo mais elevado. É possível que Menelau nem tenha pertencido a alguma família sacerdotal. Mui naturalmente, os judeus piedosos se ressentiram da simonia, em que o sagrado ofício sumo sacerdotal foi dado a quem pagava mais. Apesar de alguns êxitos iniciais, a tetantiva de Antíoco de anexar o Egito terminou falhando. A ambiciosa Roma não desejava que o império selêucida se tornasse mais forte. Fora de Alexandria, por conseguinte, um embaixador romano traçou um círculo no chão, ao redor de Antíoco, e exigiu que antes de pisar fora do cículo ele prometesse abandonar o Egito com as suas tropas. Tendo aprendido a respeitar o poderio romano, quando fora refém por doze anos de Roma, tempos antes, Antíoco aquiesceu. Entrementes, aos ouvidos de Jasom, o sumo sacerdote, chegaram rumores de que Antíoco fora morto no Egito. Retornando de imediato a Jerusalém, onde chegou vindo de seu refúgio na Transjordânia, Jasom retirou de Menelau o controle da cidade para si mesmo. O amargurado Antíoco, espicaçado pela derrota psicológica que sofrera às mãos dos romanos, interpretou a atitude de Jasom como uma revolta, e enviou seus soldados para punirem os rebeldes e reintegrarem a Menelau no ofício sumo sacerdotal. Nesse processo, saquearam ao templo e passaram ao fio da espada a muitos de seus habitantes. O próprio Antíoco regressou à Síria. Dois anos mais tarde (168 a.C.), enviou seu general, Apolônio, com um exército de vinte e dois mil homens para coletar tributo, tornar ilegal o judaísmo e estabelecer o paganismo à força, como em meio de consolidar o seu império e refazer o seu tesouro. Os soldados saquearam Jerusalém, derrubaram suas casas e muralhas e incendiaram a cidade.
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO Varões judeus foram mortos em bom número, mulheres e crianças foram escravizadas. Tornou-se ofensa capital circuncidar, observar o sábado, celebrar as festividades judaicas ou possuir cópias do Antigo Testamento. Muitos manuscritos do Antigo Testamento foram destruídos. Os sacrifícios pagãos tornaram-se compulsórios, tal como os cortejos em honra a Dionísio (ou Baco), o deus grego do vinho. Um altar consagrado a Zeus, e quiçá também uma estátua sua, foram erigidos no templo. Animais execrados pelos preceitos mosaicos foram sacrificados sobre o altar, e a prostituição "sagrada" passou a ser praticada no recinto do templo de Jerusalém. ALEXANDRE O GRANDE A história do Antigo Testamento se encerrou com o cativeiro que a Assíria impôs ao reino do norte, Israel, com o subseqüente cativeiro babilônico do reino do sul, Judá, e com o regresso, à Palestina, de parte dos exilados, quando da hegemonia persa, nos séculos VI e V a.C. Os quatro séculos entre o final da história do Antigo Testamento e os primórdios da história do Novo Testamento compreendem o período intertestamentário. (ocasionalmente chamados "os quatrocentos anos de silêncio", devido ao hiato, nos registros bíblicos, e ao silenciamento da voz profética). Durante esse hiato é que Alexandre o Grande se tornou senhor do antigo Oriente Médio, ao infligir sucessivas derrotas aos persas, quando das batalhas de Granico (334 a.C.), Isso (333 a.C.) e Arbela (331 a.C.). HELENIZAÇÃO A cultura grega, intitulada helenismo, há tempos se vinha propagando mediante o comércio e a colonização gregos, mas as conquistas de Alexandre proveram um impulso muito maior do que havia antes. O idioma grego tornou-se a língua franca, a língua comumente usada no comércio e na diplomacia. Ao aproximar-se a época do Novo Testamento, o grego era a língua comumente falada nas ruas até da própria Roma, onde o proletariado indígena falava o latim, mas onde a grande massa de escravos e de libertos falava o grego. Alexandre fundou setenta cidades, moldando-as conforme o estilo grego. Ele e os seus soldados contraíram matrimônios com mulheres orientais. E assim foram misturadas as culturas grega e oriental. Ante o falecimento de Alexandre, com a idade de trinta e três anos (323 a.C.), seus principais generais dividiram o império em quatro porções, duas das quais são importantes no pano-de-fundo do desenvolvimento histórico do Novo Testamento, a porção dos Ptolomeus e a dos Selêucidas. O império dos Ptolomeus centralizava-se no Egito, tendo Alexandria por capital. A dinastia governante naquela fatia do império veio a ser conhecida como os Ptolomeus. Cleópatra, que morreu no ano 30 a.C., foi o último membro da dinastia dos Ptolomeus. O império selêucida tinha por centro a Síria, e Antioquia era a sua capital. Alguns dentre a casa ali reinante receberam o apodo de Seleuco, mas diversos outros foram chamados Antíoco. Quando Pompeu tornou a Síria em província romana, em 64 a.C., chegou ao fim o império selêucida. OS PTOLOMEUS. Premida entre o Egito e a Síria, a Palestina tornou-se vitima das rivalidades entre os Ptolomeus e os Selêucidas. A princípio os Ptolomeus dominaram a Palestina por cento e vinte e dois anos (320-198 a.C.). Os judeus gozaram de boas condições gerais durante esse período. De acordo com uma antiga tradição, foi sob Ptolomeu Filadelfo (285-246 a.C.) que setenta e dois eruditos judeus começaram a tradução do Antigo Testamento hebraico para o grego, versão essa que se chamou Setuaginta. No começo foi feita a tradução do Pentateuco, e mais tarde foi feita a tradução das porções restantes do Antigo Testamento.
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO A obra foi realizada no Egito, aparentemente em benefício de judeus que compreendiam o grego melhor que o hebraico; e, contrariamente à tradição, provavelmente foi efetuada por egípcios, e não por judeus palestinos. O numeral romano LXX (pois setenta é o número redondo mais próximo de setenta e dois) tornou-se o símbolo comum dessa versão do Antigo Testamento. OS SELÊUCIDAS. As tentativas dos Selêucidas para conquista da Palestina, quer por invasão quer por alianças matrimoniais, deram em fracasso, até que Antíoco III derrotou o Egito, em 198 a.C. Entre os judeus surgiram duas facções, ―a casa de Onias‖ (pró-Egito) e ―a casa de Tobias‖ (pró-Síria). Antíoco IV ou Epifânio (175-163 a.C.), rei da Síria, substituiu ao sumo sacerdote judeu Onias III pelo irmão deste, Jasom, helenizante, o qual planejava transformar Jerusalém em uma cidade grega. Foi erigido um ginásio com uma pista de corridas adjacente. Ali rapazes judeus se exercitavam despidos, à moda grega, para ultraje dos judeus piedosos. As competições de corredores eram inauguradas com invocações feitas às divindades pagãs, e até sacerdotes judeus chegaram a participar de tais acontecimentos. O processo de helenização incluía ainda a freqüência aos teatros gregos, a adoção de vestes do estilo grego, a cirurgia que visava à remoção das marcas da circuncisão, e a mudança de nomes hebreus por gregos. E os judeus que se opunham à paganização de sua cultura eram chamados Hasidim, ―os piedosos‖, o que a grosso modo equivale a puritanos. Antes de desfechar a invasão do Egito, Antioco Epifânio fez a substituição de Jasom, seu próprio escolhido para o sumo sacerdócio, por Menelau, um outro judeu helenizante, o qual oferecera a Antíoco um tributo mais elevado. É possível que Menelau nem tenha pertencido a alguma família sacerdotal. Mui naturalmente, os judeus piedosos se ressentiram da simonia, em que o sagrado ofício sumo sacerdotal foi dado a quem pagava mais. Apesar de alguns êxitos iniciais, a tentativa de Antíoco de anexar o Egito terminou falhando. A ambiciosa Roma não desejava que o império selêucida se tornasse mais forte. Fora de Alexandria, por conseguinte, um embaixador romano traçou um círculo no chão, em redor de Antíoco, e exigiu que antes de pisar fora do círculo ele prometesse abandonar o Egito com as suas tropas. Tendo aprendido a respeitar o poderio romano, quando fora refém por doze anos em Roma, tempos antes, Antíoco aquiesceu. PERSEGUIÇÃO POR ANTÍOCO EPIFÂNIO. Entrementes, aos ouvidos de Jasom, o sumo sacerdote, chegaram rumores de que Antíoco fora morto no Egito. Retornando de imediato a Jerusalém, onde chegou vindo de seu refúgio na Transjordânia, Jasom retirou de Menelau o controle da cidade para si mesmo. O amargurado Antíoco, espicaçado pela derrota psicológica que sofrera às mãos dos romanos, interpretou a atitude de Jasom como uma revolta, e enviou seus soldados para punirem os rebeldes e reintegrarem a Menelau no ofício sumo sacerdotal. Nesse processo, saquearam ao templo de Jerusalém e passaram ao fio da espada a muitos de seus habitantes. O próprio Antíoco regressou à Síria. Dois anos mais tarde (168 a.C.), enviou seu general, Apolônio, com um exército de vinte e dois mil homens para coletar tributo, tornar ilegal o judaísmo e estabelecer o paganismo à força, como um meio de consolidar o seu império e de refazer o seu tesouro. Os soldados saquearam Jerusalém, derrubaram suas casas e muralhas e incendiaram a cidade. Varões judeus foram mortos em bom número, mulheres e crianças foram escravizadas. Tornou-se ofensa capital circuncidar, observar o sábado, celebrar as festividades judaicas ou possuir cópias do Antigo Testamento. Muitos manuscritos do Antigo Testamento foram destruídos. Os sacrifícios pagãos tornaram-se compulsórios, tal como os cortejos em honra a Dionísio (ou Baco), o deus grego do vinho. Um altar consagrado a Zeus, e quiçá também uma estátua sua, foram erigidos no templo.
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO Animais execrados pelos preceitos mosaicos foram sacrificados sobre o altar, e a prostituição "sagrada" passou a ser praticada no recinto do templo de Jerusalém. O PERÍODO DOS MACABEUS REVOLTA DOS MACABEUS. A resistência judaica fez-se sentir prontamente. Na aldeia de Modim, um agente real de Antíoco instou com um já idoso sacerdote, de nome Matatias, a que desse exemplo aos habitantes da aldeia oferecendo um sacrifício pagão. Matatias se recusou a tal. E quando um outro judeu deu um passo à frente em anuência, Matatias tirou-lhe a vida, matou o agente real, demoliu o altar e fugiu para a região montanhosa na companhia de cinco de seus filhos e de outros simpatizantes. E foi assim que teve início a Revolta dos Macabeus, em 167 a.C., sob a liderança da família de Matatias, coletivamente chamados de Hasmoneanos, por causa de Hasmom, bisavô de Matatias, ou de Macabeus, devido ao apelido "Macabeu" ("Martelo"), conferido a Judas, um dos filhos de Matatias. Judas Macabeu encabeçou uma campanha de guerrilhas de extraordinário sucesso, até que os judeus se viram capazes de derrotar os sírios em campo de batalha regular. A Revolta dos Macabeus, entretanto, foi também uma guerra civil deflagrada entre os judeus pró-helenistas e anti-helenistas. O conflito prosseguiu mesmo após a morte de Antíoco Epifânio (163 a.C.). Finalmente, os Macabeus recuperaram a liberdade religiosa, consagraram novamente o templo, conquistaram a Palestina e expeliram as tropas sírias da cidadela que ocupavam em Jerusalém. INDEPENDÊNCIA DOS MACABEUS. Depois que Judas Macabeu foi morto em batalha (160 a.C.), seus irmãos, Jônatas, e posteriormente Simão, sucederam-no na liderança. Declarando-se herdeiros presuntivos do trono selêucida, um em oposição ao outro, puderam obter concessões favoráveis aos judeus. Jônatas começou a reconstruir as muralhas danificadas e os edifícios de Jerusalém. Assumiu, igualmente, o ofício sumo sacerdotal. Simão conseguiu o reconhecimento da independência judaica da parte de Demétrio II, um dos que competiam pela coroa dos Selêucidas, tendo renovado um tratado com Roma que originalmente fora firmado por Judas. Tendo sido proclamado como "o grande sumo sacerdote, comandante e líder dos judeus", Simão passou a reunir oficialmente em sua pessoa a liderança religiosa, militar e política do estado judeu. A história subseqüente da dinastia hasmoneana. (142 - 37 a.C.) consiste de um relato de contendas internas, derivadas da ambição pelo poder. Os propósitos políticos e as intrigas dos Hasmoneanos alienaram muitos dos Hasidim, de inclinações religiosas, os quais vieram a ser mais tarde os fariseus e os essênios, semelhantes àqueles que produziram os Papiros do Mar Morto, estabelecidos em Qumran. Os partidários aristocráticos, de pendores políticos, do sacerdócio hasmoneano, vieram a ser os saduceus. Finalmente, porém, o general romano Pompeu subjugou a Palestina (63 a.C.), de modo que, durante o período do Novo Testamento, a Palestina estava dominada pelo poderio romano. O PERÍODO ROMANO EXPANSÃO ROMANA. O século VIII AC viu a fundação de Roma, e no século V a.C. houve a organização de uma forma republicana de governo ali sediada. Dois séculos de guerras com a cidade rival de Cartago, na África do Norte, chegaram ao fim com a vitória romana (146 a.C.). As conquistas feitas na extremidade oriental da bacia do Mediterrâneo, sob o comando de Pompeu, como também na Gália, por Júlio César. Expandiram o domínio romano. Após o assassinato de Júlio César, Otávio, que mais tarde veio a ser conhecido como Augusto, derrotou as forças de Antônio e Cleópatra, na batalha naval de Ácio, na Grécia, em 31 a.C., tornando-se então o imperador de Roma.
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO Dessa maneira, pois, Roma passou de um período de expansão territorial para outro, de paz, o que se tornou conhecido como Pax Romana. A província da Judéia interrompeu essa tranqüilidade mediante grandes revoltas, que os romanos esmagaram nos anos de 70 e 135 d.C. Contudo, a unidade prevalente e a estabilidade política do mundo civilizado sob a hegemonia de Roma facilitaram a propagação do cristianismo, quando de seu aparecimento. ADMINISTRAÇÃO ROMANA. Augusto estabeleceu um sistema provincial de governo, cujo desígnio era impedir que os procônsules administrassem territórios estrangeiros visando ao seu engrandecimento pessoal. Havia dois tipos de províncias, as senatoriais e as imperiais. Os procônsules, nomeados pelo senado romano para governar as províncias senatoriais, usualmente pelo termo de apenas um ano, prestavam contas ao senado. Paralelamente aos procônsules havia os delegados, nomeados pelo imperador, os quais de modo geral se ocupavam de questões financeiras. Os procuradores governavam as províncias imperiais. Nomeados pelo imperador, os procuradores eram responsáveis perante ele, e exerciam a sua autoridade civil e militar por meio de exércitos permanentes. IMPERADORES ROMANOS Os imperadores romanos seguintes, alistados com as datas de seus respectivos governos, estão vinculados às narrações do Novo Testamento: - Augusto (27 a.C. - 14 d.C.), sob quem ocorreram o nascimento de Jesus, o recenseamento ligado ao Seu nascimento, e os primórdios do culto ao imperador; - Tibério (14-37 d.C.), sob quem Jesus efetuou o Seu ministério público e foi morto; - Calígula (37-41 d.C.), que exigiu que se lhe prestasse culto e ordenou que sua estátua fosse colocada no templo de Jerusalém, mas veio a falecer antes que sua ordem fosse cumprida; - Cláudio (41-54 d.C.), que expulsou de Roma os residentes judeus, entre os quais estavam Áqüila e Priscila, por motivo de distúrbios civis; - Nero (54 68 d.C.), que perseguiu os cristãos, embora provavelmente somente nas cercanias de Roma, e sob quem Pedro e Paulo foram martirizados; - Vespasiano (69-79 d.C.), o qual, quando ainda general romano começou a esmagar uma revolta dos judeus, tornou-se imperador e deixou o restante da tarefa ao encargo de seu filho, Tito, numa campanha que atingiu seu clímax com a destruição de Jerusalém e seu templo, em 70 d. C.; - Domiciano (81-96 d.C.), cuja perseguição contra a Igreja provavelmente serviu de pano-de-fundo para a escrita do Apocalipse, como encorajamento para os cristãos oprimidos. HERODES O GRANDE. Os romanos permitiam a existência de governantes nativos vassalos de Roma, na Palestina. Um desses foi Herodes o Grande, que governou o país, sob os romanos, de 37 a 4 a.C. Seu pai, Antípater, tendo subido ao poder contando com o favor dos romanos, lançara-o numa carreira militar e política. O senado romano aprovou o ofício real de Herodes, mas ele foi forçado a obter o controle da Palestina mediante o poder das armas. Tendo por antepassados os idumeus (descendentes de Edom, ou Esaú), por isso mesmo não era visto com bons olhos pelos judeus.
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO Herodes era indivíduo astuto, invejoso e cruel; assassinou a duas de suas próprias esposas e pelo menos a três de seus próprios filhos. Foi ele quem ordenou a matança dos infantes de Belém, em consonância com a narrativa da natividade por Mateus. De certa feita Augusto disse que era melhor ser um porco de Herodes que um filho seu (jogo de palavras, porquanto no grego as palavras que significam porco e filho são muito parecidas). Mas Herodes era igualmente um governante eficiente e um consumado político, tendo conseguido sobreviver às lutas pelo poder nas camadas mais altas do governo romano. Por exemplo, ele trocou de lealdade a Marco Antônio e Cleópatra em prol de Augusto, e conseguiu convencer a este último de sua sinceridade. A administração de Herodes se caracterizava por polícia secreta, toque de recolher e pesados impostos, apesar de também ser distribuído cereal gratuito em períodos de fome e vestes grátis quando de outras calamidades. Entre seus muitos projetos de edificação, sua maior contribuição para os judeus foi o embelezamento do templo de Jerusalém. Isso não expressava sua participação na fé judaica (ele não acreditava nela), mas foi uma tentativa de conciliar seus súditos. O templo de Jerusalém, decorado com mármore branco, ouro e pedras preciosas, tornou-se proverbial devido ao seu esplendor: "Quem jamais viu o templo de Herodes, nunca viu o que é belo." Herodes o Grande morreu de hidropsia e câncer nos intestinos, em 4 a.C. Ele baixara ordens para que fossem executados determinados líderes judeus por ocasião de seu falecimento, a fim de que, embora não houvesse lamentações por motivo de sua morte, pelo menos as houvesse quando de sua morte. Mas tal ordem pereceu juntamente com ele. DINASTIA DE HERODES. Destituídos das habilidades e ambições de seu pai, os filhos de Herodes passaram a governar porções separadas da Palestina. Arquelau tornou-se etnarca da Judéia, Samaria e Iduméia; Herodes Filipe, tetrarca da Ituréia, Traconites, Gaulanites, Auranites e Batanéia; e Herodes Antipas tetrarca da Galiléia e Peréia. João Batista repreendeu a Antipas por haver-se divorciado de sua esposa para casar-se com Herodias, esposa de seu meio-irmão. Quando Herodias induziu sua filha dançarina a que pedisse a cabeça de João Batista, Antipas acedeu à horrenda solicitação (vide Marcos 6:17-29 e Mateus 14:3-12). Jesus chamou a Herodes Antipas de "essa raposa" (Lucas 13:32), e mais tarde teve de enfrentar o juízo deste em tribunal (vide Lucas 23:7-12). Herodes Agripa I, neto de Herodes o Grande, executou o apóstolo Tiago, filho de Zebedeu, e também encarcerou Pedro (vide Atos 12). Herodes Agripa II, bisneto de Herodes o Grande, ouviu Paulo em sua auto-defesa (vide Atos 25 e 26). GOVERNADORES ROMANOS. Os desmandos de Arquelau na Judéia, em Samaria e na Iduméia provocaram sua remoção do ofício e seu banimento por ordens de Augusto, em 6 d.C. Esses mesmos desmandos tinham sido a causa pela qual José, Maria e Jesus, ao regressarem do Egito, tiveram de estabelecer-se em Nazaré da Galiléia, ao invés de fazê-lo em Belém da Judéia (vide Mateus 2:21-23). Após a remoção de Arquelau, o território passou a ser dirigido por governadores romanos, exceto por breves períodos. Um desses governadores, Pôncio Pilatos, foi o juiz de Jesus. Os governadores Félix e Festo ouviram a exposição do caso de Paulo (vide Atos 23-26). E quando o governador Floro pilhou o tesouro do templo, isso foi o estopim da revolta dos judeus, em 66-73 d.C. Devemo-nos lembrar, entretanto, que a despeito dos Herodes e dos governadores romanos, o sacerdócio judaico e o Sinédrio (uma modalidade de Tribunal Superior dos Judeus) é que controlavam boa parte das questões locais que afetavam a vida diária.
