HISTÓRIA DO CINEMA II A HISTÓRIA DE TRANSFORMAÇÕES DA MAIS IMPORTANTE INDÚSTRIA DO CINEMA, HOLLYWOOD.
História de Hollywood década de 1930
Se vamos descrever um pouco a história da indústria do cinema mais importante do Ocidente, a mais performática e midiática do mundo do cinema. Devemos apresentar o início da sua grande celebração, sua festa oficial, o Oscar. Academia de Artes e de Ciência Cinematográficas nasceu em 11 de maio de 1927. E a primeira cerimônia da Academia só aconteceu em 1929, e o primeiro filme a tomar conta da crítica especializada e do Oscar foi o Cantor de Jazz (filme revolucionário por ser o primeiro filme falado da história do cinema, e por apresentar uma temática do preconceito étnico). Já nos anos de 1930, temos o que vamos chamar de casamento dos astros da música com o cinema, pois Duke Ellington (um dos pais do jazz) cria músicas, especialmente, para produções hollywoodianas. Já em 1934 ganha o Oscar de melhor filme Cavalgada que narra os olhares e ideias de um casal britânico (Jane e Robert Marryot) que passa por diversos momentos como: a Guerra dos Boers, a morte da rainha Vitória, e a Primeira Guerra mundial, e esses acontecimentos influenciaram em suas vidas. Também não poderíamos esquecer que os primeiros passos de Hollywood (como instituição) deu foram o resultado de uma intensa influência do cinema expressionista alemão. Além disso o cinema norte-americano surge como fonte política contrária ao cinema realista russo que surgia como propaganda institucionalizada pelo Estado.
A indústria de cinema norte-americano, realmente, tem seu salto de qualidade e de quantidade de produções a partir da década de 1930, até aquele momento a maior indústria de cinema mundial era a indústria de cinema alemão que veio com tudo com o movimento chamado Expressionismo Alemão que arrebatou todas as salas de cinema do mundo na época. Acima de tudo, é com a indústria de cinema alemão que Hollywood vai se alicerçar, isto é, com a base de investimentos de grandes estúdios e criação de uma star-system que vai encantar o Ocidente.
História de Hollywood década de 1940
Já na década de 1940, principalmente, após a 2° Guerra Mundial, Hollywood vai se consolidar como modelo de produção cinematográfico ocidental. A partir de 1940, temos três grandes produções de peso (E O Vento Levou, O Mágico de Oz e Cidadão Kane) e a última produção irá revolucionar a narrativa cinematográfica (com o uso de flash back, o uso dramático de profundidade de campo, e a invenção de soluções visuais que vão colaborar para os seus objetivos). E na cerimônia de 1940, Hattie McDaniel (no papel de Mamie em E O Vento Levou) vai ser a primeira negra a ganhar o Oscar na categoria de melhor atriz coadjuvante. Já na cerimônia de 1942, temos outras grandes produções (O Falcão Maltês, Como Era Verde Meu Vale, Pérfida), sendo o primeiro um filme que vai inaugurar o gênero noir norte-americano. E o ganhador de melhor filme foi Como Era Verde Meu Vale sendo uma narrativa que avalia a desintegração familiar, principalmente após a crise de 1929. Já nas cerimônias de 1943 a 1945 as famosas estatuetas de metal e banhadas a ouro serão substituídas por estatuetas de base de gesso.
História de Hollywood década de 1940
A Formação do Comitê Um dos primeiros comitês da Academia era formado por sete pessoas que sugeria o prêmio em doze (12) categorias. Os primeiros prêmios da Academia foram apresentados oficialmente em uma festa black-tie no Hotel Blossom em 16 de maio de 1929. Desde a primeira cerimônia até o ano de 1940, o resultado era conhecido previamente, foi em 1941 que a Academia adotou o sistema de envelope lacrados vigentes até hoje. Trasmissão da Cerimônia
A segunda cerimônia de entrega dos prêmios concedidos pela Academia já era transmitida por rádio. O entusiasmo pela cerimônia era tal que uma estação de rádio de Los Angeles produziu uma transmissão de uma hora ao vivo do evento. A televisão apresentou pela primeira vez a cerimônia do Oscar em 1953, mas apenas para os Estados Unidos e Canadá, e foi apenas em 1966 que a grande festa do cinema norte-americano foi transmitido por televisão a cores. Desde 1969, a transmissão do Oscar começou a alcançar outros países, agora alcança mais de 200 países.
