Mundo dos super heróis vol 82

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Pôster central

ilustração exclusiva do aranha criada por artistas nacionais

pecial! s e ê i s s o d

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frank Quitely

um bate-papo com o desenhista que revolucionou Batman, superman, X-men...

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um guia completo sobre os 75 anos do rei dos mares

cado por r a m o s s e c u s um idades e intrigas, curiotsre editoras até traição en

e ainda... inGa as faces do cor

ei do crime demolidor vs. r

cinema liGa na tv e no

e caGe seriado do luk




PÔSTER CENTRAL

Ilustração exclusiva do Aranha criada por artistas nacionais

CIAL! DOSSIÊ ESPE

O ARANSIHL A

FRANK QUITELY

Um bate-papo com o desenhista que revolucionou Batman, Superman, X-Men...

NO BRA

AQUAMAN

Um guia completo sobre os 75 anos do Rei dos Mares

DO POR UM SUCESSO MARCA ES E INTRIGAS, CURIOSIDAD EDITORAS ATÉ TRAIÇÃO ENTRE

E AINDA... A AS FACES DO CORING

DO CRIME DEMOLIDOR VS. REI

LIGA NA TV E NO

CINEMA

MUNDO DOS SUPER-HERÓIS OUTUBRO/2016

SERIADO DO LUKE

CAGE

Aydano Roriz Luiz Siqueira Tânia Roriz

#82

NOSSA SUPEREQUIPE

Editor e diretor responsável: Aydano Roriz Diretor executivo: Luiz Siqueira Diretor editorial e jornalista responsável: Roberto Araújo – MTb.10.766 – araujo@europanet.com.br REDAÇÃO Editor: Manoel de Souza Redator: Gustavo Vícola Editor de arte (projeto e capa): Alexandre Dias (Nani) Colaboraram nesta edição: Clayton Godinho, Eder Pegoraro, Eduardo Marchiori, Fernando Caruso, Fransérgio Rodrigues, Gabriela Franco, Heitor Pitombo, Jota Silvestre, Leonardo Vicente Di Sessa, Nikki Nixon, Ricardo Quartim, Roberto Guedes, Vinícius Serpa (textos) e Andrea Mariz (revisão)

ROBERTO ARAÚJO

GUSTAVO VÍCOLA

NANI

JOTA SILVESTRE

ROBERTO GUEDES

Chefão da revista. Com décadas de experiência, mostra os caminhos para deixar a Mundo mais super.

Feliz com essa edição, a primeira dos próximos dez anos da Mundo. Ainda tem muito chão para correr.

Designer responsável pela arte da Mundo. Em suas horas vagas é um designer responsável.

Jornalista e editor do Papo de Quadrinho, vive correndo para assistir a todos os seriados de super-heróis.

DIRETOR DE PUBLICIDADE Mauricio Dias (11) 3038-5093 São Paulo E-mail: publicidade@europanet.com.br Equipe de publicidade: Angela Taddeo, Alessandro Donadio, Elisângela Xavier, Ligia Caetano, Renato Perón e Roberta Barricelli Criação: Daniel Bordini (11) 3038-5103 Outras regiões Bahia e Sergipe: Aura Bahia – (71) 3345-5600/9965-8133 Brasília: New Business – (61) 3323-0205 Paraná: GRP Mídia – (41) 3023-8238 Rio Grande do Sul: Semente Associados – (51) 8146-1010 Santa Catarina: MC Representações – (48) 9983-2515 Outros estados: Maurício Dias (11) 3038-5093 EUA e Canadá: Global Media – +1 (650) 306-0880

Escritor e roteirista que também já editou e traduziu HQs do Aranha.

EDUARDO MARCHIORI

Mutante que se divide entre salvar o mundo, escrever na Mundo e no blog Raio X (mutantexis.wordpress.com).

LEONARDO VICENTE

HEITOR PITOMBO

VINÍCIUS SERPA

CLAYTON GODINHO Editor do site Chamando Superamigos. Vivencia uma

GABI FRANCO

EDER PEGORARO

FRANSÉRGIO RODRIGUES NIKKI NIXON Designer, Ilustrador e Amigão da Vizinhança. Em sua teia a balançar, sempre disposto a ajudar.

“Somos uma impossibilidade em um mundo impossível”. Ray Bradbury.

RICARDO QUARTIM

FERNANDO CARUSO

ANDREA MARIZ

ROBERTO SOUZA

POPGROUND

VOCÊ, LEITOR

Na Mundo há meses, mas esperançoso para continuar por anos. É jornalista do site Fala Animal! e do HQ&CIA.

Voltando da Bienal de HQ de Curitiba e acreditando na força dos quadrinhos para mudar a sociedade.

CIRCULAÇÃO Ç E LIVRARIAS Gerente: Ézio Vicente (ezio@europanet.com.br) Equipe: Henrique Guerche, Paula Hanne e Luís Aleff ATENDIMENTO AO LEITOR E LIVRARIAS Gerente: Fabiana Lopes (fabiana@europanet.com.br) Coordenação: 7DPDU %LIÚ WDPDU#HXURSDQHW FRP EU

Equipe: Carla Dias, Josi Montanari, Regiane Rocha, Camila Brogio, Gabriela Silva, Bruna Fernandes, Bia Moreira e Isabela Lino EUROPA DIGITAL (www.europanet.com.br) Gerente: Marco Clivati (marco.clivati@europanet.com.br) Equipe: Anderson Ribeiro, Anderson Cleiton, Adriano Severo, Karine Ferreira e Marcos Roberto

Estudante de relações públicas, na busca incessante pelo poder da supercomunicação.

Jornalista, cineasta, mãe e fundadora do MinasNerds. piada mortal todo final de Acredita que garotas podem mês ao conferir seu salário. mudar o mundo.

Colecionador e pesquisador, abandonou a bandana, mas não o hobby de colecionar action-figures e afins.

PRODUÇÃO E EVENTOS Gerente: Aida Lima (aida@europanet.com.br) Equipe: Beth Macedo (produção) e Denise Sodré (propaganda) LOGÍSTICA Coordenação: Liliam Lemos (liliam@europanet.com.br) Equipe: Paulo Lobato e Thiago Cardoso ADMINISTRAÇÃO Gerente: Renata Kurosaki Equipe: Paula Orlandini, Vinícius Serpa e William Costa DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL Tânia Roriz e Elisangela Harumi

Detonando na sua nova coluna com os cosplayers mais irados do universo.

É ator, professor, comediante e roteirista. Acumula todas essas funções para poder comprar mais HQs.

Rua MMDC, 121 - São Paulo, SP - CEP 05510-900 Telefone: 0800-8888-508 (ligação gratuita) São Paulo: (11) 3038-5050 Pela Internet: www.europanet.com.br E-mail: atendimento@europanet.com.br A revista MUNDO DOS SUPER-HERÓIS é uma publicação da Editora Europa Ltda. (ISSN 16766091). A Editora Europa não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios de terceiros. Distribuidor exclusivo para o Brasil Dinap Ltda. Distribuidora Nacional de Publicações Rua Dr. Kenkiti Shimomoto, 1.678 CEP 06045-390 – Osasco, SP Impressão: /RJ 3ULQW *UºÚ FD H /RJÆVWLFD 6 $

Meio nerd, meio bruxa, devora livros e filmes e é sempre chamada quando os prazos estão apertados.

Professor de desenho do Instituto HQ. É autor do quadrinho independente O Caminho.

O trio nerd – André Morelli, e Cláudio Murena e Toni Santos – adora discutir qual é a melhor: Marvel ou DC.

O membro mais importante desse grupo, que nos acompanha desde quando era um pequeno nerd.


DIZ AÍ!

NA TEIA DE VOCÊ SABE QUEM

F

oi só publicarmos o dossiê sobre a trajetória do Batman nas editoras brasileiras (Mundo 71), que muitos leitores começaram a pedir algo sduhflgr#vreuh#r#Krphp0Dudqkd1#DĽ#qdo/#r#Fdydohlur#gdv#Wuhydv#h#r#FdehÉd# gh#Whld#vÅr#frqkhflgrv#shodv#orqjdv#fduuhludv#hp#qrvvdv#sdudjhqv#wurslfdlv# h#sru#vhuhp#rv#fdpsh×hv#gh#yhqgd#qdv#edqfdv1#Erp/#frpr#hvwdprv#qd#idvh#gh# realizar os sonhos de nossos leitores para compensar o preço de capa, aqui está um orqjr#h#fdsulfkdgr#grvvlÌ/#hvfulwr#shor#shvtxlvdgru#Urehuwr#Jxhghv1#R#wh{wr#ydl#gd# chegada meio tardia de Pedro Prado, ops, Peter Parker, na Ebal, até seus recentes odqÉdphqwrv#qd#Sdqlql1#Wxgr#qr#fdsulfkr#h#ghwdoklvpr#gh#vhpsuh/#doËp#gh#xp#sÖvwhu# lqwhuqr#fuldgr#sru#duwlvwdv#qdflrqdlv#+dwhqÉÅr#qdv#hdvwhu#hjjv#gd#lpdjhp/#rnB,1

Quem está conosco há mais tempo, já notou: passados tantos dossiês, o Aranha foi quem mais vezes frequentou a capa da Mundo. Obviamente, a boa reputação do herói é a principal causa disso. Mas não só, pois existem tantas coisas populares por aí que são ruins... Já o Aranha é daqueles caras que sempre têm boas histórias a oferecer, seja qual iru#d#Ësrfd1#Yhmd#ehp/#qÅr#gljr#txh#wxgr#vhmd#Õwlpr#+wdÏ#dtxhoh#sroÌplfr#dufr#gr#PhĽ#vwr/# em 2008, para atestar) porém, entre tantas revistas, é fácil achar coisas bacanas. No auge da minha adolescência, quando me viciei nos gibis da Marvel/Abril, eu não era lá muito fã do Aranha. Eu gostava mesmo era do Hulk, Capitão América e Demolidor. Só com os anos é que fui entender como o universo do aracnídeo era diferenciado e criativo, algo muito além do seu tempo. Hoje, o Homem-Aranha é o personagem que faço questão de sempre ter na estante, seja em revistas mensais ou encadernados. E torço para valer txh#hoh#vh#gÌ#ehp#qr#flqhpd/#WY#h#dĽ#qv1#Txdqwr#pdlv#whldv#qdv#pÏgldv/#phokru1 Aproveitando o espaço, quero agradecer a todos que nos felicitaram pelos dez anos da Mundo. Foram wdqwdv#phqvdjhqv#srvlwlydv#txh#Ľ#fdprv#frprylgrv# aqui na redação. E isso é o grande combustível para seguirmos em frente. Obrigado. Até mês que vem.

MANOEL DE SOUZA

manoel.souza@europanet.com.br

NESTA EDIÇÃO

7DESAFIO DOS HERÓIS 9UMA IMAGEM 10PENEIRA POP 18O ASSUNTO É... 20ENTREVISTA 24DOSSIÊ 37BASTIDORES 40ACTION-FIGURES 42EM SÉRIE 48VÁRIAS FACES 50ESPECIAL 58GRANDES COMBATES 60RECEBEMOS 66NA PRANCHETA 68SUPERLEITORES 70UNIVERSO MARVEL/DC Teste seus conhecimentos

Pinguim para prefeito

QrwÏfldv/#hyhqwrv#h#dĽ#qv

Liga da Justiça

Frank Quitely

Homem-Aranha no Brasil

O passo a passo da capa SuperPowers Luke Cage

Coringa

Aquaman

E FOR O CASO, RECLAME

Nosso objetivo é a Excelência! Visite nosso site www.europanet.com.br Correspondência Rua MMDC, 121 / CEP 05510-900 São Paulo, SP / Fax: (11) 3819-0538

Redação Tel.: (11) 3038-5109 / Fax: (11) 3819-0538 manoel.souza@europanet.com.br

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Vendas (de segunda a sexta, das 8h às 20h) 0800-8888-508 (ligação gratuita) (11) 3038-5050 (Grande São Paulo) Fax: (11) 3819-0538 atendimento@europanet.com.br

Digital www.europadigital.com.br suportedigital@europanet.com.br (Desktops, notebooks, tablets e celulares)

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Demolidor vs. Rei do Crime

Resenhas de HQs

Luke Ross

FrphqwÃulrv#h#dĽ#qv

Mark Gruenwald

REVISTA MUNDO | 5


#CriativoEsseEventoEhPraVoce

22 & 23 OUT 2016

O FOTOGRAFO

O FASHIONISTA

O ANIMADOR

O MUSICO

PALESTRANTES CONFIRMADOS

*

* Os palestrantes podem sofrer mudanças sem aviso prévio. Mais informações no site.

2016

ROD HUNT

ILUSTRAÇÃO | Inglaterra

DANIEL BRUSON

O OCIO CRIATIVO HARUO KANEKO

FOTOGRAFIA ERÓTICA | Brasil

CHANCE GLASCO

ANIMAÇÃO | Brasil

GAME E VR | Estados Unidos

DAVID POLONSKY

ASTRID FELDNER - BLEED

ANIMAÇÃO E ILUSTRAÇÃO | Israel

DESIGN MULTIDISCIPLINAR | Áustria

ADQUIRA SEU INGRESSO ANTECIPADO EM

www.pixelshow.com.br SPECTRAL MOTION

MAKE UP E ANIMATRONICS | Estados Unidos

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GRUPO BARBATUQUES

PRODUÇÃO MUSICAL E SOUND DESIGN | Brasil

REALIZAÇÃO:

MEDIA SPONSOR OFF:

APOIO:

ARTE E INSTALAÇÃO | Argentina

GAME DESIGN | Holanda


DESAFIODOSHERÓIS UM QUIZ PARA QUEM É SUPER

TESTE SEUS PODERES

1

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3

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5

EM QUE FILME O GAVIÃO ARQUEIRO ESTREOU NOS CINEMAS?

O PRIMEIRO BATMÓVEL ERA DE QUE COR?

QUAL É O VERDADEIRO NOME DO WOLVERINE?

QUEM LIDERA O ESQUADRÃO SUICIDA DURANTE AS MISSÕES?

PINK FLOYD HOMENAGEOU QUAL HERÓI DA MARVEL?

6

7

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10

QUEM FOI O PRIMEIRO SUPER-HERÓI A APARECER NOS GAMES?

QUAIS SÃO OS PODERES DOS SUPERGÊMEOS?

COMO SE CHAMA A CIDADE DO ARQUEIRO VERDE NO SERIADO ARROW?

QUAL ROTEIRISTA TEVE SUA PRIMEIRA HQ PUBLICADA AOS 14 ANOS?

A MUTANTE BRASILEIRA GAROTA-TUBARÃO É NATURAL DE QUE ESTADO?

VIRE A PÁGINA E VEJA AS RESPOSTAS REVISTA MUNDO | 7


DESAFIODOSHERÓIS

1

Clint Barton apareceu pela primeira vez em Thor (2011), atuando como um dos agentes da Shield que tentam impedir o Deus do Trovão de recuperar o martelo místico Mjolnir. Para a tristeza dos fãs, a situação foi resolvida antes que o Gavião pudesse disparar xpd#Üqlfd#ľ#hfkd1#R#khuÕl# vÕ#hqwurx#hp#dÉÅr#phvpr# em sua segunda aparição, em Os Vingadores (2012), já como membro da equipe.

2

R#sulphlur#fduur a ser chamado de EdwpÕyho#irl#xp# chamativo conversível vermelho, modelo Cord 4<691#R#srvvdqwh#hvwuhrx# em Detective Comics 48 (1941) e tinha um pequeno morcego de metal sobre o fdsÖ1#R#yhÏfxor#vÕ#pxgrx# em Batman 20 (1943), quando ganhou uma nova customização e a cor preta. A partir daí, os fduurv#gr#khuÕl#Ľ#fdudp# cada vez mais sombrios.

3

Quem saiu gritando “Logan! Logan!” sdvvrx#yhujrqkd1#R# mutante é James Howlett, wlgr#frpr#Ľ#okr#gh#Mrkq#h# Hol}dehwk#Krzohww1#R#txh# foi mantido em segredo, contudo, é que o real pai do rapaz é Thomas Logan, o zelador da mansão do casal e com quem Elizabeth teve um amor proibido. James adotou o nome Logan para esconder sua identidade dsÕv#xpd#wudjËgld# envolvendo os Howlett.

4

A função cabe ao comandante Rick Flag, enquanto Dpdqgd#Zdoohu#Ľ#fd#dshqdv# nos bastidores articulando as novas missões do grupo. Mesmo não simpatizando com a ideia de uma equipe formada por supervilões, Flag afeiçoou-se a alguns deles e fez vários sacrifícios para preservar o grupo. Antes disso, ele liderou uma versão mais valorosa do Esquadrão, formada por ghglfdgrv#rĽ#fldlv1

5

R#Gu1#Hvwudqkr#Ë# mostrado de maneira fdpxľ#dgd#qd#fdsd#gr# álbum A Saucerful of Secrets, de 1968. A arte psicodélica do resto da imagem, aliás, é uma referência às diversas dimensões visitadas pelo Mago Supremo nas HQs. Rxwud#edqgd#txh# homenageia Stephen Strange é a britânica T. Rex, que citou o místico na letra da música Mambo Sun, de 1971.

AGORA, VAMOS DESCOBRIR SEU NÍVEL DE PODER 0 a 3 ACERTOS

4 a 8 ACERTOS

9 a 10 ACERTOS

Você ainda tem muito a aprender, então nem adianta tentar alguma gracinha, pois vai se dar mal. Avance com cuidado e preste atenção para não perder a cabeça.

A coisa está melhorando para o seu lado e você começa chamar a atenção. É verdade que você nem sempre acerta os alvos, mas na hora do vamos ver, você se garante.

Você já se firmou como um nome a ser respeitado, pois raramente erra um alvo – e quando isso acontece, você ainda pode dizer que foi de propósito. Mantenha a mira firme.

AMARRA

6

Como aconteceu no mercado de quadrinhos, coube ao Homem de Aço abrir caminho, em 1978, na então nova mídia. Ele estrelou o game Superman, do Atari 2600, lançado h{dwdphqwh#73#dqrv#dsÕv a estreia do personagem nas HQs. Na sequência, a Marvel se animou a licenciar o Homem-Aranha para o jogo Spider-Man, lançado em 1982 para o mesmo console.

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CAP. BUMERANGUE

7

A garota, Jayna, é capaz de assumir a forma e habilidades de qualquer animal, enquanto seu irmão Zan transforma-se em água, inclusive objetos de gelo, criaturas líquidas e até em ydsru1#Hohv#Ľ#fdudp# conhecidos por sua participação no desenho animado Superamigos, em que estrearam, em 1977, e vÕ#irudp#lqvhulgrv#qd# furqrorjld#rĽ#fldo#gd#GF# nas HQs em 1996.

8

Aqui valem os dois nomes: o original Starling City ou o vxevwlwxwr#Vwdu#Flw|1#R# qrph#gd#phwuÕsroh#irl# alterado em homenagem ao cientista e benfeitor da cidade Ray Palmer, dado como morto em uma explosão. Para ele, a alteração sinalizaria uma era de prosperidade. Com a mudança, a cidade passou a ter o mesmo nome usado nas HQs do Arqueiro Verde.

PISTOLEIRO

9

Você viu o Stan Lee na foto e já pensou nele, qÅr#ËB#Huurx1#R#ihlwr#Ë# de Jim Shooter, que estreou com uma HQ da Legião dos Vxshu0KhuÕlv/#hp#4<991# Decidido a escrever para a DC, ele passou meses estudando os gibis da época e pediu para a mãe enviar o roteiro pronto para a hglwrud1#R#fkhiÅr#Pruw# Weisinger gostou do que ylx#h#dsÕv#pxlwd# qhjrfldÉÅr/#d#klvwÕuld#vdlx# em Adventure Comics 346.

10

Iara dos Santos nasceu e cresceu em Pernambuco, mais precisamente na capital Recife. Capaz de se transformar em uma criatura metade mulher, metade tubarão, ela foi procurada pela terrorista Mística, que queria usar a selvageria de Iara a seu favor. Felizmente, o x-man Anjo convenceu a jovem pernambucana a se juntar aos alunos da Escola Jean Grey.


UMA IMAGEM FICHA SUJA - Políticos de passado duvidoso existem em todo lugar, como prvwurx#r#Ľoph#Batman: O Retorno (1992). Na trama, ninguém menos que o Pinguim (Danny DeVito) concorre à prefeitura de Gotham City e faz uma campanha marcada por cartazes como o dessa página, que são espalhados por toda a cidade. Algo parecido aconteceu no seriado de TV Batman (1966), quando o vilão (interpretado por Burgess Meredith) também se candidata ao fdujr#gh#suhihlwr#qr#hslvÕglr# Hizzonner the Penguin.

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PENEIRAPOP

U M AQ UE CIM EN TO PA R A S UA L E I T U R A

1

2

3

Tela poderosa

SIM, A TV É O ATUAL PARAÍSO NERD E AS NOVAS TEMPORADAS DAS SÉRIES DE SUPER-HERÓIS ESTÃO AÍ PARA CONFIRMAR. VEJA AS NOVIDADES POR JOTA SILVESTRE GOTHAM (1)

AGENTS OF SHIELD (2)

3a Temp. > EUA: 19/9 > BR: 3/10

4a Temp. > EUA: 20/9 > BR: sem data

z Começa uma verdadeira caça aos

z D#vËulh#uhwruqd#frp#judqghv#

prqvwurv1#Qr#Ľqdo#gd#idvh#dqwhulru/# os seres criados por Hugo Strange qr#vxevror#gr#Dvlor#Dunkdp#irudp# olehuwdgrv#sru#xpd#uhqdvflgd#Ilvk# Mooney. Agora, eles aterrorizam Gotham

pxgdqÉdv/#frpr#Gdlv|#+Wuhpru,# qÅr#id}hu#pdlv#sduwh#gd#htxlsh#h#vhu/# drv#rokrv#gr#pxqgr/#xpd#fulplqrvd# txh#dvvdowd#edqfrv1#Com a vigência

City e Jim Gordon, transformando a caçada do detetive numa missão pessoal. Seis meses se passaram desde a temporada anterior e Gordon prefere manter-se fora do departamento de polícia. Em meio a tantos vilões, surgem novos rostos: o Chapeleiro Louco e uma versão crescida da Hera Venenosa. Enquanto isso, Bruce Wayne segue uma nova pista sobre o assassinato de seus pais.

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do Tratado de Sokovia, o documento que regulamenta a atividade dos metahumanos, a Shield volta a operar legalmente. Mas, uma vez que o agente Frxovrq#dlqgd#hvwÃ#rĽfldophqwh#pruwr/# um novo personagem assume o posto de diretor da agência de espionagem (vivido por Jason O’Mara), enquanto Coulson volta a campo, ao lado de May e Mack na busca por Inumanos. Mas o destaque mesmo da temporada é a chegada do Motoqueiro

Fantasma, representado por Robbie Reyes, como na mais recente versão do personagem nas HQs. Não se sabe ainda se o herói infernal será aliado ou inimigo, mas o mais relevante é ele acrescentar elementos místicos à série.

THE FLASH (3) 3a Temp. > EUA: 4/10 > BR: sem data z Qr#Ľqdo#gd#vhjxqgd#whpsrudgd/#r#

Yhorflvwd#Hvfduodwh#yrowrx#qr#whpsr# h#hylwrx#d#pruwh#gd#pÅh#shodv#pÅrv# gr#Iodvk#Uhyhuvr/#pdv#dfderx#fuldqgr# xpd#olqkd#gh#whpsr#dowhuqdwlyd1#Não por acaso, o primeiro episódio foi batizado de Flashpoint, numa referência à minissérie em quadrinhos que resultou no reboot do universo DC em 2011. Nessa nova


4

5 6 realidade do seriado, Barry Allen é o único a se lembrar da cronologia anterior, mas suas memórias começam a desaparecer, a ponto de ele esquecer que tem poderes. Como seus pais continuam vivos, ele não vh#dsur{lprx#gh#Mrh#Zhvw#h#qhp#grv#Ľokrv# do policial, a amada Iris e Wally, que nessa realidade atua como o herói Kid Flash.

