Moulage

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MOULAGE

Carolina Ângelo Jerônimo Domingues


1 INTRODUÇÃO A moulage é um tipo de modelagem que trabalha com as dimensões de altura, largura e volume. É muito utilizada na alta costura, pois possibilita a visualização imediata das formas e da criação. Este material didático, desenvolvido para o Curso de Superior de Tecnologia em Design de Moda - Unipê, contém definições para a técnica de moulage, bem como recomendações para obter as medidas do corpo humano, a marcação do manequim de moulage e a sequência da construção das bases de saias, blusas com pences, e mangas. Ainda assim, este material tem como objetivo fazer você conhecer os termos técnicos da moulage, os variados tipos de fio do tecido e o caimento da roupa. Sendo assim, serão expostos uma série de conhecimentos teóricos que darão suporte à prática da moulage.


2 O QUE É MOULAGE? Moulage é o termo francês que deriva da palavra moule que significa forma. Outro termo conhecido para essa técnica é a palavra inglesa Draping, que significa drapear e se refere à modelagem no corpo, como os antigos gregos faziam

Moulage ou draping é a técnica tridimensional de modelagem somada aos conhecimentos e técnicas da modelagem plana. A construção dos moldes é realizada diretamente sobre o corpo, um modelo vivo ou um busto de costura, permitindo a sua visualização no espaço, bem como seu caimento e volume, antes da peça confeccionada. A moulage facilita o entendimento da montagem das partes da roupa e suas respectivas funções. A técnica permite confeccionar peças bem projetadas, com caimento perfeito, favorecendo a percepção morfológica do corpo durante a construção das roupas, bem como estimula a criatividade. Ainda assim, permite visualização do caimento do tecido e de acessórios que farão parte do look planejado como botões, fivelas, entre outros enfeites.


A moulage se torna uma técnica mais rápida e eficaz, pois facilita o processo de criação e produção, permitindo fazer análises e testes do produto durante a sua execução, antes mesmo da montagem do protótipo. Na indústria, a moulage pode ser utilizada na criação e execução da modelagem do protótipo e após as alterações e aprovação é transferida para o papel para melhor conservação e para que possa ser graduada.


3 INSTRUMENTOS 

Manequim ou Busto de Costura:

Algodão cru

Papel kraft

Alicate de pique

Carretilha

Fita soutache ou cetim n° 0

Tesoura para tecido

Fita métrica


Papel carbono

Linhas e agulhas

Alfinetes com cabeça e sem cabeça n°29

Réguas de modelagem

Lapiseira, caneta e borracha


4 TECIDOS O Conhecimento do tecido é de grande importância para se evitar surpresas desagradáveis durante a confecção de sua peça. Para que uma peça tenha bom caimento e qualidade de costura perfeita é preciso que todo ele seja cortado no fio exato. Para compreender bem o conceito de fio, é necessário antes identificar os elementos que compõem a estrutura do tecido. A estrutura básica de um tecido plano de tear é composta de: •URDUME: São os fios situados na vertical do tecido, paralelos à ourela. • TRAMA: São os fios horizontais, perpendiculares ao urdume, ou seja, em um ângulo de 90°. • VIÉS: São os fios na diagonal do tecido, ou seja, a um ângulo de 45° com base na urdidura.

Atenção! Verificar se o tecido possui algum defeito de torção na trama ou no urdume que possa prejudicar o trabalho final da peça a ser executada.

Quando colocamos o fio no molde, estamos determinando em que direção a peça será cortada, em relação à estrutura do tecido.


Além do conhecimento do fio do tecido, na moulage, é também necessário ter conhecimento do caimento do tecido, bem como das propriedades dos mesmos. Sendo assim, para execução da técnica é de extrema importância adotar um tecido com mesmo caimento e propriedade que o do modelo final.

5 MEDIDAS O fator mais importante para o desenvolvimento de uma modelagem é a exatidão das medidas, pois são elas que dão perfeição ao molde e economizam o tempo. Quando trabalhamos com a moulage, utilizamos o manequim como base para construção de uma peça. Certamente então, já estamos utilizando medidas nele contidas. Porém precisamos ter consciência de como extrair as medidas também do corpo e como usá-las quando não utilizamos a silhueta do manequim. Para tanto, contamos com dois tipos de medidas: as fundamentais e as complementares.

MEDIDAS FUNDAMENTAIS

As medidas fundamentais devem ser exatas e aferidas rente ao corpo ou ao manequim. Acima de tudo, necessárias ao desenvolvimento das bases. Sendo assim, segue abaixo o posicionamento correto de como obtê-las.


Circunferência do busto: contornar o corpo na altura do busto, na parte superior da circunferência. Atenção para que a fita métrica não escorregue pelas costas, descendo em direção à cintura, e nem pressione o busto.