História de Hollywood década de 1950
São nos intensos anos de 1950 que a TV encontra a festa da Academia, o Oscar, e nessa época que Marlon Brando ganhou o Oscar de melhor ator no filme Sindicato de Ladrões (1954, Elia Kazan).
Sindicato de Ladrões vai renovar Hollywood com seu realismo nas imagens ( roupas amarfanhadas, os barracos perto do cais), debatia o compromisso com a verdade, e falar sobre o significado incerto das certezas. Mas, o mais importante nesse filme será a atuação de Brando que vai imprimir um novo método de atuação voltado para o realismo do personagem. Nessa década dois outros filmes vão contribuir para renovação em Hollywood:Juventude Transviada (1955, Nicholas Ray) e Anjo do Mal (1953, Samuel Fuller). Na festa de 1958, um dos apresentadores foi o ator de western e futuro presidente Ronald Reagan. No ano seguinte, a festa do Oscar já é transmitida ao vivo pela TV. Neorrealismo Italino e Nouvelle Vague No cenário mundial, a epóca será de intenso debate sobre a sociedade de massa e sobre as consequências devastação da 2° Guerra Mundial. Na Itália já no final da década de 1940 e principalmente na década seguinte surge o Neorrealismo Italiano que tenta descrever as mazelas de uma sociedade arrasada pela guerra, fome e miséria. No final da década de 1950, na França, nasce na revista francesa Cahiers du Cinema, um movimento que vai renovar o cinema: Nouvelle Vague. Esse movimento nasce do entusiasmo de atrevidos cinéfilos franceses que apaixonados por Hollywood desenvolvem a Teoria do Autor, conceito que surge da identificação de que muitos diretores (hollywoodianos e europeus) compartilhavam de uma certa assinatura o que desenvolvia formatos e estilos próprios.
História de Hollywood década de 1960
As megaproduções tomam conta de Hollywood do início da década de 1960. Ben-Hur(mesmo sendo na década anterior já mostra a tendência dos estúdios em megaproduções de William Wyler,1959) apresenta a odisseia de um rico mercador judeu, na Jerusalém do séc. I, que acaba sendo condenado a viver como escravo em uma galera romana. Lawrence da Arábia (David Lean, 1965) vai ser o grande vencedor da cerimônia da Academia em 1962 com sete Oscar incluindo o de melhor filme e de melhor ator para Peter O'Toole. Lawrence da Arábia será a tradução cinematográfica da obra existencialista e poítica de T.E. Lawrence, oficial britânico que esteve na Península Arábica durante a 1° Guerra Mundial que deixou registrado a experiência em Os Sete Pilares da Sabedoria. O filme continua no topo de qualquer lista da crítica de cinema devido à ambivalência do heroísmo do protagonista e, principalmente, a consciência do protagonista da interferência do colonialismo na autonomia de outros povos. Essa época também será de quebra de barreiras étnicas em Hollywood, Sidney Poitier é o primeiro negro a ganhar o prêmio de melhor ator por sua atuação em Uma Voz nas Sombras (1963). Da Broadway surge uma atriz desconhecida que Hollywood vai se apaixonar, Jule Andrews, ganhadora do Oscar de melhor atriz no papel da protagonista do filme Mary Poppins em 1965. Em 1968, o gênio Alfred Hitchcock recebeu o prêmio honorário Irving Thalberg dado pela Academia na cerimônia do Oscar. No próximo post debateremos sobre a intensa produção dos anos de 1960: western, sci-fi,a força do Cinema Novo, e o primeiro declínio criativo de Hollywood.
História de Hollywood década de 1960
Se os anos de 1960 surgiram com estrondo das megaproduções (Ben-Hur, Lawrence da Arábia e Cleópatra), vão ver florescer os gêneros (se é possível falar em gênero dentro da perspectiva pós-moderna) western, sci-fi e das vanguardas (Cinema Novo e Nouvelle Vague). Western, Sci-fi e Cinema Novo A sci-fi (science and fiction ou em português ficção-científica) vai ganhar corpo nessa década devido à corrida espacial das duas grandes potências (URSS e EUA), a explosão de publicações do gênero (revistas, livros e jornais) e o desenvolvimento de uma estética (mescla de cubismo, construtivismo e suprematismo) que teve seu ápice com a chegada da missão norteamericana à Lua. Nessa linha, temos o melhor exemplo: 2001, Uma Odisseia no Espaço. Em relação ao gênero western pode ser compreendido em dois polos: um histórico e outro geográfico. O aspecto geográfico refere-se ao espaço hostil, seco, inclemente àqueles que tentam desafiar a natureza. Quanto a própria história revela a ocupação e conquista dos territórios a oeste que se tornou parte integrante da identidade norte-americana. E as vanguardas como Cinema Novo, Nouvelle Vague e Neorrealismo são essenciais na História do Cinema, e principalmente, por sua contribuição pela consolidação de formas narrativas alternativas, o que renova a estética cinematográfica.