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO DA PRIMEIRA À SEGUNDA GUERRADA DOS JUDEUS. A adoração no templo de Jerusalém, com seu sistema de sacrifícios, cessou com a destruição de Jerusalém, em 70 d.C. Como medida substitutiva, os rabinos judeus estabeleceram uma escola na cidade costeira mediterrânea de Jamnia, onde se fizessem estudos mais intensivos da Torá, ou lei do Antigo Testamento. A incerta situação continuou na Palestina até aos dias do imperador Hadriano, o qual mandou erigir um santuário dedicado a Júpiter, deus romano, no local exato em que estivera o templo, além de ter proibido o rito da circuncisão. Os judeus se revoltaram uma vez mais, agora sob a liderança de Bar Cochba, (A segunda parte do nome de Bar Cochba está sujeita a certa variedade de formas.) O qual foi saudado por muitos como se fora o Messias (132 d.C.). Mas os romanos abafaram o levante em 135 d.C., reconstruíram Jerusalém como uma cidade romana e baniram os judeus, proibindo-os de entrar na cidade. Dessa forma, pois, deixou de existir o estado judaico, até que foi reavivado, em 1948. CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO DE TEOLOGIA ―A palavra teologia vem do grego Theós (Deus) e Lógos (linguagem que encerra idéia, palavra). Assim, teologia vem a ser idéia de Deus ou idéia a respeito de Deus... no sentido da linguagem elaborada, de um sistema de conhecimentos resultantes de estudo.‖ A teologia alcança ao mesmo tempo o divino e o humano, o espiritual e o social, o eterno e o temporal: ―A teologia preocupa-se em estudar Deus‖... ―A Teologia do Novo Testamento é o estudo que enfatiza e soletra o conteúdo do Novo Testamento do ponto de vista teológico.... a teologia neo-testamentária tem de pressupor o trabalho do exegeta para proporcionar os detalhes de interpretação de um texto. A Teologia Bíblica difere, também, da Teologia Sistemática. Esta trata mais sistematicamente e compreensivamente de doutrinas como Deus, homem, pecado e salvação. A Teologia Sistemática está interessada em relatar os materiais tanto bíblicos quanto perspectivas históricas para o tempo moderno. A Teologia Bíblica defere da Teologia Histórica e da História Eclesiástica sendo um prólogo ou primeiro capítulo para estas. A Teologia Bíblica deve proporcionar as normas pelas quais as outras podem ser avaliadas.‖ [20] ETIMOLOGIA DO TERMO NOVO TESTAMENTO O uso do termo Novo Testamento para descrever a coleção de textos que fazem parte da Bíblia, originou-se do latim Novum Testamentum, que alguns acreditam ser uma tradução do grego Διαθήκη Καινή, e era usado com o significado de "último desejo ou testamento", conforme a tradução latina indica. O significado do termo aponta para um arranjo feito por um grupo que pode ser aceito ou rejeitado por outro grupo, embora esse não o possa alterar; e ele, quando aceito, une esses dois grupos de acordo com os termos ali contidos. Esta frase grega encontra-se no próprio texto do Novo Testamento, onde é traduzido como "nova aliança". Aliança significa acordo ou contrato que envolve as duas partes que firmam algo. A frase também aparece mais cedo na Septuaginta (a tradução grega do Antigo Testamento).
20 - D R . B ROADUS H ALE
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO Em Jeremias 31:31, a Septuaginta usou essa frase grega para traduzir o original hebraico חדשה ברית (b e chadashah RIT). O termo hebraico é também traduzido geralmente como nova aliança. E se no século II Tertuliano utiliza pela primeira vez na Grande Igreja os termos de Novum Testamentum (Novo Testamento) e Vetus Testamentum (Antigo Testamento) para designar uma coleção particular de livros que alguns acreditavam que incorporavam uma nova aliança, a realidade é que o termo Novo Testamento foi inventado por Marcião que propunha com o marcionismo dois deuses distintos, um no Antigo Testamento e outro no Novo Testamento, pelo que foi denunciada pelos Pais da Igreja e excomungado.[21] Por exemplo, em Contra Marcion, livro 3 e capítulo 14 (escrito no III século, em 208 d.C.), Tertuliano escreveu que "Isso pode ser entendido como o Verbo Divino, que é duplamente ligado com os dois testamentos da Lei e do Evangelho". No livro 4 do capítulo 6, complementou: "Pois é certo que todo o objetivo a que ele (Marcião) tem trabalhado arduamente, mesmo na elaboração de suas Antíteses ... é para que ele possa estabelecer uma diversidade entre o Antigo e o Novo Testamento, de modo que o seu próprio Cristo possa ser separado do Criador, como pertencentes a este deus rival e como estrangeiro da Lei e dos Profetas". Lactâncio (sec. III e IV), autor cristão que escreveu em latim a obra Divino Instituto no início de século IV, relata no livro 4 e capítulo 20 o seguinte: Mas toda a Escritura é dividida em dois Testamentos: o que precedeu o advento e da paixão de Cristo, isto é, a Lei e os Profetas, é chamado de Velho Testamento. Mas as coisas que foram escritas após a Sua ressurreição são nomeadas Novo Testamento. Os judeus fazem uso do Velho Testamento e nós do Novo. Mas os dois não são discordantes porque o Novo é o cumprimento do Velho, e em ambos há o mesmo testador: Cristo, que, depois de ter sofrido a morte por nós, fez-nos herdeiros do Seu reino eterno (...). Como o profeta Jeremias testemunha quando fala coisas como: "Eis que dias vêm, diz o Senhor, que eu vou fazer um novo testamento para a casa de Israel e para a casa de Judá, não segundo a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão para tirá-los da terra do Egito, porque não continuou no meu testamento, e eu a desconsiderei, diz o Senhor" (Jeremias 31:31-32) [...]. Por Ele ter dito iria fazer um novo testamento para a casa de Judá, o Antigo Testamento, que foi dada por Moisés, não era perfeito. Mas sim o que era para ser dada por Cristo estaria completo. A tradução da Vulgata do século V utiliza o termo testamentum em II Coríntios 3:6 e 14: Que também nos fez caber ministros do novo testamento, não na letra, mas no espírito. Pois a letra mata, mas o espírito vivifica. (Douay-Rheims) Mas os seus sentidos foram obscurecidos. Pois, até o dia de hoje, o véu escuro da leitura do Antigo Testamento, não foi tirado (pois em Cristo é anulada). (Douay-Rheims) No entanto, a mais moderna tradução em Português da Bíblia, a Nova Versão Internacional, traduz esses versos do grego koiné da seguinte forma: Ele nos capacitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do Espírito; pois a letra mata, mas o Espírito vivifica. Na verdade a mente deles se fechou, pois até hoje o mesmo véu permanece quando é lida a antiga aliança. Não foi retirado, porque é somente em Cristo que ele é removido. Assim, é comum usar qualquer um desses dois termos em Português para traduzir: ou testamento ou aliança, mesmo que eles não sejam sinônimos. 21 - HARRISON, E VEREST; PFEIFFER, CHARLES . COMENTÁRIO B ÍBLICO MOODY VOL . 4: OS E VANGELHOS E A TOS. SÃO PAULO : B ATISTA R EGULAR , 2001, PÁG . 1
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO O NOVO TESTAMENTO E OS QUATRO EVANGELHOS Vamos dirigir agora a nossa atenção aos quatro evangelhos. Uma coleção de registros muito especial quando os examinamos coletivamente. Para começar, nos encontramos perguntando: Por que há quatro evangelhos, especialmente quando os três primeiro parecem abranger quase o mesmo assunto? Um só não seria melhor? Como estamos tratando de escritos divinamente inspirados, a resposta final, naturalmente, é que há quatro porque Deus assim quis: mas podemos acrescentar que existem razões claras para Deus Ter feito isso. Existem quatro evangelhos em lugar de um, de modo a apresentar-nos um retrato de Cristo. Os quatro Evangelhos têm cada um uma individualidade que não pode ser anulada. A unidade do tema, somada à sua diversidade é que os torna tão interessantes à mente e tão satisfatório ao coração. Também podemos explicar a necessidade dos quatro evangelhos facilmente pelo fato de ter havido, nos tempos apostólicos, quatro classes representativas do povo: Judeus, Romanos, Gregos e a Igreja. Cada um dos evangelistas escreveu para uma dessas classes, adaptando-se ao seu caráter, às suas necessidades e ideais. LIVRO
POVO
MATEUS
Judeus
MARCOS
Romanos
REVELAÇÃO
FIGURA
O Filho de Deus
Leão
O Servo
Boi
LUCAS
Gregos
Filho do homem
Rosto de homem
JOÃO
Igreja
O Salvador
Águia
MATEUS – Sabendo que os Judeus esperavam pela vinda do Messias, prometido no Velho Testamento, apresenta Jesus como o Messias o filho de Deus. O leão era o símbolo da tribo de Judá, a tribo real. Em Mateus nosso Senhor é singularmente ―o Leão da Tribo de Judá‖ São João 3: 17 ―e eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo. Em Mateus, o evangelho do Rei, vê-se nos primeiros capítulos o Rei dos Judeus e por Fim o Rei soberano nos céus e na terra, enviando para exigir sua sujeição e homenagem‖. MARCOS – Escreveu aos Romanos, um povo cujo ideal era o poder e o serviço, assim Marcos descreveu Cristo o Servo fiel. O boi é o emblema do trabalho servil. Ele representava entre os antigos do oriente, o trabalho paciente e produtivo. A ênfase do livro se encontra num Cristo ativo, um Servo forte, mas humilde. Em Marco, o evangelho do grande Servo de Deus, enfatizam-se os atos de Cristo, não as Suas palavras, Marcos conta a lida incansável do Servo de Jeová. LUCAS Escreveu a um povo culto, os Gregos, cujo objetivo era atingir a perfeição e assim chegar a ser deus, assim Lucas apresenta Cristo como o Filho do homem, perfeito em tudo e que chegou a ser Deus. O homem é símbolo de inteligência, razão, emoção, vontade, conhecimento, amor. Lucas 5: 24 ―Ora, para que saibais que o Filho do homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados (disse ao paralítico), a ti te digo: Levanta-te, toma o teu leito e vai para tua casa‖.
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO Em Lucas, o evangelho do Filho do homem, mostra-se o coração de Jesus em uma série de manifestações de Sua compaixão, ternura e amor. JOÃO – João ao escrever tinha em mente a Igreja, pois já fazia muitos anos que Cristo tinha sido crucificado e as verdades do Evangelho estavam sendo esquecida, por isso João, vendo as necessidades dos cristão de todas as nações apresenta as verdades mais profundas do Evangelho. João 4: 42 ―e diziam à mulher: Já não é pela tua palavra que nós cremos; pois agora nós mesmos temos ouvido e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo‖. Em João, o evangelho do Filho de Deus, vê-se como Jesus assemelha-se à natureza da águia que voa e nos leva às alturas da Sua divindade eterna. É o livro que nos revela o mistério de Ele ser com o Pai. PARALELO SIGNIFICATIVO Ezequiel 1: 10 ―E a forma dos seus rostos era como o rosto de homem; e à mão direita todos os quatro tinham o rosto de leão, e à mão esquerda todos os quatro tinham o rosto de boi; e também tinham todos os quatro o rosto de águia.” O Leão simboliza a soberania a força suprema, o homem a mais alta inteligência, o boi o serviço, a águia o celestial o divino. Os quatro aspecto são necessários para transmitir toda a verdade. Como soberano Ele vem para reinar e governar. Como servo vem para servir e sofrer. Como Filho do Homem vem para participar e consolar. Como Filho de Deus vem para revelar e remir. Maravilhosa fusão - soberania e humanidade; humildade e divindade. OS SINÓTICOS E JOÃO Sinótico: Que tem forma de sinopse; resumido. Os evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas cobrem quase o mesmo terreno, apresentando apenas narrações dos fatos enquanto o registro de João, além de Ter sido escrito mais tarde do que os demais, trata em sua maior parte da matéria não mencionada por eles. O evangelho de João é obra de um teólogo, que apresenta Jesus como o Cristo, o Filho de Deus. AS PRINCIPAIS DOUTRINAS Estamos apresentando as Doutrinas fundamentais contidas no Novo Testamento, através de um simples esboço, o estudo mais profundo será apresentado quando da matéria específica. DOUTRINA DE DEUS
João 7 16 - 17 ―Respondeu-lhes Jesus: A minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou. Se alguém quiser fazer a vontade de Deus, há de saber se a doutrina é dele, ou se eu falo por mim mesmo‖.
A Existência de Deus A Natureza de Deus Os Atributos de Deus
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Mateus 1: 18 ―Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, ela se achou ter concebido do Espírito Santo‖.
Natureza de Cristo Os Ofícios de Cristo A Obra de Cristo DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO Romanos 8: 11 ―E, se o Espírito daquele que dos mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dos mortos ressuscitou a Cristo Jesus há de vivificar também os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita‖. A Natureza do Espírito Santo O Espírito Santo no Antigo Testamento O Espírito Santo em Cristo O Espírito Santo no Cristão Os Dons do Espírito DOUTRINA DOS ANJOS Hebreus 1: 13 - 14 ―Mas a qual dos anjos disse jamais: Assenta-te à minha direita até que eu ponha os teus inimigos por escabelo de teus pés? Não são todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor dos que hão de herdar a salvação?‖ Sua Natureza Sua Classificação Seu caráter Sua Obra Reino das trevas DOUTRINA DO HOMEM Mateus 19: 4 ―Respondeu-lhe Jesus: Não tendes lido que o Criador os fez desde o princípio homem e mulher,‖ A Origem do Homem A Natureza do Homem A Imagem de Deus no Homem
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO DOUTRINA DA SALVAÇÃO Romanos 3: 24 ―sendo justificados gratuitamente pela sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus‖, A Natureza da Salvação Justificação Regeneração Santificação DOUTRINA DA IGREJA Atos 11: 22 ―Chegou a notícia destas coisas aos ouvidos da igreja em Jerusalém; e enviaram Barnabé a Antioquia;‖ A Natureza da Igreja A Fundação da Igreja As Ordenanças da Igreja A Organização da Igreja DOUTRINA DAS ÚLTIMAS COISAS Mateus 24: 3 ―E estando ele sentado no Monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos em particular, dizendo: Declara-nos quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo‖. Sinais da Vinda de Jesus Arrebatamento da Igreja Tribunal de Cristo Bodas do Cordeiro Grande tribulação Milênio Juízo do Trono Branco OS ENSINOS DE JESUS Os ensinamentos de Jesus fora fundamentado nas Escrituras do Velho Testamento. Mateus 4: 10 ―Então ordenou-lhe Jesus: Vai-te, Satanás; porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás‖.
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO Os ensinos de Jesus Cristo revelam claramente que Ele era o Messias prometido. Seus ensinamentos eram inspirados por Deus por isso estão ainda hoje vivos em nossa memória. Ele apresentava-se diante do povo, usava linguagem do povo. Ele usava as figuras conhecidas para ensinar as idéias corretas e desfazer as errôneas. O Centro dos ensinamentos de Jesus Cristo era a fé. A fé ensinada por Jesus, opera gloriosos resultados, vemos: A FÉ OPERA MILAGRES Mateus 9: 2 E eis que lhe trouxeram um paralítico deitado num leito. Jesus, pois, vendo-lhes a [fé], disse ao paralítico: Tem ânimo, filho; perdoados são os teus pecados. A FÉ PROMOVE SANTIFICAÇÃO Atos 26: 18 para lhes abrir os olhos a fim de que se convertam das trevas à luz, e do poder de Satanás a Deus, para que recebam remissão de pecados e herança entre aqueles que são santificados pela fé em mim. A FÉ REVELA AS QUALIDADES Romanos 1: 8 Primeiramente dou graças ao meu Deus, mediante Jesus Cristo, por todos vós, porque em todo o mundo é anunciada a vossa fé. A FÉ GARANTE SALVAÇÃO Romanos 3: 26 para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e também justificador daquele que tem fé em Jesus. A fé é crer que Deus é fiel. Ela é a força que move a mão de Deus. A fé conduz o indivíduo em perfeita relação com Deus. Jesus Cristo pregava o Evangelho do Reino, não um reino político ou material, mas um reino espiritual e futuro. Jesus enfatizava o aspecto escatológico. Nos Seus ensinamentos Jesus Cristo enfatizava que Sua morte e ressurreição era uma necessidade para salvação do ser humano. Por várias ocasiões Jesus Cristo ensinou esta Doutrina. Lucas 19: 10 ―Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido‖. Marcos 10: 33 ―dizendo: Eis que subimos a Jerusalém, e o Filho do homem será entregue aos principais sacerdotes e aos escribas; e eles o condenarão à morte, e o entregarão aos gentios;‖ João 11: 25 ―Declarou-lhe Jesus: Eu sou a [ressurreição] e a vida; quem crê em mim, ainda que morra, viverá;‖ João 12: 47 ―E, se alguém ouvir as minhas palavras, e não as guardar, eu não o julgo; pois eu vim, não para julgar o mundo, mas para salvar o mundo‖. Jesus ensinou que o homem na condição o seu destino é a perdição eterna. Mateus 16: 26.
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO A HISTÓRIA DA TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO [22] Analisaremos o processo progressivo da Teologia do Novo Testamento, no transcorrer da história. A Idade Média. Durante a Idade Média, o estudo bíblico esteve completamente subordinado ao dogma eclesiástico. A teologia Bíblica foi usada apenas para reforçar os ensinos dogmáticos da Igreja, os quais eram fundamentados na Bíblia e na tradição da Igreja. A Bíblia era interpretada pela tradição histórica e a Igreja a considerava como fonte da teologia dogmática. A Reforma. Os reformadores reagiram contra o caráter não Bíblico da teologia dogmática e insistiram em que a teologia deve estar fundamentada apenas na Bíblia. Berkhof[23] diz que o lema dos reformadores era: ―A Igreja não determina o que as Escrituras ensinam, mas as Escrituras determinam o que a Igreja deve ensinar". O princípio fundamental era: "Scriptura Scripturae interpres, isto é, a Escritura é intérprete da Escritura‖.[24] Escolasticismo Ortodoxo. Os resultados obtidos pelos estudos históricos da Bíblia, realizados pelos reformadores, logo perderam-se no período imediatamente após a reforma, e a Bíblia foi mais uma vez utilizada sem uma perspectiva crítica e histórica, para servir de apoio à doutrina ortodoxa. A história foi completamente absorvida pelo dogma e a filologia tornou-se um ramo da dogmática. Os governantes. Período 4 a.C a 70 d.C Os romanos permaneceram como governantes supremos da Palestina durante os tempos do Novo Testamento. A família de Herodes, juntamente com os procuradores romanos nomeados, governava sob a autoridade de Roma. O Novo Testamento inicia-se com o nascimento de Jesus. Herodes o Grande era rei, mas seu governo aproximava-se do fim. Os últimos anos de seu reinado foram cheios de conspiração e contra conspiração enquanto os membros de sua família disputava o poder. Poucos antes do nascimento de Jesus ele havia executado os dois filhos que tivera com Mariana. Outro filho, Antípatro, conspirou contra Herodes e foi executado apenas cinco dias antes da morte do pai, no ano 4 a.C. Para os romanos Herodes foi um rei vassalo digno de confiança e capaz, mas para os judeus ele foi um tirano egoísta. Sucederam-no seus filhos. Arquelau (4 a.C – 6 d.C) governou na Judéia. O menos estimado dos filhos de Herodes, ele foi cruel e despótico. As queixas dos Judeus contra ele finalmente o levaram ao exílio. Herodes Antipas (4 a.C – 39 d.C) foi nomeado tetrarca da Galiléia e da Peréia. Este orgulhoso e hábil governante foi menos brutal que Arquelau, mas assassinou João Batista que denunciara seu casamento com Herodias. Favorecido pelo imperador romano Tibério (14 – 37 d.C), foi exilado no ano 39 d.C por ordem de Calígula (37 – 41 d.C). Filipe (4 a.C – 34 d.C), terceiro filho de Herodes, foi tetrarca das regiões da Ituréia e Traconites (Lc 3.1). Filipe parece ter sido um governante relativamente justo e benevolente. Sua capital era Cesaréia de Filipe (Mt 16.13; Mc 8.27), e as moedas que ele cunhou foram as primeiras moedas judaicas a trazer a efígie humana (a de Augusto ou de Tibério). Morreu no ano 34 d.C e seu território foi afinal acrescentado ao de Herodes Agripa I.
