portefรณlio carlos ribeiro
.
Mondrian em amena cavaqueira com Schwitters e Malevich sob o olhar beneplรกcito de Marcel Duchamp
Série desenvolvida entre 2002 e 2009, com algumas incursões em anos posteriores, nascida a partir da confluência de influências, como o título expressa, de Mondrian, Schwitters, Malevich e Duchamp. Não se tratando de uma obra de fusão, embora se possa ser tentados a lê-la dessa maneira, assenta em três princípios fundamentais: a acentuação na materialidade dos objetos usados na composição, o acaso, na medida da relação com o quotidiano na recolha de objetos pela cidade, e a necessária convivência do autor com os materiais encontrados, por períodos razoavelmente longos. A série desenvolve-se a partir de uma linguagem que expressa uma visão da arte como poiésis.
.
objectos (des)encontrados
Em 2009, termina “Mondrian em amena cavaqueira com Schwitters e Malevich sob o olhar beneplácito de Marcel Duchamp”. Com a vontade de aprofundar conceptualmente o trabalho que se vinha a desenvolver, no rasto de Duchamp, inicia-se um período de criação de peças, elaboradas a partir dos materiais e objetos recolhidos pela cidade, em busca de trabalhar as relações conceptuais entre o processo de nominação, as características formais dos objetos e a sua materialidade. Não se constituindo como uma série, este grupo de trabalhos correspondem a um conjunto de experiências, conceptuais e formais, que permitiram o desenvolvimento do processo criativo e a solidificação de uma ideia de arte que havia perseguido entre 2002 e 2009.
this is beautiful
É a Beleza objetiva como afirmavam Platão e Aristóteles ou subjetiva como escreveu Kant? Está a Beleza localizada no objeto, ou em quem o vê? Possui o objeto de arte características de composição, proporção e harmonia que o torna Belo em si mesmo como acreditavam os gregos do período clássico? As vanguardas do século XX “mataram” a Beleza, como escreveu Danto em “The Abuse of Beauty” e as questões colocadas acima, foram lançadas às urtigas. Mas será que foi este extermínio precipitado? Necessitaremos ainda deste conceito para descrever certas emoções e experiências que sentimos no confronto com o objeto artístico? Poderemos descrever certas experiências, sentidas a partir de objetos de arte que usam materiais comuns recolhidos na rua, lixo, como correspondendo a uma sensação de beleza? Estarão estes objetos de arte exilados do universo do Belo pela natureza dos seus materiais ou pelo desrespeito pelas normas da harmonia, proporção e composição? “This is beautiful” trabalha neste universo, o da Beleza. Os materiais parecendo explodir, irrompem da tela e dilaceram-na cobrindo áreas significativas da sua superfície. Procuram o estranhamento e o confronto com o espectador. Deslustram intencionalmente a aparência nobre e elaborada da moldura. O ouro e a prata brilhantes, o trabalho minucioso e a mestria do artesão virtuoso, são objeto de uma quase agressão num processo criativo instintivo e performativo. “This is beautiful” constitui-se como uma sucessão de experiências que questionam e testam os limites do Belo numa proposta provocatória mas serena e afirmativa.
ž de polegada
Uma intrincada e complexa rede de distribuição de água, como um sistema circulatório que alimenta um organismo, bate a cidade, ramificando-se por ruas e edifícios, formando um gigantesco sistema de tubos, que percorrem o espaço, “alimentando” o colossal organismo que é a urbe. Quilómetros destes tubos, aprisionados no betão, formam um organizado e labiríntico jogo de linhas que apenas podemos imaginar. Imaginemos então, por um instante que, por poderes extraordinários, concedidos por Éolo, senhor dos ventos, pulverizávamos com um sopro ciclónico o betão expondo a colossal estrutura de tubos, e cimento remanescente. Dissipado o pó, ergue-se perante nós uma nova e surrealista paisagem de tubos que se entrecruzam num afã circulatório para fazer chegar ao destino final o líquido vital. Curiosos, aproximamo-nos e somos levados a olhar os detalhes. Registamos, involuntariamente, algumas destas imagens que como painéis se organizam na nossa memória. Cada painel de “3/4 de polegada” é uma secção deste emaranhado universo de canos que se cruzam e entrecruzam, “deslocando-se” em todas as direções penetrando o betão para apenas dele sair mais adiante. É um grande plano, um detalhe que procuro capturar, como que usando uma câmara, narrando num frame, um pequeno pedaço da história que os ligou a uma casa, uma família, uma pessoa. Cada painel é o simulacro de registo etnográfico, que os tubos anónimos que o integram (painel) realmente possuem, onde vidas se cumpriram num quotidiano banal, ou, talvez, extraordinário. É um registo imaginário, um conto, uma peça de ficção que desvela o real imaginado.