ARROW (4) 5a Temp. > 5/10 > BR: sem data

de Star City que caça criminosos nas horas vagas; e Sr. Incrível, gênio da computação que apareceu na 4a temporada. Os vilões serão Tobias Church, um gângster que tenta comandar as gangues de Star City, e Prometheus, bem conhecido dos fãs de HQs por derrotar a Liga gd#MxvwlÉd1#R#vhjphqwr#gh#ľdvkedfnv# será ambientado na Rússia e revelará o envolvimento de Queen com o grupo secreto Batva e terá como inimigo um vilão interpretado por Dolph Lundgren.

z Ghsrlv#gh#gxdv#idvhv#pruqdv/#

Duurz#uhwruqd#sdud#r#txlqwr#dqr#frp# d#surphvvd#gh#xp#uhfrphÉr1#Rolyhu# Txhhq#Ë#r#suhihlwr#gh#xpd#flgdgh# duudvdgd#h#r#dqwljr#Wlph#Duurz#qÅr# existe mais. O cenário torna-se um prato cheio para o surgimento de novos vigilantes que aos poucos se juntarão ao Arqueiro Verde numa nova equipe. Até r#prphqwr/#hvwÅr#frqĽupdgrv#Doyr# Kxpdqr/#xp#jxdugd0frvwdv#surĽvvlrqdo# capaz de se disfarçar de forma idêntica aos seus protegidos; Artemis, que se fez passar por um breve período pela Canário Negro na temporada anterior; Cão Raivoso, um justiceiro violento; Vigilante, procurador

LEGENDS OF TOMORROW (5) 2a Temp. > EUA: 13/10 > BR: sem data z Ydqgdo#Vdydjh#irl#ghuurwdgr#h#

djrud#fdeh#Âv#ohqgdv#surwhjhu#r#ľx{r# whpsrudo#gh#qrydv#dphdÉdv1 A aparição gr#Krphp0Krud#qr#Ľqdo#gd#whpsrudgd# anterior foi o primeiro passo para a entrada da Sociedade da Justiça na série. Segundo os produtores, o encontro das equipes será marcado por um choque de gerações, mas resultará em uma nova integrante para o grupo de Rip Hunter: Vixen, uma heroína capaz de emular as habilidades dos animais. Outra equipe clássica será

a Legião do Mal, famosa pelo desenho Superamigos e que terá vilões como Malcolm Merlyn, Damien Darhk, Flash Reverso e Capitão Frio.

SUPERGIRL (6) 2a Temp. > EUA: 10/10 > BR: sem data z D#judqgh#qrylgdgh#Ë#d#vdÏgd#gr#

programa da rede CBS e a migração sdud#r#fdqdo#FZ1#Frp#lvvr/#Vxshujluo sdvvd#d#lqwhjudu#rĽfldophqwh#r#phvpr# xqlyhuvr#gdv#vËulhv#Arrow/#The Flash e Legends of Tomorrow. Os produtores, inclusive, já anunciaram um grande encontro entre os heróis, que se estenderá pelos quatro programas e ocupará quase uma semana em novembro. A troca para o CW também ajudou a derrubar problemas de direitos autorais, o que permitiu a tão aguardada participação do Superman, interpretado por Tyler Hoechlin – na CBS, o personagem podia ser citado, mas não mostrado. Outros heróis já anunciados para incrementar o elenco são Miss Marte e Mon-El e os coadjuvantes Maggie Sawyer, Snapper Carr e Lena Luthor.

REVISTA MUNDO | 11


PENEIRAPOP As action-figures ajudarão várias jovens a encontrar uma heroína que as inspire

GIRL POWER Erd#idvh A estratégia da DC de retornar às raízes com Rebirth deu certo. Desde maio, quando a linha foi anunciada, as vendas têm sido as melhores dos últimos anos, tanto que o gibi DC Universe Rebirth vendeu mais de 235 mil cópias e teve quatro reimpressões. Em julho, a DC abocanhou 45% do mercado, contra 37,3% da Marvel, um feito raro numa trajetória geralmente liderada pela rival. Outro marco é a presença de mais títulos da DC na lista dos dez mais vendidos do mês. Leitores e críticos são só elogios, principalmente devido à editora resgatar a essência dos personagens e ainda manter ligação com outras mídias, como prova o já anunciado confronto entre Liga e Esquadrão Suicida, dois nomes de peso no cinema.

Iluph#h#iruwh Chega à sexta edição o Almanaque Meteoro, a série em quadrinhos produzida pelo roteirista e colaborador da Mundo, Roberto Guedes. Criado em 1987 e reformulado nos anos 2000, Meteoro é o colegial Roger Mandari, que ganha poderes ao ter contato com um meteorito enviado pelo membro da sociedade secreta Sinarquia Universal. Na nova HQ, com arte de Daniel Alves, Meteoro enfrenta Aríete, um ser forjado na aurora do tempo. Com essa e outras atrações, a edição pode ser obtida com o autor pelo e-mail guedesbook@gmail.com.

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POR GABI FRANCO

Meninas podem salvar o mundo

A

Consumer Products, pÃ{lpd#ģpxokhu#qÅr# disse que a intenção frpsud#erqhtxlqkrĤ# é focar nas versões Ë#ehp#srsxodu1#Pdv/# adolescentes das vhjxqgr#xpd#shvtxlvd#gh# heroínas e oferecer phufdgr#ihlwd#shod#Pdwwho às meninas de 6 a hp#5348/#ghvfreulx0vh#txh# 12 anos modelos de <(#gr#sÜeolfr#frqvxplgru# comportamento e gh#dfwlrq0Ľjxuhv#Ë#gh# representatividade pxokhuhv1#Hvvh#gdgr# que nunca tiveram. derrubou uma importante “Tanto Mulherbarreira de gênero na Maravilha e Supergirl lqgÜvwuld#gh#eulqtxhgrv1# quanto Mulher-Gato Dojr#uhiruÉdgr#shorv# e Arlequina podem protestos contra a ausência inspirar meninas, não gh#Uh|/#d#qryd#surwdjrqlvwd# importa em que estágio de Star Wars/#qxpd#uhfhqwh# As histórias das heroínas e vilãs da vida elas estejam. frohÉÅr#gd#Kdveur1 em versão juvenil chegam às HQs A trama é a boa e velha A partir desses dados, a fórmula da escola de super-heroínas. Mattel estudou seu público mais a fundo Vilãs frequentam a escola ao lado das e descobriu um mercado em expansão, khurÏqdv1#Lvvr#frorfd#xp#srqwr#Ľqdo# em que não é mais tão difícil ver meninas sobre a velha ideia de competição entre brincando de carrinho nem meninos de meninas e passa um ideal de cooperação boneca. E, apostando no crescimento dessa e empatia”, explica Diane. soxudolgdgh/#d#Pdwwho#Ľuprx#sdufhuld#frp# As bonecas chegaram às lojas em a DC para lançar a coleção DC SuperHero julho e toda a divisão de quadrinhos e Girls. O projeto foi criado para representar outros produtos presidida por Diane e conquistar o público feminino fã de representa um negócio de cerca de super-heroínas em um universo dominado US$ 6 bilhões. A DC representa cerca de sru#Ľjxudv#pdvfxolqdv1#DC SuperHero Girls metade disso e projeções indicam que a inclui curtas de animação no Youtube, um marca DC SuperHero Girls sozinha pode se especial para a TV, um gibi lançado durante tornar algo maior do que US$ 1 bilhão. o Free Comic Book Day (evento em que Pelo jeito, a loira peituda Barbie pode editoras norte-americanas distribuem perder o posto de sonho de consumo quadrinhos gratuitos), o longa em DVD das meninas. Que assim seja. Por um Hero of The Year e uma graphic novel mercado de brinquedos cada vez mais editada pela DC. glyhuvlĽfdgr/#glyhuwlgr#h#fkhlr#gh# Em entrevista à revista Fortune, Diane personagens dos quadrinhos. Nelson, presidente da DC e da Warner Bros


Recém-chegado

O

Juxsr#Hglwruldo#Qryr# VËfxor/#frqkhflgr# sru#sxeolfdu#olyurv# edvhdgrv#qr#Xqlyhuvr#Pduyho/# lqyhvwh#dlqgd#pdlv#qr#sÜeolfr# qhug#h#odqÉd#r#vhor#Geektopia/# com a premissa de inovar e wud}hu#KTv#gh#frqvdjudgrv# autores estrangeiros. A estreia aconteceu com o álbum Incrível, Fantástico, Inacreditável, que narra a elrjudĽ#d#gh#Vwdq#Ohh#+uhvhqkd# na página 61) e saiu na Bienal do Livro, em São Paulo, SP. Já estão previstas novidades para os próximos meses, como Warcraft: Laços de Fraternidade. Escrita por Paul Cornell e ilustrada por artistas como Mat Broome, Chris Metzen e outros, a trama é um prelúdio da produção que chegou aos cinemas recentemente. Já a série

Conversa khurlfd#

O novo selo estreia com a vida de Stan Lee em HQ e promete novidades como Warcraft The Wicked + The Divine, com roteiro de Kieron Gillen e arte de Jamie McKelvie, mostrará uma saga sobre deuses na Terra. Para 2017, a promessa da Geektopia é lançar algumas

HQs baseadas em franquias de sucesso do cinema, como Back to the Future: Untold Tales and Alternate Timelines e Star Trek/ Planet of the Apes: The Primate Directive.

O editor da Mundo Manoel de Souza e o redator da revista Gustavo Vícola participaram de um bate-papo com o pessoal do Por Trás das Máscara, um podcast sobre quadrinhos. Na conversa com os apresentadores Marcelo Ferrari, Diego Bachini Lima e Luciana d’Anunciação, a dupla falou do processo de criação da revista, histórias de bastidores, mercado e mais. Procure pela edição 183 do podcast em Terceira Terra (www.terceiraterra.com).

OUTROS OUTUBROS OS GIBIS QUE SE DESTACARAM NESSE MÊS EM… POR GUSTAVO VÍCOLA

...1976 Embalado pelo sucesso da TV da época, a primeira edição de O Homem de Seis Milhões de Dólares (Bloch) chegou às bancas com três HQs publicadas originalmente em The Six Million Dollar Man 1 e 2, da Charlton. Com textos de Joe Gill e Nicola Cuti e arte de Joe Staton, o gibi trouxe a origem do herói biônico.

...1986 O Incrível Hulk 40 (Ed. Abril)

chamou a atenção mais pela capa feita pelo ilustrador norte-americano Walter Velez do que pelas HQs. A imagem é original da magazine The Hulk 19, lançada nos Estados Unidos em 1980. O curioso é que a história do Golias Esmeralda da edição da Abril é de 1983.

...1996 Em decorrência da saga Zero Hora, a Ed. Abril reiniciou a numeração dos gibis da DC no Brasil, além de criar novos títulos, caso de Shazam. Com o número zero na capa, a edição de estreia encerrou o hiato de 18 anos em que o herói ficou sem estrelar uma série mensal própria em nosso país.

...2006 Dr. Estranho, Hulk, Namor

e Surfista Prateado voltaram a formar os Defensores em Marvel Apresenta 26 (Panini). Longe do clima sério das HQs do grupo dos anos 1970 e 1980, as novas histórias foram marcadas pela comédia pastelão, cortesia de Keith Giffen e J.M. DeMatteis (textos) e Kevin Maguire (arte). REVISTA MUNDO | 13


Os trabalhos que saem da prancheta de Byrne atualmente são para a IDW

PENEIRAPOP

POR ONDE ANDA JOHN BYRNE? POR LEONARDO VICENTE

Ylo×hv#ydolrvrv Esquadrão Suicida expandiu o universo cinematográfico da DC ao se relacionar com outros longas e apresentar novos conceitos e personagens. O filme pode ter dividido opiniões, mas provou ser um sucesso nas bilheterias ao arrecadar mais de US$ 700 milhões, e isso sem ser exibido na China, um dos mercados mais fortes da atualidade. O sucesso, é claro, tem gerado rumores, como uma possível continuação para 2019. O boato parece cada vez mais real, visto o entusiasmo do diretor David Ayer ao falar sobre a ideia. Além disso, Will Smith, que encarnou o Pistoleiro, já deu indícios de que tem contrato para outras produções do Universo DC.

Ixwxur#lqfhuwr# Não é dessa vez que o Homem-Macaco emplacará uma nova franquia no cinema. O filme A Lenda de Tarzan (2016), com Alexander Skarsgård no papel do herói, não teve o desempenho esperado, o que inviabilizou os planos de uma sequência. O filme chegou a ser o segundo mais visto em seu final de semana de estreia, mas despencou nos dias seguintes, somando US$ 126 milhões no mercado norte-americano, um valor inferior ao seu custo (US$ 180 milhões). Mesmo com sua bilheteria mundial, o filme não arrecadou os US$ 400 milhões esperados para continuar a franquia.

D

ono de uma trajetória marcante qd#Pduyho#h#qd#GF/#r#txdgulqklvwd# Ë#xp#grv#qrphv#pdlv#ohpeudgrv# shorv#iÅv#gdv#dqwljdv/#sulqflsdophqwh#sru# sduwlflsdÉ×hv#hp#vËulhv#frpr#The Uncanny X-Men/#Fantastic Four e Superman nos anos 4<:3#h#4<;31#Pdv#r#jÌqlr#gliÏflo#gh#Mrkq# E|uqh#hqiudtxhfhx#vxd#sdufhuld#frp#dv# gxdv#judqghv#hglwrudv/#dwË#fxoplqdu#qr# ghuudghlur#wudedokr#sdud#fdgd#xpd=#r#wÏwxor# phqvdo#X-Men: The Hidden Years/#hqwuh# 4<<<#h#5334/#sdud#d#Pduyho/#h#d#vËulh#The All-New Atom/#hp#5339/#sdud#d#GF1 As declarações polêmicas o isolaram sru#xp#euhyh#shuÏrgr/#txdqgr#E|uqh#Ľfrx# limitado a vender artes comissionadas em seu fórum. Foi graças ao fã Wayne Osborne que o autor voltou às HQs, em 2008, ao ser contratado pelo jovem roteirista para desenhar uma minissérie de FX, um herói criado por Osborne. O material saiu pela IDW Publishing e deu início a uma parceria entre Byrne e a editora que dura até hoje. Na IDW, ele retomou antigas ideias, como uma nova série Next Men, lançada em 2010 e 2011 em continuação ao material publicado pela Dark Horse nos anos 1990. Em 2013, saiu a minissérie Doomsday.1, uma nova versão de um dos primeiros wÏwxorv#gh#E|uqh/#xpd#ĽfÉÅr#flhqwÏĽfd#sÕv0 apocalíptica lançada em 1975, pela Charlton. Em meio a tantos projetos, Byrne não se afastou dos super-heróis. Em 2012, apresentou a equipe Trio, baseada no secular jogo jokenpô e composta por heróis que remetem a pedra, papel e tesoura. No ano seguinte, criou o grupo Triple Helix em expansão ao universo iniciado em Next Men. Contudo, a maior parte do trabalho na IDW remete a material licenciado, como a série Star Trek: New Visions (2014), com HQs feitas com fotos da antiga série de TV e contando novas missões do Capitão Kirk e cia. Byrne continua na série até hoje.

Fotos da antiga série de TV Star Trek viram HQ nas mãos de Byrne 14 | REVISTA MUNDO

As equipes Trio (acima) e Triple Helix (abaixo), duas criações recentes de Byrne


COSPLAY POR RICARDO QUARTIM

Herói da ylgd#uhdo

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Após ver o pai morrer de câncer, Cristiano Zanetta de Mattos, de Tubarão, SC, prometeu usar seus talentos (ele é cosplayer, versado em sete artes marciais e palestrante) para ajudar as pessoas a enfrentar essa terrível doença. Para isso, incorporou o Batman, não só no visual como no espírito, para oferecer trabalho social em hospitais. “Nas palestras, começo com uma roupa normal e, durante o processo, vou me caracterizando como o Homem-Morcego. Vou mudando minha voz e meu comportamento até que, no final, só fica o Batman. Hoje sou chamado por médicos e psicólogos para motivar pacientes em fase terminal”, explica o palestrante cosplayer. Mas, no início, alguns hospitais barravam Cristiano pois seu método era diferente dos habituais artistas que contam piadas aos pacientes. “Meu objetivo é modificar o comportamento. Uma pessoa não sai da depressão só com piadas. Tem que ir além”, defende. Mesmo sendo Hor concours em competições de cosplay, sempre que pode Cristiano visita eventos e convenções.

Para mais detalhes: http://batmandobrasil.com.br

REVISTA MUNDO | 15


PENEIRAPOP

HERÓIS DA TV

Os mutantes foram muito importantes no desenho do Aranha

POR NIKKI NIXON

SuÌplr#eud}xfd A entrega do HQ Mix, a maior premiação nacional de HQs, ocorreu em setembro, em São Paulo, SP, com apresentação de Serginho Groisman. O troféu homenageou a personagem Super-Mãe, do cartunista Ziraldo, que também esteve presente. Entre os premiados, estão Rogério Coelho (melhor desenhista), Lilo Parra (roteirista) e Cris Peters (colorista), além de HQs como Mil Léguas Transamazônicas (Publicação independente única), Dois Irmãos (Adaptação), Lavagem (Publicação de aventura, terror e fantasia). Para ver a lista completa dos ganhadores, acesse www.hqmix.com.br/blog.

Prêmio gringo A entrega do Harvey Awards 2016 rolou em setembro, nos Estados Unidos e teve Two Brothers (Dark Horse) entre os premiados. A versão em inglês da HQ nacional Dois Irmãos, dos brasileiros Gabriel Bá e Fábio Moon, levou o prêmio na categoria Melhor Edição Americana de Material Estrangeiro, que foi dividido com Corto Maltese: Beyond the Windy Isles (IDW). Outro destaque foi Saga (Image), vencedora de quatro categorias (Série Contínua, Capista, Artista e Roteirista). Veja todos os vencedores em www.harveyawards.org.

16 | REVISTA MUNDO

Amigões da vizinhança

A

fhqd#Ë#foÃvvlfd=#r# Krphp0Dudqkd# mora com outros grlv#khuÕlv#dgrohvfhqwhv# h#hohv#vh#xqhp#sdud# combater o crime e pagar r#doxjxho1#Uhfrqkhfhx#d# trama? Muita gente com fhuwh}d#vlp/#srlv#d#vËulh# animada Homem-Aranha e seus Fantásticos Amigos irl#xp#vxfhvvr#qr#frphÉr# dos anos 1980. Com 26 episódios, a série apresenta Peter Parker como colega de faculdade de Bobby Drake (Homem de Gelo) e Angélica Jones (Estrela de Fogo), ambos membros em treinamento dos X-Men. O trio dividia um quarto na casa da Tia May contribuindo com o aluguel. A ideia inicial dos produtores era usar o Tocha Humana mas, por problemas de licenciamento, ele foi substituído pela Estrela de Fogo, personagem criada exclusivamente para a animação e que, anos depois, ganhou versão nos quadrinhos do Universo Marvel. Como recompensa por salvarem Tony Stark das garras do vilão Besouro, o milionário

Os X-Men fizeram sua estreia na TV na animação do Homem-Aranha

O desenho foi premiado e gerou uma série em quadrinhos

transforma o quarto dos mryhqv#hp#xp#vrĽvwlfdgr# laboratório que surge de dentro dos móveis e paredes ao movimentarem um pequeno troféu na estante, onde acompanhados da cachorrinha Senhora Leoa pesquisam sobre os vilões. A série trouxe diversos heróis como convidados em seus episódios, incluindo os Novos X-Men, que apareciam pela primeira vez na TV. Foram três episódios com os mutantes, cada um com formação e uniformes diferentes. Outra curiosidade é que, após a Disney comprar a Marvel, o episódio The Quest of Red Skull foi retirado das reprises devido às referências sobre a Segunda Guerra Mundial, suásticas e a saudação “Heil Hitler”. Com o sucesso, a série rendeu uma edição especial em quadrinhos desenhada por John Romita Jr., além de faturar o Yummy Awards, em 1983, um prêmio criado pela rede NBC para eleger os melhores desenhos do ano. Na entrega, três atores subiram ao palco caracterizados como Homem-Aranha, Homem de Gelo e Estrela de Fogo.


História do Brasil, Portugal e Espanha em

ROMANCES O Desbravador UMA AVENTURA EXTRAORDINÁRIA

Em O Desbravador, Aydano Roriz revela os bastidores da extraordinária Era dos Descobrimentos e dos primeiros anos da colonização do Brasil. Tempos heroicos, quando, em busca de vida melhor no Novo Mundo, as pessoas se metiam em embarcações de madeira, movidas a vento, para atravessar oceanos. Baseado em fatos reais, descobertos em profundas pesquisas; devidamente temperados com doses da melhor ficção; no seu peculiar estilo bem-humorado e de leitura agradável, o autor compôs este romance épico, fascinante e divertido.

R$ 39,90

16cm x 23cm 360 páginas

Autor: Aydano Roriz

Rei aos três anos de idade. Desaparecido em batalha aos 24. Descubra segredos reais, escondidos por quase 500 anos, que mudaram a História. Um livro tão excitante, que não se consegue parar de ler.

O Fundador Autor: Aydano Roriz

Venturas e desventuras de Tomé de Sousa, Caramuru e Garcia d’Ávila para fundar, na Bahia, a primeira capital do Brasil.

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O Desejado A FASCINANTE HISTÓRIA DE DOM SEBASTIÃO

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16cm x 23cm 400 páginas

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Carlos Quinto Autora: Linda Carlino

Ousado, divertido e apaixonante, Carlos V é um romance histórico que revela as memórias e inconfidências desse todo-poderoso imperador, depois de abdicar do trono.

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Joana, a Louca Autora: Linda Carlino

Um olhar feminino sobre os bastidores do poder na Europa dos séculos 15 e 16.

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Invasão à Bahia, Jornada dos Vassalos e Invasão a Pernambuco Autor: Aydano Roriz

Por que eles vieram de tão longe para se apossar do Brasil. Três grandes romances, repletos de aventura, conhecimento e diversão, da primeira à última página.

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Liga da Justiça

CONHEÇA ALGUNS FATOS INTERESSANTES SOBRE AS APARIÇÕES DA EQUIPE NO CINEMA E NA TV POR EDUARDO MARCHIORI

PRODUÇÃO LIMITADA A primeira versão animada do grupo foi mostrada em The Superman/Aquaman

Hour of Adventure (1967), atração da TV em que a Liga protagonizou três episódios. Os membros da equipe (Átomo, Flash, Gavião Negro, Lanterna Verde e Superman) também protagonizavam suas próprias animações, apresentadas em cada bloco. No Brasil, o programa saiu como Associação dos Justiceiros da América.

NÃO DECOLOU

A rede americana CBS lançou o longa Liga da Justiça, em 1997, baseado em uma formação da equipe que fez muito sucesso anos antes, a Liga da Justiça Internacional. O telefilme deveria ser o piloto de um seriado, mas teve péssima repercussão, em parte devido à ausência de Batman, Superman e Mulher-Maravilha, que estavam com os direitos vendidos para o cinema.

18 | REVISTA MUNDO

GRUPO PRONTO

Em 2007, George Miller (Mad Max) assinou contrato para dirigir um filme da Liga e logo sugeriu um: D.J. Cotrona (Superman), Armie Hammer (Batman), Megan Gale (Mulher-Maravilha), o rapper Common (como o Lanterna Verde John Stewart), Adam Brody (Flash), Santiago Cabrera (Aquaman) e Hugh Keays-Byrne (Caçador de Marte). O projeto não vingou devido a uma greve de roteiristas, mas Miller é produtor do futuro filme do grupo.


ESTREIA AGUARDADA

O filme Liga da Justiça estreará nos Estados Unidos em 17 de novembro de 2017, o mesmo dia em que, 16 anos antes, a série animada Justice League estreou por lá, ou seja, em 17 de novembro de 2001. Produzido por Bruce Timm e Paul Dini, o desenho é cultuado pelos fãs até hoje.

OApesar VILÃO das pistas deixadas em Batman vs. Superman (2016), ainda vai demorar para a equipe encarar Darkseid, pois o vilão do filme Liga da Justiça será o Lobo da Estepe. Mostrado na versão estendida de BvS, o inimigo é membro da elite de Darkseid e tio do tirano. Apesar do pouco destaque nas HQs, o Lobo da Estepe chamou a atenção na fase Os Novos 52.

ELENCO SURPRESA

Além dos seis heróis que compõem a Liga, outros personagens queridos pelos fãs podem dar as caras no longa, como Mera, a esposa de Aquaman. O nome da personagem já está no elenco, assim como o da atriz Amber Heard, que encarnará a rainha de Atlântida. Outros rumores dão conta da participação de Shazam – que tem um filme programado para 2019 – e da vigilante Canário Negro.

REVISTA MUNDO | 19


ENTREVISTA

Trocadilho campeão DIVULGAÇÃO

Frank Quitely, um dos principais convidados da próxima CCXP, fala de seu trabalho com grandes ícones como Superman e X-Men POR HEITOR PITOMBO

A

os 48 anos, um certo

dupla criativa promoveu um dos mais

Vincent Deighan pode

celebrados reboots do grupo, no qual

ser considerado um dos

Quitely chegou a redesenhar os trajes

artistas mais prestigiados do

dos mutantes, levando o título a ser

mercado norte-americano.

aclamado pela crítica. Os quadrinhistas

Desenhista de alguns dos títulos mais

yrowdudp#d#Ľ#fdu#hp#hylgÌqfld#frp#All-

importantes lançados por DC e Marvel

Star Superman (2005-2008), série na qual

nas duas últimas décadas, ele deu início

puderam trabalhar com o mais icônico

à carreira em sua cidade natal – Glasgow,

dos super-heróis, sem qualquer vínculo

na Escócia –, tendo que proteger sua

com a cronologia da DC. O título foi

identidade, com medo que seus pais

considerado por muitos especialistas

descobrissem que o rebento estava

como uma das mais brilhantes releituras

começando uma carreira nos quadrinhos.

do personagem já feitas.