22 - FONTE : O M UNDO DO NOVO T ESTAMENTO – E DITORA VIDA 23 - LOUIS BERKHOF. PRINCÍPIOS DE I NTERPRETAÇÃO B ÍBLICA. E D . CULTURA CRISTÃ . 2000., P . 24. 24 - I DEM .
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO Após o exílio de Arquelau, sua tetrarquia (Judéia, Samaria e Iduméia) foi governada por procuradores romanos (6 – 41 d.C) Quirino, governador da Síria, chegou à Judéia no ano 6 d.C a fim de alistar o povo para efeitos de tributação. Este ato provocou os patriotas da Judéia, mas as autoridades judaicas os acalmaram por algum tempo. Contudo, Judas, o galileu, liderou o povo na revolta contra os romanos e contra Herodes. Logo foi morto (At 5.37) é possível que seus seguidores constituíssem o partido dos Zelotes (Lc 6.15; At 1.13). Os procuradores da Judéia eram diretamente responsáveis perante Roma. Morando em Cesaréia, eles vinham a Jerusalém em ocasiões especiais, como as festas anuais. Augusto dava aos seus procuradores prazos curtos, mas Tibério os deixava no cargo por mais tempo, para que o povo não fosse explorado com tanta freqüência pelos recém-chegados. Pilatos foi o quinto procurador e também o mais conhecido por causa da crucificação de Jesus. Governante inflexível e severo, ele foi brutal para os judeus. Seu massacre sem justificativa dos adoradores samaritanos e outras execuções causaram-lhe a queda em 36 d.C. Herodes Agripa I alcançou a proeminência em 37-44 d.C e despojou os procuradores de seus poderes. Como herdeiro da família dos macabeus, ou asmoneus, e em virtude de sua observância da Lei, ele era estimado entre os fariseus. Esta estima ou popularidade era por sua hostilidade aos cristãos (At 12). Morreu repentinamente no ano de 44 d.C, e seu reino voltou a ser governado pelos procuradores. As condições pioraram sob os procuradores até que precipitaram a rebelião judaica contra o governo romano em 66-70 d.C. Fadus (44-46 d.C) Cometeu o engano de reclamar a custódia das vestes dos sumos sacerdotes, o que resultou num breve levante. As vestes estiveram nas mãos dos romanos desde 6-36 d.C, mas haviam estado nas mãos dos judeus desde 36 d.C até o tempo de Fadus. Alexandre (46-48 d.C) Crucificou os dois filhos de Judas, o galileu, Tiago e Simão, por se haverem rebelado. Cumanus (48-52 d.C) Governou uma era até mais tumultuosa. Havendo um soldado romano feito um gesto indecente durante a Páscoa, irromperam levantes e diversas pessoas foram mortas. Noutra ocasião, um soldado fez em pedaços um rolo da Lei e Cumanus foi obrigado a executá-lo depois que uma multidão de judeus chegou a Cesaréia para protestar. Tais incidentes levaram-no, afinal ao exílio. Félix (52-60 d.C) Era francamente hostil aos judeus, e suas ações finalmente degeneraram em guerra. Suas drásticas providências para frear os zelotes, um grupo de patriotas judeus favoráveis à guerra contra os romanos, não fizeram outra coisa senão aumentar a popularidade do grupo entre o povo. Foi dentre eles que surgiram os sicários, ou assassinos. Esses judeus fanáticos assassinaram muita gente, incluindo o sumo sacerdote Jônatas. O Método de Félix de governar pelo terror e assassínio uniu os fanáticos com as massas e isto fez com que fosse chamado de volta a Roma. Festo (60-62 d.C) Herdou uma situação descontrolada. Ele tentou pacificar o interior, a zona rural, mas o fervor dos fanáticos religiosos e políticos crescia. Festo morreu durante seu mandato, e em Jerusalém a anarquia predominou por completo. Foi nessa ocasião que mataram Tiago, irmão de Jesus. Levantaram-se sumos sacerdotes rivais, competindo pela autoridade; e seus adeptos travaram batalhas campais nas ruas.
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO Albino (62-64 d.C) Quando ele chegou a Jerusalém, deliberadamente agravou o problema para promover-se a si próprio em vez de tentar restaurar a ordem. Prendeu muitos, mas pôs em liberdade os que lhe dessem suborno bastante grande. Floro (64-66 d.C) Relata Josefo que o sucessor de Albino, era tão mau e violento que fazia Albino parecer um benfeitor público. Floro saqueava cidades inteiras. Permitia aos ladrões que pagassem suborno para o livre exercício de sua profissão. Por conseguinte, a nação judaica caiu numa situação intolerável. Desde 68 até 70 d.C eles travaram uma guerra heróica que terminou em trágica derrota em 70 d.C, quando a cidade e o templo foram invadidos e destruídos. DESENVOLVIMENTOS RELIGIOSOS O Novo Testamento demonstra uma marcante diferença na atmosfera religiosa, em comparação com a do Velho Testamento. Isto é visto nas várias instituições, grupos e pela ênfase na tradição oral. INSTITUIÇÕES 1 A Sinagoga — Embora a tradição judaica afirme que a sinagoga teve origem mosaica, ela parece ter começado a existir durante o período babilônico ou persa. Até o tempo do exílio, a adoração e a instrução religiosa judaicas centralizam-se em torno do Tabernáculo ou do Templo de Salomão. Na Babilônia, a instrução religiosa foi prosseguida pelos sacerdotes e levitas, numa tentativa de conservar o conhecimento de Jeová vivo. Esses locais de adoração e instrução tornaram-se conhecidos como "sinagogas"; a palavra é grega e significa "reunidos juntos". O propósito nunca incluía a idéia de se oferecer sacrifícios, o que poderia ser feito somente no Tabernáculo ou no Templo. Alguns estudiosos acham que os fariseus usavam a sinagoga como um meio de obter a lealdade dos saduceus e adorarem no Templo.[25] A administração da sinagoga cabia a um grupo de anciãos (Zeqenim ou ), um dos quais foi eleito seu presidente ( ou Sheliach). Era necessário ter-se pelo menos dez homens numa comunidade antes que uma sinagoga pudesse ser organizada. A função do presidente era manter a ordem durante as reuniões e escolher o orador para o culto do sábado. Um auxiliar (Chazzam) era designado para estar a cargo da construção e do manuseio das Escrituras. Parece que gradualmente a ele foi transferida a responsabilidade do ensino. A adoração na sinagoga foi desenvolvida de acordo com o modelo do culto do Templo e nas mesmas horas, no sábado: a terceira, a sexta e a nona. Posteriormente os cultos eram realizados na segunda e terça, bem como no sábado. As pessoas entravam, curvando-se para a parede do lado ocidental, onde as Escrituras estavam contidas num gabinete chamado a "arca". Fazia-se uma oração e depois eram cantados salmos. O auxiliar abria a "arca" e reverentemente removia as Escrituras, entregando-as ao presidente. Em seguida à leitura das Escrituras, durante a qual todos ficavam de pé, o presidente sentavase e iniciava uma exortação, à luz da passagem lida. Freqüentemente, ele pedia, a algum visitante ilustre, para fazer essa "pregação". Depois as Escrituras eram recolocadas na "arca", em seguida sendo proferidos salmos e orações, e depois uma bênção era pronunciada. Por toda a diáspora judaica, sempre que havia homens suficientes, eram instituídas sinagogas. Muitas cidades tinham várias sinagogas, para dar conta do vasto número de judeus naquelas áreas. Estimase que Jerusalém, durante a época do Novo Testamento, tinha cerca de 500. Por esta razão, os missionários cristãos puderam ter acesso à maior parte do Império Romano. Eles, especialmente Paulo, iniciavam seu trabalho, sempre que possível, dentro da comunidade judaica e da sinagoga. 25 - T.C. SMITH, T HE R ELIGIOUS AND CULTURAL B ACKGROUND OF THE NEW T ESTAMENT, P . 10.
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO 2. O Templo — Com o retorno do primeiro grupo de exilados, foi iniciado o trabalho da construção do Templo. Na realidade, este foi o propósito primordial para alguns que retornaram. Os que permaneceram na Babilônia deram apoio financeiro para o retorno, a fim de que o Templo fosse construído. Sob a pregação de Ageu e Zacarias, o Templo (conhecido como o Templo de Zorobabel) foi terminado e dedicado em 516 a.C. Com alguns poucos acréscimos, para aumentar as áreas de reunião, o Templo de Zorobabel durou até a época de Herodes, o Grande. Tentando obter o favor dos judeus, Herodes iniciou a construção de um templo que iria exceder em beleza o de Salomão. Com a construção iniciada em 19 a.C., o pórtico, o lugar santo e o santo dos santos foram terminados em um ano e meio (ver Josefo, Antigüidades dos Judeus — xv. 11.6), mas a estrutura inteira não foi terminada até 65 d.C., cinco anos antes de sua destruição pelas legiões romanas, na Guerra Judaico-Romana de 66-70. Foi nesse Templo inacabado que, segundo João, Jesus fez tantos milagres e deu ao mundo tantos ditos maravilhosos. 3. O Sinédrio — Quando Esdras e Neemias trabalhavam em Jerusalém, eles fizeram o povo fazer pacto de que iria viver por um código externo de regras baseadas, diziam eles, na lei de Moisés. Quando Esdras e Neemias morreram, esta responsabilidade de instrução passou a um grupo de pessoas denominadas sopherim ou a "Grande Sinagoga". Este grupo durou cerca de 400 a 200 a.C. Este grupo foi o precursor do sinédrio. Seus sucessores, como mestres da lei, foram os zugotes (200 a.C. — 10 d.C.), que, por sua vez, foram sucedidos pelos tanains (10 a 200 d.C.) e pelos amorains (220-500 d.C.). Foi para o final da época da "Grande Sinagoga" que o termo sinédrion (sune/drion) entrou em uso. Ele executava a função da suprema corte dos judeus, sendo o sumo sacerdote o presidente. A tradição remonta suas origens ao conselho mencionado em Números 16:16. É verdade que, na história de Israel, os anciãos funcionaram como os corpos judiciários, legislativo e executivo da nação. Houve períodos de grande influência e poder, bem como períodos de quase completa sujeição ao poder dominante. Sob Herodes, o Grande, o sinédrio esteve sem força; mas, no tempo de Jesus, o sinédrio exerceu grande autoridade, excetuando-se-lhe apenas aquelas questões que envolveriam a política e jurisdição romanas. Ele poderia passar a sentença de morte, mas somente com a aprovação do governador romano a sentença poderia ser executada. O conselho tinha setenta e um membros (pelo menos), encabeçados pelo sumo sacerdote. A maior parte dos membros era da linha sacerdotal e, portanto, do partido saduceu. Foi arranjado lugar, contudo, para fariseus abastados e bem conhecidos, especialmente os grandes rabis. A partir da tradição rabínica, parece que este corpo tinha o poder de legislar regras de conduta para todos os judeus, em todo lugar. Por causa de seu prestígio, suas decisões eram honradas por toda a dispersão judaica. GRUPOS RELIGIOSOS O Novo Testamento observa a presença de partidos religiosos que eram desconhecidos no Velho Testamento. A fonte principal de informação é encontrada nas obras de Flávio Josefo. Em dois de seus livros, As Guerras dos Judeus (II, viii, 1-4) e As Antigüidades dos Judeus (XIII, v. 9), ele escreve acerca de quatro desses partidos: fariseus, saduceus, zelotes e essênios. Para nossos propósitos, os herodianos e os zadoqueus devem ser acrescentados. Os samaritanos já foram mencionados. 1. Fariseus — O grupo maior e mais importante é o chamado os fariseus. A palavra em si significa "separatistas", tendo sido, provavelmente, aplicada como expressão de escárnio aos oponentes. Eles fizeram seu primeiro aparecimento definido como um grupo com este nome durante a época de João Hircano I. Alguns estudiosos dizem que o termo foi pela primeira vez usado quando alguns judeus piedosos "se separaram" de Judas Macabeu, depois de 165 a.C.
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO É mais provável que eles foram os sucessores dos "hasidins", que se haviam empenhado em "separar-se" do pecado, e na "separação" (interpretação) das Escrituras, durante as reformas de Esdras e Neemias. Seja qual for sua origem, os fariseus foram o resultado final do movimento que teve seus primórdios com Esdras, intensificado pelos hasidins, sob os sírios e romanos. Eles representam aquela tendência, no judaísmo, que sempre reagiu contra dominadores estrangeiros, mantendo o exclusivismo judaico e a lealdade à tradição dos pais. Pouco se interessavam no poder político, mas se tornaram os mentores políticos de Israel. Eles tinham maior controle sobre o povo do que os saduceus, que eram mais abastados e politicamente poderosos. Controlavam a sinagoga, e só eles sobreviveram à Guerra JudaicoRomana de 66-70. Devido à sua profunda reverência para com os ideais nacionais e religiosos judaicos, e devoção aos mesmos, os fariseus se opuseram à introdução das idéias gregas, e não deixou de ser natural que se tornassem o partido reacionário. Para eles, as coisas velhas eram as únicas coisas boas. Num desejo sincero de tornar a lei praticável dentro do mundo greco-romano em mudança, os fariseus aderiram ao sistema da tradição dos pais. Começando com as Escrituras, eram feitas interpretações para se ajustar uma situação existente ou combater um erro em teologia. Nas tentativas de responder a problemas levantados por religiões intrusas, muitas idéias dormentes no Velho Testamento foram desenvolvidas e aumentadas. Entre essas doutrinas desenvolvidas durante esses 400 anos estão a ressurreição dos mortos, os demônios, os anjos e a esperança messiânica. Para o fariseu, a tradição oral suplantou a lei. Este era o principal ponto em que divergiam dos saduceus, que não viam nenhuma necessidade de alterar-se a lei. Os fariseus diziam que as finas distinções das tradições orais eram para facilitar o cumprimento da lei sob novas condições e tornar virtualmente impossível pecar-se. Eles também colocavam uma forte ênfase sobre a providência divina nos assuntos do homem. 2. Saduceus — Embora a origem da seita esteja perdida na obscuridade, o nome pode ter-se derivado de um certo Zadoque, que sucedeu Abiatar como sumo sacerdote durante os dias de Salomão. Pode ter vindo da palavra hebraica "zoddikim", que significa "os justos". Os saduceus gabavam-se de sua fidelidade à letra da lei mosaica, em contra distinção à tradição oral. Este era o partido da aristocracia e dos sacerdotes abastados. Eles controlavam o sinédrio e qualquer resquício de poder político que restava. Eram os colaboracionistas, a tendência que favorecia o poder estrangeiro e que se alinhava com ele pelo poder. Também controlavam o templo. O sumo sacerdote era sempre o líder deste grupo. Era um grupo fechado e não procurava prosélitos, como o faziam os fariseus. Teologicamente conservadores (diziam), limitavam o cânon à Torah ou Pentateuco. Rejeitavam as doutrinas da ressurreição, demônios, anjos, espíritos, e advogavam a vontade livre, em lugar da providência divina. Este grupo não sobreviveu à Guerra Judaico-Romana de 66-70. 3. Zelotes — Os zelotes representavam o desenvolvimento na extrema esquerda entre os fariseus. Estavam interessados na independência da nação e sua autonomia, ao ponto de negligenciarem toda outra preocupação. Segundo Josefo, o fundador foi Judas de Gamala, que iniciou a revolta sobre o censo da taxação, em 6 d.C. Seu alvo era sacudir o jugo romano e anunciar o reino messiânico. Eles precipitaram a revolta em 66 d.C, que levou à destruição de Jerusalém em 70. Simão, o zelote, foi um dos apóstolos. 4. Essênios — Estes representavam o desenvolvimento na extrema direita entre os fariseus. Eram uma ordem distinta, na sociedade judaica, mais que uma seita dentro dela. Sendo o elemento mais conservador dos fariseus, eles enfatizavam a observação minuciosa da lei.
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO Formavam uma comunidade ascética ao redor do Mar Morto, e viviam uma vida rigidamente devota. Eram a sobrevivência dos hasidins mais estritos, influenciados pela filosofia grega. A partir dos documentos de Qumram, parece que eles aguardavam um messias que iria combinar as linhagens real e sacerdotal, numa estrutura escatológica. Este grupo não é mencionado em o Novo Testamento. 5. Herodianos — Os saduceus da extrema esquerda eram conhecidos como os herodianos. Tirando o nome da família de Herodes, eles baseavam suas esperanças nacionais nessa família e olhavam para ela com respeito ao cumprimento das profecias acerca do Messias. Eles surgiram em 6 d.C, quando Arquelau, filho de Herodes, o Grande, foi deposto, e Augusto César enviou um procurador, Copônico. Os judeus que favoreciam a dinastia herodiana eram chamados "herodianos". Este grupo é mencionado em Mateus 22:16 e Marcos 3:6; 12:13. 6. Zadoqueus — Na extrema direita dos saduceus estava o grupo conhecido como os zadoqueus. Embora não mencionados em o Novo Testamento, este grupo é importante, porque mostra outra tendência entre os saduceus, talvez dando uma chave quanto à sua origem. Em 1896, um fragmento de um documento foi encontrado numa sinagoga no Cairo. Publicado em 1910, com o título Fragmentos de uma Obra Zadoquita, este termo entrou em todas as discussões acerca do judaísmo sectário. A descoberta de outros documentos na comunidade de Qumram, do Mar Morto, sugere alguma relação entre os zadoqueus, os essênios e a comunidade de Qumram. Um movimento de reforma foi iniciado entre os sacerdotes (filhos de Zadoque), entre os saduceus, durante o início do segundo século a.C. Quando a reforma fracassou, eles foram para Damasco e estabeleceram uma comunidade sob um novo conjunto de regulamentos, denominado "o novo concerto". Alguns posteriormente voltaram como missionários para sua terra natal e depararam com amarga oposição por parte dos fariseus e saduceus. Alguns, então, encontraram seu caminho em direção às comunidades ao redor do Mar Morto. Eram missionários fervorosos, em busca de um mestre de justiça que chamasse Israel de volta ao arrependimento e apareceria no advento do Messias. Eles aceitavam toda palavra escrita, mas rejeitavam a tradição oral. Eram muito abnegados na vida pessoal e leais aos regulamentos da pureza levítica. Deram grande ênfase à necessidade de arrependimento. MÉTODOS DO NOVO TESTAMENTO Parece uma definição adequada da tarefa do estudioso do Novo Testamento, dizer que seu propósito é investigar a evolução do pensamento dos escritores do Novo Testamento a respeito de Deus e do mundo, mais especificamente do mundo e dos seres humanos, bem como a forma como ambos se relacionam. Um primeiro método é juntar todos os livros do Novo Testamento de forma indiscriminada, fazendo uma compilação de afirmações teológicas retiradas do Novo Testamento. Entretanto, certamente este método não passaria de um harmônico apanhado de citações aleatoriamente extraídas de seus livros. Esse método iria apenas arrancar as afirmações para fora de seus contextos originais e, portanto, deixaria de proceder a uma análise mais cuidadosa de suas nuances e variações. Um segundo método consiste em adotar um critério de organização preexistente, extraído, por exemplo, de que essa estrutura norteava o pensamento dos escritores do Novo Testamento. No entanto, é necessário dizer que, de modo geral, quem adota essa abordagem está praticamente convencido de que a estrutura reconhecida nessas obras equivale de fato à estrutura dos livros do Novo Testamento. Um terceiro método, que evita os riscos supracitados, consiste em fazer uma análise individual dos autores e livros do Novo Testamento, com a finalidade de destacar aquilo que cada um ensina sobre os mais variados tópicos e, então, colocá-los lado a lado, procedendo ou não a uma comparação de seus conteúdos. Depois ele compara estes conteúdos com os ensinamentos de Jesus.