Altura do busto: posicionar a fita métrica no ponto de encontro do ombro e do pescoço e registrar a medida deste ponto até o mamilo.

Circunferência da cintura: contornar a cintura (espaço de menor circunferência entre o busto e o quadril) com a fita métrica, sem apertar e sem deixar folga.

Contorno do quadril: contornar o corpo com a fita, na altura dos glúteos, na parte de maior circunferência. Para ter certeza da posição correta, observe de lado.


Altura do Quadril: posicionar a fita na cintura e medir até a parte mais alta do glúteo, que vai corresponder com o local onde se aferiu a medida de contorno do quadril.

Altura da frente: posicionar a fita métrica no ponto de encontro entre o ombro e o pescoço e medir até a linha da cintura.

Altura das costas: posicionar a fita métrica no ponto de encontro entre o ombro e o pescoço e medir até a linha da cintura.

Largura das costas: com os braços cruzados pela frente e as mãos apoiadas sobre os ombros, medir a distância da cava esquerda até a cava direita das costas.

Separação do busto ou seio a seio (entre seios): medir a distância entre os mamilos.


Largura do ombro: posicionar a fita no ponto de encontro do ombro com o pescoço e medir até o final do ombro.

Pescoço ou degolo: contornar a fita em volta do pescoço, na parte mais próxima do tronco.

Comprimento do braço: com a mão apoiada no quadril, medir do final do ombro até o osso saliente do punho.

Altura do joelho: medir da cintura até a rótula do joelho.


Circunferência do joelho: contornar o joelho na altura da rótula.

Altura do gancho: Com a pessoa sentada, com a postura elegante, meça a distância entre a cintura e o assento da cadeira pela lateral do corpo.

Circunferência do punho: passar a fita em torno da mão fechada, na parte mais larga.

Circunferência do pé: com a fita na posição inclinada, contorne o pé da ponta do calcanhar até a junta do dorso, aferindo a medida da circunferência.


MEDIDAS COMPLEMENTARES As medidas complementares são as folgas e todas as variações de medidas relativas ao modelo, como: as definições de comprimento de manga, saia, vestido e calça, medidas de golas e punhos, altura de cintura, nível de gancho, bocas de calça e tudo o mais que se fizer necessário para a execução da peça de acordo com a Fig.27. Como exemplo temos o volume em uma saia, manga ou abertura de boca de calça boca de sino.

Importante ressaltar que deve-se considerar no ato da confecção da modelagem/moulage a questão da vestibilidade (acréscimo de medidas na modelagem para gerar uma folga na roupa com o objetivo de proporcionar conforto, mobilidade do corpo humano e segurança na resistência da costura).


RECOMENDAÇÕES COM A OBTENÇÃO DE MEDIDAS DO CORPO HUMANO: cuidados para que não haja alterações nas medidas do corpo humano.  Amarrar um cordão na cintura para servir de referência para as outras medidas;  Estar com roupas finas e leves, sem volume de tecido, de modo que permita melhor visualização das formas do corpo;  Manter postura ereta para que não haja alterações nas medidas;  Anotar as medidas em um papel.

6 MARCAÇÕES DO MANEQUIM Antes de iniciar a marcação do manequim de moulage, tem que providenciar uma caixa de alfinetes nº 29 e pelo menos 12 metros de fita soutache preta (para que aconteça contraste com a boneca e o tecido que será manipulado sobre o tecido). Na falta do soutache, pode-se utilizar fita de cetim n°0; porém o soutache facilita a fixação do alfinete porque produz relevo. As principais marcações no manequim de moulage são a circunferência do busto, da cintura e do quadril, linhas laterais, princesa e central, ombros e degolo.


1º - Marcar a linha da cintura: marcar na altura mais estreita do corpo. Contornar a fita na cintura e conferir com a altura ombro-cintura de ambos os lados para garantir simetria. 2º - Marcar a linha do busto: marcar antes a altura do busto. Passar pelo bico do seio, contornar a lateral e continuar com a linha paralela ao chão, contornar as costas e encontrar com a outra lateral. 3º - Encontrar a linha do quadril, na parte mais volumosa do glúteo, observando lateralmente. Marcar frente e costas. Após colocar os alfinetes, começar a fixar o soutache. Verificar as alturas da frente e das costas. Geralmente, a altura de quadril oscila entre 18 e 20 cm. 4º - Marcar a linha do centro da frente e centro costas, começando pelo final do pescoço, seguir fixando no centro da frente, passar o soutache por baixo do manequim, até sair do outro lado, nas costas, e subir até encontrar o final do pescoço, nas costas. 5º - Marcar as linhas princesa: correspondem a ¼ da medida de contorno da frente e das costas. Partir da metade do ombro e, passando pelo mamilo e cintura e quadril. 6º - Marcar as linhas laterais, começando 3cm acima da linha do busto: acompanhar a emenda do próprio manequim até chegar 3cm acima da linha do busto. Atenção: é preciso ter cuidado para não acompanhar os defeitos e curvas desta emenda, pois a linha lateral deve ser reta. 7º - Marcar ombros: Acompanhar a emenda do próprio manequim tendo cuidado para não acompanhar os defeitos desta emenda, pois as linhas dos ombros devem ser retas. 8º - Marcar o degolo: orientando-se pelas linhas de encontro do pescoço com o ombro e o corpo;