Por isso, o sujeito se rebatizou de Frank

Nesta entrevista exclusiva, Frank

Quitely que é, literalmente, uma espécie

Quitely fala sobre esses temas e muitos

de inversão do termo quite frankly (em

outros assuntos, além de dar uma noção do

inglês: “muito francamente”).

tamanho da ansiedade que vem sentindo

Esse ímpeto inicial acabou levando-o para a Judge Dredd Magazine em 1993, na qual desenhou séries como Hondo City

por conta da visita que fará ao Brasil em dezembro para participar da CCXP.

no mercado norte-americano, em títulos

CONTE-NOS ESSA HISTÓRIA DE USAR UM PSEUDÔNIMO PARA EVITAR PROBLEMAS COM SUA FAMÍLIA. Comecei minha carreira

como Flex Mentallo (1996), Weird War Tales

em 1990 no gibi alternativo Electric Soup, com

(1997), 2020 Visions (1997) e Gangland

a tira The Greens. Como era uma antologia de

(1997), até pegar seu primeiro trabalho com

humor adulto, sabia que meus pais não iriam

um personagem de ponta na graphic novel

gostar do conteúdo de algumas tiras. Por isso,

Batman: The Scottish Connection (1998).

criei uma identidade secreta para manter um

Law e Missionary Man. Pouco depois, o wdohqwrvr#Txlwho|#mÃ#wlqkd#Ľ#qfdgr#edqghlud#

Pode-se dizer que Quitely marcou a história recente dos comics com dois

certo anonimato.

ao lado de Grant Morrison – por acaso o

QUE LIÇÕES VOCÊ TIROU TRABALHANDO COM GIBIS ALTERNATIVOS? Obviamente,

roteirista com quem ele mais fez parcerias

Zik^g]b \hfh ^l\k^o^k% ]^l^gaZk% Zkm^&Ʈ gZebsZk

até hoje. Em New X-Men (2001), essa

e letreirar uma tira, mas também passei a

trabalhos de bastante repercussão, ambos

20 | REVISTA MUNDO

Acima, Terra 2, trabalho em que Quitely usou muitos heróis da DC. Abaixo, lápis de All-Star Superman


Alguns dos momentos mais importantes da carreira do artista: New X-Men (acima), Batman and Robin e All-Star Superman (ao lado)

estabelecidas. Graças a isso, desenhei umas

Mentallo foi meu primeiro grande trabalho

páginas com o Batman e as enviei para umas

para o mercado norte-americano.

20 editoras diferentes. Depois de receber muitas \ZkmZl \hf g^`ZmboZl% Ʈ gZef^gm^ k^\^[b nfZ proposta de trabalho da Judge Dredd Magazine.

SEU PRIMEIRO GRANDE TRABALHO PARA UMA MAJOR NORTE-AMERICANA FOI NA VERTIGO. COMO VOCÊ SE DESENVOLVEU PROFISSIONALMENTE ATÉ CHEGAR LÁ? Bem,

E VOCÊ COMEÇOU NA VERTIGO LOGO COM UMA SÉRIE ESCRITA POR GRANT MORRISON. QUE TIPO DE COISA O INSPIROU A DESENVOLVER ESSE PERSONAGEM? Tudo relativo a esse projeto me encantava. Era a Vertigo, uma minissérie em quatro edições, um personagem que era meio

passei os primeiros três anos da minha vida

super-herói, meio gente como nós... e tudo

conhecer muito sobre quadrinhos e sobre os

ikhƮ llbhgZe ^l\k^o^g]h ^ ]^l^gaZg]h fbgaZl

era escrito por Grant!

ZkmblmZl jn^ bkbZf f^ bglibkZk ^ bgƯ n^g\bZk'

tiras para a Electric Soup mas, quando

nossas HQs para comic shops e pequenas

três anos por lá. A essa altura, eu também

convenções, onde sempre havia gente que me

estava produzindo páginas em preto e branco

VOCÊ DEBUTOU COM OS PERSONAGENS TOP DE LINHA DA DC NA GRAPHIC NOVEL BATMAN: THE SCOTTISH CONNECTION EM 1998. VISUALMENTE FALANDO, O QUE VOCÊ ACHA QUE ACRESCENTOU AO CAVALEIRO DAS TREVAS NESSA ÉPOCA? Queria uma

encorajava a mandar amostras de trabalhos

para os álbuns da série The Big Book of...,

ambientação que evocasse algo parecido com

mais sérios para editoras de quadrinhos já

da Paradox Press, que pertencia à DC. Flex

o mundo real. A história acontecia na Escócia,

COMO OS SEUS QUADRINHOS ALTERNATIVOS O LEVARAM PARA AS GRANDES EDITORAS? Costumávamos levar

comecei a trabalhar para a Judge Dredd Magazine, passei a desenhar a partir de um roteiro pela primeira vez, e também comecei a lidar com colorização. Passei uns dois ou

REVISTA MUNDO | 21


ENTREVISTA FRANK QUITELY “DsÕv#wuÌv#dqrv#gh#All-Star Superman, frp#xp#wudÉr#pdlv#vrowr/#Ľ#txhl#qd# Ľ#vvxud#gh#xvdu#suhwrv#pdlv#shvdgrv” em vez de se passar no cenário ameaçador

foi a reação inicial da maioria. Mas hoje em

de Gotham City, e por isso eu aproveitei ao

dia, nas convenções, ouço muitos fãs dos

máximo essa mudança de ares. Tudo o que

X-Men dizerem que essa fase é sua predileta,

rolava na trama deveria ter um visual e um

conclusão que chegaram após superar o

ar escoceses. Tratava-se de uma narrativa

choque inicial.

histórica de mistério, por isso achava que g¼h aZobZ en`Zk iZkZ Z ZkmbƮ \bZeb]Z]^ estereotipada dos super-heróis. A narrativa exigia um visual mais realista e crível.

VENDO COM A PERSPECTIVA DE HOJE, COMO FOI TRABALHAR NOVAMENTE COM GRANT MORRISON NA GRAPHIC NOVEL TERRA 2, DA LIGA DA JUSTIÇA? COMO ERA PRODUZIR UMA HISTÓRIA COM TANTOS PERSONAGENS NUMA ÉPOCA EM QUE NÃO HAVIA MULTIVERSO? Foi muito empolgante

VOCÊ PÔDE, INCLUSIVE, MUDAR OS UNIFORMES DA EQUIPE. QUEM TEVE ESSA IDEIA? Grant me pediu para criar trajes em couro preto e amarelo brilhante, como se seus bgm^`kZgm^l Ʈ s^ll^f iZkm^ ]^ nfZ ^liÂ\b^ ]^

Quitely despontou em Judge Dredd Magazine, onde desenhou HQs como Hondo City Law

“Serviço de Emergência para Super-Heróis”.

da história, mais eu conseguia imaginá-la

Sugeri roupas civis, e argumentei que, se eu

\hfh Ze`h bgm^k^llZgm^% Zm jn^ Ʈ gZef^gm^

tivesse superpoderes, a última coisa que faria

concordei em encarar a empreitada.

seria usar um uniforme, especialmente se estivessem usando a mesma coisa. Mas

EM PRINCÍPIO, PARECIA REALMENTE ALGO MUITO BIZARRO. Grant estava

desenhar tantos personagens icônicos da DC,

Grant riu de mim e disse que, se ele tivesse

interessado em explorar novas técnicas de

além de suas contrapartes malignas. Trabalhar

superpoderes, a primeira coisa que faria seria

narrativa e por isso trabalhamos bastante

novamente com Grant também foi ótimo e

arrumar um traje bizarro, além de máscara,

\heZ]hl Ƃ ^n \hf nf eºibl ^ ^e^ \hf nf

e^f[kh&f^ jn^ Ʈ jn^b Z[lhenmZf^gm^ \aZiZ]h

capa e uma gola enorme. De modo que

chicote! Depois de muita ralação, chegamos

com as cores de Laura DePuy Martin.

continuamos debatendo ideias. Mais tarde,

a um resultado que parece ter sensibilizado

ele me deu uns esboços do visual de alguns

fãs, críticos e outros artistas. Não entendo o

personagens, além de descrições, e me deixou

critério para se dar prêmios, mas creio que We3

desenvolver o resto. Adoro quando tenho a

foi assim tão bem recebida por conta do nosso

oportunidade de redesenhar personagens e

^l_hkÀh ^f _Zs^k \hf jn^ h mkZ[Zeah Ʈ s^ll^

seus uniformes.

l^gmb]h iZkZ gÌl' :\ah jn^ bllh Ʈ \hn gÆmb]h

EM 2000, VOCÊ SUBSTITUIU BRYAN HITCH COMO DESENHISTA DA SÉRIE AUTHORITY. O QUE MUDOU NO TÍTULO DEPOIS QUE VOCÊ O ASSUMIU? Eu e Mark [Millar, o roteirista] éramos muito fãs do que PZkk^g ^ ;krZg Ʈ s^kZf gZl *+ ikbf^bkZl edições da revista e sabíamos que tínhamos uma tarefa dura pela frente, mas simplesmente Ʈ s h jn^ l^fik^ _ZÀh Ƃ ]^l^ga^b ]h f^n c^bmh e dei o meu melhor.

VOCÊ E GRANT CAUSARAM UM BAITA IMPACTO NO MERCADO QUANDO TRABALHARAM COM OS X-MEN. EM QUE MEDIDA VOCÊ CONTRIBUIU PARA QUE O STATUS DO PRESTIGIADO GRUPO MUTANTE MUDASSE? Foi tudo muito empolgante, pois

todos os meus outros amigos superpoderosos

SUA PARCERIA COM GRANT ATINGIU UM NOVO PATAMAR QUANDO VOCÊS PRODUZIRAM A MINISSÉRIE WE3. POR QUE VOCÊ ACHA QUE SEUS ANIMAIS ROBÓTICOS GANHARAM TANTOS PRÊMIOS? O mais ^g`kZÀZ]h  jn^ ^n jnZl^ g¼h Ʈ s ^ll^ trabalho. Grant me contou que estava com uma grande ideia para uma história cujos direitos nos pertenceriam, e queria muito que eu a desenhasse, o que me deixou empolgado para saber do que se tratava. Então começou a me dizer que a trama envolvia um gato,

eu voltei a trabalhar com Grant e justamente

um cachorro e um coelho que usavam

k^]^Ʈ gbg]h h oblnZe ]hl Q&F^g' LZ[ÆZfhl jn^

armaduras... Comecei a rir e disse: “Fala

muitos fãs não iriam gostar das mudanças,

sério, do que se trata?” Logo ele respondeu

mas estávamos preparados para isso e

que “era isso mesmo, e era brilhante”, e

empenhados em fazer o melhor. A revista

continuei achando que Grant estava de onda.

vendeu muito bem, mas houve muitos leitores

JnZg]h ^e^ Ʈ gZef^gm^ f^ \hgo^g\^n ]^ jn^

que consideraram as mudanças radicais

estava falando sério, achei a ideia inicial nada

]^fZbl Ƃ ^ lbgmh&f^ _^ebs ^f ]bs^k jn^ ^llZ

convincente. Porém, quanto mais o cara falava

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naquelas páginas.

A série O Legado de Júpiter é o mais recente trabalho de Frank Quitely lançado no Brasil


Antes de encarar os grandes heróis da DC, Quitely desenhou as séries Flex Mentallo e Authority

um trabalho dos sonhos. E o segundo volume é melhor do que o primeiro!

MUDANDO UM POUCO DE ASSUNTO, VOCÊ AINDA DESENHA SEUS CHAPÉUS E A ROUPA QUE USA? Não. Mencionei tal fato há alguns Zghl ^f nfZ [bh`kZƮ Z ^ gng\Z iZkZf ]^ f^ perguntar sobre isso! Uma hora dessas, voltarei a desenhar estampas para camisetas, mas é só. Ainda gosto muito de cozinhar, mas já faz bastante tempo que não crio um chapéu.

MUITA GENTE CONSIDERA QUE SEU MELHOR TRABALHO COM GRANT FOI A MINISSÉRIE ALL-STAR SUPERMAN. QUE REFERÊNCIAS VOCÊ USOU PARA CRIAR ESSA VERSÃO DO HOMEM DE AÇO? Grant escreveu 12 histórias que possuíam um ar de

QUAIS OS SEUS PLANOS PARA O FUTURO? VOCÊ AINDA É UM ARTISTA EXCLUSIVO DA DC? Não, agora estou fechado com a Image. Superman com um traço mais solto me deixou

Estou, no momento, produzindo a última

Ʈ llnkZ]h iZkZ ohemZk Z nlZk Zjn^e^l ik^mhl

edição do segundo volume de O Legado de

mais pesados, muitas sombras, além das

Júpiter. Não sei o que vou fazer em seguida.

hachuras típicas dos mangás das quais havia

Andei escrevendo um punhado de histórias

me valido em We3.

que gostaria de desenhar e ainda tem Grant e outros roteiristas com os quais gostaria de

eu tinha que fazer isso no meu próprio estilo.

FALE UM POUCO SOBRE O LEGADO DE JÚPITER, SUA MINISSÉRIE EM DEZ EDIÇÕES FEITA EM PARCERIA COM MARK MILLAR E QUE ACABA DE SAIR NO BRASIL. Mark me contou

Passamos muito tempo falando tanto sobre

sobre um projeto autoral que era a minha cara,

O QUE VOCÊ ESTÁ ESPERANDO VER NO BRASIL EM DEZEMBRO, DURANTE A COMIC-CON EXPERIENCE? Espero visitar um lindo país que só

Superman quanto Clark Kent, sobre como cada

um épico que se estendia por mundos, décadas

conheço dos livros e da internet. Também espero

um deles iria se comportar, sua linguagem

e gerações. Ele me passou as linhas básicas e eu

curtir um clima melhor do que estou acostumado

corporal, o jeito como iriam se deixar levar e

comprei a ideia. Além disso, Mark lançou mão

em Glasgow e estou louco para experimentar a

Zl ^qik^llÎ^l _Z\bZbl Ƃ Zf[hl ]^o^kbZf Z`bk

de um bando de novos seres superpoderosos e

culinária local. E, claro, quero ver multidões de

como dois personagens bastante diferentes

de uma trama multifacetada conduzida pelos

brasileiros e alguns fãs de outros países, além dos

mas que poderiam, de modo perceptível, ser

personagens, o que, obviamente, me levou a

meus colegas artistas, todos unidos em

interpretados pela mesma pessoa.

]^l^gaZk mn]h ]^l]^ hl ^l[hÀhl bgb\bZbl Ƃ _hb

nossa paixão pelos quadrinhos.

clássico para toda a eternidade, por isso parecia apropriado ecoar isso visualmente com um Lni^kfZg b\Ígb\h ^ i^k^g^ Ƃ fZl  \eZkh jn^

VOCÊ PRETENDE UM DIA VOLTAR A ESSA VERSÃO DO SUPER? Não no momento.

trabalhar, mas ainda não sei o que vou fazer.

Grant Morrison, o maior e mais prolífero parceiro de Quitely, numa ilustração criada pelo próprio Frank

Mas não descartaria tal tarefa para o futuro.

EM 2009, VOCÊ E MORRISON PRODUZIRAM A SÉRIE BATMAN AND ROBIN. O QUE FOI MUDADO NA SUA VERSÃO DO PERSONAGEM PRINCIPAL EM COMPARAÇÃO COM O TRABALHO QUE FEZ COM ALAN GRANT UMA DÉCADA ANTES? Essa história era bem diferente de The Scottish Connection. Ela se passava em Gotham, vários dos antagonistas agiam de forma bem teatral e melodramática, e havia dois sujeitos ghohl nlZg]h hl mkZc^l Ƃ ]^ fh]h jn^ tínhamos um Batman jovem e otimista, e um Robin bem mais moço [Damian Wayne], porém duro e sério. Por conta disso, o tom do título era diferente. Além disso, o fato de ter passado três anos desenhando All-Star

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Uma história

espetacular A TRAJETÓRIA DE QUASE CINCO DÉCADAS DO ARANHA NO BRASIL É MARCADA PELO SUCESSO E POR BASTIDORES INCRÍVEIS, QUE ENVOLVEM RIVALIDADE E ATÉ TRAIÇÃO POR ROBERTO GUEDES*

E

ntre os heróis da Marvel que já chegaram às bancas brasileiras, nenhum se deu tão bem quanto o Homem-Aranha. Graças à sua popularidade, o Amigão da Vizinhança teve uma enorme quantidade de títulos que publicaram (e republicaram várias vezes) quase todas as suas aventuras. E olha que a chegada ghĽ#qlwlyd#gr#shuvrqdjhp# ao nosso país foi postergada por um tempo...

*Agradecimentos ao chapa Gustavo Vícola pelos depoimentos colhidos com a editora Carol Pimentel, da Panini

Com o lançamento da revista do Quarteto Fantástico em 1961, nos Estados Unidos, a Marvel iniciou um universo de superheróis que ganharia o mundo. Mas, por problemas políticos, esses modernos personagens

demoraram um pouco para chegar ao Brasil. Em 1963, Adolfo Aizen, o fundador da Editora Brasil-América Ltda (Ebal), recebeu uma proposta da distribuidora Transworld Features Syndicate para publicar as criações da Marvel no Brasil, mas teve de declinar. Isso ocorreu, porque na mesma época, o presidente João Goulart assinou um decreto obrigando as editoras a publicarem dois terços de HQs nacionais. Como Aizen já possuía em seu catálogo muitos títulos estrangeiros, temia sofrer algum tipo de represália. Mas com o Golpe Militar em 1964, a lei acabou esquecida e a Ebal entrou em contato com os norte-americanos para retomar as negociações. A boa reputação de Aizen – um pioneiro das HQs em Terra brasilis, que publicava material da DC há décadas – possibilitou um acordo rápido e sem empecilhos burocráticos. “Nunca

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houve contrato por escrito, foi qd#edvh#gd#frqĽ#dqÉd/#gr#Ľ#r#gh# bigode”, explicou Paulo Adolfo, Ľ#okr#gh#Dl}hq#dr#mruqdolvwd# Gonçalo Junior, no ótimo artigo publicado em Marvel: 40 Anos no Brasil (Panini, 2007). Em 1966, após uma reunião envolvendo o pessoal da editora e da Transworld, além de um representante da agência de publicidade Standard Propaganda, Ľ#frx#ghĽ#qlgr#txh#d#Hedo#odqÉduld/# primeiramente, Thor na revista Álbum Gigante, Hulk e Namor em Superxis (depois Super X), e Capitão América e Homem de Ferro em Capitão Z/#d#Ľ#p#gh#dsuryhlwdu#d# exposição desses personagens nos desenhos animados produzidos pela Grantray-Lawrence, cujas exibições na TV brasileira teriam início em abril de 1967. Assim, os gibis ganharam edições de número zero distribuídas em julho daquele ano nos postos de gasolina da Shell, a patrocinadora rĽ#fldo#gdv#dqlpdÉ×hv#whohylvlydv1 O Homem-Aranha também esteve em pauta na reunião que trouxe os Marvels ao nosso país tropical, com a projeção de um trailer promocional de um desenho animado que não fazia parte do pacote original. O editor Qdxplq#Dl}hq/#r#rxwur#Ľ#okr# gr#grqr#gd#Hedo/#Ľ#frx#pxlwr# empolgado com o personagem. Só que a animação ainda demoraria um pouco para ser exibida no Brasil – acontecendo somente em 1969. Dessa forma, a editora preferiu segurar o lançamento do gibi do aracnídeo mais um pouco.

Finalmente nas bancas A primeira aparição impressa do Homem-Aranha no Brasil se deu com a reprodução de um anúncio da Marvel publicado em Superxis 0 (julho, 1967), em que ele aparecia como Peter Parker. Porém, a primeira HQ seria somente publicada – e de uma maneira muito esquisita – em Álbum Gigante 11 (agosto/1968). D#fdsd#wud}ld#xpd#Ľ#jxud# emblemática feita por Steve

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Acima, a primeira aparição impressa do Aranha, e de Peter Parker, no Brasil. O lançamento fez parte de um pacote com vários outros heróis


Álbum Gigante foi o primeiro gibi a publicar uma HQ do Homem-Aranha no Brasil. No detalhe, peça promocional para divulgar a estreia do herói

Ditko, cocriador do herói, e a fkdpdgd#r#lghqwlĽ#fdyd#dshqdv# como “O Aranha”, um “amigo vingador” do Thor – e na ocasião o aracnídeo ainda estava muito orqjh#gh#vh#Ľ#oldu#Â#htxlsh1 Por uma questão lógica, a história escolhida deveria ter sido a da origem, publicada em Amazing Fantasy 15 (agosto, 1962), mas a editora carioca optou por A Ameaça do Homem Moldado, uma aventura mais adiantada, que saiu em Amazing Spider-Man 28 (setembro, 1965), quando Peter Parker se formou no colegial – embora toda a sequência da formatura tenha sido cortada pela editora para não comprometer surpresas futuras. Os leitores adoraram o aperitivo e a Ebal tratou de começar a produção da revista do Aranha, que faria parte de uma nova onda de lançamentos envolvendo também os gibis do Demolidor, do Aquaman (DC) e do Judomaster (Charlton). Finalmente em abril de 1969, o Cabeça de Teia estreou em título

próprio no Brasil: O HomemAranha – após sete anos de seu surgimento, e quando já se notabilizava como o carro-chefe da Marvel, nos Estados Unidos, há um bom tempo. Como era de costume na Ebal, a revista foi apresentada num formato quase idêntico ao norte-americano (18,5 cm x 26 cm), mas com o miolo impresso em preto e eudqfr1#D#Hedo#ghx#lqÏflr#Â#vxd# série a partir de Amazing SpiderMan 1 (março, 1963) que, além de trazer o criminoso Camaleão, mostrava um encontro do aracnídeo com o Quarteto Fantástico, e um resumo da origem do herói. Talvez por esse último detalhe, a editora tenha preferido ignorar outra vez a trama de Amazing Fantasy, pois seria redundante publicá-la. Rxwud#fxulrvlgdgh#Ľ#frx#sru# conta da tradução de alguns nomes: Tia May se tornou “Tia Maria”, J. Jonah Jameson virou “J. Jonas Jameson” e o Clarim Diário foi chamado de “Terra

CAPA EXCLUSIVA Algo bem curioso marcou a edição 19 de O Homem-Aranha, em outubro de 1970. Em vez da capa oficial publicada em Amazing Spider-Man 35, retocada por Jack Kirby, a Marvel enviou à Ebal a prova de uma capa desenhada por Steve Ditko que fora recusada por apresentar o herói com um traseiro bastante avantajado. Ou seja, a editora brasileira acabou publicando uma versão totalmente inédita da capa.