História de Hollywood década de 1970
Os anos de 1970 vão começar com um certo mal-estar nos grandes estúdios de Hollywood, é a primeira vez na história que há um crise sem precedentes na indústria cinematográfica norte-americana. Ao longo de sua história, Hollywood enfrentou diversas crises. Entretanto, a crise a mais severa aconteceu no final da década de 1960 até a década seguinte, quando os grandes estúdios de Hollywood vieram ao limiar da bancarrota. Devido a essa crise, Hollywood submeteu-se a um período de radicalização e de inovação, que foi conhecido como 'Renascimento de Hollywood'. Os principais filmes do Renascimento de Hollywood são: Bonnie e Clyde (1967), A Primeira Noite de Um Homem (1967), Easy Rider(1969) e O Poderoso Chefão (1972) marcaram um retorno a um cinema verdadeiramente americano. Durante esse período, o cinema hollywoodiano aproximou-se das vanguardas europeias, o que trouxe um renascimento do cinema norte-americano e constituiu o que foi chamado pela crítica de Nova Hollywood. A sofisticação dos roteiros, característica do Renascimento de Hollywood, deve ser atribuída onda de novos cineastas talentosos, independentes, que tiveram algum treinamento na televisão ou eram formados em Cinema (grandes exemplos de diretores que surgem nessa época são: Spielberg, George Lucas, Coppola e Scorsese). Os grandes estúdios começaram perder seu poder (devido à redução drástica do público nas salas de cinema pela substituição do cinema pela TV como principal forma d entretenimento), um novo vocabulário foi apresentado a uma audiência massiva jovem. A maioria dos críticos concordam que as produções do Renascimento de Hollywood, com sua renovação radical e fresca, constituíram um cinema verdadeiramente americano, refletindo ou sendo reflexo do clima sócio-político turbulento e das agitações sociais dos anos de 1960.
História de Hollywood década de 1970
O termo 'Nova Hollywood ', aplica-se ao breve período de inovação radical e à sensibilidade artística dos anos de 1960 aos anos de 1970. As obras mais importantes na época revitalizam a indústria cinematográfica norte-americana, principalmente, aliado ao entusiasmo da audiência e a receptivadade nos termos de suas preocupações: a alienação da juventude, a rebelião contra todos os tipos da autoridade, a celebração de valores da contracultura, alusões ao traumatismo de Vietnã e o fiasco de Watergate.
Durante este período de crise/renovação a TV ajudou Hollywood a sobreviver financeiramente, através de alugueis dos grandes estúdios, a compra de lotes de séries e filmes para TV e tomou do cinema o lugar de mito coletivo da nação.
Hollywood Pós-Moderna O renascimento assim chamado foi seguido por seu oposto, conservador, voltado ao mercado e regido pelos conglomerados e corporações que alguns críticos, para o diferenciar do termo precedente, chamam de 'Hollywood Pós-Moderna' ou 'Hollywood PósClássica‘. Diversos críticos, tais como Michael Ryan e Douglas Kellner, explicam esta volta conservadora na cultura americana está associada à administração de Ronald Reagan. Embora os filmes de época pós-1975 pareçam refletir as mudanças sociais e políticas dessa época. Definitivamente, o 'cálculo político do sucesso de público' dos grandes corporaçõs de Hollywood sinalizam uma mentalidade totalmente nova nos termos da produção, da promoção e de distribuição. Nessa fase chamada Hollywood Pós-Moderna surgem os blockbuster que vão alimentar o imaginário conservador dos anos de de 1970 até o final do anos de 1980: Rocky, Rambo, Top Gun.