lendo Nietzsche
O estudo da Filosofia teve um significativo impacto em mim e no meu trabalho. Desde o seu inicio que conceitos oriundos deste universo do conhecimento humano, interferiam no meu quotidiano e na forma como as coisas do mundo me afetavam. A chegada aos filósofos da Existência funcionou como que uma revelação e vi-me poderosamente ligado a esta corrente do pensamento filosófico. Nietzsche, apesar do apelo, foi no entanto ficando por ler e a sua “descoberta”, sem surpresa apesar de tudo, teve um profundo impacto no meu entendimento da contemporaneidade. No processo de leitura, ainda em curso, surge uma enorme vontade de trabalhar em “cima” dos seus textos consumando-se, assim, o início da série “lendo Nietzsche”.
instalação
A instalação é o território da encenação e a oportunidade de colocar o espectador no centro da obra tornando-o parte dela. A ideia do espaço cénico da instalação como experiência a proporcionar ao espectador, em que se transforma ele próprio, mesmo que involuntariamente, num protagonista, constitui para mim uma oportunidade para um trabalho de reflexão, crítica e intervenção politica e social.
Numa moldura de estilo clássico, num passepartout bourdeau, uma nota de quinhentos euros, autêntica, é exibida numa galeria de Almada, sob o título “Zeitgeist”, num contexto de crise económica, em plena discussão para a fixação do salário mínimo. Um dicionário Alemão/Português, junto à nota de qinhentos euros emoldurada encontra-se disponível para o espetador, com a palavra Zeitgeist sublinhada. A autenticidade da nota não foi divulgada ao público. A obra esteve, quando exposta, à venda por um preço, estabelecido pelo autor, de quatrocentos euros. O que significa este gesto irónico? A destruição do valor facial da nota? Um ataque à sociedade de consumo? A definição da posição política do autor quanto à questão do salário mínimo então em debate? Qual é o valor da obra? Existe um valor, mensurável, associado a esta ação do autor? Está ele a afirmar que a nota de quinhentos euros, no contexto da obra, não é já moeda, perdeu o seu valor facial, não passando de um objeto, agora no domínio exclusivamente artístico? Terá a nota de quinhentos euros um valor diferente daquele que adquire ao integrar a instalação? Seria diferente se fosse uma cópia? Ter-se-á ela tornado mais valiosa pela intervenção do artista e tendo ele, deste modo, subvalorizado o seu próprio trabalho? Onde está o valor da peça? O que aconteceria se a nota fosse retirada do contexto da instalação? Recuperaria o seu valor facial? E se se divulgasse a narrativa a ela associada? Seria valorizada? Passaria o seu valor para mil, mil e quinhentos euros? Porquê? Onde está o valor da obra de arte? Porque não tentou ninguém adquirir a obra e realizar na transação um lucro imediato de cem euros? Expõe o autor, por antecipação, a esperada indiferença do espectador no contexto da sua realidade enquanto artista, na relação com o público local? Estará, no relativo anonimato do autor, a explicação para esta indiferença? Manter-seão válidas, ainda assim, todas as questões acima enunciadas?
Fotografia de Patrícia Teixeira
logo existo, instalada no Teatro Extremo, em Almada, incluía um texto e um postal (página seguinte) com a pretensão de introduzir elementos como o humor e o absurdo, este último, objeto de trabalho de Albert Camus no seu ensaio o Mito de Sísifo. Sísifo, um mortal astuto, de má relação com os deuses do Olimpo e que aprisionara Tânato, deus da morte, carrega a gigantesca pedra, monte acima, como castigo pelo desrespeito para com Zeus. Finalmente no cume, a pedra rola novamente até ao sopé do monte, apenas para que Sísifo retome a tarefa e a transporte de novo monte acima até ao topo num ciclo eterno de absurdo e sacrifício. Para Albert Camus, o castigo de Sísifo é a metáfora perfeita da condição humana. O que nos resta então pergunta Camus. O que fazer quando uma sociedade como a nossa, de hoje mas que poderia ser de outros tempos também, com o patrocínio de um sistema económico que ignora o Homem, nos remete à condição de peças que lubrificam uma engrenagem que tudo parece triturar? Pensar, agir? Pensar agindo, agir pensando? Exercer a liberdade? O que significa ser livre, hoje? Onde está a liberdade? No individuo? No coletivo? No ato de pensar criticamente, coletiva ou individualmente? Poderá alguém aspirar à liberdade sem consciência crítica? Será a resposta a esta última questão, um lugarcomum a que se responde afirmativamente, quase que automaticamente, sem verdadeiramente pensar o seu significado? Estará o sentido da existência de cada um na forma como toma a sua própria vida nas suas mãos?