A ESTREIA EM GIBI PRÓPRIO SÓ OCORREU EM 1969, COM A FAMOSA HISTÓRIA EM QUE O ARANHA ENCONTRA O QUARTETO REVISTA MUNDO | 27


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ARANHA GlÃulrĤ1#Lvvr#uhľ#hwld#sdufldophqwh# as adaptações empregadas no desenho animado, no qual May também era “Maria” e Jameson, “Jonas Jaime”. Ao menos, a editora não seguiu o quase impronunciável Pedro Prado da dublagem brasileira, deixando Peter Parker incólume. Ao longo das edições, a Ebal adotaria os nomes certos. Detalhe: entre os primeiros tradutores dos gibis da Marvel estavam Domingos Demasi (que depois editaria o herói na RGE) e o próprio Naumin. E assim como aconteceu no exterior, o Aranha também se tornou o líder de vendas dos heróis Marvel no Brasil. Enquanto as revistas dos outros personagens vendiam em média 75 mil exemplares por mês, seu

gibi passava fácil dos 100 mil. E essa marca se manteve inabalável mesmo quando o título passou a ter 68 páginas e o preço de capa foi dobrado a partir do número 28, em 1971. No mesmo ano, o herói aracnídeo ganhou o seu primeiro almanaque anual com 100 páginas. As famosas histórias de Harry Osborn drogado e da morte de Gwen Stacy foram publicadas pela primeira vez no Brasil pela Ebal, em O Homem-Aranha 45 (dezembro, 1972) e 54 (setembro, 1973) respectivamente, com pouco intervalo de tempo em uhodÉÅr#Âv#hglÉ×hv#julqjdv1#R# fato de publicar entre duas e três HQs por número levou o gibi nacional a se aproximar demais da cronologia original. Isso poderia acarretar problemas futuros, caso

Abaixo, capa do almanaque do Aranha assinada por Antonio Euzébio. Ao lado e acima, uma das revistas coloridas lançadas pela Ebal pouco antes de perder o herói para a Bloch

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ocorressem contratempos na remessa do material dos Estados Unidos, atrasando todo o processo de tradução e montagem da Ebal. Para se precaver, entre as edições 57 e 61 os editores brasileiros publicaram apenas HQs antigas da fase Stan Lee/ Steve Ditko, algumas inéditas até então, e com capas feitas pelo desenhista brasileiro Henrique Farias. Depois disso, continuou as histórias atuais do ponto em que havia sido interrompido, mas publicando apenas uma HQ do Aranha por edição, preenchendo

as páginas restantes com histórias de outros heróis que estavam com a cronologia mais atrasada e que não tinham mais revistas próprias – como Quarteto Fantástico, Namor e Demolidor. Aizen pensava em seguir os passos da Editora Abril, que teve um aumento substancial nas vendas de seus gibis ao adotar o econômico formatinho (13,5 cm x 20,5 cm). Mas enquanto não decidia se faria isso em toda sua linha de quadrinhos, lançou em janeiro de 1974 uma nova revista do Homem-Aranha, de

A Ebal foi a primeira editora brasileira a publicar a trágica HQ da morte de Gwen Stacy

COMBATE ÉPICO Apesar da Bloch ainda deter a primazia das HQs do Aranha, a Ebal conseguiu lançar em 1977, a portentosa edição Superman vs. O Incrível Homem-Aranha, em formato tabloide (27 cm x 36 cm). Nada menos que o primeiro encontro entre super-heróis da DC e Marvel. Isso só foi possível devido a um detalhe fortuito: a HQ foi lançada nos Estados Unidos pela DC, e no Brasil seus títulos eram publicados justamente pela editora de Adolfo Aizen.

periodicidade bimestral, mas judĽ#fdphqwh#fdsulfkdgd#h#hp# cores, que apresentava material da Marvel Team-Up, no qual o aracnídeo fazia parceria com outros heróis. Na mesma época, sairia o quarto Almanaque do Homem-Aranha, totalmente colorido. O que Aizen não imaginava é que um antigo amigo e quase parente dele, Adolpho Bloch, dono da Bloch Editores, tinha planos de se tornar o novo publicador dos super-heróis Marvel no Brasil. E isso, de fato, acabou acontecendo. Assim, em janeiro de 1975, a revista colorida do aracnídeo foi abruptamente interrompida com apenas oito edições lançadas, enquanto a tradicionalíssima O Homem-Aranha/#fkhjduld#dr#Ľ#p# com o número 70, deixando um arco de história incompleto.

Golpe duro A Bloch era conhecida pelas revistas semanais Manchete e Fatos & Fotos, e sua experiência na edição de quadrinhos era praticamente nula, exceto por uma rápida passagem no comecinho dos anos 1960, quando lançou material da Fiction House e da Atlas (a antiga Marvel). Mas como sua editora estava em um momento de crescimento, Adolpho Bloch achou que seria lqwhuhvvdqwh#glyhuvlĽ#fdu#r#ohtxh# de produtos para conquistar novos públicos. Após encarregar alguém de sondar o mercado de gibis nos Estados Unidos, soube que a Marvel era a líder no segmento, e teria dito ao diretor Pedro Jack Kapeller, vulgo Jaquito, a clássica frase “Compra essa merda toda!” A Bloch se comprometeu a lançar um gibi de cada um dos personagens, em formatinho e com 68 páginas totalmente coloridas. E, só para manter a

A PARCERIA ENTRE EBAL E MARVEL NÃO TINHA CONTRATO ESCRITO. ERA APENAS BASEADA NA CONFIANÇA REVISTA MUNDO | 29


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ARANHA

exclusividadede, até mesmo a pagar pelo material que não viesse a publicar. Tal oferta, amparada pelo moderno parque juÃĽ#fr#gd#Eorfk/#lpsuhvvlrqrx# os executivos da Marvel e o negócio foi fechado. A jogada foi considerada uma traição pelo pessoal da Ebal: “Não entendi por que Bloch fez isso com papai”, lamentou Naumin no artigo de Marvel: 40 Anos no Brasil. Em fevereiro de 1975, chegavam Âv#sudwhohludv#dv#uhylvwdv#qÜphur# 1 do Homem-Aranha e Capitão América. Logo, outros heróis também estreariam. No expediente, constavam os nomes de dois experientes surĽ#vvlrqdlv=#Pr|vËv#Zhowpdq/# diretor do departamento infanto-juvenil, e Edmundo Rodrigues, diretor de arte. Os dois se conheciam de longa data. Zhowpdq#hud#r#fuldgru#gr#idprvr# personagem radiofônico dos anos 1950, Jerônimo, o Herói do Sertão, e Edmundo o responsável pela adaptação em quadrinhos de vxdv#dyhqwxudv/#yld#Ulr#JuÃĽ#fd# e Editora (RGE). Na prática, Edmundo editava os gibis e Zhowpdq#fxlgdyd#gd#glyxojdÉÅr# por meio do Clube do Bloquinho, um fã-clube que oferecia aos sócios mirins uma carteirinha

e vários brindes. A veiculação do Clube do Bloquinho se dava numa coluna da revista Amiga, e em praticamente todos os gibis, a começar pelo primeiro número de Homem-Aranha. Vale ressaltar que, da mesma forma que a Ebal, a Bloch relacionou seus lançamentos com a exibição dos desenhos animados da Marvel, agora pela TV Tupi. Em São Paulo, isso ocorria no programa Sessão Patota, apresentado pela encantadora Giovanna Prado, e no Rio, no programa do carismático Capitão D}d#Ğ#hqfduqdgr#shor#dwru#Zlovrq# Vianna, que mantinha também xpd#froxqd#Ľ#{d#qrv#jlelv#sdud# divulgar suas atividades artísticas. Apesar da empolgação e engrenagem midiática, os gibis da Bloch não deslancharam e logo foram um a um sendo cancelados. Alguns tinham pouco mais de um ano de circulação e acabaram substituídos por títulos de terror. Da linha super-heroica só se mantiveram Homem-Aranha e Mestre do Kung Fu, se bem que esse último não se enquadrava efetivamente no gênero super. Nesse ínterim, o herói aracnídeo ainda foi agraciado com duas edições especiais: o Almanaque do Homem-Aranha e seus Superamigos, de 1976 (mas lançado em dezembro de 1975), e Álbum Maravilha: Homem-Aranha e os Super-Heróis (julho/1978). A primeira trazia uma HQ com o clone de Gwen Stacy, muito adiantada cronologicamente em relação ao que estava saindo no Brasil, e a outra, histórias extraídas da revista infantil Spidey Super Stories.

Falta de capricho

Esse almanaque da Bloch vale uma boa grana no mercado de quadrinhos usados 30 | REVISTA MUNDO

Os motivos para o fracasso editorial da Bloch foram vários, a começar pela decisão de reprisar quase todas as histórias já lançadas pela Ebal, além das cores excessivamente berrantes, da remontagem desnecessária de quadros, e da tradução equivocada (que chegou a chamar o Doutor Octopus de “Doutor Polvo” e


Anúncio das novas revistas da Bloch e exemplo da tradução e cores estranhas do Aranha. Abaixo, a Ebal cutuca o desleixo editorial da concorrente

A BLOCH ENTROU COM TODO O GÁS NO MERCADO DE GIBIS DE SUPER-HERÓIS MAS LOGO CANCELOU SUAS PUBLICAÇÕES

Na imagem maior, o Aranha enfrenta o (argh!) Doutor Polvo. Abaixo, outro exemplo das cores berrantes e uma preciosidade: a Coluna do Clube do Bloquinho publicada na revista Amiga

Gwen Stacy de “Gina”) e repleta de gírias (notadamente cariocas) que, muitas vezes, deixavam os diálogos incompreensíveis. “Uma linguagem mais jovem lhe dá uma entrada rápida no mundo do leitor. Por isso, a gíria. Eu mesmo fazia a tradução dos textos. Preferia sempre uma colocação informal”, defendeu-se Edmundo Urguljxhv#qd#hqwuhylvwd#txh#ghx#Â# Mundo 36 (setembro/2012). Com o tempo, ele passou a tarefa para outros tradutores. A Ebal, por sua vez, estampava um provocador anúncio em suas revistas, alertando aos fãs que ainda tinha em estoque vários exemplares de O Homem-Aranha “no formato original e sem remontagens”, além de nunca perder a oportunidade de publicar na coluna Notícias em Quadrinhos, cartas de leitores implorando que os super-heróis da Marvel yrowdvvhp#Âv#vxdv#pÅrv1

O formatinho do HomemAranha vendia na faixa de 60 mil exemplares, algo muito aquém das expectativas de Adolpho Bloch. Edmundo até cogitou dos próprios artistas da Bloch produzirem histórias do Aranha, mas a ideia foi prontamente descartada pela diretoria. Em 1977, a periodicidade do título mudou para bimestral, e permaneceu assim até o seu cancelamento, com a edição 33, em janeiro de 1979, quando os seus direitos, e de outros heróis Marvel foram transferidos para a RGE, do jornalista e megaempresário das comunicações Roberto Marinho.

Superexposição na mídia A nova série do herói aracnídeo pela RGE estreou em fevereiro de 1979, em formatinho com 52 páginas coloridas, e HQs que já haviam saído pela Ebal e Bloch. A capa trazia um balão

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ARANHA

splash com a chamada Agora na TV, uma referência ao antigo desenho animado de 1967, então reexibido nas tardes pela TV Globo. Na realidade, a RGE só se interessou em publicar o Aranha e outros personagens da Marvel ghylgr#Â#h{srvlÉÅr#ghohv#qd#WY#h# até no cinema. O seriado do Hulk, com Lou Ferrigno encarnando o Gigante Esmeralda, era um grande sucesso e a clássica animação do Quarteto Fantástico (Quatro Fantásticos, na dublagem), feita pela Hanna-Barbera na década gh#4<93/#Ľ#qdophqwh#fkhjdud#Âv# nossas telinhas. Por sua vez, o Aranha tinha um programa live-action protagonizado por Nicholas Rammond, cujo piloto passou nos cinemas e logo os demais episódios também seriam transmitidos pela TV Globo. Editora tradicional na publicação de quadrinhos, a RGE wlqkd#xp#dfdedphqwr#juÃĽ#fr#ehp# melhor que o da Bloch. A tradução também não comprometia, embora alguns deslizes tenham ocorrido – como batizar o Rei do Crime de “Careca”e, no início, chamar o Duende Verde de “Gnomo Verde”, ou simplesmente deixar o Clarim Diário com seu nome em inglês (Daily Bugle). Com Homem-Aranha 26 (fevereiro/1981), a RGE publicava Armadilha Fatal, de Amazing Spider-Man 137, nada menos que a continuação da última HQ lançada pela Ebal seis anos antes. Desse srqwr#hp#gldqwh/#Ľ#qdophqwh# seriam publicadas aventuras inéditas de ASM no Brasil, como a curiosa saga do clone original. Outro ponto positivo foi lançar a ainda inédita origem do Aranha (aquela mesmo de Amazing Fantasy 15), em Homem-Aranha 44 (agosto/1982), em comemoração aos 20 anos do herói.

ARANHA ESPANHOL

Capa e anúncio (abaixo) da chegada do Homem-Aranha na RGE, uma fase com muitas revistas

A QUALIDADE DOS GIBIS DA RGE VARIAVA MUITO, REFLEXO DA CONSTANTE TROCA DE EDITORES E DO EXCESSO DE TÍTULOS 32 | REVISTA MUNDO

A editora sabia que o Cabeça de Teia era um personagem de muito potencial a ser explorado e tratou de estampá-lo em vários títulos: Almanaque Marvel, Almanaque do Homem-Aranha, Superalmanaque do HomemAranha e Super-Heróis Marvel, com histórias das revistas Marvel Team-Up e, pela primeira vez, no Brasil, material dos anuais do Aranha e da Spectacular SpiderMan. Ainda em 1981, a RGE lançou xp#Ãoexp#gh#Ľ#jxulqkdv#gr# seriado televisivo. Pdv#qhp#wxgr#hudp#ľ#ruhv#qd# RGE. O fato de ser uma editora grande (com muitos títulos da Nlqj#Ihdwxuhv/#Fkduowrq/#Zduuhq/# Hanna-Barbera e Harvey para administrar), ocasionou uma rotatividade constante no quadro de editores, como Luiz Felipe Aguiar, Luis Pimentel e Felipe Ferreira, entre outros. Diferente de Fantasma e Mandrake, por exemplo, os super-heróis Marvel

A Ebal não havia esquecido o Aranha e, sempre que podia, dava um jeito de publicá-lo. Isso ocorreu entre 1982 e 1983 com o lançamento de Homem-Aranha – Histórias Baseadas na Série de Televisão, três álbuns coloridos em formato magazine (21 cm x 27,5 cm) e capa cartonada. Conforme o próprio nome diz, eram quadrinizações do desenho animado de 1967, produzidas por artistas não creditados da editora madrilena Ediciones Recreativas.


Acima, álbum de figurinhas do seriado televisivo. Devido à crise econômica, a RGE publicou o segundo encontro entre Aranha e Superman em formatinho

Muitos almanaques e a publicação da origem do Aranha foram pontos altos da RGE. Já a seção de cartas era de matar. Abaixo, ótima HQ em que o herói enfrenta o Justiceiro

exigiam uma seleção de histórias mais cuidadosa, pois se tratava de um universo interligado. Só que ninguém na redação estava apto a cumprir essa tarefa. Casos esdrúxulos eram rotina, como publicar primeiro a HQ que Mary Jane dá um fora em Peter Parker para só depois vir com a história em que ele a pede em noivado. Para piorar, a RGE só se preocupou em criar uma seção de cartas em 1982 e, mesmo assim, o fez de uma maneira irritante, botando os próprios personagens para responder em tom deveras infantilizado, o que denotava quão pouco compreendia seu público. Homem-Aranha 49, de janeiro de 1983, seria a edição derradeira do herói pela RGE. A queda nas vendas foi vertiginosa e todos os demais títulos foram cancelados. “O primeiro número de Homem-Aranha vendeu 120 mil exemplares, e o último apenas 18 mil”, informou Jotapê, tradutor da concorrente Ed. Abril, em entrevista ao fanzine Status Quo Comics 1 (1989). E falando na editora de Victor Civita...

Obsessão cronológica A Ed. Abril começou a publicar os heróis Marvel quase ao mesmo tempo em que a RGE, precisamente em junho de 1979, ao lançar o gibi Capitão América 1. E, embora a empresa de Roberto Marinho detivesse os direitos dos personagens mais populares na época (Homem-Aranha, Hulk e X-Men), acabou perdendo a disputa dos outros títulos da Marvel para a editora paulistana, txh#vh#pdqwhyh#Ľ#uph#h#iruwh#frp# shuvrqdjhqv#frqvlghudgrv/#Â# época, de segundo escalão. Conan, Demolidor, Homem de Ferro, Mestre do Kung Fu, Nick Ixu|/#VxuĽ#vwd#Sudwhdgr#h#Wkru#vh# apertavam em três revistas mix mensais (Heróis da TV, Capitão América e Superaventuras Marvel),

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ARANHA

PARA SE ADEQUAR À CRONOLOGIA MARVEL, A ABRIL FAZIA CORTES E MUDANÇAS NAS HQS mas em crescente popularidade, ghylgr#dr#fdsulfkr#juÃĽ#fr/#pdv# também aos minuciosos trabalhos do editor Hélcio de Carvalho e do tradutor João Paulo Martins, o Jotapê. O único problema era a imposição de uma cronologia própria – que se valia de cortes de páginas, saltos de histórias e adulteração nas falas –, para interconectar com harmonia as tramas. Com a aquisição de toda a linha Marvel, essas táticas editoriais foram desaparecendo aos poucos. Na Ed. Abril, o Aranha estreou em julho de 1983, em um formatinho de 84 páginas coloridas, com uma ótima história desenhada pelo então badalado Iudqn#Ploohu1#Vhjxlqgr#r#shuĽ#o# mix das outras publicações, a revista também trouxe HQs da Mulher-Aranha e Cavaleiro da Lua. Mas não escapou de uma gafe no editorial, ao dizer que a identidade secreta do Duende Verde era “Norman Osgood”, e não Norman Osborn. Como era de se esperar, o formatinho do Aranha se tornou o mais vendido na linha de heróis,

superando a marca de 100 mil exemplares ao mês. A Abril seguiu de onde a RGE havia parado, adentrando as fases escritas por Pduy#Zroipdq#h#Urjhu#Vwhuq#hp# Amazing Spider-Man/#phvfodgdv#Âv# tramas mais fracas de Spectacular Spider-Man. A Gata Negra surgiu na edição 7 (janeiro/1984), e no número 9 o herói enfrentou o assassino de Tio Ben. Já em Homem-Aranha 47 (maio/1987), estreava o Duende Macabro, principal inimigo do aracnídeo nos anos 1980. Além do gibi mensal, o Cabeça de Teia ganhou o Superalmanaque do Homem-Aranha (janeiro/1985), um compêndio de 132 páginas no melhor estilo das publicações Disney da Abril. Em 1986, seria a vez de estrelar as duas primeiras edições de Marvel Especial, que reuniram em 264 páginas todos os confrontos com o Duende até aquele momento. As capas desses dois volumes foram desenhadas shor#eudvlohlur#Zdwvrq#Sruwhod1 Em 1989, teve início a série Teia do Aranha em formato magazine (do número 5 em diante passou para o formatinho).

Na Ed. Abril, o Aranha teve edições muito caprichadas, caso da sua estreia (no alto), seus especiais com capa de Watson Portela, um superalmanaque no melhor estilo Disney e até a revista de linha, que trouxe muitos momentos-chave na cronologia moderna do herói

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A Teia republicava histórias antigas, que tinham saído pelas editoras anteriores, produzidas por Stan Lee e John Romita. Só que agora eram consideradas clássicas, reapresentadas para colecionadores e leitores novatos que pretendiam se inteirar do universo aracnídeo. O casamento de Peter Parker e Mary Jane foi publicado em Homem-Aranha 100 (outubro/1991) e o personagem protagonizou as edições 10 e 16 da luxuosa série Graphic Marvel. A Abril também publicou os encontros HomemAranha e Batman (setembro/1997) e Batman & Homem-Aranha (agosto/1998). Mas nessa fase o mercado de quadrinhos já estava em declínio, e não só por causa das crises econômicas que sempre assolaram o país. Os gibis de super-heróis, de uma maneira geral, caíram muito em termos de qualidade criativa e começaram a sofrer concorrência pesada dos games e internet. Até meados dos anos 1990, o gibi do Aranha ainda era o campeão entre os super-heróis Marvel/DC, com vendas que atingiam 60 mil exemplares por mês mas, por volta de 1998, já não alcançava nem metade disso. A solução foi cancelar o formatinho no número 205 (julho/2000) e lançar no mês seguinte uma nova série luxuosa, parte da linha Super-Heróis Premium, voltada para os colecionadores mais abonados. Era a Abril se distanciando de vez do seu público de longa data.

Três momentos da Abril: A Teia do Aranha (que republicou material clássico), o casamento do herói em 1991 e a derradeira revista, com material do universo Ultimate

Apesar da publicação ser muito vrĽ#vwlfdgd#+irupdwr#dphulfdqr/# capa cartonada, lombada quadrada e 164 páginas em papel especial), o alto preço se mostrou um tiro no pé e a revista do Aranha foi cancelada na edição 17. A última tentativa do Aranha na Ed. Abril foi a revista Marvel Século 21 (setembro/2001), com histórias do herói e dos X-Men da linha Ultimate (uma versão modernizada dos heróis). A revista tinha formatão (18,5 cm x 27 cm), 52 páginas e preço de capa mais acessível. Entretanto, o contrato da Abril com a Marvel estava fkhjdqgr#dr#Ľ#p/#h#d#pxowlqdflrqdo# italiana Panini, que representava os heróis da Casa das ideias em muitas partes do mundo, decidiu que era hora de assumir as rédeas do mercado brasileiro.

Uma nova fase Para ajudá-la no trabalho de edição e tradução, a Panini montou uma parceria com a Mythos, editora comandada pelo ex-Abril Hélcio de Carvalho. Assim, em mdqhlur#gh#5335#fkhjdyd#Âv#edqfdv# a novíssima revista do Aranha, com 100 páginas e o mesmo tamanho de Marvel Século 21 (a partir da edição 20, o formato americano seria efetivado de vez. O segundo lançamento do Aranha foi Marvel Millennium: Homem-Aranha, com as histórias da linha Ultimate assinadas por Brian Michael Bendis e Mark Bagley. Logo mais, todos os outros heróis da Marvel reestreariam pela Panini, bem como os da DC. Frp#xpd#surgxÉÅr#juÃĽ#fd# lpshfÃyho/#Ľ#gholgdgh#qd#wudgxÉÅr#

SACANEANDO A ABRIL

O Aranha estreou com o traje negro numa revista-solo em Amazing Spider-Man 252 (1984), que a Abril publicou em Homem-Aranha 71 (1989), embora já tivesse mostrado o herói com essa roupa em Guerras Secretas 8 (dezembro/1986). Só que a RGE saiu na frente ao publicar em Transformers 3 (janeiro/1986), uma história que contava com a presença do Aranha, já habituado ao seu novo traje.

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DOSSIÊ

ARANHA

SEJA MATERIAL MODERNO OU CLÁSSICO, A PANINI TEM PUBLICADO QUASE TUDO DO HOMEM-ARANHA e preocupação em republicar o máximo possível de histórias de todas as épocas, a Panini rapidamente causou euforia entre os fãs. Embora as tiragens não sejam grandes e a distribuição seja setorizada (primeiro os exemplares vão para os grandes centros e só depois para regiões afastadas), a editora parece não se abalar com fulvhv#Ľ#qdqfhludv/#frorfdqgr#qryrv# wÏwxorv#Âv#shqfdv#hp#edqfdv#h# livrarias – o que leva a crer que o lucro vem no montante de vendas. No caso do Homem-Aranha, ele estrelou dezenas de títulos pela Panini, de séries mensais a minisséries, graphic novels e encadernados. Entre os mais interessantes, está Os Maiores Clássicos do Homem-Aranha, de 2002, com HQs desenhadas por John Romita. Pouco depois, em 2004, veio a bela minissérie Homem-Aranha: Azul, de Jeph Loeb e Tim Sale. Para aproveitar a chegada do whufhlur#Ľ#oph#gr#FdehÉd#gh#Whld/# dirigido por Sam Raimi, a Panini lançou, em 2007, Homem-Aranha: @kZg]^l =^lZƮ hl. Tratava-se de uma caprichada coleção em seis volumes que, além de compilar cultuadas HQs, trazia como brinde fac-símiles de edições-chave da Amazing Spider-Man. No mesmo ano, o Aranha também inaugurou a luxuosa, e cara, Biblioteca Histórica Marvel, com capa dura no estilo Marvel Masterworks. Uma coleção mais acessível, com capa cartonada, surgiu em 2013. Com 12 volumes, a Coleção Histórica Marvel: O HomemAranha, trouxe reprise de HQs de idvhv#glvwlqwdv1#Qr#Ľ#qdo#gdtxhoh# ano, a série Homem-Aranha foi encerrada na edição 143 para dar início a um novo título mensal,

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Acima, a primeira e terceira séries de gibis mensais do herói. Ao lado, a acessível Coleção Histórica

TIRAS HEROICAS

As famosas tiras diárias criadas por Stan Lee e John Romita nos anos 1970 saíram parcialmente no Almanaque do Homem-Aranha, da RGE, e no jornal O Globo. Em 2002, a Opera Graphica relançou o material nas três edições da revista Stripmania. Por fim, a Panini publicou dois volumes de As Tiras do Homem-Aranha em 2007.