História de Hollywood década de 1970
Se os anos de 1970 foram divisores de duas fases econômicas e políticas do universo cinematográfico hollywoodiano (a primeira rebelde, inovadora e surpreendente a segunda conservadora, voltada ao mercado e de roteiros pobres) pavimentaram a condição para a volta de um cinema autoral aliado a um mercado jovem em ascensão. A contrarrevolução conservadora tornou-se hegemônica nos Estados Unidos com a eleição Ronald Reagan e a ascensão da Nova Direita. Essa época vai desenvolver os primeiros filmes voltados ao público jovem (Star Wars e Tubarão são os exemplos mais contundentes) e possibilita aos grandes estúdios recuperarem as perdas da crise de 1973. A crise da classe média norte-americana também será o norte para o desenvolvimento de uma série de filmes de terror e suspense (Carrie,a Estranha, O Exorcista e Poltergeist), esses filmes põem em confronto os medos originários da intensa insegurança da classe média (crescente medo de perder o emprego, a casa e o controle sobre as coisas possuídas).
História de Hollywood década de 1980
Se o início da década de 1980 vai assistir o avanço da Nova Direita e do conservadorismo no mundo anglo-saxônico ao final vai assistir o fim de ditaduras na América Latina e o declínio do socialismo no Leste europeu. O universo cinematográfico também vai participar na construção de uma década estimulante e cheia de referências no atual imaginário de cinéfilos ao redor do mundo. Na Alemanha vai se desenvolver o que os críticos chamariam de Novo Cinema Alemão (nesse período os principais diretores: Rainer Fassbinder com filmes amargurados, o lirismo de Werner Herzog, e a obra muito particular de Wim Wenders, considerado seguidor de Antonioni). Se o universo hollywoodiano da década de 1980 foi essencialmente conservador e retrógrado no que se refere ao experimentalismo visto na década de 1960, mas temos algumas obras que destoam do discurso conservador da década (Blade Runner,Platoon,Homem-Elefante, Veludo Azul e Mozart). A década de 1980, vai alicerçar o cinema blockbuster (Spielberg e George Lucas) e reduz ao mínimo o sonho de transformação social proposto pelo valores do Modernismo.
História de Hollywood década de 1980
Os anos de 1980 vão representar o fim ou quase de uma oposição política no contexto global, e igualmente a supremacia ilusória do conservadorismo nas produções hollywoodianas. São nas bases de uma sólida cultura midiática que a ação heróica norte-americana vão se erguer os filmes: Rambo e Top Gun. A questão étnica e a temática do corpo vão criar imagens, figuras, cenas e códigos que alimentam a narrativa ideologicamente da Nova Direita. O espetáculo hollywoodiano investe o público de poder, propiciando-lhe um sentimento passageiro de domínio e força, o que compensa o declínio do poder na vida diária (Kellner, 2001). Essa década vai traçar o modelo de consumo imagético das ansiedades sociais e da juventude insatisfeita nos filmes de terror: Alien, O Iluminado, O exorcista.
História de Hollywood década de 1990
Se o final da década de 1980 foi de um impressionante guinada conservadora em Hollywood, Hollywood vai ganhar fôlego, principalmente, pela atuação de diretores independentes que renovaram a narrativa saturada de clichês. Jovens diretores surgem e vão estabelecer uma maneira despretensiosa e genial de ver a realidade (Sam Mendes, David Fincher, Tarantino, os irmãos Coen). É na mesma época que os grandes blockbusters reinam nas salas de cinema, e, a máquina industrial hollywoodiana dá gargalhadas com os extraordinários ganhos de bilheterias, não sabiam eles a capacidade da internet revolucionar a indústria do entretenimento nos anos 2000. Os diretores independentes de Hollywood vão surgir em pequenas produtoras, com filmes lançados em em Festivais como Cannes e Sundance, e vão fazer tributo às produções e ideias da era de ouro de Hollywood (1930-1945).
História de Hollywood década de 1990
Se a década de 1990 vê o espetáculo grandiloquente dos grandes estúdios em seus melhores tempos em termos de arrecadação, o surgimento de jovens diretores, a volta trágica da comédia de situação e por fim a ascensão dos pequenos estúdios de animação que vão desbancar os grandes estúdios. Nessa temporada pelo lucro excessivo, os grandes estúdios passam para a mão do capital transnacional, principalmente, japonês. E devido à saturação do mercado interno norte-americano e à acirrada competição com outras formas de entretenimento fizeram que os grandes estúdios buscar uma nova expansão internacional. Depois da ascensão dos jovens diretores que dão gás ao velhos e já empoeirados roteiros dos grandes estúdios, apenas as animações da Pixar e da Dreamworks dão ao universo dos desenhos animados uma renovação só comparado com o uso de cores. A grande estratégia dessas produtoras foi na criação de roteiros inovadores e do desenvolvimento de ferramentas digitais.