“Se cada segundo da nossa vida tiver de se repetir um número infinito de vezes, ficamos pregados à eternidade como Jesus Cristo à cruz. Que ideia atroz! No mundo do eterno retorno, todos os gestos têm o peso de uma insustentável responsabilidade. Era o que fazia Nietzsche dizer que a ideia do eterno retorno é o fardo mais pesado (das schwerste Gewicht). Se o eterno retorno é o fardo mais pesado, então, sobre tal pano de fundo, as nossas vidas podem recortar-se em toda a sua esplêndida leveza. Mas, na verdade, será o peso atroz e a leveza bela? O fardo mais pesado esmaga-nos, verga-nos, comprime-nos contra o solo. Mas, na poesia amorosa de todos os séculos, a mulher sempre desejou receber o fardo do corpo masculino. Portanto, o fardo mais pesado é também, ao mesmo tempo, a imagem do momento mais intenso de realização de uma vida. Quanto mais pesado for o fardo, mais próxima da terra se encontra a nossa vida e mais real e verdadeira é. Em contrapartida, a ausência total de fardo faz com que o ser humano se torne mais leve do que o ar, fá-lo voar, afastar-se da terra, do ser terrestre, torna-o semi-real e os seus movimentos tão livres quanto insignificantes.” “A Insustentável Leveza de Ser” Milan Kundera
A instalação/performance “liberalismo económico”, foi montada no Solar dos Zagalos em Almada numa pequena sala de cerca de 15 m2. Do ponto de vista da composição incluía um manequim (busto) assente num suporte com cercaa de metro e meio com três rodas, e um vaso dourado, cheio de areia, onde um cartaz que anuncia uma agência imobiliária está colocado com uma seta que, apontando para o busto, o identifica como Homo sapiens. No cartaz, entre outras informações, oferecia-se um número de telefone, autêntico, que convidava o espectador a estabelecer contacto. Ocorreram dois telefonemas que materializaram a performance que ocorreu da seguinte forma: no primeiro telefonema um cliente, afirmando estar junto à instalação, perguntava quanto à possibilidade de adquirir, à imobiliária RE$/MAX, identificada no cartaz, o planeta Terra. Estabeleceu-se um diálogo e foi-lhe respondido que o planeta Terra estava a ser negociado com outro cliente, mas que não se encontrava ainda fechado. Acrescentou-se, ainda, que telefonasse mais tarde que, na eventualidade do negócio em curso não se realizar, ficaria o planeta Terra de novo disponível para venda constituindo, deste modo, para o cliente, uma oportunidade de ver a sua pretensão de aquisição do imóvel Terra se poder confirmar. O cliente respondeu que iria ponderar e que talvez telefonasse mais tarde. Cerca de dez minutos após o primeiro telefonema um segundo cliente, coincidentemente também interessado na aquisição do planeta Terra, que, perante a pergunta, afirmou não ter nada que ver com o cliente anterior, questionou o agente imobiliário quanto ao preço do imóvel pretendido. Foi-lhe respondido que, de facto, por desistência de um pretendente anterior, existia para venda o artigo desejado cujo valor se situava nos cinco euros. Discutindo o preço, por pressão do cliente, o agente imobiliário respondeu que poderia dispor da sua comissão ficando o preço definitivo em quatro euros. O cliente, exitante, solicitou tempo para pensar, o telefonema terminou não se tendo o negócio realizado.