O Homem-Aranha Superior, que publicou a polêmica fase em que o Dr. Octopus se apossa do corpo, enquanto Peter padece na carcaça moribunda do vilão. Com a conclusão dessa trama, d#vËulh#fkhjrx#dr#Ľ#p#qd#hglÉÅr#4<# (2005) e deu lugar a O Espetacular Homem-Aranha, o terceiro título mensal do Cabeça de Teia lançado pela Panini. A novidade é que a série foi escolhida como teste para um novo papel. Enquanto parte da tiragem saiu no tradicional Pisa-Brite, a outra parte saiu com o preço um pouco maior, mas lpsuhvvd#hp#OZF/#frp#pdlv# brilho e valorizando as cores. Atualmente, o título sai nos dois formatos e motivou a Panini a odqÉdu#fdgd#yh}#pdlv#jlelv#hp#OZF1 A escolha da Panini em eleger o gibi do herói para a experiência qÅr#irl#Â#wrd1#ģKrmh#whprv#xpd# variedade de títulos do Aranha que estão sempre em alta. Isso é um sinal da enorme popularidade do aracnídeo. Ele merece mais e mais publicações”, atesta Carol Pimentel, a atual editora do personagem na Panini. Nesse meio tempo, ele também foi o titular em vários volumes de : <he^À¼h HƮ \bZe de Graphic Novels Marvel, da editora Salvat. Ao que parece, para alegria de todos os aracnofãs, o Amigão da Vizinhança ainda terá vida longa em bancas e livrarias brasileiras.


BASTIDORES Veja como foi concebida DE CRIAÇÃO nossa capa

P

ara a nobre missão de homenagear a carreira do Homem-Aranha no Brasil, convidamos a talentosa Débora Caritá. Essa paulista de 34 anos já está no mercado de quadrinhos há mais de uma década, em especial na área de colorização, com trabalhos para revistas da Marvel (X-23, HomemAranha e Araña) e Dynamite (Project Superpowers). Mas desde 2009 tem se dedicado mais ao desenho, em projetos

tanto de autores nacionais quanto séries estrangeiras, como Warlord of Mars - Dejah Thoris, da Dynamite. “No momento, estou como desenhista em dois projetos de roteiristas estrangeiros e ainda faço ilustrações publicitárias para grandes marcas em São Paulo”, explica. A colorização da capa ficou a cargo gr#sdxolvwdqr#PdxuÏflr#Zdoodfh/#67#dqrv/# que está no mercado desde 2012, quando colorizou uma capa da revista Tex, da editora Mythos. Atualmente tem feito trabalhos para a Dark Horse.

DÉBORA CARITÁ / WWW.FACEBOOK.COM/DEBORA.CARITA.1

MAURÍCIO WALLACE / WWW.FACEBOOK.COM/MAURICIO.WALLACE

PASSO A PASSO DA ILUSTRAÇÃO

1. Com a pauta definida, o editor Manoel de Souza criou um lay-out à base de montagens. A ideia era o Aranha aparecer com seus inimigos numa cena noturna em meio a prédios com outdoors das revistas brasileiras. Partindo desse rascunho, Débora apresentou três estudos com pequenas diferenças.

2. Os desenhos foram testados e houve muita discussão sobre a caracterização dos personagens e como deixá-los integrados aos outros elementos da capa. Com tudo definido, Débora criou toda a ilustração diretamente no Photoshop, com tamanho e resolução definidos, usando os recursos de sua mesa Cintiq.

3. Com a arte-final pronta, toda separada em camadas e em formato PSD, 4. Wallace fez um novo estudo, que foi aprovado. “Daí, no Photoshop, primeiro Wallace criou as cores da cena noturna. Mas, com tudo pronto, os tons fiz uma separação tonal por valores, depois apliquei um tom geral para frios diminuíram o impacto da imagem. O jeito foi investir numa nova ambientar as cores. Em seguida apliquei os volumes e os efeitos de luzes em Noncom onocores on ono on ono no como on onosenoa cena no ono no no ono nodaontarde. ono no no ono no onoànoparte”, on onexplica ono o colorista. Vire a página e veja o resultado. paleta, bemnomais vivas, fosse no on finzinho umanocamada REVISTA MUNDO | 37




ACTIONFIGURES

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POR EDER PEGORARO

Nostalgia poderosa A

coleção Super Powers marcou época e muitos fabricantes ainda comemoram as três gËfdgdv#gd#vËulh#gh#Ľ#jxudv# de ação, criada em 1985. Lançada pela Kenner Toys, a série contou com glyhuvrv#shuvrqdjhqv#gd#GF#fdsd}hv# gh#uhdol}du#prylphqwrv/#frpr#vrfrv#h# chutes, que se tornaram característicos da coleção. Esses atrativos tornaram Super Powers um sucesso, inclusive no Brasil, onde foi fabricada pela Estrela, em 1986. Para celebrar o aniversário da frohÉÅr/#dojxpdv#hpsuhvdv#odqÉdudp# suas próprias séries, que ainda estão fkhjdqgr#dr#phufdgr1#FrqĽ#ud#r#txh# vdlx#dwË#djrud#h#r#txh#hvwÃ#suhylvwr#sdud# os próximos meses.

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TRIBUTO NIPÔNICO A japonesa Kotobukiya fez sua homenagem com estátuas lançadas na tradicional linha ArtFX+. Em escala 1:10 (20 cm de dowxud,/#dv#Ľ#jxudv#wÌp#ylvxdo#h#fruhv# semelhantes às antigas peças e emulam dwË#dv#pdufdv#gh#duwlfxodÉÅr#gdv#Ľ#jxudv# da Kenner. São cinco estátuas: Batman, Robin (1), Flash, Lanterna Verde (2) e Superman – o Homem de Aço acompanha xp#eudÉr#fdpelÃyho/#txh#fdxvd#d#loxvÅr#gd# hvwÃwxd#uhdol}du#r#prylphqwr#sudwlfdgr# pelo boneco original (3). Os próximos odqÉdphqwrv#vhuÅr#Dtxdpdq#+qryhpeur,/# JdylÅr#Qhjur#(4) (dezembro) e MulherPdudylokd#(5) +vhp#gdwd#ghĽ#qlgd,1

EXPANSÃO ORIGINAL A Mattel caprichou na homenagem e lançou, em 2015, a série Super Powers 30th Anniversary/#txh#hvwuhrx#frp#shÉdv# duwlfxodgdv#gr#Edwpdq/#Pxokhu0Pdudylokd# e Superman. Elas medem 6 polegadas +dsur{1#48#fp,#h#yÌp#hp#fduwhodv#txh# lplwdp#dv#dqwljdv#hpedodjhqv1#Pdv#r#txh#

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fkdpd#d#dwhqÉÅr#phvpr#vÅr#dv#Ľ#jxudv# h{foxvlydv/#frpr#r#yloÅr#P{|}swon#(6) e xpd#yhuvÅr#grxudgd#gr#Krphp#gh#DÉr/# txh#hvwlyhudp#qrv#sodqrv#gd#Nhqqhu/#pdv# não saíram do papel. A Mattel lançou ainda r#yloÅr#Fkdudgd/#lqvsludgd#qd#Ľ#jxud#fuldgd# e lançada na Argentina nos anos 1980 pela licenciada Pacipa. A peça original tornou-se objeto de desejo entre os colecionadores dos Estados Unidos e agora tem uma réplica em Super Powers 30th Anniversary, com gluhlwr#d#fduwhod#hp#hvsdqkro/#hp#txh# r#yloÅr#Ë#fkdpdgr#gh#Ho#Dfhuwlmr (7).

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COLEÇÃO DE EXTREMOS

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A Gentle Giant aposta em peças imensas e minúsculas. A série Super Powers Collection Vintage Jumbo Figures#frqwd#frp#Ľ#jxudv# em escala 1:6 (aprox. 30 cm) e estreou com d#Pxokhu0Pdudylokd/#Dutxhlur#Yhugh#(8) e Flash (9) no início de 2016. Superman e Oh{#Oxwkru#hvwÅr#suhylvwrv#sdud#rxwxeur#h# vhuÅr#vhjxlgrv#gh#Edwpdq/#Urelq/#Frulqjd# e Pinguim. Produzidas em impressoras 3D a partir dos moldes dos bonecos originais, dv#shÉdv#vÅr#Ľ#Ëlv#Âv#gd#dqwljd#frohÉÅr1 Já Super Powers Micro Action Figures hvwuhrx#qd#Vdq#Glhjr#Frplf0Frq#5349#frp# r#odqÉdphqwr#gh#xpd#fdl{d#frp#Ľ#jxudv# de apenas 2 polegadas (aprox. 5 cm) do Edwpdq/#Pxokhu0Pdudylokd#h#Vxshupdq1# Shuvrqdjhqv#frpr#Frulqjd/#Urelq#h#Iodvk# hvwÅr#suhylvwrv#sdud#rxwxeur#(10).

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FORMATO RETRÔ

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Anterior à comemoração de 30 anos, mas dlqgd#xpd#krphqdjhp/#d#Iljxuhv#Wr|#Fr1# lançou, em 2014, uma coleção temática de Super Powers em formato Mego – os consagrados bonecos com roupas de pano txh#Ľ#}hudp#vxfhvvr#qrv#Hvwdgrv#Xqlgrv# qrv#dqrv#4<:31#Dv#shÉdv#wÌp#;#srohjdgdv# (aprox. 20 cm) e roupas de tecido. A sulphlud#vËulh#wurx{h#Dtxdpdq/#Dutxhlur# Verde, Shazam e Superman e a segunda wurx{h#Edwpdq/#Urelq/#Fkdudgd#h#Frulqjd1# D#whufhlud#vËulh#hvwÃ#suhylvwd#dlqgd#sdud# 5349#h#frqwduÃ#frp#FdÉdgru#gh#Pduwh#(11), Flash e Lanterna Verde.

Onde comprar As peças da Kotobukiya são glvwulexÏgdv#qr#Eudvlo#shod#Sl}llwr|v#h#hqfrqwudgdv# hp#ormdv#hvshfldol}dgdv1#Dv#gd#Pdwwho#vÅr#yhqglgdv# exclusivamente no site da fabricante (www. mattycollector.com,/#hqtxdqwr#dv#gd#Iljxuhv#Wr|# e da Gentle Giant são encontradas em lojas de frohflrqÃyhlv1#Dv#shÉdv#ruljlqdlv#gd#Nhqqhu#h#gd# Estrela estão disponíveis em sites de leilões.

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EMSร RIE

Diferente da maioria dos herรณis, Luke Cage oferece seus serviรงos para quem o contratar

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Corpo fechado

NA ESTREIA DE SUA SÉRIE, LUKE CAGE VOLTA AO BAIRRO ONDE CRESCEU PARA RETOMAR OS RUMOS DE SUA VIDA POR JOTA SILVESTRE

O

herói do Harlem pode ter a pele impenetrável, mas é como um homem quebrado que ele estreia sua série. Com lançamento em 30 de setembro, dia em que os 13 episódios vão ao ar, Luke Cage é a quarta produção em parceria entre a Marvel e a plataforma de yÏghr#yld#vwuhdplqj#Qhwľl{/#hp# sequência a duas temporadas de Demolidor e uma de Jessica Jones. Cage fez uma bela participação na série da heroína, em que ele foi controlado pelo vilão Kilgrave e obrigado a explodir o próprio bar, além de sair no braço com Jessica, afastando-se da amada. A série

Luke Cage começa poucos meses após esses fatos. Sem casa nem trabalho, o herói volta às origens no bairro do Harlem para recomeçar a vida incógnito. Na vizinhança onde nasceu e cresceu, Cage tenta ganhar a vida em dois empregos; um de dia, como faxineiro da barbearia Pop, e outro à noite, na boate mais badalada do bairro, a Harlem’s Paradise. Segundo Jeph Loeb, produtorexecutivo do programa e chefão do departamento de TV da Marvel, a série, é um drama de ação ancorado no mundo real, em que um herói tenta salvar sua cidade. “É mais a história de um fugitivo que a de um herói”. A trama não é baseada em nenhum arco dos gibis, mas inclui elementos dos quase 45 anos de HQs lançadas desde a criação de Cage, em 1972. Como showrunner foi escalado Cheo Hodari Coker, um fanático leitor de quadrinhos, ex-jornalista e crítico

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EMSÉRIE

Com os 13 episódios disponibilizados de uma vez, a série tem tudo para ser o novo sucesso da Netflix

A tiara e pulseiras que aparecem na origem de Cage é uma homenagem às HQs. Abaixo, Colter durante as filmagens

musical. Com uma boa experiência na produção de séries policiais e de ação, ele conta com programas como Southland: Cidade do Crime, NCIS: Los Angeles, Almost Human e Ray Donovan em seu currículo. Mais do que isso, conhece bem a importância do personagem. “Coker é um afroamericano escrevendo sobre um herói afroamericano”, explicou Loeb. “Na nossa primeira conversa, ele trouxe uma HQ de Luke Cage e contou o impacto que um super-herói negro teve na sua infância”.

FUGITIVO A série Luke Cage apresenta a origem do protagonista hp#ľ#dvkedfn=#Fduo#Oxfdv#+ylylgr#sru#Plnh#Frowhu,#Ë# um presidiário que se submeteu a um experimento malsucedido e desenvolveu pele impenetrável e superforça. Ao escapar durante a confusão decorrente da experiência, tornou-se um fugitivo. Vale notar que algumas cenas de sua origem homenageiam o visual clássico do herói, mostrando-o com costeletas, tiara e braceletes. No presente, Cage tenta não chamar

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Luke Cage e Jessica Jones tiveram um breve romance na série da heroína, mas o casal foi obrigado a se distanciar

atenção no Harlem e manter-se longe de problemas, mas moradores mais antigos conhecem sua verdadeira identidade e recorrem a sua ajuda quando a criminalidade bate à porta. “Esse é muitas vezes o problema de ser um herói da Marvel”, lembra Loeb. ģVÕ#srutxh#yrfÌ#whp#vxshusrghuhv#qÅr#vljqlĽ#fd#txh#vxd# vida é especial. Na verdade, é um fardo e mais cedo ou mais tarde você terá que tomar alguma atitude”. Para o produtor, esse é um dos temas mais importantes da vËulh=#Oxnh#suhflvd#dfhlwdu#txhp#Ë#sdud#vhjxlu#dgldqwh1 Os problemas do herói atendem pelo nome gh#Fruqhoo#Frwwrqprxwk#Vwrnhv#+lqwhusuhwdgr#sru# Pdkhuvkdod#Dol,/#sursulhwÃulr#gd#edgdodgd#Kduohpġv# Sdudglvh#h#fkhih#gr#wuÃĽ#fr#gh#gurjdv#qr#edluur1#Qrv# gibis, ele tem força equivalente à de Cage, além de ghqwhv#dĽ#dgrv#h#frqkhflphqwr#gh#yhqhqrv1#MÃ#hp# sua versão live-action, Cottonmouth representa um contraponto à personalidade reservada do herói, prvwudqgr0vh#xp#yloÅr#h{lelgr#h#dxwrfrqĽ#dqwh1#Vhx# eudÉr#gluhlwr#Ë#Vkdghv#Doyduh}#+Wkhr#Urvvl,/#txh#id}#r#


CAGE TRABALHA NA BOATE HARLEM’S PARADISE, A MAIOR ATRAÇÃO DO BAIRRO, MAS TAMBÉM UM LOCAL REPLETO DE CRIMINOSOS Superforte e invulnerável, Cage é capaz de feitos incríves, como deter um carro em movimento ou erguer um homem com só uma mão

trabalho sujo para o chefe nas ruas. Porém, ao mesmo tempo em que é amigo de infância de Cottonmouth, Alvarez também tem uma estreita ligação com o passado misterioso de Luke. Nos quadrinhos, por exemplo, ele e Cage foram parceiros numa gangue fkdpdgd#Rv#Ulydlv1

ALIADOS

Cage terá que lidar com maus elementos, mas conta com a ajuda de pessoas boas, como Claire, a enfermeira que já ajudou o Demolidor e Jessica Jones

Do lado dos mocinhos estão a policial Misty Knight +Vlprqh#Plvvlfn,#h#vhx#sdufhlur#Udskdho#Vfduih#+Iudqn# Zkdoh|,/#xp#srolfldo#gxuÅr#h#fËwlfr#txh#vhuyh#frpr# mentor de Misty. Ela, por sua vez, é uma idealista com grande senso de justiça. “Misty cresceu no Harlem, de onde nunca quis sair e conhece todo mundo”, diz Simone sobre sua personagem. Por isso, a chegada de Luke provoca nela o desejo de desvendar todos os segredos do estranho. Enquanto Scarfe é um personagem dos mais obscuros dos gibis, Misty é uma velha conhecida dos fãs. Nas HQs, ela é uma exímia lutadora de artes marciais, teve papel relevante em diferentes séries da Marvel e já foi uma das amadas de Cage. No meio do fogo cruzado está Mariah Dillard, vivida pela veterana atriz Alfre Woodard, dona de uma indicação ao Oscar e vários Globo de Ouro e Emmy. Ela é uma política bem-intencionada em relação ao futuro do Harlem, mas ainda assim, Mariah sente que tem deveres com a família, o que às vezes a coloca ao lado do primo Cornell Cottonmouth. Sua contraparte nos gibis é menos altruísta e lidera uma gangue do bairro. Quem retorna é a enfermeira Claire Temple +Urvdulr#Gdzvrq,/#suhvhqÉd#frqvwdqwh#hp#wrgdv#dv# surgxÉ×hv#gd#Qhwľl{2Pduyho#dwË#djrud1#Hod#whyh#xp# breve contato com Luke quando o ajudou a se recuperar da luta contra Jessica Jones no seriado anterior e deixou o emprego no hospital da Cozinha do Inferno depois que seus empregadores tentaram encobrir a invasão de ninjas no local na segunda temporada de Demolidor. Dawson diz que nunca sabe o que vai acontecer com sua personagem em cada um dos programas. Em Luke Cage, Claire está fascinada pelos poderes e

A versão de Cottonmouth para as telas é menos ameaçadora que a dos gibis, mas ainda é um gângster perigoso

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EMSÉRIE personalidade dele. Segundo Coker, ela terá um papel uhohydqwh#dr#gdu#d#Oxnh#d#shuvshfwlyd#gr#txh#vljqlĽ#fd#vhu# um herói. Na série, a enfermeira terá contato com a mãe, Soledad, interpretada pela brasileira Sônia Braga.

SÍMBOLO DE LUTA R#edluur#gr#Kduohp#whp#judqgh#lqľ#xÌqfld#qd#wudpd# e sobre o atual estado de espírito de Luke. “Ele ainda hvwÃ#gh#oxwr#qÅr#vÕ#sru#Uhyd#^d#hvsrvd#dvvdvvlqdgd#ghylgr# aos atos do vilão Kilgrave na série Jessica Jones], mas wdpeËp#shor#Ľ#p#gr#uhodflrqdphqwr#frp#Mhvvlfd1#Djrud/# hoh#whp#d#rsruwxqlgdgh#gh#dedqgrqdu#r#frqĽ#qdphqwr# da Cozinha do Inferno e explorar o resto de Manhattan”, explica Coker. Para Mike Colter, que viveu muitos anos no Harlem, Cage é uma pessoa em Jessica Jones e outra na sua própria série. Vários locais importantes do bairro, verdadeiros símbolos de luta pela igualdade racial, são citados ou aparecem no seriado, como as avenidas Adam Clayton +qrph#gh#xp#grv#pdlruhv#ghihqvruhv#gr#Kduohp#qrv# dqrv#4<:3,/#Pdofrop#[#h#Pduwlq#Oxwkhu#Nlqj#+ghihqvruhv# grv#gluhlwrv#grv#qhjurv,/#r#Dsroor#Wkhdwhu##h#r#Frwwrq# Foxe#+sdofr#rqgh#vh#dsuhvhqwdudp#judqghv#duwlvwdv# negros, como Billie Holiday, Louis Armstrong, Sammy Gdylv#Mu1/#Mdphv#Eurzq#h#wdqwrv#rxwurv,1 D#surgxÉÅr#gdv#orfdÉ×hv#Ľ#frx#d#fdujr#gd#ghvljqhu# Loren Weeks, a mesma de Demolidor e Jessica Jones. Para tentar criar um ambiente que reproduzisse a época em que Luke Cage surgiu nos quadrinhos, ela se inspirou em Ľ#ophv#grv#dqrv#4<:3/#frpr#Shaft#+4<:4,/#: FºƮ Z Gng\Z Perdoa#+4<:5,#h#O Chefão de Nova York#+4<:6,1 Por conta do passado de Coker como crítico de música, a trilha sonora ganhou destaque na trama, desde a introdução dos personagens até as cenas de ação. Rv#surgxwruhv#pxvlfdlv#Dol#Vkdkhhg#Pxkdppdg#+xp# grv#ixqgdgruhv#gr#wulr#gh#kls#krs#D#Wuleh#Fdoohg#Txhvw,# e Adrian Younge criaram uma trilha que mescla hip hop dos anos 1990 com a atual música produzida no Harlem. O epicentro da cena musical em Luke Cage é a boate Harlem’s Paradise. “Gângsteres amam música”, garante

Misty Knight (acima), Mariah Dillard e Claire Temples (ao lado). Três mulheres fortes que afetarão a vida de Cage

Os criminosos do Harlem descobrem da pior maneira que não é fácil derrubar o herói

r#vkrzuxqqhu1#ģErqv#Ľ#ophv#vreuh#hohv#jhudophqwh# têm um componente musical. Tudo se resume a ter um oxjdu#txh#plvwxud#dv#lqľ#xÌqfldv#pxvlfdlv#h#dv#frorfd# no centro do espetáculo. É isso que a Harlem’s Paradise id}Ĥ1#Frp#hvvh#wlsr#gh#fxlgdgr/#d#sdufhuld#Qhwľ#l{2 Marvel conquista cada vez mais fãs e as próximas surgxÉ×hv#mÃ#hvwÅr#sodqhmdgdv=#dv#vËulhv#Punho de Ferro, que estreia em 2017, e Defensores, que mostrará a aguardada reunião de todos esses heróis.

QUEM É QUEM NA SÉRIE

Luke Cage (Mike Colter): presidiário que ganhou pele impenetrável e superforça num experimento secreto. Volta ao Harlem para tentar esquecer os acontecimentos mostrados em Jessica Jones. 46 | REVISTA MUNDO

Misty Knight (Simone Missick): detetive policial com grande senso de justiça, está determinada a descobrir os segredos de Luke Cage. Demonstra ter a mesma determinação de sua contraparte nos gibis.

Raphael Scarfe (Frank Whaley): detetive veterano e durão. Tem pouco destaque nas HQs, mas na série será importante para garantir retaguarda de sua parceira Misty Knight.


Cage já teve vários romances,mas seu grande amor é a detetive Jessica Jones, com quem se casou

Nas HQs dos anos 1970, Cage atuou sozinho por um tempo, mas logo formou sua clássica parceria com Punho de Ferro

TRAJETÓRIA NOS QUADRINHOS Frqfhelgr#shorv#urwhlulvwdv#Vwdq#Ohh#h#Ur|#Wkrpdv/# Luke Cage surgiu dos esforços da Marvel em buscar novos leitores nos crescentes movimentos sociais na década de 1970. A ideia da dupla foi repassada ao roteirista Archie Goodwin, que criou a origem do herói, e ao artista John Urplwd/#uhvsrqvÃyho#shor#ylvxdo1 Como lembra o pesquisador e colaborador da Mundo, Urehuwr#Jxhghv/#hp#vhx#olyur#A Era de Bronze dos SuperHeróis, Cage não foi o primeiro herói negro da editora, suhfhglgr#sru#Sdqwhud#Qhjud#+4<99,#h#IdofÅr#+4<9<,/#pdv# foi o primeiro a ter seu próprio gibi. A estreia foi em Luke Cage: Hero for Hire#4#+mxqkr#gh#4<:5,/#hp#xpd#KT# iruwhphqwh#lqľ#xhqfldgd#shor#Eod{sorlwdwlrq/#xp#jÌqhur# flqhpdwrjuÃĽ#fr#txh#wlqkd#qhjurv#frpr#khuÕlv#gh#wudpdv# urbanas, embaladas por muito funk e soul. Cumprindo pena por um crime que não cometeu, Cage aceitou ser cobaia em um experimento para recriar o soro do supersoldado do Capitão América. Luke desenvolveu superforça e pele invulnerável, mas o projeto resultou em uma grande explosão e o herói aproveitou a confusão para fugir. De volta ao Harlem, passou a usar seus poderes para quem o contratasse.

Cornell Cottonmouth Stokes (Mahershala Ali): dono da boate Harlem’s Paradise e chefão local do tráfico de drogas. Ao contrário de Cage, Cottonmouth gosta de chamar a atenção.