6 PLANIFICAÇÃO DO MOLDE É a transferência do molde de tecido, ou seja, da moulage, para o papel. Esta técnica é utilizada pela indústria para possibilitar a graduação, digitalização e até mesmo um melhor armazenamento do molde.

Como se faz? 

PREPARAR A MOULAGE:

1º - Verificar as marcações de pences, costuras, piques, etc se estão corretas, tendo cuidado para não esquecer nenhum detalhe. 2º - Retirar os alfinetes e abrir o molde. 3º - Corrigir com o auxílio de réguas as linhas curvas e retas como pences, encontros de costura, laterais, etc. É interessante utilizar uma caneta de cor diferente da que foi usada para traçar para não confundir. 4º - Com régua ou fita métrica, conferir todas as medidas de encaixe: laterais, ombros, cavas, etc. Anotar as medidas da cava, perto da própria cava, para facilitará o trabalho na hora de conferir o encaixe da manga. 5º - Acrescentar margem de costura de 1cm 6º - Identificar todas as partes: frente, costas, etc. 

PASSAR PARA O PAPEL:

1º - Utilizar papel kraft com 10 cm maior que o molde, tanto na vertical, quanto na horizontal. 2º - Posicionar em cima do papel kraft o carbono e o tecido (molde obtido por meio da moulage) 3º - Prender a moulage no papel, com alfinetes ou pesos, conforme preferir. 4º - Passar a carretilha sobre todo o traçado da moulage, transferindo o desenho para o papel. Cuidado para não mudar a forma, ao fazer as correções. Lembre-se de marcar as pences e os detalhes internos. 5º - Acrescentar as costuras, lembrando-se de deixar medidas extras para a vestibilidade da peça. 6º - Acrescentar os acabamentos como bainhas, transpasses, revel etc. 7º - Traçar a linha que indica o fio do tecido. 8º - Acrescentar as informações de identificação do molde e orientações necessárias para o corte.


CHECK-LIST: informações que não podem faltar em um molde:  Marcação do fio  Piques de encaixes  Nome da peça de roupa, do modelo (ex: calça reta)  Nome da parte do molde (ex: frente)  Tamanho ou nº do manequim  Quantidade de vezes a ser cortada


7 BASE DA SAIA 1. Cortar o tecido no sentido do fio do urdume : ALTURA: o comprimento da saia (65 cm) LARGURA: circunferência de quadril + 20 cm de folga para acabamentos 2. No sentido do urdume, marcar uma linha vertical dividindo o tecido ao meio (ALTURA); 3. Marcar na vertical 3cm em paralelo ao sentido do urdume (ourela); 4. Medir no manequim a altura do quadril (cintura-quadril) 5. Marcar no tecido a altura do quadril + 5 cm (folga) e depois esquadrar para formar a linha do quadril; 6. Cortar o tecido ao meio (vertical);

3 cm

TRASEIRO

DIANTEIRO

3 cm

Altura do quadril

Linha do Meio(fio do tecido) 7. Centralizar a linha do Fio do dianteiro (tecido) no manequim, alinhando também a altura do quadril; 8. Na altura do quadril, conduzir o tecido para a lateral sem esticar o tecido. 9. Prender lateral; 10. Marcar a pence; 11. Traçar a lateral, a cintura e pence; 12. Acrescentar 1cm para margem de costura; 13. Repetir os passos 6 ao 10 para o traseiro; 14. Verificar se o dianteiro e traseiro estão com mesmo comprimento (verificar pela lateral da saia). 15. Corrigir as linhas curvas e retas com o auxílio das réguas. 16. Planificar molde.


BASE DA BLUSA COM PENCES

1. Cortar dois retângulos do tecido a ser trabalhado, com as medidas de: LARGURA: 1/4 do quadril +10 cm COMPRIMENTO 70 cm. 2. Riscar no tecido uma linha vertical, paralela, a 3 cm da ourela.

3 cm

3. Prender tecido no centro da frente do manequim, deixando 5 cm para cima do pescoço. 4. Marcar a altura do busto, cintura e quadril, retirar o tecido do manequim.