O que resulta, para um ateu existencialista como eu, do encontro entre a luz e o espaço da prática religiosa? De que efeitos, ou consequências, estarei eu à espera? Porque aceitei a potencial incoerência de instalar uma peça numa capela? No aparente antagonismo referido acima, que temi ter-se estabelecido por razões perversas, encontrei fundamentos que considero pertinentes e aceitáveis. Com “5500 Kelvin” existe uma vontade legítima de interpelação do espaço. As suas características arquitetónicas (a volumetria, as suas proporções), a sua função como espaço de práticas espirituais ligadas a uma religião, a relação que estabelece com o espectador. Existia também uma espécie de eco luminoso que, a partir das fontes de luz instaladas, tudo impregnava de um torpor luminoso que só não funcionou em pleno porque não foi possível velar a luz natural. Mas existe, reconheço, uma subjacente critica à arte religiosa que encontramos por todos os espaços de fé cristã. A crítica parte da tese de que os objetos de arte religiosa não são, na verdade, arte. Uma pintura ou escultura que retrata uma passagem bíblica, cristo, um santo ou qualquer outra figura, não é um objeto artístico. O crente não vê estes objetos enquanto tal. Trata-se antes da presença da divindade ou santidade ela própria. O crente confronta-se, pelo contexto criado na igreja, capela ou convento, com “presenças” efetivas, tangíveis, de materialização da divindade suprema, Deus. Estas peças são, para os homens e mulheres de fé, Deus na Terra ou, no mínimo, a manifestação divina que legitima o espaço religioso. “5500 Kelvin” não é, assim, um simples jogo de tensões, um exercício plástico de interpelação do espaço. É essencialmente uma crítica à arte sacra. É um quase-manifesto que se expressa em rutura com o espaço que ocupa. Já não apenas o interpela. Pretende transformá-lo, radicalizando-se, na relação que com ele estabelece. As lâmpadas ocupam o solo impossibilitando o culto. Iluminam o espaço destruindo o mistério. Impõem a sua materialidade aniquilando a sua espiritualidade. O espaço torna-se plástico, não é mais uma capela é uma obra de arte.
“Os olhos de Modigliani” é uma instalação/performance que surge na sequência de um trabalho no âmbito de um workshop no Palácio Pancas Palha. A partir da frase “Quando conhecer a tua alma pintarei os teus olhos”, desenvolveu-se uma narrativa em que o personagem Alberto Ribeiro, poeta, frustrado pelo seu próprio insucesso, tudo abandona retirando-se no Alentejo profundo. Alberto que havia dedicado toda a sua vida à poesia, vê-se amordaçado numa vida artística onde os seus livros haviam falhado. As poucas centenas de exemplares que tinham ido parar às mãos de leitores estavam longe de compensar o esforço intelectual e emocional que tinha despejado sobre as suas obras. Para além do mais estava falido. Vai para a aldeia alentejana de Montalvão e por ali fica dividindo a sua vida entre longas caminhadas pelos campos e leituras demoradas entre as paredes de adobe, na casa centenária de sua avó. Alberto Ribeiro descobre então Modigliani e apaixona-se pelos seus longilíneos retratos de mulheres. Fascina-o o facto do pintor italiano não representar os olhos, deixando em seu lugar um vazio misterioso e intrigante. Nas suas leituras à descoberta de Modigliani, Alberto depara-se com a citação “Quando conhecer a tua alma pintarei os teus olhos”. Identificando naquela frase, o fundamento do mistério que vira nas imagens dos retratos de Modigliani, afunda-se no seu universo pictórico partindo em busca da sua obra. Rapidamente se deixa arrebatar pela intensidade com que Modigliani representa as suas personagens e pretende ele próprio descobrir tudo isso dentro de si mesmo. Decide fotografar as mulheres da aldeia alentejana. Pede-lhes para que interpretem as mulheres dos quadros de Modigliani e fotografa sem parar insistindo com as suas modelos, para que procurem perceber o que vai naqueles olhos ausentes. Roga-lhes para que encontrem a emoção e a alma que Modigliani diz procurar. Descobre Patrícia, aquela que se vai tornar sua única modelo. A sua obsessão leva-o a recortar os olhos das imagens que captou e as suas fotografias parecem expressar a mesma angústia que Alberto descobriu em Modigliani. Sem sessar procura penetrar na vida do pintor e mergulha novamente, por semanas a fio, nos livros. O seu périplo pela vida de Modigliani reservava-lhe uma surpresa: o poeta partira em busca do pintor e descobrira Jeanne Hebuterne. A instalação/performance é constituída por uma fotografia de Patrícia, posando como num dos retratos de Jeanne numa moldura de feição classica apresentada inclinada na parede. Por baixo, o vidro partido da moldura espalha-se pelo chão. Um poema de Alberto Ribeiro, num papel amachucado está por ali sobre os cacos de vidros, como uma vida que se estilhaça. Em frente, uma pequena fotografia de Jeanne, numa moldura metálica de recorte barroco, está pendurada, com a frase “Quando conhecer a tua alma pintarei os teus olhos” por baixo. Na performance, Alberto Ribeiro, aparecido no desvelar da instalação, fala ao público presente discorrendo sobre o processo de descoberta de Modigliani e de Jeanne Hebuterne.