“Uma crítica social aberta, pois mostrava que mesmo no reino encantado dos quadrinhos, o caminho do bem para os negros era mais difícil”, analisa Guedes. Cage uniu-se ao mestre das artes pdufldlv#Sxqkr#gh#Ihuur#h#ixqgrx# a agência Heróis de Aluguel. Hperud#dĽ#uph#vhu#xp# homem solitário, Cage já se entregou a vários amores, frpr#Uhyd/#Fodluh#Whpsoh/#Plvw|#Nqljkw#h#Mhvvlfd#Mrqhv/# frp#txhp#vh#fdvrx#h#whp#xpd#Ľ#okd1#DoËp#glvvr/#r#khuÕl# já fez parte de diversas equipes, caso dos Defensores Secretos, Novos Vingadores, Thunderbolts e outros. Após um tempo no limbo editorial, o herói voltou a brilhar no início do século 21 e tem estrelado várias HQs desde então. A mais recente é Cage, de Genndy Tartakosvy. O diretor de animações como Meninas Superpoderosas, O Laboratório de Dexter e outras, ofereceu a ideia para a Marvel há tempos e a editora anunciou o odqÉdphqwr#hp#533:/#pdv#r#surmhwr#Ľ#frx#hqjdyhwdgr# até agora. Previsto para outubro, Cage será ambientada nos anos 1970, com Luke em sua versão clássica.

Shades Alvarez (Theo Rossi): criminoso insensível, oportunista e manipulador. É amigo de infância de Cottonmouth e ligado ao passado misterioso de Cage.

A aguardada HQ Cage é de autoria de Genndy Tartakovsy, diretor de animações como Samurai Jack

Mariah Dillard (Alfre Woodard): política local que quer trazer uma nova era às ruas do Harlem. Prima de Cottonmouth, é pega no fogo cruzado entre o gângster e Luke Cage. REVISTA MUNDO | 47


VÁRIASFACES

a g n i r o C

NHOU VÁRIAS A G S O C ÍA N A M S O D O MAIOR ARCOU M E , S IE R É S E S E M IL HO VERSÕES EM F POR CLAYTON GODIN S E T E R P R É T IN S U E A VIDA DE S

O ASTRO INSrnAaçNão do vilão foi vivida

ca A segunda en on, que Jack Nichols pelo premiado uhld#gr#Ľ#oph# vw d#h #q rv #85#dq frqwdyd#frp um alto iu . O ator exig Batman (1989) eria e outras et lh bi na ipação salário, partic produção os esforços da regalias, mas a pena, pois m ra elenco vale em tê-lo no a das mais resentou um Nicholson ap ga até hoje. rsões do Corin aclamadas ve #hvwuhvvh/# p fr r# d#whu#vriulg R#dwru#dĽ#up intensidade ção devido à insônia e irrita l, mas disse pe tregou ao pa com que se en r o vilão. ra interpreta que nasceu pa

S PAI DE TODãoOliv e-action do

rs A primeira ve pelo ime foi vivida Cr do o Palhaç que encarnou o, er m Ro r veterano Cesa série de episódios da o vilão em 22 longa no e ) 68 19 e 966 TV Batman (1 966). (1 mem-Morcego Batman: O Ho te an am de is r papé Conhecido po a raspar o se uso cu re o latino, Romer yhphqwh# /#txh#Ľ#fdyd#oh h{Õwlfr#eljrgh de Coringa. maquiagem visível sob a o no lado nha se apoiad Ainda que te nfessou co o er lão, Rom cômico do vi s de cabeça re do e e ad sied sofrer com an fdl{du#qr# #hq ogdgh#hp#vh ghylgr#Â#glĽ#fx p1 gr#shuvrqdjh shuĽ#o#lqvdqr#

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OUPA de À QUEIMA-R agem na série a rápida pass

um rnado O vilão teve ando foi enca ey (2002), qu Pr of s rd ão Bi TV curta apariç oneburner. A que o por Roger St a Mortal, em ad Pi A da HQ rdon. Go a repete a cena ar rb Bá na ex-Batgirl a Coringa atira a feito uma bo eburner tenh on St e k ar M Ainda qu ou cham o, a produção que o interpretaçã rsonagem, já pe o ar bl du emom Hamill para H so do rou no univer no o lã vi ator se consag ao z a vo prestando su desde 1992. Morcego em a, ad im An an: A Série desenho Batm


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TINO TRÁGICO DEprSessionou fãs

im Heath Ledger dora sua perturba e crítica com em ga rin o do Co interpretaçã evas valeiro das Tr Ca O : an tm Ba p# r# oph/#r#yloÅ Ë#x +533;,1#Qr#Ľ# ruir st de em do ceca psicopata ob , lo áPara encarn a sociedade. d Si irou em Ledger se insp o ótico membr ca o s, ou ci Vi stols, e Pi x Se nk pu da banda # dujh/#r#mryhp hp#Doh{#GhOh do livro ta is on ag ot deliquente pr a de ica. A entreg Laranja Mecân e ele qu a nt ta i fo pel Ledger ao pa e nt ra um hotel du se isolou em no e -s ar nd aprofu um mês para te o . Infelizmen em ag on rs pe seu de o resultado ator não viu a su em u re mor esforço, pois treia do es da s te an casa pouco rvh# h#xpd#ryhug Ľ#oph/#yÏwlpd#g er dg Le s. to en de medicam car póstumo cebeu um Os re à F R . FEITO PO m Batman: pelo trabalho rage O curta-met do rte 3) não faz pa Dead End (200 huvr#GF# ly Xq r# #g do fl fÄqrqh#rĽ# a apresenta um nas telas, mas antes do ct pa im s ai das versões m Andrew rpretado por Coringa. Inte do por ui eg rs pe é lão Koening, o vi gir fu o depois de Batman pouc # okr# Ľ #Ë# ru #dw kdp1#R gr#Dvlor#Dun veu o vi ue (q g in en de Walter Ko rie da clássica sé russo Chekov rado nt co en i ek) e fo de TV Star Tr hvwdo#qr# ru # h#ľ tx du #s pruwr#hp#xp de dias 2010, depois Canadá, em pais, os o nd gu . Se desaparecido o grave sã ia de depres Andrew sofr io. íd ic su o metid e pode ter co

JUVENTUDDEA TRANSVIA

na infância de Ambientado , a série de TV Bruce Wayne íaco sentou o man Gotham apre r não ne ar W A a. Jerome Valesk atar do jovem assume se tr o personagem Coringa, mas traços do os possui todos entalidade m a o m vilão, co # gd#pdoËĽ#fd#h grhqwld/#d#ulvd imes cr ra pa o sã até a propen ar a omo assassin hediondos (c do por ta re rp te In ). própria mãe e aghan, Jerom Cameron Mon no to or m ente é aparentem rie, frustrando decorrer da sé am e o considerav muitos fãs qu s ai m s en ag on um dos pers a. s do program interessante ixou de ão uç a prod Felizmente, to, er ab em o lã o futuro do vi da nda tempora já que a segu a tic ís er ct ra ca a termina com e. m ro risada de Je REVISTA MUNDO | 49


Como controla todos os seres do oceano, Aquaman é um dos heróis mais poderosos da DC

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ESPECIAL

Campeão submarino COM UMA TRAJETÓRIA DE 75 ANOS, AQUAMAN DEIXA DE SER ALVO DE PIADAS PARA SE TORNAR UM DOS HERÓIS MAIS POPULARES DOS QUADRINHOS POR LEONARDO VICENTE DI SESSA

P

resente no alvorecer da Era de Ouro dos gibis, no início dos anos 1940, Dtxdpdq#Ľ#uprx0vh#frpr#xp# dos heróis mais icônicos das HQs por décadas e um dos mais importantes personagens da DC. Nem mesmo as piadas feitas por suas participações na TV ou zombaria por poderes tidos como inúteis impediram o Rei dos Mares de chegar aos 75 anos em sua melhor forma, cercado de fãs, estrelando várias animações e com seu próprio Ľ#oph#qd#djhqgd#gd#Zduqhu1

Aquaman estreou numa história de oito páginas do gibi More Fun Comics 73 (novembro de 1941). A trama revela que, ao encontrar os restos submersos do reino perdido de Atlântida, um explorador oceânico usa a avançada ciência dos atlantes sdud#hqvlqdu#vhx#Ľ#okr#Ğ#txh#qÅr#whp#vhx# qrph#uhyhodgr#Ğ#d#uhvsludu#ghedl{r#gġÃjxd/# comunicar-se com as criaturas aquáticas e resistir às esmagadoras pressões oceânicas. Dessa forma, os dois vivem nas ruínas submarinas por anos. Mesmo após o falecimento do pai, o rapaz continua a viver sob a água e passa a ajudar as pessoas que correm perigo nos mares. A partir dessa história criada por Mort Weisinger (roteiro) e Paul Norris (arte), Aquaman tornou-se personagem cativo de More Fun Comics, estrelando

wudpdv#frqwud#qd}lvwdv#Ğ#rv#ylo×hv# wudglflrqdlv#grv#jlelv#gd#Ësrfd#Ğ#dwË# d#hglÉÅr#43:#+4<79,1#Vhpdqdv#ghsrlv/# migrou para o título Adventure Comics, em que permaneceu por anos.

GRANDES MUDANÇAS Hp#4<89/#Dtxdpdq#sdvvrx#d#frqwdu# com a ajuda do inusitado parceiro Topo, xp#sroyr#gh#hvwlpdÉÅr#txh#oxwrx#dr#odgr# do herói em várias tramas. Mas enquanto o Rei dos Mares combatia o mal ao lado gh#xp#shuvrqdjhp#wÅr#lqidqwlol}dgr/# Flash, Lanterna Verde, Átomo e outros heróis eram reinventados, dando início à Era de Prata, marcada por tramas mais maduras e modernas. Logo, a DC compreendeu que o mesmo precisava acontecer com Aquaman, que teve sua origem reinventada em Adventure Comics 593#+4<8<,/#qxpd#KT#gh#Urehuw#Ehuqvwhlq/# com desenhos de Ramona Fradon, a principal artista do herói no período. Qd#qryd#yhuvÅr/#Dtxdpdq#Ë#Ľ#okr#gr# humano Thomas Curry, um faroleiro, e gd#dwodqwh#Dwodqqd1#Frp#vxd#Ľ#vlrorjld# híbrida, o jovem é capaz de respirar dentro h#irud#gġÃjxd#h#frqwurodu#dv#irupdv#gh#ylgd# vxepdulqdv1#Qd#wudpd/#r#khuÕl#Ľ#qdophqwh# ganha uma identidade civil: Arthur Curry. Com isso, a DC estipulou que o Aquaman mostrado nos gibis desde 1941 habitava d#Whuud05#Ğ#xp#pxqgr#vhphokdqwh#dr# qrvvr/#pdv#gh#xpd#glphqvÅr#sdudohod#Ğ/# como a maioria dos personagens daquela época. O problema é que, ao contrário do

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ESPECIAL

INICIALMENTE, AQUAMAN E SEU PAI ERAM HUMANOS QUE DESCOBRIRAM COMO VIVER NO FUNDO DO MAR que a editora fez com Flash, Lanterna e outros heróis, que foram sucedidos por versões completamente diferentes, a mudança no Rei dos Mares limitou-se à origem, ao passo que toda sua identidade visual foi mantida. Isso levou muitos leitores a pensar, erroneamente, que se tratava do mesmo Aquaman. Gh#txdotxhu#prgr/#d#uhirupxodÉÅr#ghx# erqv#uhvxowdgrv#h#d#gËfdgd#gh#4<93#pdufrx# o primeiro aumento de popularidade do herói. Logo, ele passou a contar com a ajuda do sidekick Aqualad (Adventure Comics#59</#4<93,#h#xqlx0vh#Â#qryd#htxlsh# da DC, a Liga da Justiça (The Brave and the Bold#5;/#4<93,1#Srxfr#ghsrlv/#hp#4<95/# protagonizou seu primeiro título-solo. Em seus primeiros números, a revista Aquaman contou com roteiros de Jack Miller e arte de Nick Cardy, que criaram elementos importantes da mitologia do herói, como a amada Mera. Natural de outra glphqvÅr/#hod#hvwuhrx#qd#hglÉÅr#44#+4<95,#h# encantou Aquaman a ponto de acontecer xp#uÃslgr#fdvÕulr#mÃ#qd#hglÉÅr#4;#+4<97,/# quando Arthur também foi coroado rei da DwoÄqwlgd1#R#Ľokr#gr#fdvdo/#Duwkxu#Fxuu|#Mu1/# nasceu em Aquaman#56#+4<98,1 Nos anos seguintes, outros autores apresentaram mais personagens vljqlĽfdwlyrv/#frpr#r#lqyhmrvr#phlr0 lupÅr#gr#khuÕl/#Phvwuh#grv#Rfhdqrv#+4<99,/# d#dpdgd#gh#Dtxdodg/#Wxod#+4<99,/#r#flhqwlvwd# h#frqvhokhlur#gr#uhl/#Qxlglv#Yxonr#+4<9:,#h# r#iulr#dvvdvvlqr#Duudld#Qhjud#+4<9:,/#r#pdlv# perigoso inimigo do Aquaman. Aliás, cabe dr#yloÅr#d#dxwruld#gd#pdlru#wudjËgld#txh#vh# abateu sobre o herói: a morte de Arthur Jr. Com texto de David Michelinie e arte de Mlp#Dsdur/#d#KT#sxeolfdgd#hp#Adventure

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Comics 452 (1977) mostra o assassinato do menino (apelidado de Aquaboy). Incapaz de respirar fora da água, Arthur Jr. é preso pelo Arraia em uma redoma completamente vhfd/#rqgh#r#phqlqr#pruuh#dvĽ{ldgr1#R# yloÅr#Ë#ghuurwdgr/#pdv#dedwlgrv#shod#shugd/# Mera e Aquaman se separam e o herói abandona o trono. DsÕv#96#hglÉ×hv/#d#vËulh#phqvdo# Aquaman foi encerrada em 1978, mas Arthur continuou como coadjuvante nas aventuras de outros heróis e equipes. Chegou até a vh#wruqdu#oÏghu#gd#Oljd#gd#MxvwlÉd#qdv#KTv# de 1984, durante uma infame fase em que o grupo estava sediado na cidade de Detroit e contava com integrantes de apelo quase nulo. Nesse mesmo ano, o roteirista Qhdo#Sr}qhu#h#r#duwlvwd#Fudlj#Kdplowrq# começaram a conceber a minissérie Aquaman. Publicada em 1985, a trama explorou as origens da Atlântida e inseriu hohphqwrv#pÏvwlfrv/#dojr#dwË#hqwÅr#lqËglwr# na mitologia do Rei dos Mares. Uma das consequências, por exemplo, irl#r#yloÅr#Phvwuh#grv#Rfhdqrv#vhu#uhwudwdgr# frpr#xp#ihlwlfhlur1#D#KT#wdpeËp#wurx{h# um novo visual para o herói, que adotou xp#xqliruph#fdpxľdgr#frp#yÃulrv#wrqv# de azul que o ajudava a se ocultar no leito do oceano. O trabalho foi bem recebido h#whyh#xpd#frqwlqxdÉÅr#dqxqfldgd/# mas diferenças criativas levaram ao cancelamento do projeto.

NOVA ORIGEM Paralelo a isso, a DC passava por grandes mudanças a partir da megassaga <kbl^ gZl BgƮgbmZl M^kkZl#+4<;824<;9,/#xp# evento que alterou a cronologia de todo o universo de super-heróis da editora e

Ao lado de Aqualad, Arthur enfrentou diversos vilões em sua série mensal e edições especiais

A origem e o visual do Aquaman foram revistos diversas vezes ao longo dos anos


A ascensão do Arraia Negra, o casamento com Mera e a morte do filho foram momentos-chave nas HQs da época reformulou centenas de personagens, inclusive o Rei dos Mares. Frp#edvh#qd#KT#sxeolfdgd#qd#mÃ# distante Adventure Comics#593/#d#ruljhp# do herói foi reimaginada e ganhou uma whufhlud#yhuvÅr#qr#hvshfldo#The Legend of Aquaman (1989). A trama revela que ele qdvfhx#hp#DwoÄqwlgd#h#Ë#Ľokr#gd#udlqkd# Atlanna, mas foi abandonado para morrer ainda bebê em um recife devido a uma vxshuvwlÉÅr#txdqwr#d#fuldqÉdv#orludv1# Contudo, ao contrário do resto de seu povo, r#mryhp#0#txh#qÅr#whp#vhx#qrph#dwodqwh# uhyhodgr#0#srgld#uhvsludu#irud#gġÃjxd#h#vh# comunicar com as criaturas dos mares, o que garantiu sua sobrevivência. Anos depois, já adolescente, o rapaz é acolhido pelo faroleiro Tom Curry e só após a morte do pai adotivo descobre suas origens submarinas. O roteiro é de Robert Loren Iohplqj#h#Nhlwk#Jlļhq#h#d#duwh#gh#Jlļhq#h# gr#h{shulhqwh#Fxuw#Vzdq1 Mesmo com a nova origem, os acontecimentos publicados desde 1959 continuavam valendo. Dessa forma, a minissérie seguinte, Aquaman (1989), produzida pela mesma equipe criativa, abordou um surto psicótico vivido por Mera em decorrência da perda de Arthur Jr., enquanto a minissérie The Atlantis Chronicles#+4<<3,/#hvfulwd#sru#Shwhu#Gdylg/# explorou o passado de Atlântida. Frp#wdqwd#dwhqÉÅr/#r#khuÕl#jdqkrx# um novo título mensal, em 1991. Com urwhlur#gh#Vkdxq#PfOdxjkolq#h#duwh#gh#Nhq# Krrshu/#Aquaman#gxurx#vÕ#46#hglÉ×hv#h#qÅr# whyh#judqghv#dfrqwhflphqwrv/#frp#h{fhÉÅr# do herói representar a Atlântida na ONU.

VISUAL AGRESSIVO Foi o roteirista Peter David quem wurx{h#pxgdqÉdv#vljqlĽfdwlydv#dr#Uhl#

dos Mares e o transformou em um dos personagens favoritos do público na gËfdgd#gh#4<<31#DsÕv#hvfuhyhu#vxd#vhjxqgd# minissérie do herói, Aquaman: Time and Tide (1993), David foi escalado para encabeçar um novo título mensal nomeado Aquaman, o terceiro com esse nome. O gibi estreou em 1994 e acrescentou novos elementos à origem mostrada em The Legend of Aquaman. Entre as revelações, estava a de que o nome atlante do herói é Orin e seu pai é o mago secular Atlan. Ao sobreviver ao abandono no recife, o bebê logo foi dfroklgr#shod#jroĽqkr#Srup/#frp#txhp# viveu até a adolescência, quando foi encontrado pelo faroleiro Thomas Curry e recebeu o nome de Arthur. Na superfície, antes de iniciar sua carreira heroica como Aquaman, o jovem passa um tempo no Alaska, onde namora a garota Kako e whp#xp#Ľokr/#Nru|dn/#txh#vÕ#frqkhfhuld# anos depois. Levando em conta os fatos passados, a série mensal mostra Orin longe do trono de Atlântida, isolado em uma caverna, com barba e cabelos frpsulgrv/#ghsulplgr#shod#shugd#gr#Ľokr# e a insanidade da esposa. Nessa época, hqiuhqwd#r#yloÅr#Fkdu|eglv#h#whp#d#pÅr# devorada por piranhas durante o combate. Hp#vlqwrqld#frp#dv#KTv#gd#gËfdgd# gh#4<<3/#pdufdgd#sru#khuÕlv#ylrohqwrv#h# sombrios, Aquaman substituiu o membro shuglgr#sru#xp#dusÅr/#r#txh#okh#jdudqwh# um visual ameaçador. Além disso, torna-se mais brutal e apresenta uma personalidade ousada e autoritária, sendo por vezes interpretado pelos habitantes da superfície como um ecoterrorista. Peter David permaneceu no título dwË#d#hglÉÅr#79#+4<<;,#h#irl#vxfhglgr#sru# roteiristas como Dan Jurgens, Dan Abnett,


ESPECIAL MARCADA POR MORTE, RESSURREIÇÃO, VIAGENS NO TEMPO E EXÍLIO, A PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO 21 RESTABELECEU AQUAMAN COMO UM GRANDE HERÓI

Os cabelos compridos, o gancho e a cara de mau são reflexo de uma época marcada por heróis violentos Andy Lanning e Erik Larsen. As vendas começaram a cair e a série foi cancelada qr#qÜphur#:6/#hp#5334/#pdv#qÅr#dqwhv# da sanidade de Mera ser restaurada e Aquaman retomar o trono.

OUTROS RUMOS Dv#KTv#gr#lqÏflr#gr#vËfxor#54#irudp# marcadas por novas propostas para a mitologia do Aquaman, a começar por uma grandiosa viagem no tempo, como resultado da saga Mundos em Guerra#+5334,1# Na trama, Arthur encontrou meios de transferir a cidade de Poseidonis (capital de Atlântida) e todos os seus habitantes ao passado na tentativa de protegê-los das forças alienígenas que atacaram ferozmente a Terra durante o evento. Frp#r#Ľp#gd#dphdÉd/#frxeh#drv#doldgrv# do Aquaman na Liga da Justiça resgatar os atlantes, como mostrado no arco de histórias A Era Obsidiana, publicado no gibi gd#htxlsh#gxudqwh#yÃulrv#phvhv#gh#53351 A volta ao presente marca a estreia de uma quarta série mensal nomeada de Aquaman#+5336,1#Vre#d#wxwhod#gr#urwhlulvwd# Rick Veitch, as histórias retomaram o hohphqwr#pÏvwlfr/#frpr#Ľfd#fodur#mÃ#qr# primeiro arco, quando Orin conhece a entidade Dama do Lago - a mesma do mito do Rei Arthur. Para substituir o ameaçador dusÅr#suhvr#hp#vhx#dqwheudÉr/#r#khuÕl#Ë# djudfldgr#frp#xpd#pÅr#ihlwd#gh#Ãjxd#h#

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repleta de propriedades místicas, como o dom da cura. Aquaman também abandona o cabelo comprido e a barba e adota um ylvxdo#pdlv#wudglflrqdo1#VÅr#uhľh{rv#gd# uhqrydÉÅr#txh#wrprx#dv#KTv#gd#Ësrfd/#hp# xp#wlsr#gh#uhvvdfd#grv#dqrv#4<<31 Nessa época, o herói deixa Atlântida após ser condenado por seu povo por tê-los enviado contra a vontade ao passado. Os roteiristas seguintes (John Arcudi, Tad Williams, John Ostrander e Will Pfeifer) seguem com o novo caminho do personagem e o mostram vivendo em Vdq#Glhjr/#qd#vxshuiÏflh1#SruËp/#txdqgr# metade da cidade submerge devido a um terremoto, parte dos habitantes descobre vhu#fdsd}#gh#uhvsludu#ghedl{r#gġÃjxd#h# ixqgdp#d#dtxÃwlfd#Vxe#Glhjr/#gd#txdo# Aquaman torna-se líder.

SELVAGEM SUBMARINO Dv#frlvdv#Ľfdudp#dlqgd#pdlv# diferentes com o advento da saga Crise BgƮgbmZ#+5339,/#txh#dihwrx#wrgr#r#Xqlyhuvr# DC e adiantou a cronologia dos heróis em um ano. Dessa forma, a revista do Rei dos Pduhv#Ë#uhqrphdgd#qd#hglÉÅr#73#sdud# Aquaman: Sword of Atlantis e apresenta um jovem herói submarino de nome Arthur Joseph Curry, que empunha uma espada e age a mando de uma monstruosa criatura fkdpdgd#Kdelwdqwh#gdv#Surixqgh}dv1#D# mudança deixou os leitores confusos, já

O novo Aquaman (abaixo) passou a agir nos oceanos, orientado pelo Habitante das Profundezas (à direita)


A mão de água é apenas o começo de uma fase que resgata elementos tradicionais do Rei dos Mares

txh#qÅr#vdeldp#vh#r#mryhp#hud#rx#qÅr# o antigo Aquaman, mas desvendar o mistério era parte da graça. Frp#urwhlur#gh#Nxuw#Exvlhn/#d#idvh# apresentou tramas ao melhor estilo “espada e feitiçaria” e fez do herói algo próximo a um Conan do fundo do mar. Com o tempo, revelou-se que Aquaman qÅr#hud#Duwkxu#Mrvhsk#Fxuu|/#pdv#r# Kdelwdqwh#gdv#Surixqgh}dv/#txh#shughx#d# memória e foi transformado na estranha criatura ao fazer um pacto com deuses dwodqwhv#sdud#ohydu#Vxe#Glhjr#Â#vxshuiÏflh1 Duwkxu#Mrvhsk#Fxuu|#qÅr#djudgrx/#hp# boa parte devido à sua história confusa. Primeiramente, acreditou-se que ele seria o sobrinho do Aquaman e dono de uma origem que lembrava a do próprio Rei dos Pduhv#qd#Hud#gh#Rxur=#Ľokr#gr#elrorjlvwd# Philip Curry, Joseph teria desenvolvido guelras graças a um experimento do pai. Posteriormente, foi acrescentado que o rapaz retinha parte da alma de Orin, transferida ao jovem quando o herói tentou xvdu#rv#srghuhv#gh#vxd#pÅr#pÏvwlfd#sdud# uhvvxvflwdu#r#Ľokr1#Sword of Atlantis acabou qd#hglÉÅr#8:#+533:,/#frp#d#dsrvhqwdgruld# de Joseph e a morte do Aquaman, preso qd#irupd#gh#Kdelwdqwh#gdv#Surixqgh}dv/# passando quase despercebidas.