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO Este método é válido, com a ressalva da necessidade de ser capaz de identificar aqueles que parecem ser os temas centrais dos próprios autores do Novo Testamento, em vez de recorrer a temas encontrados em algum trabalho de teologia sistemática, identificando também os ensinamentos dos vários autores em relação a cada tema. Um quarto método adora uma abordagem histórica que busca traçar a evolução das idéias que se encontram registradas nos documentos que subsistiram. Esta forma é legítima e necessária, e pode ser de grande ajuda em termos de organização de aparente caos reinante, pois mostra qual é a possível relação genealógica entre as diversas formas de expressão de diferentes idéias encontradas no Novo Testamento. A investigação histórica incluirá os documentos do Novo Testamento, sendo seu propósito inseri-los dentro de uma certa ordem cronológica que nos possibilite traçar o processo de evolução das idéias dentro do Novo Testamento. Parece que um dos caminhos mais adotados recentemente tem sido uma espécie de versão derivada do quarto método, que se orienta principalmente a partir de uma estrutura histórica ou de uma estrutura que busque traçar o desenvolvimento de certas doutrinas, agrupando os autores ou documentos do Novo Testamento segundo um critério histórico. FONTES PARA A CRÍTICA TEXTUAL Manuscritos Gregos — A fonte principal para a obra da crítica textual são os manuscritos gregos que sobreviveram. Quando se considera que existem quase 5.000 porções em grego da Escritura, é difícil imaginar-se que alguma tenha qualquer possibilidade de ser remanescente dos anos iniciais. Isto foi explicado acima. Contudo, algumas foram preservadas, e é com estas que nós trabalhamos. Estas que chegaram a nós foram categorizadas como segue: papiros, unciais e minúsculas. A grande maioria destas constitui o último grupo e data do nono século até a invenção da imprensa. Aqui será dada atenção às mais importantes da primeira e segunda categorias. Fragmentos de Papiro — Ao se denotar manuscritos e fragmentos de papiro, um P maiúsculo é usado, seguido de um número arábico. Um dos mais importantes "achados" foi o do Sr. Chester Beatty, que comprou um grupo de folhas de papiro de um negociante egípcio, por volta de 1931. Estas folhas formam porções de cinco manuscritos do Velho Testamento, três do Novo Testamento, e dois manuscritos de outros escritos. Estes manuscritos contribuíram para a maior parte de nosso conhecimento, tanto para a produção do livro como para a história da Bíblia grega, antes dos grandes manuscritos de velino do quarto século. Os manuscritos estão atualmente no Museu Chester Beatty, um pouco fora da cidade de Dublim, Irlanda. Esses fragmentos, de interesse para o estudo do Novo Testamento, são codificados: P45. P46 P47. O papiro P45 (Papiro Chester Beatty I) consiste de trinta folhas de um códice que continha um total estimado de cerca de 220. Estas foram escritas pelo final do segundo século ou início do terceiro. Os cadernos são formados de apenas duas folhas cada, sugerindo uma data muito anterior à daqueles com cadernos de até doze folhas. A escrita é pequena e numa única coluna. Estas folhas consistem de duas de Mateus, seis de Marcos, sete de Lucas, duas de João e treze de Atos. O papiro P46 (Papiro Chester Beatty II) contém oitenta e seis folhas, quase perfeitas, de um códice das cartas de Paulo, que originalmente tinha cerca de 104 folhas. A ordem das Epístolas é: Romanos, Hebreus, I e II Coríntios, Efésios, Gálatas, Filipenses, Colossenses e I e II Tessalonicenses. Faltando estão as pastorais, que podem ter sido um caderno completo, separado.
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO A importância deste manuscrito é seu testemunho acerca das cartas paulinas e de Hebreus pelo menos um século antes dos grandes unciais do quarto século. O papiro P47 (Papiro Chester Beatty III) é um manuscrito, em forma de códice, de trinta e duas folhas, com dez folhas a partir da seção do meio de Apocalipse (10:10-17:2). Foi escrito grosseiramente no início do terceiro século. Este é o mais antigo manuscrito do livro de Apocalipse. O papiro P52 (Papiro Rylands 457) é um pedaço de um papiro encontrado para a Biblioteca John Rylands em Manchester, Inglaterra, em 1920. Com Cerca de 6,5 x 8,5 cm de tamanho, foi identificado como a mais antiga porção existente do Novo Testamento. Contém João 17:31-33,37,38 numa forma escrita que pode ser atribuída ao primeiro quartel do segundo século. Tendo sido achado no Egito, este fragmento é forte evidência, usada para refutar a idéia do século dezenove de que João foi escrito bem no segundo século. O P66 (Papiro Bodmer II), que contém João 1-21, foi comprado juntamente com uma grande coleção de fragmentos de manuscritos de papiro para a Biblioteca Bodmer, em Genebra. A data da escrita é em torno de 200 d.C. Sua importância está em sua forma bem completa, conforme comparada com o outro manuscrito do mesmo período, o P45. O P72 (Papiro Bodmer VII, VIII) cerca da mesma época do P 66, contém I e II Pedro e Judas e é o mais antigo texto preservado destes três livros. Aparentemente escrito por um nativo de fala cóptica. Há outros documentos neste manuscrito que não têm nenhuma relação com nosso Novo Testamento. O P75 (Papiro Bodmer XIV, XV) é provavelmente o mais importante dos três manuscritos. Consistindo de 102 folhas, de umas 144 estimadas, este manuscrito contém a maior parte de Lucas (4-18, 22-24) e uma grande parte de João (1-15). Deve ser bem observado que João se liga com Lucas e pressupõe um evangelho quádruplo. Este manuscrito data do final do segundo século. Unciais de Velino — Mui poucos fragmentos de pergaminho do terceiro século subsistiram. Esses permanecem sendo testemunhas principalmente do Diatessáron de Tatiano. Começando com o quarto século, todavia, temos muitos fragmentos e vários manuscritos unciais, quase completos, escritos em velino. A seqüência dos livros do Novo Testamento geralmente é a seguinte: Evangelhos, Atos, Epístolas Gerais, Apocalipse. Ás vezes há uma variação de ordem quanto às epístolas paulinas (depois ou antes de Atos). Os seguintes representam apenas os mais importantes dos manuscritos de pergaminho unciais. Codex Vaticanus (B) — Está na Biblioteca do Vaticano. Este manuscrito contém a maior parte do Velho Testamento e todos os livros do Novo Testamento (exceto Hebreus 9:15-13:25; I e II Timóteo, Tito, Filemom e Apocalipse). Estes livros e porção de Hebreus teriam formado cadernos adicionais, que se perderam. Foi escrito na parte inicial do quarto século, na época ou antes das cinqüenta cópias feitas por Eusébio, por ordem de Constantino. A tinta havia desbotado, e um escriba do século dez traçou o texto com tinta fresca. Ele deixou fora palavras e letras que lhe pareceram estar incorretas. Parece também que dois outros escribas tentaram uma correção do texto original. Este manuscrito é reconhecido como o mais importante de todos os manuscritos depois que a mudança para o velino foi feita.
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO Provavelmente escrito no Egito (ou Cesaréia), este manuscrito reflete a influência de Atanásio na ordem e seleção dos livros no Velho Testamento, e no Novo Testamento, em sua ordem. Entrou na Biblioteca do Vaticano em alguma época antes de 1481. Naquele ano ele apareceu na relação de livros da biblioteca. Contudo, as autoridades hesitaram em permitir seu uso, e assim permaneceu indisponível até 1889. Continha cerca de 820 folhas, das quais restam 759. Por esta razão, os antigos textos e traduções gregos impressos antes de 1890 não puderam fazer uso deste grande e importante manuscrito. Codex Sinaiticus (X) — Está no Museu Britânico, em Londres. Em 1844, o Conde Constantino Tischendorf, um dos grandes homens na história da crítica textual, esteve viajando no Oriente, à procura de manuscritos, e aconteceu visitar o Monastério Ortodoxo de Santa Catarina do Monte Sinai. Lá ele encontrou, numa cesta de lixo, alguns pergaminhos antigos, que estavam para ser queimados. Reconhecendo a importância dessas folhas, ele pôde guardar quarenta e três que encontrou. Retornando ao Monte Sinai em 1853, ele descobriu outras folhas do mesmo manuscrito, mas os monges se recusaram a lhas dar. Voltando outra vez em 1859, sob a proteção do Czar Alexandre II, o patrono da Igreja Ortodoxa Grega, a Tischendorf foi permitido levar o manuscrito para o Cairo e copiá-lo. Ele também persuadiu os monges a presenteá-lo como doação ao Czar. Em 1933, ele foi comprado pelo Museu Britânico, por cerca de 500.000 dólares, do governo comunista russo. Contendo umas 245 folhas de quase todo o Velho Testamento, o Novo Testamento inteiro e dois livros cristãos adicionais (Epístola de Barnabé, grande parte de O Pastor de Hermas), foi escrito no início do quarto século, um pouco depois do manuscrito Vaticanus. É possível que os dois tenham vindo do mesmo scriptorium. Contudo, ele contém o chamado Cânon de Eusébio, que o Vaticanus não tem. Este cânon é compreendido de quadros projetados por Eusébio, para ajudar o leitor a encontrar passagens paralelas nos Evangelhos. Este é o mais antigo manuscrito completo existente. A ordem dos livros é: os Evangelhos, Epístolas Paulinas, Atos, Epístolas Gerais e Apocalipse. Pelo fato de conter o Cânon de Eusébio, muitos estudiosos acham que talvez este manuscrito foi um dos cinqüenta encomendados por Constantino. Codex Alexandrinus (A) — Este uma vez foi uma Bíblia completa. Tem sido usado por estudiosos desde 1550. Foi presenteado a Carlos I, da Inglaterra, em 1627, e desde 1751 tem estado no Museu Britânico. Escrito em velino muito fino, está gasto em alguns lugares. Segue a ordem do Vaticanus. O texto é inferior, em sua maior parte, mas é o melhor manuscrito quanto ao Apocalipse. Uma nota em árabe, no início, diz que foi escrito por uma mulher de nome Teda, a Mártir. Os estudiosos colocam a data da escrita no quinto século. Codex Ephraemi Rescriptus (C) — É um palimpsesto, tendo sido o texto original rasgado, para prover material para os sermões de Efreão da Síria, do século doze. Continha todo o Velho Testamento (somente restam sessenta e quatro folhas), bem como o Novo Testamento (145 de umas possíveis 238). Os estudiosos datam a escrita como sendo do quinto século, talvez tendo sido feita pouco depois do Codex Alexandrinus. Contém todo o Novo Testamento (pelo menos porções dos livros), exceto II Tessalonicenses e II João. Encontra-se na Biblioteca Nacional, em Paris. Seu texto não é tão digno de confiança quanto o dos três manuscritos anteriores. Aparentemente, também provém de um scriptorium egípcio. Codex Bezae Cantabrigiensis (D) — É um códice do final do quinto ou início do sexto século. Contém colunas paralelas de textos, tanto gregos como latinos. Este manuscrito contém os Evangelhos (na ordem ocidental: Mateus, João, Lucas, Marcos) e Atos.
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO Recebeu o nome do pupilo e amigo de João Calvino, em Genebra, Theodore Bezae, e da biblioteca onde está agora localizado, em Cambridge, Inglaterra. Sua importância está em suas muitas variações dos quatro manuscritos anteriores. Codex Bezae Cleromontanus (D) — Também tem o nome de Theodore Bezae e da biblioteca onde esteve por tantos anos (o Monastério de Clermont, em Beauvais, França), antes de encontrar seu local permanente na Biblioteca Nacional, em Paris. Contém as cartas paulinas, em colunas paralelas de grego e latim. O grego é superior e o latim inferior ao da Cantabrigiensis, nos Evangelhos e em Atos, contudo, o manuscrito é num velino muito fino e escrito com uma bela letra. Este foi, provavelmente, produzido em Sardínia, no sexto século, e o da Cantabrigiensis no Egito. É, portanto, necessário o estudante saber que o símbolo D ou o nome Codex Bezae poderiam significar qualquer um dos dois manuscritos distintos. Codex Laudianus (E) — É um manuscrito de Atos do sétimo século. É também escrito em colunas paralelas de latim e grego. Está na Biblioteca Bodleiana, em Oxford, tendo sido levado para a Inglaterra no final do sétimo ou início do oitavo século. O Arcebispo Laud presenteou-o a Oxford em 1636. É o mais antigo manuscrito que contém Atos 8:37, a confissão de fé do etíope. Este manuscrito deve ser distinguido de outro com o símbolo E que tem o nome Basiliensis e é uma cópia do século oitavo do Bezae Cantabrigiensis e, daí, sendo de pouco valor. Codex Washingtonianus (W) — Está na Coleção Freer, em Washington. Ê do final do quarto ou início do quinto século. Os Evangelhos estão na ordem ocidental (Mateus, João, Lucas, Marcos). Foram preservadas 187 folhas, em vinte e seis cadernos, de oito folhas cada um. Este é o único manuscrito existente que tem um acréscimo apocalíptico após Marcos 16:14, ao qual Jerônimo faz referência. Codex Koridethi (O) — Ê um manuscrito muito recente (nono século), escrito no Monte Sinai, mas encontrado num monastério em Tiflis, em 1913. Foi produzido quando a maioria dos escritos estava se voltando para as minúsculas. Ele inicia um número muito grande de manuscritos mais recentes que dão testemunho do chamado texto de Cesaréia. Ê escrito com unciais grosseiras, por um escriba que conhecia muito pouco grego. Minúsculas de Velino — Conforme já foi observado acima, o manuscrito uncial foi gradualmente sendo substituído pela forma de escrita minúscula, que economizava tempo e era mais rápida, denominada cursiva. A mudança gradual iniciou-se no sétimo século, e, por volta do final do nono e décimo séculos, estava quase completa. A maioria dos manuscritos gregos do Novo Testamento é deste período posterior. Estes manuscritos e fragmentos estão se aproximando de 2.600 em número, à medida que mais estão sendo descobertos. A maior parte destes tem significado somente como testemunha da história do texto desde o período das unciais até o do primeiro texto impresso no século dezesseis. Famílias textuais claramente definíveis podem ser determinadas em muitos deste grande número. Números arábicos pequenos são usados para identificar estes manuscritos. Os mais importantes destes manuscritos formam duas famílias. Família 1, encabeçada pelos manuscritos 1, 118, 131, 209. Esta é também chamada a Família Lake, que obteve o nome do homem que identificou estes como atestando uma tradição (Kirsopp Lake). A Família 13 é encabeçada por 13, 69, 124, 346 e vários outros, mostrando mais ou menos afinidade com estes. É também chamada a Família Ferrar, segundo o nome W.H. Ferrar, que identificou este grupo.
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO A Minúscula 1 é de importância, porque Erasmo usou esta na primeira edição impressa do Novo Testamento grego. Contudo, a Minúscula 2 foi seguida, em sua maior parte, nos Evangelhos. Este é um documento muito pobre, do século quinze. A Minúscula 33 é de importância e foi denominada "a rainha das minúsculas". Data do século nono e aproxima-se do texto Vaticanus. Consiste dos Evangelhos, Atos e epístolas paulinas. Westcott e Hort consideram-na a melhor das cursivas. Versões — Com quase 5.000 manuscritos e fragmentos gregos, fica-se curioso por que manuscritos de outras línguas seriam de importância no estudo do texto grego. O grego havia penetrado em todas as nações do mundo civilizado conhecido e se tornou a língua do comércio, governo, comunicação e religião. Mas, em algumas das comunidades que estavam "fora do caminho", os nativos ainda se prendiam a seus dialetos. O grego era a língua principal, e muitas pessoas não o entendiam prontamente. Por esta razão, quando o cristianismo penetrou naquelas áreas que não usavam o grego como a língua principal, os Evangelhos e os primeiros escritos cristãos foram traduzidos para a língua nativa. As mais importantes destas são o siríaco, o cóptico e o latim antigo. Siríaco — Esta era a língua da Mesopotâmia e Síria e também a língua corriqueira (com algumas diferenças dialéticas) na Palestina. A igreja primitiva partiu para a Samária, e depois, para a Síria. Antioquia da Síria logo se tornou um centro do cristianismo. Foi, provavelmente, para o siríaco antigo que as primeiras traduções foram feitas. Pelo menos, pelo meado do segundo século, as pessoas de fala siríaca tinham escrituras em seu próprio idioma. Tatiano produziu seu Diatessáron antes de ter deixado Roma, para voltar ao seu lar nativo, em Edessa da Síria. Esta obra foi traduzida para o siríaco logo após sua chegada à Síria. Existem outras versões antigas do Novo Testamento, e estas são chamadas Siríaca Antiga (alguns manuscritos do quarto e quinto séculos que atentam para um texto anterior, que é semelhante ao do Vaticanus e do Sinaiticus), Siríaca Peshitta (também do quinto século, mas dependente da Siríaca Antiga), Siríaca Filoxeniana ou Siríaca Harkleiana (uma tradução feita por Filoxeno de Hierápolis, em 508, e revisada por Tomé de Harkel, do Egito, em 616), e a Siríaca da Palestina (conhecida somente em fragmentos do sexto século). Cóptico — Os vários dialetos do vernáculo egípcio são agrupados juntos no que é chamado cóptico. Devido às grandes colônias dos judeus no Egito, e particularmente em Alexandria, o cristianismo entrou cedo nesta região. Duas versões são reconhecidas como sendo do Egito: a Saídica (Alto Egito, ou Sul do Egito), que parece ser um pouco anterior, por causa da necessidade de uma tradução para o vernáculo, visto que o grego não era largamente usado ali, conforme o era ao redor da grande cidade de Alexandria. O manuscrito mais antigo vem do quarto século, mas atesta um texto muito anterior. A Boaírica, que surgiu mais tarde, no Baixo Egito, ou Norte do Egito. Sendo essa região o centro, política e comercialmente, do Egito, o grego era largamente usado e não havia necessidade imediata para tradução para o vernáculo cóptico. Os manuscritos, existentes são do quarto ou quinto século e se aproximam dos textos Vaticanus e Sinaiticus. Latina Antiga — Estas são as traduções latinas efetuadas antes de Jerônimo fazer a sua chamada Vulgata, na última parte do quarto século. O Velho Testamento da Vulgata foi traduzido do texto hebraico, enquanto o Velho Testamento na Latina Antiga, do da Septuaginta. No Novo Testamento, a Latina Antiga é uma tradução do grego, e a Vulgata é apenas uma revisão da Latina Antiga. Daí, a importância da Latina Antiga como testemunha do texto do Novo Testamento. Muitos manuscritos ainda existem. A tradução provavelmente foi feita pela primeira vez na África.