A vídeo-instalação “Fountain” narra a “história” de um encontro. Citando Duchamp, não se inscreve na ideia conceptual de Ready Made, “Fountain” não é uma escolha desprovida de fundamentos estéticos como acontecia com Marcel Duchamp. Inscrevendo-se numa estética DADA reclama-se, no entanto, de contemporânea porque se inscreve no seu tempo e reclama como suas questões da modernidade. Nascida de uma simbiose entre duas peças originalmente autónomas, “Fountain” revela a sua verdadeira natureza deslocando-se pelo espaço periférico à urbe, viajando sem rumo, parando quando se dá o encontro, inesperadamente, registando em vídeo num único plano a narrativa dessa circunstância. “Fountain” procura os “quase lugares”, aqueles espaços tangenciais ao quotidiano, marginais. São lugares sem história, espaços do limbo, “buracos” do tempo. Lugares desestruturados, são possuidores de uma entropia que os torna simultânea e paradoxalmente efémeros e duradouros. Ligando-se à Terra de forma umbilical, “Fountain” procura ser veículo de discussão de questões com ela, Terra, relacionadas.
BIO Autodidata, tem procurado formação em locais como Ar.Co, SNBA, MAart, Gulbenkian, CCB, Culturgest, entre outros, e na relação com outros artistas e entidades públicas e privadas. Participou em diversas exposições coletivas e realizou várias exposições individuais entre as quais “Mondrian em amena cavaqueira com Schwitters e Malevich sob o olhar beneplácito de Marcel Duchamp”, 2013 e “De mim não posso fugir”, 2009. Privilegia o uso de materiais encontrados, relevando a sua materialidade mas também a sua dimensão formal, estética e etnográfica. No seu trabalho, procura imprimir uma constante dimensão experimental na relação com a história da arte e, fundamentalmente, com a antropologia dos objetos recolhidos. Trabalha também nas áreas da instalação e performance essencialmente em temas como a violência, a ecologia e a política na sua dimensão social. Atualmente trabalha em várias séries em que prossegue a investigação e a experimentação nos aspetos da materialidade caraterísticas formais e dimensão estética e etnográfica, como referido anteriormente, dos objetos e materiais que recolhe no seu quotidiano urbano, na relação com a alteração semântica, no processo de descontextualização/recontextualização, que estes objetos sofrem e na dimensão conceptual que no processo adquirem. Self-taught, has sought training in places like Ar.Co, Gulbenkian, CCB, Culturgest among others and in relation to other artists and public and private entities. He participated in several group exhibitions and held several solo exhibitions including "Mondrian in mild prattle with Schwitters and Malevich under the gaze good pleasure of Marcel Duchamp", 2013 and “From myself I cannot escape”, 2009. It focuses on the use of found materials, emphasizing their material but also their formal, aesthetic and ethnographic dimension. In his work, he looks to print a constant experimental dimension in relation to the history of art and, above all, with the anthropology of the recollected objects. It also works in the areas of installation and performance primarily on issues such as violence, ecology and politics in its social dimension. Currently works in several series in pursuing research and experimentation in aspects of materiality formal features and aesthetic and ethnographic dimension, as mentioned above, of objects and materials that collects in its urban daily life, in relation to the semantic change, in the process of decontextualisation / recontextualisation these objects go thru that and in the conceptual dimension they acquire in the process.