RETORNO AO BÁSICO Como acontece tradicionalmente nos quadrinhos, uma volta às origens parecia necessária e ela veio por meio da saga A

Noite Mais Densa#+533<#h#5343,/#hp#txh# glyhuvrv#khuÕlv#h#ylo×hv#vÅr#uhvvxvflwdgrv# como parte de um maligno exército de mortos-vivos, incluindo o Aquaman. Ao Ľqdo/#hoh#Ë#uhylylgr#ghĽqlwlydphqwh#h# uhwrpd#vxd#wudglflrqdo#srvlÉÅr#gh#khuÕl1# Mais do que isso, desempenha papel importante na saga subsequente, O Dia Mais Claro#+5343,/#hp#txh#yrowd#d#ylyhu#frp# sua amada Mera. Ambas as tramas foram hvfulwdv#sru#Jhrļ#Mrkqv/#xp#judqgh#iÅ#gr# personagem que esforçou-se para resgatar d#uhsxwdÉÅr#gr#Uhl#grv#Pduhv/#ghvjdvwdgd# ao longo dos anos devido a piadas do sÜeolfr#ghfruuhqwhv#gd#sduwlflsdÉÅr#gr# Aquaman em animações e vinhetas de TV (mais detalhes na página 57). Txdqgr#r#Xqlyhuvr#GF#irl#uhlqlfldgr# com a estreia da linha editorial Os Novos 52 +5344,/#r#wudedokr#gh#Mrkqv#h#gr#ghvhqklvwd# Ivan Reis com o Aquaman vinha fazendo sucesso, de modo que a abordagem apresentada em O Dia Mais Claro foi mantida, enquanto vários personagens sofreram reformulações radicais. Mesmo dvvlp/#d#GF#dsrvwrx#hp#xpd#qryd#yhuvÅr# da origem do herói e um novo título mensal Aquaman (o quinto). Dessa forma, os leitores tiveram a oportunidade de acompanhar a trajetória do Rei dos Mares em outro grande reinício. Qd#Ësrfd/#Mrkqv#dĽuprx#txh# hpshqkrx0vh#hp#surydu#txh#Duwkxu#qÅr# era uma piada e encontrou uma maneira inusitada para isso: logo na primeira

A versão cadavérica de Aquaman foi um dos principais soldados do exército de zumbis mostrado em A Noite Mais Densa

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ESPECIAL

Na época em que morou na superfície, Aquaman provou seu valor para os humanos O Mestre dos Oceanos foi uma das maiores ameaças enfrentadas pelo herói em Os Novos 52, enquanto o Arraia Negra promete tirar a tranquilidade de Aquaman na atual fase Rebirth hglÉÅr/#qhp#phvpr#rv#kdelwdqwhv#gd# pequena cidade costeira onde Aquaman vive com Mera o levam a sério, tirando sarro sobre ele conversar com os peixes. Aos poucos, o herói prova seu valor. Na mais atual origem do Aquaman, Duwkxu#yrowd#d#vhu#xp#phvwlÉr#Ľokr# do faroleiro Thomas Curry e da rainha atlante Atlanna. Antes de ser um dos fundadores da Liga da Justiça, ele fez sduwh#gr#juxsr#Rv#Rxwurv/#rfdvlÅr#hp#txh# teve um relacionamento com a heroína eudvlohlud#\dġZdud#h#frqtxlvwrx#r#wulghqwh# de Poseidon, arma que passou a usar uhjxoduphqwh#qdv#KTv#ghvgh#53441# Até a rivalidade com o Arraia Negra jdqkrx#qryrv#frqwruqrv1#Qhvvd#yhuvÅr/# Arthur foi responsável pela morte do pai do criminoso, o que levou o mercenário a nutrir um ódio irracional pelo herói. Mas xp#grv#pdlruhv#ghvdĽrv#gh#Dtxdpdq# qhvvd#idvh#irl#olgdu#frp#d#lqydvÅr#grv# atlantes à superfície, liderada pelo Mestre dos Oceanos no arco Trono de Atlântida. Após a saída de Johns, o título passou por altos e baixos, com direito a Mera assumindo o comando do reino submarino. Fdqfhodgd#qd#hglÉÅr#76#+5349,/#d#uhylvwd#irl# imediatamente substituída por um novo título comandado por Dan Abnett (roteiro) e Oscar Jimenez (arte). Parte da nova proposta editorial Rebirth, em que a DC tenta resgatar elementos clássicos de seus personagens, o novo gibi Aquaman (o sexto e atual com esse nome) volta-se ao cerne da mitologia do personagem e foca os esforços de Arthur em mediar as relações entre atlantes e o povo da superfície, tudo com a ajuda da amada Mera, que tem judqgh#ghvwdtxh#qd#wudpd1#D#txlqwd#hglÉÅr# do título chega às comic shops norteamericanas em outubro.


Ao lado, a versão do Aquaman que chegará ao cinema. Abaixo, a elogiada participação em Bravos e Destemidos e no piloto de série de TV

APÓS ALTOS E BAIXOS NA TV, AQUAMAN PROMETE SER DESTAQUE NO CINEMA SÉRIES E DESENHOS R#khuÕl#jdqkrx#vxd#sulphlud#dgdswdÉÅr# para a TV na série animada The Superman/ Aquaman Hour of Adventure/#hp#4<9:/# produzida pela Filmation. Aquaman foi hvfroklgr#d#ghgr#shod#uhgh#FEV/#srlv#rv# executivos apostavam na curiosidade das crianças pelo mundo aquático. A série whyh#69#hslvÕglrv/#dojxqv#hvfulwrv#sru#Ere# Kdqh|/#dxwru#gdv#KTv#gd#Ësrfd1 A série Superamigos, que estreou em 1973, foi um estranho divisor de águas na trajetória do herói. O programa tornou-o mundialmente famoso, mas também foi uhvsrqvÃyho#sru#vxd#ulglfxodul}dÉÅr/#srlv# além dos espectadores raramente levarem os poderes do Aquaman a sério, as cenas absurdas como ele esquiando sobre peixes voadores ou montando cavalos marinhos jljdqwhv#qÅr#dmxgdydp#vxd#lpdjhp1 As piadas cresceram com os anos, rendendo brincadeiras na série Frango Robô h#hp#ylqkhwdv#gr#fdqdo#Fduwrrq#Qhwzrun1# Até o desenho Bob Esponja tirou sarro do personagem ao mostrar os geriátricos khuÕlv#Krphp0Vhuhld#h#Ph{lokÅr}lqkr# satirizando Aquaman e Aqualad. QÅr#idowdudp/#frqwxgr/#dsdulÉ×hv# valorosas. Em 1999, Aquaman foi mostrado com seu visual clássico em Superman: A Série Animada e modernizado no desenho Liga da Justiça, em que aparece de cabelos frpsulgrv/#edued#h#dusÅr1#Dtxdpdq#hvwhyh# hp#dshqdv#vhlv#hslvÕglrv#+533405337,/# até suas aparições serem vetadas devido a planos para um seriado live-action. O tal projeto nunca foi exibido na TV e Aquaman (ou Mercy Reef, uma referência ao recife em que o herói foi abandonado sdud#pruuhu#qdv#KTv,#Ľ#frx#vÕ#qr#slorwr/# disponível no iTunes. No episódio, ele irl#ylylgr#sru#Mxvwlq#Kduwoh|/#txh#pdlv# tarde seria o Arqueiro Verde em Smallville. Aliás, foi na série focada na juventude do Vxshupdq#txh#hvwuhrx#d#sulphlud#yhuvÅr# live-action de Arthur, encarnado por Dodq#Ulwfkvrq#hqwuh#5338#h#53431 Aquaman voltou a ser piada, mas dessa vez de bom gosto, na série animada Batman: Os Bravos e Destemidos#+533;#d# 5344,/#hp#txh#Ë#xp#khuÕl#erqdfkÅr#txh# qÅr#sdud#gh#frqwdu#ydqwdjhqv1

A versão mostrada em Superamigos é a grande responsável por Aquaman tornar-se alvo de piadas Yhuv×hv#pdlv#vËuldv#vÅr#prvwudgdv# em longas animados, como Liga da Justiça: Ponto de Ignição#+5346,/#txh#dgdswd#d#KT# krpÖqlpd#gh#53441#D#wudpd#prvwud#xpd# realidade em que Atlântida (liderada por um impetuoso Imperador Aquaman) e Ilha Paraíso (comandada pela feroz MulherMaravilha), travam uma guerra que ameaça destruir a Terra. Já Liga da Justiça: O Trono de Atlântida#+5348,#dgdswd#d#vdjd#gh# mesmo nome, publicada em Os Novos 52.

NO CINEMA Ylylgd#sru#Mdvrq#Prprd/#d#yhuvÅr# flqhpdwrjuÃĽ#fd#gh#Dtxdpdq#ih}#xpd# ponta em Batman vs. Superman e já deu as fdudv#qr#wudlohu#gr#Ľ#oph#Liga da Justiça,

suhylvwr#sdud#534:1#Hp#vhjxlgd/#r#khuÕl# surwdjrql}d#vhx#suÕsulr#Ľ#oph/#hp#534;/# txh#frqwduÃ#frp#Dpehu#Khdug/#frpr#Phud# e Willem Dafoe, como Vulko. D#hvfdodÉÅr#gh#xp#dwru#gr#fdoleuh#gh# Dafoe para um papel secundário leva a especulações, como a trama de Aquaman edvhdu0vh#qd#KT#O Trono de Atlântida, que tem o conselheiro como o grande uhvsrqvÃyho#shod#lqydvÅr#grv#dwodqwhv1 Do pouco que se viu até agora, parece que o visual selvagem do Rei dos Mares vhuÃ#edvhdgr#qdv#KTv#grv#dqrv#4<<3/#kdmd# visto o físico de Momoa, demonstrando txh#r#Uhl#grv#Pduhv#qÅr#ghl{duÃ#pxlwr# espaço para brincadeiras. Parece que o whpsr#gdv#sldgdv#Ľ#frx#sdud#wuÃv1

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Demolidor vs. Rei do Crime

MEDO M E S M E M O OH OU OS H L A P A R T A SEMPRE WILSON FISK, PLANOS DEEVOU A TRAVAR O QUE OS L EMORÁVEIS. LUTAS M LGUMAS CONFIRA A DACIOSAS U DAS MARIEDSUAARDO MARCHIORI PO

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VOLTA À ATIVA

Após um tempo afastado do submundo, Wilson Fisk arquiteta um plano para retomar a liderança da máfia de Nova York (Daredevil 50, 2003). Ele envia os assassinos Mercenário e Mary Tyfoid para eliminar o Demolidor, mas o herói derrota a dupla e invade a reunião de Fisk com outros mafiosos. Em uma luta impressionante, o herói enfrenta seu rival com tanta violência que o deixa nocauteado ao final do combate, provando aos criminosos que viram a luta que a cidade não está desprotegida. O combate foi publicado em uma incrível sequência de dez páginas desenhada por John Romita Sr., Gene Colan, Joe Quesada e outros artistas consagrados.

RESULTADO: VITÓRIA DO DEMOLIDOR

FUTURO POSSÍVEL

VIOLÊNCIA PURA

O seriado Demolidor (2015), da Netflix, apresentou uma luta brutal e repleta de realismo entre os dois oponentes. Com seus crimes expostos pelo Homem Sem Medo, Fisk é preso mas foge quando está sendo levado ao presídio. Em sua escapada, ele é perseguido pelo Demolidor e encurralado em um beco, onde trocam socos, chutes e outros golpes. Em determinado momento, no auge de sua fúria, o Rei apodera-se do bastão do herói e Murdock é linchado com a própria arma. Felizmente, seus poderes o permitiram encontrar uma brecha entre os golpes, escapar e nocautear Fisk.

A HQ Demolidor: Fim dos Dias (2012) mostra um possível (e trágico) futuro que coloca um ponto final ao antagonismo entre os dois. Nessa linha temporal, o Demolidor derrota o Rei e encerra a criminalidade da Cozinha do Inferno, o bairro novaiorquino protegido pelo herói. Porém, ao descobrir que Fisk planeja voltar, o Homem Sem Medo se esforça para impedir que isso aconteça e os dois travam uma luta tão violenta que o herói espanca o mafioso até a morte perante uma multidão.

RESULTADO: VITÓRIA DO DEMOLIDOR

RESULTADO: VITÓRIA DO DEMOLIDOR

JUSTIÇA CEGA

O filme Demolidor: O Homem Sem Medo (2003) pode ser alvo de muitas críticas, mas reservou uma memorável luta final. Responsável pela morte do pai e da amada do Demolidor, o Rei torna-se alvo do herói, que invade o escritório do mafioso pronto para enfrentá-lo. Porém, ferido e cansado de seu trajeto até o inimigo, Murdock não é páreo para o truculento criminoso e leva uma baita surra de início. Prestes a ser derrotado, o Demolidor vale-se de seus sentidos aguçados e consegue uma bela vantagem na luta, que termina com Fisk humilhado e com os joelhos quebrados.

RESULTADO: VITÓRIA DO DEMOLIDOR

DEMÔNIO CAÍDO

Dentre todos os combates, um dos mais impactantes é mostrado no aclamado arco de histórias A Queda de Murdock (1986), em que o Rei do Crime descobre a identidade secreta do Demolidor e arrasa a vida pessoal de Matt. Enfurecido, o herói vai ao escritório do mafioso e trava uma luta sangrenta com o vilão, em que é severamente espancado e fica no limiar da morte. O combate termina com Murdock inconsciente e jogado em um rio para morrer afogado. Ele consegue escapar, mas demora um tempo até se recompor e criar coragem para enfrentar o Rei novamente. RESULTADO: VITÓRIA DO REI DO CRIME

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RECEBEMOS

O Q U E C H E G O U À R E DAÇÃO E PA S S O U P E LO N O S S O C R I VO

Teia de mistérios

O Aranha se envolve com parentes e espionagem

UMA AVENTURA QUE FOGE DOS PADRÕES DO ARANHA, O QUE É UM GRANDE MÉRITO

O

álbum Negócios de família já merece atenção apenas pelos nomes dos roteiristas Mark Waid e James Robinson na capa. Mas essa aventura do Aranha vai muito além ao apresentar uma trama sólida mesclada a uma arte de encher os olhos, com desenhos de Gabrielle Dell’Otto e cores de Werther Dell’Edera. A trama começa com Peter Parker perseguido por uma organização desconhecida ao mesmo tempo que uma espiã da CIA, que diz ser sua irmã

Teresa Parker, surge para protegê-lo. As descobertas envolvendo Peter e sua suposta família poderiam causar temor entre os fãs tradicionalistas, mas esse perigo desaparece conforme sutis revelações aparecem ao longo do encadernado – pena que algumas são um pouco previsíveis. O enredo ainda conta com as participações do Rei do Crime e de Mentallo, um vilão pouco conhecido. Negócios de família se assemelha a xpd#plvwxud#gh#Ľophv#gh#Mdphv#Erqg# h#Lqgldqd#Mrqhv1#R#plvwËulr#wÏslfr#gh#

espionagem e as situações aventurescas passam por localidades como Mônaco, no sul da França, e Cairo, no Egito. As transições de cenários, o clima constante de dúvida e a ação desenfreada mantêm o ritmo de leitura em páginas muito bem ghvhqkdgdv1#DoËp#glvvr/#d#sxeolfdÉÅr# conta com atrativos como alguns extras e um preço relativamente acessível. (Vinícius Serpa) Homem-Aranha: Negócios de família **** Panini // 116 páginas // R$ 26,90

E POR FALAR NO ARANHA... Quem achou que esse encadernado traria a conclusão do arco Homem-Aranha Superior (em que o herói troca de corpo com o Doutor Octopus), vai ter que esperar. A trama se estende além desse volume e a falta de recapitulações em alguns dos personagens secundários (como o novo Duende Macabro, o Rei Duende, a Aparição e o nerd vingativo Stone) podem deixar dúvidas a quem não acompanhou a revista mensal do Aranha, onde as HQs saíram originalmente. Mesmo assim, Sem Saída tem leitura ágil e divertida, e deixa uma indagação do “como, afinal, tudo isso vai acabar? “Dessa vez, o

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Octopus/Aranha enfrenta o Esmaga Aranha, o Rei do Crime e os novos duendes, além de fazer um uniforme novo e empregar capangas no melhor estilo supervilão. O encadernado conta com três páginas de extras com esboços e as capas originais das edições de 11 a 16 de Superior Spider-Man. É sempre bom alertar que a arte do Humberto Ramos (que ocupa metade do livro) costuma dividir opiniões. (Fernando Caruso) Homem-Aranha Superior – Sem Saída *** Panini // 128 páginas // R$ 28,90


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AS NOTAS DA MUNDO

***** IMPERDÍVEL ***** MUITO BOM ***** BOM ***** RAZOÁVEL ***** RUIM

SCI-FI REALISTA

LIÇÃO DE VIDA D#Qryr#VËfxor#qÅr#srghuld#whu# escolhido título melhor para inaugurar seu selo de cultura pop, Geektopia. Escrita por Stan Lee em parceria com o roteirista Peter David, a HQ Incrível, Fantástico, Inacreditável: Z ;bh`kZƮ Z ^f JnZ]kbgahl ]h @Ãgbh jn^ <kbhn hl Lni^k& Heróis da Marvel uhľ#hwh#d# personalidade bem-humorada do biografado e brinca o tempo wrgr#frp#vhx#hjr#vxshulqľ#dgr1 D#ylgd#gh#Ohh#Ë#uhylvwd# desde a infância humilde em Qryd#\run#dwË#dv#uhfhqwhv# dsdulÉ×hv#qrv#Ľ#ophv#gd# Marvel. Embora algumas passagens importantes tenham Ľ#fdgr#gh#irud#Ğ#d#fuldÉÅr#grv#

A Devir tem dado muitas bolas dentro ao investir fora do eixo Marvel/DC. É o caso do excelente Carta 44, da ONI Press, uma editora ainda pouco publicada no Brasil. A HQ é sobre o 44o presidente dos Estados Unidos que, ao assumir o cargo, recebe uma misteriosa carta de seu antecessor, falando de uma missão espacial ultrassecreta. A missão é tão secreta, que ninguém em seu gabinete tem qualquer conhecimento dela. Nos dias que seguem, o novo presidente aparece lidando com intrigas políticas geradas por essa descoberta, ao mesmo tempo que fica evidente o perigoso dia a dia dos tripulantes da misteriosa missão espacial. O diferencial da HQ está no realismo em sua ambientação. Apesar do tema ser sci-fi, com direito a contatos imediatos e tudo mais, a caracterização dos personagens, os diálogos e as situações conseguem ser bastante pé no chão, sem sequências de ação forçadas ou reviravoltas apelativas. É raro ver um tema como esse receber um tratamento tão adulto, digno de uma série de TV. Talvez não à toa, os direitos já tenham sido comprados pelo canal americano Syfy em 2014. (FC) Carta 44 **** Devir // 160 páginas // R$ 50

Vingadores, a produção dos “desenhos desanimados” – assuntos espinhosos não foram esquecidos, como as conhecidas desavenças com os artistas Mdfn#Nlue|#h#Vwhyh#Glwnr1 A arte da veterana Colleen Grudq#Ë#ixqflrqdo#h#hod#id}#xvr# de ótimas soluções narrativas, como a reprodução da capa e quadros de revistas antológicas da Marvel. A todos os adjetivos

Para quem pensou que Stan já tinha feito de tudo, eis que surge sua bio em forma de HQ

Carta 44: uma HQ para quem procura algo diferente no espaço

que enchem o título dessa obra, mais um poderia ser adicionado: imperdível! (Jota Silvestre) Incrível, Fantástico, Inacreditável... ***** Novo Século // 192 páginas // R$ 59,90

MESTRE DAS SOMBRAS Depois de viver o auge de sua carreira desenhando boa parte dos personagens da Marvel, o mestre Gene Colan resolveu voltar à DC (onde trabalhara qd#gËfdgd#gh#4<83,#sdud#vh# tornar um dos desenhistas pdlv#lpsruwdqwhv#gr#Edwpdq# hqwuh#4<;4#h#4<;91#«#hvvd#idvh# que já está sendo resgatada em gxdv#qrydv#hglÉ×hv#gd#vËulh#gr# título E^g]Zl ]h <ZoZe^bkh ]Zl Trevas, que depois do sucesso de volumes dedicados a artistas como Marshall Rogers, Alan Gdylv/#Qhdo#Dgdpv#h#Mlp#Dsdur/# sduhfh#txh#yhlr#sdud#Ľ#fdu1 A exuberância do traço de Colan – principalmente quando casada com o nanquim gh#Nodxv#Mdqvrq#Ğ#fdlx# muito bem para o HomemPrufhjr1#DĽ#qdo/#srxfrv#

A arte de Colan casou bem com o clima sombrio do Batman artistas trabalham tão bem as ambientações sombrias quanto Colan. Vale dizer que a maior parte das histórias desse primeiro volume já havia vdÏgr#qr#Eudvlo#hp#uhylvwdv#gd# Ed. Abril e da Opera Graphica. Apenas a que traz o Chapeleiro Orxfr#frpr#yloÅr#Ë#lqËglwd#sru# aqui. (Heitor Pitombo) Batman: Lendas do Cavaleiro das Trevas Gene Colan volume 1 ***1/2 Panini // 136 páginas // R$ 23,90

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RECEBEMOS

ANTES DE SPRINGFIELD Todo nerd sabe que Matt Jurhqlqj#Ë#r#idprvr#fuldgru# de Hl Lbfilhgl. Mas pouca gente tem noção de que, antes gh#Eduw/#Olvd/#Krphu#h#fld1/# Groening se dedicava a uma vËulh#gh#fduwxqv#h#txdgulqkrv# intitulada Vida no Inferno (Life in Hell/#qr#ruljlqdo,/#qd#txdo#hoh# já botava para fora sua visão de mundo ácida, com espaço para a crítica de costumes e um humor qhp#vhpsuh#Ľqr#h#uhĽqdgr1 Essa primeira antologia eudvlohlud#gd#vËulh/#odqÉdgd# pela Veneta, se baseia numa seleção que o próprio Matt fez dos melhores momentos grv#58#dqrv#hp#txh#wudedokrx# frp#frhokrv#frpr#Elqn|#h# Sheba e outros personagens. Quem está bem ambientado com Hl Lbfilhgl irá encontrar idploldulgdghv#hqwuh#d#vËulh# televisiva e os quadrinhos de Vida no Inferno. Mas por se tratar de material impresso, às vezes o conteúdo do livro requer um maior poder de concentração na leitura. (HP) Vida no Inferno **** Veneta // 176 páginas // R$ 69,90

CRIADOR E CRIATURA Programado para sair no ano passado como parte gdv#frphprudÉ×hv#grv#;3# anos de Mauricio de Sousa, F^fÌkbZl ]h FZnkb\bh foi xpd#gdv#dwudÉ×hv#gd#Elhqdo# do Livro de São Paulo e dsuhvhqwd#58#sdvvdjhqv#gd# vida do quadrinhista com

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AVANTE BRAZUCAS

A nova HQ escrita por Thiago da Silva Mota e desenhada por Ton Marx esteve cercada de polêmicas desde que foi lançada uma campanha para viabilizá-la no Catarse. Mas apesar de muita resistência à ideia da reunião de superheróis brasileiros gestados em publicações independentes, Protocolo: A Ordem finalmente saiu do forno. Na primeira tentativa junto à plataforma de crowdfunding, os mentores do projeto pretendiam que a publicação tivesse o envolvimento de autores mais renomados no processo, mas a meta pretendida de R$ 45 mil não foi alcançada. De modo que a turma optou por um gibi menor, ainda que com papel cuchê no miolo, mas sem o envolvimento de medalhões na criação, cuja campanha arrecadou os R$ 13 mil necessários. O resultado desse empenho é uma história cheia de lugares comuns, em que valem desde brigas de heróis contra heróis até invasões alienígenas, entre outros clichês. Apesar da pouca criatividade, um dos pontos positivos do álbum é o indisfarçável tesão que seus criadores tiveram para fazer de A Ordem uma trama das mais leves que, apesar dos problemas, prende a atenção do leitor até o final. Mas bem que as intermináveis biografias dos heróis que aparecem ao longo da história poderiam ser um “extra” do álbum. (HP) Protocolo: A Ordem *** Independente // 100 páginas // R$ 35

roteiro, arte e cores de mais gh#63#duwlvwdv#qdflrqdlv1# Mais que um mosaico do currículo de Mauricio – desde cenas prosaicas da lqiÄqfld#dwË#prphqwrv# cruciais de sua carreira – o livro serve como amostra da moderna produção brasileira de quadrinhos. Uma obra com acabamento de luxo e envolvimento de tantos artistas tem seu preço, o que

Para quem gosta de super-heróis brasileiros, A Ordem merece ao menos uma conferida

Ë#xpd#shqd/#srlv#srgh# afastar muitos leitores dessa justa homenagem. Outro lançamento da MSP shod#Sdqlql#Ë#Mônica – Força, r#45o volume do selo @kZiab\ FLI. Na primeira aventura solo da personagem nessa vËulh/#Eldqfd#Slqkhlur#id}#xp# retrato intimista da Mônica nunca visto, ao colocá-la em xp#ghvdĽr#txh#qÅr#srgh#vhu# superado com força bruta,

Como sempre, a MSP tratou de levar ótimos lançamentos para a Bienal do Livro de São Paulo

mas nem por isso exige menos coragem. O contraste entre a profundidade do roteiro com r#wudÉr#hvwlol}dgr#gh#Eldqfd# deixa a história ainda mais perturbadora. (JS) Memórias do Mauricio **** Panini // 212 páginas // R$ 140 Graphic MSP – Mônica – Força **** Panini // 80 páginas // R$ 34 (capa dura) e R$ 23 (capa cartonada)


ALTERNATIVOS E AFINS

RESGATE HISTÓRICO Nos começo dos anos 2000, época em que o quadrinho independente brasileiro não era ainda tão organizado, produtivo, bem editado e fácil de encontrar nas livrarias, a revista Front destacava-se como uma louvável exceção. A publicação durou de 2001 a 2008 e rendeu 14 edições criadas de maneira bem coletiva, por meio de reuniões em que a equipe escolhia o que entrava e quais seriam os rumos editoriais. Foi uma semente de muita coisa que surgiu depois no mercado independente nacional. Nesse clima de nostalgia, curti bastante essa coletânea que comemora os 15 anos da primeira Front e que republica muitas de suas HQs, textos e grafismos. E o melhor: há notas bem interessantes sobre os bastidores da revista que, além de registro histórico, servem de inspiração para quem deseja tocar seu quadrinho autoral de maneira criativa e sofisticada. (Manoel de Souza) Front 15 anos: Uma História **** Via Lettera e Instituto HQ 160 páginas // R$ 40

Detalhe da HQ de Samuel Casal, um dos destaques da Front

POR HEITOR PITOMBO

EMBER: AS CRÔNICAS DA RUIVA - A LENDA DE KRILL - ROY THOMAS E ROMANO MOLENAAR (AVEC) Os leitores mais antigos devem se lembrar da série pintada Storm, lançada pela Ed. Abril entre 1989 e 1990. Ember era coadjuvante da trama urdida por Don Lawrence e, nesse álbum recém-lançado, é protagonista de uma história escrita pelo mestre Roy Thomas e que transcorre quando ela faz 19 anos. Trama apenas trivial, mas que diverte. A R$ 29,90 em www.aveceditora.com.br.