História de Hollywood década de 1990
A grande marca do cinema hollywoodiano da década de 1990 foi a autorreferencialidade (isto é, quando os filmes falam de outros filmes e de si mesmos), depois mas não menos importante foi os altos investimentos em marketing ficam tão caros quanto a produção dos filmes (Matrix é o maior exemplo), e as sequências de blockbusters. Essa marca maior a autorreferencialidade pode ser entendida de duas maneiras. A primeira é a própria incapacidade criativa de Hollywood. As ideias cada vez se tornam-se mais homogêneas e os roteiros acabam por falar do próprio processo de produção cinematográfico. A segunda maneira refere-se à estratégia de autopromoção dos filmes. O próprio espaço narrativo do filme é usado para promover o filme em seus erros e acertos. A publicidade torna-se tão ou mais cara e importante do que o filme, os anos de 1990 legitimam as estreias e circo midiático em torno de produções B cada vez mais caras. E as sequências dessas produções B são cada vez mais produzidas e regravações cada vez mais vistas, o verão norte-americano (inverno no hemisfério sul) é a época mais concorrida entre os grandes estúdios para ganhar as salas de cinema internacionais.
Hollywood_Anos 2000
Aqui surgem novos nomes de diretores que vão dar a tônica do que melhor é produzido em Hollywood a partir do final da década de 1990 e início dos anos 2000.
Outro diretor de sucesso do circuito não-comercial é Gus Van Sant. Pós-graduado em Design pela Escola de Rhode Island, escritor (seu primeiro romance Pink foi publicado em 1997), membro de uma banda, Destroy All Blondes. E o seu diretor favorito é Stanley Kubrick Considerado um dos mais criativos diretores off-Hollywood é reconhecido pela coragem em defesa liberdade de expressão, particularmente nas artes, por seus filmes que apresentam pontos de vista fora do senso comum. Com Elephant (2003), Gus Van Sant ganhou no festival de Cannes os dois principais prêmios: a Palma de Ouro e de Melhor Diretor. Aqui um trecho de uma entrevista de Gus Van Sant e ele fala da independência de suas produções.
Diferentes cineastas fazem de diferentes maneiras. Meu caminho é fazer algo barato. É um bom negócio para as pessoas (produtores) darem U$ 3 milhões para um filme. Dessa forma, eles não têm um monte de exigências. Se eu estivesse procurando por US $ 30 milhões, então eles fariam mais exigências. A desvantagem é que, quando gastam pequenas quantias de dinheiro, os estúdios não tendem a liberar o filmes com longa duração.
Hollywood_Anos 2000
O segundo grupo de diretores que despontam neste início de século XXI são de jovens diretores norte-americanos que apresentam um gosto refinado pelo non-sense, roteiros muito bem acabados, obras autorais, um objetivo de mostrar o lado obscuro da sociedade norte-americana e um humor beirando ao humor negro. Entre esses jovens diretores estão: Sam Mendes, os irmãos Coen, Gus Van Sant e Tim Burton. Suas primeiras produções são da década de 1980 e vão se estabelecer como grandes nomes do cinema hollywoodiano na primeira década do século XXI. Vamos falar sobre os irmãos Coen que já ganharam o Oscar por Onde os Fracos Não Têm Vez , mas em suas obras anteriores já demonstravam uma criatividade e habilidade espontâneas de entender como a sociedade norte-americana se mobiliza para classificar as pessoas entre os perdedores e os vencedores. Aqui vou colocar um trecho de uma entrevista dos irmãos Coen feita por Laurent Tirard. Ethan: realizar um filme é uma espécie de número de equilibrista no qual você deve aprender a oscilar o que deseja e o que é possível obter.[...] Mas creio que, no final das contas, o que é preciso saber, o que é vital controlar e jamais perder de vista, é a ideia motriz do filme. Essa ideia é a ideia que você teve no começo, a que lhe deu vontade de fazer o filme. Joel: em nosso caso é verdade que controlamos o filme do início ao fim: nós mesmos escrevemos, produzimos, realizamos e montamos. No conjunto, conseguimos em geral fazer o que queremos. [...] A maioria dos autores são acima de tudo escritores que veem na direção uma maneira de estender fielmente para a tela o que escreveram no papel. Mas nós não funcionamos assim. Nossa vontade de contar histórias é inteiramente visual, e mesmo que sejamos muito exigentes e minuciosos quanto ao trabalho da escrita, vemos o roteiro apenas como uma ferramenta transitória entre nossas ideias e o o resultado final.