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO Outra tradução, independente da feita na África, foi efetuada um pouco mais tarde, na Europa. Para amenizar as diferenças entre estas duas traduções rivais, uma terceira foi feita na Itália. Agostinho disse que esta foi a melhor das três. Cipriano (que faleceu por volta de 258) usou o texto africano. Irineu usou o texto europeu, em suas obras em latim. Agostinho (354-430) usou a italiana. Outras versões, de menor importância, são a armênia, a geórgica, a etiópica, a gótica e a árabe. Estas são, primariamente, traduções de versões, e não do grego. Não atestam diretamente o texto grego. Constituem, em sua maior parte, manuscritos recentes. Os Pais da Igreja — As citações dos pais antigos são de grande importância como testemunhos do texto grego. Representam o texto que estava em uso na área em que trabalhavam. Suas citações também vieram de uma época de que temos pouca ou nenhuma evidência de manuscrito. As discussões do texto entre eles oferecem uma penetração nas tendências que estavam influenciando a formação do texto. Contudo, deve-se ter em mente que algumas das citações eram soltas, por assim dizer; eles nem sempre faziam suas citações literalmente. TEOLOGIA BÍBLICA DO NOVO TESTAMENTO — Objetivo específico é o de conhecer Deus através da pessoa de Jesus como a imagem de Deus invisível (Col. 1.15). — Visa também conhecer as experiências dos cristãos sob a influência dinâmica do Espírito Santo, e interpretar suas novas atitudes, em função da nova vida (regenerada) que alcançaram. — Basicamente, é a busca por conhecer as Escrituras do Novo Testamento de maneira especializada, tendo-a como a única fonte confiável, infalível e última na formação do corpo de doutrinas cristãs, que conduz à prática e propicia respostas às inquirições humanas. FATORES FORMATIVOS DA TEOLOGIA (AUTÊNTICA) FATOR Nº 1 Jesus Cristo é uma pessoa Real, Histórica e Divina. FATOR Nº 2 Aceitação e Credibilidade das Escrituras Sagradas (Neo-Testamentárias) FATOR Nº 3 Reconhecer e Aceitar a Real Atuação do Espírito Santo na Vida dos Cristãos. FATOR Nº 4 Entender e Explicar as Experiências Espirituais dos Cristãos Referidos nas Escrituras do Novo Testamento Sujeitos à Operação do Espírito Santo. OS ESCRITOS QUE HOJE FORMAM O NOVO TESTAMENTO.[26] A formação do Novo Testamento, não originou com os Evangelhos, outros escritos surgiram primeiro, foram as cartas. ―Paulo por exemplo desenvolveu sua teologia a partir da pessoa, obras e ensinos de Jesus, e buscou alicerçar sua autoridade nessas realidades. Quando Paulo disse aos Coríntios —‘Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei’ (1 Co 11.23) — ele estava revestido de autoridade em seu ensino por baseá-lo naquilo que havia recebido do próprio Senhor Jesus. Em outras palavras, Paulo não quis construir um edifício por si mesmo, de sua própria sabedoria e invenção, mas ensinou o que aprendera de Jesus Cristo.‖ (Lima, p. 59) 26 - E LABORADA POR W ALTER M ELESCHCO CARVALHO
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO LIVROS DO NOVO TESTAMENTO Os 27 livros do Novo Testamento foram escritos em diversos lugares e por autores diferentes que classificaram seus Escritos como inspirados, ao lado dos Escritos do Antigo Testamento. Entretanto,ao contrário do Antigo Testamento, o Novo foi produzido em um curto espaço de tempo, durante menos de um século.[27] Esses livros eram respeitados, colecionados e circulavam na igreja primitiva como Escrituras Sagradas. O fato desses livros terem sido lidos, citados, colecionados, e passados de mão em mão dentro das igreja do início do cristianismo, assegura que a Igreja Primitiva tinham eles como proféticos ou divinamente inspirados desde o começo.[28] A divisão do Novo Testamento em seções e versículos é atribuída a Amônio de Alexandria,[29] do século III, e à Eutálio de Alexandria,[30] no século V d.C., que continuou o trabalho de Amônio. EVANGELHOS A palavra Evangelho significa "Boas Novas". Eles referem-se ao nascimento do Messias prometido. Cada um dos quatro evangelhos do Novo Testamento narra a história da vida e da morte de Jesus de Nazaré. Esses evangelhos são composições anônimas que levam o nome dos seus autores no título. no século II esses livros eram denominados na seguinte fórmula: "O Evangelho de..." ou "O Evangelho segundo..." (Em grego: τὸ εὐαγγέλιον κατὰ ...) + nome do evangelista que foi o autor do evangelho. Todos os quatro evangelhos foram reunidos logo após o Evangelho de João ter sido escrito.[32] [31] Assim,
A coleção de quatro livros era conhecida como "O Evangelho" no começo do segundo século. Assim, o cristianismo primitivo sempre aceitou esses evangelhos porque conheciam seus autores. [33]16 Os evangelhos de Mateus, Marcos e João parecem ter sido escritos como biografias, seguindo o modelo da antiguidade, enquanto Lucas e Atos parece ter sido composto como uma monografia histórica em dois volumes.[34] São eles: Evangelho de Mateus - atribuído ao apóstolo Mateus. Este evangelho começa com a genealogia de Jesus e a história do seu nascimento. Termina com o comissionamento dos discípulos por Jesus depois de ressuscitado. O principal objetivo do evangelho de Mateus é mostrar para os judeus que Jesus era o Messias. Apesar dos vários debates sobre sua datação, ele provavelmente foi escrito depois da morte de Jesus (31 d.C.) entre os anos 50-65 d.C.[35] Era considerado o manifesto da Igreja de Jerusalém e, por conseguinte, o documento fundamental do início da fé cristã. [36] Evangelho de Marcos - atribuído a Marcos, o Evangelista. Marcos não era um dos doze apóstolos de Jesus, mas foi um dos ajudantes de Paulo e depois de Pedro.[37]
27 - GEISLER, NORMAN E TUREK, FRANK . POSSUÍMOS TESTEMUNHOS ANTIGOS SOBRE JESUS? IN NÃO TENHO FÉ SUFICIENTE PARA SER ATEU . SÃO PAULO : VIDA , 2006. PÁG . 241-250. 28 - BRUCE, F F. T HE NEW T ESTAMENT D OCUMENTS : A RE T HEY R ELIABLE ? LEICESTER : I NTER VARSITY , 1981. PÁG. 27. 29 - “A MMONIAN SECTIONS" NA EDIÇÃO DE 1913 DA CATHOLIC E NCYCLOPEDIA (EM INGLÊS)., UMA PUBLICAÇÃO AGORA EM DOMÍNIO PÚBLICO . 30 - "EUTHALIUS". E NCICLOPÉDIA CATÓLICA . (1913). NOVA I ORQUE : R OBERT A PPLETON COMPANY . 31 - BLACK. D AVID A. POR QUE QUATRO EVANGELHOS?: RAZÕES HISTÓRICAS E CIENTÍFICAS DA ESCOLHA DE M ATEUS, M ARCOS, LUCAS E JOÃO . SÃO PAULO : VIDA , 2004. PÁG . 73. 32 - BRUCE, F F. T HE NEW T ESTAMENT D OCUMENTS : A RE T HEY R ELIABLE ? LEICESTER : I NTER VARSITY , 1981. PÁG. 18. 33 - KENT, G RENVILLE E RONDIONOFF, PHILIP . O CÓDIGO D A VINCI E A B ÍBLIA. T ATUÍ : CPB, 2006. PÁG . 54 E 55. 34 - WITHERINGTON III, B EN. H ISTÓRIA E H ISTÓRIAS DO NOVO T ESTAMENTO . SÃO PAULO : VIDA NOVA , 2005. PÁG. 78. 35 - TENNEY, M ERRIL. O E VANGELHO DE M ATEUS IN O NOVO T ESTAMENTO : SUA ORIGEM E ANÁLISE . SÃO PAULO , SHEDD , 2008. PÁG . 162. 36 - BLACK. D AVID A. POR QUE QUATRO EVANGELHOS?: RAZÕES HISTÓRICAS E CIENTÍFICAS DA ESCOLHA DE M ATEUS, M ARCOS, LUCAS E JOÃO . SÃO PAULO : VIDA , 2004. PÁG . 22. 37 - WITHERINGTON III, B EN. H ISTÓRIA E H ISTÓRIAS DO NOVO T ESTAMENTO . SÃO PAULO : VIDA NOVA , 2005. PÁG. 80.
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO Segundo os pais da igreja, o evangelho de Marcos foi escrito com base no ensino do apóstolo Pedro, depois de uma palestra feita em Roma para os pagãos por volta do ano 65 d.C.[38] Este evangelho começa com a pregação de João Batista e o batismo de Jesus. Alguns manuscritos antigos não trazem os versículos 9-20 do último capítulo.[39] outros manuscritos apresentam finais diferentes.[40] Evangelho de Lucas - atribuído a Lucas, que também não foi um dos doze apóstolos, mas é mencionado no Novo Testamento como companheiro do apóstolo Paulo (II Timóteo 4:11) e médico (Colossenses 4:14).[41] O autor não foi testemunha ocular das coisas que registrou, mas fez uma minuciosa investigação com essas pessoas que presenciaram os fatos contidos nesse evangelho (Lucas 1:1-4). Ele é dirigido para alguém chamado Teófilo, que até hoje é desconhecido. Este evangelho começa com histórias paralelas do nascimento e da infância de João Batista e Jesus e termina com as aparições de Jesus ressuscitado e sua ascensão ao céu. Seus objetivos era contar a história de Cristo a partir dessas testemunhas oculares. Foi escrito provavelmente no ano 63 d.C. [42] Evangelho de João - atribuído ao apóstolo João, filho de Zebedeu. Este evangelho começa com um prólogo filosófico e termina com as aparições de Jesus ressuscitado. Foi escrito no final do século I [43]28 e tinha como objetivo complementar de diversas maneiras o registro que tinha sido fornecido sobre a história de Jesus pelos outros três evangelistas. [44] Os três primeiros evangelhos listados acima são classificados como os Evangelhos sinópticos. Isso porque eles contêm relatos semelhantes da vida e ensino de Jesus. Esses três evangelhos possuem várias dependências literárias. Há várias possíveis explicações para sua formação: Há quem afirme que o evangelho mais antigo seria o de Marcos, cuja data de escrita costuma ser calculada entre os anos 55 e 65 d.C. e pode ter servido de fonte sobre a vida de Jesus para Mateus e Lucas. Outra corrente de estudiosos mais liberais afirma que eles foram escritos com base em uma Fonte ―Q‖ (de quelle, que significa "fonte" em língua alemã) que é desconhecida até os dias de hoje; Ou então com base no Evangelho segundo os Hebreus (65-100 d.C.), que sobreviveu apenas em fragmentos encontrados nas citações feitas por vários pais da igreja primitiva. Uma terceira explicação para a dependência literária dos evangelhos sinóticos afirma que o evangelho de Mateus foi escrito primeiro. Depois, Lucas utilizaria o evangelho de Mateus e o Evangelho segundo os Hebreus, além de outros evangelhos que circulavam na época. Por fim, o evangelho de Marcos seria fruto de uma palestra que Pedro deu com base nos evangelhos de Mateus e de Lucas. Já o Evangelho de João é estruturado de forma diferente dos evangelhos sinóticos e inclui histórias de vários milagres e palavras de Jesus que não são encontradas nos outros três evangelhos. Esses quatro evangelhos foram unanimemente aceitos como parte do Cânon Sagrado do Novo Testamento. Porém, eles foram apenas alguns entre os muitos outros evangelhos cristãos. A existência de tais textos é mencionada no início do Evangelho de Lucas (Lc 1:1-4). 38 - MULHOLLAND, D EWEY . M ARCOS: I NTRODUÇÃO E COMENTÁRIO . SÃO PAULO : VIDA NOVA , 2008. PÁG . 15-19. 39 - BLACK. D AVID A. POR QUE QUATRO EVANGELHOS?: RAZÕES HISTÓRICAS E CIENTÍFICAS DA ESCOLHA DE M ATEUS, M ARCOS, LUCAS E JOÃO . SÃO PAULO : VIDA , 2004. PÁG . 28-34 E 41-47. 40 - MULHOLLAND, D EWEY . M ARCOS: I NTRODUÇÃO E COMENTÁRIO . SÃO PAULO : VIDA NOVA , 2008. PÁG . 237-240. 41 - PAROSCHI, WILSON . CRÍTICA T EXTUAL DO NOVO T ESTAMENTO . SÃO PAULO : VIDA NOVA , 2008. PÁG . 185. 42 - WITHERINGTON III, B EN. H ISTÓRIA E H ISTÓRIAS DO NOVO T ESTAMENTO . SÃO PAULO : VIDA NOVA , 2005. PÁG. 83. 43 - MORRIS, LEON. LUCAS: I NTRODUÇÃO E COMENTÁRIO. SÃO PAULO : VIDA NOVA, 1996. PÁG . 13 E 14. 44 - WITHERINGTON III, B EN. H ISTÓRIA E H ISTÓRIAS DO NOVO T ESTAMENTO . SÃO PAULO : VIDA NOVA , 2005. PÁG. 85-88.
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO Outros evangelhos, como os chamados "evangelhos judaico-cristãos" ou o Evangelho de Tomé, oferecem uma ajuda precisa para entender o contexto do cristianismo primitivo. Além disso, esses outros evangelhos que não foram incluídos no Cânon Sagrado podem fornecer alguma ajuda na reconstrução do Jesus histórico. HISTÓRIA Atos dos Apóstolos - É a continuação do Evangelho de Lucas (At 1.1 e 2) e conta a história de como a mensagem cristã foi anunciada em Jerusalém, Samaria e as demais regiões do Império Romano (At 1.8). Nesse livro, destacam-se duas pessoas: Paulo e Pedro. Pedro dirige o trabalho cristão em Jerusalém, Samaria (At 1.12 – 8.25), Lida, Jope e Cesareia Palestina (At 9.32-11.18). Esse livro também trata da conversão do apóstolo Paulo (At 9) e de suas viagens missionárias pelo Império Romano (At 13-28). Examinando o estilo, a fraseologia e outras evidências internas, a maioria dos estudiosos atribui a Lucas a autoria desse evangelho. Ele foi escrito provavelmente antes da morte do apostolo Paulo por Nero, por volta de 67-68 d.C. Isso porque esse livro não cita a morte de Paulo, fato que seria muito relevante para a história cristã antiga. EPÍSTOLAS PAULINAS As epístolas paulinas (ou Corpus Paulinum em latim) são cartas escritas pelo apóstolo Paulo. Essas epístolas tratam de pontos teológicos importantes para o desenvolvimento da doutrina cristã no cristianismo primitivo. Geralmente, essas epístolas foram escritas tanto para indivíduos, quanto para as primeiras comunidades cristãs. Romanos I Coríntios II Coríntios Gálatas Efésios Filipenses Colossenses I Tessalonicenses II Tessalonicenses I Timóteo II Timóteo Tito Filémon Hebreus HEBREUS - Sua autoria é incerta. A ciência moderna rejeita ter sido escrita por Paulo. Até mesmo na antiguidade sua autoria foi debatida. Orígenes escreveu: ―Os homens dos tempos antigos afirmaram que Paulo foi o autor, mas quem escreveu essa Epístola apenas Deus sabe‖. O que se sabe é que ela foi escrita na segunda geração de cristãos (Hb 2.1-4) e após um intervalo considerável de tempo depois da conversão do destinatário (Hb 5.12). Assim, o livro de Hebreus parece ter sido escrito no final do ano 60 d.C.
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO EPÍSTOLAS CATÓLICAS (OU EPÍSTOLAS UNIVERSAIS) Compreende as epístolas escritas para a igreja em geral. O termo "católico" [grego: καθολική, katholike, que significa "universal"] é usado para descrever essas cartas já nos manuscritos mais antigos onde essas cartas estão presentes. AS CARTAS TAMBÉM SÃO CONHECIDAS COMO EPÍSTOLAS GERAIS. Epístola de Tiago - escrito por Tiago, irmão de Jesus; Primeira Epístola de Pedro - escrita por Pedro; Segunda Epístola de Pedro - escrita por Pedro; Primeira Epístola de João - escrita por João; Segunda Epístola de João - escrita por João; Terceira Epístola de João - escrita por João; Epístola de Judas - escrita por Judas, irmão de Jesus. PROFECIA Apocalipse - Último livro do Novo Testamento, o Apocalipse de João foi escrito pelo Apóstolo João, filho de Zebedeu. Alguns sustentam a posição de que seu autor foi outro João, da cidade de Patmos. Mas a evidência interna aponta o autor do Evangelho de João e das três epístolas Joaninas como seu autor. O livro começa com cartas para sete igrejas das províncias da Ásia. Depois toma a forma de um apocalipse, gênero literário popular tanto no judaísmo quanto no cristianismo antigo. ORDEM DOS LIVROS A ordem em que os livros do Novo Testamento estão ordenados difere entre algumas tradições eclesiásticas. A Bíblia protestante, por exemplo, segue o ordem da organização encontrada na Bíblia da Igreja Católica Romana. Entretanto, a ordem do Cânon de Lutero é diferente. Fora da Europa Ocidental, onde se encontra a maioria católica e protestante, a Bíblia está organizada em ordens diferentes: o Novo Testamento da Bíblia eslava, siríaca e etíope não seguem a mesma ordem que das Bíblias ocidentais. EXTENSÃO DO NOVO TESTAMENTO Os livros que entraram no Cânon Sagrado do Novo Testamento não foram às únicas obras da literatura cristã escrito nos primeiros séculos de nossa era. O processo de canonização dos livros dessa parte das Escrituras começou cedo, com textos sendo explicitamente rejeitados já no tempo dos discípulos. Essa decisão não eram necessariamente baseada em avaliações da ideias religiosas ou da teologia da obra em questão, e sim em uma série de fatores (ver: Cânon do Novo Testamento). PSEUDEPÍGRAFOS Os livros que foram rejeitados pela igreja primitiva são chamados de pseudepígrafos. Eram livros considerados espúrios e heréticos pela igreja cristã dos séculos II e III, época em que surgiram esses textos. Nenhum pai da igreja, Cânon, ou Concílio declarou que qualquer um dos pseudepígrafos seria canônico. Eusébio, assim com a maioria dos pais da igreja, chamou esses livros de "totalmente absurdos e ímpios".