CV Formação (seleção) 2016 - “De Fídias a Duchamp", ARTIS (Instituto de História da Arte da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa) em parceria com o Museu Coleção Berardo (CCB), 2016 2016 - Workshop, Financiamento de Projetos Culturais através de Patrocínio, Mecenato e crowdfunding 2014/15, 2015/16 - Curso “Estética”, Sociedade Nacional de Belas Artes, conceção e orientação Professor Doutor José Carlos Francisco Pereira, Lisboa 2015 - Curso “10 Obras 10 Artistas”, conceção e orientação Dr. Bruno Marques, Culturgest, Lisboa 2014 - Curso “Desenho e Montagem de Exposições”, conceção e orientação Paulo Pereira, Artesfera, Barreiro; 2014/15 - “A construção do Lugar pela Arte Contemporânea”, conceção e orientação por Marta Tarquínio, Culturgest, Lisboa 2014 - Workshop, “Ser Fotógrafo num Mundo em Mutação”, criação e orientação Susana Paiva 2014 - Curso “A Bofetada e o Soco: o manifesto como discurso artístico”, conceção e orientação Joana Batel, Culturgest/ArCo, Lisboa 2014 - Curso “Sub-limen: no limiar do excessivo e do irrepresentável”, criação e orientação Dra. Manuela Braga, Culturgest/ArCo, Lisboa 2013 - Workshop Planificação e Organização de Exposições, AntiFrame | Art Consulting, Lisboa 2013/14 - Curso “Estética - Imagem e Semelhança”, “et in arcadia ego”, orientado por Dr. Manuel Rodrigues, Arco, Lisboa 2012/13 - Curso de “História de Arte Contemporânea”, Sociedade Nacional de Belas Artes, criação e orientação Dr.ª Cristina Azevedo Tavares, Lisboa 2012 - Curso de Serigrafia, Imargem, Almada (2012) 2012 - Curso “História do Cinema”, conceção e orientação de António Pedro Vasconcelos, Appleton Square, Lisboa 2009 - Workshop com Malangatana no espaço do “Ex-Matadouro”, Barreiro 2012 - Workshop “Edição de vídeo em Final Cut Pro”, RESTART, Lisboa 2009 - “Questões de Arte Contemporânea: Oposições Complementares”, criação e orientação Dra. Leonor Nazaré, Lisboa 2006 - Curso de Formação de Arte Moderna e Contemporânea, programação e coordenação Dra. Bárbara Coutinho, CCB, Lisboa
Exposições Individuais(selecção) 2016 “logo existo”, instalação, Teatro Estremo, Almada, Portugal 2016 “this is beautiful”, Studio Teambox, Lx Factory, Lisboa Portugal 2015 Espaço “El Pep”, Lx Factory, Lisboa 2013 “Mondrian em amena cavaqueira com Schwitters e Malevich sob o olhar beneplácito de Marcel Duchamp”, Auditório Municipal Augusto Cabrita, Barreiro, Portugal 2009 “De Mim Não Posso Fugir”, Solar dos Zagalos, Almada, Portugal Exposições Colectivas (selecção) 2016 Digressões, Oficina da Cultura, Almada, Portugal 2015 - "Sinfonia para o Planeta Terra", performance, Fórum Municipal Romeu Correia, Almada 2015 Solar dos Zagalos, “Liberalismo Económico”, instalação, Almada, Portugal 2015 “Digressões”, Oficina da Cultura, Almada, Portugal 2015 Bienal ASSOCIAARTES - Zagalos, Almada, Portugal 2015 Galeria de Santa Bárbara - Barreiro 2014 Solar dos Zagalos, “subilla umbra”, vídeo projecção, Almada, Portugal 2014 “Os Olhos de Modigliani”, instalação/performance, Palácio Pancas Palha, Lisboa 2014 “Fluxus Marginais”, Colectivo 3x3, Fábrica Braço de Prata, Lisboa, Portugal 2013 “Cosmos”, vídeo instalação, Auditório Municipal de Pinhal Novo, Pinhal Novo, Portugal 2013 Bienal de Beja, Galeria Escudeiros, Beja, Portugal 2012 Casa da Avenida, Setúbal, Portugal 2012 “Democídio”, performance, Convento da Verderena, Barreiro 2012 “Fountain”, instalação, Instituto Superior de Tecnologia do Barreiro, Barreiro, Portugal 2012 Projecto “Na Sobreda”, desenho, Solar dos Zagalos, Almada, Portugal 2011 XVII Bienal da Festa do Avante, Seixal, Portugal 2011 Galeria Escudeiros, Beja, Portugal 2011 Convento da Verderena, Alto do Seixalinho, Barreiro, Portugal 2011 “Steppingupmyself”, instalação/performance, Fábrica Braço de Prata, Lisboa, Portugal 2010 Galeria Municipal de Arte de Almada, Almada, Portugal. 2010 Oficina da Cultura, Almada, Portugal
Carlos Ribeiro Almada https://ribacaso.wordpress.com/ acaso.1962@gmail.com 936278789