CAROLINA - SIRLENE BARBOSA E JOÃO PINHEIRO (VENETA) Depois de lançar Kerouac e Burroughs, o desenhista João Pinheiro se uniu à professora Sirlene para contar a história pouco lembrada de Carolina Maria de Jesus, uma negra pobre que ousou colocar em um livro best-seller suas lembranças da favela de Canindé (SP), onde vivia em 1960. O resgate gerou uma HQ de primeira. A R$ 39,90 em www. lojaveneta.com.br.

HELTER SKELTER KYOKO OKAZAKI (NEW POP) Lançada em volume único no Japão em 2003, depois de ser publicada em capítulos na revista Feel Young (entre 1995 e 1996), o mangá Helter Skelter traz como protagonista a modelo e atriz Lilico, musa cujo corpo começa a reagir mal às cirurgias que faz para se manter linda. Tema bem pertinente aos nossos tempos, em que a busca pela beleza não tem preço. A R$ 24,90 em www.newpop.com.br.

ASTERIX NOS JOGOS OLÍMPICOS: EDIÇÃO ESPECIAL - GOSCINNY & UDERZO (RECORD) Os álbuns clássicos de Asterix e Obelix vêm sendo relançados desde os anos 1960. Esse Asterix nos Jogos Olímpicos, lançado para coincidir com a Rio 2016, não foge à regra, mas traz um atrativo a mais: 16 páginas adicionais com extras. Se os outros livros da coleção seguirem esse mesmo formato, vai ter muito colecionador comprando tudo de novo. A R$ 49,90 em record.com.br.

ENTRE UMAS E OUTRAS - JULIA WERTZ (NEMO) Mais uma vez a Nemo premia o leitor brasileiro com o primeiro lançamento de uma autora inédita no país. Julia, nesse Entre Umas e Outras, conta a história da sua mudança de San Francisco para Nova York, onde julga que terá mais oportunidades profissionais. As barras que ela enfrenta descem macio por conta do texto esperto da autora. A R$ 39,90 em www. grupoautentica.com.br.

O MUNDO SEGUNDO JOURALBO - JOURALBO SIEBER, ALLAN SIEBER E CYNTHIA B (MÓRULA) Em 2010, Sieber escreveu uma HQ em que seu pai estreava como desenhista (Ninguém me Convidou). A mesma fórmula foi usada neste O Mundo Segundo Jouralbo, que reúne nomes da cena indie para desenhar outros causos da vida do veterano. O resultado é desigual, mas artistas como Diego Gerlach e Rodrigo Rosa arrebentam. A R$ 44 em www.morula.com.br.

CRIMINOSOS DO SEXO VOLUME 2 - MATT FRACTION E CHIP ZDARSKY (DEVIR) A Devir, felizmente, não se fez de rogada e acaba de lançar a segunda parte das aventuras de Jon e Susie, um casal cujo poder é fazer o tempo parar (literalmente) quando está transando. No começo do novo álbum, os dois ainda estão um pouco atordoados com as intervenções da Polícia do Sexo, mas logo a trama começa a pegar fogo. Recomendadíssimo. A R$ 65 em www.devir.com.br.

IMAGINÁRIOS VOLUME 4 - VÁRIOS (DRACO) Mais um volume da antologia organizada por Raphael Fernandes, com HQs de ficção científica e terror. Na edição, os destaques vão para a trama de Teleporte: Error 2204, de Thiago Duarte, o storytelling matador de Rafael Dantas em Maldito Francês – com uma cena de luta magnificamente coreografada – e a arte linda de MJ Macedo em Gélidas Memórias. A R$ 29,90 em www. editoradraco.com.

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NAPRANCHETA Luke Ross

Um dos astros da Marvel, o artista revela seu processo criativo

POR GUSTAVO VÍCOLA

PERFIL O brasileiro Luciano Queiros começou a trabalhar com a Casa das Ideias nos anos 1990, época em que desenhou medalhões como o Homem-Aranha. Ross passou por outras editoras de peso, mas tornou-se exclusivo da Marvel em 2008, assumindo a arte das HQs do Capitão América, Vingadores e outros. Entre seus trabalhos mais recentes está a série mensal Hercules, lançada no final de 2015.

ARTE EM CAMADAS

Os esboços dos outros personagens e de elementos vitais da cena são aprimorados, mas com cautela. “Uso só o necessário para o bom entendimento da imagem, pois quero que ela fique clara e ágil para ser lida com a velocidade que a ação pede”. A finalização é feita em outra camada e começa pelo contorno das figuras em primeiro plano, que recebem um traço espesso para dar profundidade. Detalhes que não foram feitos a lápis são providenciados com um pincel mais fino.

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RASCUNHO MITOLÓGICO

Em Hercules 2, Ross precisou desenhar um confronto do herói contra os gigantescos Titãs gregos. Após ler o roteiro, pensou numa splash (imagem de página inteira) para mostrar um momento específico da batalha e fez um rascunho da cena. “Nesse registro rápido, eu decido a posição e a importância de cada elemento”, explicou à Mundo. Logo, a figura principal da cena, Hércules, ganhou um esboço mais caprichado, em que suas proporções foram melhoradas e os músculos e uniforme definidos. Nessa fase, os personagens secundários são só rabiscos.


FEITO HEROICO

Por fim, Ross acrescenta elementos como os detalhes do cenário do último plano e efeitos mais finos, caso dos espirros de nanquim. Todo o processo é feito digitalmente. “Eu uso um display interativo chamado Cintiq (da Wacom) e o software de desenho Clip Studio Paint (antigo Manga Studio).”

PARA CONHECER OUTROS TRABALHOS DO ARTISTA, VISITE O PERFIL LUKEROSSART NO INSTAGRAM.


SUPERLEITORES

POR MANOEL DE SOUZA

DÚVIDAS, SUGESTÕES, ELOGIOS, CRÍTICAS...

Mulher-Maravilha e Image Comics: as grandes atrações da Mundo 81 uniforme da Miss Marvel como fetichista em um texto cheio de clichês feministas? Júlio Castro Facebook da Mundo

RELAÇÃO DE AMOR

Parabéns pela edição 81, que

Comprei a tão aguardada

Ľ#frx#pdudylokrvd1#Jrvwhl#

Mundo 81 e percebi uma

muito do caprichado dossiê da

phokrud#qd#txdolgdgh#juÃĽ#fd1#

Mulher-Maravilha, do especial

Sobre o reajuste, a forma

frp#d#YlÜyd#Qhjud#h#d#pdwËuld#

transparente e honesta como

gd#Lpdjh#Frplfv1#Vhp#idodu#

o Manoel de Souza tratou o

da animação A Piada Mortal,

assunto no editorial demonstra

que não podia deixar de ser

o respeito da equipe com seus

flwdgd1#HqĽ#p/#wxgr#Õwlpr1#

ohlwruhv1#R#dxphqwr#gh#fdsd#irl#

Torço muito para que a Mundo

elevado, mas com um pouco

dofdqfh#d#jorulrvd#hglÉÅr#4331#

de esforço, manteremos essa

José Laires da Silva

relação de amor com a Mundo1#

Poço de José de Moura, PB

Parabéns pela constante

mrvhodluhvgdvloydCjpdlo1frp

exvfd#shod#txdolgdgh1 Paulo Sérgio Castilho São Paulo, SP

Obrigado, Paulo. Qualquer aumento nessa época é complicado mas não havia como manter nosso preço anterior. Felizmente, parece que boa parte dos leitores está apoiando a Mundo nesse momento de crise econômica. De qualquer forma, um jeito prático de pagar mais barato é assinar a revista. Veja os detalhes na página 71.

Olá, José. Fico feliz que tenha curtido a edição. E obrigado pelo votos. Seria realmente um sonho chegar à edição 100. Vamos torcer. Estamos trabalhando duro para isso e é bom saber que temos pessoas como você ao nosso lado. Vamos em frente!

INTERESSADO NA ARTE

VdxgdÉ×hv1#Lqirupr#txh#

GOSTEI, MAS...

recebi em minha residência,

Comprei a minha semana

depositada na caixa de

sdvvdgd/#pdqwËp#r#qÏyho1#D#

correspondência, a edição 81

entrevista com Ivan Reis foi

da Mundo dos Super-Heróis1#

formidável e as declarações dele

Parabéns pelos dez anos de

mostram exatamente o que

h{lvwÌqfld1#H#txh#yhqkdp#pdlv#

shqvr#vreuh#d#GF#h#d#Pduyho1#

gh}$#D#odphqwdu#vrphqwh#r#

Djrud#grlv#srqwrv#qhjdwlyrv=#

dxphqwr#gr#suhÉr#gh#fdsd1

jura que vão mesmo cancelar

Sisino Borges de Santana

a Linha do TempoB#H#vhuÃ#txh#

vlvlqrerujhvCero1frp1eu

vamos mesmo ter de tolerar todo mês a dona lá com aquela coluna, onde se referiu ao

Olá, Sisino. Conforme comentei com o Paulo, quatro respostas

CASO EXEMPLAR

principalmente a entrevista

Há dez anos, comprei a Mundo 1, aquela com a capa do Superman Returns e apostei na revista. Fiz a minha assinatura logo que a opção foi liberada pela editora e continuo firme até hoje. Por várias vezes recebi minha edição em casa e fui até uma banca comprar outro exemplar para guardar. Longa vida à Mundo dos Super-Heróis! Sandro Silva / Via Facebook

com o Ivan Reis e a reportagem vreuh#d#hglwrud#Lpdjh1#VÕ#vhqwl# com o Roberto de Souza, um

Conheci a Mundo por meio

fdud#txh#dgplur#pxlwr1

de um amigo na escola onde

Thiago Moreira

ohflrqr1#Yluhl#iÅ#gh#lphgldwr1#

Rio de Janeiro, RJ

68 | REVISTA MUNDO

DEZ + DEZ

Curti bastante a Mundo 81,

falta das análises de desenhos

ME AMARRO NA REVISTA

Bom, Thiago, pelo jeito você é um aspirante a desenhista. Como pode ver na página ao lado, o Roberto voltou com sua tradicional coluna de dicas. Basta vocês mandarem mais desenhos que teremos o maior prazer em comentá-los. Foi o que aconteceu com seu xará Tiago. Olha a página ao lado.

Olá, Júlio. Paramos com a Linha do Tempo por um tempo (ops) para repensar a seção. Mas se vocês todos são mesmo fãs dela, podemos voltar a qualquer hora. O que vocês dizem, pessoal? Sobre a coluna Girl Power, sim, vamos ter mensalmente um texto da Gabi Franco, uma pessoa que admiro muito, falando da visão feminina (muitas vezes, bem diferente da nossa) sobre o universo dos super-heróis. O interesse das mulheres está crescendo nessa área e nada mais justo do que dar espaço para elas, não acha?

Sandro, você é o nosso herói. São caras como você que nos inspiram a continuar em frente. Só posso dizer: obrigado!


PARTICIPE!

BASTA MANDAR SEU E-MAIL PARA manoel.souza@europanet.com.br

atrás, a questão do preço foi algo além do nosso controle e da nossa intenção. Agradeço os votos por mais uma década. Esse é o plano. Vamos lutar para isso.

PAROU PORQUE?

Quero parabenizar e dizer que a revista Mundo dos Super Heróis é a melhor que existe no whpd1#Whqkr#wrgrv#rv#qÜphurv/# mas acho que vou parar no 100, pois já me falta espaço para dupd}hqdu1#DeudÉrv1 Daniel Ledo gdqlho1ohgrCxro1frp1eu

Opa, não para não, Daniel. Invista numa casa maior que ainda pretendemos criar muitos problemas de espaço para nossos leitores.

TENTATIVA INGLÓRIA

GALERIA MUNDO

DICAS DO PROFESSOR ROBERTO SOUZA TIAGO DIAS (33 ANOS) CURITIBA, PR

Comentários: Tiago, seu desenho está bom mas é preciso atenção às sombras. Você usou vários tons nos uniformes para diferenciá-los, mas isso deve ocorrer também no resto do sombreamento. Por exemplo: as sombras que ficam abaixo do queixo e do tórax devem ser mais escuras, pois ali existem sombras projetadas. Como a luz vem de cima, essas áreas recebem menos luz do que outras partes. O ideal é você estudar fotos PB para começar a entender essas diferenças. Ou ainda, converta no Photoshop uma foto colorida em grayscale. Aí fica mais fácil você notar isso. ROBERTO SOUZA é agenciado e professor de desenho do Instituto dos Quadrinhos (www. institutodosquadrinhos.com.br), onde dá dicas para iniciantes na carreira.

SUPERFAMÍLIA UNIDA

Um assinante, dois filhos, três leitores. Sou colecionador e fã da Mundo. Tenho dois filhos, Lucas de 13 anos e Bruna de seis anos, que está aprendendo a ler e adora heroínas, em especial a Mulher-Maravilha. A Bruna tem até um pôster da Diana em seu quarto. Daniel Mattoso / Rio de Janeiro, RJ

GOSTO É GOSTO

publicadas, traziam belíssimas

Leio HQs desde 1989 e sou fã

h#lqËglwdv#fdsdv#gh#Hqulfk#

saiu em capítulos e se espalhou

gr#Dudqkd1#Qhp#sru#lvvr#dfkr#

Wruuhv1#Yhmd#plqkd#frohÉÅr1

citar uma das tentativas de

hp#glyhuvrv#wÏwxorv1#

d#Pduyho#phokru#txh#d#GF1#R#

Alan Thayme

uhfuldu#d#vËulh#gh#WY/#xp#slorwr#

Fausto Gonçalves

txh#lpsruwd#Ë#d#klvwÕuld#vhu#

wkd|phCkrwpdlo1frp

da metade da década de 1990

do Nascimento

erd/#wdqwr#id}#d#hglwrud1#DwË#

frp#d#dwul}#Whd#Ohrql1

dupdtxlvCjorerpdlo1frp

entendo alguém gostar muito

Muito bom o dossiê sobre a

publicada no Brasil em 1974,

Pxokhu0Pdudylokd1#VÕ#txh#qr#

pdufrx#plqkd#lqiÄqfld1#Hod#

capítulo Passado Glorioso faltou

Amanda Mello Facebook da Mundo

Olá, Amanda. É sempre bom ter mulheres aqui entre nós. Seja bem-vinda. No dossiê, focamos as tentativas mais importantes ^ Zl hƮ \bZbl' >llZ jn^ oh\à \bmhn foi apenas o episódio Hooked on Heroine, da série The Naked Truth, em que a Tea se vestiu como a Princesa Amazona. Mas Zm jn^ ^eZ Ʈ \hn [^f% g¼h Â8

de um personagem ou editora,

Olá, Fausto. No caso dessa reportagem, o dossiê sobre o Ʈ ef^ @n^kkZ <bobe% e^oZfhl apenas em consideração as HQs de super-heróis. O universo Disney é algo à parte e por isso não foi citado.

Tea Leoni vestida de Princesa Amazona

mas o pessoal tem que deixar de ser xiita e aprender a curtir rxwudv#frlvdv#wdpeËp1 Tiago da Rocha zzz1sdolwrvqhugv1eorjvsrw1frp

Olá, Tiago. Penso como você. O importante são as boas HQs e, procurando com atenção, dá para achar muita coisa legal.

Valeu pelo reparo, Alan. Belo acervo, hein? Aproveitando a deixa, ao contrário do que dissemos no dossiê da Mundo 81, Debra Winger não chegou a ganhar um Oscar, mas ela foi indicada três vezes ao prêmio. E nas resenhas da página 65, Uma Morte Horrível foi lançada pela Nemo e não pela Veneta.

OPS, VACILAMOS...

Uma pequena correção na

MÃE NA DISCUSSÃO

reportagem sobre a Warren

Quero contestar uma

(Mundo#::,=#d#hglwrud#Nxowxv#

informação da Mundo#:;1#Qr#

lançou quatro edições de

quadro da página 28 está dito

Vampirella e não três, como

que Guerras Secretas, de 1984,

sxeolfdgr1#Krxyh#dlqgd#grlv#

Ë#d#pÅh#gh#wrgdv#dv#vdjdv1#Qd#

Almanaque Reprise dedicados à

minha opinião, esse título é

Ydpsluhood#shod#hglwrud#Qreohw#

da megassaga História e Glória

h#qÅr#xp1#Hvwhv#dopdqdtxhv/#

da Dinastia Pato que, ao ser

apesar de compilar HQs já

REVISTA MUNDO | 69


UNIVERSOMARVELDC

POR ROBERTO GUEDES

Em 12 de agosto de 2016, completou-se duas décadas da morte do roteirista e editor Mark Gruenwald, uma das figuras mais queridas no meio editorial norte-americano. Embora não seja um nome tão badalado entre os leitores brasileiros, ele foi de grande importância para o sucesso da Marvel nos anos 1980, responsável pela criação de personagens emblemáticos e pelo sucesso das revistas do Capitão América, Esquadrão Supremo, Quasar e outras. Gruenwald nasceu em 18 de junho de 1953, na tranquila cidade de Oshkosh, no estado de Wisconsin. Fã de quadrinhos desde criança, escreveu um artigo detalhado sobre a trajetória da Liga da Justiça, em 1977, para a edição 14 do The Amazing World of DC Comics, r#idq}lqh#rĽ#fldo#gd#GF1#Hp#sdudohor/#fulrx# o caprichado fanzine Omniverse, em que glvvhfdyd#dv#udplĽ#fdÉ×hv#furqroÕjlfdv#gdv# grandes editoras. O profundo conhecimento de Gruenwald não passou despercebido pela Marvel, e ele logo foi contratado como editor-assistente, em janeiro de 1978. Amável no trato pessoal e sempre disposto a sanar dúvidas sobre personagens e cronologia, Gruenwald ganhou d#frqĽ#dqÉd#gh#wrgrv#qd#uhgdÉÅr1#Qhvvh# período, coescreveu com Ralph Macchio o arco de histórias Projeto Pégasus, estrelado pelo Frlvd#h#shor#Txdvdu/#xpd#gdv#pdlv#idprvdv# tramas da extinta revista Marvel Two-in-One – e reimpresso recentemente no Brasil no álbum Os Heróis Mais Poderosos da Marvel: O Coisa, lançado pela Salvat, em 2016.

MARK ESCREVEU A PRIMEIRA MINISSÉRIE DA MARVEL E FICOU UMA DÉCADA NAS HQS DO CAPITÃO Hp#4<;5/#r#fkhiÅr#Mlp#Vkrrwhu#surpryhx# Gruenwald ao cargo de editor de vários títulos importantes, como Captain America, Avengers, Iron Man e Thor1#SuroÏĽ#fr/#hoh# participou da elaboração de Torneio dos Campeões/#d#sulphlud#plqlvvËulh#gd#Fdvd#gdv# Ideias e um megaencontro entre heróis. Além

70 | REVISTA MUNDO

disso, idealizou, ao lado de Shooter, o guia enciclopédico Hư \bZe AZg][hhd h_ ma^ FZko^e Universe. Gruenwald também surpreendeu com seu talento como desenhista ao assumir a arte da primeira minissérie do Gavião Arqueiro +4<;6,#h#gh#hglÉ×hv#gh#Ma^ Bg\k^]b[e^ Aned, What If e Marvel Team-Up. Sempre à frente, escreveu uma minissérie hp#45#sduwhv#gr#HvtxdguÅr#Vxsuhpr#ghqwur# de um contexto realista que desconstruía o paradigma dos super-heróis, antes mesmo disso ser repetido por outros roteiristas em obras como Watchmen, Authority e Reino do Amanhã1#SruËp/#irl#qd#uhylvwd#gr#FdslwÅr# América, a partir de 1985, que o autor mais se destacou, ao criar uma saga de teor conspiratório que fez Steve Rogers abandonar por um tempo sua identidade heroica e criar novos e interessantes personagens, como rv#txhvwlrqÃyhlv#doldgrv#Fdvfdyho#h#Djhqwh# Americano e o brutal adversário Ossos Fux}dgrv1#D#erd#uhshufxvvÅr#r#ih}#shupdqhfhu# no título por 10 anos, embora nos anos 1990 a qualidade das tramas tenha oscilado bastante. Gruenwald morreu em 1996 vitimado por um ataque cardíaco, deixando os amigos e iÅv#ghvfrqvrodgrv1#Frpr#krphqdjhp/#vhx# corpo foi cremado e as cinzas misturadas à tinta da versão encadernada da minissérie Squadron Supreme, trabalho de que ele mais se rujxokdyd1#Hp#5339/#irl#fodvvlĽ#fdgr#frpr#r# “Santo Padroeiro da Marvel” nas páginas do Bullpen Bulletins e, no ano seguinte, o roteirista h#h{0hglwru#gd#Fdvd#gdv#Lghldv#Wrp#GhIdofr# resumiu de maneira enfática o sentimento de todos do meio: “Mark foi um dos melhores hvfulwruhv#gdv#KTv#h#hx#jrvwduld#txh#pdlv# pessoas o admirassem e a sua obra”.

DIVULGAÇÃO

O padroeiro da Marvel Gruenwald foi uma das figuras mais queridas da editora

Como roteirista, Gruenwald deu um novo significado ao grupo Esquadrão Supremo e fez Steve Rogers desistir de ser o Capitão América


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Dividida em seis volumes, a Coleção Como a Cultura Nerd Mudou o Mundo traz os bastidores e as histórias das sagas mais amadas do universo fantástico, além de análises sobre sua influência na sociedade, na ciência, na tecnologia e no imaginário popular.

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Volume 3

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Star Wars

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COLEÇÃO SUPER-HERÓIS

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Dividida em sete volumes, a Coleção Super-Heróis traz o maior apanhado em língua portuguesa sobre os heróis da Marvel e DC. Detalha a criação dos personagens nos quadrinhos e os principais fatos de suas carreiras até os dias de hoje.

Volume 1

Volume 2

Volume 3

Volume 4

Volume 5

Volume 6

Volume 7

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