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO Os livros pseudepígrafos foram escritos por comunidades gnósticas, docéticas e ascéticas. Os gnósticos eram uma seita filosófica que ensinava que a matéria é má, além de negarem a encarnação de Cristo. Já os docetas ensinavam a divindade de Jesus, mas negavam sua humanidade; diziam que Ele só tinha a aparência de ser humano. Os ascéticos ensinavam que Cristo tinha uma única natureza, que era um fusão entre o divino e o humano. Esses livros contém certa curiosidade sobre os fatos não relatados nos livros canônicos, como a infância de Jesus, por exemplo. Segundo Norman Geisler, existem cerca de 280 obras dessa natureza. Para os cristãos, o único valor que esses livros têm são históricos, pois revelam a crença e o contexto de seus autores. APÓCRIFOS Os livros apócrifos do Novo Testamento diferencia-se dos pseudepígrafos por gozarem de grande estima por pelo menos um dos pais da igreja. Entretanto, os apócrifos, na maior parte, não foram aceitos pela igreja cristã primitiva nem pelos pais primitivos e ortodoxos da igreja. Por isso, não foram considerados canônicos. Alexander Souter define bem a autoridade desses livros ao afirmar que eles tiveram uma "canonicidade temporal e local". Ou seja, os apócrifos haviam sido aceitos por um número limitado de cristãos, durante um tempo limitado, sem, contudo ter recebido um reconhecimento amplo ou permanente. Norman Geisler fornece três razões do por quê esses livros são importantes e faziam parte das bibliotecas devocionais e homiléticas da igreja primitiva: Revelam os ensinos da Igreja do século II; Fornecem documentação da aceitação dos 27 livros do Novo Testamento; Fornece informações históricas a respeito da igreja primitiva. IDIOMA Judeus e gentios utilizavam os mesmos idiomas para se comunicarem em Jerusalém na época de Jesus: aramaico, grego koiné, e até certo ponto, os dialetos coloquiais que constam no Talmude. É provável que todos os livros que formaram o Novo Testamento foram escritos em grego koiné, o dialeto vernáculo que na época era falado nas províncias romanas do Mediterrâneo Oriental. Estes livros foram posteriormente traduzidas para outros idiomas, principalmente, o latim, o sírio e o copta. Entretanto, alguns alegam que o Evangelho de Mateus foi escrito em hebraico com base na seguinte declaração de Papias, citada no livro História Eclesiástica, de Eusébio: Mateus compôs as declarações (ta logia) em um estilo hebraico (hebraidi dialekto), e cada um registrou como foi capaz.[45] Alguns interpretam que essa declaração mostra que o evangelho de Mateus foi escrito em hebraico. Entretanto, uma leitura cuidadosa demonstra que Papias afirma que o evangelho foi escrito "em um estilo hebraico", e não "na língua hebraica". Estudiosos como J. Kurzinger e David Alan Brack apoiam essa interpretação. O Comentário Bíblico Moody também defende esse posicionamento ao afirmar que: Muitos explicaram a declaração de Papias, dizendo que se referia a uma forma original do aramaico do qual se traduziu o nosso evangelho grego. Mas o nosso texto grego não tem as marcas de uma tradução, e a ausência de qualquer traço de um original aramaico lança pesadas duvidas sobre tal hipótese. Goodspeed argumenta detalhadamente que seria contrario à prática grega dar uma tradução grega o nome do autor do original aramaico, pois os gregos apenas se preocupavam com aquele que passava a obra para o grego. Como exemplos (ele cita o evangelho de Pedro) e o Velho Testamento grego, que foi denominado Septuaginta (os setenta) segundo seus tradutores, não segundo seus autores Hebreus. [46] 45 - BLACK. D AVID A. POR QUE QUATRO EVANGELHOS?: RAZÕES HISTÓRICAS E CIENTÍFICAS DA ESCOLHA DE M ATEUS, M ARCOS, LUCAS E JOÃO . SÃO PAULO : VIDA , 2004. PÁG . 34. 46 - EUSÉBIO. HISTÓRIA E CLESIÁSTICA 3.39.15-16. SÃO PAULO : PAULINAS, 2005.
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO Por isso, os estudos modernos sugerem que o Evangelho de Mateus foi composto em grego e não seria diretamente dependente de nenhuma tradução em uma língua semítica, embora a citação de textos do Antigo Testamento demonstra que o autor desse Evangelho sabia hebraico. Todavia, ainda constam na mesma História Eclesiástica, a afirmação do próprio Eusébio e outras citações de importantes patriarcas da Igreja que confirmam que o Evangelho de Mateus foi escrito originalmente em hebraico: ...de todos os discípulos, Mateus e João são os únicos que nos deixaram comentários escritos e, mesmo eles, foram forçados a isso. Mateus tendo primeiro proclamado o evangelho em hebraico, quando estava para ir também às outras nações, colocou-o por escrito em sua língua natal e assim, por meio de seus escritos, supriu a necessidade de sua presença entre eles." (Eusébio de Cesareia) ―Segundo aprendi com a tradição a respeito dos quatro evangelhos, que são os únicos inquestionáveis em toda Igreja de Deus em todo o mundo. O primeiro é escrito de acordo com Mateus, o mesmo que fora publicano, mas depois apóstolo de Jesus Cristo, o qual, tendo-o publicado para os convertidos judeus o escreveu em hebraico‖ (Orígenes) ―Mateus, de fato, produziu seu evangelho escrito entre os hebreus no dialeto deles...‖ (Irineu de Lyon)
Outros ainda afirmam que a Epístola aos Hebreus foi escrita em hebraico, sendo traduzida depois para o grego por Lucas. Essa possibilidade também não é sustentada pelos estudiosos modernos, que argumentam que a qualidade literária de Hebreus sugere que foi composta diretamente em grego, ao invés de ter sido traduzidos. Outra questão importante também é notar que muitos livros do Novo Testamento, especialmente os evangelhos de Marcos e João, foram escritos em um grego relativamente "pobre". Eles estão distantes do refinado grego clássico encontrado nas composições feitas pela classe alta, elite governamental, e filósofos conceituados da época. Uma minoria de estudiosos considera que a versão aramaica do Novo Testamento seria a original e acredita que o grego é apenas uma tradução. Este ponto de vista é conhecido como Primazia Aramaica. O ENSINO DE JESUS SEGUNDO OS EVAGELHOS SINÓTICOS A ATITUDE DE JESUS PARA COM O JUDAÍSMO Já foi observado que Cristo baseou os seus ensinos no Antigo Testamento. Ele veio, não para principiar uma coisa nova, mas para continuar uma obra já bem adiantada. Cristo não trouxe o propósito de introduzir uma religião nova; considerando porém, que havia no judaísmo duas correntes bem diversas, e que a grande maioria do povo acompanhava uma dessas correntes, a qual se ia desviando cada vez mais do eterno propósito de Deus.
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO A RELIGIÃO JUDAICA ERA PROVISÓRIA E PREPARATÓRIA Na sua grande obra de salvação Deus sempre adaptou a sua ação às condições em que se achava o povo que queria salvar. Isto era necessário porque a salvação é sempre um ato moral, inteiramente ao alcance das pessoas a salvar. A religião judaica era por natureza provisória e preparatória, foi adaptada ao povo daquele tempo, Mt 5.27-29,39,39. JESUS CUMPRIU A LEI NA SUA VIDA Em primeiro lugar, Jesus cumpriu perfeitamente a lei na sua vida pessoal. Tudo o que a lei exigia e tinha como alvo Ele satisfez e realizou plenamente na sua vida; seu caráter satisfez o mais alto ideal da lei. Nunca transgrediu a lei porque nunca viveu no baixo plano em que ela operava. A RELAÇÃO DO ANTIGO PARA O NOVO Diante disto perguntará alguém: "Então o Antigo Testamento perdeu o seu valor?" De modo nenhum. Será que a flor nada tem com o fruto? Como é que se há de compreender o fruto sem a flor? Como é que se há de compreender o homem sem o presente ou sem o passado? A objeção não tem razão de ser. O plano de Deus é um só. O princípio é tão necessário como o fim para a compreensão do plano todo. O REINO DE DEUS JESUS APARECEU ANUNCIANDO O REINO DE DEUS Jesus apareceu no meio do seu povo anunciando o evangelho do Reino de Deus, Mt 4.17. Esta frase é uma das mais comuns usadas por Jesus. Sem dúvida alguma, representa um dos seus ensinos mais fundamentais. De acordo com o evangelho segundo Marcos, Jesus começou a anunciar o seu evangelho, dizendo que o Reino de Deus estava próximo, Mc 1.16. Indaguemos agora qual é a verdadeira significação desta frase "O Reino dos Céus". AS DUAS FRASES "REINO DE DEUS" E "REINO DOS CÉUS O que significa, pois, "Reino de Deus"? A idéia de um reino cujo rei é Deus é uma idéia muito comum no Antigo Testamento, e tem uma história longa. Vem ela dos primeiros tempos do povo judaico. Por isto precisamos em primeiro lugar estudar a sua relação para com o Antigo Testamento, para com a história do povo judeu. A CONCEPÇÃO DOS JUDEUS A RESPEITO DO REINO DE DEUS O pensamento religioso do povo judaico estava saturado com a idéia de um Reino de Deus. A idéia de uma teocracia achava-se impregnada na vida da nação judaica, influenciando todo o povo, Êx 19.5,6. Apesar desta expressão, "o Reino de Deus" não ocorrer no Antigo Testamento, a idéia verifica-se em toda a extensão da atividade profética. Há uma dupla ênfase sobre a soberania real de Deus. Ele é freqüentemente referido como o Rei, tanto de Israel, Êx 15.19; Nm 23.21; Dt 33.5; Is 43.15. Como o Rei de toda a terra, 2o Rs 19.15; Is 6.5; Jr 46.18; Sl 29.10; 99.1-4. Isto leva à conclusão de que, embora Deus seja Rei, ele deve também tornar-se Rei, ou seja, manifestar a sua soberania real no mundo dos homens e das nações. O judaísmo apocalíptico também possuía diversos tipos de esperança. Alguns escritores enfatizaram o aspecto terreno, histórico do Reino, ao passo que outros enfatizaram os aspectos mais transcendentais. Entretanto a ênfase é sempre escatológica. A comunidade de Qumran partilhava de uma esperança semelhante concernente ao Reino.
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO A literatura rabínica desenvolveu uma escatologia semelhante, mas fez um pouco mais uso do termo "o reino dos céus". O Reino de Deus foi considerado como o domínio de Deus - o exercício de sua soberania. O REINO DOS CÉUS A expressão "o reino dos céus", aparece em Mateus, onde é mencionada cerca de trinta e quatro vezes. Várias vezes em Mateus, e em vários lugares no restante do Novo Testamento, a expressão "reino de Deus", é usada. O ―reino dos céus", é uma expressão semítica, na qual o vocábulo "céus" é um termo usado em substituição ao nome "divino" - Lc 15.18. Na realidade, ambas as expressões "o reino de Deus" e "o reino dos céus", raramente foram usadas na literatura judaica antes dos dias de Jesus. O REINO ESCATOLÓGICO É a vinda do Reino de Deus, Mt 6.10, ou seu aparecimento, Lc 19.11, que assinalará o fim da Era Presente e inaugurará a Era Vindoura. A vinda do reino de Deus significará a destruição total e final do diabo e seus anjos, Mt 25.41. A formação de uma sociedade redimida que não se mistura com o mal, Mt 13.36-43. Comunhão perfeita com Deus no banquete messiânico, Lc 13.28,29. O FILHO DO HOMEM E O FILHO DE DEUS Acabamos de estudar a significação das frases: "Reino de Deus" e "Reino dos Céus"; temos agora para nossa consideração, duas outras expressões ainda mais difíceis de interpretar, a que são: "Filho do Homem" e "Filho de Deus". AS REFERÊNCIAS À FRASE "FILHO DO HOMEM" Que significam essas duas frases em relação a Jesus Cristo? Tomemos primeiramente esta, como assunto de nossa consideração. Os evangelhos sinóticos, tomando em apreço a sua relação para com o Antigo Testamento nos três primeiros livros, dividem-nos em três classes de referências feitas a Jesus como Filho do homem: Em um grupo de passagens, onde se emprega esta expressão, faz-se referência à vida de Jesus aqui na terra, Mc 2.10, 28; Mt 8.20; Lc 19.10. Noutro grupo, a referência é aos sofrimentos e morte de Jesus, Mc 8.31; 9,31; Mt 14.21. E a último frase tem referência à Segunda vinda de Jesus, Mt 24.31; Mt 25.31. Diante destes três grupos de passagens, naturalmente levanta-se a questão da verdadeira significação da frase "Filho do homem". O DUALISMO JOANINO Outra peculiaridade de João era a de pensar por antíteses e contrastes. Uma espécie de dualismo caracteriza os seus escritos. É bom notar, porém, que o seu dualismo não é um dualismo metafísico, mas um dualismo moral, que todo o mundo pode observar na vida cotidiana e também na história da raça humana, desde o seu começo. OS DOIS MUNDOS O dualismo dos Evangelhos Sinóticos é horizontal: um contraste entre duas eras - a era presente e a era vindoura. O dualismo de João é vertical, um contrates entre dois mundos - o mundo superior (de cima) e o mundo inferior (de baixo) - Jo 8.23.
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO Os Sinóticos contrastam esta era com a era vindoura, e sabemos, através do uso Paulino, que "este mundo", pode ser um equivalente à expressão "esta era", em contraste com o mundo de cima. "Este mundo", é visto como mal, tendo o diabo como seu governante, 16.11. Jesus veio para ser a luz deste mundo, 11.9. A autoridade de sua missão não procede "deste mundo", mas do mundo de cima - de Deus, 18.36. Outras expressões dualísticas em João: Trevas e Luz - 1.5; 8.12; 9.5; 11.9; 12.35,36,46. Carne e Espírito - 1.13,14; 3.6,12; 4.24; 6.63. Kosmos - é importante compreender o uso que ele faz da palavra "mundo", kosmos[47] - "ordem criada", 17.5,24; e a "terra em particular", 11.9; 16.21; 21.25. Por metonímia, kosmos pode designar não apenas o mundo, mas também aqueles que habitam o mundo: o gênero humano, 12.19; 18.20; 7.4; 14.22. Observe esta expressão: "o mundo inteiro vai após ele", 12.19, significa que Jesus assegura uma grande resposta. PECADO É DESCRENÇA Descrença em Cristo é uma outra manifestação de uma aversão básica por Deus. A presença de Jesus entre os homens trouxe a aversão deles por Deus a uma crise de tal forma que ela tornou-se claramente evidenciada como aversão por Cristo, 3.22-24; 8.24. Sendo assim, o pecado da descrença inflexível, por si mesma condena o homem a uma separação eterna de Deus. Por esta razão, o crer em Cristo, 20.31, recebe forte ênfase. Em João a palavra é encontrada treze vezes nas palavras de Jesus e vinte e nove vezes na interpretação de João. Descrença é essência do pecado, 16.9; 3.36. A CONCEPÇÃO DA RELIGIÃO Resulta claro à luz destas considerações que João nos deu uma concepção puramente espiritual e ética da religião, e não uma concepção de formalidades e cerimônias. Como já notamos, o seu evangelho ensina que "Deus é Espírito", e qualquer um em qualquer tempo e lugar, pode adorá-lo desde que o faça "em espírito e verdade". Quase nada João disse a respeito das instituições, nem da igreja. Não mencionou a instituição da Ceia, e as referências que fez ao batismo estavam quase todas relacionadas com o batismo de João. DUALISMO GREGO O dualismo de João deve ser discutido contra o fundo contextual do dualismo grego, incluindo o gnosticismo e o dualismo judaico recentemente descoberto, conforme evidências da literatura de Qunran. De acordo com o pensamento filosófico de Platão, há dois versos nos quais se verifica a existência - o fenomenal e o numeral: o mundo mutável, transitório, visível e o mundo invisível, eterno, que é a esfera de ação de Deus. "Salvação" é para aqueles que dominam suas paixões; e, por ocasião da morte, suas almas serão libertadas de sua escravidão terrena, corpórea, a fim de, libertas, desfrutarem uma imortalidade abençoada. Filo seguindo esta perspectiva, ensinou que a libertação da escravidão terrena era resultado do conhecimento de Deus e do mundo; mas, ao passo que Platão atingia este conhecimento por meio do raciocínio dialético, Filo, em seu lugar, colocou a profecia, a revelação na Lei de Moisés.
47 - O UNIVERSO , O MUNDO (A SOMA DAS COISAS CRIADAS); A TERRA HABITADA ; OS HABITANTES DA TERRA TODA ; A RAÇA HUMANA ; " A MASSA DA HUMANIDADE ÍMPIA, ALIENADA DE D EUS E HOSTIL À CAUSA DE C RISTO " - T HAYER ; " AFAZERES MUNDANOS , O AGREGADO DE BENS , RIQUEZAS , VANTAGENS , PRAZERES , ETC ., QUE EMBORA OCOS , VÃOS E PASSAGEIROS ESTIMULAM A CUBIÇA E CONSTITUEM OBSTÁCULO A
CRISTO " - T HAYER ; " O
PADRÃO DA VIDA PAGÃ "
- H ORT; " ADORNO ". W.C.TAYLOR. D ICIONÁRIO
DO
NOVO T ESTAMENTO G REGO . (DORAVANTE DENOMINADO
DE
DNTG). E D .
JUERP. 1991., P. 121.
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO No gnosticismo plenamente desenvolvido, a matéria é ipso facto má, e o homem somente pode ser salvo mediante a recepção da gnosis concedida por um redentor, que desceu ao mundo inferior, ascendendo, depois, ao mundo mais elevado. A RELAÇÃO DE JESUS PARA COM DEUS O próprio evangelista declara o propósito de seu escrito: "Mas estes foram escritos para que vocês creiam que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus e, crendo, tenham vida em seu nome". 20.31 (NVI). Se o tempo presente foi adotado, o propósito de João é confirmar os cristãos em sua fé em Jesus como o Messias e Filho de Deus face às interpretações errôneas que estavam surgindo na Igreja. A CRISTOLOGIA é central ao livro, pois a vida eterna depende de um correto relacionamento com Jesus Cristo. A DOUTRINA DO VERBO OU LOGOS[48] Uma das doutrinas mais distintivas do 4o Evangelho é a doutrina do Logos, ou do Verbo - 1.1,14. O termo "Verbo", é empregado por João para designar a preexistência de Jesus, e porque ele não tomou tempo para explicá-lo torna-se evidente que ele já era mais ou menos conhecido do povo naquele tempo. A FRASE "FILHO DE DEUS" SIGNIFICA RELAÇÃO ESPECIAL O título Filho de Deus, com suas modificações, é aplicado a Jesus cerca de trinta vezes no evangelho de João, umas vinte nas suas epístolas. Ninguém pode ler o Evangelho de João sem chegar à conclusão de que a relação entre Jesus e o Pai é toda especial, é uma relação natural e metafísica, e não simplesmente uma ralação moral ou ética. Os homens podem ser feitos filhos de Deus, mas Jesus foi, é e será sempre Filho de Deus. - 1.12; 10.30; 17.5, 21; O TÍTULO NÃO É MESSIÂNICO ENTRE OS JUDEUS Este título "filho de Deus", não era geralmente usado entre os judeus com referência ao Messias. Como sabemos, a idéia do povo judaico a respeito do Messias era bem outra. O povo esperava um homem guerreiro, como Davi. Como o Filho ideal de Deus, Jesus aplica a si mesmo este título, a fim de revelar a sua relação única e toda especial com o Pai. "Cristo", é um título messiânico, "Filho de Deus", é uma designação pessoal e não oficial. FORMAÇÃO DO CÂNON DO NOVO TESTAMENTO O cânon bíblico é o conjunto de livros que os cristãos consideram como divinamente inspirados, formando assim a Bíblia cristã. Embora a Igreja Primitiva usasse o Antigo Testamento de acordo com o cânon da Septuaginta (LXX), ao escrever os seus textos os apóstolos não pretendiam criar um conjunto definido de novas Escrituras, mesmo com o reconhecimento deles de que seus escritos eram divinamente inspirados. O processo de canonização do Novo Testamento foi complexo e demorado. Caracterizou-se por uma coletânea de livros que a tradição apostólica considerou autoritária no culto e no ensino, e em consonância com o Antigo Testamento, além de serem relevantes para as situações históricas em que viviam. Contrário à crença popular, o cânon do Novo Testamento não foi sumariamente decidido em reuniões do Conselho da igreja, mas sim desenvolvido ao longo de muitos séculos. 48 - A IDÉIA DO LOGOS RECUA AOS TEMPOS DO FILÓSOFO H ERÁCLITO (VII SÉC . 500 A .C.). E LE ENSINOU QUE TODAS AS COISAS ESTAVAM EM UM ESTADO DE FLUXO CONSTANTE , QUE NADA PERMANECE O MESMO . P ARA ELE , LOGOS PODE SIGNIFICAR " DISCURSO ", " PRELEÇÃO DIDÁTICA ", I. É , " ENSINO ", E ATÉ MESMO " REPUTAÇÃO ". NO MUNDO G R. SECULAR , A PALAVRA LOGOS JÁ ASSUMIU UMA SIGNIFICÂNCIA PARA O PENSAMENTO ESPECULATIVO MUITO ANTES DA SUA TERMINOLOGIA TER SI DO DEFINIDA COM MAIS EXATIDÃO .