Hollyood_Anos 2000
Como Spielberg, ele é um pouco filho natural de Walt Disney, mas um filho escondido, maldito, que teria crescido numa caverna [...] Graças à sua imaginação sem limites e senso de poesia visual, Tim Burton assina filmes mágicos que nos convidam a descobrir a beleza oculta dos monstros . Estas são as palavras descritas por Laurent Tirard do seu entrevistado Tim Burton. Tim Burton: logo no início, o que me atraía era o desenho animado, e depois de alguns estágios em diversos estúdios de animação, me vi como desenhista da Disney. Mas logo ficou claro que minhas ideias não correspondiam de modo algun ao espírito do estúdio do Mickey. Eu destoava um pouco na paisagem. Em outra época, logo me teriam demitido. Mas foi um momento em que o estúdio estava em plena crise. Como eu tinha tempo de sobra, fiz dois curtas-metragens, Vincent e Frankenweenie, que fizeram tanto sucesso que imediatamente me propuseram realizar o longa-metragem As grandes aventuras de Pee Wee. Ainda hoje não consigo entender como tive tanta sorte. De certa maneira, a animação foi uma boa escola de direção, pois me obrigava a fazer tudo por mim mesmo - o quadro, a luz, a interpretação, os diálogos - e, portanto, a saber dominar todos esses aspectos.
Hollyood_Anos 2000
Sou fascinado pelos Estados Unidos, não há dúvida sobre isso. [...] eu sou atraído por ele. Eu não acho que é estranho para um estranho querer ir e fazer filmes que são essencialmente norte-americanos. Acho que o século 20 mostra que existe uma tradição de povos que estão sendo atraídos para os Estados Unidos como o local da grande paisagem mítica. Você pode contar grandes histórias lá que você pode não ser capaz de dizer em grande escala, e de graça em outro lugar. Essa frase foi dita por Sam Mendes, diretor britânico, mas que tem uma fascinação pelos Estados Unidos, por isso elencamos esse diretor entre os jovens diretores norte-americanos. Pequena biografia de Sam Mendes Samuel Alexander Mendes, conhecido apenas por Sam Mendes nasceu em primeiro de agosto de 1965 em Reading, Inglaterra dos pais de James Pedro Mendes, um professor universitário aposentado, e Helene Valerie Mendes, autora de livros infantis. O casamento dos pais não durou muito tempo, o divórcio aconteceu em 1970, quando Sam foi de apenas 5 anos de idade. Sam estudou na Universidade de Cambridge e entrou para a Chichester Festival Theatre após sua graduação em 1987. Depois, dirigiu Judi Dench em "The Cherry Orchard", para o qual ele ganhou um prêmio de melhor diretor estreante. Ele então ingressou na Royal Shakespeare Company, onde dirigiu produções como "Troilo e Cressida", com Ralph Fiennes e "Ricardo III".
Hollyood_Anos 2000
Em 1992, tornou-se diretor artístico da Donmar Warehouse reaberto em Londres, onde dirigiu produções como "The Glass Menagerie" e o renascimento do musical "Cabaret", que ganhou quatro Tony Awards, incluindo uma de Melhor Revival de um Musical . Em 1999, ele teve a chance de dirigir seu primeiro filme, Beleza Americana (1999). O filme ganhou cinco Oscar, incluindo Melhor Filme e Melhor Diretor para Mendes, que é um feito raro para um diretor de cinema iniciante. 2 Características básicas:
Todos os meus filmes são ligados por preocupações semelhantes, se você olhar abaixo da superfície. Estão todos mais ou menos perdidos e tentando encontrar um caminho. Muitas vezes, os seus filmes começam com uma narração a cargo do personagem principal, no final do filme o personagem termina sua narração em muito da mesma maneira que começou.