3 cm

Altura do busto

Altura da cintura Altura do quadril


5. No sentido horizontal riscar a altura do busto, da cintura e do quadril, do manequim a ser trabalhado. 6. Esquadrar as medidas da altura do busto, da cintura e do quadril. CONSTRUIR A FRENTE: 1. Colocar as linhas de busto, cintura e quadril apoiadas nas mesmas linhas do manequim, fixando-as com alfinetes. 2. Prender a lateral do tecido na altura do busto e quadril de forma que haja o alinhamento das respectivas linhas, sem forçar. 3. Prender a lateral na altura da cintura. 4. Com o excesso de tecido, forme as pences. Cuidado para não haver torções no fio do tecido. 5. Acomodar as pences, todas elas terminando a 1 cm do bico do seio, tanto as de cintura quanto as de ombro e cava. Ao montar as pences, não se preocupar se surgirem algumas ondas; isto é normal. Não ajustar demais! 6. Encaixar o degolo, dando piques para aconchego; fixar com alfinetes. 7. Fixar o ombro. 8. Deixar na lateral 3cm acima da linha de busto para traçar a cava. 9. Fazer marcação das linhas de degolo, ombro, cava, lateral e pences. 10. Retirar com a tesoura o excesso de tecido das laterais. 11. Retirar o tecido do manequim e fazer as correções das linhas retas e curvas. 12. Planificar acrescentando as margens de costura e informações do molde.

CONSTRUIR AS COSTAS: 1. Marcar o outro retângulo com as linhas verticais e horizontais já marcadas para desenvolver a frente da blusa (busto, cintura e quadril). Centralizar a dobra do tecido no centro das costas do manequim e fixar com alfinetes. 2. Colocar as linhas de busto, cintura e quadril apoiadas nas mesmas linhas do manequim, fixando-as com alfinetes. 3. Prender a lateral do tecido na altura do busto e quadril de forma que haja o alinhamento das respectivas linhas, sem forçar. 4. Alinhar a linha de cintura, respeitando as sobras da pence. 5. Fixar a lateral sobre a frente, dobrando e cortando o excesso, quando necessário.


6. Fazer a pence das costas, prendendo com alfinetes. O comprimento da pence das costas não deve ultrapassar mais que 3 cm acima da linha do busto; e para baixo, não deve ultrapassar a linha do quadril. 7. Formar o degolo, fazendo piques de aconchego. 8. Unir os ombros, dobrando as costas sobre a frente. 9. Desenhar a cava costas, orientando-se pela cava da frente já traçada; se necessário faça correções. 10. Retirar o tecido do manequim e fazer as correções das linhas retas e curvas. 11. Planificar acrescentando as margens de costura e informações do molde.


8 BASE DA MANGA 1. Medir comprimento do braço do manequim (ombro - cotovelo); 2. Cortar tecido no sentido do fio do urdume com 45 cm de largura e o comprimento da medida do braço + 10 cm; 3. No sentido do urdume, marcar uma linha vertical dividindo o tecido ao meio;

Linha da Cava

Linha do Cotovelo

Linha do Punho Linha do Meio(fio do tecido)

4. Marcar na horizontal 2cm acima da borda inferior; 5. Medir comprimento da cava ao punho, transferir a medida obtida para o tecido, partindo da linha do punho para cima, e esquadrar as linha de cava - apoiando na linha do fio do tecido. 6. Medir distância do punho ao cotovelo, transferir a medida obtida para o tecido e esquadrar as linha de cotovelo apoiando na linha do fio do tecido. 7. Dobrar o tecido ao meio no sentido do fio do tecido e alfinetar uma prega com 4 cm de profundidade (como o tecido está dobrado, é necessário apenas marcar a metade da medida = 2cm)


Prega

Linha da Cava

Linha do Cotovelo

Linha do Punho Linha do Meio(fio do tecido) 8. Alinhar no braço do manequim as linhas de punho e cava de acordo com o mesmo deixando a prega na parte externa do braço. Fechar manga obedecendo a linha de costura do manequim, eliminar o excesso de tecido deixando 1 cm para margem de costura e fazer o início do contorno da cava;

9. Fixar o braço no manequim e depois prender com alfinetes o tecido no ombro distribuindo igualmente a sobra do tecido, pois a mesma dará mobilidade a peça de vestuário;

10. Traçar o contorno da cava e marcar 1cm de margem de costura; 11. Fazer ajustes com as réguas de modelagem caso necessário; 12. Por fim, planificar a manga para que a mesma para um melhor armazenamento e para que possa ser reproduzida e graduada.


REFERÊNCIAS DUARTE, Sônia, SAGGESE, Sylvia. Modelagem Industrial Brasileira. Rio de Janeiro: Letras&Expressões, 1998. DUBURG, Annette. Moulage: arte e técnica no design de moda. Porto alegre: Bookman, 2012. GRAVE, Maria de Fátima. Modelagem tridimensional ergonômica. São Paulo: Escrituras Editora, 2010.


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