COLIN BROWN. D ICIONÁRIO I NTERNACIONAL DE T EOLOGIA DO NOVO T ESTAMENTO . (DORAVANTE DONOMINADO DE DITNT). E DIÇÕES VIDA NOVA . 1989., P . 392. PARA UMA ANÁLISE MAIS ACURADA DESTA PALAVRA NA TERMINOLOGIA FILOSÓFICA .
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO Os escritos dos apóstolos circulavam entre as primeiras comunidades A folha de P46, um das primeiras do século III das epístolas cristãs. As epístolas de Paulo estavam circulando já reunidas no final coleções paulinas. do primeiro século d.C.. Justino Mártir, no segundo século, menciona as memórias dos apóstolos, que os cristãos chamam de evangelhos e que eram considerados em pé de igualdade com o Antigo Testamento. Um cânone contendo os quatro evangelhos (os Tetramorph) já estava circulando na igreja no tempo de Ireneu em 160 d.C.. No início do século III, Orígenes de Alexandria talvez já tenha usado os mesmos 27 livros que compõe o Novo Testamento moderno, mas ainda havia disputas sobre a canonicidade do livro de Hebreus, de Tiago, de II Pedro, de II e III João e do Apocalipse. Essas obras cuja autenticidade era questionada são chamadas Antilegomena. Em contraste, os escritos que foram aceitos universalmente pela igreja desde meados do século II e que compõe hoje a maior parte do Novo Testamento são denominadas homologoumena. O fragmento de Muratori mostra que em 200 d.C. já existia um conjunto de escritos cristãos semelhante ao Novo Testamento atual. Em sua carta de Páscoa de 367 d.C., Atanásio, bispo de Alexandria escreveu a primeira lista com os 27 livros que viriam a formar o Novo Testamento canônico. O Sínodo de Hipona em 393 d.C. aprovou o Novo Testamento tal como conhecemos hoje, [49] juntamente com os livros da Septuaginta, uma decisão que foi repetida pelo Conselho de Cartago em 397 d.C. e em 419 d.C.. Esses conselhos foram liderados por Santo Agostinho, que considerava o cânone como algo já fechado. Da mesma forma, o Papa Dâmaso I comissionou Jerônimo de Estridão a fim de organizar a edição Latina da Vulgata em 383 d.C., o que foi fundamental para a fixação do cânon do Ocidente. Em 405 d.C., o Papa Inocêncio I mandou uma lista dos livros sagrados para Exuperius, um bispo gaulês. Entretanto, como lembra F. F. Bruce, os livros do Novo Testamento não se tornaram escritos revestidos de autoridade para a igreja porque foram formalmente incluídos em uma lista canônica; pelo contrário, a igreja incluiu-os no cânon porque já os considerava divinamente inspirados, reconhecendo neles o valor inato e a autoridade apostólica direta ou indireta. Assim, por volta do século IV, já havia uma unanimidade no Ocidente sobre o cânon do Novo Testamento; O Oriente, com poucas exceções, havia entrado em concordância sobre a questão do cânon por volta do século V. A única resistência estava relacionada ao livro do Apocalipse. Não obstante, uma articulação dogmática completa do cânon não foi feita até 1546 no Concílio de Trento para o Catolicismo Romano; e em 1563 nos Trinta e Nove Artigos da Igreja da Inglaterra; Em 1647 na Confissão de Fé de Westminster para o calvinismo; E finalmente em 1672 no Sínodo de Jerusalém para ortodoxia grega. AUTORIA Por ser uma coleção de livros, o Novo Testamento foi escrito por vários autores. A visão tradicional é que esses livros foram escritos ou por apóstolos, como Mateus, João, Pedro e Paulo; ou por discípulos que trabalharam sob a direção desses apóstolos, como Marcos e Lucas. Todos esses escritores dos livros do Novo Testamento eram judeus, com exceção de Lucas. Três deles, Mateus, João e Pedro, faziam parte do grupo dos apóstolos de Jesus. Outros autores do Novo Testamento, como Marcos, Judas e Tiago foram ativos na igreja primitiva. Os três também já tinham contato com o grupo de apóstolos mesmo antes da morte de Jesus. Lucas e Paulo, embora não tenham sido testemunhas oculares da vida de Cristo, eram bem conhecidos daqueles que o foram. Nada se sabe sobre o autor de Hebreus. 49 - B ONA, A RGÉLIA (1899). PÁGINA VISITADA EM 2013-09-25.
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO EPÍSTOLAS PAULINAS Treze das epístolas foram escritas pelo apóstolo Paulo. Alguns estudiosos aceitam apenas sete como autênticas. Entre essas cartas estão incluídas Romanos, I e II Coríntios,Gálatas, Filipenses, I Tessalonicenses e Filémon. Os outros livros do novo testamento, para os estudiosos liberais, foram escritos por pessoas que estavam próximas do apóstolo Paulo. Entretanto, boa parte dos estudiosos concordam que as 13 epístolas que levam a autoria de Paulo, foram escritas ou ditadas por ele. F F Bruce afirma que "já se foi o tempo em que se ousava negar a autenticidade e a autoria desses documentos".[50] Algumas dessas epístolas paulinas mostram claramente que foram ditadas por Paulo e escritas por umescriba: o livro de Romanos foi escrito por Tércio (Romanos 16:22) e o livro de I Coríntios parece ter sido escrita por Sóstenes (I Corintíos 1:1). Das treze epístolas que levam o nome de Paulo, três foram escritas no fim de sua prisão em Roma.[51] I e II Timóteo e a carta de Tito são conhecida como epístolas pastorais.[52] As outras dez são conhecidas como epístolas de viagem, porque foram escritas nas viagens missionárias do apóstolo Paulo. HEBREUS A Epístola aos Hebreus constitui o maior problema de autoria do Novo Testamento. Na verdade, a questão sobre a autoria de Hebreus é antiga, remontando ao século III. O escritor eclesiástico Caio não considerava Hebreus como sendo escrita por Paulo.[53] Orígenes afirmava que se pois alguma igreja considera essa epístola proveniente de Paulo, que seja louvada por isso, pois tão pouco esses homens da antiguidade a transmitiram como tal sem causa; mas só Deus sabe quem realmente escreveu essa epístola‖.[54] Eusébio declarou que Clemente de Alexandria afirmava que essa epístola foi escrita por Paulo em hebraico, e traduzida para o grego por Lucas.39 Já Tertuliano atribuía a autoria a Barnabé[55]40 ; e Apolo foi uma sugestão de Martinho Lutero.[56] Entretanto, a única certeza que se tem é que o autor não era discípulo imediato de Cristo (Hebreus 2:3). Era judeu, uma vez que empregava a primeira pessoa do plural para se referir ao seu público judaico. Era amigo de Timóteo e pertencia ao círculo paulino (Hebreus 13:23). Além disso, era muito versado no Antigo Testamento, fazendo uso da versão grega da Septuaginta (LXX). EVANGELHOS Os evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas), têm uma inter-relação única. Eles descrevem muitos dos mesmos acontecimentos e atribuem a Jesus palavras semelhantes ou iguais. A visão dominante entre os estudiosos para explicar essa inter-relação é a hipótese das duas fontes. Esta hipótese propõe que Mateus e Lucas estruturaram seus evangelhos de forma significativa sobre o Evangelho de São Marcos; e outra fonte que continha os ditos de Jesus, conhecida como "Q" (derivado de quelle, palavra alemã para "fonte"). A natureza e até mesmo a existência de uma fonte escrita contendo esse material partilhado por Mateus e Lucas e designada como Q tem sido questionada por alguns estudiosos, alguns dos quais propuseram a hipótese de variantes a fim de nuançar ou mesmo acabar com a fonte Q. Os estudiosos que reconhecem a existência de Q argumentam que este era um documento único de escrita, enquanto alguns sugerem que o "Q" foi realmente um número de documentos ou tradições orais. 50 - BRUCE, F F. M ERECE CONFIANÇA O NOVO T ESTAMENTO ?. SÃO PAULO , VIDA NOVA, 2010. PÁG . 19 E 20 51 - TENNEY, M ERRILL . O NOVO T ESTAMENTO SUA ORIGEM E ANÁLISE . SÃO PAULO : SHEDD PUBLICAÇÕES , 2008. PÁG. 341; 52 - BRUCE, F F. M ERECE CONFIANÇA O NOVO T ESTAMENTO ?. SÃO PAULO , VIDA NOVA, 2010. PÁG . 20; 53 - I DEM ; 54 - I DEM ; 55 - EUSÉBIO, H ISTÓRIA E CLESIÁSTICA . 6.20.3; 56 - CITADO DE O RÍGENES POR EUSÉBIO EM H ISTÓRIA E CLESIÁSTICA 6.25;
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO Se fosse uma fonte documental, não há informações sobre o seu autor ou autores, e é praticamente impossível obter essa informação a partir dos recursos atualmente disponíveis. DATA DA COMPOSIÇÃO Embora não se tenha nenhum dos documentos originais, mas tão somente manuscritos dos séculos posteriores, de modo geral acredita-se que os livros do Novo Testamento teriam sido escritos no século I da era comum. As datas exatas de escrita dos livros propostas por pesquisadores possuem variações. Alguns consideram que o Novo Testamento praticamente completo (com exceção de Apocalipse) já estava escrito antes do ano 70, com alguns livros tendo sido escritos apenas alguns anos após os eventos que narram. De outro lado estão pesquisadores que consideram que todos os livros do Novo Testamento foram escritos bem depois dos acontecimentos relativos à morte de Jesus. Apesar do Evangelho de Mateus figurar como o primeiro livro do Novo Testamento bíblico, é de maneira geral aceito entre pesquisadores que este não foi o primeiro a ser escrito, nem entre os evangelhos e quanto às demais obras. Isto porque o Evangelho mais antigo teria sido o de Marcos, cuja data de escrita costuma ser calculada entre os anos 55 e 65da era comum e pode ter servido de fonte para Lucas e Mateus ampliarem as informações sobre a vida de Jesus na terra, embora contenha 31 versículos a mais relativos a outros milagres não relatados pelos demais evangelistas. Todavia, supõe-se que os livros mais antigos teriam sido as epístolas de Tiago e de Paulo aos gálatas, cuja época teria sido, aproximadamente, em torno do ano 49 da era comum, antes do Concílio de Jerusalém. Já os últimos livros a serem escritos têm a sua autoria atribuída ao apóstolo João e seriam o seu Evangelho, as três epístolas e o Apocalipse. Este, por volta do ano 95 da era comum, em Patmos, no período da perseguição do imperador Domiciano. Importante observar que o período que pode ter sido o de maior produção dos escritos do Novo Testamento corresponderia à década de 60 do século I, talvez como uma iniciativa de preservar as informações sobre as origens do cristianismo na época das perseguições de Nero, quando a maioria dos apóstolos foram martirizados, entre os quais Pedro e Paulo. Por outro lado, as epístolas de Paulo foram muito utilizadas pelo apóstolo para fins de comunicação com as comunidades cristãs e com os pregadores durante os tempos de suas viagens missionárias e na época de Nero. Algumas cartas, como a epístola aos gálatas teriam sido bem antes da primeira perseguição aos cristãos do Império Romano. Outras teriam sido após os últimos relatos que constam no livro de Atos. MANUSCRITOS DO NOVO TESTAMENTO
Como outras literaturas da antiguidade, o texto do Novo Testamento era (antes do advento da imprensa) preservado e transmitido em manuscritos. De acordo com a última contagem, existem cerca de 5.700 manuscritos gregos do Novo Testamento. Além disso, existem mais de nove mil manuscritos em outras línguas (siríaco, copta, latim, árabe). Alguns desses manuscritos são Bíblia completas, outros são livros ou páginas, e somente alguns são apenas fragmentos. Fragmento do Papiro P52 ou Rylands Library Papyrus, que contém cinco versículos do Evangelho de João (18.31-33, 37, 38). Ele é datado entre 117-138 d.C.
O Novo Testamento foi escrito em letras de imprensa, conhecidas pelo nome de Unciais (ou maiúsculas).
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO A partir do século VI esse estilo caiu em desuso, sendo gradualmente substituído pelos manuscritos chamados minúsculos. Esses predominaram no período que vai do século IX ao XV. O Rylands Library Papyrus ou Papiro P52 é geralmente aceito como o mais antigo registro sobrevivente de um livro que viria a ser o Novo Testamento. É datado em algum momento entre 117 d.C. e 138 d.C.. A parte frontal desse papiro contém os linhas do Evangelho de João 18:31-33. No verso, estão registrados os versos 37 e 38. Os manuscritos do Novo Testamento são divididos em três categorias: papiros, unciais e minúsculos. O que os diferencia são suas características diferenciadas. PAPIROS Esses manuscritos datam do século II e III. Eles foram escritos quando o cristianismo ainda era ilegal e as cópias do Novo Testamento eram feitas no material mais barato possível. Atualmente, existem cerca de 26 manuscritos do Novo Testamento em papiro. Como esses textos surgiram apenas uma geração depois dos autógrafos originais, eles são valiosíssimos para a montagem do texto original através da critica textual do Novo Testamento. O fragmento P52, por exemplo, faz parte dessa categoria. Outros documentos valiosos são o P45, P46 e o P47, conhecidos como Papiros Chester Beatty (250), consistem de três códices que abrangem a maior parte do Novo Testamento. P45 – são trinta folhas de um códice de papiro que contém os evangelhos e Atos; P46 – traz a maior parte das cartas de Paulo, bem como Hebreus, faltando, porém, algumas partes de Romanos, I Tessalonicenses e todas II Tessalonicenses; P47 – Contem partes do Apocalispe. A mais importante descoberta de papiros do Novo Testamento são os Papiros Bodmer (175-225). Eles compreendem o P66, o P72 e oP75. P66 (200 d.C.) - contém algumas porções do evangelho de João; P72 (séc. III) – É a mais antiga cópia de Judas e de I e II Pedro que se conhece; contém vários livros, alguns canônicos e outros apócrifos; P75 (175-225 d.C.) – contém Lucas e João em unciais cuidadosamente impressos, com toda clareza. É a mais antiga cópia de Lucas que se tem noticia. AUTORIDADE Todas as igrejas cristãs aceitam o Novo Testamento como parte de suas Escrituras Sagradas. Entretanto, os vários ramos do cristianismo diferem em sua compreensão da natureza, extensão e relevância da Autoridade do Novo Testamento. Geralmente, o papel que uma vertente cristão tem do Novo Testamento como Autoridade depende muito do conceito de inspiração, que esta relacionado com o papel de Deus na formação do Cânon Bíblico. Assim, quanto maior o papel de Deus na doutrina da inspiração, mais se aceita a doutrina da inerrância bíblica e/ou da Bíblia como regra de fé e prática. As condições para definir esses termos são difíceis, visto que muitas pessoas as usam indiferentemente ou com significados muito diferentes.
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO Aqui, utilizaremos os termos da seguinte forma: Infalibilidade diz respeito à legitimidade absoluta da Bíblia em questões de doutrina. Inerrância diz respeito à legitimidade absoluta da Bíblia em afirmações de fatos científicos e históricos. Em outras palavras, a Bíblia não possui erro de natureza nenhuma. Fonte Ética diz respeito à legitimidade da Bíblia em questões de moral, fé e prática. Todos esses conceitos dependem de seu correto significado para pressupor de que o texto da Bíblia foi interpretado de maneira certa. Assim, partindo de um dos pressupostos acima, tem-se um panorama da Hermenêutica do texto que leva em consideração a intenção do autor que escreveu, quer seja literal, histórica, alegórica, simbólica ou poética. A doutrina da inerrância, por exemplo, é entendida de várias formas, de acordo com o peso dado pelo intérprete. CATOLICISMO E ORTODOXIA ORIENTAL Tanto para a Igreja Católica quanto para Igreja Ortodoxa Oriental, existem dois tipos de revelações: a Bíblia e a Tradição. Ambos são interpretados pelos ensinamentos da igreja. Na terminologia católica, o ofício de ensinar é chamado de Magistério (do latim magistra). Na terminologia Ortodoxa a autêntica interpretação da Escritura e da Tradição é limitada ao Direito Canônico dos concílios ecumênicos. Ambas as fontes de revelação são consideradas necessárias para a boa compreensão dos princípios da fé. A visão da Igreja Católica está claramente expressa em seu Catecismo (1992): § 83: Como resultado, a igreja, para quem a transmissão e interpretação de Apocalipse foi confiada, não deriva a sua certeza sobre todas as verdades das Sagradas Escrituras sozinha. Tanto a Escritura quanto a Tradição devem ser aceitas e honradas com igual sentimento de devoção e reverência. § 107: Os livros inspirados ensinam a verdade. Desde que tudo o que os autores inspirados afirmam deve ser considerado como afirmado pelo Espírito Santo, temos de reconhecer que os livros da Escritura firmemente, fielmente e sem erro de ensinar a verdade que Deus, por causa da nossa salvação, quis ver confidenciou a Sagrada Escritura. PROTESTANTISMO Os protestantes defendem a doutrina do sola scriptura, cujo significado em latim é "somente a Bíblia". Eles acreditam que a regra de fé, prática e a interpretações devem levar em consideração exclusivamente os ensinamentos das Escrituras. A tradição não é fonte de autoridade para o protestantismo. Como a autoridade das denominações protestantes derivam exclusivamente da Bíblia, suas doutrinas estão sempre abertas a reavaliações. Essa abertura à revisões doutrinárias deu base para as tradições protestantes liberais reavaliarem as doutrinas da Escritura em que a Reforma foi fundada. Os membros dessa tradição chegam a questionar se a Bíblia é infalível em questões doutrinarias, se é inerrante em outras declarações factuais e históricos e se Ela tem autoridade divina única. As adaptações feitas pelos protestantes modernos a sua doutrina das Escrituras varia muito de denominação para denominação. PROTESTANTES E EVANGÉLICOS FUNDAMENTALISTAS Alguns evangélicos americanos conservadores acreditam que as Escrituras têm sua origem da união entre o Divino e o humano: humanos em sua composição; e divino em sua fonte que é Deus. Os evangélicos acreditam que o Espírito Santo guiou os escritores da Bíblia de tal forma que eles não escreveram nada contrário à verdade. Os cristãos fundamentalistas também aceitam a autoridade da Bíblia para questões morais, éticas e científicas.
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO Para os evangélicos fundamentalistas isso se aplica especialmente a questões como ordenação de mulheres, aborto, evolução e homossexualidade. No entanto, embora a maioria dos protestantes se posicionem contra essas questões, um número cada vez maior do protestantismo está cada vez mais dispostos a considerar que as opiniões dos autores bíblicos são culturalmente condicionado. Essa ala do protestantismo argumenta que há espaço para mudanças juntamente com as normas culturais e os avanços científicos. A maioria dos cristãos fundamentalistas e dos evangélicos professam a crença na inerrância da Bíblia, ou seja, que os autógrafos originais das Escrituras Sagradas não possuem qualquer tipo de erro. Já os protestantes mais liberais evitam interpretações da Bíblia que contradiz diretamente as afirmações científicas que são geralmente aceites de fato. Eles não imputam erro aos autores bíblicos, mas entendem que as pessoas que escreveram a Bíblia tinham em mente determinadas intenções literárias que poderiam dar credibilidade para o progresso humano no conhecimento do mundo ao mesmo tempo em que aceitavam a inspiração divina das Escrituras. Para os que acreditam na inerrância da Bíblia, a Declaração de Chicago sobre a Inerrância Bíblica (1978) formalizou as visões evangélicas sobre esta questão. Em resumo, essa declaração afirma que a Bíblia é: Total e verbalmente dada por Deus, sem erro ou falha em tudo o que ensina, quer naquilo que afirma a respeito de Deus que atuou na criação, quer seja sobre os acontecimentos da história mundial e sobre a sua própria origem literária dada pela Inspiração do Espírito Santo, que em seu testemunho nos concedeu a graça salvadora de Deus na vida individual. Memorando:[57] Para: JESUS (Filho de José e Maria) Oficina de Carpintaria 25922 - Nazare - Judeia Prezado Rabi, Obrigado por enviar-nos o "Curriculum Vitae" dos doze homens que escolheu para ocupar posições destaque e gerenciamento em sua nova empreitada. Todos já foram submetidos aos nossos testes. Marcamos, para cada um deles, entrevistas pessoais com o nosso psicólogo e com o encarregado dos testes vocacionais, cujos resultados registramos em nossos computadores para eventuais consultas futuras. Anexo, encaminhamos os perfis de nossos testes. Recomendamos minucioso exame individual. Como parte de nossos serviços e para sua melhor orientação, tecemos alguns comentários gerais, que resultam dos pareceres de nosso pessoal, da mesma forma que um auditor faz declarações generalizadas sobre suas conclusões: Nossa equipe é de opinião que falta a maioria de seus escolhidos, experiência, escolaridade e aptidão vocacional para o tipo de empreendimento a que o senhor se propõe. Acha também que não possuem a desejável noção de equipe, para a execução da tarefa.
57 - OPUD, T EOLOGIA DO NOVO T ESTAMENTO . E V. JOSÉ FERRAZ
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO Todos deixam a desejar no quesito "cuidados e aparência pessoal". Recomendamos que continue a procurar pessoas com experiência em gerenciamento e que apresentem capacidade comprovada. Simão Pedro é emocionalmente instável, sujeito a explosões intempestivas. André não possui absolutamente nenhuma capacidade de liderança. Os dois irmãos, Tiago e João, filhos de Zebedeu, colocam o interesse pessoal acima da lealdade à empresa. João é uma pessoa excessivamente humilde, dificilmente conseguira demonstrar autoridade sobre outras pessoas. Sentimos informar que Mateus faz parte da lista negra do Departamento de Negócios de Jerusalém. Tiago, filho de Alfeu, bem como Tadeu, possuem, definitivamente, inclinações radicais. Ambos atingiram uma elevada marca na escala maníaco - depressiva. Tomé demonstra uma atitude de duvida que poderia abalar o estado de espírito do grupo. Um dos candidatos porem, demonstra um grande potencial. E um homem capacitado e cheio de recursos. Tem facilidade de comunicação, mente aguçada para negócios, bom transito entre pessoas de alta posição. E altamente motivado, ambicioso e responsável. Recomendamos Judas Iscariotes como seu controlador e braço direito. Os demais perfis são auto explanatorios. Desejamos-lhe sucesso em seu novo empreendimento. Atenciosamente. Consultoria Geral Jordão Departamento de Recursos Humanos 26544 Jerusalém - Palestina BIBLIOGRAFIA: COENEN, L. E BRAUHN, C. O NOVO DICIONÁRIO INTERNACIONAL DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO (4VOL.), SÃO PAULO, VIDA NOVA / 1981 - 1983. KUMMEL, W. G. SÍNTESE TEOLÓGICA DO NOVO TESTAMENTO, SÃO LEOPOLDO; SINODAL/ 1983. LADD, G. E. TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO, RIO DE JANEIRO, JUERP / 1985. MOULE, C. F. D. AS ORIGENS DO NOVO TESTAMENTO, SÃO PAULO, PAULINAS / 1979. RICHARDSON, A. INTRODUÇÃO A TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO, SÃO PAULO, ASTE / 1966. COENEN, L. E BRAUHN, C. O NOVO DICIONÁRIO INTERNACIONAL DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO (4VOL.), SÃO PAULO, VIDA NOVA / 1981 - 1983. KUMMEL, W. G. SÍNTESE TEOLÓGICA DO NOVO TESTAMENTO, SÃO LEOPOLDO; SINODAL/ 1983. LADD, G. E. TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO, RIO DE JANEIRO, JUERP / 1985. MOULE, C. F. D. AS ORIGENS DO NOVO TESTAMENTO, SÃO PAULO, PAULINAS / 1979.
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO RICHARDSON, A. INTRODUÇÃO A TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO, SÃO PAULO, ASTE / 1966. GEISLER, NORMAN E NIX, WILLIAM . INTRODUÇÃO BÍBLICA . SÃO PAULO: VIDA, 2006. LASSUS, JEAN. A ARTE CRISTÃ. ECCLESIA. PÁGINA VISITADA EM 23 DE JUNHO DE 2010. ROBINSON, JOHN. REDATING THE NEW TESTAMENT . WIPF & STOCK PUBLISHERS , 2000. LINDEBERG. CARTER. UMA BREVE HISTÓRIA DO CRISTIANISMO. SÃO PAULO: LOYOLA, 2008. KENT, GRENVILLE E RODIONOFF, P HILIP . O CÓDIGO DA VINCI E A BÍBLIA: SERIA O CRISTIANISMO A MAIOR FRAUDE DA HISTÓRIA ?. T ATUÍ : CPB, 2006. BOCK, DARRELL L. QUEBRANDO O CÓDIGO DA VINCI. OSASCO: NOVO SÉCULO, 2004. GUEDES, IVAN (09 DE JULHO DE 2008). OS LIVROS QUESTIONADOS E /OU ANTILEGOMENA . BLOG REFLEXÃO BÍBLICA. PÁGINA VISITADA EM 23 DE JUNHO DE 2010. GEISLER, NORMAN E NIX, WILLIAM . A EXTENSÃO DO CÂNON DO NOVO TESTAMENTO IN INTRODUÇÃO BÍBLICA. SÃO PAULO: VIDA, 2006. RIBEIRO, JÚNIOR (22 DE FEVEREIRO DE 2009). W.A. OS APÓCRIFOS DO NOVO TESTAMENTO. PORTAL GRAECIA ANTIQUA. PÁGINA VISITADA EM 23 DE JUNHO DE 2010. GEISLER, NORMAN E TUREK, FRANK. POSSUÍMOS TESTEMUNHOS ANTIGOS SOBRE JESUS? IN NÃO TENHO F É SUFICIENTE PARA SER ATEU . SÃO PAULO: VIDA, 2006. BRUCE, F F. THE NEW TESTAMENT DOCUMENTS: ARE THEY RELIABLE? LEICESTER: INTERVARSITY, 1981. "AMMONIAN SECTIONS" NA EDIÇÃO DE 1913 DACATHOLIC ENCYCLOPEDIA (EM INGLÊS )., UMA PUBLICAÇÃO AGORA EM DOMÍNIO PÚBLICO . "EUTHALIUS". ENCICLOPÉDIA CATÓLICA. (1913). NOVA IORQUE: ROBERT APPLETON COMPANY. BLACK. DAVID A. POR QUE QUATRO EVANGELHOS?: RAZÕES HISTÓRICAS E CIENTÍFICAS DA ESCOLHA DE MATEUS, MARCOS, LUCAS E JOÃO. SÃO PAULO: VIDA, 2004. BRUCE, F F. THE NEW TESTAMENT DOCUMENTS: ARE THEY RELIABLE? LEICESTER: INTERVARSITY, 1981. KENT, GRENVILLE E RONDIONOFF, PHILIP. O CÓDIGO DA VINCI E A BÍBLIA. TATUÍ: CPB, 2006. WITHERINGTON III, BEN. HISTÓRIA E HISTÓRIAS DO NOVO TESTAMENTO. SÃO PAULO: VIDA NOVA, 2005. TENNEY, MERRIL. O EVANGELHO DE MATEUS IN O NOVO TESTAMENTO: SUA ORIGEM E ANÁLISE . SÃO PAULO, SHEDD, 2008. BLACK. DAVID A. POR QUE QUATRO EVANGELHOS?: RAZÕES HISTÓRICAS E CIENTÍFICAS DA ESCOLHA DE MATEUS, MARCOS, LUCAS E JOÃO. SÃO PAULO: VIDA, 2004. WITHERINGTON III, BEN. HISTÓRIA E HISTÓRIAS DO NOVO TESTAMENTO. SÃO PAULO: VIDA NOVA, 2005. MULHOLLAND, DEWEY. MARCOS: INTRODUÇÃO E COMENTÁRIO. SÃO PAULO: VIDA NOVA, 2008. EUSÉBIO (312-317 D.C.). A ORDEM DOS EVANGELHOS IN HISTÓRIA ECLESIÁSTICA. NOVO SÉCULO. PÁGINA VISITADA EM 23 DE JUNHO DE 2010. BLACK. DAVID A. POR QUE QUATRO EVANGELHOS?: RAZÕES HISTÓRICAS E CIENTÍFICAS DA ESCOLHA DE MATEUS, MARCOS, LUCAS E JOÃO. SÃO PAULO: VIDA, 2004. MULHOLLAND, DEWEY. MARCOS: INTRODUÇÃO E COMENTÁRIO. SÃO PAULO: VIDA NOVA, 2008. PAROSCHI, WILSON. CRÍTICA TEXTUAL DO NOVO TESTAMENTO. SÃO PAULO: VIDA NOVA, 2008. WITHERINGTON III, BEN. HISTÓRIA E HISTÓRIAS DO NOVO TESTAMENTO. S. P: VIDA NOVA, 2005. MORRIS, LEON. LUCAS: INTRODUÇÃO E COMENTÁRIO. SÃO PAULO: VIDA NOVA, 1996. WITHERINGTON III, BEN. HISTÓRIA E HISTÓRIAS DO NOVO TESTAMENTO. SÃO PAULO: VIDA NOVA, 2005. BLACK. DAVID A. POR QUE QUATRO EVANGELHOS?: RAZÕES HISTÓRICAS E CIENTÍFICAS DA ESCOLHA DE MATEUS, MARCOS, LUCAS E JOÃO. SÃO PAULO: VIDA, 2004. EUSÉBIO. HISTÓRIA ECLESIÁSTICA 3.39.15-16. SÃO PAULO: PAULINAS , 2005.
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO CURRICULUM ECLESIÁSTICO, FORMAÇÃO PSICANALÍTICA E TEOLÓGICA CARLOS ANTÔNIO SANTOS DE NOVAIS
FORMAÇÃO TEOLÓGICA E FILIAÇÃO: CAPELÃO PELA ESCOLA INTERNACIONAL DE MINISTÉRIOS – ESTEM BRASIL, MG. CAPELÃO PELA FACULDADE DE TEOLOGIA SEPHER ELOAH – FATESE, DF. BÁSICA EM TEOLOGIA – STPLM – BRASÍLIA, DF. MÉDIO E BACHAREL EM TEOLOGIA BÍBLICA PELO ITCEU – BA. BACHAREL EM ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA – FATEFINA (EAD). .BACHAREL EM TEOLOGIA PASTORAL – PELA FACULDADE DE TEOLOGIA EL SHADAI. .CURSO DE ESCATOLOGIA BÍBLICA PELA CPAD. BACHAREL EM MISSIOLOGIA – SEMINÁRIO INTERDENOMINACIONAL TEOLÓGICA KERIGMA DIDACHÉ .JUIZ DE PAZ ECLESIÁSTICO – PELA FILEMOM ESCOLA SUPERIOR DE TEOLOGIA. .PÓS-GRADUANDO EM PSICANÁLISE CLÍNICA PELA FACULDADE DE TEOLOGIA EL SHADAI. .PÓS-GRADUANDO EM CAPELANIA CRISTÃ – PELA FACULDADE DE TEOLOGIA EL SHADAI. PÓS-GRADUANDO EM TEOLOGIA – PELO INSTITUTO DE TEOLOGIA LOGOS. LICENCIATURA EM CIÊNCIAS DA RELIGIÃO – PELO INSTITUTO DE TEOLOGIA LOGOS. CAPACITAÇÃO MISSIONÁRIA – AMME EVANGELIZAR – POÇOS DE CALDAS – MG, 2005. CURSOU OS 38 ESTUDOS DO INSTITUTO BÍBLICO BERÉIA – RJ. TEOLOGIA EM CLÍNICA PASTORAL – ESCOLA DE TEOLOGIA RHEMA – ESTER TEOLOGIA EM CLÍNICA PASTORAL PELA THEOLOGIA ONLINE OPEN UNIVERSITY. INTRODUÇÃO À MISSÕES – ESCOLA DE TEOLOGIA RHEMA – ESTER. INTRODUÇÃO Á FORMAÇÃO PASTORAL – ESCOLA DE TEOLOGIA RHEMA – ESTER. CURSO DE FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO DE OBREIROS – CFCO – ASSEMBLÉIA DE DEUS – BA. CAPACITAÇÃO PASTORAL PELA SEPAL, IGREJA BATISTA PENIEL – BA. MEMBRO DA ORDEM DE TEÓLOGOS E PASTORES DO BRASIL – OTPB, 2010/14. MEMBRO DO CONSELHO DE PASTORES DO BRASIL – CPB, 2010/14. .FILIADO AO CFJE – CONSELHO FEDERAL DE JUÍZES ECLESIÁSTICOS BRASIL – 2013/14. 2º VICE-PRESIDENTE DO CONSELHO DE TEÓLOGOS DE VITÓRIA DA CONQUISTA – CTVC. – 2013/15 EXPERIÊNCIA COM RÁDIO: APRESENTADOR DO PROGRAMA NOVAS DE ALEGRIA – RÁDIO CLUBE DE CONQUISTA – AM. APRESENTADOR DO PROGRAMA NOVAS DE ALEGRIA – RÁDIO MELODIA CONQUISTA – 87,9 FM. PARTICIPA COMO DEBATEDOR RÁDIO MELODIA CONQUISTA – 87,9 FM. PALESTRANTE NOS SEGUINTES ASSUNTOS: RELACIONAMENTOS – NAMORO, NOIVADO, CASAMENTO E SEXUALIDADE Á LUZ DA BÍBLIA. GUERRA ESPIRITUAL – “O CORAÇÃO DO HOMEM”, O CAMPO DE BATALHA ONDE TUDO COMEÇA.
CARGOS, FUNÇÕES E ATIVIDADES DESEMPENHADAS: FUNDADOR DO DEPMAD - DEPARTAMENTO DE MISSÕES DAS ASSEMBLÉIAS DE DEUS – BA. PROFESSOR DA ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL – ASSEMBLÉIA DE DEUS – 1997 A 2010 – BA. .PROFESSOR DO MÉDIO E BACHARELADO DO INSTITUTO TEOLÓGICO NO CENTRO EVANGELÍSTICO URBANO – ITCEU, 2005 A 2008 – BA. PROFESSOR DO INSTITUTO TEOLÓGICO QUADRANGULAR – ITQ, – 2012/14 – BA. PROFESSOR DA ESCOLA TEOLÓGICA EL SHADDAI – ETES, ASSEMBLÉIA DE DEUS – 2010 – BA. .SECRETÁRIO E PROFESSOR DA EXTENSÃO DA ESCOLA TEOLÓGICA DO MINISTÉRIO DE SANTO AMARO – ETEMISA, ASSEMBLÉIA DE DEUS – 2010 – BA. .DIRETOR PRESIDENTE DO IETEV – INSTITUTO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA EVANGÉLICA.
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APOSTILA DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO APRESENTAÇÃO ATENÇÃO: Algumas matérias que aparecem com o mesmo nome em cursos diferentes (BÁSICO, MÉDIO E BACHARELADO EM TEOLOGIA), poderão corresponder aos mesmos assuntos, com ou sem significativas alterações de conteúdo. O aluno que fizer conosco o curso teológico desde o básico, estará automaticamente dispensado das matérias repetidas, obtendo a nota correspondente a tal matéria do curso anterior.
ESTA APOSTILA INTEGRA O GRUPO DAS 44 DISCIPLINAS DO CURSO LIVRE BACHARELADO EM TEOLOGIA DO INSTITUTO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA EVANGÉLICA NOS MÓDULOS POR EXTENSÃO, CORRESPONDÊNCIA E DIGITAL DISTANCE LEARNING (EAD). O IETEV - INSTITUTO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA EVANGÉLICA TEM POR OBJETIVO, OFERECER FORMAÇÃO BÁSICA, MÉDIO, BACHAREL, E OUTROS CURSOS EM TEOLOGIA AOS EVANGÉLICOS, PRINCIPALMENTE ÀQUELES QUE NÃO PODEM, POR MOTIVOS DIVERSOS, FREQÜENTAR UM CURSO REGULAR DE TEOLOGIA. AS APOSTILAS DESTE CURSO SÃO ELABORADAS COM PROFUNDA BASE BÍBLICA, SENDO PESQUISADAS DIVERSAS OBRAS SELECIONADAS DE TEÓLOGOS RENOMADOS E DE GRANDE ACEITAÇÃO PELO PÚBLICO EVANGÉLICA, SEMINÁRIOS E FACULDADES DE TEOLOGIA. O
CURSO DE BACHARELADO EM TEOLOGIA PASTORAL TEM A DURAÇÃO DE 44 MESES E ABRANGE AS SEGUINTES MATÉRIAS TEOLÓGICAS: (O ALUNO PODE FAZER ATÉ 3 MÓDULOS AO MÊS NO CASO EAD) THEOLOGIA - OPEN UNIVERSITY. 01 – TEOLOGIA SISTEMÁTICA I – CONTEXTO GERAL 02 – TEOLOGIA SISTEMÁTICA II – SOTERIOLOGIA 03 – TEOLOGIA SISTEMÁTICA III – ANTROPOLOGIA II 04 – TEOLOGIA SISTEMÁTICA IV – CRISTOLOGIA II 05 – TEOLOGIA SISTEMÁTICA V – HAMARTIOLOGIA 06 – TEOLOGIA SISTEMÁTICA VI – BIBLIOLOGIA II 07 – ARQUEOLOGIA BÍBLICA DO TEXTO BÍBLICO 08 – DIDÁTICA CRISTÃ E SECULAR 09 – DIREITO ECLESIÁSTICO 10 – ÉTICA CRISTÃ E PASTORAL 11 – EXEGESE DO TEXTO BÍBLICO II 12 – INTRODUÇÃO À FILOSOFIA 13 – FILOSOFIA DA RELIGIÃO 14 – MISSIOLOGIA 15 – PEDAGOGIA CRISTÃ E SECULAR 16 – PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO 17 – ACONSELHAMENTO E PSICOLOGIA PASTORAL 18 – RELIGIÕES COMPARADAS 19 – ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA 20 – APOLOGÉTICA II 21 – LIDERANÇA CRISTÃ 22 – DOUTRINAS BÍBLICAS
23 – EDUCAÇÃO RELIGIOSA 24 – EPÍSTOLAS PAULINAS 25 – ESCATOLOGIA BÍBLICA III 26 – ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL 27 – GEOGRAFIA DAS TERRAS BÍBLICAS II 28 – NOÇÕES DE GREGO 29 – NOÇÕES DE HEBRAICO 30 – HERMENÊUTICA III 31 – HISTÓRIA DE ISRAEL 32 – HOMILÉTICA II 33 – LÍNGUA PORTUGUESA (NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO) 34 – HISTÓRIA DA IGREJA II 35 – LIVROS HISTÓRICOS 36 – LIVROS POÉTICOS 37 – MÉTODOS DE ESTUDOS BÍBLICOS 38 – DONS MINISTERIAIS – TEOLOGIA PASTORAL II 39 – OS EVANGELHOS 40 – PANORAMA BÍBLICO 41 – PROFETAS MAIORES 42 – PROFETAS MENORES 43 – TEOLOGIA DO VELHO TESTAMENTO 44 – TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO
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